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2010/2011 2010/2011 A Equipa do CRTIC: Virgílio Ribeiro Adalgisa Babo

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2010/20112010/2011

A Equipa do CRTIC:Virgílio RibeiroAdalgisa Babo

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ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS DE CARÁCTER PERMANENTE

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I- Para se efectuar o levantamento global dos alunos portadores de limitações da área de intervenção do CRTIC, utilizou-se o mapa de recolha de dados que é usualmente utilizado para o ordenamento dos alunos recebidos por estes serviços (Fig. 1), evitando-se assim a utilização de conceptualizações diversas, permitindo uma maior homogeneidade nas nomenclaturas utilizadas. Socorremo-nos, também, do conhecimento pessoal que temos da maior parte destes alunos, para os situarmos nas respectivas classificações, indo ao encontro dos conceitos inerentes propostos no mapa utilizado. Estão sinalizados, neste universo, um total de 368 alunos portadores de limitações, conforme a distribuição registada no mapa, sendo que esta recolha foi solicitada às direcções dos agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas da nossa área de intervenção. A sinalização e avaliação, dos alunos, não é da nossa responsabilidade, embora admitamos a seriedade e o profissionalismo dos profissionais envolvidos. Os dados recolhidos dizem respeito ao mês de Novembro de 2010, inicio do Ano Lectivo.

O mapa utilizado tem como referência os conceitos utilizados pela CIF1, sobretudo no que respeita às funções do corpo (funções do corpo são as funções fisiológicas dos sistemas orgânicos, incluindo as funções psicológicas). Para uma melhor explicação destes conceitos iremos, também, socorrer-nos das definições mais próximas da DSM-IV2 e CID-103 (A CIF propõe: Sensoriais, Visão e Audição; Mentais, Linguagem, Intelectuais, Emocionais, Neuromusculoesqueléticas e Relacionadas com o Movimento; Voz e Fala e Saúde Física). Esta utilização de conceptualizações variadas, trás, em nossa opinião, mais riqueza ao estudo, uma vez que permite uma maior objectividade deste, permitindo, sem preconceitos, utilizar terminologias que de uma maneira transversal percorrem os mais variados universos de profissionais ligados a estas questões, traduzindo-se assim numa maior universalidade e objectividade.

Os dados contidos neste mapa são os números globais de alunos, repartidos pelas respectivas deficiências, limitações, de todos os agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas da área de intervenção deste CRTIC de Chaves, região do Alto Tâmega e Barroso.

Com problemas de visão existem 2 alunos, 4 com problemas de audição, 49 com problemas de linguagem, 252 com problemas intelectuais, 23 com problemas emocionais, 44 com problemas psicossociais globais, 19 com problemas neuromusculoesquelécticos e relacionados com o movimento, 4 com problemas de voz e fala e 6 com problemas de saúde física.

LEVANTAMENTO GERAL

1 Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde.2

DSMIV - Diagnostic and statistical manual of mental disorders (em Português, Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais, 4.ª edição).3 CID10 - Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, Décima Revisão.

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Funções Nível de educação e de ensino

Pré-escolar

1º CEB 2º CEB 3º CEB Ensino Secundário

Sensoriais

Visão 1 1 2Audição 1 2 1 4

Mentais

Linguagem 1 14 24 7 3 49Intelectuais 9 79 72 77 15 252Emocionais 10 4 3 6 23Psicossociais globais 6 15 20 3 44

Neuromusculoesqueléticas e relacionadas com o Movimento

1 7 1 7 3 19Voz e Fala 1 1 2 4

Saúde Física 2 3 1 6Totais 13 121 117 119 33 403

Fig.1

a) Nos problemas de visão englobam-se os alunos com baixa visão e os alunos cegos. A acuidade visual das pessoas com baixa visão é muito variável, mas, em geral a baixa visão é definida como uma condição na qual a visão da pessoa não pode ser totalmente corrigida por próteses, óculos, interferindo com as actividades diárias, assim como a leitura, a condução de automóveis, etc. A baixa visão pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, como resultado de condições tais como degeneração macular, glaucoma, retinopatia diabética, cataratas, etc. Cada uma destas condições causa diferentes tipos de efeitos na visão da pessoa e altera a sua acuidade visual, nunca sendo esta totalmente corrigida com a ajuda das próteses oculares mais vulgares. Obviamente, as pessoas cegas não são capazes de ver. Mesmo assim é verdade que a maior parte das pessoas cegas têm alguma acuidade visual. Para todos os efeitos, pode-se dizer que as pessoas cegas não usam a visão como sentido monitório para as suas actividades diárias, porque o que elas têm de visão útil não é suficiente para as tarefas do dia-a-dia. Segundo a CIF são as funções sensoriais relacionadas com a percepção da presença de luz e a forma, tamanho, formato e cor do estímulo visual e incluindo: funções da acuidade visual; funções do campo visual; qualidade da visão; funções relacionadas com a percepção da luz e cor, acuidade visual da visão ao longe e ao perto, visão monocular e binocular; qualidade da imagem visual; deficiências, tais como a miopia, hipermetropia, astigmatismo, hemianopsia, cegueira para as cores, visão tubular, escotoma central e periférico, diplopia, cegueira nocturna e adaptabilidade à luz.

b) A deficiência auditiva, comummente conhecida como surdez, consiste na perda parcial ou total da capacidade de ouvir, redução da acuidade auditiva. É considerado surdo todo o individuo cuja audição não é funcional no dia-a-dia e considerado parcialmente surdo todo aquele cuja capacidade de ouvir, ainda que deficiente, é

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funcional com ou sem prótese auditiva. Por vezes, as pessoas confundem surdez com deficiência auditiva. Porém, estas duas noções não devem ser encaradas como sinónimos. Sendo de origem congénita, aplica-se a terminologia surdez, quando um indivíduo nasce surdo, isto é, quando não tem a capacidade de ouvir nenhum som. Por consequência, surgem uma série de dificuldades na aquisição da linguagem, bem como no desenvolvimento da comunicação. Por sua vez, a deficiência auditiva é um défice adquirido, ou seja, quando o indivíduo nasce com uma audição perfeita e que, devido a lesões ou doenças, a perde. Nestas situações, na maior parte dos casos, a pessoa já aprendeu a comunicar oralmente, porém, ao adquirir esta limitação vai ter de aprender a comunicar de outra forma. Em certos casos, pode recorrer-se ao uso de aparelhos auditivos ou a intervenções cirúrgicas (dependendo do grau da deficiência auditiva) a fim de minimizar ou corrigir o problema. A CIF define funções auditivas como funções sensoriais que permitem sentir a presença de sons e discriminar a localização, timbre, intensidade e qualidade dos sons, inclui: funções auditivas, discriminação auditiva, localização da fonte sonora, lateralização do som, discriminação da fala; deficiências, tais como, surdez, deficiência auditiva e perda da audição

c) As limitações das funções mentais da linguagem são limitações na linguagem associadas a um défice intelectual. Considera-se a linguagem a habilidade para manipular os símbolos linguísticos (palavras faladas e escritas, gravuras, gestos, sinais gráficos, acústicos, etc.). A fala é a imagem acústica do conceito em si. A linguagem poderá considerar-se como a cadeia de eventos que une o cérebro do falante com o cérebro do ouvinte. O que avaliar nas funções mentais da linguagem, que não devem confundir-se com problemas de voz e fala? Devem ser avaliados os componentes da linguagem ao nível da recepção e da expressão:

FONOLOGIA - Sons característicos da linguagem, regido por regras na distribuição e sequência.

Nível de recepção - Discriminação de sons da falaNível de expressão - Articulação dos sons da fala

MORFOLOGIA - Regras de como as palavras são formadas a partir de elementos básicos e do seu significado.

Nível de recepção - Compreensão da estrutura gramatical das palavrasNível de expressão - Uso das regras gramaticais nas palavras

SEMÂNTICA - A realização linguística do que o falante sabe sobre o mundo, significado das palavras e sentenças.Nível de recepção – Compreensão do significado das palavras e a relação entre

elasNível de expressão - Uso do significado das palavras e da relação entre elas

SINTAXE - Regras de como organizar palavras para formação de frases e sentenças – a relação através dos elementos da sentença.

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Nível de recepção – Compreensão de frases e sentençasNível de expressão - Uso da gramática nas frases e sentenças

PRAGMÁTICA - Regras relativas ao uso da linguagem em contextos sociais.Nível de recepção – Compreensão social e contextual de ideiasNível de expressão - Uso da linguagem para afectar os outros

d) Segundo a CIF, funções mentais da linguagem são as funções mentais específicas do reconhecimento e utilização de sinais, símbolos e outros componentes de uma linguagem e inclui: funções de recepção e decifração da linguagem oral, escrita ou outras formas de linguagem, como por exemplo, linguagem de sinais; funções de expressão da linguagem oral, escrita e de outras formas de linguagem; funções integrativas da linguagem oral e escrita, tais como, aquelas envolvidas na afasia receptiva, expressiva, afasia de Broca, de Wernicke e de condução.

e) Os problemas nas funções mentais intelectuais são usualmente conhecidos como deficiência mental e mais proximamente como deficiência intelectual. Define-se como um funcionamento intelectual significativamente inferior à média dos pares, com manifestação antes dos dezoito anos e com limitações associadas a duas ou mais áreas do comportamento adaptativo, tais como: comunicação; cuidados pessoais; competências sociais; utilização dos recursos da comunidade; saúde e segurança; competências académicas; lazer e trabalho; deficiência múltipla - associação de duas ou mais deficiências.

f) Limitações nas funções emocionais associadas a um défice intelectual, é uma condição em que o aluno exibe uma ou mais das seguintes características de maneira acentuada, que afecta negativamente o desempenho educacional de uma criança:

Incapacidade de aprender que não pode ser explicada por factores sensoriais ou de saúde.

Uma incapacidade de construir ou manter relações interpessoais satisfatórias com os colegas e professores.

Tipos de comportamento ou sentimentos impróprios em circunstâncias normais.

Um clima geral de insatisfação generalizada ou do tipo depressivo. Tendência a desenvolver sintomas físicos ou medos associados a problemas

pessoais ou escolares.Esta terminologia é utilizada, então, para identificar crianças cujo estado de saúde mental faz com que ele ou ela exiba dificuldades extremas em casa, na escola e nas relações com os pares. Crianças com transtornos de humor, ansiedade, défice de atenção, hiperactividade ou distúrbios que são desafiadores opositivos. Estas crianças parecem ser, frequentemente, muito inteligentes e têm, na maior parte dos casos, a capacidade cognitiva para completar trabalhos escolares. Os seus comportamentos são frustrantes e confusos para a sua família, colegas, professores e restantes membros da comunidade. Algumas das características destas crianças incluem:

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- Impulsividade, hiperactividade, ou comportamentos "fora de controlo"; - Episódios de extrema irritabilidade, raiva e explosões de ira; - Humores que mudam rapidamente e, aparentemente, sem motivo; - Tristeza, isolamento, diminuição dos níveis de energia, sem razão aparente;- Rigidez e baixa tolerância à frustração.

g) A CIF define as funções intelectuais como funções mentais gerais, necessárias para compreender e integrar construtivamente as várias funções mentais, incluindo todas as funções cognitivas e o seu desenvolvimento ao longo da vida e inclui as funções de desenvolvimento intelectual, atraso intelectual, atraso mental, demência.

h) As funções psicossociais globais inserem-se nas funções mentais gerais, que se desenvolvem ao longo da vida, necessárias para compreender e integrar construtivamente funções mentais gerais, que levam à formação das capacidades relacionais interpessoais necessárias para o estabelecimento de interacções sociais recíprocas, em termos de significado e de finalidade. Neste universo normalmente a limitação mais comum é o Autismo, por exemplo.

i) Segundo a CIF, funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas com o movimento são as funções relacionadas com o movimento e a mobilidade, incluindo funções das articulações, dos ossos, reflexos e músculos. Inclui deficiências, tais como, fraqueza dos pequenos músculos dos pés e mãos, paresia muscular, paralisia muscular, monoplegia, hemiplegia, paraplegia, tetraplegia e mutismo acinético, hemiparesia e hemiplegia, paraparésia e paraplegia, tetraparésia e tetraplegia, hipotonia, hipertonia e espasticidade muscular, etc.

j) As alterações da voz e fala dizem respeito a problemas nestas funções, exclusivamente, e não está posto em causa qualquer problema do foro intelectual. Segundo a CIF definem-se funções da voz e fala como as funções da produção de vários sons pela passagem de ar através da laringe e inclui as funções de produção e qualidade da voz; funções de fonação, timbre, volume e outras qualidades da voz; deficiências, como, afonia, disfonia, rouquidão, hipernasalidade e hiponasalidade.

K) As condições de saúde física podem definir-se como um termo genérico para doenças agudas ou crónicas, perturbações, lesões ou traumatismos. Uma condição de saúde pode incluir também outras circunstâncias como gravidez, envelhecimento, stresse, anomalia congénita ou predisposição genética. As condições de saúde são codificadas, normalmente, usando a CID-10.

II- Os dados recolhidos apontam para uma conclusão que é uma realidade de há muitos anos a esta data e, conforme o gráfico da figura 2, os problemas relacionados com as funções mentais são os que mais incidência apresentam, sendo os problemas

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intelectuais, aqueles que mais sobressaem, com 238 alunos, seguidos dos problemas de linguagem, com 43 alunos e os psicossociais, com 39 alunos. Os problemas emocionais apresentam 21 alunos. Os problemas sensoriais apresentam menos alunos, 2 com problemas de visão e 4 com problemas de audição, sendo que, com problemas de voz e fala só existe 1 aluno. Com problemas neuromusculoesquelécticos e de movimento existem 16 alunos. Saúde física é um problema, também, com valores baixos, 4 alunos.

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I I I- Em termos percentuais, aponta-se para cerca de 62,53% de problemas intelectuais, sendo esta a percentagem mais relevante (Fig.3). As funções da linguagem representam cerca de 12,16% das limitações, e são as mais representativas logo a seguir às intelectuais, seguindo-se as limitações psicossociais globais, com 10,92% e as emocionais com 5,71%. As funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas com o movimento, apresentam uma percentagem de 4,71%.As restantes funções apresentam valores marginais, quando comparadas com as restantes: 0,99% para a audição e voz e fala, 0,5% para a visão e 1,49% para a saúde física.

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IV- As figuras 4 e 5 apresentam os dados referentes à distribuição do número de alunos pelas diferentes limitações, em cada ciclo de estudos. Os dados apresentados reflectem o que já está verificado nos gráficos anteriores, ou seja uma grande relevância para o défice intelectual em todos os graus de ensino. Destacam-se, a seguir, os problemas de linguagem e neuromusculoesquelécticos. Pode afirmar-se que existe uniformidade na distribuição das limitações pelos diferentes graus de ensino, destacando-se o ensino secundário, em que, apesar da prevalência dos problemas intelectuais, os de mais incidência, logo a seguir, são os emocionais, enquanto nos outros graus aparecem em 2º lugar os problemas psicossociais, linguagem e emocionais, excepto no pré-escolar.

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V- Em relação ao número global de alunos com NEE (Fig.6), verifica-se que o maior número de alunos situa-se no 1º, 2º e 3º CEB, sendo que a diferença, em termos quantitativos, não é acentuada, nestes três ciclos de estudos. A maior disparidade está no pré-escolar, onde só existem 13 alunos e no secundário, com 33 alunos. Pode explicar-se esta discrepância. No caso do pré-escolar, estamos perante um ciclo de estudos em que o enfâse da escolaridade é posto no desenvolvimento global e harmónico do aluno, pelo que não é fácil verificar-se a existência de problemas, a não ser que estes sejam muito evidentes. No caso do ensino secundário, estamos perante um nível de ensino não obrigatório, em que a exigência de pré requisitos é fundamental para a sua frequência, estamos perante um ciclo de estudos não obrigatório, de momento, e em que selectividade é evidente e obrigatória.

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VI- A figura 7 apresenta os dados referentes aos alunos do pré-escolar. De salientar os problemas intelectuais, 9 alunos e os restantes, voz e fala, neuromusculoesquelécticos, Linguagem e audição, com 1 aluno cada.

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VII- A figura 8 apresenta os dados referentes aos alunos do primeiro ciclo de escolaridade. Os problemas de saúde física apresentam 2 alunos, 7 alunos com problemas neuromusculoesquelécticos, 6 alunos com problemas psicossociais, 10 com problemas emocionais, 79 alunos com problemas intelectuais, com problemas de linguagem 14 alunos e 2 com problemas de audição.

VIII- A figura 9 apresenta os dados referentes aos alunos do segundo ciclo de escolaridade. Existem 15 alunos com problemas psicossociais, 4 com problemas

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emocionais, 72 alunos com problemas intelectuais, com problemas de linguagem 24 alunos e com problemas de visão e neuromusculoesquelécticos 1 aluno cada.

IX- A figura 10 apresenta os dados referentes aos alunos do terceiro ciclo de escolaridade. Existem 3 aluno com problemas de saúde física, 7 alunos com problemas neuromusculoesquelécticos, com problemas psicossociais existem 20 alunos, 3 com

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problemas emocionais, 77 alunos com problemas intelectuais, com problemas de linguagem 7 alunos.

X- A figura 11 apresenta o gráfico de dados referentes aos alunos do ensino secundário. Existe 1 aluno com problemas de saúde física, 3 alunos com problemas neuromusculoesquelécticos e 3 com problemas psicossociais, com problemas emocionais existem 6, 15 alunos têm problemas intelectuais, com problemas de linguagem há 3 alunos e os problemas de audição e visão têm cada um 1 aluno.

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No seguimento deste estudo, aparecem-nos, agora, os dados referentes a cada um dos agrupamentos de escolas/escolas não agrupadas da área de intervenção do CRTICChaves. Iniciamos o estudo pelo agrupamento sede do CRTIC, Agrupamento de Escolas Dr. Francisco Gonçalves Carneiro.

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XI- Agrupamento de Escolas Dr. Francisco Gonçalves Carneiro O agrupamento de escolas Dr. Francisco Gonçalves Carneiro apresenta um universo de 3,91% de alunos com NEE. De um total de 1255 alunos, 51 apresentam NEE de carácter permanente em algum dos domínios de referência da CIF. Este universo parece-nos estar dentro dos limites apontados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e outras entidades de referência nestas questões, que apontam para 3,8% da população mundial como portadora de alguma NEE. Este desvio de 0,11% não nos parece significativo.

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XII- Agrupamento de Escolas de Boticas O Agrupamento de Escolas de Boticas apresenta um universo de 3,14% de alunos com NEE. De um total de 493 alunos, 16 apresentam NEE de carácter permanente em algum dos domínios de referência da CIF, segundo os dados fornecidos pelo Agrupamento. Este universo está dentro dos limites apontados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e outras entidades de referência nestas questões.

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XIII- Agrupamento de Escolas de Montalegre O Agrupamento de Escolas de Montalegre apresenta um universo de 3% de alunos com NEE. De um total de 1215 alunos, 38 apresentam NEE de carácter permanente em algum dos domínios de referência da CIF, segundo os dados fornecidos pelo Agrupamento. Este universo está abaixo dos limites apontados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e outras entidades de referência nestas questões.

XIV- Agrupamento de Escolas Nadir Afonso

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O Agrupamento de Escolas Nadir Afonso apresenta um universo de 3,85% de alunos com NEEcp. De um total de 1372 alunos, 55 apresentam NEE de carácter permanente em algum dos domínios de referência da CIF, segundo os dados fornecidos pelo Agrupamento. Este universo está dentro dos limites apontados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e outras entidades de referência nestas questões.

XV- AE Vila Pouca de Aguiar Norte – Pedras Salgadas

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O Agrupamento de Escolas das Pedras Salgadas apresenta um universo de 4% de alunos com NEE. De um total de 480 alunos, 21 apresentam NEE de carácter permanente em algum dos domínios de referência da CIF, segundo os dados recebidos directamente do Agrupamento de Escolas. Este universo parece-nos estar dentro dos limites apontados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e outras entidades de referência nestas questões, que apontam para 3,8% da população mundial como portadora de alguma NEE. Existe um desvio de 0,2% que não nos parece significativo.

XVI- AE Ribeira de Pena _ Cerva

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O Agrupamento de Escolas Ribeira de Pena _ Cerva apresenta um universo de 4,51% de alunos com NEE. De um total de 911 alunos, 43 apresentam NEE de carácter permanente em algum dos domínios de referência da CIF, segundo os dados recebidos directamente do Agrupamento de Escolas. Este universo parece-nos estar um pouco acima dos limites apontados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e outras entidades de referência nestas questões, que apontam para 3,8% da população mundial como portadora de alguma NEE. Existe um desvio de 0,71%.

XVII- AE Valpaços _ Carrazedo de Montenegro

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O Agrupamento de Escolas de Valpaços e Carrazedo de Montenegro apresenta um universo de 4,45% de alunos com NEE. De um total de 1868 alunos, 87 apresentam NEE de carácter permanente em algum dos domínios de referência da CIF, segundo os dados recebidos directamente do Agrupamento de Escolas. Este universo está acima dos limites apontados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e outras entidades de referência nestas questões, que apontam para 3,8% da população mundial como portadora de alguma NEE. Existe um desvio de 0,65% a mais que os limites referidos.

XVIII- Agrupamento de Escolas de Vidago

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O Agrupamento de Escolas de Vidago apresenta um universo de 2,75% de alunos com NEE. De um total de 425 alunos, 12 apresentam NEE de carácter permanente em algum dos domínios de referência da CIF. Este universo está abaixo dos limites apontados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e outras entidades de referência nestas questões.

XIX- Agrupamento de Escolas de Vila Pouca de Aguiar Sul – Vila Pouca de Aguiar

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O Agrupamento de Escolas das Vila Pouca de Aguiar apresenta um universo de 4,47% de alunos com NEE. De um total de 1070 alunos, 50 apresentam NEE de carácter permanente em algum dos domínios de referência da CIF, segundo os dados recebidos directamente do Agrupamento de Escolas. Este universo parece-nos estar dentro dos limites apontados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e outras entidades de referência nestas questões, que apontam para 3,8% da população mundial como portadora de alguma NEE. Existe um desvio de 0,6% que não nos parece significativo.

XX- ES c/ 3º CEB Dr. António Granjo A Escola Secundária com 3º Ciclo Dr. António Granjo apresenta um universo de 2,2% de alunos com NEE. De um total de 662 alunos, nos ciclos de estudos contabilizados para este rácio, 15 apresentam NEE de carácter permanente em algum dos domínios

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de referência da CIF. Este universo está abaixo dos limites apontados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e outras entidades de referência nestas questões.

XXI- ES c/ 3º CEB Dr. Júlio Martins A Escola Secundária com 3º Ciclo Dr. Júlio Martins apresenta um universo de 1,4% de alunos com NEE. De um total de 701 alunos, nos ciclos de estudos contabilizados para este rácio, 10 apresentam NEE de carácter permanente em

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algum dos domínios de referência da CIF. Este universo está muito abaixo dos limites apontados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e outras entidades de referência nestas questões.

XXII- ES c/ 3º CEB Fernão de Magalhães A Escola Secundária com 3º Ciclo Fernão de Magalhães apresenta um universo de 0,7% de alunos com NEE. De um total de 633 alunos nos ciclos de estudos contabilizados para este rácio, cinco (5) apresentam NEE de carácter permanente em algum dos domínios de referência da CIF. Este universo está abaixo dos limites

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apontados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e outras entidades de referência nestas questões.

XXIII- Conclusão (Totais gerais)

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O total de estabelecimentos de ensino públicos da área de intervenção do CRTIC de Chaves compreende um universo de 11083 alunos, contabilizados para este rácio, no total dos cinco ciclos de estudos. Existem quatrocentos e três (403) alunos que apresentam NEE de carácter permanente em algum dos domínios de

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referência da CIF. O rácio do universo dos alunos com NEEcp é de 3,51%. Este universo está abaixo dos limites apontados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e outras entidades de referência nestas questões.No entanto verifica-se que em alguns agrupamentos de escolas o número de alunos portadores de NEEcp pode considerar-se elevado. Nestes casos não temos justificações para esta constatação uma vez que esta questão ultrapassa os objectivos deste pequeno estudo.

Assim, no que respeita à zona do Alto-Tâmega e Barroso, consideramos que estamos dentro dos limites aceitáveis pelas várias organizações mundiais no que respeita à população portadora de alguma necessidade educativa especial.

XXIV- Referências Bibliográficas

UNESCO (1994). Declaração de Salamanca e Enquadramento da Acção na Área das Necessidades Educativas Especiais. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional, (tradução da 1ª ed., UNESCO, 1994)

American Psychiatric Association. DSM-IV-TR – Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais. Climepsi Editores, Lisboa

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