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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO ESTUDO DOS PROCESSOS INTERNOS DA LOJA MICHELI MODAS Rodrigo Normélio Bonanomi Administração Geral TIJUCAS - SC, 2006. UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

ESTUDO DOS PROCESSOS INTERNOS

DA LOJA MICHELI MODAS

Rodrigo Normélio Bonanomi

Administração Geral

TIJUCAS - SC, 2006.

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

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RODRIGO NORMÉLIO BONANOMI

Trabalho de Conclusão de Estágio

ESTUDO DOS PROCESSOS INTERNOS DA LOJA MICHELI MODAS

Trabalho de conclusão de estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ensino Superior III da Universidade do Vale do Itajaí.

TIJUCAS - SC, 2006.

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Dedicatória

Dedico este trabalho a meu pai,

Walmor Bonanomi (in memoriam) com quem

muito aprendi e que partiu

ser ter visto o seu término.

À minha mãe, que torceu para que

eu seguisse em frente. À minha esposa, pelo

carinho e presença constante em todos os

momentos, me estimulando e me incentivando

nessa caminhada.

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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar gostaria de agradecer ao meu orientador, professor e

amigo Luciano Dalla Giacomassa, pela confiança depositada neste trabalho

desde o início.

Agradeço também a generosidade e amizade desde a primeira orientação.

Ao lado deste, agradeço a todos os professores da UNIVALI - Tijucas por

suas contribuições para minha formação acadêmica.

No apoio do trabalho, não posso esquecer da Sra. Maria Gorete e a

Sra. Micheli M. Bonanomi que contribuíram para tornar este trabalho uma

realidade.

Finalmente, agradeço à minha família e esposa, que me apoiaram

incondicionalmente em todos os momentos.

Sem seu amor nenhum esforço faria sentido.

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“Mesmo o melhor dos recursos, humanos e materiais, por excelente que

seja a coordenação, não pode contemplar uma operação vitoriosa se a mira geral da

força total e seu impulso não estiverem centrados no alvo”

Sun Tzu – A arte da guerra.

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EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário:

Rodrigo Normélio Bonanomi.

b) Área de estágio:

Administração Geral.

c) Orientadora de campo:

Maria Gorete Martinenghi.

d) Orientador de estágio:

Prof. Luciano Dalla Giacomassa.

e) Responsável pelo Estágio Supervisionado em Administração:

Prof. Nelson Zunino Duarte.

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão social:

Maria Gorete Martinenghi – ME (Micheli Modas).

b) Endereço:

Rua Marechal Deodoro, 76 – Centro.

88.200-000 – Tijucas – SC.

c) Setor de desenvolvimento do estágio:

Administração.

d) Duração do estágio:

300 horas.

e) Nome e cargo do supervisor de campo:

Maria Gorete Martinenghi – Gerente.

f) Carimbo e visto da empresa.

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

TIJUCAS, 10 de novembro de 2006.

A Empresa Micheli Modas, pelo presente instrumento, autoriza a

Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI, a publicar, em sua biblioteca, o

Trabalho de Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Supervisionado,

pelo acadêmico Rodrigo Normélio Bonanomi.

__________________________________ Maria Gorete Martinenghi

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RESUMO

Muitas empresas fazem constantes esforços para melhorarem seus processos internos com objetivo de se tornarem mais competitivas no mercado atual. Uma empresa não pode fabricar produtos e/ou prestar serviços sem que exista um processo para conduzi-los de maneira adequada, com qualidade e baixo custo de produção. O presente trabalho apresentou com principais objetivos identificar; descrever; estudar os processos internos da Micheli Modas, sendo elaboradas algumas propostas de alterações que, se implementadas, podem vir a contribuir na execução dos processos atuais da loja que atua no ramo varejista de roupas e acessórios para consumidores de Tijucas e região. Trata-se de uma avaliação formativa que utilizou entrevistas semi-estruturadas com a proprietária da loja juntamente com a consultora de modas, incluindo a observação participante do estagiário para o levantamento dos dados. Com os dados coletados, pôde-se então, elaborar um estudo descritivo de forma qualitativa confrontando-os com a fundamentação teórica contida neste trabalho. Para uma melhor visualização desses processos internos, foram construídos diversos fluxogramas e diagramas de fluxo das atividades diárias da loja. Com os resultados obtidos, a loja conheceu melhor seus processos e com as modificações sugeridas, pode melhorar algumas de suas atividades contribuindo para que se torne cada vez mais competitiva no mercado atual, atraindo e satisfazendo cada vez mais clientes. Sabendo que seus concorrentes estão na frente, fica evidente a necessidade de inovação por parte da loja. Para o acadêmico, este trabalho atendeu as expectativas, restando apenas a sua aprovação para depois realizar sua implementação.

PALAVRAS-CHAVE: processos internos, varejo, estudo descritivo.

.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 01.

Figura 02.

Figura 03.

Figura 04.

Figura 05.

Figura 06.

Quadro 01.

Quadro 02.

Quadro 03.

Quadro 04.

Quadro 05.

Quadro 06.

Figura 07.

Quadro 07.

Figura 08.

Figura 09.

Figura 10.

Figura 11.

Figura 12.

Figura 13.

Figura 14.

Figura 15.

Estrutura Linear............................................................................

Estrutura Funcional......................................................................

Estrutura Linha-staff.....................................................................

Estrutura Comissional ou Colegiada............................................

Estrutura Matricial........................................................................

Tipos de Layouts..........................................................................

Símbolos mais usados do Fluxograma Vertical...........................

Símbolos mais usados do Fluxograma Parcial ou Descritivo......

Símbolos mais usados do Fluxograma Global ou de Colunas....

Diagrama de Fluxo de Processo..................................................

Símbolos mais usados do Diagrama de Fluxo de Processo........

Elaboração do Composto Mercadológico....................................

Níveis do produto.........................................................................

Quadro de funcionários................................................................

Layout da Loja..............................................................................

Fluxograma de atendimento por telefone....................................

Diagrama de Fluxo – Atendimento por telefone para consulta

de estoque/preço.........................................................................

Diagrama de Fluxo – Atendimento por telefone para solicitação

de atendimento............................................................................

Diagrama de Fluxo – Atendimento por telefone para

questionamentos diversos...........................................................

Fluxograma de atendimento pessoal para pagamento................

Diagrama de Fluxo – Atendimento pessoal para recebimento

de prestações...............................................................................

Fluxograma de atendimento pessoal para venda de produtos

ou serviços..................................................................................

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Figura 16.

Figura 17.

Figura 18.

Figura 19.

Figura 20.

Figura 21.

Figura 22.

Figura 23.

Figura 24.

Figura 25.

Figura 26.

Figura 27.

Figura 28.

Figura 29.

Figura 30.

Figura 31.

Figura 32.

Figura 33.

Figura 34.

Figura 35.

Quadro 08.

Figura 36.

Diagrama de Fluxo – Atendimento pessoal para venda de

produtos á vista............................................................................

Diagrama de Fluxo – Atendimento pessoal para venda de

produtos á prazo..........................................................................

Diagrama de Fluxo – Atendimento pessoal para serviços de

customização...............................................................................

Fluxograma de atendimento pessoal para trocas de produtos....

Diagrama de Fluxo – Atendimento pessoal para trocas de

produtos com estoque..................................................................

Diagrama de Fluxo – Atendimento pessoal para trocas de

produtos sem estoque..................................................................

Fluxograma de retorno de atendimento.......................................

Diagrama de Fluxo – Retorno de atendimento............................

Fluxograma de compras por intermédio de viagens....................

Diagrama de Fluxo – compras por intermédio de viagens...........

Fluxograma de compras por intermédio de representantes........

Diagrama de Fluxo – compras por intermédio de

representantes.............................................................................

Fluxograma de compras por intermédio de eventos....................

Diagrama de Fluxo – compras por intermédio de eventos..........

Fluxograma de apresentação de contas a pagar.........................

Diagrama de fluxo – pagamento de contas á vista......................

Fluxograma de verificação diária de contas a pagar...................

Diagrama de fluxo – verificação diária de contas a pagar...........

Fluxograma de envio de documentos para a Assessoria

Contábil........................................................................................

Diagrama de fluxo – envio de documentos para a Contabilidade

Quadro resumo dos Processos identificados...............................

Apresentação dos produtos propostos........................................

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SUMÁRIO

1

1.1

1.2

2

2.1

2.1.1

2.2

2.2.1

2.3

2.4

2.5

2.5.1

2.5.2

2.5.3

2.5.4

2.6

2.6.1

2.6.2

2.6.3

2.6.4

2.6.5

2.6.6

2.6.7

2.7

2.7.1

2.7.2

2.8

INTRODUÇÃO.............................................................................

Objetivo Geral e Objetivos Específicos........................................

Justificativa...................................................................................

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................

Administração..............................................................................

Papeis da Administração.............................................................

Estrutura Organizacional..............................................................

Tipos de Estruturas Organizacionais...........................................

Layout..........................................................................................

Organograma e Fluxograma........................................................

Administração da Produção.........................................................

Processos....................................................................................

Serviços.......................................................................................

Estoques......................................................................................

Qualidade.....................................................................................

Recursos Humanos......................................................................

Clima Organizacional e Qualidade de Vida.................................

Pessoas.......................................................................................

Recrutamento e Seleção..............................................................

Descrição de Cargos....................................................................

Salários........................................................................................

Treinamento.................................................................................

Avaliação de Desempenho..........................................................

Administração Financeira.............................................................

Demonstrações Financeiras........................................................

Planejamento Financeiro.............................................................

Administração de Marketing.........................................................

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16

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17

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2.8.1

2.8.2

3

3.1

3.2

3.3

3.4

4

4.1

4.2

4.3

5

5.1

5.1.1

5.1.2

5.1.3

5.2

5.2.1

5.2.2

5.2.3

5.2.4

5.3

5.3.1

5.3.2

5.4

5.4.1

5.5

5.6

Composto de Marketing...............................................................

Concorrentes................................................................................

MÉTODO.....................................................................................

Delineamento...............................................................................

População....................................................................................

Coleta de Dados..........................................................................

Tratamento e análise dos Dados.................................................

A EMPRESA................................................................................

Histórico da Organização.............................................................

Considerações sobre a Empresa.................................................

Estrutura Física............................................................................

ESTUDO DOS PROCESSOS......................................................

Atendimento aos Clientes............................................................

Atendimento por Telefone............................................................

Atendimento Pessoal...................................................................

Considerações.............................................................................

Compras.......................................................................................

Viagens........................................................................................

Representantes............................................................................

Eventos........................................................................................

Considerações.............................................................................

Área Financeira............................................................................

Contas a Pagar............................................................................

Considerações.............................................................................

Processo Terceirizado.................................................................

Considerações.............................................................................

Marketing e suas Considerações.................................................

Recursos Humanos......................................................................

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57

59

59

59

60

60

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61

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5.6.1

5.6.2

5.6.3

5.7

6

7

8

Salários........................................................................................

Recrutamento e Seleção..............................................................

Treinamento.................................................................................

Resumo dos Processos...............................................................

PROPOSTAS...............................................................................

CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA................................................

Folhas de Assinaturas...............................................................

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1 INTRODUÇÃO

Nos últimos anos o Brasil passou por grandes modificações em sua estrutura,

tanto mercadológica quanto econômica. Sendo um fenômeno mundial, a globalização

foi responsável por desafiar o país a entrar em um cenário de competição internacional

dando espaço à livre concorrência. A mudança no mercado deixou de ser constante

para tornar-se inesperada. É nesse momento que as ameaças podem ser vistas como

oportunidades.

O milênio já chegou e com ele, uma nova era de competição global nas quais, as

práticas gerenciais aceitas serão as referências para o crescimento de alguns

empreendedores. Para que as empresas sobrevivam, os administradores terão que

aprender a elaborar novas fórmulas para o sucesso e estabelecer metas desafiadoras e

exeqüíveis.

O aumento da competitividade é item fundamental para a maior inserção das

micro e pequenas empresas nos mercados e para surgimento de novas, resultando nos

esforços empreendidos no sentido de elevar a qualidade de seus produtos e a

produtividade de seus processos de fabricação.

O novo ritmo do mercado será marcado pela mudança da velocidade, unindo a

capacidade humana para gerenciar com eficiência e a agilidade nos processos internos.

Melhorar estes processos passou a ser um desafio que acompanha as exigências do

mercado, sendo que, hoje a maior preocupação está em conquistar novos clientes e

fidelizar ainda mais os que já possuem.

Sendo assim, este trabalho visa conhecer os processos administrativos para a

Micheli Modas, empresa familiar situada em Tijucas há mais de 20 anos, atuando no

mercado de revenda de multimarcas.

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1.1 Objetivo geral e objetivos específicos

O objetivo geral deste trabalho consiste em desenvolver um estudo descritivo

dos processos internos da Micheli Modas.

Os objetivos específicos são demonstrados na seqüência abaixo:

• Identificar os processos atuais da empresa.

• Descrever os processos atuais da empresa.

• Desenvolver um estudo descritivo dos processos.

• Propor alterações caso necessário.

1.2 Justificativa

Este trabalho é de grande importância para a empresa, uma vez que foram

analisados os seus processos e elaboradas propostas de alterações que possam vir a

melhorá-los.

Para o acadêmico, este trabalho foi de grande importância, uma vez que foram

testados alguns dos muitos conceitos aprendidos ao longo do curso. Já para a

Universidade e demais acadêmicos poderá ser usado como fonte de consulta.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

No presente capítulo serão abordados alguns conceitos de Administração que

serão utilizados para fundamentação teórica deste trabalho.

2.1 Administração

A administração é um ato de se planejar, organizar, controlar e direcionar uma

empresa. Visa também à obtenção dos objetivos práticos.

Para Maximiano (2000, p. 25), “administrar é o processo de tornar, realizar e

alcançar ações que utilizam recursos para alcançar objetivos”.

Segundo Maximiano (2000), administrar trata-se de um processo de tomada de

decisões e realizações de ações compreendendo quatro processos:

� Planejamento: definir objetivos, atividades e recursos para empresa.

� Organização: definir trabalhos e responsabilidades.

� Direção ou execução: realizar atividades e utilizar meios variáveis para

chegar aos objetivos.

� Controle: certificar a realização dos objetivos e identificar a necessidade de

correções.

Outro conceito de administração cabe a Kwasnicka (1993, p. 18), “administrar é,

portanto um processo pelo qual o administrador, cria, dirige, opera e controla uma

organização”.

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2.1.1 Papeis da Administração

Para dirigir uma organização, o administrador deve possuir conhecimentos em

cada parte dela. Uma das principais tarefas que o administrador desempenha é a de

organizar a empresa para atingir seus objetivos.

Segundo Lacombe e Heilborn (2003, p. 3), “a essência do papel do administrador

é a obtenção de resultados por meio de terceiros, do desempenho da equipe que ele

supervisiona e coordena”.

Ainda, segundo os mesmos autores, o administrador necessita de mais algumas

habilidades que são:

� Comunicação e expressão: estabelecer comunicação pessoal, expressar-se

corretamente em documentos e compreender a realidade da empresa.

� Raciocínio lógico, crítico e analítico: desenvolver fórmulas matemáticas e

estabelecer relações formais e causais entre acontecimentos, além de, com uso

de sua criatividade relacionar-se diante dos diferentes contextos da organização.

� Visão sistêmica e estratégica: perceber o todo administrativo de modo

integrado.

� Criatividade e iniciativa: colaborações com modelos de gestão.

� Negociação: resolver problemas com flexibilidade.

� Tomada de decisão: ordenar atividades e programas escolhendo opções e

verificando riscos.

� Liderança: escolher planos adequados de ação com a intenção de atender

aos interesses pessoais e organizacionais.

� Trabalho em equipe: selecionar estratégias privilegiando a atuação de

objetivos comuns.

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2.2 Estrutura Organizacional

De modo geral, toda organização necessita estar estruturada. Uma estrutura

representa um arranjo dos elementos de uma organização. Em outras palavras, é a

integração e a maneira em que se apresentam os elementos constituintes de uma

organização.

Uma organização segundo Oliveira (2000), é a ordenação e o agrupamento de

atividades e recursos, com a finalidade de chegar aos objetivos estabelecidos.

Para Slack et al. (1997), os diferentes tipos de empresas, adotam estruturas

organizacionais definindo funções como:

� Funções de produção.

� Funções de marketing.

� Funções contábil-financeiras.

� Funções de desenvolvimento de produtos e serviços.

Para Gurgel (2001, p. 27), “uma organização natural seria, então um conjunto de

atividades afins e coordenadas, formada pela unificação de múltiplas e diferentes

tarefas com o intuito de gerar valor para o cliente”.

Segundo Cury (2000, p. 216), estrutura organizacional é “o arranjo dos

elementos constitutivos de uma organização, ou seja, é a forma mediante a qual estão

integrados e se apresentam os elementos componentes de uma empresa”

Já para Rocha (1995), a estrutura organizacional é uma combinação dos

elementos que constituem uma organização.

2.2.1 Tipos de Estruturas Organizacionais

Existem tipos de estruturas organizacionais que hoje, são adotados por muitas

organizações. Cada tipo de estrutura organizacional apresenta vantagens e

desvantagens particulares.

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20

Para Rocha (1995), as estruturas organizacionais dividem-se em:

� Estrutura Linear: representada graficamente por uma pirâmide, sendo que a

autoridade é mantida em linha reta de cima para baixo.

Figura 01. Estrutura Linear. Fonte: Rocha (1995, p. 127).

Para Cury (2000), a estrutura linear apresenta as seguintes vantagens e

desvantagens:

Vantagens: fácil aplicação, apresenta facilidade na transmissão de ordens, na

comunicação entre pessoas e na tomada de decisão, tem claramente definido as

responsabilidades e é de baixo custo administrativo.

Desvantagens: não favorece a especialização, torna-se rígida, tem sobrecargas

administrativas em cargos altos, não favorece o trabalho em equipe, exige ainda que a

chefia seja excepcional e dificulta o processo de mudança das chefias.

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� Estrutura Funcional: parte do princípio que todo colaborador deveria ser

acompanhado por encarregados especializados, separando a preparação da execução.

Figura 02. Estrutura Funcional. Fonte: Rocha (1995, p. 129).

Apresenta as seguintes vantagens e desvantagens segundo Cury (2000):

Vantagens: favorece a especialização e o aperfeiçoamento pessoal, tem

possibilidades crescimento dentro da organização, auxilia na produção de trabalhos em

equipes facilitando a adaptação das capacidades e aptidões às determinadas funções

tornando organização de produção mais flexível.

Desvantagens: é de difícil aplicação e manutenção da disciplina, requer maior

esforço de coordenação, tem divisão no controle, tem custo elevado e apresenta

dificuldade na formação de chefes de setores.

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� Estrutura de Linha-Staff: segue as mesmas características da estrutura de linha,

contudo, possuem assessorias com a finalidade de prestar suporte aos diretores ou

chefes de setores.

Figura 03. Estrutura Linha-staff. Fonte: Rocha (1995, p. 131).

Para Cury (2000), a estrutura de linha-staff apresenta as seguintes vantagens e

desvantagens:

Vantagens: facilita a aparição de especialistas em qualquer setor, melhora o

processo de qualidade do setor, torna a organização facilmente adaptável a suas

necessidades, utiliza em maior grau a divisão do trabalho e promove maior eficiência.

Desvantagens: requer habilidade de coordenação das assessorias, apresenta

conflito de sugestões, idéias e ordens, além disso, a assessoria tende a exercer a

autoridade indevidamente.

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� Estrutura Comissional ou Colegiada: estrutura normalmente encontrada em grandes

empresas, apresentando um órgão chamado, colegiado ou conselho, que é formado

por membros da organização, fazendo valer a vontade da maioria e passando as

decisões para um responsável pela execução que normalmente é o presidente da

empresa.

Figura 04. Estrutura Comissional ou Colegiada. Fonte: Adaptado de Rocha (1995, p. 132).

Possui as seguintes vantagens e desvantagens segundo Cury (2000):

Vantagens: Facilita a participação de especialistas de outros setores, tem

julgamento impessoal e permite uma visão geral da organização.

Desvantagens: apresenta responsabilidades divididas, fraqueza na direção de

operações cotidianas e demora nas decisões,.

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� Estrutura Matricial: estrutura separada por divisões com a finalidade de criação de

produtos que exijam alto nível de pesquisa. Permitem que o fluxo de trabalho se

desenvolva entre setores funcionais independentes, tornando o chefe do setor, além de

suas responsabilidades, responsável pelos projetos.

Figura 05. Estrutura Matricial. Fonte: Rocha (1995, p. 134).

Possui as seguintes vantagens e desvantagens segundo Cury (2000):

Vantagens: apresenta estabilidade de objetivos pela atenção dispensada tanto

para as áreas funcionais quanto para a coordenação de projetos/produtos, tem visão

dos objetivos dos projetos/produtos por meio da coordenação, desenvolvimento de um

forte e harmonioso trabalho em equipe eliminando a ociosidade além das extensas

cadeias hierárquicas e apresentam um conhecimento especializado.

Desvantagens: substituição de recursos com o objetivo de obter a cobertura

completa dos projetos/produtos, gerando assim, perda na obtenção de economias,

apresenta dificuldades de coordenação devido aos especialistas não serem controlados

por um chefe e insegurança devido à dispensa do grupo no término do projeto.

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2.3 Layout

O layout é uma organização ou distribuição física, facilitando as funções

executadas dentro de um ambiente de trabalho. Visa um aperfeiçoamento na eficiência

na estrutura organizacional da empresa.

Para Cury,

O layout corresponde ao arranjo de diversos postos de trabalho nos espaços existentes na organização, envolvendo, além da preocupação de melhor adaptar as pessoas ao ambiente de trabalho, segundo a natureza da atividade desempenhada, a arrumação dos móveis, máquinas, equipamentos e matéria-prima (CURY, 2000 p. 386).

Segundo Cury (2000), os objetivos do layout são as reduções de:

� Condições de trabalho.

� Fluxos de fabricação.

� Movimentações de pessoas, produtos, materiais e documentos.

� Disposição física dos locais de trabalho, aproveitando os espaços que estão

disponíveis.

Para Lerner, (apud Araujo, 2001), o layout, deve estabelecer a partir de um

estudo planejado dos fluxos de informações relacionados com a distribuição de móveis,

equipamentos e pessoas pelo espaço disponível da forma mais racional possível.

Segue abaixo alguns indicadores que corresponde à má utilização de layout de

acordo com Araujo (2001):

� Demora nos processos administrativos.

� Fluxo confuso do trabalho.

� Acúmulos de pessoas e documentos.

� Má projeção dos locais de trabalho.

� Demora no deslocamento de unidades.

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Existem ainda, informações necessárias para o estudo de layout que, segundo

Araujo (2001), são:

� Levantar o número de pessoas que trabalharam no ambiente e as atividades

que serão desempenhadas.

� Verificar como será a comunicação entre as pessoas e necessidade de

isolamentos (acústico, visual e térmico) dos pontos de trabalho.

� Verificar a necessidade de reservar espaços.

� Iluminação.

� Aberturas (portas e janelas).

� Localização de mesas, cadeiras e equipamentos.

Segundo o mesmo autor, com essas informações pode-se elaborar uma

estratégia para estudo de um layout apropriado seguindo algumas etapas:

� Calculo da área da sala.

� Elaborar uma planta baixa (de acordo com as medidas calculadas).

� Verificar o fluxo das pessoas e dos documentos.

� Determinar as quantidades de móveis e equipamentos e o uso dos mesmos.

� Determinar localizações das instalações elétricas e hidráulicas.

� Preparar maquetes de móveis e equipamentos.

� Apresentar alternativas, implantar e acompanhar quando solicitado.

Temos ainda, segundo Araujo (2001), tipos de layouts que são:

Layout em corredor: proporciona relações entre pessoas e formação de equipes.

Tem como desvantagem o preço das divisórias e espaços perdidos na distribuição das

áreas de trabalho.

Layout em espaço aberto: encontrado em grandes áreas com um grande número

de pessoas. Facilita a comunicação interpessoal, porém tem com desvantagem a

facilidade de distrações das pessoas.

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Layout panorâmico: conhecido como salas individuais, separadas por divisórias

transparentes que não chegam ao teto proporcionando a sensação de privacidade,

permitindo ainda a supervisão da chefia.

Segue, abaixo, figura com exemplos de layout segundo Araujo (2001):

Figura 06. Tipos de Layouts. Fonte: Adaptado de Araujo (2001, p. 89).

2.4 Organograma e Fluxograma

Uma estrutura organizacional necessita de ferramentas que a formalize através

de registros e documentos. Destaca-se o organograma e o fluxograma.

Segundo Ballestero-Alvarez (2000), o organograma é uma ferramenta utilizada

para organizar e determinar a estrutura formal de uma organização ou de setores em

um determinado tempo.

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Para Cury (2000), a estrutura de uma organização pode ser representada de

forma resumida através de um organograma.

O organograma, para Chinelato (2000, p. 105), “é o gráfico que representa a

estrutura organizacional da empresa, ou seja, a disposição e a hierarquia dos órgãos”.

Segundo Ballestero-Alvarez (2000), o organograma tem como objetivos as

definições e estabelecimentos de:

� Divisões dos trabalhos.

� Tipos de relações de autoridades e hierarquias.

� Processos de tomada de decisão.

� Relações funcionais.

Para Oliveira (2000, p. 245), “fluxograma é a representação gráfica que informa a

seqüência de um trabalho de forma analítica, caracterizando as operações, os

responsáveis e ou unidades organizacionais envolvidas no processo” e tem como

objetivo “evidenciar a seqüência de um trabalho, permitindo a visualização dos

movimentos ilógicos e a dispersão de recursos materiais e humanos”.

Segundo Chinelato (2000, p.60), “fluxograma é a representação gráfica do

movimento e operação de pessoas, documentos, ou materiais entre diversas unidades

da organização”.

O fluxograma tem como vantagens segundo Oliveira (2000):

� Visualização real do funcionamento de todas as rotinas do processo,

facilitando o exame das várias partes do sistema e seus pontos fracos e fortes

proporcionando o levantamento e análise dos mesmos.

� Utiliza simbologias para sua melhor compreensão.

� Proporciona a atualização e manutenção dos processos administrativos de

maneira mais adequada visualizando assim as alterações introduzidas, suas

causas e efeitos.

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Para Oliveira (2000), os principais tipos de fluxogramas são:

Fluxograma Vertical: conhecido também como folha de análise de simplificação

do trabalho ou diagrama de processo. Destina-se a representação das atividades mais

simples realizadas na organização. Tem como vantagens à impressão para uso como

formulário padronizado, agilidade no processo de preenchimento apresentando clareza

nas informações e facilidade na compreensão dos usuários. Os símbolos mais comuns

do fluxograma vertical são:

Símbolo Significado Símbolo Significado

Análise ou Operação

Execução ou Inspeção

Permanência temporária ou Passagem

Transporte

Arquivo provisório

Arquivo definitivo

Demora ou Atraso

Quadro 01. Símbolos mais usados do Fluxograma Vertical. Fonte: Oliveira (2000, p. 251).

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Fluxograma Parcial ou Descritivo: descreve os percursos das ações e as

movimentações dos documentos. Bastante usado para levantamentos de rotinas que

envolvam poucos setores, tendo sua elaboração mais difícil. Os símbolos mais comuns

do fluxograma parcial ou descritivo são:

Símbolo Significado Símbolo Significado

Terminal

Operação

Executante ou Responsável

Documento

Arquivo

Decisão

Conferência

Conector de página

Conector de rotina

Sentido de circulação

Informações Orais

Documentos

Material

Quadro 02. Símbolos mais usados do Fluxograma Parcial ou Descritivo. Fonte: Oliveira (2000, p. 254).

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Fluxograma Global ou de Coluna: usado tanto no levantamento de processos e

procedimentos quanto na sua descrição permitindo ainda mostrar o fluxo de

informações e documentos, dentro e fora da empresa apresentando maior versatilidade

por conter um número maior de símbolos. Os símbolos mais comuns do fluxograma

global ou de coluna são apresentados no quadro a seguir:

Símbolo Significado Símbolo Significado

Terminal

Documento

Conector

Informação oral

Arquivo

Conector de rotina

Decisão

Conferência

Inutilização ou Destruição do

documento

Sentido de circulação

Informações Orais

Documentos

Demora ou Atraso

Material

Quadro 03. Símbolos mais usados do Fluxograma Global ou de Colunas. Fonte: Oliveira (2000, p. 257).

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Diagrama de fluxo de processos: segundo Slack, et al. (1997), uma das

ferramentas mais usadas para registrar o método para execução das atividades de um

processo, utiliza símbolos para descrição da seqüência das atividades como:

� Operação - representando um trabalho ou atividade.

� Movimento - transporte de materiais, informações e pessoas.

� Atraso - espera no processo.

� Inspeção - verificação de informações, materiais ou pessoas.

� Estocagem - estoque de materiais ou informações.

Diagrama de Fluxo de Processo

Atividade:

Descrição das Atividades

01

02

03

04

05

06

07

08

09

...

Quadro 04. Diagrama de Fluxo de Processo. Fonte: Adaptado de Slack et al. (1997, p. 161);

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Os símbolos usados do Diagrama de Fluxo são:

Símbolo Significado Símbolo Significado

Operação

Inspeção

Movimento

Estocagem

Atraso

Quadro 05. Símbolos mais usados do Diagrama de Fluxo de Processo. Fonte: Slack et al. (1997, p. 161).

2.5 Administração da Produção

Esta área da administração consiste nas atividades voltadas para a prestação de

serviços ou para a produção de um bem físico, sendo que a sua função representa a

obtenção de recursos destinados à produção de bens ou serviços. Sua maior

preocupação está relacionada com o processo de criação assim como a satisfação dos

clientes.

Segundo Slack et al. (1997, p. 30), “a administração da produção trata da

maneira pelas quais as organizações produzem bens e serviços”.

Sua função, segundo os mesmos autores, representa a união de recursos

destinados à produção de seus bens e serviços.

Para Gurgel (2001), a administração do produto deve ter preocupação com os

desejos dos seus clientes, quando e como necessitam e que preço almejam pagar.

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2.5.1 Processos

A definição dos processos auxilia na estruturação da organização e também nas

implantações de diversos programas dentro da empresa.

Segundo Cruz (1998, p. 84), “processo é a forma pela qual um conjunto de

atividades cria, trabalha ou transforma insumos com a finalidade de produzir bens ou

serviços que tenham qualidade assegurada, para serem adquiridos pelos clientes”.

Para Dellaretti e Drumond (1994, p.11), processo é “um conjunto de causas,

tendo como objetivo, produzir um efeito específico, que é denominado produto do

processo”.

Segundo os mesmos autores, cada pessoa que produz alguma coisa dentro da

empresa, opera meios que resultam em um produto gerando um processo.

Para Cruz (1998), os objetivos de um processo são suas metas representando

os valores medidos do processo (o que, quando e quanto produzir) e seus clientes

internos e externos.

Segundo Cruz (1998), todos os processos são compostos por cinco elementos,

que são tão importantes quantos os próprios objetivos da empresa. Os elementos são:

� Insumos: materiais utilizados na produção de bens e serviços.

� Recursos: dão suporte à produção (determinam a capacidade de produção).

� Atividades: procedimentos para execução dos processos produtivos, que são a

identificação (forma da atividade) e os procedimentos que se dividem em formais

(criados para serem seguidos à risca) e informais (são regras conhecidas pelos

funcionários e não estão descritas nos manuais).

� Informações: definem o processo.

� Tempo: determina o tempo que será utilizado para execução dos processos

produtivos.

Antes de implantar qualquer tipo de programa com a finalidade de melhorar os

processos internos da empresa é necessário conhecer e documentar os processos

atuais.

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Segundo Cruz (1998), dentro da documentação dos processos tem-se duas

fases:

1° Fase: Documentar o processo – Levantar as atividades por meio de

entrevistas, questionários e observação direta.

2º Fase: Documentação das atividades – Documentar o processo através do

formulário de descrição de processo, documentar as funções que compõem o processo,

listar as atividades que fazem parte do processo, documentar as informações de

identificação de cada atividade (natureza da atividade, faixas salariais, perfil do

funcionário, período de funcionamento e os fatores pelos qual o desempenho da

atividade será medido), documentar os procedimentos de todas as atividades para

montar um fluxograma do processo.

2.5.2 Serviços

Os produtos podem ser divididos entre bens e serviços. Hoje existem várias

empresas especializadas na prestação de diversos tipos de serviços.

Segundo Lovelock e Wright (2003), serviço pode ser considerado como um ato

ou execução que cria benefícios para seus clientes por meio de uma transformação

desejada ou em nome do comprador do serviço.

Para Slack et al. (1997), os tipos de operações de serviço são:

� Serviços profissionais: baseados em pessoas com destaque no processo de

como o serviço é executado. São organizações de alto contato, onde clientes

gastam um tempo considerável no processo do serviço, envolvendo altos níveis

de customizações, tornando-se altamente adaptável para atender suas

necessidades.

� Serviços de massa: em grande maioria são baseados em equipamentos

orientados para produtos envolvendo pessoal não qualificado com provável

divisão do trabalho e devendo seguir normas estabelecidas.

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� Lojas de serviços: são caracterizadas por manter níveis de contato com os

clientes e customizações. O serviço é realizado através de combinações de

atividades dos escritórios da linha de frente e de retaguarda, pessoas e

equipamentos, tendo ênfase no produto/processo.

Para Slack et al. (1997, p. 120), as atividades de um projeto em produção têm

como objetivo “promover produtos, serviços e processos que satisfarão os

consumidores”.

2.5.3 Estoques

Estoque é a armazenagem de produtos acabados para venda futura ou de

matérias primas que são utilizadas na produção de bens e serviços. A armazenagem de

mercadorias exige investimento por parte de empresa e pôr esse motivo, muitas

empresas não conseguem suprir seu estoque.

Segundo Slack et al. (1997, p. 381), estoque é definido como “acumulação

armazenada de recursos materiais em um sistema de transformação”.

Para os mesmos autores, não importam o que está sendo armazenado como

estoque, ele existirá porque existe uma diferença no tempo de processo e/ou demora

entre pedido e fornecimento.

Em qualquer ponto no sistema de estoque, os gerentes estão envolvidos com

algumas decisões que segundo Slack et al. (1997), são:

� Quando e quanto pedir.

� Como controlar o sistema (procedimentos e rotinas).

Conforme Dias (1996), a administração de estoque deve minimizar o capital total

investido nos estoques, pois com o seu aumento, o custo financeiro também aumenta.

Seu objetivo é reduzir os investimentos em estoques, aumentando o uso eficiente dos

meios internos da empresa, minimizando as necessidades de capital investido.

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2.5.4 Qualidade

A Qualidade é uma condição que a empresa tem em satisfazer clientes,

consumidores, fornecedores, funcionários e a sociedade em geral melhor do que a

concorrência, obter maior participação no mercado, aprimorar a produtividade dos seus

processos e funcionários e aumentar a lucratividade. Existem atualmente vários

conceitos de qualidade. Na grande média, as definições baseadas nos serviços,

igualam a qualidade à satisfação dos clientes.

Para Lovelock e Wright (2003, p. 102), “a qualidade do serviço é o grau em que

um serviço atende ou supera as expectativas do cliente”.

Segundo Slack et al. (1997, p. 552), “qualidade é a consistente conformidade

com as expectativas dos consumidores”.

2.6 Recursos Humanos

A Administração de Recursos Humanos são ações para melhor estabelecer a

integração dos funcionários com a empresa onde trabalham, influenciando assim sua

produtividade. Trata-se de um conjunto de decisões integradas sobre a relação entre o

empregado e o empregador.

Para Gil (1994), é a área especializada da administração que envolve todas as

ações tendo como objetivo a relação do trabalhador no ambiente da organização e o

aumento da sua produtividade, sendo uma área que trata de recrutamento, seleção,

treinamento, desenvolvimento, manutenção, controle e avaliação de pessoal.

Pode-se, segundo Aquino (1992), definir administração de recursos humanos,

como sendo uma divisão da administração que coordena os interesses dos

empregadores visando adaptar à empresa, um quadro de funcionários motivados,

integrados e produtivos contribuindo para ao alcance dos objetivos organizacionais.

Já para Chiavenato (2002), a administração de recursos humanos tem como

referência à administração de pessoas que participam das empresas e dentro delas

exerçam alguma função.

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Para Robbins (2000), é com o planejamento de pessoas para determinadas

atividades que começa a ação da administração de recursos humanos, descobrindo

assim, à necessidade de fazer mais contratações (recrutamentos), ou de demitir

funcionários.

As políticas de Recursos Humanos tais como: cargos, salários, treinamentos,

avaliações, planejamento de carreiras, etc. segundo Carvalho e Nascimento (2000),

estão dependentes da cultura da empresa e deve se adequar aos objetivos

organizacionais de cada empresa.

Os objetivos da administração de recursos humanos segundo Chiavenato (2002),

são:

� Criar, manter e desenvolver pessoas com competência, motivação e

satisfação para alcançar os objetivos da empresa.

� Criar, manter e desenvolver condições organizacionais de aproveitamento,

desenvolvimento e satisfação absoluta das pessoas, e alcance dos objetivos

pessoais.

� Alcançar eficiência e eficácia por meio das pessoas.

2.6.1 Clima Organizacional e Qualidade de Vida

As empresas vêm sendo influenciadas para enfatizar a qualidade de vida no

trabalho, através dos efeitos dos trabalhadores e com as maneiras de se melhorar a

experiência de uma pessoa no trabalho influenciando seu próprio bem estar psicológico

e a produtividade geral das organizações.

O clima organizacional ocorre entre o funcionário e o seu superior. O

comportamento e a atitude do superior podem muitas vezes interferir na produtividade e

em sua moral para com seus subordinados.

Segundo Maximiano (2000), clima organizacional é o ambiente psicológico criado

pelo gerente. Compreende a maneira de falar, tom de voz, expressão corporal e facial.

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Para Chiavenato (2002), clima organizacional é o ambiente interno existente

entre os membros da empresa, relacionado com o nível de motivação de seus

funcionários, referem-se aqueles motivos que levam a provocação de diferentes

espécies de motivações nos seus funcionários. Assim, o clima organizacional é

adequado quando gera satisfação das necessidades pessoais dos funcionários e na

ascensão da moral. É considerado desfavorável quando proporciona a frustração

daquelas necessidades. Na verdade, o clima organizacional acaba influenciando o

estado motivacional das pessoas e por ele influenciado.

A qualidade de vida no trabalho está relacionada com a satisfação do funcionário

em colaborar com a empresa.

Para Chiavenato (2002), a qualidade de vida no trabalho representa o nível em

que os funcionários são capazes de satisfazer suas necessidades pessoais através de

suas atividades na empresa. Envolve uma série de fatores tais como: a satisfação com

o trabalho executado, as possibilidades de futuro na empresa, o reconhecimento pelos

objetivos alcançados, o salário percebido, os benefícios conseguidos, o relacionamento

pessoal dentro da empresa e fora dela, o ambiente psicológico e físico de trabalho, a

liberdade de decisão, as possibilidades de participação e outras coisas. A qualidade de

vida afeta atitudes pessoais e os comportamentos importantes para a produtividade

pessoal como: motivação para o trabalho, adequação as mudanças no ambiente de

trabalho, criatividade e vontade de inovar ou aceitar as mudanças.

2.6.2 Pessoas

As pessoas constituem o principal patrimônio das organizações. Os funcionários

hoje são considerados como diferenciais competitivos.

Uma organização necessita de pessoas para proporcionar-lhes o necessário

para o planejamento e organização de tarefas para que possa ser dirigida, controlada,

funcionar e operar bem (CHIAVENATO, 2002).

Para o mesmo autor, a moderna administração de recursos humanos, procura

tratar as pessoas como pessoas, tendo em vista seus objetivos pessoais, personalidade

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e individualidade, aspirações, valores, atitudes, motivações e como recursos

organizacionais considerando suas habilidades, capacidades, experiências e

conhecimentos.

Seguem características genéricas das pessoas como pessoas, segundo

Chiavenato (2002):

� O homem é pró-ativo, tendo seu comportamento orientado para a satisfação

de suas necessidades pessoais, para o alcance de seus objetivos e aspirações.

� O homem é social conduzindo o envolvimento como outras pessoas ou com

um grupo de pessoas.

� O homem tem diferentes necessidades devido à motivação gerada por

grande diversidade sendo que um fator pode motivar seu comportamento hoje e

pode não motivar no dia seguinte.

� O homem percebe e avalia as experiências dos indivíduos com seu ambiente

em um processo ativo porque seleciona dados de diferentes aspectos, avalia-os

com próprias experiências passadas.

� O homem escolhe, desenvolve e executa planos comportamentais, para que

possa lidar com estímulos que se defronta e para alcançar seus objetivos.

2.6.3 Recrutamento e Seleção

Para que as empresas possam ser bem sucedidas, elas necessitam do

funcionário certo para a vaga certa. Assim destacamos a seleção, que é a escolha do

candidato para a vaga e o recrutamento, que é uma divulgação da vaga para

candidatos em potencial.

Para Gil (1994), uma seleção adequada é realizada por meio de requisitos que

são necessários para preenchimento da função. Para a descrição das funções são

elaboradas listas com suas responsabilidades.

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Para Carvalho e Nascimento (2000), a seleção de recursos humanos tem a

função de escolher, dentre candidatos selecionados, aqueles que possuem qualidades

necessárias para o preenchimento da vaga.

O recrutamento segundo Chiavenato (2002), é a junção de técnicas e normas

com o objetivo de chamar candidatos em potencial para preenchimento dos cargos

vagos dentro uma empresa.

Para Gil (1994), o recrutamento tem base na definição da função, onde quem

fará a seleção, definirá o perfil ideal para a vaga em questão.

A diferença encontrada entre recrutamento e seleção segundo Chiavenato é que:

[...] o recrutamento é uma atividade de divulgação, de chamada, de atenção, de incremento de entrada, portanto, uma atividade positiva e convidativa, a seleção é uma atividade obstativa, de escolha, de opção e decisão, de filtragem da entrada, de classificação e, portanto, restritiva (CHIAVENATO, 2002, p. 223).

Por outro lado, um recrutamento inadequado pode trazer prejuízos e perdas para

a empresa, destacando-se segundo Carvalho e Nascimento (2000):

� Alto índice de rotatividade de funcionários.

� Aumento de custos de recrutamento, seleção e treinamento.

� Pouca qualificação do funcionário, afetando o ambiente de trabalho.

2.6.4 Descrição de Cargos

Descrever um cargo consiste em enumerar todas as tarefas e responsabilidades

atribuídas ao seu ocupante, porém não se pode levar em consideração a pessoa que

ocupa atualmente, e sim o que esse cargo deve realizar e quais são as suas

atribuições. Para tanto, a descrição de cargo deverá ser sucinta, direta e clara de

maneira que qualquer pessoa leia e a entenda.

Para Chiavenato (2002), a descrição de cargos é um processo que expõem as

atribuições ou tarefas, conhecimentos, aptidões, tempos de execução, normas e os

objetivos de cada cargo.

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Para Carvalho e Nascimento (2000), segue alguns conceitos:

� Função: conjunto de atividades que cada funcionário exerce dentro da

organização.

� Cargo: conjunto de funções executadas por um funcionário.

� Descrição de cargos: cadastro das funções, tarefas e responsabilidades

designadas às pessoas dentro da empresa.

� Requisitos: requisitos necessários para preenchimento do cargo.

Para Gil (1994), existem funções de análise de descrição de cargos tais como: a

determinação do perfil da vaga para definir os métodos da seleção, levantamento de

informações para realizar programas de higiene e segurança no trabalho e para futuras

necessidades de criação de programas de treinamentos, fornecimento de informações

para o supervisor e o empregado referente os padrões de desempenho no trabalho,

avaliação de cargos e faixas salariais, determinação da hierarquia dentro da empresa e

a implantação de sistemas de avaliações de desempenho.

2.6.5 Salários

É a recompensa justa que o trabalhador recebe pelo trabalho realizado. Trata-se

de uma demonstração objetiva do quanto à empresa valoriza o trabalho do funcionário.

As pessoas “estão dispostas a se dedicarem ao trabalho e as metas e objetivos

da organização desde que isso lhes traga algum retorno significativo pelo seu esforço e

dedicação”. (CHIAVENATO, 1999, p. 220).

Para Chiavenato (1999), a remuneração é a gratificação recebida pelas pessoas

em troca do seu trabalho, dedicação e dos esforços para com a empresa dividindo-se

em: remuneração (salário mensal ou por hora), incentivos salariais (bônus, participação

nos resultados, etc.) e benefícios (são conveniências, seguros de vida e saúde,

refeições subsidiadas, etc.).

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Salário segundo Chiavenato (1999, p. 222), “é a retribuição em dinheiro ou

equivalente paga pelo empregador ao empregado em função do cargo que este exerce

e dos serviços que presta durante determinado período de tempo”.

2.6.6 Treinamento

O conceito de treinamento vem mudando com o tempo, pois este se associava

ao fato de que era o meio para adequar cada pessoa ao seu cargo. Mais recentemente,

passou-se a considerar o treinamento como um meio para alavancar o desempenho no

cargo. Atualmente, o treinamento é considerado um meio de desenvolver competências

nas pessoas para que elas se tornem mais produtivas, criativas e inovadoras, a fim de

contribuir melhor para os objetivos organizacionais.

O treinamento para Gil (1994), é um meio de completar as deficiências dos

funcionários no que diz respeito aos conhecimentos, as habilidades e atitudes para

chegar às exigências dos cargos.

Para Carvalho e Nascimento (2000), o treinamento é um processo que auxilia o

funcionário a conquistar eficiência no trabalho realizado.

Segundo Chiavenato (2002), o treinamento é um processo educacional de curto

prazo, aplicado de forma ordenada e organizado para que os funcionários conquistem

as atribuições necessárias para a ocupação do cargo.

2.6.7 Avaliação de desempenho

A avaliação de desempenho é um processo que serve para julgar ou estimar o

valor, a excelência e as qualidades de uma pessoa e, sobretudo, qual é a sua

contribuição para o negócio da empresa. E também verificar o desempenho de cada

pessoa, em função das atividades que ela desempenha, das metas e dos resultados a

serem alcançados.

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É utilizada com finalidades administrativas, tendo como tarefa direcionar as

pessoas para a obtenção dos objetivos estabelecidos. Os programas de avaliação de

desempenho tendem a melhorar ou piorar o julgamento dos superiores a respeito de

cada funcionário.

A avaliação de desempenho segundo Chiavenato (2002), é um julgamento

sistemático do desempenho que cada funcionário obteve. É um processo para julgar o

valor, o conhecimento e qualidades de cada funcionário.

Para Carvalho e Nascimento (2000), a avaliação de desempenho tem como

finalidade, conseguir que os funcionários dirijam seus esforços para atingir os objetivos

da empresa.

2.7 Administração Financeira

O sucesso de uma empresa depende cada vez mais do grau de acerto da gestão

financeira. O objetivo principal é cuidar para que se tenha o recurso financeiro para

saldar, em tempo, os compromissos assumidos com terceiros e maximizar os lucros. Os

controles financeiros são os instrumentos que permitem ao empreendedor planejar,

organizar, coordenar, dirigir e controlar os recursos financeiros da empresa para um

determinado período.

Finanças para Gitman (1997, p.4), é “arte e a ciência de administrar fundos”.

Segundo Hoji (2000), para a administração financeira, o objetivo da empresa é

aumento dos lucros. Para alcançar este objetivo, o administrador financeiro deve

aprender a avaliar o risco e o retorno.

Segundo Gitman (1997), o risco é a possibilidade de prejuízos financeiros e o

retorno é o total de ganhos ou prejuízos dos proprietários relativos a um investimento

durante um período.

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Segundo Gitman (1997), as empresas podem ser organizadas de diversas

formas legais com segue:

� Firma individual: empresas de propriedade de uma pessoa, tendo

responsabilidade ilimitada (todos os bens do dono podem ser utilizados como

pagamentos para credores).

� Sociedade: possui dois ou mais proprietários, sendo que, a maioria é formada

por um contrato social. Nas sociedades em geral, todos os sócios tem

responsabilidades ilimitadas, porém nas sociedades limitadas, um ou mais sócios

têm responsabilidades limitadas, desde que um dos sócios assuma a

responsabilidade ilimitada.

� Sociedade anônima: entidade empresarial intangível criada por lei,

normalmente chamada de “pessoa jurídica”.

Para Ross, Westerfield e Jordan (2000), a função do administrador financeiro

geralmente chamado de diretor financeiro é dirigir e coordenar atividades de tesouraria

(administração do caixa e dos créditos da empresa, pelo planejamento financeiro e

pelas despesas de capital) e controladoria (lida com a contabilidade de custos e

financeira, pagamentos de impostos e sistemas de informações empresariais).

As atividades básicas do administrador financeiro segundo Gitman (1997), são:

� Analise e planejamento financeiro: transformação de dados em informações

podendo ser usados para monitorar a situação financeira da empresa, verificação

da necessidade de aumentar ou reduzir a capacidade produtiva e determinação

de aumentos ou reduções de financiamentos.

� Decisões de investimentos: determinação da combinação e tipos de ativos

contidos no balanço patrimonial da empresa.

� Decisões de financiamentos: determina o melhor ajuste entre os

financiamentos de curto e longo prazo e outras fontes de financiamentos.

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2.7.1 Demonstrações financeiras

São demonstrativos de resultados financeiros que a empresa obteve em um

período. Com estas informações, a empresa poderá planejar os próximos anos.

Segundo Gitman (1997), as quatro demonstrações financeiras básicas são:

� A Demonstração de resultado do exercício que fornece um resumo financeiro

dos resultados das operações da empresa durante um período.

� O Balanço patrimonial que representa a demonstração resumida da posição

financeira da empresa em um período.

� A Demonstração de lucros retidos que reconcilia o lucro líquido medido

durante um ano e qualquer dividendo pago em dinheiro, com a variação ocorrida

nos lucros retidos entre o início e o fim deste ano.

� A Demonstração dos fluxos de caixa que fornece um resumo dos fluxos de

caixa da empresa referente às atividades operacionais, de investimentos e de

financiamentos e reconcilia-os com as variações em seu caixa e títulos

negociáveis, durante um período.

Para Hoji (2000), fluxo de caixa é uma representação das entradas e saídas de

caixa no período.

Segundo Gitman (1997), o fluxo de caixa pode ser classificado em:

� Fluxos operacionais: diretamente relacionado à produção e venda dos

produtos e serviços da empresa.

� Fluxo de investimentos: associados com compra e venda de ativos

imobilizados e participação societária.

� Fluxos de financiamentos: resultante de operações de empréstimo e capital

próprio incluindo a obtenção e quitação de empréstimos, entradas por venda de

ações e saída por recompra de ações ou pagamentos.

Segundo Gitman (1997, p. 120), “a lucratividade de uma empresa pode ser

avaliada em relação a suas vendas, ativos, patrimônio líquido e ao valor da ação”.

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Existem ainda segundo Gitman (1997), algumas ferramentas de demonstração e

análise de lucratividade:

� Demonstração da composição percentual do resultado: cada item é divulgado

como uma porcentagem das vendas, permitindo fácil avaliação.

� Margem bruta: mede a porcentagem de cada valor de venda que restou, após

a empresa ter saldado as dívidas.

� Margem operacional: mede a porcentagem de lucro obtido em cada valor de

venda, antes dos juros e do imposto de renda.

� Margem líquida: mede a porcentagem de cada valor de venda que restou

depois da dedução das despesas incluindo o imposto de renda.

� Taxa de retorno sobre o ativo total (ROA): mede a eficiência da administração

na geração de lucros com seus ativos totais.

� Taxa de retorno sobre patrimônio líquido (ROE): mede o retorno obtido sobre

o investimento dos proprietários da empresa.

Segue abaixo, alguns conceitos financeiros segundo Hoji (2000):

� Inflação: aumento generalizado de preços provocando uma redução do poder

de compra da moeda.

� Juros: valor pago as instituições financeiras por recurso financeiro utilizado.

� Taxa de juro: percentual que se aplica ao capital para determinar o valor do

juro, dividindo-se em taxas de juros fixa (não tem alteração durante o prazo da

operação financeira) e taxas de juros flutuantes (tem variação a cada período de

capitalização).

2.7.2 Planejamento Financeiro

As empresas utilizam planos financeiros para atingir seus objetivos de curto ou

de longo prazo. Este planejamento está voltado para a continuidade da empresa e

focalizando sempre o futuro. O lucro ou prejuízo de uma empresa, assim como sua

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disponibilidade de dinheiro em caixa, representa o resultado de uma série de ações

gerenciais bem adotadas.

Para Gitman (1997), o processo de planejamento financeiro inicia-se com planos

financeiros em longo prazo e que direciona a criação de planos e orçamentos em curto

prazo.

Os planos financeiros de longo prazo (estratégicos) são ações planejadas para o

futuro, variando de dois a dez anos, acompanhados de previsões de seus reflexos

financeiros. Já, os planos financeiros em curto prazo (operacionais) são ações

planejadas para um curto prazo de tempo, geralmente abaixo de dois anos,

acompanhado de previsões de seus reflexos (GITMAN, 1997).

A previsão de venda, segundo o mesmo autor, nada mais é do que uma previsão

de valores de vendas da empresa para um determinado tempo baseada em dados e

fatores internos e externos.

Capital de giro segundo Martins e Neto (1996), identifica os recursos que giram

várias vezes em um determinado tempo correspondente a uma parcela de capital

aplicada no ciclo operacional.

O capital de giro é constituído segundo Martins e Neto (1996), na maioria das

vezes por ativos monetários, depreciáveis diante a inflação.

2.8 Administração de Marketing

Existem diversas definições de vários autores do termo marketing. Trata-se de

uma atividade de troca, onde é oferecido algo em troca do que se deseja.

Para Futrell (2003, p. 33), “define-se marketing como o processo de se planejar e

executar a concepção, o preço, a promoção e distribuição de bens e serviços e idéias

para se criar trocas que atendam objetivos individuais e organizacionais”.

Segundo Kotler e Armstrong (2003), marketing é um processo que pessoas

obtêm o que necessitam e desejam por meio de trocas/ofertas de produtos e valores

com outras pessoas.

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Para Keegan e Green (1999), marketing é o planejamento e execução da

criação, elaboração de preços, promoção e distribuições de idéias.

Segundo Lovelock e Wright (2003), marketing de serviço é parte da organização

que mantém alguma forma de contato com clientes.

Para entender estes conceitos, Kotler e Armstrong (2003), definem:

� Necessidades: é a carência por um produto/serviço.

� Desejo: forma que as necessidades assumem quando são particularizadas

por determinada cultura e pela personalidade do consumidor.

� Troca: obtenção de algo desejado oferecendo outro.

� Mercado: conjunto de compradores atuais e potenciais.

O conceito de marketing envolve convicções fundamentais que segundo Futrell

(2003) são:

� Todo o planejamento e todas as operações, devem estar orientados para os

clientes.

� A meta da organização deve ser o volume de vendas com lucro.

� Todas as atividades de marketing devem ser coordenadas.

Os elementos fundamentais do marketing são: a identificação das necessidades

dos clientes, criação e conservação de um eficaz composto mercadológico (FUTRELL,

2003).

2.8.1 Composto de Marketing

O composto mercadológico abrange elementos utilizados para comercialização

de bens e serviços. É utilizado para influenciar as respostas dos consumidores.

Segundo Futrell (2003), o chamado composto mercadológico é formado pelo

produto (bens ou serviços), preço, tipos de distribuição e formas de promoção.

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Segue abaixo, quadro de elaboração do composto mercadológico segundo

Kotler (1996):

Produto Praça Promoção Preço

• Qualidade • Características e

opões • Estilo • Marca • Embalagem • Linha de produtos • Garantias • Nível de assistência

técnica • Outros serviços

• Canais de distribuição

• Cobertura de distribuição

• Pontos de venda • Zonas de venda • Níveis e locais dos

estoques • Transportadoras

• Propaganda • Venda pessoal • Promoção de venda • Publicidade

• Nível • Descontos e

redução • Formas de

pagamento

Quadro 06. Elaboração do Composto Mercadológico. Fonte: Kotler (1996, p. 91).

Composto de marketing ou mix de marketing pode ser definido segundo Kotler e

Armstrong (2003, p. 47), como sendo “o conjunto de ferramentas de marketing táticas e

controláveis que a empresa utiliza para produzir a resposta desejada no mercado-alvo”.

� Produtos:

Um produto é algo (bens ou serviços) que pode ser oferecido em um mercado

para satisfazer um desejo ou uma necessidade das pessoas, onde envolve a descrição

de cada produto, marcas, cores, tamanhos e embalagens.

Segundo Futrell (2003), bens são objetos físicos comprados e serviços são

ações ou atividades desenvolvidas para clientes em troca de valores.

Para Keegan e Green (1999), produto é definido como conjunto de

características físicas, psicológicas, de utilizações simbólicas que trazem satisfação ou

benefícios aos consumidores.

Conforme Kotler e Armstrong (2003, p. 204), um produto é “algo que pode ser

oferecido a um mercado para apreciação, aquisição, uso ou consumo e para satisfazer

um desejo ou uma necessidade”. Pode ser oferecido para a troca, sendo bens duráveis

ou não duráveis e ainda ser serviços.

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O produto pode ser considerado também, segundo Futrell (2003), um conjunto

de característica tangíveis e intangíveis incluindo suas embalagens, formatos, cores e

marcas.

Os criadores de novos produtos precisam pensar em três níveis de produtos e

serviços segundo Kotler e Armstrong (2003), conforme a figura abaixo:

Figura 07. Níveis do produto Fonte: Kotler e Armstrong (2003, p. 205).

Existem dois tipos de produtos: produtos de consumo, que são para compra e de

uso pessoal e produtos industriais ou empresariais que são utilizados como matéria-

prima na geração de outros produtos (FUTRELL, 2003).

Para Kotler e Armstrong (2003), os produtos de consumo são divididos em:

� Produtos de conveniência: produtos com compras freqüentes, com um

mínimo de comparação e esforço.

� Produtos de compra comparada: existe comparação de produtos em termos

de adequação, qualidade, preço e estilo.

� Produtos de especialidades: possuem características particulares ou com

uma identificação de marcas pelos compradores.

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� Produtos não procurados: produtos conhecidos ou desconhecido, mas que

normalmente o comprador não pensa em comprar.

Convêm ressaltar algumas definições segundo os mesmos autores:

� Embalagem: atividades de projeto e produção do recipiente que envolve um

produto com o objetivo de apresentar, conter e proteger o produto.

� Marca: identificação da empresa, o fabricante ou vendedor podendo ser um

nome, um termo, um sinal, um símbolo, um desenho ou um conjunto desses

itens.

� Preços:

Segundo Cobra, a importância da política de preços se conhece com maior

intensidade nas seguintes situações:

Quando a empresa estabelece o preço pela primeira vez. Quando a concorrência ameaça os negócios da empresa com uma política agressiva de preços. Quando a demanda dos produtos da empresa se relaciona com os preços praticados. Quando os objetivos da empresa se ligam ao retorno sobre os investimentos e sobre o retorno sobre vendas (COBRA 1992, p.467).

Para Kotler e Armstrong (2003), o preço pode ser definido como um valor

cobrado por um produto ou serviço.

Existem diversas abordagens de fixação de preços, onde podemos destacar:

� Determinação de preço baseado em custo:

Para Kotler e Armstrong (2003), existem dois tipos de determinação de preços

que são: a de preço por custo mais margem de lucro (adicionada uma margem de lucro-

padrão sobre os custos dos produtos) e a de preços de ponto de equilíbrio (a empresa

tenta determinar o preço no quais, os custos de produção e de marketing se igualam ao

preço de venda ou realizam um lucro-alvo).

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Para Hoji (2000), formação do preço de venda baseado no custo seria igual ao

custo do produto acrescentando as despesas e o lucro.

� Determinação do preço com base no valor:

Para Kotler e Armstrong (2003), usa a percepção de valor dos compradores e

não o custo de produto como fator fundamental, sendo orientado para o produto.

� Determinação de preço baseado na concorrência:

Segundo Kotler e Armstrong (2003), existem duas variações, a determinação de

preço de mercado estabelecendo preços com base nos valores cobrados pelos

concorrentes e determinação de preços por licitação fechada forçando a empresa a

estabelecer seus preços com base nos valores que imaginam que seus concorrentes

cobrariam.

A formação do preço de venda baseado no mercado para Hoji (2000), é

fornecida pelo mercado e o lucro é igual ao preço de venda tirando os custos e as

despesas.

Para Kotler (1996), a determinação do preço é problemática em algumas

circunstâncias:

� A determinação do preço pela primeira vez, quando a empresa desenvolve ou

adquire um novo produto, introduz o produto em um novo canal de distribuição

ou área geográfica ou ainda, quando entra em processos licitatórios.

� Quando fatores levam a empresa à possibilidade de uma alteração no preço

quando duvida do seu preço em relação à demanda e aos custos.

� Quando a concorrência inicia uma mudança de preço.

� Quando a empresa produz diversos produtos que possuem demandas e/ou

custos inter-relacionados determinando uma relação ótima de preços.

Para Kotler e Armstrong (2003), seguem outros tipos de estratégias para

determinação de preços:

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� Para novos produtos: determinação de preços de desnatamento (skimming

de mercado), estabelecendo um preço alto para atender a compradores de alto

nível, fazendo um número menor de venda com um lucro maior e determinação

de preços por penetração de mercado estabelecendo um preço mais baixo para

atrair um grande número de clientes e ter participação no mercado.

� Para um mix de produtos: determinação de preço de uma linha de produtos,

para produtos opcionais (acessórios), para produtos complementares (produtos

que são utilizados junto com o produto final), para subprodutos (produtos

obsoletos) e para pacotes de produtos (são vendidos juntos com os produtos).

� Estratégia de ajuste de preço: podem ser por descontos e por concessões,

determinação de preços segmentados (ajuste para atender as diferenças entre

clientes, produtos ou localidades), preços psicológicos, promocionais,

geográficos e internacionais.

� Distribuições (praça):

Para Keegan e Green (1999), a distribuição é o caminho físico de produtos e o

canal é um grupo coordenado de compradores.

Segundo Kotler e Armstrong (2003), as distribuições podem ser do tipo

exclusivas (conceder o direito exclusivo de distribuição somente a um número limitado

de revendedores e localidades), intensivas (colocar estoques de produtos no maior

número possível de pontos de venda) e seletivas (selecionar os intermediários

obedecendo a critérios de escolha).

Para Kotler e Armstrong (2003), o canal de distribuição é um conjunto de

organizações independentes, envolvidas para apresentação de um produto para

consumidores.

O uso de intermediários segundo Kotler e Armstrong (2003), resulta em mais

eficiência em proporcionar mercadorias para os mercados consumidores.

São considerados objetivos dos canais de distribuição segundo Keegan e Green

(1999), a criação de utilidades, aumentando a disponibilidade dos produtos no tempo

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esperado e na localização conveniente para os compradores e a obtenção de respostas

as mais diversas perguntas que possam vir a surgir.

Os membros dos canais de distribuição, segundo Kotler e Armstrong (2003),

desempenham muitas funções tais como: a informação (obter e distribuição de dados

de pesquisa e conhecimento de mercado), criação e divulgação de ofertas de produtos.

(promoção), desenvolver novos contatos, ajustar as ofertas às necessidades dos

compradores, acordos sobre os preços, entregas e outras condições, transporte e

armazenagem, obtenção de recursos para cobrir custos e assumir riscos como perdas e

quebras.

Os canais de distribuição dividem-se em canal de marketing direto não existindo

níveis intermediários e canal de marketing indireto, que possui um ou mais níveis de

distribuição (KOTLER e ARMSTRONG, 2003).

Os canais de distribuição segundo os mesmos autores, podem aceitar um

sistema vertical de marketing onde fabricantes, atacadistas e varejistas atuam em um

sistema unificado ou um sistema horizontal de marketing, representando a junção de

duas ou mais empresas para explorar uma nova oportunidade.

Os varejistas segundo Levy e Weitz (2000), são negociantes de produtos e

serviços aos consumidores.

Apresentam algumas funções, tais como: a de provimento de uma variedade de

produtos e serviços, dividir grandes quantidades (compradas) em quantidades menores

de produtos para venda e manter os estoques (LEVY e WEITZ, 2000).

Para Kotler e Armstrong (2003), os varejistas possuem níveis de serviços tais

como: auto-serviço (onde os próprios cientes são responsáveis pelo atendimento),

serviço limitado (parte do serviço é executado por um profissional) e serviço completo

(onde todo o serviço é executado pelo profissional).

Os varejistas, ainda podem ser classificados segundo os mesmos autores pela

extensão e abrangência de sua diversidade de produtos, podendo ser lojas de

especialidades (apresentam uma linha restrita de produtos, porém com uma grande

diversidade), lojas de departamentos (ampla variedade de linhas de produtos operando

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em vários departamentos dentro de uma única loja), supermercados (destinados à

venda de produtos alimentícios, de limpeza e de uso domestico), lojas de conveniência

(pequenas lojas com linhas limitadas de produtos que possuem alta rotatividade) e as

superlojas (lojas grandes, geralmente o dobro do tamanho das lojas de departamento).

� Promoção:

São os esforços de comunicação a respeito de uma empresa e seus produtos.

Para Kotler e Armstrong (2003), o mix de promoção é baseado em um conjunto

de instrumentos de comunicação (propaganda, venda pessoal, promoções de venda,

relações públicas e marketing direto).

A propaganda é definida como qualquer forma paga de exposição e promoção

não pessoal de produtos e/ou serviços por uma empresa (KOTLER e ARMSTRONG,

2003).

Para Keegan e Green (1999), a propaganda é qualquer divulgação que seja

paga, patrocinada ou ligada por um meio de comunicação.

Para Kotler e Armstrong (2003), os objetivos da propaganda são: informar

clientes e o mercado, convencer os clientes para compra ou troca de marcas e lembrar

os consumidores de informações diversas.

A venda pessoal pode ser definida, segundo Kotler e Armstrong (2003), como

uma apresentação pessoal feita por uma força de vendas com a intenção de efetuar

vendas e de criar um circulo de amizade com compradores em potencial.

Para Keegan e Green (1999), venda pessoal é a comunicação de pessoa a

pessoa ou entre um representante da empresa e um comprador em potencial.

A venda pessoal é a comunicação feita pessoalmente para convencer clientes a

comprar algo (FUTRELL, 2003).

As promoções de venda para Kotler e Armstrong (2003), são consideradas um

estímulo de curto prazo para promover a compra ou venda de produtos e/ou serviços.

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Para Futrell (2003), as promoções de venda são recursos usados para causar as

vendas de bens e serviços.

Relações Públicas são o desenvolvimento de boas relações com diferentes tipos

de consumidores para alcance de publicidade que é uma propaganda não paga

favorável à empresa (KOTLER e ARMSTRONG, 2003)

Para Keegan e Green (1999), as relações públicas de uma empresa fazem uso

de publicidade para levantar sua marca e seus produtos dentro e fora da empresa.

Marketing direto segundo Kotler e Armstrong (2003), são contatos diretos feitos

com consumidores para o alcance de respostas imediatas e para manter um clima de

amizade. Pode ser exemplificado com venda pessoal, telemarketing, mala-direta,

catálogos, televendas, terminais de multimídias e marketing on-line.

2.8.2 Concorrentes

Para Porter (1991), o grau de concorrência depende de cinco forças competitivas

que afetam as empresas que são: ameaça de entrada, rivalidade entre os atuais

concorrentes, ameaça de substituição, poder de negociação de compradores e

fornecedores, determinando assim, o nível de concorrência, bem como a rentabilidade

da empresa.

� Força de entrada – novas empresas que entram no ramo. Empresas entrantes

encontram barreiras como: custos unitários do produto; necessidade de capital;

diferenciação de produto (empresas que têm uma marca de prestígio e desenvolvem

um sentimento de lealdade em seus clientes); custos de mudança (alteração de

fornecedor, treinamentos de empregados, aquisição de equipamentos, etc.); acesso

aos canais de distribuição (atendendo empresas estabelecidas, as empresas novatas

precisam persuadi-los de modo que aceitem seus produtos); desvantagens de custo

independente de escala (vantagens de custos adquiridas pelas empresas, impossíveis

de serem igualadas pelas novatas) e o preço de entrada que força à desistência, as

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mudanças nas próprias barreiras à medida que mudam as condições e a experiência

das empresas já instaladas.

� Intensidade da rivalidade entre os concorrentes existentes ocasionadas pelos

seguintes fatores: quando os concorrentes são numerosos ou há equilíbrio (quando há

uma demora no crescimento da indústria) ou quando os custos fixos de

armazenamento são altos (também pela ausência de diferenciação ou custos de

mudança, pelo aumento na capacidade em grandes incrementos), por existirem muitos

interesses para obtenção do sucesso e quando as empresas novatas são forçadas a se

manterem competido devido aos fatores econômicos e estratégicos, mesmo com baixo

retorno.

� Produtos substitutos: um desafio que não vem de um concorrente reconhecido, mas

de empresas que produzem outros produtos que tem a mesma função, diminuindo sua

lucratividade.

� Poder de negociação dos compradores, forçando a queda dos preços, exigindo

melhor qualidade ou mais serviços levando os concorrentes à rivalidade. Torna-se

necessário nesse caso, que a empresa melhore sua postura estratégica, descobrindo

compradores com poder mínimo de influência.

� Poder de negociação dos fornecedores – quando os produtos que oferecem forem

decisivos para o negócio da empresa e se forem produtos diferenciados ou se não

existir outros fornecedores.

O governo também pode limitar o comportamento das empresas, por seus atos

regulatórios afetando a posição de uma indústria com substitutos (PORTER, 1991).

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3 MÉTODO

O método deste trabalho demonstra como o estudo foi realizado e desenvolvido

para chegar aos objetivos mencionados.

3.1 Delineamento

Este trabalho foi desenvolvido como Avaliação Formativa que segundo Roesch

(1996, p. 67), “... normalmente implica um diagnóstico do sistema atual e sugestões

para sua reformulação; por isso requer certa familiaridade com o sistema e idealmente

a possibilidade de implementar as mudanças sugeridas e observar seus efeitos”.

Ainda segundo Roesch (1996), avaliação formativa objetiva o aprimoramento dos

sistemas ou processo de uma organização.

Para Cervo e Bervian (2005, p. 67), o estudo descritivo trata “do estudo e da

descrição das características, propriedades ou relações existentes na comunidade,

grupo ou realidade pesquisada”.

Foi utilizada a abordagem qualitativa, pois a mesma “é apropriada para a

avaliação formativa, quando se trata de melhorar a efetividade de um programa ou

plano ou mesmo quando é o caso da proposição de planos” (ROESCH, 1996, p. 146).

3.2 População

O Trabalho foi desenvolvido com a participação da proprietária da loja

juntamente com a consultora de moda.

Segundo Roesch (1996, p. 130), “uma população é um grupo de pessoas ou

empresas que interessa entrevistar para o propósito específico de um estudo”.

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3.3 Coleta de dados

O trabalho colheu diferentes tipos de dados, que segundo Mattar (1999), dados

secundários são aqueles coletados, tabulados, ordenados e em alguns casos até já

analisados.

Utilizaram-se ainda entrevistas semi-estruturadas e a observação participante do

estagiário. Segundo Roesch (1996), entrevistas semi-estruturadas são compostas por

roteiros de questões abertas permitindo que o entrevistador consiga diagnosticar o

direcionamento dos entrevistados. Observação participante de forma aberta representa

a permissão da empresa para o pesquisador observar, entrevistar e participar no

ambiente de trabalho em estudo.

3.4 Tratamento e análise dos dados

Através dos dados coletados por intermédio de entrevistas semi-estruturadas e

da observação direta do estagiário, pode-se elaborar um estudo dos processos internos

da Micheli Modas confrontando-os com a fundamentação teórica contida neste trabalho.

Para uma melhor visualização dos processos, foram elaborados fluxogramas de

processos e diagramas de fluxo de atividades.

Para tanto, os dados provenientes da pesquisa foram estudados através de uma

categorização simples, de forma qualitativa, que segundo Roesch (1996), é a forma

mais adequada quando há uma grande quantidade de dados que formam as

informações, devendo ser organizados para em seguida serem interpretados, buscando

assim descrever problemas e analisar a interação de certas variáveis.

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4 A EMPRESA

O presente capítulo abordará o contexto histórico e atual da empresa Micheli

Modas.

4.1 Histórico da Organização

A Micheli Modas foi registrada em 1988, com a razão social Maria Gorete

Martinenghi ME, possuindo o nome fantasia de Confecção Micheli.

Nesta época, a empresa estava situada em uma sala comercial com

aproximadamente de 10 m², no Centro Comercial Sbors de propriedade da Sra. Maria

José Sbors localizada na Rua Marechal Deodoro, n.º23, no centro de Tijucas.

Em sua loja, a Sra. Maria Gorete, realizava reformas e ajustes, confeccionava

roupas e ainda comercializava tecidos em geral, atendendo clientes dos mais variados

bairros de Tijucas.

No dia 05 de dezembro de 1997, a empresa inaugura sua nova loja em uma sala

comercial maior, contendo aproximadamente 90 m² situada na mesma rua, Marechal

Deodoro, n.º 76. Estabelecida sob a residência da proprietária passou então a possuir o

nome fantasia atual, Micheli Modas.

A Micheli Modas atende o segmento de moda masculina e feminina, jovens e

adultos possuindo um mix de produtos diversificados com qualidade e oferece serviços

variados com preços competitivos.

Trata-se de uma empresa familiar, no qual trabalham hoje, a Sra. Maria Gorete

Martinenghi e sua filha, a Sra. Micheli M. Bonanomi.

Hoje, a Micheli Modas tem como horário de funcionamento de segunda a sexta

das 08:30hs às 12:00hs e das 13:30hs às 18:30hs e nos sábados das 09:00hs às

12:00hs e das 14:00hs as 17:00hs.

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4.2 Considerações sobre a Empresa

A Micheli Modas é uma microempresa familiar com estrutura linear, na qual

trabalham mãe e filha como segue o quadro abaixo:

Nome Função

Maria Gorete Martinenghi Gerente

Micheli Martinenghi Bonanomi Consultora de moda

Quadro 07. Quadro de funcionários. Fonte: Estagiário.

Segundo SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas,

o Decreto n.º 5.028/2004, de 31 de março de 2004, uma microempresa deve possuir

receita bruta anual igual ou inferior a R$ 433.755,14 (quatrocentos e trinta e três mil,

setecentos e cinqüenta e cinco reais e quatorze centavos) necessita possuir até 19

(dezenove) funcionários no caso de indústria e construção e até 9 (nove) funcionários

no caso de comércio e serviços, (Disponível em http://www.sebrae.com.br Acesso em:

11 de outubro de 2006).

Uma empresa familiar representa o envolvimento dos membros da família em

uma empresa em funcionamento (LONGENECKER, MOORE e PETTY, 1997).

Uma estrutura linear é representada em forma de pirâmide, sendo que a

autoridade é mantida em linha reta de cima para baixo, destacando assim a proprietária

como gerente (topo da pirâmide) e a consultora de moda como subordinada (ROCHA,

1995).

Observa-se na loja a facilidade na transmissão de ordens, nas comunicações e

nas definições de responsabilidades das funcionárias, porém apresenta uma

sobrecarga na parte gerencial.

Este tipo de estrutura apresenta como vantagens, a fácil aplicação, facilidade na

transmissão de ordens, na comunicação interpessoal e tomada de decisão, tem

definido as responsabilidades e é de baixo custo administrativo e desvantagens como

de não favorecer a especialização, de organização rígida, tem sobrecargas

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administrativas em cargos altos, não favorece o trabalho em equipe e dificulta o

processo de substituição das chefias (CURY, 2000).

4.3 Estrutura Física

A estrutura física atual da loja Micheli Modas é composta por aproximadamente

90 m² de área construída, dividida em 2 (duas) salas, sendo uma para loja e outra

servindo com sala de costura e depósito. Conta com 2 (dois) provadores, 2 (dois)

banheiros sendo um para clientes e outro para as funcionárias.

O layout é um arranjo físico dos pontos de trabalho nos espaços designados pela

empresa, envolvendo a preocupação de adaptação dos funcionários ao ambiente e a

natureza das funções realizadas, a disposição dos móveis, máquinas, equipamentos e

matéria-prima (CURY, 2000).

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A loja Micheli Modas apresenta o seguinte layout:

Figura 08. Layout da Loja Fonte: Estagiário.

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5 ESTUDO DOS PROCESSOS INTERNOS

Neste capítulo, serão estudados os processos internos da Micheli Modas que

foram observados durante o estágio.

Segundo Cruz (1998, p. 84), “processo é a forma pela qual um conjunto de

atividades cria, trabalha ou transforma insumos com a finalidade de produzir bens ou

serviços que tenham qualidade assegurada, para serem adquiridos pelos clientes”.

Os processos serão apresentados por meio de fluxogramas e diagramas de

fluxos de processos. Fluxogramas são representações gráficas da seqüência de um

trabalho de forma analítica, identificando operações, responsáveis e ou unidades

organizacionais envolvidas no processo e tem como objetivo evidenciar a seqüência de

um trabalho, permitindo a visualização dos movimentos e a dispersão dos recursos

materiais e humanos (OLIVEIRA, 2000).

Para o mesmo autor, o fluxograma parcial descreve o percurso de ação e os

atalhos dos documentos.

Segundo Slack, et al. (1997), o Diagrama de fluxo de processos é uma das

ferramentas mais usadas para registrar o método para execução de cada atividade.

5.1 Atendimento aos clientes

Este processo aborda os diferentes tipos de atendimentos prestados aos clientes

da Micheli Modas, realizado tanto pela proprietária, quanto pela consultora de moda,

sendo eles: venda de produtos e serviços; pagamentos diversos; atendimento especial

e a devolução de mercadorias (no sentido de troca de produtos com defeitos de

fabricação ou na continuidade de um atendimento), podendo ser ainda feito de 2 (duas)

formas: atendimento pessoal e por telefone.

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5.1.1 Atendimento por telefone

O atendimento por telefone inicia-se com: Micheli Modas, seguida de uma

saudação, após o retorno do cliente, a atendente procura saber no que pode ajudar.

Para esse tipo de atendimento, são disponibilizados serviços como:

� Consulta de produtos e/ou serviços prestados, preços e condições de pagamento –

muitos clientes questionam sobre as disponibilidade de modelos, cores e tamanhos

observados na vitrine, valor das mercadorias e formas de pagamentos podendo fazer

reserva dos mesmos para compra posterior, ou sobre algum serviço que pode ser

prestado e prazos de entrega.

� Marcar horário para atendimento – normalmente, os clientes que não dispõem de

tempo durante o dia, solicitam um atendimento fora do horário de funcionamento normal

da loja.

� Esclarecimento de dúvidas dos clientes tais como: os horários de funcionamento, o

dia e valor das prestações no caso de compra parcelada entre outras.

Após responder as perguntas dos clientes, a atendente indaga se desejam algo

mais, agradece a ligação e finaliza o atendimento com uma saudação.

Segue abaixo fluxograma do atendimento por telefone:

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Figura 09. Fluxograma de atendimento por telefone. Fonte: Estagiário.

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Os atendimentos por telefone, possuem particularidades que podem ser

observadas nos seguintes Diagramas de fluxo de processos:

• Atendimento por telefone para consulta de estoque e preços.

Figura 10. Diagrama de Fluxo – Atendimento por telefone para consulta de estoque/preço. Fonte: Estagiário.

Este processo apresenta uma forma simples de execução, porém torna-se

demorado.

Como pode ser observado no diagrama de fluxos acima, existem 2 (dois)

deslocamentos da atendente, fazendo com que o cliente aguarde a informação que

será verificada ainda no estoque.

A atendente, no entanto, perde tempo com deslocamento até o estoque, procurar

o produto em questão e observar a etiqueta contendo o preço, perde o próprio tempo

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de atendimento aos outros clientes dentro da loja, além ainda de manter sua linha

telefônica ocupada por um algum tempo.

Esta avaliação de estoque não se limita a um produto somente, sendo que a

atendente sempre avalia outras opções para informar ao cliente visando as vendas.

Com essa demora, a loja acaba perdendo uma atendente, sobrecarregando a

outra durante um espaço de tempo e ainda faz com que alguns clientes na loja fiquem

impacientes com a demora.

• Atendimento por telefone para solicitar um atendimento fora do horário de

funcionamento da loja.

Figura 11. Diagrama de Fluxo – Atendimento por telefone para solicitação de atendimento. Fonte: Estagiário.

Com este simples atendimento, a loja acaba conquistando ainda mais os seus

clientes, disponibilizando horários exclusivos fora do horário de funcionamento normal

da loja para as compras de produtos e ainda acaba gerando popularidade entre os

clientes que não dispõem de tempo durante o dia.

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• Atendimento por telefone para questionamentos diversos.

Figura 12. Diagrama de Fluxo – Atendimento por telefone para questionamentos diversos. Fonte: Estagiário.

Este processo é simples, porém o atendimento pode ser rápido ou um tanto

demorado, dependendo unicamente das dúvidas dos clientes.

Com esse atendimento, a loja acaba mantendo os clientes informados sobre

diversas dúvidas, além da atendente sempre convidar para visitar a loja para ver as

novidades.

5.1.2 Atendimento pessoal

A forma de atendimento pessoal inicia-se com uma saudação e de uma

indagação procurando saber no que pode ajudar. Para esse tipo de atendimento, são

disponibilizados os seguintes serviços:

� Pagamentos:

Os clientes mencionam o desejo de efetuar o pagamento de parcelas

relacionadas com suas compras e são encaminhados até o caixa. A atendente avalia a

fixa cadastral do cliente informando o valor a ser pago no momento. No caso de atraso,

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será analisado o histórico de pagamentos dos clientes para que seja ou não, cobrado

um valor adicional como multa.

A atendente recebe os valores (cheque ou dinheiro) e coloca no caixa para

posteriormente ser depositado na conta corrente da loja ou para pagamentos diversos.

Após o pagamento, a atendente questiona se desejam algo mais e finaliza o

atendimento com uma saudação e agradecendo a preferência.

O pagamento usual é em 3 (três) vezes sem entrada, sendo para 30 (trinta), 60

(sessenta) e 90 (noventa) dias como é mencionado na hora em que são expostos os

produtos, para os serviços prestados, o pagamento é no ato da entrega ou para 30

(trinta).

Apresenta o seguinte fluxograma:

Figura 13. Fluxograma de atendimento pessoal para pagamento. Fonte: Estagiário.

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Para o atendimento relacionado com o recebimento de prestações das vendas

efetuadas, o Diagrama de fluxos de processo apresenta-se da seguinte forma:

Figura 14. Diagrama de Fluxo – Atendimento pessoal para recebimento de prestações. Fonte: Estagiário.

A loja oferece opções de pagamentos dos produtos e serviços, tais como: a

quitação no ato da compra com cheques pré-datados ou ainda podendo efetuar o

pagamento no dia de vencimento das prestações em questão na própria loja com

dinheiro ou cheques.

A vantagem para a loja do retorno dos clientes para efetuarem a quitação das

parcelas é a possibilidade de realizar outras vendas de produtos e acessórios, no qual a

atendente depois de efetuar a cobrança, oferece novos produtos recém chegados,

outros já existentes ou que estão em promoção.

A loja não possui equipamentos de cobrança eletrônica (cartões de crédito e

débito), restringindo a venda de produtos somente com dinheiro ou cheques aos seus

clientes.

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� Venda (produtos e serviços):

Os clientes mencionam o desejo de adquirir um produto ou serviço.

Produtos: os clientes são conduzidos até os mostruários onde estão expostos os

produtos e acessórios juntamente com seus preços. A atendente apresenta os produtos

relacionando-os com os desejos expressados pelos clientes. Quando há o interesse por

parte dos clientes, podem escolher em provar os produtos na loja ou em suas

residências para sua maior comodidade. Para produtos provados na loja, os clientes

são encaminhados até os provadores disponíveis e no outro caso, a atendente anota os

produtos levados nas fichas cadastrais dos clientes que devem entregar os produtos

sempre no próximo dia útil, caracterizando assim, uma continuidade no atendimento.

Aceitando os produtos, os clientes são conduzidos até ao balcão, onde será feita

a revisão ou criação (no caso de novos clientes), da ficha cadastral na qual serão

anotados os produtos e serviços vendidos e se for o caso, do valor das parcelas de

compra e vencimentos. São mencionadas as condições de pagamento e oferecido

serviços de customizações nas peças e/ou embalagens para presente.

Os pagamentos podem ser feitos á vista ou em divididos em prestações como

mencionado na exposição dos produtos.

Após o atendimento, a atendente emite a nota fiscal da venda, questiona se

desejam algo mais e finaliza o atendimento com uma saudação e agradecendo a

preferência.

A consultora de moda, após o término dos atendimentos, anota os valores das

suas vendas aos clientes em sua ficha de controle de comissões, para recebimento

posterior e arquiva as notas fiscais.

Já no caso de customizações, os clientes são conduzidos até ao balcão, onde

será feita a solicitação do serviço e entregue o produto que será customizado.

Os produtos são encaminhados até a sala de costura juntamente com as

instruções para customização para serem analisados pela proprietária da loja que é

responsável pelo serviço e informa a data de entrega, valor do serviço prestado e as

formas de pagamento (os preços são elaborados com base no valor).

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Após o atendimento, a atendente questiona se desejam algo mais e finaliza o

atendimento com uma saudação e agradecendo a preferência. Neste caso a consultora

não ganha comissão.

Após a finalização dos serviços, os produtos são encaminhados até o balcão

para aguardar retorno do cliente.

A atendente informa ao cliente da finalização do serviço por meio de uma ligação

e aguarda sua vinda para pegá-lo.

Após a devolução dos produtos a atendente questiona se desejam algo mais e

finaliza o atendimento com uma saudação e agradecendo a preferência.

A seguir fluxograma de venda de produtos e prestação de serviços:

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Figura 15. Fluxograma de atendimento pessoal para venda de produtos e/ou serviços. Fonte: Estagiário.

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As vendas de produtos com pagamento parcelado representam o ponto forte de

Micheli Modas apresentando o seguinte Diagrama de fluxos para venda à vista de

produtos provados na loja feitos pela consultora de moda:

Figura 16. Diagrama de Fluxo – Atendimento pessoal para venda de produtos á vista . Fonte: Estagiário.

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Para venda de produtos provados na loja feitos pela consultora de moda á prazo,

segue o seguinte Diagrama de fluxos:

Figura 17. Diagrama de Fluxo – Atendimento pessoal para venda de produtos á prazo. Fonte: Estagiário.

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Diante da forte concorrência, as formas de atendimento aos clientes são um

diferencial que pode ser observado na empresa em questão.

Os atendimentos são realizados sempre da melhor forma possível, sempre

enfatizando um clima de amizade e respeito entre a atendente e os clientes. Com isso a

empresa mantém boas relações, conservando clientes já existentes e atraindo outros

em potencial, ganhando uma boa imagem na sociedade, além de publicidade que será

feita pelos próprios clientes sobre seus produtos e serviços.

Para se oferecer um atendimento personalizado, torna-se fundamental perceber

a importância dos clientes para a sobrevivência da empresa. É preciso estar pronto

para conhecê-los profundamente e assim, poder encantá-los.

A loja é interativa, possibilitando um atendimento próximo dos clientes e

facilitando a exposição dos produtos.

A atendente tem como determinação mostrar e oferecer os produtos disponíveis

para venda, atrair o cliente através de seu atendimento especial.

A seguir Diagrama de fluxos para os serviços de customizações na Micheli

Modas:

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Figura 18. Diagrama de Fluxo – Atendimento pessoal para serviços de customização. Fonte: Estagiário.

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Hoje as lojas estão disponibilizando produtos cada vez mais similares, tanto nos

produtos em si, como nos benefícios oferecidos (formas de pagamentos, ambiente da

loja, estacionamento, comodidade), havendo diferença apenas nos serviços que são

prestados, sendo em forma de atendimento ou por meio da qualidade percebida nas

customizações solicitadas.

Os serviços de customização executados na Micheli Modas representam mais

um diferencial perante aos diversos concorrentes.

Lembrando, serviço pode ser considerado como um ato ou desempenho que cria

benefícios para seus clientes por meio de alterações desejadas (LOVELOCK e

WRIGHT, 2003).

Muitos consumidores fiéis em algumas marcas que são vendidas em lojas

concorrentes optam pelos serviços prestados pela Micheli Modas, devido aos preços

baixos, qualidade e rapidez na execução dos mesmos.

Com isso a loja acaba ganhando cada vez mais visitas, podendo oferecer seus

produtos e em alguns casos podendo até efetuar vendas.

Para produtos comprados na loja, os ajustes não são cobrados agregando valor

ao produto.

Os serviços de customização são feitos fora do horário de atendimento ou em

momentos de baixo movimento evitando assim, sobrecargas de atendimento na loja.

A loja conta com 2 (duas) máquinas de costura e uma profissional com mais de

25 (vinte) anos de experiência para execução dos serviços passando assim uma certa

confiabilidade aos clientes.

A capacitação humana é um aspecto observado para desenvolvimento do

serviço e as tecnologias que são usadas para desempenhar a função.

� Trocas de Produtos:

Após as compras, os clientes têm até 7 (sete) dias para efetuar a troca por

motivo de defeito dos produtos apresentando a nota fiscal.

As atendentes avaliam o produto, apresentando defeito, será consultado o

estoque para verificar o saldo do mesmo, caso haja disponibilidade, o produto será

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trocado imediatamente, não dispondo de saldo em estoque, os clientes poderão

esperar a troca por um mesmo item ou por produtos similares.

Sem o saldo em estoque, caso os clientes optem pelo mesmo item, a atendente

recebe os produtos, informa sobre o envio do mesmo para a fábrica, altera a ficha

cadastral de cliente e finaliza o atendimento. Posterior a finalização do atendimento, a

atendente entra em contato com as fabricas e informa sobre a devolução para troca dos

produtos com defeito.

Retornando os produtos para a loja (o retorno em média são de 15 (quinze) dias

após o envio), são analisados para verificar a qualidade e depois a atendente informa

os clientes da disponibilidade dos mesmos.

Os clientes chegam à loja e já são prontamente atendidos e encaminhados até

ao balcão para entrega dos produtos e alteração da ficha cadastral. A atendente então

questiona se desejam algo mais e finaliza o atendimento com uma saudação,

agradecendo a preferência e pedindo desculpas pelo incomodo.

Para os casos que os clientes optam por outros similares, descreve-se o mesmo

processo de venda de produtos, verificando sempre o valor dos produtos. Aceitando o

produto, os clientes são encaminhados até o balcão para acerto de contas.

Para produtos com valores superiores aos trocados, será cobrada a diferença,

respeitando as condições de pagamentos realizadas. Após atender as solicitações do

cliente, a atendente questiona se desejam algo mais e finaliza o atendimento com uma

saudação, agradecendo a preferência e pedindo desculpas pelo incomodo.

Com o término do atendimento e de posse do produto com defeito, a atendente

informa as fábricas sobre o envio dos mesmos para troca e após retorno é estocado.

As peças somente serão trocadas por produtos de igual valor ou superior e caso

não seja detectado o defeito, o produto não será trocado.

As notas fiscais não são alteradas devido a apresentar uma descrição

simplificada do produto.

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Apresenta o seguinte fluxograma:

Figura 19. Fluxograma de atendimento pessoal para trocas de produtos. Fonte: Estagiário.

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Seguem abaixo Diagramas de fluxo de processos para troca de produtos com

defeitos com e sem saldo em estoque:

Figura 20. Diagrama de Fluxo – Atendimento pessoal para trocas de produtos com estoque. Fonte: Estagiário.

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Figura 21. Diagrama de Fluxo – Atendimento pessoal para trocas de produtos sem estoque. Fonte: Estagiário.

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A Qualidade é uma condição que a empresa tem em satisfazer seus clientes

melhor do que a concorrência, obter maior participação no mercado, aprimorar a

produtividade dos seus processos e funcionários e aumentar sua lucratividade.

Para Lovelock e Wright (2003, p. 102), “a qualidade do serviço é o grau em que

um serviço atende ou supera as expectativas do cliente”.

Os defeitos de fabricação nos produtos comercializados pela Micheli Modas, são

prontamente trocados caso tenha em estoque e nos casos em que não possui

disponibilidade, a atendente oferece outros similares ou agiliza o processo de troca com

a fábrica.

Essas trocas podem ser prejudiciais para loja devido à insatisfação dos clientes,

o deslocamento até a loja para reclamarem dos produtos e a demora no retorno dos

mesmos (que em média são de 15 (quinze) dias).

A loja, sabendo destes fatores, acaba realizando uma vistoria nos produtos antes

de serem expostos e/ou estocados de modo a evitar futuras devoluções que acabam

gerando custo com telefonemas e envios para trocas nas fábricas.

As fábricas apresentam-se sempre dispostas a trocarem os produtos com defeito

o mais rápido possível para que seus clientes finais continuem sempre fieis a marca e

comprem cada vez mais seus produtos.

Como mencionado anteriormente, a loja respeita 7 (sete) dias após as compras

para troca, porém as normas de proteção ao consumidor através do Código de Defesa

do Consumidor, que regulam a relação de consumo, regem 30 (trinta) dias para

produtos não-duráveis.

A Presidência da República (Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos),

apresenta a Lei n.º 8.078 de 11 de setembro de 1990 mencionando o Código de Defesa

do Consumidor (Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/L8078.htm, Acesso

em: 26 de agosto de 2006), menciona no seu art. 26 que o prazo para que os clientes

possam reclamar as trocas relacionadas à defeitos nos produtos corresponde até 30

(trinta) dias da data da compra (tratando-se de produtos não-duráveis).

A base da atividade empresarial é a satisfação das necessidades dos clientes, e

se estes não se sentirem satisfeitos deixam de comprar da loja.

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� Continuidade do atendimento:

Alguns clientes optam por levarem produtos para provar em suas residências e

retornarem no dia seguinte, para então, finalizarem o atendimento. Nestes casos, os

clientes são conduzidos até ao balcão.

Aceitando os produtos, a atendente altera a ficha cadastral efetuando o mesmo

processo de venda, depois questiona se desejam algo mais e finaliza o atendimento

com uma saudação e agradecendo a preferência.

Caso não aceitem os produtos, a atendente confere e altera a ficha cadastral dos

clientes, depois questiona se desejam algo mais e finaliza o atendimento com uma

saudação e agradecendo a preferência.

Apresenta o seguinte fluxograma:

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Figura 22. Fluxograma de retorno de atendimento. Fonte: Estagiário.

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Segue abaixo Diagrama de fluxo de processos para compra com retorno de

atendimento:

Figura 23. Diagrama de Fluxo – Retorno de atendimento. Fonte: Estagiário. Com este serviço, a loja possibilita aos seus clientes a vantagem de provar os

produtos em suas residências com mais comodidade, paciência, observando cada

detalhe e utilizando seus acessórios pessoais (sapatos, calças, blusas, bolsas, jóias,

etc.) verificando assim sua compatibilidade.

Por outro lado, torna-se um processo cansativo aos próprios clientes devido ao

seu retorno até a loja para então efetuar a compra ou devolução dos produtos.

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Com a demora e indecisão que os clientes apresentam na hora de provarem os

produtos na loja, com este processo a atendente acaba fica disponível para realizar

outros atendimentos.

Contudo, devido à loja possuir estoque limitado de produtos (apresenta poucas

quantidades de vários modelos), este processo pode prejudicar as vendas em um dado

momento, já que os produtos que são levados pelos clientes podem ser únicos.

5.1.3 Considerações

Trata-se de uma loja de especialidade, apresentando uma linha restrita de

produtos, porém com uma grande variação (KOTLER e ARMSTRONG, 2003).

A empresa atua no ramo varejista que é representado pela compra de produtos

em grandes quantidades de fornecedores para depois realizar vendas aos

consumidores finais (RICHERT, apud LAS CASAS, 1994).

Atende a moda masculina e feminina destacando-se produtos como: calças,

camisas, jaquetas, cintos, meias, acessórios, etc. considerados como: produtos de

conveniência (são produtos com compras freqüentes, com um mínimo de comparação e

esforço), compra comparada (apresentam uma comparação feita em termos de

adequação, qualidade, preço e estilo), especialidades (características particulares, ou

uma identificação de marcas pelos compradores) (KOTLER e ARMSTRONG, 2003).

Os serviços disponibilizados por telefone são de utilidade para os clientes e para

a loja, podendo gerar benefícios para ambas às partes.

Com os atendimentos para consulta de estoque e preços, atendimentos

especiais fora do horário de funcionamento normal ou mesmo de esclarecimentos de

dúvidas que são disponibilizados por telefone aos clientes, aumentam o numero de

visitas podendo gerar vendas, mantém um clima de amizade e confiança entre a

atendente e os clientes ganhando, publicidade em favor da loja, e gerando comodidade

aos próprios clientes.

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Contudo, observado os tempos que são disponibilizados ao atendimento por

telefone, a loja perde versatilidade nos atendimentos pessoais, gerando um clima de

insatisfação por parte de alguns clientes nos momentos em que a loja está cheia.

Os atendimentos são considerados vendas pessoais que segundo Kotler e

Armstrong (2003), são apresentações pessoais feitas por uma força de vendas com o

propósito de ocasionar vendas e de criar vínculo de amizade com compradores e ainda

segundo Keegan e Green (1999), são comunicações de pessoa a pessoa ou entre um

representante da empresa e um possível comprador.

A força de vendas é necessária porque a loja não pode oferecer todos os

produtos que os consumidores desejam. Os clientes nem sempre acham na loja o que

estão procurando e a verdadeira missão do vendedor é vender o que a loja tem, e

converter clientes potenciais em compradores. A venda deve ser de forma orientada e

diferenciada para cada cliente, atendendo suas necessidades.

A empresa ainda presta serviços no que diz respeito a customizações em geral,

que podem ser considerados como um ato ou desempenho que cria benefícios para

seus clientes por meio de transformações desejadas (LOVELOCK e WRIGHT, 2003).

Trata-se de uma loja prestadora de serviços que são caracterizadas por manter

níveis de contato com os clientes e customizações segundo Slack et al. (1997), e ainda

o serviço é realizado através de combinações de atividades dos escritórios, pessoas e

equipamentos, tendo ênfase no produto/processo.

A loja possui (duas) máquinas de costura, onde a proprietária realiza todo o

serviço. Para Slack et al. (1997), serviços profissionais são baseados em pessoas com

destaque no processo de como o serviço é executado, sendo organizações de alto

contato, onde clientes gastam um tempo no processo do serviço, envolvendo altos

níveis de customizações, tornando-se altamente adaptável para atender suas

necessidades.

Os varejistas segundo Kotler e Armstrong (2003), apresentam níveis de serviços

do tipo auto-serviço (os próprios cientes são responsáveis pelo atendimento), serviço

limitado (parte do serviço é executado por um profissional) e serviço completo (todo o

serviço é executado pelo profissional).

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A empresa valoriza cada vez mais seu atendimento tentando sempre satisfazer

as necessidades dos clientes, baseado em Kotler (1996), a satisfação está ligada com a

percepção do cliente em relação às suas expectativas.

A loja torna seu atendimento pessoal cada vez mais criativo e inovador buscando

cada vez mais gerar um clima de amizade entre consumidor e lojista através dos

serviços prestados, sabendo que o atendimento pessoal é fundamental para que uma

empresa se torne mais competitiva.

Se os serviços prestados, forem executados com qualidade e agilidade, acabam

conquistando ainda mais os clientes mesmo que o atendimento não tenha ajudado

muito.

O grande desafio das lojas em geral é manter e aprimorar seu padrão de

atendimento, de modo a se diferenciar da concorrência.

Todo cliente espera ser tratado de uma forma que satisfaça suas necessidades,

e o que a empresa faz para que isso aconteça, podendo ser um preço justo, um produto

exclusivo, uma entrega antecipada, um atendimento personalizado feito com qualidade,

uma simples ligação para avisar das novidades, etc.

5.2 Compras

As compras de produtos são feitas de 3 (três) formas:

5.2.1 Viagens

A proprietária da loja e/ou a consultora de moda, realizam viagens para compras

de produtos e acessórios em fornecedores localizados em São Paulo e Maringá

normalmente de 45 (quarenta e cinco) em 45 (quarenta e cinco) dias, podendo variar

dependendo do volume de vendas e saldo em estoque da loja.

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A proprietária da loja ou a consultora de moda efetua a reserva das passagens

com a agência de turismo optando normalmente com a saída nos domingos e o retorno

nas terças-feiras.

Com a data da viagem já marcada, a proprietária da loja e/ou a consultora de

moda fazem um levantamento do estoque de produtos e dos valores que estão

disponíveis em caixa e depositados na conta da loja (sem reserva para pagamentos

futuros).

Os clientes são avisados na semana da data da viagem.

Chegando nos fornecedores, os produtos são selecionados (modelos, tamanhos

e cores) segundo as percepções de mercado das compradoras e as tendências da

moda.

Os pagamentos são efetuados nos próprios fornecedores (valores pagos á vista

ou com cheques pré-datados), onde são retiradas as mercadorias.

Chegando de viagem, as mercadorias são conferidas e separadas por formato e

modelo. No momento da conferencia, é adicionado preço e condições de pagamento

nos produtos que depois vão para exposição e estoque. Os preços são elaborados com

base no valor.

A atendente prepara a vitrine com os produtos selecionados de modo a chamar a

atenção dos clientes.

Depois de adicionado os preços e armazenados os produtos, a consultora de

moda informa aos clientes da chegada de novos produtos por meio de conversas

informais pela internet e/ou telefone.

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Apresenta o seguinte fluxograma:

Figura 24. Fluxograma de compras por intermédio de viagens. Fonte: Estagiário.

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Segue abaixo o Diagrama de fluxo para compras por meio de viagens:

Figura 25. Diagrama de Fluxo – compras por intermédio de viagens. Fonte: Estagiário.

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As viagens são em média feitas de 45 (quarenta e cinco) em 45 (quarenta e

cinco) dias, fazendo com que evitem a formação desnecessária de estoque e ao

mesmo tempo não permitir que falte qualquer produto na loja.

As verificações de caixa e saldo bancário são para que as compradoras possam

negociar descontos, efetuando pagamentos á vista nos fornecedores.

Para este processo, os pagamentos são sempre realizados com dinheiro ou

cheques.

Existem muitas lojas concorrentes na região destacando-se: Koisa de Pano,

Moda e Romance, Crispim, Século, Dettagli e Mix Mania que são atendidas por

inúmeros fornecedores conhecidos, então o diferencial é buscar novos fornecedores

fora do estado de Santa Catarina, onde terão produtos diferenciados, exclusivos e

novidades desconhecidas pela maioria das lojas e dos clientes.

As compradoras, neste processo de compra, acabam ficando cansadas com a

viagem que se inicia no domingo próximo das 19:00hs e com chegada em Tijucas na

terça-feira por volta das 4:00hs, além dos translados até seus fornecedores e ainda

abrir a loja para funcionamento no mesmo dia do retorno, conciliando atendimento com

formação de preços e estocagens.

As compradoras têm certo poder de barganha neste processo de compra com

os fornecedores devido às visitas mensalmente realizadas, conseguindo descontos

esporádicos, brindes promocionais e melhores prazos de pagamentos.

5.2.2 Representantes

A loja recebe visitas de tempos e tempos de representantes, no qual os pedidos

são feitos por meio de observações de catálogos ou amostras dos produtos referentes

as próximas estações que são apresentados à proprietária e a consultora de moda.

Sendo os produtos do agrado das compradoras, será feito um pedido juntamente

com o representante sendo que o pagamento será feito por meio de boletos bancários

ou cheques pré-datados, variando de fornecedor para fornecedor.

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As mercadorias compradas chegam à loja após 30 (trinta) ou 40 (quarenta) dias

onde são conferidas e separadas por formato e modelo. No momento da conferencia, é

adicionado preço e condições de pagamento nos produtos que depois vão para

exposição e estoque. Os preços são elaborados com base no valor.

A atendente prepara a vitrine com os produtos selecionados de modo a chamar a

atenção dos clientes.

Depois de adicionado os preços e armazenados os produtos, a consultora de

moda informa aos clientes da chegada dos mesmos por meio de conversas informais

pela internet e/ou telefone.

Apresenta o seguinte fluxograma:

Figura 26. Fluxograma de compras por intermédio de representantes. Fonte: Estagiário.

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A compra por meio de representantes apresenta o seguinte Diagrama de fluxo:

Figura 27. Diagrama de Fluxo – compras por intermédio de representantes. Fonte: Estagiário.

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Os representantes normalmente visitam a loja uma vez por mês, possibilitando a

compra de produtos para próxima estação.

A loja compra de representantes das marcas Retook e Interrogação, que mantém

um vínculo de amizade e respeito com as compradoras, procurando fidelizar mais ainda

este contato.

Com este processo, a loja ganha comodidade no atendimento que é feito direto

na empresa onde é disponibilizada também uma atenção especial, porém, em dias de

movimento a loja acaba perdendo umas das atendentes.

5.2.3 Eventos

Trata-se de um processo bem parecido com as compras por meio de

representantes.

Um fornecedor em especial (Retook) proporciona um atendimento diferenciado

para as lojistas que são eventos relacionados com a apresentação das suas coleções

por meio de desfiles de modelos e catálogos, incluindo coquetéis.

As peças são escolhidas pela consultora de moda e proprietária. Depois, seguem

os mesmo procedimentos do processo de compra por intermédio de representantes.

Estes eventos normalmente são para apresentação de uma nova coleção para

os lojistas.

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Apresenta o seguinte fluxograma:

Figura 28. Fluxograma de compras por intermédio de eventos. Fonte: Estagiário.

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O processo de compra por meio de eventos apresenta o seguinte Diagrama de

fluxo:

Figura 29. Diagrama de Fluxo – compras por intermédio de eventos. Fonte: Estagiário.

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A loja é sempre convidada para este tipo de evento devido ao relacionamento

existente com a marca Retook.

São eventos de moda com o objetivo de divulgação de produtos relacionados

com a próxima estação possibilitando que lojistas realizem pedidos antecipados.

5.2.4 Considerações

Hoje, a empresa conta com um número significativo de fornecedores tais como:

Retook, Interrogação, Umen, Vida Bela, Lei Única, Pargan e LF. Efetua compras por

meio de representantes, visitas nos pontos de venda e em atacados, caracterizando

canal de marketing indireto (um ou mais níveis de distribuição), adotando um sistema

vertical de marketing (fabricantes, atacadistas e varejistas atuando em um sistema

unificado) (KOTLER e ARMSTRONG, 2003).

Possui ainda distribuição exclusiva de marca Osmoze, que segundo Kotler e

Armstrong (2003) é o direito exclusivo de distribuição somente a um número limitado de

revendedores e localidades.

Para efetuar as compras, proprietária e a consultora de moda escolhem peças

segundo sua percepção de mercado e as tendências da moda.

Para Levy e Weitz (2000), a moda é um tipo de produto ou uma forma de

comportamento que é provisoriamente benquisto por um grande número de

consumidores. A moda dá as pessoas uma oportunidade de atender muitas

necessidades (emocionais e práticas). As novas modas surgem a partir várias fontes

tais como os designers de costura, próprios consumidores, por celebridades e até

mesmo por varejistas criativos.

Após a chegada dos produtos, no ato da conferência, já são estipulados os

preços e as condições de pagamento.

Os preços são elaborados com base no valor de percepção das compradoras e

não no custo do produto como fator fundamental (KOTLER e ARMSTRONG, 2003).

Após as compras e a chegada das mercadorias, a consultora informa os clientes

por meio de propagandas que podem ser definidas como sendo qualquer forma paga

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de apresentação e promoção não pessoal de produtos por uma empresa (KOTLER E

ARMSTRONG, 2003).

Nos diferentes tipos de compra, sempre são observados os valores em caixa e

saldo bancário evitando assim gastos além das suas disponibilidades e as quantidades

de produtos em estoque, para que não seja efetuada uma compra alta, fazendo com

que não gire o estoque tendo que futuramente fazer promoções.

O controle dos níveis de estoque de matérias-primas e de material para revenda

é de capital importante no gerenciamento dos resultados de uma empresa.

A Micheli Modas está voltada para obtenção de um estoque limitado de peças

devido as constantes mudanças nas tendências da moda.

Segundo Slack et al. (1997), estoque é armazenagem de materiais para uso nos

processos de transformações.

Devido à experiência adquirida na loja, proprietária e a consultora de moda

compram poucas quantidades de um mesmo item, mas com grande variação de

modelos evitando assim que, diferentes clientes tenham comprado produtos iguais.

A administração de estoque deve diminuir o capital total investido nos estoques,

pois com seu aumento o custo financeiro aumenta. O objetivo é otimizar o investimento

em estoques, aumentando o uso eficiente dos meios internos da empresa, minimizando

as necessidades de capital investido (DIAS, 1996).

5.3 Área Financeira

A área financeira na loja é representada por suas contas a receber descritas no

processo de atendimento pessoal aos clientes (pagamentos) e contas a pagar.

5.3.1 Contas a Pagar

As compras são feitas sempre analisando o volume de vendas e a

disponibilidade em caixa para realizar os pagamentos.

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Uma vez por semana, a proprietária emite um extrato bancário, para poder então

verificar o saldo disponível.

Diariamente a proprietária realiza funções financeiras tais como: a conferência do

saldo em conta por meio dos extratos emitidos, verifica a existência de documentos de

cobranças que serão pagos no dia, cheques pré-datados para a data e verifica também

as contas com vencimentos para a próxima semana reservando assim os valores para

o seu pagamento.

Para o agendamento de novas contas a pagar, os documentos de cobrança

(boletos bancários, despesas fixas da loja, taxas e impostos) e/ou canhoto dos cheques

pré-datados são devidamente apresentados para a proprietária da loja que verifica o

seu valor e a data de pagamento podendo ser no ato da entrega ou para pagamentos

futuros, que são devidamente arquivados em sua agenda que é monitorada

diariamente.

Para os documentos com a cobrança no ato da apresentação (despesas

imprevistas, compras de utensílios á vista), a proprietária avalia o caixa para pagamento

em dinheiro, caso não tenha saldo disponível, verifica saldo bancário e emite um

cheque para o devido pagamento (lembrando sempre da existência das reservas para

pagamento de contas futuras).

Para os pagamentos já agendados, na data do seu vencimento, a proprietária

resgata o valor correspondente (previamente separado) e os encaminham até ao banco

ou para o local de cobrança para efetuar a quitação, no caso dos cheques pré-datados,

o extrato bancário da loja será alterado baixando o valor do cheque correspondente e

verificado a saída do valor na próxima semana.

A proprietária depois de realizar os recebimentos dos clientes, efetua o depósito

em conta dos valores, deixando sempre saldo em caixa para eventuais pagamentos e

para servir de troco o caso de pagamentos á vista.

Depois de pagos e baixados (cheques), os documentos são devidamente

arquivados.

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Segue abaixo o fluxograma para o pagamento de contas á vista e agendamento

de contas futuras:

Figura 30. Fluxograma de apresentação de contas a pagar. Fonte: Estagiário.

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Nos casos de pagamento de contas á vista, este processo apresenta-se da

seguinte maneira:

Figura 31. Diagrama de fluxo – pagamento de contas á vista. Fonte: Estagiário.

Todas as compras geram despesas que são pagas através de boletos bancários

ou por meio de emissão de cheques pré-datados. Para estes documentos, a

proprietária possui um controle de datas simples, que é realizado através do

arquivamento dos documentos em uma agenda nas devidas datas de vencimento

facilitando sua visualização.

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Para a verificação diária de contas a pagar, a loja apresenta o seguinte

fluxograma:

Figura 32. Fluxograma de verificação diária de contas a pagar. Fonte: Estagiário.

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Para a verificação diária de contas com pagamentos no dia, o Diagrama de

fluxos apresenta-se da seguinte maneira:

Figura 33. Diagrama de fluxo – verificação diária de contas a pagar. Fonte: Estagiário.

Diariamente a proprietária monitora as contas a pagar sempre após a abertura

da loja para que não atrapalhe os atendimentos aos clientes.

Os pagamentos normalmente são feitos pela própria proprietária da loja no início

da tarde.

Os pagamentos das cobranças são feitos preferencialmente com dinheiro do

caixa, evitando assim a emissão de cheques que acabam gerando a cobrança de

encargos bancários.

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5.3.2 Considerações

A loja acaba gerando bastante retorno com as vendas que usa para saldar suas

dívidas, possuindo ainda certa reserva financeira em caixa para os casos em que as

cobranças sejam efetuadas no ato da apresentação do documento de cobrança ou para

a necessidade de compra de produtos com utilidades diversas para a loja com

pagamento á vista.

As contas a receber deverão estar sincronizadas com as contas a pagar a fim de

que, não se efetue um pagamento sem que haja caixa disponível.

Devido à loja não possuir um controle de suas contas a receber, a proprietária

não pode realizar um planejamento financeiro adequado que representa uma das

atividades básicas de um administrador financeiro que trata da transformação dos

dados em informações de forma que possam ser utilizados para monitorar a situação

financeira da empresa, verificação da necessidade de aumentar ou reduzir sua

capacidade produtiva e determinação de aumentos ou reduções de financiamentos

(GITMAN, 1997).

Além do planejamento financeiro, fazem parte das atividades do administrador

financeiro as decisões de investimentos e de financiamentos para a empresa (GITMAN,

1997).

Com isso, a proprietária não sabe de informações tais como: os lucros obtidos no

mês ou no ano, quanto pode investir na loja (infra-estrutura) e nível de retorno das

vendas.

Segundo Hoji (2000), para a administração financeira, o objetivo de uma

empresa é aumento dos lucros. Para alcançar este objetivo, o administrador financeiro

deve aprender a avaliar o risco e o retorno.

O risco é a possibilidade de prejuízos financeiros e o retorno é o total de ganhos

ou prejuízos dos proprietários relativos a um investimento (GITMAN, 1997).

A loja possui um valor disponibilizado para uso na sua conta bancária tido como

cheque especial.

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Como a loja não possui um controle apurado de suas contas a receber, podem

existir casos em que a loja não dispõe de valores disponíveis, fazendo uso deste,

pagando assim juros por sua utilização.

Os juros são os valores pagos para as instituições financeiras pelo recurso

utilizado e taxa de juro é percentual que se aplica ao capital para determinar o valor do

juro (HOJI, 2000).

Na administração do capital de giro da loja é fundamental um bom controle de

contas a receber, contas a pagar e estoques, pois exercem influência na sua liquidez e

rentabilidade final.

O capital de giro é constituído segundo Martins e Neto (1996), na maioria das

vezes por ativos monetários, depreciáveis diante a inflação.

5.4 Processo Terceirizado

A Contabilidade Alinor Furtado presta serviços para a Micheli Modas no que diz

respeito à assessoria fiscal e contábil, sendo responsável por calcular os valores dos

impostos, lançamentos fiscais e folhas de pagamento que serão pagos pela empresa

no período.

O funcionário da Contabilidade entra em contato com a proprietária ou consultora

de moda da loja solicitando o envio de documentos (notas fiscais de entrada de

mercadorias e de venda ao consumidor do período) para calculo do imposto há ser

pago e lançamentos fiscais. As funcionárias da loja reúnem os documentos solicitados

que são enviados para contabilidade até o final do mês.

Após o término dos lançamentos fiscais e dos cálculos dos valores das taxas, a

contabilidade confecciona os boletos para pagamentos das mesmas, incluindo as folhas

de pagamento e os enviam para loja.

Os prazos de retorno dos documentos de cobrança são de 5 (cinco) dias com

pagamento no dia 10 (dez) de cada mês.

Depois de pagos, os documentos são devidamente arquivados.

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Segue abaixo, fluxograma para separação dos documentos necessários à

Contabilidade:

Figura 34. Fluxograma de envio de documentos para a Assessoria Contábil. Fonte: Estagiário.

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Para este processo de envio dos documentos para Contabilidade o Diagrama de

fluxo apresenta-se da seguinte maneira:

Figura 35. Diagrama de fluxo – envio de documentos para a Contabilidade. Fonte: Estagiário.

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5.4.1 Considerações

A terceirização hoje vem sendo uma alternativa para as organizações,

diminuindo o número de funcionários, reduzindo as despesas fixas com encargos

salariais tornando a empresa mais ágil nos processos administrativos apenas

repassando algumas das suas atividades para terceiros.

A loja optou em terceirizar a área da contabilidade para realizações das tarefas

fiscais e de folha de pagamento pagando uma taxa pelo serviço que é executado por

profissionais qualificados, com agilidade e segurança.

Usualmente são efetuados serviços, apenas de escrituração, apuração das

informações de natureza fiscal e serviços de recursos humanos.

A contabilidade acaba disponibilizando relatórios administrativos para a loja tais

como: balancetes mensais que seriam as entradas e saídas de produtos e o seu saldo

em estoque no mês e uma relação de faturamento mensal sendo que estes não são

utilizados pela proprietária acaba desconhecendo o valor dessas informações

contábeis, considerando que a contabilidade deve ser realizada apenas para o

cumprimento da legislação.

Esta terceirização acaba gerando algumas vantagens para a loja com: a redução

das despesas com os encargos salariais que seriam pagos para um profissional

qualificado de contabilidade, a redução dos espaços necessários para arquivamento

dos documentos fiscais e ainda ganha consultoria especializada em diversos assuntos

administrativos, contábeis e jurídicos.

A desvantagem percebida é que a proprietária acaba pagando por um serviço

disponibilizado que acaba não sendo utilizado na sua totalidade (relatórios

disponibilizados).

A loja paga o DARF-SIMPLES que é um imposto criado especificamente para o

recolhimento dos impostos e contribuições incluídos no SIMPLES - Sistema integrado

de pagamento de impostos e contribuições das microempresas e empresas de pequeno

porte, nos termos definidos na Lei n.º 9.317 de 05/12/1996 (Disponível em

http://www.sebrae.com.br Acesso em: 11 de outubro de 2006).

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5.5 Marketing e suas Considerações

Marketing liga os fabricantes de produtos ou serviços com os clientes, sejam eles

existentes ou potenciais por meio de seu composto mercadológico.

Os processos de Marketing que foram observados, já foram descritos

anteriormente.

O composto mercadológico é formado pelo produto (bens ou serviços), preço,

tipos de distribuição e formas de promoção (FUTRELL, 2003).

Os produtos

Um produto é algo que pode ser oferecido em um mercado para satisfazer a um

desejo ou uma necessidade das pessoas, onde envolve sua descrição, marcas, cores,

tamanhos e embalagens. Para uma escolha correta em dispor um produto no mercado,

o principal componente que este deverá oferecer é qualidade, pois é peça fundamental

para que a empresa obtenha sucesso.

A Micheli Modas é uma loja de especialidades atuando no varejo atendendo a

moda masculina e feminina oferecendo produtos de conveniência, compra comparada e

especialidades e prestação de serviços de customizações possuindo 2 (duas) máquinas

de costura, onde a proprietária realiza todo o serviço.

A loja destaca-se no mercado com produtos que representem um apelo de

diferenciação e exclusividade, trabalhando com itens de qualidade e diversas marcas

reconhecidas pelo público exigente com cores da estação e um mix de estampas,

texturas, e bordados, oferecendo também diversos acessórios para o seu complemento.

Os produtos e serviços estão melhores descritos nos diversos processos de

atendimentos aos clientes.

O preço

Na economia e nos negócios, o preço é um valor monetário expresso

numericamente associado a produtos, serviços ou bens.

As principais forças que influenciam nos preços da Micheli Modas são

decorrentes da qualidade e exclusividade dos produtos. Entretanto, novas coleções,

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novas tendências, além das mudanças das estações do ano e estoques disponíveis,

influenciam na redução ou acréscimo nos preços das mercadorias.

Como já foi mencionado, depois da chegada dos produtos na loja, são

estipulados os preços com base no valor de percepção das compradoras e não o custo

de produto.

Este processo apresenta-se descrito nas compras de produtos.

Distribuição

A Loja comercializa seus produtos no varejo diretamente através de suas

instalações físicas e seus funcionários atendendo clientes dos mais variados bairros de

Tijucas e de cidades vizinhas (Canelinha, São João Batista, Porto Belo, Itapema)

representando um canal direto ao consumidor não existindo níveis de intermediários

(KOTLER e ARMSTRONG, 2003).

A loja está situada na rua Marechal Deodoro n.º 76 no Centro de Tijucas como já

foi mencionado.

Promoção

A promoção gera um estimulo de demanda do produto ou serviço. O propósito da

promoção é informar, persuadir e lembrar o consumidor que a loja tem determinados

produtos.

A promoção é peça fundamental para o marketing competitivo, pois os resultados

que podem ser obtidos através da promoção gerando o aumento da vendas, melhoria

da imagem da marca e aumento do conhecimento do negócio pelos consumidores.

A consultora de moda fica encarregada na elaboração da divulgação das

promoções e novidades da loja.

Sempre, no final de cada estação, são realizadas promoções com o objetivo de

reduzir o estoque e gerar receita para futuras compras sendo que as propagandas são

apresentadas por um tipo de mídia móvel de rua além anúncios na rádio local.

A consultora utiliza ainda formas de propagandas por meios eletrônicos (envio de

e-mails para clientes cadastrados, conversas informais pelo MSN Messenger - Microsoft

Network, é um programa de mensagens instantâneas criado pela Microsoft Corporation

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e mensagens enviadas pelo ORKUT, que é uma rede social filiada ao Google, um dos

maiores sites de busca) e por contatos telefônicos.

O mix de promoção consiste em um conjunto de instrumentos de comunicação

como propaganda, venda pessoal, promoções de venda, relações públicas e marketing

direto (KOTLER e ARMSTRONG, 2003).

Os atendimentos e as conversas informais são caracterizados como relações

públicas e marketing direto.

Relações Públicas são o desenvolvimento de boas relações com diferentes tipos

de consumidores para obtenção de publicidade (propaganda não paga) favorável,

marketing direto é o contato direto feito com consumidores em potencial para o alcance

de respostas imediatas e para manter um clima de amizade. Pode ser exemplificado

com venda pessoal, telemarketing, mala-direta, catálogos, televendas, terminais de

multimídias e marketing on-line (KOTLER E ARMSTRONG, 2003).

Este processo apresenta-se descrito nos atendimentos prestados aos clientes.

5.6 Recursos Humanos

Dentro da empresa, há um clima de respeito e integração por parte das

funcionárias que trabalham sempre com o objetivo de superar as expectativas

profissionais, pessoais e cada vez mais desenvolver ações que levem ao crescimento

da empresa.

As tarefas executadas na loja são divididas da seguinte forma: a consultora de

moda realiza os atendimentos aos clientes e representantes, compras de mercadorias,

contas a receber, pagamentos diversos, criação e divulgação de propagandas e auxilia

na formação dos preços e proprietária desempenha as mesmas tarefas da consultora,

incluindo a administração financeira da loja (contas a pagar).

A administração de recursos humanos tem como referência à administração de

pessoas que participam das organizações e dentro delas desempenham alguma função

(CHIAVENATO, 2002).

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116

5.6.1 Salários

O escritório de Contabilidade Alinor Furtado efetua serviços de cadastro de

funcionários, admissão, folha de pagamento, apuração de encargos sociais: FGTS

(Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), contribuição previdenciária ao INSS

(Instituto Nacional de Seguro Social) e IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) e

demissão de funcionários.

A proprietária absorve parte dos lucros da loja e para a consultora de moda, é

pago um salário base, mais uma comissão baseada no preço de venda das

mercadorias não fazendo parte da folha de pagamento. Esta comissão paga é

calculada no final de cada mês somando os percentuais de cada venda efetuada pela

consultora de moda (percentual não divulgado).

No final de cada mês a contabilidade envia as folhas de pagamento impressas

juntamente com os boletos de cobrança para proprietária.

O pagamento dos salários respeitam o processo de contas a pagar.

A remuneração é um valor recebido pelas pessoas em troca do seu trabalho,

dedicação e esforços perante a empresa sendo dividida em: remuneração básica

(salário mensal ou por hora), incentivos salariais (bônus, participação nos lucros, etc.) e

benefícios (seguro de vida e saúde, refeições, transporte, etc.) (CHIAVENATO, 1999).

5.6.2 Recrutamento e Seleção

Como não foi observado este processo na loja, segue algumas considerações

sobre o tema.

O processo de recrutamento necessita de criatividade para atrair o máximo de

pessoas que tenham o perfil desejado, pois auxilia no processo de seleção para que a

vaga seja preenchida adequadamente. Após o recrutamento, a seleção vem para

agregar as pessoas á organização.

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117

O recrutamento é um conjunto de técnicas e procedimentos visando atrair

candidatos para ocupar cargos dentro da empresa (CHIAVENATO, 2002).

É uma procura por profissionais qualificados para que não haja contratações

incertas e inadequadas. Esta procura pode ser feita através de anúncios em jornais da

região, locais específicos como escolas e universidades e através de empresas

especializadas.

A seleção consiste em fazer a escolha adequada do candidato, onde se escolhe

dentre uma lista de concorrentes ao cargo uma pessoa que melhor alcançou os critérios

da seleção.

As políticas de contratação devem valorizar não apenas a experiência e a

formação, mas também o potencial, a capacidade de realização e as qualidades que os

candidatos possuem. Após a análise dos currículos recebidos, a seleção pode ser

conduzida através das aplicações de diversas técnicas de modo a testar o candidato

em determinadas situações. As técnicas mais comuns são entrevistas, dinâmica de

grupos, provas situacionais, teste de conhecimentos e testes psicológicos.

Depois de formar uma lista de candidatos qualificados, será realizada uma

entrevista, onde o conhecimento e as habilidades serão conhecidas pelo empregador.

A seleção é uma peça fundamental para a empresa pois, no caso de haver uma

contratação errada para tal função, a empresa desperdiçou tempo e dinheiro além de

que o empregador terá que investir novamente em outra pessoa. Portanto, definir

claramente o modo como será feito à seleção dos candidatos requer experiência,

aptidão e discernimento para tomar as atitudes devidas na hora certa.

A seleção de recursos humanos tem a função de escolher, dentre os candidatos

selecionados, aqueles que possuem qualidades necessárias para a ocupação da vaga

(CARVALHO e NASCIMENTO, 2000).

5.6.3 Treinamento

Como não foi observado este processo na loja, segue algumas considerações

sobre o tema.

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O treinamento passa a ser entendido como uma maneira eficaz de agregar valor

às pessoas, à organização e aos clientes. Ele enriquece as relações, é responsável

pelo capital intelectual das organizações e pelo desenvolvimento humano. É um

processo de aprendizagem, ocorrendo mudanças de comportamento, através da

incorporação de novos hábitos, atitudes e conhecimentos.

O treinamento é um meio de completar as deficiências dos funcionários no que

diz respeito aos conhecimentos, as habilidades e atitudes para chegar às exigências

dos cargos. Portanto, é necessário compreender que treinamento é orientado para o

presente, focalizando o cargo atual e buscando melhorar aquelas habilidades e

capacidades relacionadas com o desempenho imediato do cargo (GIL, 1994).

Primeiramente é imprescindível levantar a necessidade de treinamento de que a

loja necessite. Essas necessidades abrangem primeiramente as técnicas de vendas,

que atualmente é fator chave para o sucesso da organização.

É importante ressaltar que o funcionário motivado e bem treinado trará benefícios

para a empresa ao qual irá auxiliar no sucesso empresarial, e consequentemente

alavancar as vendas.

Um programa de treinamento bem-sucedido pode proporcionar: melhoria da

eficiência dos serviços, aumento da eficácia nos resultados, qualidade e produtividade,

além de melhorar o atendimento aos clientes.

É necessário ainda, que o treinamento seja uma atividade continua e constante,

pois as pessoas que já operam dentro da organização necessitam ser recicladas para

que suas tarefas sejam movidas de desempenhos positivos.

Em qualquer ramo de negócio, o sucesso de uma loja depende, em grande parte

da qualificação de seus funcionários, especialmente os que trabalham diretamente com

o público, onde exige treinamento e empatia para com o cliente.

5.7 Resumo dos Processos

Segue resumo dos processos observados na Micheli Modas:

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Processo Considerações

Atendimento por telefone

Aumentam as visitas de clientes, mantém um clima de

amizade e confiança entre a atendente e os clientes,

ganhando publicidade em favor da loja, e gerando

comodidade aos próprios clientes. Contudo, a loja perde

versatilidade nos atendimentos pessoais, gerando

insatisfação por parte de alguns clientes.

Atendimento pessoal

A vantagem para a loja do retorno dos clientes para a

quitação das parcelas é a possibilidade de oferecer produtos

recém chegados, já existentes ou em promoção.

Trata-se de uma loja de especialidade, apresentando uma

linha restrita de produtos com uma grande variação.

Trata-se ainda de uma loja prestadora de serviços,

caracterizada por manter níveis de contato com os clientes e

customizações.

A loja realiza uma vistoria nos produtos antes de serem

expostos e/ou estocados evitando futuras devoluções, que

geram certa insatisfação dos clientes.

A loja possibilita ainda a vantagem para os clientes de provar

os produtos em suas residências com mais comodidade,

paciência, observando cada detalhe. Contudo, devido à loja

possuir estoque limitado de produtos, este processo pode

prejudicar as vendas já que os produtos que são levados

pelos clientes podem ser únicos.

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Compras

Para efetuar as compras, proprietária e a consultora de moda

escolhem peças segundo sua percepção de mercado e as

tendências da moda.

As viagens são feitas de modo que evitem a formação

desnecessária de estoque e ao mesmo tempo não permitir

que falte qualquer produto na loja.

A loja possui certo poder de barganha.

Representantes normalmente visitam a loja uma vez por mês,

possibilitando a compra de produtos para próxima estação

além de ganhar comodidade no atendimento que é feito direto

na empresa, porém, em dias de movimento a loja acaba

perdendo umas das atendentes.

A loja é convidada para eventos de moda com o objetivo de

divulgação de produtos para próxima estação possibilitando a

realização pedidos.

A Micheli Modas está voltada para obtenção de um estoque

limitado de peças devido as constantes mudanças nas

tendências da moda.

Após a chegada dos produtos, no ato da conferência, já são

estipulados os preços e as condições de pagamento.

Área Financeira

A proprietária possui um controle de contas a pagar simples,

realizado através do arquivamento dos documentos em uma

agenda nas devidas datas de vencimento facilitando sua

visualização.

Os pagamentos são feitos preferencialmente com dinheiro do

caixa, evitando a emissão de cheques que acabam gerando a

cobrança de encargos bancários.

A loja não possui um controle de contas a receber,

dificultando um planejamento financeiro adequado.

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Processos Terceirizado

Vantagens: redução de despesas com os encargos salariais

pagos para um profissional qualificado de contabilidade,

redução de espaços necessários para arquivamento dos

documentos fiscais e ganha consultoria especializada em

diversos assuntos.

Desvantagem: o serviço disponibilizado não é utilizado na sua

totalidade (relatórios disponibilizados).

Marketing

A Micheli Modas é uma loja de especialidades atuando no

varejo atendendo a moda masculina e feminina oferecendo

produtos de conveniência, compra comparada e

especialidades e prestação de serviços de customizações

possuindo 2 (duas) máquinas de costura, onde a proprietária

realiza todo o serviço.

Depois da chegada dos produtos na loja, são estipulados os

preços com base no valor de percepção das compradoras e

não o custo de produto.

A Loja comercializa seus produtos no varejo diretamente aos

clientes, através de suas instalações físicas e seus

funcionários atendendo seus clientes.

A consultora utiliza formas de propagandas por meios

eletrônicos e por contatos telefônicos. Os atendimentos e as

conversas informais são caracterizados como relações

públicas e marketing direto.

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Recursos Humanos

As tarefas executadas na loja são divididas da seguinte forma:

a consultora de moda realiza os atendimentos aos clientes e

representantes, compras de mercadorias, contas a receber,

pagamentos diversos, criação e divulgação de propagandas e

auxilia na formação dos preços e proprietária desempenha as

mesmas tarefas da consultora, incluindo a administração

financeira da loja (contas a pagar).

A proprietária absorve parte dos lucros da loja e para a

consultora de moda, é pago um salário base, mais uma

comissão baseada no preço de venda das mercadorias.

Quadro 08. Resumo dos Processos da Micheli Modas. Fonte: Estagiário.

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6 PROPOSTAS

Como objetivo deste trabalho, as propostas a seguir servem como inovações e

melhorias nos processos e na infra-estrutura da Micheli Modas buscando a qualidade e

a competitividade.

Software de Gerenciamento de Loja:

Para um melhor controle das fichas cadastrais dos clientes, contas a receber e

contas a pagar, produtos em estoque e seus preços, fornecedores e ainda possibilitar a

impressão de notas fiscais ou cupons fiscais, a empresa necessita da aquisição de um

software de gerenciamento de loja. Trata-se de um sistema de gestão integrado,

possibilitando a obtenção de informações de todas as áreas da empresas. A empresa

possui um computador sendo necessário apenas à aquisição do software de gestão

devendo contribuir para o aumento da agilidade nos atendimentos e melhoras as

informações de controles de contas.

O custo implantação de um sistema de informação (um programa de gestão) é

de R$ 1.000,00 (preço fornecido por telefone pela Infox Sistemas, empresa de

Joinville), incluindo a instalação, o treinamento e um ano grátis de assistência técnica.

Pagamentos Eletrônicos:

A loja deve dispor dos meios de pagamentos eletrônicos e cartões de créditos de

modo a facilitar o pagamento dos produtos e serviços. As informações e os custos

levantados relacionados com a cobrança eletrônica são:

• Cartão VISA: para os cartões VISA de débito e credito será cobrada uma taxa de

inscrição no valor de R$ 50,00 mais uma mensalidade de R$ 84,00 (aluguel da

máquina).

• Cartão da REDECARD: para cartões MASTERCARD e REDESHOP será cobrada

uma taxa de inscrição no valor de R$ 44,00 mais uma mensalidade de R$ 69,00

(aluguel da máquina).

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Além destes valores, será cobrada também uma taxa referente ao valor da

transação que não foi divulgada pela atendente do banco.

Estas informações foram levantadas através de um contato realizado com a

Caixa Econômica Federal (a proprietária possui uma conta corrente neste banco

facilitando a contratação do serviço).

Melhorias nos atendimentos e na infra-estrutura da loja:

A loja deve criar algumas vantagens para atrair mais clientes e fidelizar os que já

possui. Estas vantagens podem ser:

� Oferecer ao cliente um cartão de fidelidade – em cada compra efetuada, o cliente

acumule pontos, e posteriormente poderá troca-los por produtos ou serviços.

� Realizar atendimentos particulares na loja – organizar desfiles com novidades para

um grupo fechado de clientes.

Para os desfiles, os custos serão relacionados com o número de clientes

(coquetel) podendo variar entre R$ 30,00 e R$ 60,00. Serão convidadas as próprias

clientes para servirem como modelos (sem custo para loja).

� Enviar um cartão exclusivo aos clientes aniversariantes com todas as novidades,

fazendo o convite para comparecer a loja em seu dia especial, onde terá desconto

nas compras.

� Investir em propaganda nos jornais locais, mostrando seus produtos e promoções.

Em contato com o jornal local, o valor de cada propaganda depende do espaço

que será utilizado podendo variar de R$ 45,00 à R$ 200,00.

� No aniversário da loja oferecer preços e condições especiais de produtos e serviços

para seus clientes.

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� Criar um ambiente aos quais os clientes sintam-se recepcionados com conforto e

atratividades (som ambiente, revistas, degustações, ambiente climatizado).

Para melhorar o ambiente interno da loja, será necessária a compra de um ar

condicionado e de caixas acústicas (podendo ser ligadas no computador da loja).

Os preços mencionados abaixo são demonstrativos de modo a expor para

proprietária um valor estimado de investimento.

Figura 36. Apresentação dos produtos. Fonte: http://www.buscape.com.br

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� Realização de treinamentos sabendo que se o cliente bem atendido volta sempre,

pode-se também considerar que este gera um faturamento para empresa.

Melhorando os atendimentos, a empresa ganha mais clientes e consequentemente

vende mais.

Os treinamentos poderão ser organizados através do SEBRAE - Serviço

Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (contato realizado por telefone para

levantamento de informações relacionadas com treinamentos e respectivos custos).

Os treinamentos oferecidos são:

• Administração de Pequenos Negócios – A arte de gerenciar com facilidade – 14h

• Administração de Pequenos Negócios – Custos e Preço de Venda – 6h

• Administração de Pequenos Negócios – Finanças – 6h

• Administração de Pequenos Negócios – Marketing – 12h

• Controles Financeiros Essenciais – 12h

• Como planejar seu negócio – 12h

• Gestão e Estratégias Financeiras – versão indústria e comércio lojista – 12h

• Gestão e Estratégias Financeiras – versão serviço – 12h

• Administração de Custos e Formação do Preço de Venda – 14h

• Formação de Preços – 15h

• Como Administrar Crédito e Cobrança – 14h

• Como Administrar Compras e Controlar Estoques – 14h

• Como selecionar, contratar, remunerar e preparar os funcionários – 15h

• Divulgando minha empresa de forma eficaz – 12h

• Preparando a empresa para vender mais e melhor – 12h

• Conquistando e mantendo clientes – 12h

• Fortalecendo a empresa no mercado – 12h

• Técnicas de Vendas – 15h

• Atendimento ao Cliente – 15h

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Os treinamentos oferecidos podem ser:

Cursos Abertos: qualquer pessoa interessada pode participar, seja ela física ou jurídica,

associada ou não da entidade empresarial.

Cursos Fechados: exclusivo para uma única empresa, associada ou não da entidade

empresarial, ficando limitado a um máximo de 30 participantes.

Os custos para os treinamentos são:

Os Cursos Abertos serão comercializados da seguinte forma, permitindo a

participação de 1 (uma) pessoa por inscrição:

• Curso com carga horária de 6 horas:

Valor entre R$ 35,00 e R$ 55,00 por inscrição.

• Curso com carga horária de 12 horas:

Valor entre: R$ 60,00 R$ 80,00 e por inscrição.

• Curso com carga horária de 14 e 15 horas:

Valor entre: R$ 75,00 e R$ 95,00 por inscrição.

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para que uma pequena empresa realmente cresça e se mantenha competitiva,

além de incentivos financeiros, necessita estar voltada para o oferecimento de um algo

diferente aos seus clientes. Este diferencial pode ser em preço melhor, um atendimento,

a qualidade dos produtos e serviços e uma inovação aparente.

Os objetivos deste trabalho foram atingido, pois, através da identificação,

descrição e estudo dos processos, foi possível formular algumas melhorias para a

empresa estudada.

As empresas podem fazer uso do estudo dos seus processos não só para

conhecer suas rotinas, mas também para aperfeiçoar os seus processos.

Com os resultados obtidos, a loja conheceu melhor seus processos internos e

com as modificações sugeridas, pode então melhorar algumas de suas atividades,

contribuindo para que se torne cada vez mais competitiva no mercado atual, atraindo e

satisfazendo cada vez mais clientes.

Uma das principais inovações sugeridas é a importância do emprego da

tecnologia de informação relacionada com um sistema de gestão de lojas,

demonstrando que não importa o tamanho da organização, a tecnologia não pode mais

ser algo desconsiderado. Além de ser uma ferramenta de controle, este sistema pode

ser uma solução nos processos em que se utilizem papeis (fichas cadastrais, agendas,

blocos) para controles diversos acarretando um problema para sua organização. A

eliminação dos arquivos em papel seria uma outra vantagem.

As outras melhorias sugeridas também são importantes refletindo-se nos

atendimentos prestados aos clientes e a própria infra-estrutura da loja contribuindo para

melhorar o seu ambiente interno.

São necessárias para as micro e pequenas empresas que se adeqüem para

enfrentar o mercado cujas melhores fatias serão absorvidas por empresas que

consigam modernizar-se rapidamente, proporcionando ao cliente a qualidade e

agilidade que ele espera.

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A soma mais importante sobre a realização deste trabalho foi o crescimento que

ele acrescentou proporcionando uma interatividade com uma empresa em todos os

seus setores. Com esta interação entre acadêmico e empresa, confrontou-se as teorias

de sala de aula com as práticas desenvolvidas em campo, contribuindo tanto para o

crescimento do acadêmico quanto para a empresa.

Por fim, recomenda-se que as propostas contidas neste trabalho sejam

analisadas para que possam ser implantadas no futuro, pois com certeza, contribuirão

para melhorar os processos internos da loja Micheli Modas.

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134

DECLARAÇÃO

A empresa MICHELI MODAS declara, para devidos fins, que o

estagiário Rodrigo N. Bonanomi, aluno do Curso de Administração do Centro

de Educação Superior de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do

Vale do Itajaí, cumpriu com a carga horária prevista para o período de

03/08/06 a 03/11/06, seguiu o cronograma de trabalho estipulado no Projeto

de Estágio e respeitou nossas normas internas.

Tijucas, 10 de novembro de 2006.

_____________________________________

Maria Gorete Martinenghi

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

______________________________________

Rodrigo Normélio Bonanomi

Estagiário

______________________________________

Maria Gorete Martinenghi

Supervisor de campo

______________________________________

Prof. Luciano Dalla Giacomassa

Orientador de estágio

______________________________________

Prof. Nelson Zunino Duarte

Responsável pelos Estágios em Administração