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ESTUDO PARA A REQUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA BARRINHA DE ESMORIZ
0. Introdução 1. Caracterização da área de intervenção 2. Evolução morfológica histórica e taxas de sedimentação 3. Caudais fluviais afluentes 4. Habitats naturais e espécies 5. Levantamento topohidrográfico 6. Qualidade da água e dos sedimentos 7. Ruído ambiente 8. Intervenções no “dique” que impede a ligação da barrinha ao mar 9. Canal de comunicação entre a barrinha e o mar 10. Acções a realizar para a recuperação do sistema aquático 11. Acções a realizar para a requalificação das margens e do cordão dunar 12. Percursos e zonas de estadia e lazer
Estrutura do estudo
ESTUDO PARA A REQUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA BARRINHA DE ESMORIZ
Equipa técnica: o ECOSSISTEMA, Consultores em Engenharia do Ambiente, Lda. o IDAD – Instituto do Ambiente e Desenvolvimento o NEMUS, Gestão e Requalificação Ambiental, Lda. o ORLA, Estudos e Projectos de Arquitectura Paisagista, Lda. o PROMAPA, Levantamentos Topográficos, Lda.
0. Introdução
Antecedentes: o Estudos anteriores:
• EIA do Desassoreamento da Barrinha de Esmoriz/Lagoa de Paramos (Ecossistema/Hidro4, 1994)
• PP da Barrinha de Esmoriz/Lagoa de Paramos (Ecossistema/Hidro4, 2001)
Acompanhamento por: ARH Centro, ICNB, CM Espinho, CM Ovar, JF Esmoriz, JF Paramos
ESTUDO PARA A REQUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA BARRINHA DE ESMORIZ
1. Caracterização da área de intervenção
Caracterização geral
PDM Espinho
PDM Ovar
POOC Caminha-Espinho
POOC Ovar-Marinha Grande
PBH Douro
PROF Área Metropolitana do Porto e Entre Douro e Vouga
PROF Centro Litoral
ESTUDO PARA A REQUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA BARRINHA DE ESMORIZ
1. Caracterização da área de intervenção
Caracterização geral
SIC Barrinha de Esmoriz
Área de estudo
ESTUDO PARA A REQUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA BARRINHA DE ESMORIZ
2. Evolução morfológica histórica e taxas de sedimentação
+3,0 m/ano
+3,3 m/ano
-5,5 m/ano
-9,3 m/ano
-3,0 m/ano
-5,3 m/ano
Taxas de recuo/avanço da linha de praia média (m/ano)
ESTUDO PARA A REQUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA BARRINHA DE ESMORIZ
2. Evolução morfológica histórica e taxas de sedimentação
Fotografia aérea de 1970
Evolução do Plano de água da Barrinha de Esmoriz nos
últimos 50 anos
Entre 1994 e 2010 registou-se:
o Assoreamento de 29,750 m3 para a zona da lagoa com cotas inferiores a 3 m (NMM);
o Redução da área da lagoa de 1,5 %;
o Redução do volume de água de 2,7 %.
ESTUDO PARA A REQUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA BARRINHA DE ESMORIZ
2. Evolução morfológica histórica e taxas de sedimentação
-6,8 cm/ano
+9,4 cm/ano
±<4 cm/ano
+6,0 cm/ano
+7,1 cm/ano
Estimativas de taxas de assoreamento (azul) e erosão (vermelho) obtidas comparando os
levantamento topo-hidrográficos de 1994 e 2010.
ESTUDO PARA A REQUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA BARRINHA DE ESMORIZ
Habitats Naturais
Baixa-mar Preia-mar/Barrinha fechada
+ 1140
4. Habitats naturais e espécies
ESTUDO PARA A REQUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA BARRINHA DE ESMORIZ
Habitats Naturais
4. Habitats naturais e espécies
ESTUDO PARA A REQUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA BARRINHA DE ESMORIZ
Habitats Naturais (área, grau e estado de conservação)
0
25000
50000
75000
100000
125000
150000
175000
200000
225000
250000
1140 1150 1210 1330 2110 2120 2130 91EO
Habitat
Área
(m2)
!
!
!
! ! ! ! !
4. Habitats naturais e espécies
ESTUDO PARA A REQUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA BARRINHA DE ESMORIZ
Espécies Flora (especial valor conservacionista)
Jasione maritima var. sabularia (= Jasione lusitanica) Espécie Ameaçada do Anexo II, IV DH
!
Spiranthes aestivalis Espécie Ameaçada do Anexo IV DH "
Herniaria ciliolata subsp. robusta Espécie ameaçada - VU !
4. Habitats naturais e espécies
ESTUDO PARA A REQUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA BARRINHA DE ESMORIZ
Espécies - fauna
Biótopos da fauna
4. Habitats naturais e espécies
ESTUDO PARA A REQUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA BARRINHA DE ESMORIZ
Espécies – fauna valor conservacionista
4%13%
6%
70%
7%
Peixes Anfíbios Répteis Aves Mamíferos
Lampetra planeri
Discoglossus galganoi
Lacerta schreiberi
! !
! Ixobrychus minutus
Circus aeruginosus
Ardea purpurea
Myotis myotis
53
4. Habitats naturais e espécies
ESTUDO PARA A REQUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA BARRINHA DE ESMORIZ
5. Levantamento topohidrográfico
o Voo realizado a 7 de Agosto de 2010
o Levantamento final à escala 1:500
o Ajuste dos limites inicialmente propostos
para incluir os bosquetes mais a nascente
ESTUDO PARA A REQUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA BARRINHA DE ESMORIZ
6. Qualidade da água e dos sedimentos
Amostragens
1 2 3 4 5
6 7
8
9
10
Sedimentos recolhidos a 3 profundidades: o 0-40 cm o 40-80 cm o 80-120 cm
Componentes Locais de amostragem
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Sedimentos ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
Água ■ ■ ■ ■ Macroinvertebrados ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
Fitoplâncton ■ ■ ■ ■ Flora aquática ■ ■ ■ ■
Ictiofauna ■ ■ ■ ■
ESTUDO PARA A REQUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA BARRINHA DE ESMORIZ
Qualidade da água
Locais de amostragem Elemento 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Macro-invertebrados bentónicos Fitoplancton ? ? ? ? Flora aquática Ictiofauna Elementos químicos
Avaliação Global do Estado Ecológico
Estado dos Indicadores Cor Excelente
Bom Razoável Medíocre
Mau
6. Qualidade da água e dos sedimentos
ESTUDO PARA A REQUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA BARRINHA DE ESMORIZ
Classe 1: Material dragado limpo Classe 2: Material dragado com contaminação vestigiária Classe 3: Material dragado ligeiramente contaminado Classe 4: Material dragado contaminado Classe 5: Material muito contaminado
PCB (classe 3 em todos)
Cu (classe 3 P6 e P7)
Metais (essencialmente classe 2)
6. Qualidade da água e dos sedimentos
Qualidade dos sedimentos
ESTUDO PARA A REQUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA BARRINHA DE ESMORIZ
8. Intervenções no “dique” que impede a ligação da Barrinha ao mar
Dique fusível existente
2004: construção do dique fusível com a finalidade de proteger a praia de Esmoriz das descargas da barrinha, na época balnear.
O mar nesta situação não chega a atingir a barrinha, situando-se bastante afastado da zona de comunicação. A ruptura do dique fusível apenas é influenciada pelos volumes de água atingidos no interior da barrinha, resultantes das linhas de água afluentes à laguna.
Comunicação entre a barrinha e o oceano, em situação de preia-mar de maré média (16/11/2010)
ESTUDO PARA A REQUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA BARRINHA DE ESMORIZ
9. Canal de comunicação entre a Barrinha e o mar
Funcionamento hidrodinâmico actual
o Capacidade máxima de resistência do dique = 3,1m
(acima de 3,2m de nível de água na barrinha há risco de inundação nalgumas
habitações e vias de comunicação a montante);
o Nível de água inicial na barrinha = 0,5m;
o T=2 anos
o Do ponto de vista hidráulico, não se justifica a existência do dique fusível, sendo mais
favorável o restabelecimento do canal de comunicação natural existente entre a
barrinha e o mar.
ESTUDO PARA A REQUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA BARRINHA DE ESMORIZ
9. Canal de comunicação entre a Barrinha e o mar
Análise conclusiva
o Dada a importância de manutenção do dique para manutenção da qualidade da água e das praias a jusante recomenda-se:
• manutenção do dique fusível, até que a qualidade da água da barrinha deixe de apresentar problemas;
• implementação de um plano de monitorização que acompanhe a qualidade da água que chega à barrinha.
o Dado que se prevê que a questão da poluição na barrinha seja solucionada num curto espaço de tempo (inferior a 10 anos) recomenda-se que não seja desenvolvida nenhuma intervenção imediata de reconstrução ou reabilitação do dique, mas apenas:
• operações de gestão do funcionamento corrente do dique (abertura e fecho controlado);
• vigilância do estado de conservação do dique, com a realização de uma inspecção com periodicidade anual e operações de reabilitação e manutenção.
ESTUDO PARA A REQUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA BARRINHA DE ESMORIZ
10. Acções a realizar para a recuperação do sistema aquático
Dragagem da Barrinha de Esmoriz, em concomitância com o tratamento dos efluentes industriais a montante
Zona A Zonas A+B
ESTUDO PARA A REQUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA BARRINHA DE ESMORIZ
10. Acções a realizar para a recuperação do sistema aquático
o Deposição de dragados
• Deposição final, se possível, num dos terrenos circundantes à lagoa que deverá ser devidamente preparado para o efeito (impermeabilização do núcleo do aterro com os materiais mais contaminados - classe 3 -, e cobertura com os materiais menos contaminados - classe 1).
• Posterior revegetação do aterro deverá com espécies autóctones, devidamente seleccionadas.
• Complementarmente, uso dos materiais menos contaminados que tenham granulometria e textura adequada na recuperação dos percursos na área envolvente ao sistema lagunar.
• Execução subsequente de acções periódicas de monitorização das águas subterrâneas.
• Caso se optem por áreas de deposição final afastadas da área de intervenção é importante que primeiro seja definido um local de deposição temporário, propondo-se para tal as áreas com vegetação exótica (que deverá ser retirada antes da deposição).
ESTUDO PARA A REQUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA BARRINHA DE ESMORIZ
11. Acções a realizar para a requalificação das margens e do cordão dunar
o Sistema aquático
• Controlo das espécies exóticas invasoras
• Conservação e recuperação da vegetação ripícola
o Sistema dunar
• Colocação de estruturas que impeçam a circulação de pessoas, veículos e cavalos que actualmente ocorre no sistema dunar (paliçadas para vedação da duna e que simultaneamente funcionem como sistemas de retenção das areias e passadiços sobreelevados);
• Erradicação/controlo das espécies exóticas.
o Monitorização dos habitats, da flora e vegetação e da fauna
ESTUDO PARA A REQUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA BARRINHA DE ESMORIZ
12. Percursos e zonas de estadia e lazer
o Percursos pedonais
o Ciclovias
o Quiosques (2)
o Painéis informativos e de sensibilização ambiental (2)
o Observatórios de aves (2)
o Cais para embarcações não motorizadas
o Mobiliário urbano
ESTUDO PARA A REQUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA BARRINHA DE ESMORIZ
13. Conclusões
O projecto incluirá:
o Desassoreamento
o Limpeza e valorização da vegetação e habitats
o Definição de percursos pedonais e cicláveis e de equipamentos e mobiliário de apoio
AIA da dragagem
Governança, gestão global (incluindo linhas de água afluentes) e fiscalização