estudo no livro de levÍtico capa

49
ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO O Terceiro Livro de Moisés Chamado Levítico Análise Conforme é indicado no seu nome, “Levítico”, esse terceiro livro de Moisés salienta a função dos sacerdotes de Israel, aqueles membros da tribo de Levi que Deus escolheu para servir em Seu santuário (Dt. 10.8). Muitos cristãos por causa disso, imagi-nam que Levítico é uma espécie de Manual técnico que fornecia orientação aos sacerdotes antigos sobre os detalhes de ceri-mônias que não são mais observadas pelo povo de Deus; em resultado disso, o livro de Levítico é atualmente a porção menos apreciada do Pentateuco. Na realidade, porém, sua mensagem era originalmente dirigida a todos os crentes (Lv 1.2), e suas verdades continuam revestidas de significação primária para o povo de Deus. Pois o livro de Levítico constitui a primei-ra revelação detalhada acerca do vigoroso tema do Grande Livro como um todo, a saber, do modo pelo qual Deus restaura a Si mesmo homens perdidos. Tanto a atividade redentora de Deus como a resposta da apropriação que se espera da parte do homem são sumariadas no versículo chave, “ Ser-me-eis santos,porque eu, o Senhor, sou santo, e separei-vos dos povos , para serdes meus” (20.26). A fim de obter a salvação e de restaurar o homem do seu Criador, tornava-se necessário prover um meio de acesso a Deus. A primeira metade de Levítico (caps.1- 16), assim sendo, apresenta uma série de ações religiosas que pinta o caminho através do qual Deus redime os perdidos, separando-os de seus pecados e das conseqüências destes. Os diversos sacrifícios (caps 1-7) eram antecipação da morte de Cristo no Calvário, onde o Impecável sofreu a ira de Deus em nosso lugar, afim de que pudésse- mos ser resgatados de nossa culpa (2 Co 5.21; Mc 10.45). Os sacerdotes Levítico (caps 8-10), portanto, prefiguravam o fiel serviço de Cristo ao fazer reconciliação no tocante aos pecados do povo (Hb 2.17). As leis sobre higiene (caps 11-15) serviam de lembretes constantes do arrependimento e da separação das impurezas que devem caracterizar os remidos (Lc 13.5); enquanto o grande dia do culto expiatório (Lv 16) proclamava o perdão de Deus àqueles que se humilhassem em confiante entrega ao Cristo, que ainda haveria de prover acesso ao próprio céu (Hb 9.14). Porém, a salvação não consiste meramente na separação do que é errado; envolve uma união positiva com aquilo que é corre-to. Por isso é que a segunda metade de Levítico (caps 17-27) apresenta uma série de padrões práticos aos quais os homens precisam moldar-se vivendo em santidade. Isso inclui expressões de devoção em questões cerimoniais (cap 17) e de adoração (caps 23-25), porém, centraliza sua atenção em questões que envolvem a conduta diária (caps 18-22). O próprio Cristo sinteti-zou a lei divina (Mt 22.37-40), ao falar de um amor de todo o coração, a Deus, e ao citar um trecho dessa seção de Levítico, “... amarás o teu próximo como a ti mesmo...” (19.18). Assim sendo, o livro de Levítico existe primariamente como uma legislação proferida por Deus: “Chamou o Senhor a Moisés e... lhe disse: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes...” (1.1.2). As duas narrativas históricas (caps 8-10 e 24.10-23) servem de pano de fundo para as questões legislativas; e a única outra variação quanto à forma, o sermão, final e exortativo de Moisés (cap 26), ainda é seguida por um apêndice de lei que regulam questões que em si mesmas não são obrigatórias (cap 27).

Upload: jonatasdvilla

Post on 26-Jul-2015

282 views

Category:

Documents


7 download

TRANSCRIPT

Page 1: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO

O Terceiro Livro de Moisés Chamado

Levítico

Análise

Conforme é indicado no seu nome, “Levítico”, esse terceiro livro de Moisés salienta a função dos sacerdotes de Israel, aqueles membros da tribo de Levi que Deus escolheu para servir em Seu santuário (Dt. 10.8). Muitos  cristãos por causa disso, imagi-nam que Levítico é uma espécie de Manual técnico que fornecia orientação aos  sacerdotes  antigos sobre os detalhes de  ceri-mônias que não são mais observadas pelo  povo de Deus; em  resultado  disso, o  livro de Levítico é atualmente a  porção  menos apreciada do Pentateuco. Na realidade, porém, sua  mensagem  era originalmente dirigida a todos os crentes (Lv 1.2), e  suas verdades continuam revestidas de significação  primária para o povo de Deus. Pois o livro de Levítico constitui a primei-ra revelação detalhada acerca  do vigoroso tema do  Grande Livro como um todo, a saber, do modo pelo qual Deus restaura a Si mesmo homens  perdidos. Tanto a atividade redentora de Deus como a resposta da apropriação que  se espera da parte  do  homem  são sumariadas no  versículo chave, “Ser-me-eis santos,porque eu, o Senhor, sou santo, e separei-vos dos povos ,  para serdes meus”(20.26). A fim de obter a salvação e de restaurar o homem do seu Criador, tornava-se necessário prover um meio de acesso a Deus. A primeira metade de Levítico (caps.1-16), assim sendo, apresenta uma série de ações religiosas que pinta o caminho através do qual Deus redime os perdidos, separando-os de seus pecados e das conseqüências destes. Os diversos sacrifícios (caps 1-7) eram antecipação da morte de Cristo no Calvário, onde o Impecável sofreu a ira de Deus em nosso lugar, afim de que pudésse-mos ser resgatados de nossa culpa (2 Co 5.21; Mc 10.45). Os sacerdotes Levítico (caps 8-10), portanto, prefiguravam o fiel serviço de Cristo ao fazer reconciliação no tocante aos pecados do povo (Hb 2.17). As leis sobre higiene (caps 11-15) serviam de lembretes constantes do arrependimento e da separação das impurezas que devem caracterizar os remidos (Lc 13.5); enquanto o grande dia do culto expiatório (Lv 16) proclamava o perdão de Deus àqueles que se humilhassem em confiante entrega ao Cristo, que ainda haveria de prover acesso ao próprio céu (Hb 9.14). Porém, a salvação não consiste meramente na separação do que é errado; envolve uma união positiva com  aquilo que é  corre-to. Por isso é que a segunda metade de Levítico (caps 17-27) apresenta uma série de padrões práticos aos quais  os homens precisam moldar-se vivendo em santidade. Isso inclui expressões de devoção  em  questões cerimoniais (cap 17) e de adoração (caps 23-25), porém, centraliza sua atenção em questões que envolvem a conduta diária (caps 18-22). O próprio Cristo  sinteti-zou a lei divina (Mt 22.37-40), ao falar de um amor  de todo o coração, a Deus, e ao citar um trecho dessa seção de Levítico, “... amarás o teu próximo como a ti mesmo...” (19.18). Assim sendo, o livro de Levítico existe primariamente como uma legislação proferida por Deus: “Chamou o Senhor a Moisés e... lhe disse: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes...” (1.1.2). As duas narrativas históricas (caps 8-10 e 24.10-23) servem de  pano de fundo para as questões legislativas; e a única outra variação quanto à forma, o sermão, final e exortativo de Moisés (cap 26), ainda é seguida por um apêndice de lei que regulam questões que  em si mesmas não são obrigatórias (cap 27). 

Autor Em mais de 50 pontos, em seus 27 capítulos, o livro de Levítico afirma compor-se das palavras que Deus dirigiu a Moisés. O Novo testamento, igualmente, introduz uma citação tirada do livro quando diz: “ora. Moisés escreveu...”(M 10.5). Os críticos que relegam o livro de Levítico a um milênio depois de Moisés, fazem-no às expensas da integridade da evidência bíblica. As Escrituras descrevem o livro de Levítico como obra que foi transmitida a Israel logo depois que os israelitas foram adotados como povo com quem Deus fez aliança (Ex 19.5). Foram-lhes dada a lei moral básica, o Decálogo (Ex 20), e a presença de Deus havia prometido (Ex. 25.22), para servir de guia para a vida e adoração perante Ele. Sua legislação e acontecimentos relatados cobrem algumas poucas semanas vividas pelo povo, desde a construção do tabernáculo por Moisés (Ex 20.17) até à partida de Israel do monte Sinai, menos de dois meses mais tarde (Nm 10.11), em maio de 1445 aC.; conforme a data atribuída pela maioria dos eruditos evangélicos.

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE LEVÍTICO Texto áureo: Cristo...pelo espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus (Hebreus 9:14). Leia Levítico 1:1-17 Levítico é um livro fechado para quem não possui a “chave” divina: Cristo, a quem encontramos aqui em todos os aspectos de Seu sacrifício e sacerdócio. Para o crente, existe um único sacrifício oferecido de uma vez por todas, plenamente suficiente (Hebreus 10:10) Mas ao descrevê-Lo em todas as Suas diferentes características, o Espírito de Deus nos dá várias figuras, complementares umas às outras.

Page 2: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

O Holocausto é mencionado em primeiro lugar porque representa a parte de Deus na obra de Cristo. É expressa no Novo Testamento em passagens como João 10:17; Efésios 5:2; Filipenses 2:8. Caros amigos cristãos, quando pensamos na cruz, ao invés de contemplarmos a nossa salvação, primeiro consideremos a satisfação que Deus encontrou na Pessoa e obra de Seu Santo Filho.Três tipos de vítimas poderiam ser apresentadas para essa oferta. Algumas diferenças eram evidentes na maneira de ofertá-las. Por exemplo, apenas as ofertas de animais eram cortadas em pedaços e colocadas sobre o altar. Mas em cada caso, subia um “aroma agradável ao Senhor”. Tal foi o efeito do fogo do julgamento que recaiu sobre a santa Vítima na cruz: expôs, nos menores detalhes, a excelência da oferta “sem mácula” (Hebreus 9:14).

COMENTÁRIOS

1.1 Antes, Deus falara do monte Sinai, não permitindo que ninguém se aproximasse; agora fala da tenda da congregação, as nuvens sobre o propiciatório no Santo dos Santos, deixando o adorador se aproximar dele por intermédio das ofertas.

1.2 Oferta. Descrevem-se cinco tipos: 1) O holocausto; 2) A oferta de manjares; 3) A oferta pacífica; 4) Pelo pecado; 5) Pela culpa. Quem busca a Deus há de começar com a quinta oferta da escala, que é uma oferta compulsória por causa da maldade humana; só depois de se seguir o caminho prescrito para obter a comunhão com Deus, que pode haver oferta voluntária e espontânea, especialmente a primeira da escala, um holocausto “de aroma agradável ao Senhor” (veja 1.17 N.Hom). Todas as ofertas tinham algo em comum e simbolizavam alguns aspectos da vida e do sacrifício de Jesus Cristo.

1.17 Holocausto. Heb ´olah, cujo significado básico é de fazer subir em fumaça, uma oferta total da qual os demais sacrifícios são apenas modificações. Nossa palavra “Holocausto” significa “totalmente queimado”. Esta oferta significa a dedicação com-pleta a Deus daquele que a oferecia, e tipifica Jesus Cristo, ao se oferecer imaculado a Deus, para fazer Seu inteiro agrado, Hb 9.14; Fp 2.6-8. Na seleção da vítima, tanto o rico como o pobre podia trazer um oferta aceitável fosse um novilho, ou fosse uma rola. O macho sem defeito, v.3, representa Cristo na sua perfeição (Hb.9.14; 1Pe 1.19). O sacrifício se oferecia no altar do Holocausto, à porta do Tabernáculo, v 3 com Ex 40.6, depois de o ofertante se identificar com o animal que o substituiria, acei-tando sua posição de pecador pedindo expiação, com simples gesto de pôr a  mão sobre a cabeça do  holocausto. Igualmente, o simples ato de estender  a  mão da fé para a pessoa de nosso substituto Jesus Cristo identifica-nos com  o  Salvador  que levou  nossos pecados  sobre si (2Co5.21). A morte do animal no lugar do ofertante enfatiza que o salário do pecado é a morte (Rm  6 :23). A aspersão do sangue sobre o altar era sinal de que a vida fora oferecida; vinha então a queima da carne. A remissão de pecados vincula-se ao derramamento do sangue (Hb 9. 22). * N. Hom. A expressão “ Aroma  agradável”. Tão comum  neste  Livro, significa “de boa aceitação” e se aplica sublimemente à ternura do  amor de Cristo que foi ao ponto de Se oferecer como expiação totalmente satisfatória aos olhos de Deus (Ef 5.2). Aplica-se também à vida de amor, de fé e de dedicação,  que  os crentes devem viver pelo poder de Cristo (1Pe 2.5), e às ofertas de  bondade,amor e colaboração  que os irmãos  em Cristo  dão em prol dos homens e da Obra (Fp 4.18).

Texto áureo: Todavia, ao SENHOR agradou o moê-lo (Isaías 53:10). Leia Levítico 2: 1-16. Se o holocausto nos traz à mente o aroma agradável de Cristo em sua morte, a oferta de manjares (ou farinha) corresponde à perfeição de Sua vida como homem sobre a terra. De fato, essa oferta não requeria nem vítima nem sangue, mas  apenas  farinha, azeite, incenso e sal. A humanidade do Senhor corresponde aos grãos de  espigas  finamente moídos; Seu nascimento e batismo no Espírito Santo ao ser esmagado e ungido com óleo; Sua provação pelo sofrimento tanto de  forma visível ou de  forma oculta, através do calor da frigideira, da assadeira ou do forno. Essas coisas eram para o Pai um perfume de inestimável valor. Na adoração o crente apresenta a Deus essa perfeita vida de Jesus e extrai dela seu próprio alimento. Consideremos esse maravilhoso Homem nos evangelhos. Sua dependência Sua paciência, Sua confiança em Deus,  sua submissão sua  sabedoria, Sua bondade e sua devoção  tudo  isso não mudou apesar de todos os Seus sofrimento. Esses são alguns dos  maravilhosos  pensamentos  que vêm  até  nós na oferta de flor de farinha misturada com incenso. É “cousa santíssima” (vv. 3,10). Não se misturava fermento,  figura do pecado, nem mel, símbolo das afeições humanas. Em contraste, o sal, uma  figura  da  consagra-ção a  Deus,  que preserva da corrupção, marcou a vida de Jesus e jamais deveria faltar em nossa vida (Marcos 9: 50;  Colosse- nses  4: 6).

COMENTÁRIOS 2.1 Manjares. Heb. minhah. Uma oferta de homenagem, que significava uma promessa de leal obediência a Deus. A menor dessas ofertas de cereais compunha-se de uma dúzia do efa, ou seja, 2,2 litros,

2.2 Incenso. Um perfume caro, a resina amarela, pálida e leitosa de certo arbusto; chamado lebhonah, “brancura” em hebraico.

Page 3: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

2.3 Santíssima A palavra se aplica a todas as ofertas sacrificadas que se dedicam inteiramente a Deus  (mesmo  quando  os  sacerdotes participa da carne, que a lei de Deus determina para seu sustento).

2.13 Sal. Significava um pacto incorrupto, que não se podia violar.

2.14 Espigas verdes. Colhidas no campo antes de amadurecer; até hoje se tostam ao fogo, para depois retirar os grãos.

Texto áureo: A nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo (1 João 1.3). Leia Levítico 3:1-17 O sacrifício pacífico representa ainda a mesma obra de Cristo. Mas, desta vez, é vista sob o aspecto da comunhão, alegria e paz que produz. O Senhor Jesus não veio apenas para glorificar o Pai em Sua vida (a oferta de manjares), em Sua morte (o holocausto), e para expiar nossos pecados (o sacrifício do capítulo 4). Ele também veio nos introduzir em um novo relacionamento de comunhão com Deus. Nosso querido Salvador não Se contentou em nos livrar do julgamento eterno. Ele queria nos fazer felizes agora e para sempre. Como nos outros sacrifícios, a gordura é reservada para Deus e queimada sobre o altar. É o símbolo da energia interior, da vontade que o coração governa. No Senhor Jesus essa energia foi inteiramente consagrada a Deus. A energia dele era sempre para fazer aquilo que agradava a Seu Pai (João 6:33; 8:29). Tal sacrifício somente poderia ser um aroma infinitamente agradável ao Senhor (vv. 5,16). Que privilégio para aqueles entre nós que conhecem ao Senhor Jesus, termos o mesmo “alimento” que o Pai (vv. 11,16), sermos convidados à Sua mesa para compartilhar de sua alegria e pensamentos sobre Seu amado filho! “Ora, a nossa comunhão”, diz o apóstolo João, “é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo” (1 João 1:3).

COMENTÁRIOS 3.1 Ofertas pacíficas. Heb shekem, da raiz traduzida “paz”, “saúde” e “inteiro”. Falavam de inteira dedicação da parte do ofertante, e da paz com Deus a quem as oferecem. As gorduras, somente, eram queimadas, e as carnes eram consumidas pelos sacerdotes e pelo povo, numa ceia de aliança solene, à qual os pobres eram convidados (  Dt 12.18), que prenunciava a paz que seria trazida aos homens pela obra de Cristo (Cl 1.10), e comemorada na Ceia do Senhor (1 Co 10.16).

3.9 Pacífico. A palavra também significa saúde e prosperidade, alguma coisa inteira e íntegra (2Cr 16.9n). As  ovelhas da  PA-lestina possuem caudas grandes e gordurosas, que são consideradas uma grande delícia no Oriente.   Nota geral  sobre o  sacrifício: quando os sacrifícios eram oferecidos em conjunto, apareciam na seguinte ordem: 1) Oferta pelo pecado, que ensinava a necessidade da propiciação e da expiação, as quais são simbolicamente  efetuadas por  esse tipo de sacrifício. 2) A oferta queimada e o holocausto, que representavam a entrega da vontade  do homem à vontade de Deus. 3) A oferta de cereais era um oferta de homenagem, declarando a leal submissão do ofertante. 4) A oferta pacífica  sim-bolizava a alegria festiva que invade a alma daqueles que estão em  comunhão  com Deus.

Texto áureo: Jesus para santificar o povo pelo seu próprio sangue padeceu fora da porta (Hebreus 13:12). Leia Levítico 4:1-12 A oferta pelo pecado finaliza a lista das santas ofertas. O primeiro lugar foi atribuído ao holocausto: o aspecto na obra de Cristo que toca a Deus; a última oferta é a que diz respeito às necessidades do pecador. É natural que, sob nossa perspectiva, consideremos tais coisas pela ordem inversa. Antes de termos condição de conhecer e experimentar a paz e a alegria proporcionadas pelo sacrifício pacífico antes de compreender o que o Senhor Jesus foi para Deus em Sua vida e em sua morte, devemos nos ocupar com Aquele que sofreu e morreu na cruz para expiar nossos pecados. O sangue era levado para dentro do tabernáculo como se fosse uma confirmação, para Deus, da obra realizada e, para o pecador, da garantia de Sua aceitação. A gordura era queimada no altar, um sinal da satisfação de Deus com a obediência da vítima. Por fim os corpos dos animais oferecidos pelo pecado eram queimados fora do acampamento, enquanto a carne do holocausto era queimada no altar, e a do sacrifício pacífico era comida por aquele que o oferecia. Por causa dos nossos pecados que Ele tomou sobre si, o Senhor Jesus “sofreu fora da porta”(Hebreus 13.12), longe da presença do Deus santo. A expressão “queimar” alude ao intenso ardor do juízo que consumiu o nosso perfeito Sacrifício (Hebreus 13.11)

COMENTÁRIOS 4.1 – 35  Oferta pelo pecado. Este tipo de sacrifício era necessário para expiar pecados específicos. O grau da culpa e a qualidade da oferta variavam de acordo com a posição e a responsabilidade do pecador. O pecado do sumo sacerdote era o mais grave, porque era ele quem representava a nação inteira. O atual que se requeria era igual, para o sacerdote e para o povo, no tocante ao touro (“novilho”) que se oferecia em ambos os casos mas havia uma diferença quando se comparava o mesmo com o dos holocaustos, sendo que o sacrifício pelo pecado incluía o ato de pôr uma parte do sangue da oferta diante do véu do santuário; a gordura era queimada no altar, mas o resto era queimado fora do arraial. Isto prefigurava a crucificação de Cristo fora da cidade de Jerusalém (Hb 13.12). A justiça de Deus requeria o castigo pelos pecados. Cristo levou esta culpa sobre Si na cruz. Agora Deus perdoa aqueles que, pela fé, aceitam o sacrifício que Cristo sofreu por eles (Is 53.6-7; 1Pe 2.24; Rm 3.23,26).

Page 4: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

4.2 Ignorância. Esta palavra não se refere aos pecados dos insolentes e arrogantes,para os quais  nenhuma expiação  poderia ser feita. A pena imposta era morte  (Nm 15.30,31; Hb 5.2). O próprio fato de se exigir a expiação pelos  pecados da ignorân-cia demonstra que a  ignorância não é uma desculpa adequada para a violação  das  leis  de Deus. Ordena-se aos  crentes que estudem as Escrituras (2 Tm 2.15), e não se oferece nenhuma desculpa  aos que se recusam a se instruirmos  mandamentos de Deus. Tal fato é um pecado de omissão que precisa ser confessado, perdoado e abandonado (1João 1.9).

4.3-27 Quatro classes de pecadores são enumeradas neste trecho: 1) Os sacerdotes, v 3; 2) A congregação, v 13; 3) o príncipe, v 22; 4) Os simples indivíduos de entre o povo, v 27.*N. Hom. O sangue do novilho era sinal visível  de sua morte , assim  como o sangue de Cristo representa Sua morte expiatória, que nos purifica de todo o pecado (1 Jo 1.7) e nos aproxima de Deus (Ef 2.13). O apresentar o sangue perante o santuário mostra que é preciso prestar contas ao próprio Deus  por todos os pecados cometidos.

Texto áureo: Quem pode entender os próprios erros? Expurga-me tu dos que me são ocultos (Salmo 19:12). Leia Levítico 4: 13-26 Muitas pessoas não se julgam culpadas de suas faltas inconscientes; apóiam-se no princípio de que Deus não pode reprová-las por sua ignorância e levará em consideração as “boas intenções” delas. Que ilusão! Se Deus providencio um sacrifício pelos pecados cometidos “ por ignorância”, isso é uma prova que o pecador, mesmo na ignorância, é culpado diante dele. Além disso, as nossas leis têm a mesma força; a ignorância não é uma desculpa. Uma infração à lei, ainda que não intencional, me torna sujeito a u processo. Aos olhos de um Deus Santo, o pecado, uma vez cometido, permanece; de forma alguma é justificado pela minha falta de interesse em relação a ele. Mas aprendi que, para cada pecado, se há condenação, há também sacrifício. Foi necessário nada menos que a infinitamente profunda obra da cruz para eliminar a infinitamente profunda ofensa feita a Deus pelos meus pecados, intencionais ou não, eu me lembro deles ou os tenha esquecido há muito tempo.

Ao colocar a mão na cabeça da vitima. Aquele que oferecia fazia com que sua pecados passassem para ela. Ele reconhecia que era culpado e teria de morrer. O animal que estava sendo oferecido tomava o, lugar de quem oferecia, carregando o pecado e morrendo por ele. Foi isso o que o Senhor Jesus, nosso perfeito Substituto, fez.

COMENTÁRIOS

4.17 O dedo no sangue. Notem-se os lugares onde o sangue devia ser aplicado: 1) Nas pontas do altar de incenso, 7; 2) Na base do altar do holocausto, 7; 3) Diante do véu, 17; 4) Nas pontas do altar do holocausto, 30; 5) Ao redor do  altar e sobre o altar, 1.5,11; 3.2; 6)Sobre a parede do altar, 5.9; 7) No santuário, 6.30; 8) Na ponta da orelha direita  do sacerdote, 8.23 – 24; 9) No polegar da mão direita do sacerdote, 8. 23-24; 10) No polegar do pé direito do sacerdote, 8.23; 11) Nas casas, 14.51 -53; 12) Na ponta da orelha direita das pessoas que queriam se purificar, 14.25-28; 13) Sobre o polegar da mão direita da pessoa que queria se purificar, 14.25,28; 14) Sobre o polegar do pé direito da pessoa que queria se purificar; 15 Sobre a frente do propiciatório, 16.14-15; 16) Perante o Tabernáculo, Nm 6.8; 17) Sobre o povo. Ex 24.6-8; 18) Sobre o Livro da aliança Ex 24.6-8; 19) Sobre os sacerdotes,Ex 29.21; 20) Sobre as vestes dos sacerdotes, Ex 29.21.

4.20 Expiação. Da raiz hebraica kipper “cobrir”. O pecado, com a sua culpa e o seu castigo, é apagado por um ato  específico: a morte. Mas Deus permitiu a morte substitutiva de um animal, o qual tipificava o sacrifício de Cristo, o único que apaga as conseqüências eternas do pecado.

4.22 Pecar. Ver também 2, 132 e 17. Em contraste com o holocausto, que não tinha ligações específicas com transgressões individuais, e simbolizava uma aproximação ao Deus Santo, dando ao pecador a expiação por pecados específicos, pelos quais esses sacrifícios ofereciam uma “cobertura”, perdoando-se assim o pecado. Dois tipos de pecado se definem nesta Lei: 1) Os pecados da ignorância, 5,5-18; Nm 15.22-29, praticados na ignorância, sem saber aquilo que a Lei exigia, ou ainda, praticados Acidentalmente, mesmo quando se sabia que eram pecados, Dt 19.4; 2) Os pecados atrevidos, Ex 21.14; Nm 15.30; Dt 1.43, 17.12-13, 18.20-22; Sl 19.13; 2Pe 2.10. Tais pecados se cometiam deliberada, premeditada e obstinadamente, 24.11-16; Hb 10.26-31. Nota geral: em todos esses sacrifícios, notam-se duas classes os de “aroma agradável” e os demais. A expressão “aroma agradável” se aplicava somente aos três primeiros tipos de sacrifícios: os holocaustos, cap 1, as ofertas de manjares, cap 2, e os sacrifícios pacíficos, cap 3. Estes três tipos de ofertas voluntárias, prenunciavam a absoluta e bendita perfeição do sacrifício de Cristo,em aroma aceitável a Deus, Ef 5.2. Os demais sacrifícios eram os que se ofereciam pelo pecado e pelo sacrilégio, nosso quais Cristo era prefigurado como Aquele que carrega os pecados do mundo; eram ofertas de expiação que, pela sua própria existência, condenavam o pecado – não que  Deus tenha prazer na condenação. As ofertas de aroma agradável eram voluntárias, e as ofertas pelo  pecado eram

Page 5: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

compulsórias. * N. Hom. A confissão dos pecados é uma parte essencial de uma vida de retidão, e Deus a exige de todos aqueles que pecaram, 5.5; Os 5.15. Sem confissão dos pecados, precedida pelo arrependimento, apela-se em vão ao sacrifício de sangue. Da mesma maneira, o NT ordena aos homens que confessem seus pecados (Tg 5.16), oferecendo, ao mesmo tempo, a certeza do perdão e purificação, 1 Jo 1.9; Sl 32.5. A verdadeira  confissão de pecados inclui, entre outras coisas: 1) A tristeza religiosa por causado pecado cometido, Sl 38.18; 2) A Humilhação, Jr 3.25; 3) A oração pelo perdão Sl 51.1; 4) A restituição dos danos causados. Nm 5.6; 5) 5) A  humilde aceitação divina aplicada na forma de um castigo, Ed 9.13; Ne 9.33; 6) O abandono daquele pecado Lc 19.1-10; Lv 15.11-32.

Texto áureo: Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus(Romanos 3:23)

Leia Levítico 4: 27-35

Pelo seu próprio pecado, um sacerdote ungido tinha de oferecer um novilho (v.3), o príncipe tinha de oferecer  um  bode (vv.22-23), e qualquer pessoa do povo, apenas uma cabra ou cordeira (vv. 28,32).Aqueles que devem  dar o  exemplo têm uma responsabilidade muito maior, refletida na importância do animal oferecido. Mesa diante de Deus  todos pecaram e carecem de Sua glória (Romanos 3: 22-23).Quer estejam no topo ou na base da escala social, honra-dos ou desprezados pelos seus contemporâneos, quer sejam malfeitores ou pessoas de bem, todos se incluem em  uma só classe: todos são pecadores perdidos.No entanto, em Sua insondável misericórdia Deus criou uma nova  categoria: a dos pecadores perdidos.No entanto em Sua insondável misericórdia, Deus criou uma nova categoria: a dos pecadores perdoados. Ele encerrou a todos na desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos (Romanos 11: 32).Vamos enfatizar as expressões dos versículos 23 e 28: “ ou se o pecado em que ele caiu lhe for notificado”. Isso é uma alusão ao nobre serviço chamado “Lavagem, dos pés que consiste em ajudar outros crentes a descobrir e julgar suas faltas (João 13: 14).va categoria: a dos pecadores perdoados. Ele encerrou a todos na desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos (Romanos 11:32).

Vamos enfatizar as expressões dos versículos 23 e 28: “ou se o pecado em que ele caiu lhe for notificado”. Isso é uma alusão ao nobre serviço chamado “Lavagem, dos pés”, que consiste em ajudar outro crente a descobrir e julgar suas faltas (João 13:14).

“No tocante ao seu pecado, e este lhe será perdoado”; isso é dito ao final de cada um desses parágrafos – a divina resposta que Deus pode dizer para todo pecador arrependido, pela virtude da obra de Seu amado filho!

COMENTÁRIOS

Comentário Bíblico de MOODY : 4.27 Se qualquer pessoa do povo da terra pecar. O cidadão particularmente era responsável diante de Deus. Ele não podia se esconder no grupo e fingir inocência. Ele devia trazer uma cabra ou ovelha. O ritual era o mesmo do príncipe.

O saudoso Pastor ANTONIO NEVES DE MESQUITA , em seu livro Estudo no Livro de Levito página 70 diz: “ 4) Sacrifício pelo pecado da plebe (vv.27-35) - a) A oferta . Convém acentuar que, se a ninguém é dado viver sem pedado, também ninguém precisa viver sem perdão. Se um sacerdote pecasse, teria o remédio no sacrifício do bode; se um homem ou mulher do povo, teria a sacrifício de uma cabra ou cordeira. Era sacrifício mais barato, mas tinha os mesmos efeitos expiatórios. Entre o povo, a quem foram dadas as ordenanças, não seria fácil encontrar uma pessoa que não tivesse à mão um destes animais, ainda que fosse preciso recebê-lo de alguém. Diante de Deus, só vive em pecado que quer, porque o seu amor não conhece pessoas nem meios. Para todos há a mesma aceitação. Em Cristo, nós sabemos que não judeu nem grego, chinês ou croata. Todos são pecadores, e todos têm a mesma necessidade e o mesmo privilégio de salvação. Já era assim nos velhos tempos, dentro das fronteiras israelitas. O pobre como o rico podiam viver em comunhão com Deus e para todos eram facilitados os meios da graça.

b) O ritual. Não há diferença entre o ritual da oferta do pobre e do rico.....

O pecador em ato seria motivo de contínuo ritual e sacrifício, pois que a consciência de cada falta levaria o penitente a buscar o Tabernáculo para expiar a culpa. Era o sacrifício de cada hora e cada momento. Seria  um testemunho ininterrupto da existência do pecado e do perdão para ele.Podemos imaginar  a romaria que  seria feita diariamente para a tenda, cada qual com a sua  vítima para o sacrifício. Cada qual confessava sua  culpa e para cada um havia o mesmo perdão. Sem dúvida  alguma, a coisa mais digna de nota no mundo e  também, a mais certa é o pecado e os seus efeitos. Hoje, que  gozamos de perdão completo em Cristo, não  se  nos  oferece o ensejo de

Page 6: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

caminharmos para um lugar em busca de iniciação, mas nem por isso  devemos  deixar  de confessar de contínuo o nossa pecado e de dar testemunho  de nossa redenção.

Texto áureo: Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos  purificar  de  toda injustiça (1 João 1:9)

Leia Levítico 5:1-13)

Os versículos 1 a 4 nos dão vários exemplos de faltas que têm de se expiadas mediante sacrifícios. São ações cuja seriedade talvez nem perceberíamos se a Palavra, a divina pedra de toque de nossa consciência, não as condenasse: encobrir evidências, ter contato rápido com algo que é impuro, proferir palavras impensadas. Alguém pode ser cul pado de se manter em silêncio (v.1) ou, pelo contrário, de falar demais (v4). Em todos esses casos, a confissão era exigida (v.5), seguida de sacrifício (.6). Este ainda é o caminho que 1 João 1:9 impõe ao crente que peca, com a diferença de que o sacrifício não precisa ser oferecido uma segunda vez. O sangue de Jesus Cristo já foi derramado por nós diante de Deus, portanto agora somente a confissão é necessária; Deus é “fel e justo para nos perdoar de toda injustiça”. Os versículos 7 e 13 tratam da diferença nos recursos dos que traziam suas ofertas. Um oferecia uma cordeira, outro oferecia dois pombinhos e um terceiro apenas uma porção de farinha. Nem todos são capazes de apreciar a extensão da obra de Cristo com a mesma profundidade. Mas o que importa é o verdadeiro valor que tal obra tem para Deus.

COMENTÁRIOS

SACRIFÍCIO DE TRANSGRESSÃO OU REPARAÇÃO ( Levítico . 5:1-19 e 6:1-7)

No capítulo anterior, Moisés, a mando de Jeová, estabeleceu as bases do sacrifício pelo pecado contra Deus, quer fosse praticado pelo sacerdote, pelo príncipe, pela congregação ou pelo indivíduo. Neste capítulo continuando o doutrinamento da congregação israelita, aparece nova modalidade de pecado e sua conseqüente forma de expiação. Podemos chamá-lo de pecado de conduta ou relação entre os indivíduos, portanto, de ofensas pessoais, com o seu inevitável reflexo religioso, e, da mesma forma, contra Deus, pois que todo pecado ou falta é, em última análise, ofensa contra a divindade.

O vocábulo transgressão, no hebraico, significa “passar além dos limites, transgredir um preceito, pular uma cerca” etc. É o transpasse contra preceitos estabelecidos, sejam de ordem divina ou humana; é a falta do  cumprimento exato de nossos deveres e a relação sociais; é a anarquia estabelecida entre os homens, com o desrespeito aos haveres materiais dos indivíduos, ao nome à honra; é a usura ou roubo legalizado; é, enfim, toda essa  corte de  delitos, nem sempre previstos nas leis ordinárias dos povos civilizados. Daí, não somente o reconhecimento de tais  deveres de respeito, como a compensação, em caso de falta.

Nossas responsabilidades são duplas, em qualquer caso: de um lado,Deus, Santo e Cristo, requerendo de suas  cria turas racionais a devida compostura em todas as modalidades da vida; do outro, o nosso semelhante, igual  a nós  irmão de raça, a quem devemos o respeito que exigimos para nós. Em tudo devemos viver de face virada para Deus  e para o próximo. Como, porém, a natureza humana está corrompida e de modo tal que é difícil encontrar  ações  lisas e honestas, nessa babilônia de relações. Humanas, sem ofensa para  Deus ou para o próximo, Deus ensinou se povo a fazer reparo da falta cometi antes do crime, mas nem sempre não elas que valem. Se a verdade que a  instrução requer lhe for concedida, a sociedade estará a salvo de sérias inconveniências. Mas a doença de que padece essa nobilitante instituição social decorre da falta de consciência para coma verdade. Dizer  sim e não sobre  um mesmo caso depende apenas de circunstâncias. Verdade e mentira já se misturam tanto em certas a sua supressão portanto, o seu deslocamento, para dar lugar à mentira, que tudo suporta e de tudo se compadece, por não possuir critério nem compostura. A pessoa que institui tal desvirtuamento deve ser punida como era em Israel. Entre alguns crentes mesmo, que poderemos dizer? Que sempre falam sim, sim e não, não? Mentirinhas andam por ai às soltas. Certo que há algumas mentiras que não fazem mal a ninguém. Dizer, por exemplo, que se tem um metro e cinqüenta centímetros de altura, quando se tem um centímetro a mais ou a menos, vele pouco. Dizer que se te 40 anos, quando se tem trinta e nove, vale pouco; mas, se a pessoa sabe que não esta dizendo a verdade, sabe que está mentindo. Especialmente é perigoso, para a formação de uma boa consciência, ter-se consciência de que não se pode e não se quer dizer a verdade. Digamos a verdade, seja no que for, e nos sentiremos bem; faremos justiça à verdade mesma, e não à mentira. Deus deseja certas e retilíneas atitudes de todos os homens, e mui especialmente dos crentes.

Texto áureo: Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que a teus olhos é mal...(Salmo 51:4).

Page 7: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

Leia Levítico 5: 14-19 e 6: 1-7

O mais meticuloso dos israelitas sempre estaria com medo de ter esquecido um pecado cometido por ignorância. E, tão logo tivesse oferecido um sacrifício caro, um novo ato de infidelidade exigia outro sacrifício. Infelizmente, apesar das promessas infalíveis da Palavra de Deus, muitos cristãos ainda hoje estão vivendo com o mesmo medo. Eles tornam a sua salvação dependente de esforços sinceros para agradar a Deus, como esmolas e penitências, sem jamais ter certeza de que esses esforços serão suficientes. Isso é estar ignorante da plenitude da graça divina! E que felicidade é essa que desfrutamos quando somos libertados desse medo pela certeza que temos de que o Senhor Jesus fez todas as coisas por nós!

Os versículos de hoje fazem distinção entre pecados contra Deus (vv. 15,17) e pecado contra o próximo  (6:2-3). Geralmente estamos menos preocupados com os primeiros do que com os segundos. Deverá ser exatamente  o contrário. Não apenas é necessário consertar as coisas quando pecamos contra o próximo, mas também oferecer  um sacrifício ao Senhor (6.6; ver Salmo 51:4).Inversamente,  não é suficiente apenas colocar as coisas em ordem com Deus. Quando o pecador arrependido oferecia um sacrifício por sua falta, também tinha de  acertar a situação  diante dos homens (6.5). Foi isso que Zaqueu compreendeu quando Jesus entrou em sua casa (Lucas 19:8).

5.14-6.7 Vários motivos da oferta pela culpa. Estes sacrifícios eram semelhantes ao da oferta pelo pecado, indicando ao homem a sua culpabilidade e a sua necessidade de ser salvo do julgamento por Cristo, que carrega nossos peca dos; somente que a ênfase é sobre o prejuízo causado e a satisfação que se devia à pessoa prejudicada. A morte de Cristo operou a expiação em favor dos pecadores, mas foi pela Sua obediência que cumpriu ”toda a justiça”, todas as exigências da Lei,  Mt. 3. 25; Gl 4. 4. Ao crente se imputa a justiça de Cristo, 1Cor 1.30; Rm 4.3. A restituição que se fizesse, devia ser em espírito de arrependimento, o que é o principal, Sl 51.17. Jesus ensina que o homem deve reconciliar-se com seu irmão antes de trazer sua oferta, Mt 5.24. A fé sem obras é morta, Tg 2.17.

5.15 Ofensa. Heb má al, “engano”, “infidelidade”, “quebra da Lei”. Aqui se aplica a pecados públicos, danos cujo valor podia ser calculado. É este o pormenor que o destaca do pecado em geral, e que exige um tipo específico de sacrifício com as seguintes formalidades: 1) O sangue derramado que opera a expiação, 6.7; 2) A restituição à pessoa lesada do valor dos danos causados, e mais 20%, 6.5; 3) A confissão do pecado, implícita no ato de trazer uma oferta pela culpa 6.6; 4) A fé implicitamente demonstrada no fato de o crente procurar a expiação que Deus oferece mediante este sacrifício 6.6; 5) o perdão de Deus, a segurança para o pecador que cumpria as condições exigidas, 6.7.

5.16 Oferta pela culpa. Em heb, é uma palavra só: ‘ãshãm, que quer dizer “culpa” no sentido de dados e estragos, e também é o nome técnico do tipo de sacrifício que a culpa requer. Cristo é o único que cumpre completa e satisfatoriamente tudo aquilo que é previsto nesta oferta, imputando-nos sua justiça, cf 2 Co 5.21, onde a palavra “pecado” tem exatamente o sentido de ‘ãshãm. A profecia de Isaías usa a mesma palavra para a obra de Cristo, Is 53.10. O sacrilégio é aquele que só pode ser transformado pela obra de Cristo, Rm 3.12,26.

6. 1,2 Com comentário do Pr. Antônio Neves de Mesquita, no livro Estudo no Livro de Levítico pg. 78, 79 É notável como Deus quis salvar o povo da ganância de homens sem entranhas! Mas curioso é notar ainda que este mesmo povo a quem tão sublimados ensinos foram primeiramente revelados se tornasse o símbolo da usura e da ganância! Judeu hoje significa avareza e ganância, e se não são somente os judeus que merecem as honras de usurários e gananciosos, não há duvida que eles se têm destacado de modo notável neste sentido (e noutros), talvez porque o dinheiro lhes tem vindo à mão em tanta liberalidade, a ponto de se terem constituído o tesouro do mundo. O pior de tudo é que por causa do dinheiro se pratiquem tantas vilezas e misérias entre todos os povos. Deus quis evitar esses males, de que mais tarde falou Paulo, acoimando o dinheiro de causa de todos os males.

Deus não contrário ao dinheiro nem ao seu lícito emprego, tal como empréstimo ou qualquer outro uso. É contra o  seu mau  uso. Demais,quem não sabe a que percalço está exposto um homem necessitado?A necessidade é uma megera infame que lhe cai debaixo dos guantes, (luva de ferro da armadura antiga; manopla) expõe-se a muitas coisas perigosas. Aceita qualquer termo, conquanto que tenha a importância que lhe faz tanta falta.

Texto áureo: Mas este [Jesus], havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado para  sempre à destra de Deus (Hebreus 10;12).

Leia Levítico 6:8-30.

Observamos o paralelo que há entre as quatro ofertas principais e os aspectos sob os quais  os quatro evangelistas apresentaram as obras de Cristo. Em, João, o Senhor Jesus é o santo holocausto, Aquele a quem o Pai amou porque derramou voluntariamente a Sua vida (João 10: 17 – 18). Lucas faz com que nos maravilhemos  com a vida do  Homem perfeito, do qual

Page 8: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

fala a oferta de manjares. Marcos coloca diante de nós o Servo de Deus, representado  pelo sacrifício de consagração, ou sacrifício pacífico. Finalmente, Mateus, mais que os outros, O proclama como Aquele que “salvará o seu povo dos pecados deles” (Mateus 1: 21).

Os capítulos 6 e 7 tratam novamente desses quatro tipos de ofertas para formular a lei concernente a elas, ou,  em outras palavras, o caminho pelo qual o sacerdote deveria oferecê-las. As ofertas queimadas tinham de ser contínuas (v.13), a oferta de manjares era para ser um “estatuto perpétuo” (v.18). Na meditação da semana, observamos o medo dos israelitas que nunca tinham a certeza de serem aperfeiçoados pelos mesmos sacrifícios oferecidos continuamente. Mas no capítulo 10 de Hebreus nos mostra que o sacerdote “se apresenta, dia após dia, a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios”, o trabalho dele jamais estava terminado Então, o mesmo capítulo apresenta o Senhor Jesus que “Tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus” (Hebreus 10:1, 11-12).

COMENTÁRIOS

6.8 – 7.38 Estas são instruções adicionais para regulamentar as ofertas já descritas. Até o presente trecho, a ênfase tinha sido colocada sobre o aspecto das ofertas que diziam respeito à prestação de contas que o pecador tinha que fazer com o próprio Deus; agora se regulamenta a participação dos sacerdotes e as dos ofertantes, naquilo que doutrinariamente já foi definido; trata-se agora da carne dos animais que se oferecia nessas ocasiões.

6:11 O sacerdote que tinha a obrigação de limpar as cinzas do altar, depois de ter sido oferecido um holocausto, usava para isso, vestes especiais, calças e túnica de linho, laváveis, que se usavam tão-somente para cada contato direto com o altar. Quando removia as cinzas dada manhã, deixava-as ao lado do altar, trocava suas vestes, colocando roupas normais de sacerdote, e depois removia as cinzas para algum lugar “limpo” (e não para um depósito de lixo, que seria considerado impuro), fora do arraial.

6.12 As ofertas contínuas, que se ofereciam duas vezes por dia, sem falta, eram uma expiação da dedicação de Israel ao seu Deus.

6.13 O primeiro fogo que acendeu a lenha do sacrifício depois da consagração formal de Arã como sacerdote, foi ateado por Deus,9.24. Esta origem sobrenatural do fogo no altar serve para nos ensinar que se um sacrifício  pode ser feito pelo homem, é só a graça de Deus que o consome, que o torna aceitável, que faz dele um meio de expiação Nenhum fogo feito pelo homem poderia ser usado no altar do Senhor e por isso mesmo  é que era tão importante  que os sacerdotes conservassem sempre acessa a chama que veio a existir de maneira tão notável. O pecado de oferecer sacrifícios com “fogo estranho”, fogo ateado pelos homens e não por Deus foi justamente o que o que provocou a morte de Nadabe e Abiú, 10.1-2.

6.18 Todo varão. Esta expressão se restringe aqui aos homens que serviam no culto do tabernáculo. Antes de atingi rem a idade de 30anos, os homens não podiam entrar no lugar santo, Nm 4.3,23, 30,39. Tudo o que tocar.  Esta  ex pressão  se refere às pessoas separadas para o serviço no tabernáculo, e que também tinham o privilégio de comer  dessa oferta. Só  uma pessoa dedicada (“santa”) podia participar.

6.26 As ofertas que se comiam no lugar santo eram: 1) O que ficasse da várias ofertas de manjares, depois de quei madas a porção memorial, 2.1-10; 2) A carne (e não a gordura, 4.26) das ofertas pelo pecado (6.26; 10.17) e das ofertas pela culpa (7.5-6); 3) A carne do sacrifício de ações de graça da oferta pacífica, 7.15-17; 4) O que sobrasse do sextário de azeite que o leproso oferecia , 14.10-20; 5) Os dois pães a serem movidos, 23.17-20; 6) Os pães da propiciação, 24.5-9.

6.28 Um vaso de louça não vitrificada obsorvia alguns sucos, não podendo ser levado ao ponto de ficar bem limpo, como o bronze.

Texto áureo: Sendo, pois justificados pela fé, temos pás com Deus pos nosso Senhor Jesus Cristo (Romanos 5:1).

Leia Levítico 7:1-21.

A Epistola aos Romanos nos ensina que Deus tem estado ocupado com duas questões: a questão dos pecados, até Romanos 5:11, e depois com o pecado, até o capítulo 8 de Levítico. Ele condenou tanto a árvore como os frutos, o pecado em nossa natureza bem como os resultados que isso produz. Ao exigir um sacrifício pela culpa (atos come tido), e outro pelo pecado (a raiz do ato), Deus nos ensina que a obra de Cristo satisfaz essas duas necessidades do pecador.

A lei concernente ao sacrifício das ofertas pacíficas ilustra as condições necessárias para a realização da comunhão cristã. Isso era uma questão de sacrifício de ações de graças (v. 12; 2Corintios 10:16), proveniente de um caráter disposto e alegre (v. 16; 2Coorintios 8:4), livre de qualquer contato com coisas impuras (v.21). Enquanto os sacri fícios pelo pecado eram oferecidos porque um homem não esta limpo, apenas os israelitas limpos tomavam parte na ofertas pacíficas (v.19). O que tocasse na carne da oferta pelo pecado se tornava santo (6:27), ao passo que qualquer impureza conta minava A oferta pacífica. Nós atentamos para a higiene de nossos alimentos.

Page 9: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

Tenhamos ainda mais cuidado a fim de que nenhuma poluição espiritual venha interromper  a comunhão do  qual  este sacrifício é um símbolo.

COMENTÁRIOS

7.11-21 Havia três tipos de ofertas pacíficas: 1) As ofertas de ações de graças, que eram feitas para relembrar com gratidão as misericórdias alcançadas; 2) As ofertas votivas, promessas feitas no sentido de trazer uma oferta, se certa aspiração fosse atendida; 3)Oferta voluntárias, que se distinguiam das votivas por não haver uma promessa  anterior, e das ações de graça, por não se referirem a alguma bênção específica alcançada; o primeiro tipo  devia  ser comido pelo ofertante e pelos seus amigos no mesmo dia no qual foi oferecido, mas os outros dois tipos  não  tinham o mesmo grau de santidade , e podiam ser comidos até no dia seguinte.

7.12 Obreias. Heb rãqiq, um bolo de forma, feito de uma camada fina, 2.4; 8.26;Ex 29. 2,23; Nm 6.15.19. Bolos, Heb hallah pães que se perfuravam em cima, na hora de assar. A palavra vem da raizhãlal, “furar”. O seu peso era de 3,5 Kg (duas dízimas de uma efa,24.5)

7.13 Levedado. A levedura (um resto de massa apodrecida) se usava comumente nas festas sociais, e era permitida nas ofertas de ações de graça, sendo que estas eram a expressão espontânea da dedicação de vidas que nunca eram totalmente isentas de pecado e males. A presença desta levedura, símbolo da impureza, nos ajuda a entender a que tudo o que se come é santificado pela Palavra de Deus e pela oração ( 1Tm 4.4-5; 1Co 10.23,30), e não pela sua pureza cerimonial intrínseca (At 11.1-18). Não é a comida que entra pela boca que contamina o homem, Mt 15.11. Esses bolos de pães levedados, que acompanhavam a oferta pacífica, não eram os mesmos da oferta de manjares, os quais eram sem levedura (asmos), e se ofereciam no altar.

7.14 Um de cada tipo de obreia, bolo e pão era a porção dos sacerdotes.

7.15 Se comerá. É claro que qualquer animal, seja um bezerro, um novilho ou um cordeiro (3.1,7), não poderia ser comido dentro de um ou respectivamente dois dias, somente pelo ofertante ou por alguns sacerdotes que o ajudavam segundo a exigência da Lei, 15-18. Vê-se claramente que uma parte do sentido da religiosa seria que o ofertante participasse do sacrifício com seus amigos, ou também com estranhos pobres e necessitados, e assim a generosidade, a caridade e o cuidado dos aflitos, fariam parte da festa, para completar uma verdadeira ceia sacrificial, de bom agrado para Deus e para os homens.

Texto áureo: [Jesus] se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de Deus, nosso Pai.

(Gálatas 1:4).

Leia Levítico 7:22-38

Como uma figura da comunhão do crente com Deus e com seus irmãos, o sacrifício pacífico era a única oferta  na qual cada parte recebia sua porção.Deus tinha Sua própria porção, que era a gordura e o sangue, que nos traz à mente Seus direitos à nossa devoção e à totalidade de nossa vida. O peito movido e a coxa da oferta eram reserva dos a Arão e seus filhos (v. 34), figuras para o redimido da afeição e da força que pertencem a Cristo e aos Seus.  Por fim, o próprio adorador encontrava o seu alimento ali. E observe que a comida dos sacerdotes dependia dos sacri fícios pacíficos. A energia espiritual que capacita o crente a militar na obra do Senhor flui da comunhão que ele  dês fruta com o Pai. As duas epístolas aos coríntios confirmam isso. A primeira epístola trata sobre a comunhão, a segunda tem como assunto o ministério. Nosso serviço somente será útil e abençoado à medida que somos alimen tados pelo perfeito sacrifício pacífico e, seguindo Seu exemplo, quando entregarmos nosso corpo como sacrifício vivo, santo e aceitável a Deus (Romanos12:1). Esse é o segredo, de acordo como mesmo capítulo, para experimentar “a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” e,conseqüentemente, ser capaz de executá-la com alegria.

COMENTÁRIOS

7.26 Não comereis sangue. Desde que o derramamento de sangue representava perda de vida (Gn 9.4), e que o  sangue assim derramado era usado somente para a expiação, nunca se podia comer ou beber. Esta proibição se refere somente ao uso do sangue como alimento, e não de ser considerada uma lei contra a transfusão do sangue, o que é uma operação médica paras a salvar vidas. Se queremos atribuir-lhe algum sentido espiritual, seria apenas o de ilustrar a santidade do sangue de Cristo, derramado em nosso favor para que tenhamos a plenitude da  vida medi ante Seu sacrifício supremo;.

7.30 Oferta movida. Em primeiro lugar, o sacrifício era “movido”, ou abanado na direção do altar de bronze, simbo lizando assim que estava sendo oferecido ao Senhor, e depois era movido em direção contrária para indicar que estava sendo devolvido aos sacerdotes para os alimentar pelos seus serviços. Depois disto, a gordura da oferta pací fica era queimada como oferta ao Senhor; a coxa direita ou a espádua com o peito eram comido pelos sacerdotes, e o que restava era comido pelos fiéis, Ex. 29.26n.

Page 10: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

Texto áureo: Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feitos mais sublime do que os céus (Hebreus 7:21).

Leia Levítico 8:1-12.

Temos estudado nos primeiros sete capítulos o tema das ofertas, e agora passaremos ao assunto do sacerdócio. Se o pecador necessita de um sacrifício, o crente também necessita de um sacerdote para exercer a obra que lhe foi confiada. Agora, em Cristo, temos tanto um quanto o outro. Ele se também Aquele que exerce as funções de Sumo Sacerdote para nos manter nesse relacionamento. Era preciso que Ele se tornasse o Sacrifício antes de se tornar o Sacerdote

Vemos no capítulo 29 de Êxodo as instruções dadas pelo Senhor a Moisés quanto á consagração de Arão e seus filhos. O momento para tal cerimônia ser realizada é chegado. Toda a assembléia de Israel esta reunida à entrada do tabernáculo para presenciar e observar Arão ser vestido com roupas de glória e beleza. Quão mais esplendoro sa é a visão que a epístola aos Hebreus, às vezes chamada de “epistola dos céus abertos”, apresenta com relação à nossa fé. Ela nos convida a considerar “atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus” vestido com todos os gloriosos atributos de Seu sacerdócio (3:1)

COMENTÁRIOS

8.1-36 a CONSAGRAÇÃO DOS ACERDOTES. Nenhum homem era, por si mesmo, digno de se aproximar de Deus, e daí a necessidade de sacerdócio mediador. Esse sacerdócio era um dom de Deus (Nm 18.7), já que  o próprio Deus escolhia e vocacionava os sacerdotes, 8.4,5; Hb5.4. O sacerdote era um tipo de Cristo, nosso único e verdadeiro Mediador, Hb 8.1;1 Tm 2.5. Os quatro passos para a consagração eram: 1) A lavagem, 8.6, símbolo  da purificação e do novo nascimento, Tt 3.5; 2) O revestimento com as vestes sacerdotais, 8.7; 3) A unção, 10-12, indicando a santificação e prenunciando a união do Espírito Santo. At 1-4-5,8; 4) As várias ofertas 14-29.

8.2 Arão e seus filhos. Cf Ex 29. Esta foi a cerimônia da consagração, que depois passou a ser usada para todos os sacerdotes. Notemos que havia uma distinção implícita entre os sacerdotes (Arão e seus filhos) e o resto dos levitas. A tribo de Levi,como um todo, foi separada especificamente para  o serviço religioso,mas  somente os descendentes  de Arão eram os sacerdotes que oficiavam nos cultos do Tabernáculo e (mas tarde) do Templo, em Jerusalém, Nm 1.47-54. Veja também a distinção entre sacerdotes e levitas na Parábola do Bom Samaritano, Lc 10.25-37.

8.8 Urim e Tumim. Estas palavras em heb, ambas no plural, podem ser interpretadas por “luzes” e “perfeições”, respectivamente. De várias passagens, como Nm 27.21; 1 Sm 14.37-42 e 28.6, deduz-se que eram objetos que se lançavam como sortes para determinarem as respostas de Deus às questões de interesse do Seu povo. Supõe-se ainda que os objetos eram pedras preciosas, que se conservavam no bolso que era a parte básica do peitoral do sumo sacerdote, e que tais pedras eram o meio de se descobrir a inocência ou a culpa de pessoas suspeitas, e de saber a vontade divina de um modo geral. Cf as notas de Ed 2.26 e Ex 28.15. O uso de Urim e Tumim não se menciona depois do reinado de Davi, a não ser na época da volta do Cativeiro em Babilônia, 538 -33 aC., quando a falta de sacerdotes com Urim e Tumim era considerada uma irregularidade grave, Ed 2.63; Nm 7.65.

8.14 Puseram as mãos. Isto significa que os pecados do ofertante se imputavam à oferta pela culpa, que tinha que morrer para fazer expiação pelos sacerdotes. Nisto se vê um claro tipo de expiação substitutiva realizada pela morte de nosso Senhor Jesus Cristo, Hb 2.9-18; 1 Pe 2.4.

8.14-29 A última parte da consagração de Arão e de seus filhos, isto é, a parte das ofertas , dividia assim: 1) a oferta pelo pecado, a imputação da justiça a Arão. 14; 2) O holocausto pelo qual se imputava a santidade, 18; 3) A oferta  do carneiro completa a cerimônia, sacrificialmente efetuando a consagração, 22.

Texto áureo: Mas é para que o mundo saiba que eu amo o Pai e quefaço como o Pai me mandou (João 14:31).

Leia Levítico 8:22-36.

Este capítulo encontramos novamente Arão e seus filhos juntos, e isso nos faz pensar naquele que não se envergonha de Se associar conosco e de nos chamar de irmãos. Que Deus nos guarde em todos os nossos caminhos  para que  não nos envergonhemos diante do mundo do nosso relacionamento com o Senhor Jesus (2 Timóteo 2:13).

Nesse capítulo há diversas referências às ofertas sendo movidas. Mover um objeto continuamente permite  que ele seja totalmente visto em todas as suas facetas. Somos, pois, convidados a apresentara Deus todos os aspectos do excelente sacrifício que trazemos diante dele, falando do Senhor Jesus em todas as Suas diferentes glórias e de Sua obra nas mais variadas manifestações. O peito do carneiro da consagração, a porção especial de Moisés, também era movido. Portanto, somos capacitados a admirar, em seus diversos aspectos, as afeições de Cristo que era a fonte e o poder de Sua devoção a Deus. “Eu  amo o Pai”, disse Jesus, “e faço como o Pai me ordenou” (João 14:31). Em nossa vida, o mesmo princípio  produzi rá

Page 11: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

o mesmo resultado. Apenas o amor dará origem à verdadeira consagração, ou seja,  um profundo  sentimento  de que o Senhor tem pleno direito sobre nosso coração e é  digno de total devoção.

COMEDNTÁRIOS

8.22 Consagração. Heb. millu´im, que quer dizer “preenchimentos”, ou “ações de encher”, parcialmente porque “encher as mãos” era o termo técnico para designar a investidura dum cargo importante, e, parcialmente, para gemi nar a palavra “pacífico”, que também tinha o sentido de ser completo, pleno, próspero e saudável, Ef 3.9. Na antiga tradução dos 70 foi chamado “o cordeiro da perfeição”, já que completou a consagração a Deus. Compare com “aperfeiçoasse”, em Hb 2.10.

8.23 O sangue derramado sobre a orelha, o polegar da mão direita e o polegar do pé direito do sacerdote simboliza vam sua consagração completa para ouvir, ensinar e observar a Palavra de Deus.

8.26 Pães... bolo. Foram trazidos, num cesto, vários tipos de pães (7.12, vd também 7.12n) que tinha sido prepara dos para a consagração dos sacerdotes, sob a direção espiritual de Moisés (cf. v. 2).

8.30 Óleo...sangue. Os sacerdotes da Antiga Aliança eram ungidos com óleo e com sangue, representando respecti vamente duas bênçãos que haveriam de ser derramadas sobre o povo de Deus com a vinda de Cristo:> a unção do Espírito Santo e o sacrifício expiatório, que não dependem de cerimoniais físicas, mas são o fruto da obra de Cristo naqueles que O aceitam e que, por isso mesmo, são considerados um sacerdócio real de Cristo. Estes possuem as rea lidades espirituais que, no Antigo Testamento, são apenas promessas.

8.35 A obra Sagrada dos sacerdotes requeria um preparo feito com disciplina e dedicação; havia condições para se alojarem dentro do Tabernáculo para servirem melhor, 1 Sm 3.1-9. Os primeiros dez capítulos deste Livro nos ajudam a entender esta obra que consiste em: 1) Expiação caps. 1-7; e 2) Meditação, caps 8-10. Primeiro o sacrifício depois o sacerdócio propriamente dito. O sacerdócio não é para servir a pecadores, mas a santos, isto é, a gente com- vertida. Não á para o mundo que Jesus Cristo é sacerdote, mas somente para a Igreja, Jo 17.9,19. Assim, percebemos que o homem só pode se aproximar de Deus pelo caminho da expiação só pode se apropriar de Deus pelo  caminho  da expiação e da meditação, e que Jesus é a plenitude deste Caminho, sendo o Sacrifício e o Sacerdote, Hb 9.11-12.

Texto áureo: Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus (Hebreus 7:26).

Leia Levítico 9: 1-24.

A epistola aos Hebreus nos mostra o sumo Sacerdote “santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores...” (7.26). Que contrasta com Arão, “tomado dentre os homens mencionado na mesma epístola como alguém que  neces sita oferecer sacrifícios pelo pecado não somente pelo povo, mas por si mesmo (Hebreus 5:1-3).Isso é o que vere- mos Arão fazendo aqui. Antes de ser capaz de se ocupar com os pecados do povo Arão é obrigado a tratar diante de Deus com a questão de seus próprios pecados. Isso é um princípio geral, cuja importância o Senhor nos relembra no “sermão da montanha”. Para ser capaz de tirar o argueiro que está no olho do nosso irmão., é preciso primeiro remo ver a trave do nosso próprio olho (Mateus 7:3-5).

O final do capítulo nos mostra como, uma vez que a propiciação tenha sido feita e a questão do pecado resolvida, a bênção do Autor da bênção pode vir sobre o povo, a glória de Deus pode se manifestar, e a alegria pode se expressar livremente. Tais são as maravilhosas conseqüências da cruz de Cristo hoje para o povo de Deus. Que Deus nos ensine a apreciá-las e responder da mesma maneira!

COMENTÁRIOS

9.1-24 As três partes essenciais do capítulo são: 1) Os mandamentos, 7 – 7; 2) A execução dos mandamentos, 8.22; 3) A aprovação divina pronunciada sobre aquilo que havia sido feito, 22-24.

9.4 Arão tipificando Jesus Cristo na sua posição de sumo sacerdote, não podia tipificá-lo em matéria de santidade, visto que tinha, em primeiro lugar, que buscar a expiação pelos seus próprios pecados, Hb 5.1-3.

9.11 Simbolizava a expiação completa; completa maldição caía sobre o substituto, e a expiação não era completa até que o sacrifício fosse completo e inteiramente consumido Hb 13.11-13.

9.23 A gloria do senhor na nuvem, e o fogo que dele procede, (24),era uma confirmação Pública da aceitação divina do ministério sacerdotal e da eficácia das ofertas. Cf também Ex 40.34; 2Cr 7.1.; 9.24 O fogo tem sido considerado um símbolo sagrado por quase todas as religiões. Como símbolo ilustra muitas verdades bíblicas. O fogo foi empregado por Deus, não somente para oferecer a Sua proteção divina (Nm 9.16) como também para ser instrumento da Sua justa vingança (Dt 4.24; Hb 12.29). e um símbolo do Espírito Santo(Is 4.4; At 2.3).

Page 12: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

O presente versículo mostra a vinda do fogo com a finalidade de  consumir o sacrifício  sobre o altar já que todas as ofertas queimadas tinham que ser consumidas pelo fogo, 6.9-12. As Escrituras dão muitas  instâncias da aparência sobrenatural do fogo: o arbusto que se queimava, Ex 3.2; a hora da Lei ser dada no monte Sinai, Dt 4.11,36; no monte Carmelo, quando Elias venceu os profetas de Baal, 1Rs 18.38. Em algumas  ocasiões o  próprio Deus aparecia no fogo, Ex. 3.4-6; 19.18, e no fim dos tempos, Jesus Cristo voltará “em chama de fogo” 1Ts 1.8. O fogo nos dá idéia de algo que consome ; que purifica e que derrete, e decerto, simboliza algo da santidade de  Deus. “o nosso Deus é gogo consumidor”, Hb 12.29; Dt 9.3. entre os casos narrados, na Bíblia, de uma destruição pelo fogo,operado por Deus, destacam-se; 1) Sodoma e Gomorra, Gn 19.24; 2) Uma das pragas sobre o Egito, Êx 9.23-24; 3) Uma praga entre os israelitas, Nm 11.1-3; 4) Os 250 participantes Da rebelião de Corá, Nm 16.35; 5) Os 102 soldados que foram prender Elias, 2Rs 12.10-14. As profecias bíblicas sobre uma futura destruição pelo fogo se referem às seguintes: 1) O julgamento ao toque da primeira trombeta. Ap 8.7; 2) O fogo saindo das duas testemu- nhas, Ap 11.5; 3) A destruição da Babilônia, Ap 18.8; 4) O fogo parta consumir os exércitos de Satanás, Ap 20.9; 5) O fogo para destruir o universo inteiro. 2_e 3.10-13.

Texto áureo: De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver profanado o sangue do testamento, com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça? Hebreus 10:29).

Leia Levítico 10:1-20.

Somos relembrados no capítulo 9 de que era possível para os sacerdotes “tomados entre os homens”  pecarem.  Infelizmente, não temos de ir longe para comprovar essa verdade. Em cada ocasião na qual Deus colocou o homem em um novo relacionamento, este tem se mostrado incapaz de persistir. Até agora, cada detalhe tinha sido realizado “como o SENHOR ordenar” ( expressão repetida catorze vezes nos capítulos 8 e 9). No entanto. Nadabe e abiu, os  dois filhos mais velhos de Arão fizeram “ o que lhes não ordenara” o Senhor(v.1). Mal tinham sido consagrados eles trouxeram diante do Senhor fogo estranho, não vindo do altar. O solene castigo que se seguiu nos lembra  quão  sério é substituirmos nossa própria vontade pela Palavra de Deus (2 Samuel 6.3) – o incidente  da arca colocada  em  um carro novo, seguido da morte de Uzá). Dessa forma, pensamentos carnais que excitam as emoções  (bebida  forte) não são tolerados na adoração  Deus. Desprezar ostensivamente verdades já conhecidas coloca o transgressor sob o julgamento de Deus. Por outro lado, como mostra o final do capítulo, o Senhor é cheio  de misericórdia  para  com os ignorantes e os que desviam, assim como para com os que estão debaixo de sua disciplina.

COMENTÁRIOS

10.1 Veja a Nota de 6.13. Há quem infira do verso 9, que Nadabe e Abiu cometeram sua  ofensa fatal  quando  esta vam sob influência de bebida inebriante, o que dá mais sentido à proibição absoluta aos descendentes de Arão de beberem qualquer bebida fermentada antes de entrarem para os seus deveres sagrados do Tabernáculo.

10.7 Como sacerdotes ungidos por Deus, Arão e seus filhos tinham a obrigação de colocar  o serviço de Deus  em primeiro plano, não podendo interrompê-lo, nem mesmo por causa de um enterro de algum entre seus  filhos ou  irmãos, Mt. 8.21 – 22 (que aplica avocação a cada crente).

10.9 Bebida forte. Provavelmente a cerveja, já que os povos daquela época nada sabiam de licores destilados. 10.10 Imundo. Não no sentido de sujo, mas sim de impureza cerimonial, Mq 2.10.

10.11 As instruções divinas, suficientemente claras para que o povoas compreendesse, foram dadas para a felicidade prosperidade e bem-estar da nação.

10.19 Ao fazerem sua primeira oferta pelo pecado, Arão e seus filhos se omitiram de comer a parte que  lhes  perten cia, e assim fazendo, demonstraram uma aparente indiferença para com o seu dever de se identificarem com o ofertante no seu pleito diante de deus, 4.3; 6.26; 7.26; 8.14 (Nota). Esclarecendo sua atitude, Arão se defendeu nos seguintes termos: tais coisas me sucederam, isto é, estava se recordando dos acontecimentos daquele dia, da  morte dos seus filhos, e estava na incerteza de se, naquela circunstância, poderia ser realmente considerado digno de cum prir sua missão sacerdotal, de ser mediador entre o povo e Deus, quando membros de sua própria família,Provocado a ira de Deus ao ponto de serem fulminados.

Texto áureo: Nada há, fora do homem, que, entrando nele, o possa contaminar; mas o que sai dele, isso é que contamina o homem(Marcos 7.15).

Leia Levítico 11:1-28.

Como o Senhor Jesus explica, não são as coisas que entram no homem que o contaminam, mas  o que sai dele (Marcos 7:15). Portanto, para os cristãos essa distinção entre animais imundos e puros tem apenas uma aplicação espiritual. Quatro grupos de animais são mencionados neste capitulo: quadrúpedes, peixes, aves e rapteis. Para ser puro, o primeiro grupo devia cumprir duas condições ruminar e ter o casco dividido em dois.A pureza do crente depende tanto da forma como ele se alimenta quanto da maneira como ele anda. Para os peixes, duas características também eram necessárias: barbatanas e escamas.

Page 13: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

Sem a primeira, como ele pode manter a direção, como pode lutar contra a força da correnteza? E sem escamas, o corpo não esta protegido. Resistir à atração do mundo e a tudo o que ele oferece é o meio pelo qual um jovem crente pode permanecer limpo.Os pássaros imundos eram os que comiam carne e os que comiam qualquer comiam carne e os que comiam qualquer coisa,indiscriminadamente. Se dermos espaço em nosso espírito para aquilo que vem da  carne, ou se, sem nenhum cuidado, consumirmos o que é apresentado pela mídia, inevitavelmente seremos contami nados por essas coisas. Por fim estão os répteis e os animais que são agrupados com eles – uma figura do poder  do  mal, “o abominável”! “Detestai o mal”,romanos 12:9 nos ordena.

COMENTÁRIOS 11.2 As restrições que se impuseram na dieta dos membros da teocracia hebraica, tinham razão determinada,  ou  pela higiene, ou pela religião cumprida em Cristo; assim como acontece com todos os tipos, promessas  e profecias  do AT, At 10.14,15; 15.28-29; Cl 2.1q65; Tm 4.3-4. Examinando bem a lista dos animais imundos, percebe-se  que  em cada caso, uma ou mais das seguintes três considerações entra em pauta: 1) havia carne de animais ou pássaros imundos que se podia considerar doentia e imprópria, por razões sanitárias, pelo fato de se alimentarem de cadáveres em decomposição; 2) havia animais que eram intimamente ligados comos depravados cultos pagãos,  como por exemplo o porco, que era oferecido aos deuses do mundo inferior; 3) havia no comportamento de alguns destes  animais, algo desagradável, como associações nefastas, como no caso de todos os “animais que rastejam” (que é a expressão hebraica que nossa versão interpreta por “répteis”) que se assemelham à serpente nos seus movimentos, e no caso dos morcegos, cuja moradia são as cavernas escuras e úmidas, e ainda odeiam a luz.

11.4 Imundo. Veja 10.10n. Nota-ser que a palavra “pecado”raramente aparece junto com o conceito de “mundo”, sendo que este pertence ao campo da observância cerimonial correta, e não da pureza ética. As leis contra a imun dície enfatizavam a santidade de Deus.

11.5-6 Esta lista deve ser considerada como um guia simples e prático para o povo distinguir os alimentos puros dos impuros; definições científicas quase não entram em pauta. O arganaz, heb shalan, latim hyrax syriacus, vivia nas covas e nas fendas das rochas (Sl 104.18), sendo tímido e indefeso (Pv 30.26). Os árabes os comem, mas não os oferecem aos hóspedes. A lebre, heb ‘arnebheth era um animal pouco conhecido por ser silvestre diferente do coelho que era domestico.

11.13-19 Os pássaros que eram considerados imundos, normalmente têm carne fétida, por se alimentarem de cadáveres em decomposição; nem sempre se sabe definir os nomes hebraicos dos pássaros, e o atual governo de Israel está se empenhando em verificar até que ponto o canto, os hábitos ou à aparência das fauna alada daquela Republica dão uma pista para identificar aqueles nomes que lhes foram colocados há tantos milhares de anos. O  quebrantosso(13) é um abutre que deixa cair os ossos das suas vítimas contra os rochedos para lhes  extrair  o tutano. O corvo (15) inclui, dentre a sua espécie, a gralha (18), mas o corvo marinho (17) é o cormorão, que pertence à espécie de pelicano (18). A gaivota (16). O avestruz (16) já não se acha mais em Israel. A poupa (19) tem um pena cho de plumas vermelhas. Vê-se que não há, nestes versículos, uma tentativa de oferecer uma lista cientificamente classificada.

11.22 Locusta. A locusta aqui mencionada até hoje se vende nos mercados árabes, seja por medida, seja em molhos amarrados com linhas; conserva-se em sacos para a alimentação no inverno. É assada, ou cozida por fervura branda em manteiga, para depois ser comida com sal. Especiarias e vinagre. Rejeitam-se a cabeça e as asas. A locusta pode ser dessecada, moída, e transformada em bolo. Os povos daquela região tinham bons tipos de locusta que lhes estra- gavam os plantios, tornando-se em desgraça nacional como a que se descreve em Jl 1.4-20. Séculos mais tarde, os  rabinos definiram 80 tipos, mas a narrativa bíblica só emprega 9 termos hebraicos para locusta, os quais os cientistas  modernos estão tentando definir, achando que pode se tratar de várias épocas diferentes no crescimento da locusta. A tradução portuguesa menciona: locusta, grilo, gafanhoto migrador , gafanhoto devorador ,gafanhoto cortados gafanhoto destruidor.

11.27 Completamente sem casco, como o gato o cachorro, etc.

Texto áureo: Conservai a vós mesmos na caridade de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna (Judas 1:21).

Leia Levítico 11: 29-47.

Observando répteis e animais que “rastejam” sobre a terra, reconhecemos certos aspectos e perigos  morais com os  quais devemos ter cuidado. A doninha e o rato danificam plantas jovens, destruindo as raízes; as diferentes espécies de lagartos talvez sugiram as inúmeras maneiras que as pessoas ostentam para chamara atenção para si mesmas; o  camaleão sugere aqueles que sempre assumem o estilo de vida do ambiente em que vivem: cristão entre cristão,  pessoas mundanas na companhia de pessoas do mundo. Os versículos 32-40 mostram como as coisas melhores e mais úteis podem ser contaminadas por aquilo que vem da “serpente”. Que o Senhor nos ensine a vigiar nossa alma e a fazer uso da infalível provisão que Ele coloca à nossa disposição: uma fonte, uma cisterna,um suprimento de água, símbolos da divina Palavra, sempre permanecem  limpas. Um israelita piedoso sempre toma cuidado para se preservar de  toda comida impura  ou comum (Atos  10 : 14). Que tenhamos uma consciência sensível a fim de podermos distinguir entre o que é espiritualmente puro e o  que é impuro, entre o que pode envenená-la. E que o Senhor nos dê olhos puros e um coração completamente preen chido com Seu amor!

Page 14: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

COMENTÁRIOS

11.31-33 A expressão enxame de criaturas se refere aos bichinhos que vivem nas casas, nas roupas ou nos utensílios domésticos. O vaso de barro era provavelmente um forninho quebrável.

11.41 Abominação. Heb sheqec. Tudo aquilo que é oferecido a Deus e contrário ao Seu plano de proporcionar ao Povo Escolhido uma vida agradável a Ele, que seja referente a itens proibindo comida considerada imunda, quer seja à idolatria, à prostituição e à desonestidade, cf 2Rs 23.13n. Não se proíbe nenhuma qualidade de frutas ou de vegetais.

11.44 É muito significativo para se entender as relações do povo de Israel com Deus, que, que o motivo  para não se  comer aqueles alimentos, não era um tabu baseado no medo, antes era um desejo de honrar a Deus , cuja mão era  vista na história nacional. A obediência àquelas regras os separava para o serviço de Deus, para assim os  tornar  o povo santo com quem o Senhor habitava.

11.47 Com a vinda de Cristo, as exigências cerimônias mosaicas tornaram-se obsoletas. Disse Jesus “Não é o que entra pela boca que contamina o homem” Mt 15.11, e o Apóstolo Paulo desenvolve este princípio em Cl 2.16-17, realçando Cristo como a realidade duradoura.

Texto áureo: Eis que em iniqüidade fui forma, e em pecado me concebeu minha mãe (Salmo 51:5).

Leia Levítico 12:1-8 e 13:1-8.

Para nos mostrar que os recursos divinos fizeram provisão antecipadamente no que se refere ao surgimento  do  peca do, Levítico considera os sacrifícios e o sacerdócio antes do próprio pecado. O capítulo 33 nos ensina  a ser cuidado sos para não nos contaminarmos com as impurezas que vêm de fora. As o mal está não apenas ao nosso  redor , Ele está igualmente dentro de nós; nosso inimigo já está no interior. O capítulo 12 nos conscientiza do caráter  hereditá rio, e em pecado: “Eu nasci na iniqüidade, e pecado me concebeu minha mãe” (Salmo 51:5). A natureza pecadora de Adão passou para toda a raça; um pequeno recém-nascido é um pecador em potencial e precisas  tanto do  sacrifício de Cristo quanto um adulto. Os capítulos 13 e 14 tratam da lepra, que sempre representa o pecado em seu caráter de impureza. A lepra é uma doença grave que destrói o corpo, é contagiosa, tem aparência tenebrosa, insensibiliza o sentido do tato e a qual não podia ser curada! Aos olhos de Deus, o pecado apresenta características semelhantes ; ele se manifesta emoções, em palavras, e infelizmente, ater mesmo nos crentes – e sabemos muito bem disso!

Exemplos:  Miriã - calúnia (Números 12:10) Geazi - ganância e mentira (2Reis 5:27) Uzias - orgulho espiritual (2Crônicas 26:20)

COMENTÁRIOS

12.2 A imundície associada com o nascimento põe em relevo o fato de que o homem nasceu com a natureza pecaminosa herdada de Adão. Rom 5.18. A multiplicação da dor do parto é um dos aspectos da maldição que veio através da queda do homem. A procura por pureza no culto de Israel e a separação dos assuntos de sexo e de maternidade fazia um contraste vívido com os cultos das religiões pagãs, nas quais os ritos de fertilidade e a orgia faziam parte integral das cerimônias. Já que as crianças nascem com inclinação para o pecado, é necessário que sejam educadas na “disciplina e na admoestação do Senhor”; já na época do seu nascimento havia disposições sobre elas na Palavra de Deus.

12.5 Sendo que havia perda de sangue no nascimento de uma criança, aplicavam-se as leis da purificação, 15.16-18.

12.8 A purificação da mãe também era a ocasião da dedicação do filho que aliais já entrara na graciosa Aliança  de  Deus, mediante o rito da circuncisão administrada pelo pai no oitavo dia. Este versículo nos ajuda a compreender  que o que pesa no sacrifício não é o valor da oferta, mas sim, o simbolismo de haver a exigência de uma morte para  expiar a impureza e o pecado, e um espírito de renúncia,dedicação e amor da parte do ofertante. A mais célebre das ofertantes pobres é a própria mãe de Jesus, Lucas 2.24; e o melhor exemplo de dedicação  total ao trazer  uma oferta se vê na viúva pobre, descrita em Mt. 12.41-44.

13.2 Lepra. Este termo genético era usado para descrever uma variedade de doenças, e até o bolor ou manchas  nas  vestimentas e nas casas, 13.47-59; 14.34-53. Incluía certa impingem uma doença que era confundida com a lepra, 13.39. A lepra tuberculosa começava com empolas vermelhas e produzia manchas e deformações (as leprosas). A lepra trofoneurológica paralisava os nervos de tal maneira que os membros tornavam-se entorpecidos, atrofiados e sem vida. Seja qual for o tipo da lepra, a Lei exigia que a doença fosse observada, a fim de debelá-la nos seus estágios primários.

13.8 Examinará. Entre as muitas doenças semelhantes à lepra propriamente dita, havia a escrófula (que produz  tumores),aeczema, a micose e várias dermatites, as quais os sacerdotes precisavam conhecer para identificá-las em cada caso,individualmente.

Page 15: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

Texto áureo: Confessei-te o meu pecado e a minha maldade não escondi; dizia eu: Confessarei ao SENHOR as  minhas transgressões; e tu perdoastes a maldade do meu pecado (Salmo32:5).

Leia Levítico 13:9-28

Era necessário que o enfermo manifestasse dois sintomas para que o diagnóstico fosse confirmado com lepra: o  pêlo branco (v.10), uma alusão ao declínio espiritual, cuja origem deriva da perda da comunhão com o Senhor; e a mancha que parece mais funda do que a pele (vv. 19-20), esta indicando que a falha cometida não foi em erro acidental, mas se trata de um grave e profundo mal espiritual acobertado. Temos aqui um paradoxo: enquanto uma simples mancha era suficiente para estabelecer a impureza do leproso, a partir do momento em que este se manifestasse inteiramente coberto pela doença, ele poderia ser declarado limpo! Isso apresenta a seguinte lição: o pobre leproso esforçou-se, por muito tempo, para manter as áreas infectadas cobertas; agora já não lhe é possível esconder mais nada. Assim, quando um homem se vê compelido a reconhecer que é completamente impuro, então Deus pode declará-lo limpo em virtude da obra de Cristo. “Confessei-te o meu pecado e minha iniqüidade não mais ocultei”, disse o salmista, “e tu perdoaste a iniqüidade do meu pecado” (salmo 32:5). Por outro lado, qualquer indicação de “carne viva” novamente o tornava impuro: o que tipifica os inúteis esforços da velha natureza em melhorar a si mesma. No capítulo r de Lucas vemos um homem “coberto de lepra” vindo a Jesus e sendo imediata mente curado; assim acontece com cada pecador que admite sua culpa.

COMENTÁRIOS

13.13 A brancura do corpo inteiro sem, porém, haver sinais de apodrecimento, indicava uma doença da pele, diferen te da verdadeira lepra.

13.14 Imundo. Veja as Notas de 10.10 e 11.4. Quem tocasse em qualquer forma de imundície humana era considera do culpado (5.3) e teria que trazer uma oferta pela culpa, segundo as instruções divinas, 5.6. Quando o Senhor Jesus Cristo, movido de íntima compaixão tocou num leproso, este sarou no mesmo instante, Mc 1.40-42.

13.18 Úlcera. Heb shehin, “inflamação”, uma queimadura produzida por golpe ou por uma contaminação, mas não fogo. A lepra teria mais facilidade em atacar um centro assim debilitado.

13. 24-28 Queimados. Heb mikhwâh, “lugar chamuscado”. O fogo se menciona especificamente (veja a Nota acima. Sendo um ponto onde a lepra poderia se manifestar, havia exames repetidos, tanto para descobrir a doença, como também verificar sua ausência e evitar uma quarentena individualmente imposta quando não se tratasse da lepra verídica. * N. Hom. Em muitos pormenores, as leis sobre a lepra sés assemelham a realidades espirituais, sobre a comunicação do pecado. Os sinais são: 1) A Inchação (sugere o orgulho): 2) A pústula ( sugere a deformação produzida pela sensualidade); 3) A mancha lustrosa (talvez o brilho da falsa religiosidade, a hipocrisia). São portanto, os pecados: 1) Da mente; 2) Do corpo; 3) Do espírito. Quem pronuncia sobre este estado é o sacerdote, assim como o Ministro reconhece os sinais do pecado e os anuncia ao povo. O pronunciamento eterno sobre o estado final do pecador só pode ser feito por Jesus Cristo, o único Sacerdote eterno e perfeito, e só Ele tem poder para salvar a vítimas do pecado, Hb 7.23-27. Percebe-se, neste capítulo, que nada há que o sacerdote humano possa fazer para eliminar a lepra, e muito menos o pecado que simboliza. A responsabilidade dos espirituais (Gl 6.1) é perceber a doença e a cura, separando os doentes, e recebendo os curados à plenitude da Comunhão. A lepra é contagiosa, o pecado o é também. A doença espiritual se reconhece quando as obras da carne se revelam de maneira crua e dramática em nossas vidas, vv 14 e 15, cf Gl 19-21. Talvez a doença da pele, mencionada nos vv 12 curados à plenitude da Comunhão. A lepra é contagiosa, o pecado o é também. A doença espiritual se reconhece quando as obras da carne se revelam de maneira crua e dramática em nossas vidas, vv 14 e 15, cf Gl 19-21. Talvez a doença da pele, mencionada nos vv 12 e 13 possa sugerir que quando o pecado se torna claramente visível ao pecado, a situação se transforma totalmente: o Espírito Santo o convence do pecado ( para reconhecer seu estado), da justiça (apontando-o para o Salvador que o purifica de todo o pecado), e do juízo ( fazendo-o compreender que cristo já o pronuncia limpo aqui na terra, João 15.3, e também no julgamento final), veja João 16.7-11. Esta mudança sobrenatural e eterna se simboliza no v 16. A única descrita nos vv 18-23, é comparável às feridas recebidas no mundo; as mágoas e os maus hábitos antigos, normalmente são um ponto fraco onde converge o pecado. Mas o crente recebe os golpes da vida com fé e com coragem, e então qualquer estrago causado pelo mundo não o levará à corrupção do pecado, não ficará “mais fundo do que a pele”, não produzirá o pêlo branco do desfalecimento. A queimadura descrita nos vv 24-28 pode representar alguma paixão, como se descreve em 1Co 7.9, que levaria ao pecado se não fosse regulada e dominada pela Palavra de Deus. Os impulsos naturais são parte do nosso ser, mas não nos devem imergir no pecado.

Texto áureo: E Jesus, respondendo, disse-lhe: Não necessitam de médico os que estão sãos, mas sim os que estão enfermos (Lucas 5.31).

Leia Levítico 13.29-44.

Certas manchas, certas doenças de pele poderiam enganar. A pessoa enferma então era confinada por sete dias, depois examinada para se ter certeza se uma chaga de lepra esta ou não presente. Nunca julguemos apressadamente! Tenhamos o cuidado de pensar bem dos outros antes de lhes atribuir desde o início motivações erradas. “O amor... não se exaspera” (1ª Coríntios 13.5). Observem que o enfermo não tinha dado sua opinião. Era o sacerdote que via e então declarava a natureza da chaga. O que o homem pensava de sua própria situação não importava. Ele talvez não sentisse nada e até acreditasse gozar da mais perfeita saúde, contudo estaria seriamente doente o tempo todo. Quantas pessoas não percebem que caíram vítimas da

Page 16: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

enfermidade do pecado. Elas jamais analisaram a própria situação à luz da Palavra de deus; jamais se expuseram ao Sacerdote. Ele é o que estabelece a culpa do homem e o declara irremediavelmente perdido. “Afastai-vos, pois, do homem... Pois em que é ele estimado?” (Isaías 2.22). Mas o Sacerdote que declara a nossa condição é também o que fez dela a Sua preocupação em graça, como o Grande Médico, e nos deu a completa cura para nossa alma (Lucas 5.31).COMENTÁRIOS

13.29 Praga na cabeça ou na barba. Se uma coceira ou sarna (neteq) aparecesse na cabeça ou na barba, devia ser observada pelo sacerdote. Se, após um certo período, não se espalhasse e não continuasse amarelo, o indivíduo era declarado limpo. Empregava-se então uma lavagem. C.B.Moody.13.35 Se tiver espalhado muito. Se, depois da lavagem, a sarna tivesse aparentemente avançado, o homem deveria ser declarado imundo, quer houvesse nela pelos amarelos, quer não. C.B.Moody13.38. Manchas lustrosas. Se a pele (bohap) apresentasse uma inflamação com manhas brancas opacas, a imundície não estava envolvida. C.B.Moody13.40 Quando os cabelos...caírem. A queda de cabelos propriamente dita não implicava em imundície. Se, contudo, a condição fosse acompanhada de inflamação, a pessoa deveria ser declarada leprosa. C.B.Moody.

Texto áureo: Salvai alguns, arrebatando-os do fogo; tende deles misericórdia com temor, aborrecendo até a roupa manchada da carne

(Judas 1:23).

Leia Levítico 13:45-59.

Terrível era a condição dos leprosos em Israel: postos para fora do acampamento sem esperança de retorno, separados do próprio povo, obrigados a proclamar a miserável condição: “Imundo! Imundo!”. Excluídos da congregação; essa é uma figura do que éramos povos das nações, “separados da comunidade de Israel... não tendo esperança”. “Mas, agora”, diz o apóstolo, “fostes aproximados pelo sangue de Cristo” (Efésios 2:12-13).Isso nos leva à obra de purificação descrita no capítulo 14. Os evangelhos nos mostram diversos desses pobres leprosos implorando a misericórdia do Mestre. E Ele,cheio de compaixão, colocava Suas mãos sobre eles para purificá-los sem ser contaminado por tal contato, Ele não apenas era capaz, mas em Seu amor, desejava limpá-los perfeitamente (Mateus 8:1-3; ver também Lucas 17:11). Da mesma maneira, hoje esse querido salvador pode e deseja purificar de todos os pecados àquele que se confessa impuro.Lepra nas vestes (vv. 47-59) representa o mal que pode se infiltrar em nossos hábitos e testemunho. Que o Senhor possa nos dar vigilância a fim de confessar e coragem parta “queimar” o mal, ou, em outras palavras, para julgar o mal assim que aparecer.

COMENTÁRIOS

13.45,46 Se fosse realmente leproso, o homem deveria aparecer como quem está de luto, e recluir-se em que, Jô 2.7-8. Era considerado “imundo” pelo fato de sua doença poder ser transmitida a outros, e era também ritualmente imundo,o que quer dizer mesmo depois da cura só podia ser considerado “limpo” depois de ter sido ritualmente purificado (14.1-32). Com o desenvolvimento posterior das sinagogas, foram admitidos ao culto num lugar à parte. Entravam no local do culto antes dos demais adoradores, e saíam depois que a congregação deixava o recinto. Esta doença pode serem encarada como símbolo do pecado nos seguintes pontos: 1) Era contagiosa, assim como o pecado de Adão passou a todos os homens, Rm 5.12; 2) Era progressiva: os pecados e os hábitos depravados tendem a aumentar, dominando suas vítimas; 3) Era motivo de isolamento, assim como o pecado causa separação de Deus (Is 59.1-2), e separa os vários membros do povo de Deus (2Co 6.7); 4) Causa angústia, tormento e até a morte, Rm 6.23. Veja a N. Hom. Em 13.24-28.13.56 Sendo que as vestimentas são tecidos, e não um organismo vivo, a remoção da parte afetada deveria pôr fim à praga. Havia uma semelhança à lepra no fato de existir a mudança de cores nas manchas, para o verde ou para o vermelho, o que provavelmente era devido à atuação de cogumelos. A limpeza e a higiene que a praga fosse interrompida e removida. Alguns acham que este trecho se refere ao bolor, ao mofo ou à mangra (Umidade do ar ou do orvalho que impede que as espigas de milho medrem; ferrugem dos trigos).

Texto áureo: Vinde, então, e argüi-me, diz o SENHOR; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve.

(Isaías 1:18)

Leia Levítico 14:1-13.

O dia da purificação do leproso chegara, Ele é trazido diante do sacerdote. Observe o papel imperceptível, mas indispensável, do amigo que traz o enfermo àquele que iria declará-lo limpo. É preciso ser usado por Deus para levar os pecadores ao Senhor Jesus. É um serviço que até o mas jovem cristão pode fazer (João 1:42, 46).Mas se o sacerdote permanecesse no tabernáculo ou no acampamento, o leproso, que tinha sido banido, jamais seria capaz de se encontrar com ele. O sacerdote, portanto, saía para fora do acampamento (v.3) Assim o Senhor Jesus deixou a glória para encontrar o pecador. Nós não poderíamos caminhar até Ele, então Ele percorreu todo o caminho até nos alcançar. Como filho

Page 17: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

pródigo entraria na casa do pai sujo e maltrapilho? Seu pai foi encontrá-lo e o vestiu com a melhor roupa enquanto ele ainda estava fora da casa.Quanto aos detalhes do processo da purificação, os dois pássaros nos falam do remédio divino aplicável ao pecado da cada pessoa: a morte do Senhor, o primeiro pássaro sacrificado; Sua ressurreição, o segundo pássaro solto, manchado com o sangue que levaria aos céus para colocá-lo simbolicamente diante dos olhos de um Deus santificado.

COMENTÉRIOS

14.2 Ser purificado significava começar a vida de novo, uma figura do novo nascimento no Espírito Santo.14.3 O leproso não podia curar a si mesmo, nem se pronunciar limpo; nem, tinha condições de ir procurar o ministro de Deus: o sacerdote é que tinha de ir, ao seu encontro, fora do arraial. O pássaro morto representava a necessidade de um vida para recuperá-lo, e pássaro vivo que se soltava representava sua própria vida que se renovara no ato da purificação, mas não se soltava antes de ter sido molhado com sangue do pássaro sacrificado. O cabelo cortado e raspado sugere o desembaraço das coisas antigas, para agora passar a uma vida nova, de liberdade. A unção (17e 18) simbolizava que a vida do leproso passara a estar aos cuidados do grande Médico.14.5 Águas correntes. A frase dá idéia de uma nascente ou de um córrego, cf João 4.10;14.7 O pássaro que se soltava não eras um sacrifício. O mesmo ritual se aplica à purificação de uma casa, 14.53, e era semelhante ao ritual do bode expiatório que fazia parte das cerimônias do dia da Expiação, 16.21. O leproso, ao ver o pássaro voar livremente, veria uma dramatização religiosa da sua própria libertação da doença.14.10 Três dízimas de um efa. Equivale a 6,6 litros, o efa sendo de 22 litros. O sextário era uma medida para líquidos de 0,3 litros.14.12 Este é o único caso de uma vítima inteira ser movida perante o Senhor, cf 7.30,34; 8.27-29; 9.21; 10.14-15; 14.12,24; 23.11-20.

Texto áureo: Mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em no do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus (1 Coríntios 6:11).

Leia Levítico 14:14-32.

“E será limpo”, concluem os versículos 9 e 20. Novamente aqui não se trata de uma questão de opinião do leproso purificado. Deus declara puro o limpo o pecador nascido de novo para quem Sua Palavra tem de ser suficiente, mesmo se ele não experimentar nenhuma emoção ou sentimento em particular. “Mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus” afirma a Escritura (1Corintios s6.11).Assim como os pássaros que falam da obra de deus por nós, duas coisas eram exigidas para falar da obra de deus em nós: a água, o poder purificador da Palavra, e a navalha. O leproso raspava sua barba, cabelo e sobrancelhas. Tudo o que diz respeito à força natural do homem era descartado. Essa obra do Espírito, que nos a julgar aquilo que nossa velha natureza produz, é chamada libertação.O sangue do sacrifício era aplicado na orelha, na mão e no pé do leproso purificando, exatamente como havia sido feito com o sacerdote no dia de sua consagração (Êxodo 29:20), e o mesmo tinha de ser feito com o azeite. Mas, além disso, o leproso era ungido com azeite (v.18). Que coisa maravilhosa! Receber essa santa unção colocava os leprosos, e não todo o Israel, na companhia dos reis e sacerdotes: símbolo da operação do Santo Espírito no coração dos redimidos (1 João 2:20).

COMENTÁRIOS

14.15-18 O sacerdote tinha que colocar uma parte do sextário (medida de capacidade para líquidos) de óleo na palma da sua mão esquerda, uma cerimônia que pertence somente a esta purificação dos leprosos. Não que haja algo de singular no uso só sangue juntamente com o azeite; isto também consta na cerimônia da consagração de Arão, 8.30; mas em nenhuma outra passagem consta a aspersão com óleo sete vezes perante o Senhor. Além disso, os sacerdotes que recebiam a aspersão do sangue em várias partes do corpo (8.23-24), não recebiam a segunda aspersão com óleo, que era o caso dos leprosos, Só estes recebiam, além do sangue que, especialmente, indica a reconciliação, o óleo que simboliza14.19 As três qualidades de ofertas para os leprosos eram: 1) a oferta pela culpa, 13; 2) a oferta pelo pecado, 19;3) o holocausto, 19, com a oferta de manjares, 20. A oferta pela culpa era exigida por causa do estado de imundície, pelo qual o leproso passara (5.3). Seguia-se a oferta pelo pecado, e depois, o holocausto com a oferta de manjares. Com isso o homem era restaurado e seu estado legal de pureza de comunhão com Deus e com os homens.14.21 Azeite. Não era o óleo da santa unção dos sacerdotes, mas sim um azeite de oliva que foi consagrado especificamente para este culto religioso; simbolizava a dedicação a Deus desta vida renovada.14.21-32 A concessão à pobreza permitia a substituição de duas rolas pelos dois cordeiros, exigidos conforme v. 10, e a diminuição do peso de farinha de três dízimas de um efa (10) para uma (21). Não se toleravam exceções para a oferta pela culpa (um cordeiro e um sextário de azeite) cujas cerimônias deveriam ser iguais para ricos e para os pobres, sendo elementos essenciais e significativos. * N.Hom. As cerimônias elaboradas, e os exames cuidadosos, revelam que a pureza é importantíssima, e que não se obtém só por querer, Rm 9.16. A chave das cerimônias é oi cordeiro da oferta pela culpa: 1) Foi para pagar a culpa; 2) Foi oferecido no lugar da oferta pelo pecado e do holocausto, vinculado estes três sacrifícios, v.13; 3) Foi oferecido num lugar santo (Cristo levou Seu sacrifício até o Santuário Eterno, entrando no Céu, Hb 9.24-25); 4) Esta oferta pertencia ao sacerdote, assim como a oferta de Cristo é para alimentar o povo de Deus, o sacerdócio real1 Pe 2.9; 5) Esta oferta era santíssima, para um povo santo, do tipo que se descreve em 1Pe.14.25 É claro que só Cristo tem a capacidade para ser o Cordeiro verdadeiro, profeticamente aludido nesta cerimônia cf Ex 12.1-28n e referências.

Page 18: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

Texto áureo: Não vos deixeis levar em redor por doutrinas várias e estranhas(Hebreus 13:9).

Leia Levítico 14:33-57.

Lepra em uma casa é o símbolo do pecado em uma assembléia, até mesmo naquela que carregam o nome de Igreja, a cristandade em sua totalidade. Olhando mais de perto a igreja em Éfeso no capítulo 2 de Apocalipse, nós percebemos, ou melhor, o Senhor (o grande Sacerdote cujos olhos são como chamas de fogo) percebe ali uma pequena marca suspeita: o abandono do primeiro amor. Tudo parece bom: as obras, o trabalho, a paciência; mas vejamos no que dá esse pequeno começo: lepra genuína em Pérgamo, onde certas pedras da casa estavam corrompidas com a “doutrina de Balaão”, e outras com a dos nicolaítas. Depois disso, o pecado se desenvolveu como fermento em Tiatira, em Sardis, até que, em Laodicéia, que marca o estado final da Igreja responsável, o Senhor é obrigado a dizer: “Estou a ponto de vomitar-te da minha boca” (Apocalipse 3:16). A “grande casa” da cristandade professa será rejeitada, demolida.O capítulo 15 volta a desenvolver o assunto da contaminação. Sob a figura do “fluxo” nos é mostrado tudo o que nosso detestável caráter natural é capaz de evidenciar na vida cotidiana, envenenando tanto o que está à nossa volta como a nós mesmos. Mas há remédio para nos limpar disso: é o sacerdócio exercido em nosso favor pelo Senhor Jesus (vv. 15,30).

COMENTÁRIOS

14.34 Eu envio a praga. Deste versículo alguém podia concluir que Deus é fonte imediata de toda a lepra; precisa-se, porém, ter em mente as seguintes considerações: 1) A Bíblia descreve aquilo que Deus permite dentro da Sua Providência, como “ato de Deus”, Ex 15.26; Dt 7.15; 1 Sm 2.6; Pv 3.33; Is 45.7; 2) Há certos casos onde se vê o homem colhendo os resultados daquilo que semeou, Gl 6.7-8; 3) Em outros casos, não há um elo imediato com algum pecado específico, Jo 9.1-3. A alguma casa. Deve ser bolor, mofo, podridão.14.41 Hoje sabemos que muitas doenças são devidas a bactérias que se multiplicam sob condições favoráveis de escuridão e de umidade. Antes de os homens saberem disso, Deus já tinha providenciado leis higiênicas que preservariam os obedientes destas pragas.14.44 Maligna. Lit “irritação”, uma forma da raiz mã´ar (traduzida “picar” em Ez 28.24), que ocorre aqui.N.Hom. 14.33-47 A lepra que invade uma casa pode simbolizar o pecado que, querendo tomar conta de um a igreja, que é comparada a uma casa em Ef. 2.19-22, e cujos membros são as pedras. 1Pe 2.5. A primeira coisa a ser feita é remover os móveis, v.36, que simbolizam todos os hábitos, costumes, cerimônias, e tradições que não têm fundamento na Palavra de Deus. Depois, procuram-se os sinais de corrupção e de podridão, 37; estes se reconhecem logo, seja na prática, na doutrina, seja no culto, pelo contágio que produzem, 39. Procede-se então à remoção das pedras contaminadas, 40 (a excomunhão individual, conforme 1 Co 5.1-5). Se depois disto não há cura nem arrependimento, só resta a eliminação da casa, 45 (a rejeição da igreja, Ap 2.5 e 3.16).N.Hom. 14.48-53 Aplicando-se o caso da lepra de uma casa a uma igreja invadida pelo pecado, descreve-se aqui a cura. O sangue da ave sugere o sangue precioso e purificador de Cristo; sem esta doutrina da salvação pelo sacrifício de Cristo, uma igreja passa a ser apenas uma sinagoga de Satanás. As águas correntes lembram o Espírito Santo, cuja inspiração e poder trazem reavivamento a uma igreja pecadora. A ave viva é comparável ao pecador libertado, que voa livre e alegre pelo mundo depois de ser salvo, e o pau de cedro com o Madeiro que torna o crente capaz de participar da crucificação de Cristo, para que Cristo viva nele, Gl 2.19-20. O hissopo é aquilo que aplica o sangue purificador e sugere a fé despertada pelo Espírito Santo. O carmesim fala de purificação e de segurança (e.g., Js 2.19-21), que é o caminho diário dos membros de uma igreja verdadeira.14.48 Este segundo exame foi feito para verificar a eficácia da cura.14.53 Conforme se fazia também com a pessoa leprosa (v 7), libertava-se no campo o pombo vivo, para simbolizar assim a libertação de qualquer objeto da praga da lepra que o assolava.

O capítulo 15 trata da purificação dos corpos do versículo 1 -33.

Como este capítulo aborda problemas sexuais, deve por isso relacionar-se com o cap. 12 e interpretar-se à luz dos mesmos princípios. Há a considerar os casos normais e os anormais, embora em ambos se registre a impureza dos corpos. Mas nos primeiros, essa impureza perdura até ao pôr do sol, sendo afastada com lavagens, enquanto nos segundos se prolonga por sete dias, após o total restabelecimento da saúde. Segue-se a oferta de duas aves, uma pelo pecado outra em holocausto, quer se trate da impureza do homem, quer na mulher (14 e segs.; 29 e segs.; cfr. 5:7-10). Em qualquer dos casos, todavia, o sacerdote fará expiação por meio de sacrifícios. E seja qual for a natureza da impureza, todo aquele que contactasse com pessoas ou coisas impuras purificar-se-ia por meio de banhos, lavando ao mesmo tempo os vestidos, mas seria “imundo” apenas até à tarde (22).A Lei de Moisés refere-se, ainda a um certo número de doenças, não mencionadas aqui (cfr. 26:16 e segs.; Deuteronômio 28:22 e segs.),talvez por não querer relacioná-las com a impureza. Quanto a outras deformações  físicas cfr. 21:16 e segs.; Dt. 23:1. As palavras “assim separares” (31) supõe-se dizerem respeito às impurezas mencionadas no cap. 32 e segs. Mas podem apropriadamente aplicar-se a todas as impurezas a que fazem alusão os caps.11 e 15.

Texto áureo: Pelo novo e vivo caminho que Ele nos consagrou, pelovéu, isto é, pela sua carne(Hebreus 10:20).

Leia Levítico 16:1-14.

Page 19: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

Messe ponto, Arão recebeu instruções para uma ocasião especial, o grande Dia da Expiação (ver 23:27). É a esse evento que Hebreus 9 se refere (vv7,12,25). Uma vez por ano, após ter oferecido sacrifício por si mesmo, o sumo sacerdote oferecia outro sacrifício por todos os pecados do povo cometidos durante o ano. Então ele trazia o sangue daquele sacrifício parta dentro do véu, e o aspergia sobre o propiciatório. “Porquanto é o sangue que fará  expiação  em virtude da vida” (17:11). As reivindicações do trono de Deus eram satisfeitas, e Ele podia olhar com  generosi dade para Seu povo. Não que p sangue de um bode tivesse o poder de limpar um só de todos os pecados que o povo cometera durante um ano inteiro, mas ele falava a Deus antecipadamente do sangue precioso de Seu Cordeiro. Ao contrário do que poderíamos pensar, não era com v estes de glória e beleza que Arão se apresentava diante do senhor. Ele se despia de toda a glória na presença da glória de deus, e somente poderia estar ali vestido de linho fino símbolo da justiça ´rática (v.4; Apocalipse19:8).

O suave odor do incenso acompanhava Arão dentro do véu; da mesma maneira, Cristo entrou no Santo dos Santos, oferecendo a Deus o aroma dos Santos, oferecendo a Deus o aroma suave de todas as suas excelentes glórias.

COMENTÁRIOS

16. 1-34 Este capítulo é o clímax da primeira seção do Livro de 16 capítulos que apresentam o caminho de acesso  a Deus, do qual este ritual é o mais solene e eficaz, realizado um vez ao ano, pelo qual o sumo sacerdote entrava no santuário para fazer expiação pelo povo.

16.6 Expiação. Heb kipper, “encobrir”. Um sacrifício expiatório cobre a transgressão, para nunca ser considerada e, portanto, punida. Este foi feito por Cristo de maneira eficaz, quando sacrificou em prol dos pecadores a Sua própria vida imaculada, de perfeita obediência a Deus, pagando assim uma penalidade que encobre os pecados dos que crêem. O justo sofreu vicariamente pelo injusto, 2 Co 5.21; 1Pe 2.24. O mesmo pensamento jaz na palavra “reconciliação” no Novo Testamento; traduz a palavra grega Katallage e significa a reparação legal  pelos danos causados pelos pecadores (Rm 5.11), restaurando assim as relações entre Deus e os homens, que tinham sido rompidas quando os homens violaram a lei de Deus, tornando-se réus da penalidade da morte que a justiça divina exigia. O efeito desta obra de Cristo é a retidão e ávida eterna para os que a aceitam pela fé, Ef 2.8-10. No dia  da  expiação, os homens tomavam parte numa cerimônia que prenunciava a morte de Cristo; o sangue dos animais não removia o pecado (Hb 10:4), mas sim, a obra de Cristo, da qual era símbolo, é que o removia. Cada sacrifício era uma “nota promissória” do pagamento completo que Cristo havia de fazer para liquidar as dívidas eternas dos pecadores. Este dia se repetia anualmente, quando o sumo sacerdote tinha que levar sangue para fazer expiação por si mesmo e por todo o seu povo (Hb 9.7); Cristo fez uma expiação eterna, uma vez para sempre, com Seu próprio sangue, e, sem ter pecados próprios, cumprindo a plenitude do significado daquelas ofertas, tornou-as obsoletas, Hb 9. 12-28.

16.8 Bode emissário. Heb ‘azazel, lit “a força de Deus”. Pode ser o nome próprio de um dos picos de Sinai, para o bode ser precipitado penhasco abaixo, do próprio lugar onde foi dada a Lei. Ou pode ser um nome do próprio Satanás; compare “Lúcifer” antes da sua queda, Is 14.12n e Ez 28.11-19 com as notas. De qualquer maneira, esta cerimônia indicava que a culpa estava sendo simbolicamente afastada da terra e do povo. Em certo sentido, é um tipo de Cristo, Is 53.6.

16.11,12 Cristo tendo levado nossos pecados para longe,,não haverá mais a memória deles; 20.22 com hb 10.17 e Jr 31.34.

16.16 O ato de o sumo sacerdote entrar no Santo dos Santos era uma prefiguração da entrada de Cristo nos céus, depois da Sua morte e ressurreição, Hb 9.11-12. O propiciatório, heb kapporeth, lit “cobertura”. A tradução grega o chama de hilastërion, “propiciação”, a mesma palavra usada para descrever o Senhor Jesus Cristo em Rm 3.25. A raiz hebraica produz a palavra traduzida por “expiação” em 16.6n, e “propiciação” em 16.17. Era a tampa da arca, e o lugar da expiação.

Texto áureo: Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos aparecerá segunda vez, sem  pecado, aos que o esperam para a salvação ( Hebreus 9: 28).

Leia Levitico 16:15-22.

O sacerdote entrava no véu, cercado por uma nuvem de incenso, enquanto o povo, temeroso, esperava lá fora. O Senhor aceitaria o sacrifício? Se alguma coisa não estivesse em ordem, será que Arão pereceria como os dois filhos mais velhos dele? Que alívio quando ele reapareceu, tendo realizado seu tarefa! Profeticamente, esta cena se cumprirá quando, vindo em glória para Israel, Cristo aparecerá “segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação” (Hebreus 9:28).Ainda havia a questão do bode vivo. O primeiro, aquele sobre o qual havia caído a sorte para o Senhor (v.9), tinha sido

Page 20: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

oferecido como oferta pelo pecado diante de Deus. O segundo, o bode expiatório, levava embora os pecados que estavam na consciência do povo. Essa era a razão pela qual todos os pecados eram confessados sobre a cabeça do animal e levados por ele para uma terra  solitária  (ler Salmo 103:12 e Hebreus 8:12, citando Jeremias 31:34), ou seja, somente daqueles que, confessando  seus pecados (v. 21), se apropriam pela fé da excelência da vítima. O sacrifício de Cristo tem esse duplo caráter.

COMENTÁRIOS

16.15 O ato do sumo sacerdote entrar no Santo dos Santos era uma prefiguração da entrada de Cristo nos céus depois da Sua morte e ressurreição, Hb 9.11-12. O propriciató- rio, heb kopporeth, lit “cobertura”. A tradução grega o chama enviá-lo (10), dedsertde Hilasërion, “proposição”, a mesma palavra usada para descrever o Senhor Jesus Cristo em Rm 3.25. A raiz hebraica produz a palavra traduzida por “expiação” em 16.6m, e “propiciação” em 16.17. Era a tampa da arca, e o lugar da expiação.

16.17 Propiciação. È a mesma palavra hebraica traduzida por“expiação”

NCB – O bode expiatório (16: 20-22). Nos vers 8-10 se faz alusão ao bode vivo (20). Enquanto uma versão traduz estas palavras por “bode expiatório”, outra conserva o original hebraico “Azazel”. Quando à primeira, convém frisar  que é na realidade a mais antiga e a mais corrente por ser também adotada pelos L X X e pela Vulgata, que supõe o vocábulo “azazel” derivado da raiz azal, com o significado de “afastar”. Por isso se lhe  chama também  “bode emissário”, sempre relacionado a idéia de afastamento da culpa com a da expiação pelo pecado. Assim se interpre tam as palavras do Salmo 103: 12: “Quanto está longe o oriente do ocidente assim afasta de nós as nossas transgres sões”. É este ainda o significado indicado pela ênfase acentuada pelas palavras enviá-lo (10), deserto  (21), terra solitária(22). A versão que conserva o termo hebraico “Azazel” dá entender que se trata dum nome próprio,  pois supõe um contraste entre “para ser bode emissário (Azazel)” (10) e “pelo Senhor” (9). Se se admitir, porém, que  esse é o nome dum famoso demônio do deserto ou um dos muitos epítetos de Satanás, é de estranhar que em toda a Bíblia tal vocábulo apareça apenas uma vez e nestes textos. E, se considerarmos uma alusão a um demônio muito temido pelos israelitas, que exercia sobre eles uma influência poderosa e,portanto, precisava ser apaziguado, é  difícil de compreender por que se preocupavam, se afastava para tão longe esse  ser ameaçador,especialmente quando o povo se dirigia para a Palestina. O pecado é um fator, não remoto, mas sempre presente na vida do homem (Gen. 4: 7). Além disso, a idéia da expiação  pelo pecado, envolvendo resgate ou sacrifício a Satanás,  ou a outro demônio desconhecido do deserto, não é de considerar-se, e muito menos a idéia  do bode levarão demônio notícias de que se faz expiação pelos pecados. Compare-se 17:7 onde se proíbe expressamente todo e qualquer culto a prestar aos sátiros ou aos demônios. Há necessidade, pois, de considerar devidamente a interpretação a dar aos textos sagrados.

Texto áureo: Doutra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do  mundo; mas, agora, na consumação dos séculos, [Jesus] uma vez se manifestou, para aniquilara o pecado pelo sacrifício de si mesmo (Hebreus 9: 26).

Leia Levitico 16: 23-34.

Veja quão extensa e complicada para o sumo sacerdote e seus filhos era a obra necessária para expiar os pecados. E todo esse serviço era efetivo apenas por um ano. De fato, a fonte dos pecados, o coração do homem, não era purifica da nem por um ano, e esse coração ímpio não podia deixar de produzir ações ímpias durante o novo ano. Era sempre necessário repetir tais sacrifícios novamente; o sumo sacerdote legava este ofício aos seus descendentes “porque são impedidos pela morte de continuar” (Hebreus 7: 23=25.

Quão maior é a obra de Cristo em toda a sua verdade, em toda a sua abrangência, pois exigia o sacrifício dele mesmo! O Senhor Jesus estava totalmente só nesta jornada para expiar os pecados do mundo e para cancelar todas as conseqüências deles, mas também para atingir a fonte – o coração do homem – e purificá-la. Ninguém mais poderia ter a mínima parte que fosse em sua obra. O que o povo estava fazendo durante  essa grande obra do sumo sacerdote? Eles não podiam nem deviam fazer nada além de afligir a própria alma. Uma obra sobre a qual  descan sariam fora cumprida a favor  deles. Bem,caro leito: descansar plenamente  sobre a suficiente e perfeita obra do Senhor Jesus.

COMENTÁRIOS

NCB – Sacrifícios finais (16: 23-28). Pág. 171

Page 21: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

Depois de cumpridas aquelas formalidades no Santo dos Santos, Arão teria de despir os ornamentos  de linho, tomar novo banho, e então envergar a indumentária habitual de Sumo-Sacerdote,  que tão profundamente vem descrita no Êxodo, como sendo “para glória e ornamento” (Ex. 28: 2). Só depois iria ao Santuário completar  o ritual no  pátio exterior, onde oferecia o último sacrifício em holocausto pelo povo, queimando a gordura  da expiação do pecado sobre o altar.Quanto ao destino a dar ao sangue da vitima seguiam-se as cerimônias já estabelecidas.

16.29 Perpétuo. Foi observado até ao Cativeiro na Babilônia (587 a.C). e recomeçado depois da restauração (538 a.C.), até à destruição de Jerusalém no ano 70 d.C. Quando Israel falhou com Deus e teve que ser julgado , Deus não tinha mais a obrigação de guardar Sua aliança com aquele povo. O permanecer na Terra Prometida dependia da Aliança condicional baseada na obediência e na fidelidade dos israelitas para com seu Deus. Afligireis a vossa alma. Esta expressão se refere à abstinência de comida, à humilhação e à lamentação pelos pecados, que  eram conteúdo básico do jejum, Dt 9. 18; Neemias 9.1-2; Jz 2.12. Havia a confissão dos pecados, 1 Sm 7.6; Ne 9.1-2; e havia orações de súplica, Ed 8.23;Dn 9.3. A prática se recomenda freqüentemente tanto no antigo como no Novo  Testamento (cf as palavras de Jesus em Mt 17.21), e era um sinal exterior da autodisciplina e da humildade que  eram sua finalidade e alvo principal, Sl 35.13; 69.10. Recorria-se ao jejum especialmente em face  das calamidades aflições, desditas e de perigos que se aproximavam, tanto pelas nações, como pelos indivíduos. Era empregado pelos hipócritas para ganharem reputação de piedade diante dos homens, embora, nem mesmo assim é possível impressi-onar a Deus, que sabe ler em seus corações. Exemplos inspiradores de pessoas que jejuaram foram: 1) Davi, 2 Sm 12.16; 2) Daniel, Dn 9.3; 3) Cornélio, At 10.30; 4) Paulo 2 Co 11.27. Era uma maneira de buscar a Deus , obedientemente, abandonando os maus caminhos, 2 Cr 7. 14.

16.34 A antiga Expiação era anual; a verdadeira Expiação, eterna,feita por Jesus Cristo, é um ato que é suficiente para sempre, Hb 9.25-26.

Texto áureo: E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão. (Hebreus 9. 22)

Leia Levítico 17:1-16.

Deus reservou para si mesmo o direito ao sangue (ver 6:26, 27). Desse momento em diante, o sangue dos sacrifícios, renovado anualmente, está diante de Seus olhos no lugar santíssimo (cap. 16). E esse sangue, indispensável para  a manutenção do relacionamento entre Ele e o povo, fala constantemente ao coração de Deus sobre a obra de seu amado Filho.

Diversas passagens da Escritura demonstram as virtudes do sangue de Cristo. Ele faz “expiação peça vossa alma” (v. 11). Ele “purifica de todo pecado” (1 João 1:7). A mínima falta que cometemos tem de ser expiada por esse sangue e não pode ser de outra forma. Por ele, Jesus comprou “para Deus os que procedem de toda  tribo, língua, povo e nação” (apocalipse 5:9), nos resgatou do nosso fútil procedimento (1 Pedro 1: 18-19), “nos libertou dos nossos pecados” (Apocalipse 1:5), nos justificou (Romanos 5:9), nos reconcilio (Colossenses 1: 20), nos santificou (Hebreus 13: 12), nos aproximou(Efésios 2: 13); por esse sangue um caminho foi aberto diretamente ao Santo dos Santos (Hebreus 10: 19). Por ele, a vitória também nos foi dada (Apocalipse 12: 11).

“Precioso sangue de Jesus! Sua virtude e eficácia é uma pedra de tropeço para os que não se apoderam dele pela fé, mas para os remidos é um motivo eterno de louvor e adoração. “Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados... a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!” (Apocalipse 1: 5-6).

COMENTÁRIOS

17.1 Esta seção de Leis que vieram de Deus para o povo de Israel,por intermédio de Moisés, no monte Sinai (26.46), é comumente chamada “Código de Santidade”, porque apresenta as condições que Deus requeria de Israel para que fosse realmente um povo santo. Estende-se até 26.45.

17.4 O mandamento de Deus exigia que todo o sacrifício de sangue fosse oferecido no Tabernáculo (mais tarde, no Templo em Jerusalém), e não onde que o homem escolhesse para si mesmo. O sacrifício certo, no lugar errado ou feito de maneira errada nada valia; a desobediência nestas coisas traria a culpa do sangue, e não o perdão desejado.

17.7 Protistuem. A nação hebraica era simbolicamente casada com Jeová, tanto no Monte Sinai (Dt 4.13,23), como  nas planícies de Moabe (uma nova geração depois de a anterior ter perecido), Dt 29.1. A prostituição simboliza a apostasia, a falta de fidelidade a Deus e, naquelas épocas, se relacionava mormente com a idolatria com seus ritos perversos.

Page 22: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

17.10-14 A vida de um animal estava no seu sangue, Gn 9.4, e a vida era sagrada, pertencendo a Deus concedê-la ou retirá-la. O sangue era sagrado porque era usado nos

17.11 Sangue. Como um princípio básico, a Escritura insiste que nenhuma expiação pelo pecado  é, possível sem  o sacrifício de uma vida, da qual o sangue era uma representação visível. Quando se apresentava o sangue, era prova  aceitável perante Deus que uma vida havia sido sacrificada. O sangue de Jesus satisfaz as condições que a justiça  divina requer para a salvação do homem.

17.15 Quando um animal morria de alguma doença, ou era morto por algum outro animal, era  provável que  seu  sangue não houvesse sido devidamente removido, portanto não podia ser uma comida lícita para o homem. Além  disso, a doença que ceifou o animal podia ser ameaça à saúde daqueles que o comessem.

Texto áureo: Andai em amor, como também Cristo vos amou e se entregou a si mesmo por nós, em oferta  e  sacrifício a Deus, em cheiro suave (Efésios 5:2)

Leia Levítico 18:1-30 e 19: 1-19.

As ordenanças contidas nestes capítulos têm em vista a santidade prática do povo do Senhor. Elas incluem  misericórdia (v. 10),integridade e verdade (vv. 11,12), justiça (vv. 13-15), benevolência e amor (vv. 16-18), É humilhante entrar as mesmas advertências dirigidas aos cristãos nas epístolas, como Efésios e Colossenses. Isso prova que a velha natureza em um filho de deus não é melhor que em um israelita nos primórdios. “Não fareis  segundo as obras da terra do Egito, e que habitastes”; assim começa o capítulo 18, antes de enumerar as  corrupções da carne que o Senhor abomina, “Isto, portanto, digo...”, ensina o apóstolo aos Efésios, “que não mais andeis como  também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos... os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza” (Efésios 4: 17-19; compare  também  os vv.25 e 28 com Levítico 19: 11). “Andai em amor”, conclui o apóstolo (Efésios 5:2) e esta também é a conclusão  mostrada no versículo 18: “... amarás o teu próximo como a ti mesmo”. O Senhor Jesus citou esse versículo e o ilustrou perfeitamente com a própria vida. Por essa razão, Tiago o chama de “lei régia” (do Rei) “segundo a  Escritura” (Lucas 10: 28-37; Tiago 2:8)!

COMENTÁRIOS

18. 1- 30 Os padrões de pureza na vida familiar que sempre tinham tomado vulto perante os olhos dos israelitas, a  saber os do Egito e de Canaã, eram corrompidos; por este motivo, Israel necessitava de um padrão divinamente  ins-pirado, por ser um povo santo, dedicado a Jeová. As leis modernas sobre o casamento, na sua maior parte, seguem as limitações estabelecidas aqui. O casamento entre parentes consangüíneos aumenta a  probabilidade  de  problemas de hereditariedade, especialmente no caso de doenças mentais. A pureza sexual é uma parte  integrante  da saúde do corpo e da alma.

18. 2 Eu sou o Senhor. A Senhora (Jeová) freqüentemente desperta na mente do Seu povo a memória  da sua sobe-rania e da sua Majestade, bem como a da Sua Santidade; só nos vv 22-6, esta expressão ocorre quatro vezes. No Monte Sinai, o povo recebeu uma nítida impressão deste fato.

18.6 É verdade que os primeiros dias da raça humana, irmão se casava com irmã, desde que não havia mais ninguém com quem se casar. Com firma estabelecimento da raça humana, Deus proibiu casamentos entre parentes consangüí-neos. Por exemplo, um homem não devia se casar com sua irmã, nem com sua tia, ou com sua nora.

18. 9 Filha de teu pai. Esta parte do versículo se refere à irmã só por parte do pai; o resto se refere ou à irmã própria-mente dita, ou meia irmã do lado materno.

18.21 Moloque. Heb mõlekh, que á palavra melekh “rei” com as vogais da palavra bõsheth “vergonha”. O nome Baal quer dizer “senhor”; “rei” era apenas outro nome que os idólatras davam aos baalins; para os israelitas, portan-to, os ídolos de Baal, longe de ser imagens de reis, eram apenas coisas de vergonha, tentando o povo a dois pecados graves: a adoração de falsos deuses e,m lugar do próprio Deus, e a empregar liturgias pagãs para adorar Jeová. Ambos estes pecados eram uma abominação perante Deus. O nome específico usado aqui se refere a uma imagem oca, com braços estendidos, e com um incinerador na parte vazia, destinado a receber crianças em sacrifício queima-do.

Page 23: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

18.24-30 Estes versículos lançam luz sobre o motivo da destruição das nações de Canaã por mandato divino. As abominações da imoralidade das nações pagãs tinham chegado a um tal extremo que, afinal, a “medida da iniqüi-dade dos amorreus se encheu, Gn 15.16. Por isso, Deus advertiu a Israel que tivesse cuidado e não fizesse como os cananeus. Como Israel era o povo escolhido de Jeová, esperava-se mais deles do que de qualquer outra nação, Dt 9.25-29.

18.28 Vomite... vomitou. Deus fala, nas Escrituras, de tratar assim atrês grupos de pessoas: 1) Os cananeus pagãos, 28; “E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental  reprovável, para praticarem coisas inconvenientes”, Rm 1.28; 2) Os israelitas idólatras, 28; 20.22; Jr 25.27; 3) Os  cristãos apóstatas, Ap 3.16. Tudo isto é uma ótima; as admoestações a todos nós no dia de hoje.

19.2-34 Essas leis eram cerimoniais e éticas; as últimas são baseadas nos Dez Mandamentos.

19.2 A santidade e a perfeição de Deus formam a base para se exigira justiça da parte de todos aqueles que Lhe  per-tencem. Jesus disseque deveríamos ser perfeitos, como o é nosso Pai Celeste, Mt 5.48.

19.4 Ídolos. Há várias palavras hebraicas que descrevem os ídolos;aqui temos ‘elilim, lit “coisas de nada”, “vaidade. Vem de uma raiz que significa “evaporar-se”. A essência do ídolo realmente é nada, 1 Co 8.4.

19.9,10 No livro de Rute temos um belo exemplo do cumprimento desta lei, Rt 2.8-16.  Ao pobre e ao estrangeiro.  Duas classes de pessoas que, juntamente com os órfãos, não possuíam força carnal para defender seus direitos, sem-do desprezados pelos pagãos por não poderem se defender com o dinheiro, nem com um “Vingador”, um parente poderoso que fosse solidário à sua causa. São justamente aqueles que, sendo desprovidos de recursos humanos, são os melhores recipientes do socorro divino, 2 Co 12.9-10.

19.12 A idéia, aqui, é que ninguém deve ser rápido demais para fazer votos em nome de Deus, e muito menos usar o nome de Deus em juramentos falsos, com o intuito de fazer parecer puros e verídicos os atos mais escabrosos, dando a força da verdade à própria mentira,Êx 20.7n.

19.13 Trata-se de jornaleiro que necessitavam, de seu salário dia após dia para o sustento de sua família, Dt 24.14; Jr 22.13; Ml 3.5.

19.16 Mexeriqueiro. Heb rãkhîl, lit “mercador”. Um tipo de “camelô”que leva mercadorias  de pouco valor pelas  ruas afora; no caso, são escândalos e mentiras. Cf 1 Sm 22.9-18; Jr 6.28; 9.4;Ez 22.9.

19.18 A reverência a Jeová não somente produz a santidade no sentido de evitar a contaminação (heb tãme), mas  também a pratica do amor aos nossos semelhantes. Jesus desenvolveu esta verdade, ao exigir que amássemos aos  nossos inimigos, Mt.5.43-44. O amor é o cumprimento da Lei Mt. 22.40.

19.30 A moça escrava tinha direitos, mas suas circunstâncias lhe tolhiam sua possibilidade de exercê-los. Era o  homem que tinha de procurar a expiação pela sua transgressão, e a moça não podia ser morta; o motivo desta  clemência legal é que a escrava, sendo considerada a propriedade particular de outro homem, por ser sua concu-bina (Êx 21.7-11), não podia morrer sem causar uma perda injusta ao seu senhor ou dono que a comprara.

19.23 Nos primeiros três anos, as árvores recém-plantadas raramente davam frutos bem desenvolvidos. Em hebraico eram chamados “frutos incircuncisos”. A colheita do quarto ano pertencia a Jeová, bem como as primícias dos  anos  seguintes, sendo que Ele era reconhecido como o legítimo proprietário dos bens da terra, 24.

Texto áureo: Como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo (1 Pedro 1: 15-16).

Leia Levítico 19:26-37 e 30:22-27.

Essa seção do livro, que abrange os capítulos 19 e 20, inicia e termina com a mesma e notável advertência:  que  Israel deveria ser o povo santo. E praticamente cada um dos mandamentos desses capítulos termina com, o  lembre-te “Eu sou o SENHOR vosso Deus”.Quanto mais hoje, os que são da família do “Pai santo”, de quem eles são  filhos (João 17: 11). Pedro cita o versículo 2 do capítulo 19, acrescentando-lhe as seguintes palavras: “segundo é  santo aquele que vos chamou,

Page 24: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

tornai-vos santos também vós mesmos” (1 Pedro 1: 15-16). Aqui não  se lê apenas “porque eu sou santo”, mas “como”.Que padrão nos está proposto!

O versículo 32 chama nossa atenção quanto ao respeito devido aos idosos, um assunto do qual um jovem  cristão  jamais deveria descuidar. Nosso cristianismo tem de ser evidente em todos os nossos comportamentos ; não apenas  em nossa abstinência dos horríveis pecados que deus é obrigado a denunciar em  Sua Palavra,mas nos  milhares de  detalhes da vida cotidiana em que nos é requerido exercer o amor e a justiça prática (vv. 34-46). Jamais esqueçamos que a reputação do bom nome de Cristo é colocado sobre nós (Tiago 2:7), de modo que nossa conduta tanto  pode  honrar ou desonrar esse precioso nome!.

COMENTÁRIOS

19.26 Não agourareis nem adivinhareis. Os que praticavam a magia, ou que empregavam certas palavras chamadas “mágicas” com o fim de obter o auxílio dos espíritos para produzirem efeitos sobrenaturais nas criaturas, eram com-denados. Nem sempre se distingue entre o agoureiro e o adivinhador, mas todas as suas práticas, juntamente com a astrologia, o horóscopo, o espiritismo, a macumba, as sortes e as adivinhações são terminantemente proibidas na Palavra de deus, v.31; 20. 6, 27; Dt 18.10.

19.27,28 Os pagãos cortavam os cabelos da cabeça ou da barba de certas maneiras, para honrar seus ídolos ou para os ritos fúnebres pagãos, Dt 14.1. Cortar o corpo era praticado para mostrar arrependimento extremo ou desespero. Condenam-se aqui estas práticas entre o povo de Deus. Estas proibições eram para guardar o povo de Israel de seguir as práticas supersticiosas e idólatras dos pagãos que viviam ao seu redor.19.31 Necromantes. Pessoas que se comunicavam com os mortos, ou seja, médiuns, 20.6. Aqui há uma forte conde-nação das práticas espíritas existentes no dia de hoje. A Bíblia condena taxativamente a invocação dos mortos.19.33 Oprimireis. Heb yãnãh, “irar-se contra”, “ser violento contra”, “suprimir”, “maltratar”. Exemplos em Êx 22.21; Ez 22.7,29.19.35 O culto a Jeová e a desonestidade são incompatíveis, nunca podem coexistir.O capítulo 20 trata de diversos crimes. 20.2 Cf 18. 21 (Nota). A pena era severa contra os pecados graves da idolatria, do adultério, do incesto e das perversões sexuais, porque desonravam a Jeová e destruíam a estrutura da sociedade humana.20.6 Cf v 27; 19.26. Consultar médiuns, numa tentativa de se comunicar com os espíritos dos mortos, era um pecado que acarretava a penalidade da morte, tanto para o médium como para aquele que o consultava. Estes versículos também são uma condenação ao espiritismo dos nossos dias.20.9 Seu sangue cairá sobre ele. Se alguém matasse esse tipo de réu, a responsabilidade por esta morte não cairia sobre quem o matou, mas sim, sobre o próprio homem que se mostrasse digno de ser eliminado.20.12 O incesto, mencionado em várias formas (11-21), é destruidor da vida familiar, corroendo a pureza do lar.20.13 A homossexualidade foi um dos pecados de Sodoma, uma causa primária da sua destruição por Jeová, Gn 19.5,13. Este pecado foi praticado em Israel, por alguns benjamitas, mas castigados pelas demais tribos, Jz 20. 1-11.20.14 Maldade. Heb zimâh, de uma raiz que significa “planejar”, “intentar”, “pensar em fazer”, “mentalizar”, 18.17; 19.29. Deriva-se desta raiz palavras que se referem à malícia premeditada, traduzindo-se, nesta versão, conforme se segue: “Crime hediondo”, Jô 31.11; “Depravada”, Ez 23.44; “Vergonha”, Jz 20.6; “Depravação”, Ez 16.43,58; “Torpemente”, Ez 22.11;”Maldade”, Sl 119.150; “Perverso”, Pv 21.27.20.15 Não se narra que se cometeu tal pecado entre os israelitas, mas o v 23 mostra como motivo principal do extermínio dos cananeus.20.16 Heródoto, historiador grego, mostra que este pecado fazia parte da religião supersticiosa do Egito; motivo adicional de condená-lo.20.21 É claro que se o irmão tivesse morrido, isto não seria mais pecado. Se não deixara descendência, não somente seria permitido, mas até exigido tomar sua par a lhe suscitar um descendente, Dt 25. 5;Mt 22. 24-30.,seria para “guardar seu nome vivo em Israel”.20.22,23 O fato de os cananeus terem sido punidos pelos vários pecados, até o ponto de extermínio, revela claramente que as Leis de Deus não eram apenas um código particular para Israel, mas que tinha sido gradas até nas consciências dos próprios pagãos, Rm 1.18-27.N.C.da Bíblia: “Os vers. 22-26 lembram aos israelitas que as monstruosidades acima descritas, eram cometidas pelo povo, cuja terra iriam possui, terra essa que “vomitaria” os seus habitantes (cfr. 18: 25), e que outro tanto faria aos israelitas, se as praticassem também (cfr.18:28). Mas essa terra estava-lhes reservadas como herança (24), e o povo de Deus devia ser separado dos cananeus por meio daquelas purificações e leis da dieta, que descreve o cap. 11. visto que o comer e o beber faziam parte integrante da vida quotidiana do povo, e fazendo dos vers. 22-26 uma espécie de conclusão ao grande corpo das leis, tanto cerimoniais como morais, que o povo devia observar, é de admitir uma certa conexão com o cap. 11. Para serdes Meus (26) - eis um breve resumo do objetivo de toda a Lei. Se quer pertencer ao Senhor, o povo tem de cumprir rigorosamente a Sua Lei.O vers. 27 é uma aplicação do vers. 6, com insistência no gênero de m,orte a segs. Voltando assim ao mesmo assunto, frisa-se a hediondez do pecado (cfr. Deut. 18:9-14) que implica idolatria, e Israel tem de banir a todo o custo o culto dos deuses pagãos.”

Texto áureo: Vede, irmãos, que nuca haja em qualquer de vós um corações mau e infiel, para se apartar do Deus vivo. (hebreus 3:12).

Page 25: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

Leia Levítico 21: 1-24.

Assim como antigamente o simples fato de pertencer à família de Arão conferia a seus membros o título de sacerdote, hoje todos os redimidos d senhor são constituídos adoradores. Quando, porém, se tratava de exercer o seu serviço, havia circunstâncias em que o sacerdote estava desqualificado. O contato com os mortos, o casamento fora dos padrões de Deus, um incurável defeito físico privariam um filho de Arão de suas santas funções. Ele estava autorizado a comer do pão de Deus, tal como seus irmãos (v.22) mas não experimentaria a alegria de servi-Lo. Infelizmente, muitos cristãos estão nesse condição! Os que estão cegos, no sentido de 2 Pedro 1: 9, ou mancos, como em Hebreus 12: 13, ainda que mantenham o título e privilégios como filhos de Deus, não podem executar como deveriam o serviço de adoradores. E isso é uma grande perda não somente para eles, mas acima de tudo para o Senhor.Embora nosso Sumo Sacerdote suporte graciosamente os defeitos e fraquezas de Seu povo (cap. 21 confirmado por Hebreus 4:15), por outro lado, Ele não pode ter alguma associação com luto o que, segundo o capítulo 22, for evidência de um pecado manifesto: como a lepra ou o fluxo (v. 4)\. Uma mancha presente na vida do crente rouba-lhe o desfrute das “coisas santas”.

COMENTÁRIOS

21.1 A morte, sendo um resultado do pecado, o contato com os mortos tornava o sacerdote ritualmente imundo.. Entre as pessoas para as quais tinha licença de se contaminar, não se menciona a esposa, possivelmente porque a esposa, sendo “carne da sua carne” (Gn 2.23), nem sequer precisava ser mencionada, tendo todo o direito às honras finais.21.5 São sinais de luto, empregados pelos pagãos. Um sacerdote que revelava sinais extremos de desespero não estaria em condições de preencher seu lugar apontado no culto do Templo. Não se fala, porém, da tristeza interna, escondida no coração do sacerdote. Capítulos 21 e 22. Aqui se apresentam instruções dadas para o povo de Israel em geral, nos capítulos 17 e 20. A intenção destas leis era elevada, e o padrão de uma vida pura e santa para os sacerdotes era muito alto. É claro que o ideal de uma moralidade no interior do coração fica subentendido em todas estas leis; mas, para o serviço visível e público, no Templo visível e físico, os sacerdotes tinham que demonstrar perante Deus e os homens aquela pureza exterior e perfeição física que é a parte cerimonial do sacrifício total do ser, da adoração em espírito e em verdade, Rm 12.1-2; Jo 4.23-24.21.7 Limitava-se o tipo de mulher com quem os sacerdotes podiam casar. Deveria ser uma mulher bondosa, pura, incontaminada, como também deve ser a esposa de um pastor no dia de hoje.21.9 Deus tem um alto padrão para os filhos dos sacerdotes (1Sm 3.4). Nestes versículos, aplica-se este alto princípio às suas filhas; o padrão para a esposa foi dado no v.7. O padrão do bom sacerdote é, em suma, o de um homem que também governa bem a sua própria casa; cf. 1 Tm 3.4.21.14 As Escrituras fazem distinção entre a pessoa de um homem e a missão que ele exerce. Deste modo, ninguém de entre os descendentes de Arão podia exercer o ofício de sacerdote se tivesse certas imperfeições e incapacidades físicas, 18-20; esta desqualificação para a função sacerdotal não o impedia, entretanto, de receber a parte dos sacrifícios e ofertas que lhe tocava para seu sustento sagrado, como membro da família sacerdotal. De modo, há muitas pessoas na igreja que não têm capacidade para exercer vários cargos de liderança, mas nem por isto devem se considerar impedidos de prestar fervoroso culto a Deus e de viver na plenitude da comunhão com os irmãos na fé. Tanto o sacerdote ofertante, como o animal oferecido, deviam estar isentos de qualquer mancha ou defeito, para satisfazer às exigências de Deus. Só Cristo cumpriu plenamente estas exigências, sendo em Si mesmo sem defeito ou mancha de pecado, e tendo feito do Seu corpo um sacrifício perfeito, como ofertante e como Vítima, 2 Co 5.21; 1 Pe 1.19;Hb 7.26-28; Ml 1.8.21.23 A maravilha perene é que o Senhor, o Único verdadeiramente Santo, procure seres humanos para Seu serviço, sendo que mesmo os homens que são isentos de defeitos físicos trazem as manchas e marcas do pecado nas suas vidas interiores como filhos de Adão.

Texto áureo: Porque, quando trazeis animal cego para o sacrifício, não faz mal! E, quando ofereceis o coxo ou o enfermo, não faz mal! Ora, apresenta-o ao teu príncipe; terá ele agrado em ti? Ou aceitará ele a tua pessoa? – diz o Senhor dos Exércitos. (Malaquias 1:8).

Leia Levítico 22. 1-33dócio imaculado, enquanto nos versículos 17 a 33, Ele está ocupado com a qualidade das ofertas. Quão triste é o fato de Ele ser obrigado a insistir: “Porém todo o que tiver defeito, esse não oferecereis”. Essas instruções não deveriam ter sido necessárias, não obstante, o profeta Malaquias nos diz que o povo trazia esse tico de oferta. Agir dessa maneira é um pecado duplo: primeiro porque isso significa desprezar ao Senhor. Aquilo que ninguém ousaria oferecer tal oferta ao governo (Malaquias 1:8), por não ter valor de mercado, era tido como bom o suficiente para ser dado a Deus. Em segundo lugar, porque todos esses sacrifícios, falando de Cristo, a Vítima perfeita, tinham de ser sem defeito. E nós, caros amigos cristãos, o que temos reservado do nosso tempo, de nossa energia de nossa inteligência, de nosso dinheiro para o senhor? O melhor ou simplesmente o que sobra, o que não tem mais utilidade?Em contraste com os sacrifícios pelo pecado, necessários e obrigatórios, aqui estamos interessados pelos sacrifícios de louvores, ofertas voluntárias, opcionais. Deus não insiste em arrancar algo de nós, nada é forçado. Porém, quanto mais o nosso coração estiver tomado pelo amor de Jesus, tanto mais criteriosos seremos quanto ao retribuirmos Ele.

COMENTÁRIOS

22.1-7 A parte do sacrifício que o sacerdote comia era coisa santa, por isso os sacerdotes que estivessem ritualmente imundos não podiam participar destas comidas.

Page 26: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

22. 10-16 Estrangeiros. Heb zãr, da raiz zür, “afastar-se”. Aqui se refere a qualquer pessoa que não fosse sacerdote ou levita, portanto um leigo, um estranho. Nem hóspede, nem jornaleiro poderia comer da porção sacerdotal do sacrifício, mas somente aqueles que fossem membros da família do sacerdote, o que incluía seu escravo. Outras palavras para “estrangeiro”, propriamente dito, são ger, que dá a idéia de errante, um viajante sem moradia fixa, e goy, que se refere às pessoas que não pertencem a raça israelita, e se traduz “gentio”. Se uma filha de um sacerdote tivesse se casado fora da tribo de Levi. Também seria uma “estrangeira” no sentido técnico mencionado acima, perdendo o direito de participar da porção sacerdotal; mencionam-se, porém, condições para que ele voltasse aos seus antigos privilégios.22.14 Ignorância. Isto não seria desculpa para aqueles que comessem da porção sacerdotal que lhe era vedada. Tal pessoa deveria pagar o valor do que comeu e ainda lhe acrescentar 20%. Registra-se em 5.15-16 que uma oferta de expiação “pelo sacrilégio” também se requeria, e é bem possível que esta oferta aqui esteja subentendida.22. 19-25 Veja 1.3 e 1.17 com as Notas. Somente o melhor deveria ser oferecido a Deus; somente aquilo que vem de um coração grato e voluntário, a dedicação das melhores qualidades do nosso ser, é aceitável a Deus, Sl 51.17. É por este motivo que a oferta da viúva pobre foi tão digna de atenção, Mc 12.42 -44. Até os pagãos achavam que os ídolos que adoravam eram dignos de sacrifícios perfeitos, sem defeito.22.24,25 Referia-se a animais castrados que poderiam ser empregados nas fazendas, mas não deveriam ser sacrificados como oferta a Deus. *N. Hom. Os versículos 17-25 insistem que o sacrifício tinha que ser sem defeito. Isto se refere, primeiramente, aos tipos descritos neste Livro: em segundo lugar, à Pessoa de Jesus Cristo, o Sacrifício eterno profeticamente aludido em todas estas ordenanças; terceiro, à vida dedicada dos crentes que aceitam os sacrifícios de cristo, aplicando-os ao seu caso individual, andando no caminho das boas obras que a graça de Cristo e a unção do Espírito Santo preparou para os salvos, Ef 2.8 – 10; 1 Co 2.16; 1 Pe 1.13-16; Gl 2.19-20. Nosso Salvador é perfeito, e quer nos conceder vidas perfeitas, vividas nele, que seriam um sacrifício agradável a Deus constituindo a verdadeira adoração, Rm 12.1-2 Jo 4.23.22.27,28 Os animais recém-nascidos não eram considerados como tendo existência própria e independente antes de completar uma semana de vida. Os israelitas entendiam este mandamento como um desejo da parte de Deus de lhes ensinar a misericórdia, Êx 23.29; 34.26; Dt 24.21; 22.6-7.

Texto áureo: As solenidades do SENHOR, que convocareis, serão santas convocações

(Levítico 23:2).

Leia levítico 23.1-14

Este capítulo constitui o calendário das “santas convocações” do Senhor, ou as chamadas festas fixas, que aconteciam anualmente. Eram em número de sete, além do sábado, o dia de descanso semanal, que é tratado em primeiro lugar. Já foi observado que essas festas, em sua seqüência, descortinam diante de nossos olhos a história de Israel a partir do período da cruz, os conselhos de Deus acerca desta nação, Seus desígnios em relação à Igreja (embora de maneira velada) e finalmente Seus desígnios acerca de Seu filho. Tudo começou na Páscoa. O ponto de partida para a bênção de Israel, para a Igreja, bem como para a felicidade de cada pessoa é a cruz. Imediatamente depois, a Festa dos Pães Asmos nos lembra dAquele que não conheceu pecado e cuja separação do mal tem de ser reproduzida na vida cotidiana da Assembléia e em cada um dos expurgados, pois somos “nova massa”, como Paulo disse aos coríntios (1 Coríntios 5:7).Depois, vem a festa das primícias. O movimento do primeiro feixe é novamente Cristo, triunfante na ressurreição, primogênito dentre os mortos, apresentado a Deus segundo os vários aspectos de suas glórias, “para que sejais aceitos” (v. 11).

COMENTÁRIOS

23.2 Festas fixas. 1) A festa semanal do Sábado, 2 -3; 2) A festa anual da Páscoa, 4-5; 3) A festa anual dos pães asmos, 6-8; 4) A festa anual das Primícias, 9 -14 )na época da festa de Pentecostes); 5) A festa anual do Pentecostes, 15-21; 6) A festa anual das Trombetas, 23-25, que era a festa do Ano Novo hebraico (setembro-outubro); 7) A festa anual dos Tabernáculos, 33-34, na época do ano Novo.23.3 A guarda do sábado era o quarto mandamento do decálogo. A festa semanal que constituía, era mencionada em primeiro lugar, sendo que forma a base para as festas mensais e anuais, servindo assim de introdução à enumeração das festas em geral. O sétimo dia ocupa o primeiro lugar entre estas ordenanças de Deus. Ricos e pobres deveriam gozar igualmente deste descanso sagrado.23.4 Convocação. Heb mô’adim, lit “assembléias”, “convenções”, convocadas para determinar tempo e lugar, cf Ex 23.14-17; 34.22-44; Dt 16. 1-17. Aqui as condições são remas não deveriam ser sacrificados como oferta a Deus. *N. Hom. Os versículos 17-25 insistem que o sacrifício tinha que ser sem defeito. Isto se refere, primeiramente, aos tipos descritos neste Livro: em segundo lugar, à Pessoa de Jesus Cristo, o Sacrifício eterno profeticamente aludido em todas estas ordenanças; terceiro, à vida dedicada dos crentes que aceitam os sacrifícios de cristo, aplicando-os ao seu caso individual, andando no caminho das boas obras que a graça de Cristo e a unção do Espírito Santo preparou para os salvos, Ef 2.8 – 10; 1 Co 2.16; 1 Pe 1.13-16; Gl 2.19-20. Nosso Salvador é perfeito, e quer nos conceder vidas perfeitas, vividas nEle, que seriam um sacrifício agradável a Deus constituindo a verdadeira adoração, Rm 12.1-2 Jo 4.23.22.27,28 Os animais recém-nascidos não eram considerados como tendo existência própria e independente antes de completar uma semana de vida. Os israelitas entendiam este mandamento como um desejo da parte de Deus de lhes ensinar a misericórdia, Êx 23.29; 34.26; Dt 24.21; 22.6-7.

Texto áureo: As solenidades do SENHOR, que convocareis, serão santas convocações

(Levítico 23:2).

Page 27: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

Leia levítico 23.1-14

Este capítulo constitui o calendário das “santas convocações” do Senhor, ou as chamadas festas fixas, que aconteciam anualmente. Eram em número de sete, além do sábado, o dia de descanso semanal, que é tratado em primeiro lugar. Já foi observado que essas festas, em sua seqüência, descortinam diante de nossos olhos a história de Israel a partir do período da cruz, os conselhos de Deus acerca desta nação, Seus desígnios em relação à Igreja (embora de maneira velada) e finalmente Seus desígnios acerca de Seu filho. Tudo começou na Páscoa. O ponto de partida para a bênção de Israel, para a Igreja, bem como para a felicidade de cada pessoa é a cruz. Imediatamente depois, a Festa dos Pães Asmos nos lembra dAquele que não conheceu pecado e cuja separação do mal tem de ser reproduzida na vida cotidiana da Assembléia e em cada um dos expurgados, pois somos “nova massa”, como Paulo disse aos coríntios (1 Coríntios 5:7).Depois, vem a festa das primícias. O movimento do primeiro feixe é novamente Cristo, triunfante na ressurreição, primogênito dentre os mortos, apresentado a Deus segundo os vários aspectos de suas glórias, “para que sejais aceitos” (v. 11).

COMENTÁRIOS

23.2 Festas fixas. 1) A festa semanal do Sábado, 2 -3; 2) A festa anual da Páscoa, 4-5; 3) A festa anual dos pães asmos, 6-8; 4) A festa anual das Primícias, 9 -14 )na época da festa de Pentecostes); 5) A festa anual do Pentecostes, 15-21; 6) A festa anual das Trombetas, 23-25, que era a festa do Ano Novo hebraico (setembro-outubro); 7) A festa anual dos Tabernáculos, 33-34, na época do ano Novo.23.3 A guarda do sábado era o quarto mandamento do decálogo. A festa semanal que23 15 Na época do antigo Testamento era chama a festa das semanas aquilo que nós chamamos de “pentecostes”, que é a palavra grega usada no Novo Testamento, e que significa justamente “cinqüenta dias”, ou seja, as sete semanas que se contam desde a época da oferta de gratidão pelas primícias. Celebrava-se no 50º dia depois da festa dos pães asmos. Foi durante essa festa que op Espírito Santo desceu sobre a Igreja Apostólica, que se verificou com grande sinais, cinqüenta dias depois da ressurreição do Senhor Jesus Cristo de entre os mortos, At 2.1-4. No Antigo Testamento, a festa se referia a frutos físicos da terra; no Novo Testamento, celebrava as primícias da Igreja de Cristo (os 120 crentes reunidos, At 1.15), e as primícias da unção do Espírito Santo (Rm 8. 28; 11. 16; tg 1. 18).Comentário Bíblico MOODY: 23. 17: Levedados se cozerão. Cons. Observação sobre 23: 13. Esta é a única oferta de manjares a ser feita com levedura. É muito provável que fosse feito assim, para que o produto pudesse ser apresentado ao Senhor na condição em que pudesse ser útil e desfrutado pelo povo.18-20. Holocausto, oferta pelo pecado e oferta pacífica deveriam ser oferecidas nesta ocasião. “Deste modo o todo da colheita anual era colocado sob a graciosa bênção do Senhor pela santificação do se começo e seu fim; e o desfrute do seu alimento diário também era santificado desse modo” (KD, Pentateuch,II 444).22 Para o pobre. . . as deixareis. Cons. 19: 9, 10. Ação de graças ao Senhor pode freqüentemente ser melhor demonstrada por meio de atos de bondade para com os menos privilegiados.

Texto áureo: Glória e majestade há em sua obra, e a sua justiça permanece para sempre

(Salmo 111; 3).

Leia Levítico 23: 23-44.

Historicamente, aqui nos encontramos no período que se segue ao Pentecostes. Israel é posto de lado; é o tempo da Igreja, durante o qual o Senhor Jesus está reunindo em um corpo os filhos de deus espalhados pelas diversas nações (João 11: 53). No entanto, está chegando o dia em que todo o Israel, por sua vez será reunido. Após o arrebatamento da Igreja, “o sonido de trombetas”(ver Números 29:1) ira ajuntar a nação, e reuni-la em sua própria terra, preparando-a para a grande auto-aflição da sexta festa: o “Dia da Expiação”, que corresponde às cerimônias do capítulo 16. Em enorme angústia, Israel aguardará a aparição daquele que agora está no Santuário, com os Seus, para os salvar (Hebreus 9: 28).festa dos Tabernáculos descrita em detalhes em nosso texto bíblico de hoje. Ela prefigura o reino de justiça e paz na terra que é chamado de Milênio. Contemos o número de vezes que a expressão “nenhuma obra servil fareis” é repetida neste capítulo. Em todo o maravilhoso plano da graça que se estende da cruz à gloria, Deus tem reservado a Si mesmo o privilégio de fazer a obra. O homem e seus esforços não têm proveito algum. Essa é uma obra divina, ponde há “glória e majestade” (Salmo 111: 3).

COMENTÁRIOS23.24 Trombetas. Essa festa memorial era celebrada no primeiro dia do sétimo mês (tishri). Tocavam-se as trombetas e ofereciam-se sacrifícios, Nm 29. 1-6. Era um dia de santa convocação e descanso, 24-25. Inaugurava o sétimo mês do calendário religioso, tendo assim uma conexão especial com o sábado (Ne 8.9-10) e constava como o início do calendário civil.23.26-32 Aqui há um resumo da descrição do Dia da Expiação, que agora completava a lista de festas de “descanso solene”, v 3. Cf 16.1-19n. Era esta festa que mais falava sobre a obra sacrificial e sacerdotal d4 Jesus Cristo, Hb 9. 6-28.23.31 Os motivos para o descanso do trabalho: 1) Relaxamento do corpo; 2) Tempo para prestar culto solene ao Senhor; 3) Tempo para meditação sobre Jeová, nosso Redentor, amigo e soberano, já que não é possível tal concentração mental enquanto se trabalha.

23.33-43 A festa dos tabernáculos. Comemorava a jornada dos israelitas pelo deserto depois da saída do Egito. Exigia-se que os israelitas vivessem por sete dias em cabanas feitas de galhos de árvores. Era também chamada a f\esta das colheitas, uma vez que vinha no fim da sega. O jejum do dia da expiação era, pois, seguido por uma festa de júbilo. A natureza da festa era

Page 28: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

tríplice: 1) Era uma festa de alegria, v 40; 2) Era uma festa de gratidão pela ceifa que ainda era uma bênção de recente memória, v.39; 3) Era uma festa de recordação de uma bênção antiga e inesquecível, v43.23.34 Esta primeira descrição da Festa dos Tabernáculos, vv 34-36, nos indica também o primeiro cumprimento do seu significado: é a vinda do Senhor Jesus Cristo para morar entre os homens. Pois Jesus não podia ter nascido em dezembro, que é um mês de neve em Jerusalém, durante o qual nenhum rebanho estaria nos campos (Lc 2.8-11). Que, provavelmente, nasceu na época da Festa dos Tabernáculos, em outubro, pode ser calculado assim: Zacarias exercia seu turno em julho (Lc 1.5,8) por ser do turno de Abias, o oitavo turno do ano eclesiástico que começava em março (1Cr 24.10). foi o mês da concepção de João Batista, Lc 1. 23-242, que nasceu, pois, em abril do ano seguinte. Jesus nasceu seis meses mais tarde, Lc 1.26, portanto em plena Festas dos Tabernáculos.23.39 Esta segunda descrição da Festa dos Tabernáculos, depois de se ter encerrado o assunto das festas (vv 37-38), aponta para o segundo cumprimento do seu significado: a segunda vinda de Cristo, depois da qual Deus vai habitar entre os homens, fazendo Seu Tabernáculo entre eles, Ap 21. 1-3.23.43 Comentário Bíblico Moody: Eu fiz habitar os filhos de Israel em tendas. A guarda desta festa especial não era para fazer o povo se lembrar das privações sofridas durante a peregrinação no deserto. Era, antes, para que se lembrasse da provisão de suas Necessidades feitas por seu Criador e Libertador durante o mais importante período de sua história, o nascimento da nação hebraica como resultado da intervenção direta do Senhor seu Deus.

Texto áureo: O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará.

(Levítico 6:13).

Leia Levítico 24; 1-23.Como temos visto, durante o ano havia ocasiões em que os filhos de Israel se reuniam para festas. Deles era exigido apenas que se apresentassem de tempos em tempos. Por outro, o serviço a favor deles jamais cessava. As lâmpadas eram mantidas acesas continuamente (v3). Quão bom é compreender que, mesmo quando estamos muito ocupados com as questões da vida diária para pensar no céu, mesmo quando nossa comunhão é interrompida, a luz de Cristo, o divino Candeeiro, jamais para de brilhar com toda a sua intensidade. E sobre op que ela brilha? Sobre os doze pães dispostos na mesa, que representam o povo de Deus em sua totalidade, reunidos em perfeita ordem no santuário.O episodio do blasfemador e seu castigo nos ensina que, apesar dessa posição privilegiada, a apostasia surgirá entre o povo e trará uma pinicão terrível. O “nome sobre todo nome” foi blasfemado quando o Filho de Deus que veio a este mundo foi insultado, rejeitado e crucificado. E será novamente no futuro quando o “homem da iniqüidade” o anticristo, irá opor-se e exaltar-se contra tudo que se chama Deus. O Senhor Jesus o destruirá pelo brilho da manifestação de sua vinda (2 Tessalonicenses 2:4,8).

COMENTÁRIOS

24.1-4 Características do Candelabro: 1) Era feito de ouro puro; 2) Era feito para iluminar; 3) Era mantido com óleo; 4) Era feito para queimar continuamente. A lâmpada que ilumina à base de óleo pode ser comparada com a a revelação de Deus ao homem, que culminou em Cristo, Luz do Mundo, e a iluminação dom espírito Santo.24.5 Os pães que o sacerdote oficiante colocava todos os sábados sobre a mesa dourada, no lugar santo, diante do Senhor, eram em número de doze, representado As doze tribos de Israel; decerto eram, bem grandes, já que se empregava mais do que quatro litros de farinha em cada pão. 24. 3,6 e 7. Eram servidos quentes no lugar santo, no sábado, dia no qual os antigos eram removidos. Somente os sacerdotes tinham licença de comer da que pão. Num caso de extrema necessidade, Davi e seus homens quebraram esta lei, 1 Sm 22.6,cf Mt 12.4. O pão nos lembra da comunhão restaurada do homem com Deus, através de Cristo, o Pão da Vida, Jo 6.35.24.11 O terceiro mandamento proibia de usar o nome do Senhor em vão. A blasfêmia incluía o pecado gravíssimo de deliberado desprezo e desrespeito para com Jeová e para com Sua graça salvadora.24.16 No Antigo Testamento, blasfemar, ou zombar do nome de deus, injuriando assim a Pessoa de Jeová, acarretava na penalidade da morte. A blasfêmia era o comportamento dos ímpios, Sl 74. 18; Is 52.5. A idolatria era também considerada como um forma de blasfêmia, Is 65.7, porque esse pecado era um desprezo para com o nome do único e verdadeiro Deus. Exemplos da blasfêmia: rei Senaqueribe da Assíria, 2 Rs 19.4,10,22. Os incrédulos Têm prazer em acusar os santos da blasfêmia que eles mesmo praticam, conforme os fariseus fizeram com Cristo. Mt 26. 65; Lc 22.66-71. De igual modo, os membros da Igreja Apostólica foram acusados de blasfêmia, por afirmar a deidade do Senhor Jesus Cristo, At 6.11-14. Será morto. O pensamento básico aqui não é tanto impor uma penalidade por causa de um pecado grave: a necessidade urgente era a remoção de um foco de infecção na comunidade. O desastre desceria sobre a terra na qual o nome de Deus fosse blasfemado, onde a Majestade do Deus vivo fosse repudiada, não importando que o ofensor fosse um israelita nativo ou um estrangeiro domiciliado em Israel.24.17-22 O propósito dessas leis era promover a justiça exata, mas não a vingança. Na maioria dos casos, a pessoa culpada tinha permissão para dar uma justa compensação pela avaria, pela ferida, pu pela perda. Notemos a ênfase dada à inteira e justa indenização, não obstante não haver aqui a obrigação dos 20% a mais sobre os danos, que é o caso que se descreve em 5. 14; 6.7.

Texto áureo: Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas

(2 Corintios 4:18).

Page 29: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

Leia Levítico 25:1-19.

Deus, que deu o sábado ao homem, está também atento à Sua criação. A cada sete anos, todo o trabalho na terra precisava ser interrompido para que a terra descansasse. E a cada sete vezes sete anos, no qüinquagésimo ano, o som da trombeta seria ouvido em Israel anunciando o Jubileu, a restauração de todas as coisas. Em conseqüência, em cada transação comercial, em cada propriedade vendida, tinha de se tomar em consideração a data do próximo Jubileu, o qual devia sempre ser lembrado. Queridos filhos de Deus, essa trombeta cujo som todos os israelitas – especialmente os oprimidos - aguardavam, sem dúvida nos faz lembrar da última trombeta que anunciará a descido do Senhor do céu para reunir os que lhe pertencem (1 Coríntios 15:52). Sim, o Senhor está vindo; não esqueçamos disso! Vivamos nesta expectativa. Vamos dar às coisas deste mundo seu valor relativo. Elas têm um caráter passageiro; desfrutaremos delas apenas por um tempo. Fixemos nossos olhos além, mas coisas que não se vêm, mas que são eternas (2 Coríntios 4: 18). Que todas as nossas decisões, nossos projetos, tudo o que nos satisfaz, bem como nossas provações, sempre estejam rotuladas “por um tempo” sob a luz de nossa gloriosa esperança.

COMENTÁRIOS

25.1-7 sábado de descanso solene para a terra. O princípio de haver um sábado ou descanso cada semana, se estende aqui aos anos também, havendo também o ano sabático cada sete anos. Isto era como que um reconhecimento do direito de Deus sobre a terra, 24.23. Deus havia dado a terra aos seus servos (Israel), e esperava que fossem mordomos fiéis. Enquanto Israel confiasse em Deus, podiam contar com a promessa divina de boa colheita, para que houvesse bastante suprimento para o sétimo ano, no qual não podia haver sega. Isso também ajudava a manter a fertilidade do solo, permitindo que ficasse sem ser lavrado em certas épocas. O sétimo ano era também aquele no qual os senhores davam liberdade aos servos. Êx 21.2; Dt 15. Isto permaneceu como um ideal raramente cumprido. 265.35; Jr 34.1425.8-55 O ano do jubileu. Vinha depois de cada ano sabático, portanto no qüinquagésimo ano. Nesse ano, todos os escravos tinham sua liberdade restaurada, e todos os proprietários recebiam seus haveres em restituição, além de haver um cancelamento geralde todas as dívidas. Esta era uma excelente maneira de evitar os extremos de riqueza demasiada e de pobreza aviltante. O preço da terra vendida ou arrendada era baseado no número de anos durante os quais poderia ser usada até ao ano do jubileu, que começava no dia da expiação. Em Ezequiel, este ano foi chamado “ano da liberdade”, Ez 46.17; parece que Isaías se refere ao jubileu quando profetiza sobre “o ano aceitável do Senhor”, Is 61.1. Se este for o caso, então aprendemos de Lc 4.18-=19 que tudo aquilo que for implícito no ano do jubileu achou seu cumprimento em Cristo, na Sua obra de desatar as cadeias do pecado humano para oferecer aos homens a gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Um dos propósitos do jubileu era resolver o problema da pobreza herdada, invadindo geração após geração. Cada família pobre recebia um novo começo depois de cinqüenta anos, com a restauração da liberdade e da herança. Desde que os israelitas eram servos de Deus, libertos da escravidão no Egito, nunca deviam se tornar escravos, nem mesmo quando a necessidade os forçava a trabalhar no serviço alheio, 39, 43, 55.25.11 Jubileu. Heb yõbhel, “carneiro”, e depois, o “chifre de carneiro” que se usava para formar uma buzina especialmente empregada para proclamar este ano jubileu. A raiz da palavra pode ser yãbhal, “guiar”, “carregar”, aplicada tanto à nota longa e carregada que se ticava na ocasião, como à idéia de reconduzir e restaurar as coisas empenhadas e as pessoas escravizadas.25.16 O número das colheitas até o ano do jubileu determinava o valor corrente da propriedade.15.17 Uma das causas do cativeiro foi a inobservância deste mandamento.

Texto áureo: Do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam

(Salmo 24: 1).

Leia Levítico 25: 20: 38.

“A terra é minha”, o Senhor lembra Seu povo, “pois vós sois para mim estrangeiros e peregrinos” (v. 23) Assim como uma dona de casa é responsável por seus convidados, Deus se responsabiliza por cuidar do bem-estar de Seu povo, e dar a ele miraculosamente a cada seis anos uma colheita triplicada, permitindo-lhe manter o sábado dos anos. Neste mundo, o cristão é ainda menos que um proprietário de terras como Israel era. Se sempre tivéssemos em mente o pensamento de que nada é nosso, mas tudo pertence ao Senhor , não haveria menos cobiça em nosso coração e muito menos disputas entre nós? É no céu, e não na terra, que possuímos as verdadeiras riquezas, que realmente são nossas (Lucas 16: 11-12).Neste capítulo, aprouve a Deus demonstrar Sua maravilhosa graça, mostrando com Ele liberta os Seus, cuida do descanso e da felicidade deles, para que não caiam vítimas da dureza do coração ou da negligência de seus próprios irmãos. E em tudo isso Ele nos dá o exemplo, concitando-nos a demonstrar aos outros a mesma misericórdia da qual somos objetos (vv. 35-38). Isso nos proporciona uma oportunidade de mostrar ao Senhor que apreciamos Sua graça e não esquecemos o que Ele fez por nós (conforme Mateus 18: 32-33).25.22 Era necessário ter fé agir baseado nessas afirmações e, por isso parece que poucos praticavam estas ordenanças de maneira completa.25.28 Em Rt 4. 1-12 podemos ver as leis da redenção em prática, com Boaz, ancestral de Cristo, como redentor. Se um homem perdesse sua herança, ele mesmo, ou um dos seus parentes (v 49 com Nota) poderia reavê-la, na condição de pagar o valor estimativo da colheita, até o jubileu.25. 29-31 As casas das aldeias eram consideradas como parte da herança da família que receberam aquelas terra de Deus, na ocasião da divisão da terra. Ficavam dentro da herança da família, ou perto dela, e eram essenciais para se poder atender de perto todos os misteres agriculturais comerciais, ou por motivos do enriquecimento particular das famílias. As casas dos levitas não estavam incluídas neste regulamento, mesmo quando ficavam dentro das cidades muradas. O ideal dos israelitas sempre

Page 30: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

era que cada um possuísse suficiente terreno, com casa, horta, pomar e curral, para seu sustento próprio. Qualquer mão de obra perita, ou qualquer viagem de negócio, seria em esforço extra para os que queriam “progredir”.Comentário Bíblico Moody: 25.31 casas das aldeias não têm muro. Uma casa em uma aldeia sem muro, contudo, estava sujeita ao mesmo regulamento, da terra prometida (vv. 25-28). 25. 32-34 As cidades levitas. No caso dos levitas, as leis do Ano do Jubileu que comumente se aplicavam à terra, eram também aplicadas às suas casas, quer estivessem em cidades muradas quer não. Suas terras não poderiam ser jamais vendidas.25.35-55 O segundo efeito do ano do Jubileu apresenta-se nos versículos restantes do capítulo. 25.35-37 Teu irmão. Refere-se a um indivíduo israelita. Empréstimos feitos a amigos necessitados não deviam envolver juros. Antes, os necessitados deviam ser ajudados, permitindi-se-lhes que residissem com alguém da comunidade e que desfrutasse dos mesmos privilégios de um estrangeiro ou peregrino, o qual, embora não pudesse possuir a terra, tinha permissão de acumular propriedade e viver confortavelmente como homem livre. v.38 Eu sou o Senhor vosso Deus. Como Aquele que os criara, e que os libertara da escravidão no Egito, Deus tinha autoridade para impor este regulamento.

Texto áureo: Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus

(Romanos 8: 20,21).

Leia Levítico 25: 39-55.

Quando soava a trombeta da libertação (v.9), o escravo recuperava sua liberdade, o pobre suas posses, as famílias eram reunidas outra vez, e cada herança voltava ao verdadeiro dono. Este restabelecimento da ordem original desencadeava uma alegria feral, figura do que Israel irá conhecer, e o mundo inteiro também, quando Satanás for preso e a criação, por outro lado, for libertada do cativeiro. Até hoje a criação geme eestá em “dores de parto”, mas então, sob o domínio de Cristo, se regozijará na liberdade da glória dos filhos de deus (Romanos 8:21). Assim como um homem pobre que se tinha vendido a um estrangeiro (v. 47), também o povo de Israel, que havia perdido a herança por sua própria culpa, irá reavê-la definitivamente finalmente da mão daquele que a adquiriu: Cristo, o verdadeiro Boaz (Rute 4).Se, no que concerne à Sua criação, Deus terá a última palavra, podemos ter a certeza de que Ele também libertará completamente cada um dos que lhe pertencem. Um irmão em Cristo pode ter se privado da alegria de sua herança e se tornado espiritualmente pobre. O pensamento do Senhor é restaurar tal pessoa em graça, limpando todo o passado (Ele não nos diz para investigarmos o motivo de tal pessoa ter se tornado pobre) e dar-lhe uma nova alegria nos tesouros celestiais.

COMENTÁRIOS

25. 39-42 Comparar com Êx 21.2, que coloca o sexto ano como limite para um hebreu servir ao seu senhor, ainda que tenha sido comprado.25.49 Parente. Heb gõ´el, que, tem dois sentidos: 1) Redentor, alguém que liberta mediante um pagamento; 2) Vingador, alguém que exige a prestação de contas por algum dano feito. Em ambos os casos, o gõ´el era um parente próximo, que cuidava dos interesses da família. O “Redentor” é um belo tipo de Cristo: 1) Redimi pessoas e heranças, Gl 4. 5; Ef 1. 7,11,14; 2) O redentor tinha que ser um parente, Rt 3. 12,13; Gl 4. 4; Hb 2. 14,15; 3) O REDENTOR TINHA QUE POSSUIR CONDIÇÕES PARA REDIMIR, Rt 4. 4-6; Jr 50. 30; Jo 10. 11,18; 4) A obra do redentor se completa ao pagar satisfatoriamente o justo preço exigido 25.27; 1 Pe 1. 18,19, Gl 3. 13. Veja Pv. 23. 11e, sobre “Vingador” Nm 35.12.

Texto áureo: E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos

( 2 Coríntios 6;16).

Leia Levítico 26: 1-13.

Há dois princípios divinos que sempre andam juntos: um é a soberana graça – admiramos sua atividade no capítulo 25. O outro é o governo, assunto deste capítulo. Enquanto Deus, de um lado, dá sem impor condições; por outro, Ele cuida de que cada um colha o que semeou. O Senhor se esforça para advertir Seu povo das conseqüências, boas ou más, da conduta boa ou má deles. E como Ele sempre tem em vista o bem, ele começa a descrição das bênçãos que Israel terá se andar em obediência, não pelas ameaças, mas pelas promessas encorajadoras. Sem dúvida, essas são bênçãos terrenas em contraste com as dos cristãos, que são abençoados “com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo” (Efésios 1.3). Mas uma das promessas do Senhor, de valor incomparável, é compartilhada tanto por Seu povo terreno quanto pelo povo celestial: é a que está no versículo 12, que Paulo citou aos coríntios: “Andarei entre vós e serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo”. Isso transmite a mesma responsabilidade que Israel tinha para os cristãos: separa-se completamente de toda idolatria (2 Coríntios 5: 16).está em “dores de parto”, mas então, sob o domínio de Cristo, se regozijará na liberdade da glória dos filhos de deus (Romanos 8:21). Assim como um homem pobre que se tinha).26. 1-46 Na sua maioria, este capítulo é profético em relação à história de Israel: 1) Introdução, 1 – 2; 2) Obediência e bênção, 3-13; 3) Desobediência e castigo, 14-39; 4) arrependimento e restauração, 40-45; 5) Conclusão. Este capítulo deve ser comparado com Dt. 28,29,30.26.1 Quatro abominações ao Senhor: 1) Ídolos, Heb ‘elilim, “coisas de nada”, deuses de barro ou de terra-cota; 2) Imagem de escultura, heb pesel, um ídolo esculpido na pedra;3) Coluna, heb maçç~ebhâh lit “alguma coisa de pé”, no caso uma pedra

Page 31: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

memorial ou coluna, usada para propósitos idolátricos; 4) Pedra com figuras ou imagem. Inclinardes. Perante a imagem, curvando-se na sua direção; isto é um ato de culto reservado unicamente a Jeová, Êx 20.4,8.26.3 As bênçãos da aliança de Deus com Israel eram baseadas na obediência de Israel às leis de Deus. As promessas de Deus nunca falham mas a nação de Israel freqüentemente desobedecia às leis de Deus, e fazia sobre si mesmo Seus julgamentos severos. Todas as leis religiosas, morais e econômicas fazem parte de uma única Ordem Divina, feita para o próprio bem do homem, Dt 28. As bênçãos eram: 1) Abundância de chuva, 4; 2) Grandes colheitas na terá, 4-5; 3) Pás na terra (6),, incluindo a libertação de animais nocivos e da espada; 4) Vitória sobre os inimigos (7), mesmo sobre os de grande superioridade; 5) O multiplicar-se grandemente, 9; 6) A presença de Deus habitando no meio do povo, 11-12.26.4 Na Palestina, nos tempos antigos costumava haver chuvas copiosas na primavera. Todavia, depois em um época de vários séculos, durante a qual a seca tornou o estado normal na Palestina, começa a haver sinais de que estas chuvas regulares estão voltando àquela normalidade.26.9 Minha aliança. Cf Gn 12.2; 13.16; 15.5; 17.5-6; 18.18; 22.17-18.26.12 Especialmente na nuvem de glória chamada Shehkînãh, que ficava entre os querubins, sobre o “trono de misericórdia”, ou seja, o propiciatório no Santo dos Santos.26.13 Quando escravos no Egito, suas costas tinham sido curvadas; como bois na canga Tinham carregado e puxado vários fardos. Deus os libertou da escravidão do Egito, fazendo-os tornar a andar eretos.

Texto áureo: Filhinhos, guardai-vos dos ídolos

(João 5:21).

Leia Levítico 26: 14-33.

O Senhor mais uma vez advertiu previamente o Seu povo contra a idolatria (v.1). Infelizmente - uma palavra do profeta Amós será necessária (Amos 5: 25-27), citada por Estevão (Atos 7: 42, 43) para nos fazer saber - enquanto estava no deserto, a casa de Israel se prostrou diante dos ídolos que fizeram para eles mesmos e, em particular, ao abominável Moloque (ver 20:1-5). “Essa é a razão pela qual todas essas ameaças, de crescente severidade, foram cumpridas em futuro distante sobre a nação humana” Para quebrá-lo, Deus tem de desferir golpes cada vez mais fortes. Bem, às vezes Ele é forçado a nos tratar da mesma maneira! Ele começa nos corrigindo gentilmente e, se não escutar-mos, Sua vos se torna mais e mais urgente. Provérbios 29:1 nos avisa: “”O homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz será quebrantado de repente sem, que haja cura. Que aprendamos a reconhecer imediatamente a voz do Senhor e não recusar Sua correção ( Salmo 141: 5). Porque Ele nos ama, Ele jamais nos castigará além do necessário para que a lição seja aprendida. Porque Ele é fiel, Ele persistirá até o fim para assegurar que essa paciente obra trará nossos pensamentos e coração de volta a Ele.

COMENTÁRIOS

16.14,25 O povo fora prevenido contra cinco pecados: 1) De n ao escutar a Jeová; 2) De não cumprir Seus mandamentos; 3) De rejeitar os estatutos de Jeová; 4) De aborrecer aos juízos de Jeová; 5) De violar a aliança com Deus.26.16 Esta ameaça se tornou uma realidade em várias ocasiões, Jz 6.4; 1 Sm 12.19.26.18 O propósito em disciplinar a nação era para levá-la a se arrepender dos seus maus caminhos e voltar paras seguir ao Senhor. O desejo de Jeová era perdoar e abençoar, mas isto dependia de Israel se arrepender do mal, para seguir e obedecer ao Senhor.26.19,26 Ambos os versículos falam de uma seca extremamente severa que resultaria em fome nacional. A nação, orgulhosa, precisava ser humilhada várias vezes, e de varias maneiras.26.25 Aliança. Para haver uma aliança, mais de uma pessoa é envolvida. Nessa aliança, Jeová e Israel tinham feito votos de fidelidade e de lealdade, um para com o outro.26.26 Pão. Usualmente a palavra “pão” referia-se a qualquer alimento, mas aqui se refere especialmente à farinha de trigo cozida no forno. A expressão “quebrar o cajado do pão” significava retirar o esteio, suporte ou arrimo, que era o pão de cada dia, cancelar o sustento e reduzir à pobreza grave, à penúria. Entregarão por peso. Descreve uma escassez que determinaria o racionamento, Jr 14.18; Ez 5.12.26.29 Isto aconteceu no cerco de Samaria (2 Rs 6.28), e também no ano de Jerusalém, noAno de Jerusalém, no ano 70 d.C., quando o povo estava morrendo de fome. Flávio Josefo nos traz um relatório terrível sobre um soldado que descobriu uma mulher, chamada M<ária, comendo o seu próprio filho, depois de havê-lo assado; cf Dt 28. 53-57; Jr 19.9; Lm 3.30; 4.20; Ez 5.10; Mt 24.19; Lc 23.29.26.32 Deus aqui apresenta a punição que seria dada ao seu povo por causa da sua persistente desobediência e descuido com a aliança. A admoestação é ampliada em Dt 28.58-67. A punição foi o cativeiro na Babilônia, em 587 a.C.26.33 Até hoje, o povo judeu está espalhado entre as nações. Tudo isto foi cumprido quando as tribos do norte foram conquistadas e levadas cativas entre os territórios conquistados pelos assírios, e, quanto às tribos do sul, quando os babilônios levavam o povo para o cativeiro em 587 a.C. 2 Rs 17.

Texto áureo: E o servo que soube a vontade do seu senhor e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites. Mas o que a não soube e fez coisas dignas de açoites com poucos açoites será castigo. E a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se confiou, muito mais se Lhe pedirá.

(Lucas 12:47-48).

Leia Levítico 26: 34-46.

Page 32: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

Os direitos de Deus serão reconhecidos de uma maneira ou de outra. Se a nação não observar o sábado dos anos prescrito no capítulo 25, o Senhor irá lhes obrigar a fazer isso, arrancando-os à força da terra que é dele. Por assim dizer, Israel não cumprirá as condições de arrependimento impostas pelo Proprietário das terras. E essa será uma das razões para o cativeiro da Babilônia (leia 2 Crônicas 36: 20-21).As conseqüências do pecado de Israel de fato serão terríveis. Deus é mais severo com seu povo do que é com as outras nações. A responsabilidade deles certamente é muito maior. Os oráculos divinos lhes foram confiados. Eles estão em um relacionamento com o verdadeiro deus cujo nome, através deles, é blasfemado entre os gentios (Romanos 3:2; 2:24). Mas se deus tem sido mais exigente com Israel do que som as nações pagãs, você não acha que Ele teria de ser ainda mais com aqueles que, como nós, têm Sua Palavra nas mãos, ou que foram criados por pais cristãos? “Àquele a quem o muito foi dado, muito lhe será exigido” (Lucas 12:48).Observe também que a confissão dos pecados (v.40) e a aceitação da punição (v. 43) eram as condições para a restauração.

COMENTARIOS

26.34 O cumprimento destas palavras se vê no cativeiro babilônico. Do rei Saul ao cativeiro foram aproximadamente 490 anos; um período durante p qual 70 anos sabáticos tinham sido negligenciados pelos hebreus. Sendo que o cativeiro durou 70 anos, a terra recebeu o repouso prescrito pela Lei de Deus.26.39 Já no período dos juízes, as punições divinas vieram sobre os hebreus. Nas épocas de punição o povo se arrependia, sendo então perdoado e libertado; então a geração seguinte abandonava ao Senhor.26. 40-46 A aliança com Abraão não devia ser anulada pela futura desobediência de Israel, mas continuaria a existir dentro das condições que a governavam. Se em qualquer momento Israel se arrependesse dos seus pecados, voltando-se para Jeová, então a terra seria devolvida àquela nação. Assim aconteceu depois da queda da Babilônia em 539 a.C., quando o restante do povo recebeu licença de voltar à Palestina sob a direção de Zorobabel.26. 41 Coração incircunciso. Um coração não purificado, não dedicado a Deus, endurecido e impassível à vontade divina. Tomarem eles por bem. A expressão que ocorre também no v.43, e nos vv 34 e 43, se traduz “folgará”. Vem do verbo hebraico rãçâh, que significa “desejar”, “ter prazer”, Pv 31.13n. O castigo seria para o bem porque produziria o resultado almejado: o verdadeiro arrependimento e a conseqüente volta às bênçãos de Jeová, com que Ele tão ansiosamente desejava agraciar a Israel. * N. Hom. Esperança para Israel (vv 40-46). Se confessarem: 1) Os seus próprios pecados, 40; 2) As iniqüidades dos seus pais, 40; Dn 9.3-19, entendendo: a) que tinha provocado ficar Deus contra eles, 41; b) que Deus esperava de Israel aceitasse bem os Seus castigos, 41. Então Deus sés lembraria: 1) Da Sua Aliança com os patriarcas, 42; 2) Da sua promessa para com Israel, aindaComentário Bíblico Moody – 26: 40-42 Mas se confessares a sua iniqüidade. Se, contudo, Israel percebesse e confessasse que o seu castigo provinha de Deus, justo e merecido pela rebeldia e perversidade dos corações do seu povo, então Deus se lembraria da aliança feita com os parentes.26.43 Mas a terra... folgará nos seus sábados. Mesmo tendo Israel de abandonar sua amada terra, a qual por isso ficaria inculta, e mesmo sofrendo por algum tempo o castigo do seu pecado, ela se arrependeria e seria perdoada, e a aliança seria renovada pelo Senhor, seu Libertador da escravidão do Egito.

Texto áureo: E não somente fizeram como nós esperávamos, mas também a si m,esmos se deram primeiramente ao Senhor e depois a nós, pela vontade de Deus

(2 Coríntios 8:5).

Leia Levítico 27: 1-15.

Este capítulo trata sobre os votos que os filhos de Israel podiam fazer e a maneira pela qual o sacerdote deveria avaliá-los. No capítulo 30 de Êxodo, nossa atenção é dirigida ao fato de que o preço da redenção era igual para todos. De fato, isso não é uma questão que representa nossa salvação, mas, sim, a capacidade que cada um tem. Redimidos pelo mesmo preço, o preciso sangue de Cristo, todos os filhos de Deus estão longe de estar no mesmo nível espiritual ou de ter a mesma aptidão para o serviço. E o sacerdote deve intervir para avaliar a obra de cada um: “segundo a avaliação do sacerdote, assim será” (v.12). Nós, que criticamos tão facilmente o que os outros fazem ou n ão fazem, não nos esqueçamos de que o único que julga é o Senhor (1 Coríntios 4:4-5).Pessoas, animais ou casas, tudo poderia ser consagrado ao Senhor. De fato, não temos nada mais precioso para oferecer ao Senhor do que nós mesmos. Isso foi o que os apóstolos diz: “Porque eles, testemunho eu... deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor e, originada dessa oferta inicial, toda obra deles espontaneamente abundou em alegria ( 2 Coríntios 8:2-5).

COMENTÁRIOS

27. 2 Voto. Heb. nedher, da raiz nãdhar “prometer”. Era uma decisão voluntária da parte de algum israelita, para se dar a si mesmo e as suas possessões a Jeová. Sendo que nem toda pessoa que fazia votos teria a oportunidade de servir no Tabernáculo, os que não o podiam fazer pagariam seus votos através de grandes ofertas. O tamanho da oferta era decidido pelo sacerdote, conforme as possibilidades do ofertante. O Novo Testamento nada fala de tais ordenanças, sendo que o amor de Cristo é tão grande que nossa única resposta lógica é a dedicação da nossa vida inteira, Rm 12. 1-12; 1 Co 6. 19,20. Comparemos este texto com Gn 28. 18-22; Sl 56.12; 66.13; 116.12. Pessoas e posses prometidas para o serviço de Jeová podiam ser regatadas, exceto no casa de que tratasse de um animal trazido como oferta, 7.17; Nm 30.27.13 A adição da quinta parte, 20% sobre o valor do voto, servia para impedir que os servos de Deus fizessem votos impensados.

Page 33: ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO CAPA

Texto áureo: Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade

(2 Timóteo 2:15).

Leia Levítico 27: 16-34.

Deixemos que o Senhor estime e avalie o que os outros fazem! Mas também não nos preocupemos por alcançar a aprovação dos que nos rodeiam. Não esperemos que os homens nos atribuam mais do que ao nosso Senhor, ao qual avaliaram por apenas trinta moedas de prata (Zacarias 11: 11-12). Ao invés disso, convém, que nos esforcemos por nos apresentar aprovados diante de Deus (2 Timóteo 2:15).No livro de Levítico, analisamos o sacerdote e sua função, e agora chegamos ao fim do nosso livro - cujo estudo é às vezes árduo, mas nos permite voltar nossa atenção a Jesus, nosso Sumo Sacerdote” E somos capazes de reconhecer Seu envolvimento em cada área da vida de seu povo. Para nossa salvação, Ele entrou no santo lugar pelo Seu próprio sangue, obtendo para nós eterna redenção. Para nosso andar diário, Ele nos mantêm livres de toda impureza. E, finalmente, para o serviço, Ele é, neste capítulo, Aquele que avalia tudo de acordo com o seu valor genuíno! Infelizmente, existem cristãos que estão prontos para receber a salvação, mas depois disso preferem que o Senhor não Se envolva com as questões deles. Para estes, talvez seja necessário passar por experiências tristes, como lemos no capítulo 26, até que as afeições deles despertem. Que O Senhor nos dê a completa confiança em sua Pessoa e em Sua Obra!.

COMENTÁRIOS

27.16 Semente necessária. Aqui vemos a origem da idéia do alqueire, que é uma medida de semente. Hoje, avaliamos o terreno como alqueires vinculados a medidas métricas, o que é injusto, pois algumas áreas de pântano, rochas ou florestas, são impróprias para semente, e desvalorizadas. O valor real da terra é a ceifa que produz.27.22 Dedicar. O verbo em hebraico é hiqdish, “causar a ser gadosh, ou santo”. Não é exatamente “santificar” no sentido ético-religioso: é “separar para o serviço de Jeová” (que é uma parte integrante de ser santo). Esse campo não era livre para ser dado à obra de Deus, já que haveria de voltar para a família que o herdou; era apenas emprestado.27.26 O que já havia sido divinamente decretado e que pertencia ao Senhor, não podia ser votado a Ele. Seria um contra-senso oferecer em voto ao Senhor aquilo que já Lhe pertencia.27.28 Dedicar irremissivelmente. Esta expressão é uma maneira de traduzir uma palavra mais forte do que dedicar. Em hebraico é hãram, que é reservar irrevogavelmente para alguma finalidade. Se é reservada para a destruição, “amaldiçoa” seria uma interpretação. A idéia básica da palavra ser resgatadas porque já haviam sido consagradas ao Senhor e retiradas do uso ou proveito próprio do homem.27.30 O dízimo é uma oferta que proclama que todas as coisas pertencem ao Senhor. Indica que somos gratos a Deus por sua graça, e que nossa dedicação a Ele é total. No Novo Testamento somos admoestados ainda a dar em proporção ao que Deus nos fizer prosperar (1Co 16.1-2; 2 Co 8.7-15; isto porém não significa dízimo, mas oferta, com referência a casos especiais).;27.32 Passar debaixo do Bordão. As ovelhas eram contadas uma a uma conforme passassem debaixo do cajado do pastor.