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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL ESTUDO DO DESEMPENHO DO CHAPISCO COMO PROCEDIMENTO DE PREPARAÇÃO DE BASE EM SISTEMAS DE REVESTIMENTO FRANZ EDUARDO CASTELO BRANCO LEAL ORIENTADOR: ELTON BAUER DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM ESTRUTURAS E CONSTRUÇÃO CIVIL PUBLICAÇÃO: MEST.DM - 017 D/03 BRASÍLIA/DF: DEZEMBRO - 2003

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

FACULDADE DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL

ESTUDO DO DESEMPENHO DO CHAPISCO COMO

PROCEDIMENTO DE PREPARAÇÃO DE BASE

EM SISTEMAS DE REVESTIMENTO

FRANZ EDUARDO CASTELO BRANCO LEAL

ORIENTADOR: ELTON BAUER

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM ESTRUTURAS E

CONSTRUÇÃO CIVIL

PUBLICAÇÃO: MEST.DM - 017 D/03

BRASÍLIA/DF: DEZEMBRO - 2003

ii

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

FACULDADE DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTRUTURAS E

CONSTRUÇÃO CIVIL

ESTUDO DO DESEMPENHO DO CHAPISCO COMO

PROCEDIMENTO DE PREPARAÇÃO DE BASE EM SISTEMAS DE

REVESTIMENTO

FRANZ EDUARDO CASTELO BRANCO LEAL

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO SUBMETIDA AO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL DA FACULDADE DE TECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE.

APROVADA POR:

______________________________________________________ ELTON BAUER, DSc. (ENC-UnB) (Orientador) _______________________________________________________ ANTÔNIO ALBERTO NEPOMUCENO, Dr. Ing (ENC-UnB) (Orientador)

_______________________________________________________ ENIO JOSÉ PAZINI FIGUEIREDO, DSc. (UFG) (Examinador Externo) BRASÍLIA/DF, 22 DE DEZEMBRO DE 2003.

iii

FICHA CATALOGRÁFICA LEAL, FRANZ EDUARDO CASTELO BRANCO Estudo do Desempenho do Chapisco como Procedimento de Preparação de Base em

Sistemas de Revestimento. [Distrito Federal, 2003]. xxiv, 109p., 297 mm (ENC/FT/UnB, Mestre, Estruturas e Construção Civil,

2003).Dissertação de Mestrado – Universidade de Brasília. Faculdade de Tecnologia. Departamento de Engenharia Civil.

1. Preparação de Base 2. Argamassas 3. Substratos Porosos 4. Sistemas de revestimento I. ENC/FT/UnB II. Título (série) REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA LEAL, FRANZ E. C. B. (2003). Estudo do Desempenho do Chapisco como Procedimento

de Preparação de Base em Sistemas de Revestimento. Dissertação de Mestrado, Publicação

E.DM 012A/03, Departamento de Engenharia Civil, Universidade de Brasília, Brasília,

DF, 115p.

CESSÃO DE DIREITOS AUTOR: Franz Eduardo Castelo Branco Leal TÍTULO: Estudo do Desempenho do Chapisco como Procedimento de Preparação de Base

em Sistemas de Revestimento.

GRAU: Mestre ANO: 2003

É concedida à Universidade de Brasília permissão para reproduzir cópias desta dissertação

de mestrado e para emprestar ou vender tais cópias somente para propósitos acadêmicos e

científicos. O autor reserva outros direitos de publicação e nenhuma parte dessa dissertação

de mestrado pode ser reproduzida sem autorização por escrito do autor.

____________________________

Franz Eduardo Castelo Branco Leal SHIS QI 28 CONJUNTO 13 CASA 12, LAGO SUL. 71.670-330, BRASÍLIA, DF, BRASIL.

iv

DEDICATÓRIA

Aos meus pais, Antônio e Áurea,

pelos ensinamentos do caminho e da perseverança,

à minha esposa, Patrícia,

pela fé e pelo incentivo do viver,

e aos meus filhos, Marina e Guilherme,

razão maior do prosseguir.

v

AGRADECIMENTOS

A Deus, sentido pleno de toda a existência e zeloso guardador de todos os momentos, em

especial os mais difíceis.

Ao professor e orientador Elton Bauer, pela amizade, que muito me apreça, pela enorme

dedicação do ensinar e por sua compreensão e orientação pessoal e profissional, dadas com

generosidade.

À professora e co-orientadora Maria José Araújo Sales, pela dedicação e pelos ensinamentos

apresentados durante a realização desta dissertação.

Ao professor Alberto Nepomuceno, amigo e mestre, pela transmissão de conhecimentos,

antes e durante esta jornada, e por ter aceitado o convite para participar da banca

examinadora.

Ao amigo professor Feitosa (in memorian), pelos bons momentos de prosa e cultura.

À professora Silvia, do Laboratório de Microscopia da Geologia da UnB, pela inestimável

ajuda nos registros fotográficos do material objeto desta pesquisa.

Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Estruturas e Construção Civil da UnB,

pelos ensinamentos transmitidos ao longo do curso e pela amizade.

Aos técnicos do Laboratório de Ensaios de Materiais, os amigos Severino e Xavier, peças

fundamentais no desenvolvimento laboratorial da pesquisa e do pesquisador.

Aos muitos amigos mestrandos e mestrados, companheiros de batalha, pela ajuda e amizade.

A todos os outros amigos do enriquecedor convívio nos corredores da Pós-Graduação em

Estruturas e Construção Civil, pela amizade e oportunidade da correspondência.

Aos meus pais, meus sogros, meus filhos, e, em especial, a minha esposa Patrícia, pelo

incentivo, pela tolerância, pela dedicação e, principalmente, pelo amor.

À UnB, lugar acessível e democrático de ensino, por todo o conhecimento usufruído.

vi

RESUMO

ESTUDO DO DESEMPENHO DO CHAPISCO COMO PROCEDIMENTO DE PREPARAÇÃO DE BASE EM SISTEMAS DE REVESTIMENTO Autor: Franz Eduardo Castelo Branco Leal Orientador: Elton Bauer Programa de Pós-graduação em Estruturas e Construção Civil Brasília, dezembro de 2003 O presente trabalho objetivou compreender e avaliar experimentalmente a influência da

natureza e da preparação do substrato no transporte e na fixação de água nos sistemas de

revestimento e na aderência. Para isso, emprega-se uma argamassa padrão mista, de matriz

de cimento Portland (traço em volume de 1:1:6, cimento:cal hidratada:areia) e os

substratos porosos mais usualmente empregados no mercado da construção civil de

Brasília: o bloco cerâmico e o bloco de concreto.

A preparação de base dos blocos, cerâmicos e de concreto, consistiu em chapiscar a

superfície dos mesmos com argamassa tradicional de cimento e areia média (proporção de

1:3, em volume) com variação da incorporação de aditivos poliméricos (à base de PVA e

SBR) na água de amassamento. Foi, ainda, utilizado um chapisco industrializado aplicado

com o auxílio de uma desempenadeira metálica.

Para a verificação da influência da preparação de base no sistema de revestimento, foram

avaliados a umidade, o transporte e a fixação de água, a resistência de aderência à tração do

sistema e a inspeção visual das superfícies, através de lupa ótica, consideradas como

variáveis dependentes. Foram estabelecidos dois grupos para a pesquisa: substrato poroso

cerâmico e substrato poroso de concreto.

Por meio dos resultados, observou-se que a preparação de base tradicional, chapisco

comum no traço em volume de 1:3, apresentou características semelhantes ou superiores,

no que diz respeito ao controle e transporte de água e à rugosidade, em relação a

argamassas de chapisco com o emprego de aditivos poliméricos ou do chapisco

industrializado, usados na indústria da construção civil em Brasília, devido a uma provável

obturação dos poros pelo filme polimérico. Quanto à resistência de aderência à tração,

mais uma vez, o chapisco, com traço tradicional, se alinhou aos melhores resultados

obtidos neste trabalho, confirmando a tendência anterior.

vii

ABSTRACT

STUDY OF THE SPATTERDASH PERFOMANCE AS BASE PREPARATION PROCEDURE IN COATING SYSTEMS Author: Franz Eduardo Castelo Branco Leal Supervisor: Elton Bauer Programa de Pós-graduação em Estruturas e Construção Civil Brasília, December of 2003

The present work intended to look for to understand and to evaluate, by experimenting, the

influence of the nature of the substratum and of the preparation of the substratum in the

transport and in the fixation of water in the coating systems, and in the adherence. Using,

for that, a mortar pattern mixed, of matrix of cement office Portland (trace in volume of

1:1:6, Portland cement: lime: sand) and the porous substrata usually employed in the

market of the building in Brasília: the ceramic block and the concrete block.

The preparation of base of the blocks, ceramic and of concrete, consisted of to spatterdash

the surface of the same ones with cement mortar and middle sand (proportion of 1:3, in

volume) with the variation of the incorporation of polymeric addictive in the water used to

produce inorganic mortars. It was still used an industrialized spatterdash, that comes ready

to be mixed with water, with the aid of a metallic hand scrapper.

For the verification of the influence of the base preparation in the coating system were

appraised the humidity, transport and fixation of water, the tensile bond strength and the

visual inspection of the surfaces, through optic magnifying glass, dependent variables.

There were established two groups for the research: Ceramic porous substratum and porous

substratum of concrete, independent variables.

Through the results, it was observed that the preparation of traditional base, common

spatterdash in the line in volume of 1:3, presented the same characteristics or superior, in

what concern the control and the transport of the water, the ruggedness and the tensile

strength of adherence, in relation to spatterdash mortars with the employment of polymeric

addictive or of the industrialized spatterdash, both used in the industry of the building in

Brasília.

viii

SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO .................................................................................................... ..……1

1.1 – IMPORTÂNCIA DO TEMA ………………………………………...…….........1

1.2 – OBJETIVOS DA PESQUISA…………………………………..…………..…....4

1.3 – ESTRUTURAÇÃO DO TRABALHO..................................................................5

2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...................................................................................... 6

2.1 - CONCEITOS BÁSICOS INERENTES AO TEMA ........................................... 6

2.2 - A ESTRUTURA POROSA DOS SUBSTRATOS ............................................. 12

2.3 - PREPARAÇÃO DE BASE: CHAPISCO........................................................... 16

2.4- O TRANSPORTE DE ÁGUA ENTRE A ARGAMASSA E O SUBSTRATO 20

2.5 - RETENÇÃO DE ÁGUA NA ARGAMASSA..................................................... 25

2.6 - A QUESTÃO NORMATIVA DA PREPARAÇÃO DE BASE ........................ 27

3 - PROGRAMA EXPERIMENTAL .............................................................................. 29

3.1 - INTRODUÇÃO .................................................................................................... 29

3.2 - DEFINIÇÃO DAS VARIÁVEIS INDEPENDENTES E DAS

DEPENDENTES........................................................................................................... 30

3.2.1 - Variáveis independentes ............................................................................ 31

3.2.1.1- Tipo de substrato ........................................................................................ 31

3.2.2 - Variáveis dependentes................................................................................ 32

3.3 - NOMENCLATURA DA PESQUISA ................................................................. 34

3.4 - CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS UTILIZADOS.............................. 35

3.4.1 - Substratos.................................................................................................... 35

3.4.2 - Agregado miúdo ......................................................................................... 36

3.4.3 - Cal ................................................................................................................ 37

3.4.4 - Cimento Portland ....................................................................................... 38

3.4.5 - Argamassa................................................................................................... 39

3.4.5.1- Lançamento da argamassa.......................................................................... 40

3.5 - TAXA DE ABSORÇÃO INICIAL (IRA) E ABSORÇÃO CAPILAR............ 43

3.6 - DETERMINAÇAO DA PERDA DE ÁGUA DA ARGAMASSA, POR

SUCÇÃO, PARA O SUBSTRATO…………………………………………………..45

3.7 - RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA À TRAÇÃO – NBR 13528 (1995)............ 46

ix

4 - APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS...................................... 50

4.1 - TAXA DE ABSORÇÃO INICIAL – IRA (ASTM C-67).................................. 50

4.2 - ABSORÇÃO POR CAPILARIDADE DE ÁGUA LIVRE............................... 52

4.3 - ABSORÇÃO POR CAPILARIDADE DE ÁGUA RESTRINGIDA ............... 55

4.4 - RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA ..................................................................... 58

4.4.1 - Tipologia da ruptura .................................................................................. 63

4.5 - ANÁLISE PELO ESPECTRO DE INFRAVERMELHO................................ 65

4.6 - AS SUPERFÍCIES DOS SUBSTRATOS........................................................... 67

4.6.1 - Blocos cerâmicos......................................................................................... 67

4.6.2 - Blocos de concreto ...................................................................................... 71

5 - CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ..................... 72

5.1 - CONCLUSÕES..................................................................................................... 72

5.2 - SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS.............................................. 74

6 - BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL................................................................................... 76

ANEXO A - PLANILHA DE MEDIDAS

x

LISTA DE TABELAS Tabela 2.1 - Limites mínimos de resistência de aderência à tração especificados pela

NBR 13749 (1995) ………………………………………………............

12

Tabela 2.2 - Recomendação das faixas ideais da taxa de absorção para a ocorrência da máxima aderência entre a argamassa e o substrato. (CARASEK, 2001) …………………………………………………………………...

15

Tabela 2.3 - Procedimentos e Especificações Técnicas para a Execução de Revestimento Convencional (NBR 7200,1998) ………….……………...

17

Tabela 3.1 - Denominação e especificação das séries de substratos ………….…….... 34

Tabela 3.2 - Resultados de caracterização dos blocos cerâmicos ………………...…... 35

Tabela 3.3 - Resultados de caracterização dos blocos de concreto …….…………...… 36

Tabela 3.4 - Caracterização físico-química da cal …….……………………………. 38

Tabela 3.5 - Caracterização físico-química do Cimento Portland …….……………. 39

Tabela 4.1 - Coeficientes estatísticos para as séries com blocos cerâmicos ………... 59

Tabela 4.2 - Coeficientes estatísticos para as séries com blocos de concreto …….… 61

Tabela 4.3 - Quadro resumo de correlação dos parâmetros de estudo …….………... 62

xi

LISTA DE FIGURAS Figura 1.1 - Solicitações impostas às superfícies da edificação……………………. 2

Figura 2.1 - Evolução das propriedades da argamassa de revestimento (adaptado de CORTEZ, 1999) ………………………………………………………

7

Figura 2.2 - Molhagem de um sólido por um líquido (HOUWINK & SALOMON, 1973) apud (CARASEK,1996) ………………………………………

8

Figura 2.3 - Mecanismo de penetração da pasta da argamassa no substrato. CARASEK (1998) …………………………………………………….

9

Figura 2.4 - Foto ilustrativa de microdefeitos na interface substrato/argamassa. CARASEK (1998) …………………………………………………….

11

Figura 2.5 - Gráfico esquemático da influência da taxa inicial de sucção de água do substrato na resistência de aderência de revestimento de argamassa. (CARASEK, 2001) ……………………………………………………

15

Figura 2.6 - Forças capilares na retração …………………………………………... 24

Figura 2.7 - Influência da Relação “área/volume da peça” na Retração Plástica ….. 25

Figura 3.1 - Organograma do Programa Experimental ……………………………. 33

Figura 3.2 - Curva granulométrica do agregado miúdo empregado nesse estudo, segundo a NBR 5734 (1998) ………………………………………….

37

Figura 3.3 - Verificação da trabalhabilidade com a colher de pedreiro …………… 40

Figura 3.4 - Lançamento da camada de chapisco sobre o substrato …………..….. 41

Figura 3.5 - Acondicionamento dos corpos de prova, após secagem em estufa …..... 41

Figura 3.6 - Caixa de queda para o lançamento da argamassa sobre o substrato …. 42

Figura 3.7 - Gabaritos metálicos para manter uma mesma espessura ……….……... 42

Figura 3.8 - Seqüência do lançamento da argamassa sobre o substrato ………….... 43

Figura 3.9 - Realização do ensaio de Taxa de Absorção Inicial …………….……. 44

Figura 3.10 - Caixa de acrílico utilizada no ensaio do IRA e de absorção capilar .... 44

Figura 3.11 - Representação esquemática da retirada de camadas da argamassa …... 45

Figura 3.12 - Acondicionamento e pesagem das amostras retiradas da argamassa lançada sobre o bloco ………………………………………..……….

46

Figura 3.13 - Corte do revestimento com o uso de serra-copo ……………..……… 47

Figura 3.14 - Colagem das pastilhas metálicas no revestimento …………..………. 48

Figura 3.15 - Dinamômetro utilizado no ensaio de resistência de aderência à tração .. 48

Figura 4.1 - Valores de IRA para Blocos Cerâmicos e de Concreto ………………. 51

Figura 4.2 - Gráfico dos valores de umidade acumulada para blocos cerâmicos … 53

Figura 4.3 - Gráfico dos valores de umidade acumulada para blocos de concreto …. 54

Figura 4.4 - Evolução da umidade na interface argamassa-substrato, blocos cerâmicos ……………………………………………………………….

56

xii

Figura 4.5 - Evolução da umidade na interface argamassa-substrato, blocos de concreto ………………………………………………………………...

57

Figura 4.6 - Valores de resistência de aderência para blocos cerâmicos …………. 59

Figura 4.7 - Valores de resistência de aderência para blocos de concreto …….….. 60

Figura 4.8 - Formas de ruptura em relação aos tratamentos de base para blocos cerâmicos ……………………………………………………………….

64

Figura 4.9 - Formas de ruptura em relação aos tratamentos de base para blocos de concreto ………………………………………………………………...

65

Figura 4.10 - Espectro no infravermelho para o adesivo de base PVA ……………… 66

Figura 4.11 - Espectro no infravermelho para o adesivo de base SBR ………………. 66

Figura 4.12 - A superfície nua do bloco cerâmico, ampliada em 50 vezes …………... 67

Figura 4.13 - Bloco cerâmico recoberto com chapisco comum (50x) ………….….. 68

Figura 4.14 - A superfície do chapisco industrializado ampliada em 50x …….…… 68

Figura 4.15 - A superfície do chapisco com PVA 10%, ampliada em 50x ………... 69

Figura 4.16 - A superfície do chapisco com PVA 16%, ampliada em 50x ……….... 69

Figura 4.17 - A superfície do chapisco com SBR 16%, ampliada em 50x ……….... 70

Figura 4.18 - A superfície do chapisco com SBR 33%, ampliada em 50x …….…... 70

Figura 4.19 - Superfície do bloco de concreto, ampliada em 50x ……….…………. 71

xiii

LISTA DE SÍMBOLOS, NOMENCLATURA E ABREVIAÇÕES

a/c - água/cimento

ACI - American Concrete Institute

AR - Argamassa de referência

ASTM - American Society for Test Materials

CER SEM - Série de bloco cerâmico sem chapisco

CER COM - Série de bloco cerâmico com chapisco comum

CER IND - Série de bloco cerâmico com chapisco industrializado

CER PVA 10 - Série de bloco cerâmico com chapisco c/ PVA a 10%

CER PVA 16 - Série de bloco cerâmico com chapisco c/ PVA a 16%

CER SBR 16 - Série de bloco cerâmico com chapisco c/ SBR a 16%

CER SBR 33 - Série de bloco cerâmico com chapisco c/ SBR a 33%

CON SEM - Série de bloco de concreto sem chapisco

CON COM - Série de bloco de concreto com chapisco comum

CON IND - Série de bloco de concreto com chapisco industrializado

CON PVA 10 - Série de bloco de concreto com chapisco c/ PVA a 10%

CON PVA 16 - Série de bloco de concreto com chapisco c/ PVA a 16%

CON SBR 16 - Série de bloco de concreto com chapisco c/ SBR a 16%

CON SBR 33 - Série de bloco de concreto com chapisco c/ SBR a 33%

CP - Cimento Portland ou Corpo-de-Prova

CSTB - Centre Scientifique et Technique du Batiment

Elasticid. - Elasticidade

ε - Deformação específica

F - Flecha no meio do vão do corpo-de-prova

φMAX - Volume máximo de fibras

φMIN - Volume mínimo de fibras

Gpa - Giga Pascal

IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas

IRA - Initial Rate Absorption

IV - Infravermelho

JSCE - Japan Society of Civil Engineers

MPa - Mega Pascal

xiv

NBR - Norma Brasileira Registrada

PVA - Acetato de Polivinila

RC - Resistência à compressão

Resist. - Resistência

RTCD - Resistência à tração por compressão diametral

RTF - Resistência à tração na flexão

σARR - Tensão de arrancamento

SBR - Estireno Butadieno

UR - Umidade relativa

vol. - Volume

1

1 - INTRODUÇÃO

1.1 - IMPORTÂNCIA DO TEMA

Devido à grande relevância, os sistemas de revestimentos já são temas recorrentes de

pesquisas e simpósios de engenharia. Porém, a prática construtiva ainda está longe dos

horizontes delineados pelos estudos nessa área, culpa, em parte, de conceitos dúbios ou

contraditórios assumidos por pesquisas, eminentemente tecnológicas, ou, ainda, por

descaso e falta de importância dada ao tema.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas traz recomendações e parâmetros para

especificação, projeto, execução, controle e acompanhamento dos sistemas de

revestimento, sobretudo as normas: NBR 7200 - Execução de revestimento de paredes e

tetos de argamassas inorgânicas (procedimento), NBR 13749 – Revestimentos de paredes e

tetos de argamassas inorgânicas (especificação) e NBR 13528 - Argamassa para

assentamento e revestimento de paredes e tetos (determinação da resistência de aderência à

tração). Essas normas visam, principalmente, evitar as improvisações feitas em obra, com o

inevitável comprometimento do revestimento.

Por sua vez, a NBR 13529 (1995) define o revestimento de argamassa como sendo “o

cobrimento de uma superfície com uma ou mais camadas superpostas de argamassa, apto a

receber acabamento decorativo ou constituir-se em acabamento final” e formam, junto com

o acabamento decorativo, um sistema de revestimento, que deve ser compatível com a

natureza da base, as condições de exposição e de desempenho, previstos nos projetos.

Os sistemas de revestimentos das edificações no Brasil, na sua maioria, são compostos de

um substrato (alvenaria de blocos ou elemento estrutural de concreto armado) recoberto por

uma ponte de aderência1 (em geral, chapisco – mistura de areia e cimento) e uma camada

de argamassa mista de areia, cimento e um elemento plastificante como a cal. Essa

argamassa tem por finalidade servir de base protetora e de regularização de superfície para

pinturas ou revestimentos cerâmicos.

1 Neste trabalho, é considerada ponte de aderência a camada que tem por função melhorar a união entre o substrato e a argamassa de revestimento, através, por exemplo, da rugosidade e da porosidade.

2

O desempenho das argamassas de revestimento está relacionado com fatores associados às

condições de produção, de exposição e à ação dos usuários. CINCOTTO et al. (1995)

separam esses fatores em extrínsecos, associados à solicitação sobre o sistema de

revestimento, que podem ser vistos na Figura 2.1, e intrínsecos, que dizem respeito às

propriedades e às características dos materiais componentes dos sistemas de revestimento.

Figura 1.1 – Solicitações impostas às superfícies da edificação

Muitas são as manifestações patológicas já relacionadas com esses sistemas de

revestimentos, como a perda de aderência ao substrato, a baixa resistência à tração, fissuras

provenientes de tensões de natureza térmica e/ou higroscópica, a retração e a desagregação

dos materiais constituintes. Grandes prejuízos materiais, e em alguns casos, perda de vidas

humanas, têm sido provocados por esses problemas, que se agravam quando se tratam de

edifícios altos e com grandes extensões de fachadas, além de comprometer a

respeitabilidade do setor (profissionais e empresas) da construção civil perante a sociedade.

Estudos de levantamentos patológicos corroboram nesse sentido, como o de IOSHIMOTO

(1988), que indica a patologia de descolamento de revestimento como uma das principais

incidências, com um percentual entre 25% a 29% de incidência em casas térreas

pesquisadas.

3

A ancoragem da argamassa ao substrato, seja ele qual for, é o ponto crítico do sistema de

revestimento. Devido à complexidade dos fatores que influenciam o seu comportamento,

não há, ainda, consenso sobre o seu completo processo. Entretanto, sabe-se que a aderência

se dá principalmente pela deposição de compostos químicos da hidratação do cimento.

Esses compostos são carreados da argamassa fresca para o interior dos poros do substrato

pelo fluxo de água gerado pela diferença de umidade entre as duas fases desse sistema,

constituindo, assim, um importante mecanismo de transporte de água. Essa tese é defendida

pelos pesquisadores do INSA2 de Tolouse na França como, Farran, Grandet, Detriché,

Maso e Dupin, citados por CARASEK, 1996.

Os mecanismos de transporte de água estão fortemente relacionados com a estrutura de

poros e capilares, seja da argamassa no estado fresco, seja do substrato em que a argamassa

será aplicada (blocos de concreto ou cerâmico; com ou sem chapisco, modificado com

polímeros ou não). A absorção e a absortividade3 do substrato são decisivas em questões

como adesão inicial4, adesão5, aderência6 do revestimento, estrutura porosa da argamassa

endurecida, tempo de sarrafeamento, hidratação do cimento, retração e outras. Por sua vez,

a argamassa e suas características intrínsecas (como retenção de água, composição

granulométrica e propriedades reológicas) também influenciam o transporte de água que

ocorre, principalmente, na interface substrato-argamassa.

O presente estudo busca o caminho do entendimento dos mecanismos de transporte de água

no meio poroso-argamassa fresca/substrato e é de fundamental importância para a

problemática atual dos sistemas de revestimentos, no sentido de contribuir para o

entendimento de questões relacionadas com a resistência de aderência à tração, a retração e

o mecanismo de transporte de compostos hidratados do cimento para a estrutura porosa do

substrato.

2 INSA - Institut National de Sciences Appliquées. 3 Absortividade avalia, de certa forma, a velocidade inicial de transporte de água por absorção. Seu valor corresponde à tangente do trecho linear da relação entre a absorção superficial (g/cm²) e a raiz quadrada do tempo (et). 4 Entende-se por adesão inicial a fase em que se processa o início da união da argamassa fresca ao substrato. 5 Adesão é a fase na qual a argamassa lançada sobre o substrato aguarda o ponto de maturidade para o seu sarrafeamento. 6 Aderência, neste trabalho, é a ligação definitiva da argamassa de revestimento endurecida ao substrato.

4

Este estudo está inserido na linha de pesquisa de Sistemas Construtivos e Desempenho de

Materiais e Componentes do Programa de Pós-graduação em Estruturas e Construção Civil

da Universidade de Brasília, particularmente, no tema “Sistemas de Revestimento, de

Impermeabilização e de Proteção”. Esta dissertação é continuidade da referida linha de

pesquisa, que teve como primeiro trabalho aquele desenvolvido por SARAIVA (1998),

onde se identificaram as tensões de natureza térmica em sistemas de revestimento cerâmico

de fachada. Na seqüência, OLIVEIRA (1999) avaliou o efeito da colocação de polímeros

nos revestimentos à base de argamassa, e, no mesmo ano, CORTEZ (1999) analisou a

incorporação de fibras sintéticas, nylon e polipropileno, nas argamassas de revestimento.

ALVES (2002) examinou as propriedades das argamassas industrializadas aditivadas com

incorporadores de ar e SANTOS (2003) estudou os parâmetros para projeção mecanizada

de argamassa industrializada.

1.2 - OBJETIVOS DA PESQUISA

O objetivo geral do presente trabalho é buscar compreender e avaliar experimentalmente a

função da preparação de base, por chapisco, no transporte e na fixação de água nos

momentos iniciais após aplicação de argamassa. Para isso, empregou-se, como referência,

uma argamassa padrão mista, de matriz de cimento Portland (traço em volume de 1:1:6,

cimento: cal hidratada: areia) e os substratos porosos mais usualmente empregados no

mercado da construção civil de Brasília: blocos cerâmicos e blocos de concreto, avaliados

em situações distintas, sem preparação de base e com preparação de base.

Como objetivos específicos, têm-se:

Aplicar um procedimento laboratorial de avaliação da umidade que consiga

monitorar o fluxo de umidade na argamassa no estado fresco em relação aos

substratos porosos suporte.

Correlacionar o mecanismo de transporte de água, entre a argamassa no estado

fresco e os diversos substratos porosos, com a resistência de aderência à tração.

5

1.3 - ESTRUTURAÇÃO DO TRABALHO

Neste primeiro capítulo, apresenta-se a introdução da temática, esclarecendo sobre a

importância do tema estudado na conjuntura dos sistemas de revestimentos argamassados e

os objetivos almejados.

A revisão bibliográfica é abordada no capítulo 2, onde se discorre sobre as características e

particularidades do tema, bem como conceitos e definições necessários à compreensão e

análise de resultados e conclusões.

No terceiro capítulo, a metodologia do procedimento experimental é anunciada e seus

eventos são enumerados e esclarecidos. Nesse capítulo, são definidas as condições de

contorno, isto é, as condições fixas, as variáveis principais e as secundárias, além dos

procedimentos laboratoriais adotados.

O quarto capítulo é dedicado à apresentação e discussão de resultados fornecidos pelo

programa experimental desenvolvido em laboratório.

Por fim, no quinto capítulo, vêm as conclusões e as considerações a respeito do trabalho e

seus resultados, as críticas sobre as hipóteses formuladas e os objetivos alcançados. Temas

seqüênciais ou correlatos ao trabalho desenvolvido são citados para objeto de futuras

pesquisas.

6

2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Neste capítulo, são expostos conceitos e discussões de aspectos relacionados com a

problemática do Tema da pesquisa, ou seja, os mecanismos e os seus condicionantes no

transporte de água da argamassa no estado fresco e o substrato poroso ao qual ela é

aplicada.

A discussão começa com a percepção e a compreensão de alguns conceitos como absorção,

absortividade, adesão inicial, adesão e aderência. É necessário, também, definir o substrato

e sua estrutura porosa e compreender aspectos físicos e reológicos das argamassas de

revestimento.

2.1 - CONCEITOS BÁSICOS INERENTES AO TEMA

A absorção é um mecanismo de transporte relacionado com a fixação de uma determinada

substância, líquida ou gasosa, no interior de outra substância, em geral sólida, e que

depende da resultante de um conjunto de ações como fenômeno de capilaridade, reações

químicas e forças eletrostáticas.

A absortividade é um termo proposto por HALL & HOFF & NIXON (1980) para descrever

o comportamento da absorção de água livre7 pelos meios porosos em relação ao tempo. A

absortividade pode ser calculada a partir de simplificações na teoria de Darcy para o fluxo

de água em meio não saturado, segundo o mesmo autor.

A determinação da absortividade pode ser realizada experimentalmente a partir de pesagens

feitas com a medição do tempo. Constrói-se, então, um gráfico obtido da tangente da reta

traçada a partir dos pontos de interseção do gráfico de i x t 21

, onde i é a razão entre a

massa acumulada de água absorvida e a área da face de entrada do fluxo. Para intervalos de

tempo curtos em relação ao período necessário para a saturação dos corpos-de-prova, o

gráfico obtido é uma reta. Deste modo, a absortividade é calculada como sendo o

7 Entende-se, neste trabalho, por água livre aquela que não está fortemente ligada a algun tipo de pressão capilar ou adsorção ou ainda forças de dispersão.

7

coeficiente angular desta reta. A absortividade pode ser usada para avaliar a velocidade do

fluxo de água para o interior da microestrutura absorvente, procedimento descrito pelo

Relatório Interno do LEM/UnB (2003).

Os conceitos de adesão inicial e adesão estão muito próximos um do outro. São

propriedades da argamassa e relacionam-se ao fenômeno de a mesma ficar aderida

momentaneamente ao substrato e, posteriormente, apresentar resistência de aderência nos

estágios subseqüentes (argamassa endurecida). Estão ligadas à velocidade com que o

substrato absorve a água presente na argamassa e são dependentes do grau de porosidade,

da rugosidade (e conseqüente aumento da superfície de contato entre os materiais) e do

tratamento prévio do substrato (que pode gerar, entre outros fatos, a redução da tensão

superficial e do ângulo de atrito entre a argamassa ). A adesão inicial e a adesão se

distinguem por uma questão temporal. A adesão inicial é a ocorrida na fase em que se

processa o início da união da argamassa fresca ao substrato e a adesão é a ocorrida na fase

subseqüente, na qual a argamassa, lançada sobre o substrato, aguarda o ponto para o seu

sarrafeamento. A adesão inicial, a adesão e a aderência se processam em tempos distintos e

subseqüentes, como ilustra a figura 2.1. a seguir:

ADESÃOINICIAL

PERDA DEPLASTICIDADE ADESÃO ADERÊNCIAENDURECIMENTO

Figura 2.1. Evolução das propriedades da argamassa de revestimento (adaptado de

CORTEZ, 1999).

Conforme é visto na figura 2.2., é possível estimar a energia de ligação entre sólidos e

líquidos, conhecida como trabalho de adesão, a partir do ângulo de contato formado entre

os dois elementos e fazendo uso da equação (2.1) de Dupré e Young (Carasek, 1996).

8

Equação de Dupré

( )θ+γ= cos1W LAA (2.1)

ar γLA

líquido θ γSA γSL

sólido

Figura 2.2. Molhagem de um sólido por um líquido (HOUWINK & SALOMON, 1973) apud (CARASEK,1996).

onde:

WA = trabalho de adesão;

γLA = tensão superficial líquido/ar;

γSL = tensão superficial sólido/líquido;

γSA = tensão superficial sólido/ar;

θ = ângulo de contato.

A ligação definitiva da argamassa de revestimento endurecida ao substrato é aqui

denominada aderência. BAUER & CARASEK (1998) colocam a aderência como sendo a

propriedade que permite ao revestimento, ou à interface revestimento/substrato, absorver e

resistir a esforços normais e tangenciais. Seu mecanismo se efetua pela ancoragem

mecânica e atrito da pasta de argamassa nos poros do substrato.

A aderência entre a camada de argamassa e o substrato (blocos cerâmicos ou de concreto,

superfície de concreto) é um fenômeno, em grande parte, mecânico, devido, basicamente, à

penetração da pasta aglomerante, ou da própria argamassa, nos poros ou entre as

rugosidades do substrato, material esse carreado pelo fluxo de água que ocorre através da

rede de capilares, figura 2.3, formada pela argamassa/substrato, conforme SCARTEZINI

(2001). Na mesma linha, CORTEZ (1999) relata que a aderência da argamassa no substrato

se dá por dois mecanismos, um físico e outro mecânico. O mecanismo físico da aderência

9

consiste na penetração de compostos do cimento em solução (da argamassa ou do chapisco)

nos poros da base por absorção, criando ancoragens sólidas através da formação de pontas

de ancoragem na porosidade da base. Já o mecânico consiste na ancoragem da argamassa

na macro-rugosidade da base.

A penetração da pasta nos poros da base, figura 2.3, é bastante influenciada pelos fatores

descritos abaixo (CORTEZ, 1999):

• Trabalhabilidade como um balanço adequado de coesão, estruturação interna,

retenção de água, consistência e plasticidade;

• Energia de impacto da argamassa fresca como técnica de execução do

revestimento, influenciando na extensão de aderência8;

• Capacidade ideal de sucção dos poros da base como conseqüência da sua

têxtura superficial e porosidade;

• Limpeza da base como fator fundamental de ancoragem do revestimento à

superfície de aplicação.

Figura 2.3. Mecanismo de penetração da pasta da argamassa no substrato. CARASEK

(1998).

A literatura sobre o tema evidencia duas posições distintas e contrárias. A primeira é

defendida por VOSS (1933), CHASE (1984) E LAWRENCE E CAO (1987 E 1988),

8 Extensão de aderência é definida, por CARASEK (1996), como a razão entre a área de contato efetivo e a área total possível de ser unida.

10

citados por SCARTEZINI (2002), e acredita na formação, sobre o substrato, de uma

camada de cristais de hidróxido de cálcio e/ou carbonato de cálcio e sobre esta camada a

deposição de silicato hidratado de cálcio (CSH) e de trissulfualuminato de cálcio hidratado

(etringita).

A segunda posição é antagônica à primeira. Para essa corrente, a aderência se dá pela

formação de cristais de trissulfualuminato de cálcio hidratado nos poros do substrato e um

conseqüente intertravamento desses. Esta tese é defendida por FARRAN, GRANDET,

DETRICHÉ, MASO E DUPIN, relata CARASEK (1996). Esta última autora mostrou que a

aderência entre a argamassa a base de cimento Portland e o substrato (bloco cerâmico)

ocorre devido à penetração, no interior dos poros do substrato, da solução da pasta

aglomerante contendo íons dissolvidos com a subseqüente precipitação de compostos

hidratados. Esse comportamento foi constatado através do mapeamento de elementos por

Raios X, realizado nas amostras semi-polidas da seção transversal da interface. Observou-

se, a uma profundidade entre 100 e 1600 µm, a existência de um ou mais dos seguintes

elementos químicos em maior concentração: cálcio, enxofre, alumínio e ferro. Em imagens

obtidas por elétrons secundários e retroespalhados da superfície do substrato cerâmico após

fratura na zona de contato, observou-se a existência de uma camada de pasta aglomerante

remanescente, de espessura de cerca de 50 a 200 µm. Nas regiões onde esta pasta era

encontrada em maior quantidade, foi observada a presença de três tipos de produtos de

hidratação, que, pela composição química e morfologia, foram identificados como sendo

provavelmente hidróxido de cálcio (C-S-H), carbonato de cálcio (calcita) e etringita. Esses

produtos parecem estar apenas depositados na superfície do substrato, não mostrando

evidências de que penetrem no interior dos poros. Por outro lado, em regiões da superfície

fraturada com menos pasta aglomerante, foram observadas estruturas em forma de hastes

pontiagudas que parecem nascer no interior dos poros dos blocos cerâmicos, dando

evidências da penetração. Essas estruturas ricas em cálcio e enxofre foram identificadas

como cristais de etringita. Dessa forma, com relação aos blocos cerâmicos, pode-se afirmar

que a aderência é decorrente do intertravamento de cristais de etringita no interior dos

poros do substrato.

A aderência é formada por, pelo menos, três propriedades da interface argamassa-substrato:

a resistência de aderência à tração, a resistência de aderência ao cisalhamento e a extensão

11

de aderência9, essa última, medida pela razão entre a área de contato efetivo e a área total

possível de ser unida. Superfícies irregulares, com maior rugosidade, na prática, podem

ajudar auxiliando na resistência ao cisalhamento devido ao peso próprio, servindo de ponto

de apoio e permitindo uma maior área de contato entre argamassa e substrato. (CARASEK,

1996).

Por outro lado, à medida que se aumenta a rugosidade da superfície dos substratos, se torna

mais difícil a obtenção de uma boa extensão de aderência, ou seja, diminui-se o contato

revestimento-substrato, sobretudo em argamassas com menores níveis de trabalhabilidade e

plasticidade. A figura 2.4 ilustra os microdefeitos na extensão de aderência da interface da

argamassa com o substrato. Quanto maior for o contato da argamassa com o substrato

rugoso (extensão de aderência), melhor será a ancoragem, e, consequentemente, uma boa

resistência de aderência (ANDEREGG, 1942).

Figura 2.4. Foto ilustrativa de microdefeitos na interface substrato/argamassa. CARASEK

(1998)

A tabela a seguir ilustra as limitações que a norma NBR 13749 (1995) - Revestimento de

Paredes e Tetos em Argamassas Inorgânicas – Especificação, prescreve para os valores

9 Pode ser calculada a partir da seguinte expressão: 1≤=AbAeEA , onde:

EA = Extensão de Aderência Ae = Área de contato efetivo entre revestimento x substrato Ab = Área da base ou substrato a ser revestido

12

mínimos de resistência de aderência, em função dos locais em que serão aplicadas as

argamassas de revestimentos, sejam paredes externas ou internas.

Tabela 2.1 – Limites mínimos de resistência de aderência à tração especificados pela NBR 13749 (1995).

Local Acabamento RA1 (MPa)

Pintura ou base para reboco 0,20 Interna Cerâmica ou laminado 0,30

Pintura ou base para reboco 0,30

Parede

Externa Cerâmica 0,30

Teto Pintura ou base para reboco 0,20 1 Resistência de aderência à tração.

Outro fator de grande importância, além da necessária existência da resistência de

aderência e de uma suficiente extensão, é a longevidade das propriedades dessa aderência,

que se inicia na penetração e deposição de compostos da argamassa nos poros do substrato

e continua ao longo do tempo.

2.2 - A ESTRUTURA POROSA DOS SUBSTRATOS

Os substratos geralmente utilizados na construção civil brasileira – bloco cerâmico, bloco

de concreto e superfície da estrutura de concreto armado – têm estruturas internas bastante

diversas. Apesar desses substratos serem meios porosos, a diversidade da estrutura interna

de poros será determinante para parâmetros como adesão inicial, adesão e aderência.

Segundo CORRÊA (1999), o termo substrato define toda superfície na qual se empregará o

revestimento (substratos chapiscados ou não) e o termo base, a todo o tipo de superfície

que aguarda uma preparação, como por exemplo, o chapisco.

Os substratos ou bases podem ser classificados sob diversas maneiras: pelos materiais

constituintes (concreto, cerâmica, etc.); pela sua função, seja elemento estrutural ou de

13

vedação; pela sua capacidade de absorção ou sucção de água; pela sua porosidade10 e pela

sua têxtura superficial de contato, seja ela lisa ou rugosa.

SCARTEZINI (2002) relata, citando Haynes, a porosidade total, a superfície ou área

específica, a distribuição do tamanho e o formato dos poros, como sendo as quatro

principais propriedades da estrutura interna de poros que podem influir no desempenho do

sistema de revestimento.

A capacidade de absorção de água do substrato poroso e sua absortividade são os principais

parâmetros avaliados por diversos autores que buscam o modelamento das características

de desempenho dos revestimentos.

O substrato ou base deve garantir a aderência do revestimento e apresentar características

superficiais de planeza e de absorção de água uniformes.

SABBATINI & FRANCO, (1988) citam que os substratos devem necessariamente

apresentar maiores resistências mecânicas do que os revestimentos, por constituírem o

suporte destes e por terem a função de absorver todos os esforços atuantes na vedação.

Diversos estudos buscam parâmetros do substrato, tais como absorção de água, rugosidade

superficial e outros, que modelem seu comportamento com relação a características de

desempenho dos revestimentos. A absorção de água é o parâmetro do substrato mais

avaliado para a modelagem do comportamento do substrato com relação ao desempenho

dos revestimentos e, normalmente, é representada pelo IRA11 (Initial Rate Absortion, ou

taxa inicial de absorção de água) determinado através do método de ensaio americano

10 Porosidade é a relação entre o volume de vazios e o volume total do material. São de maior interesse no mecanismo de aderência os condutos abertos de dimensão capilar, também chamados poros capilares (0,1 µm ≤ diâmetro ≤ 20 µm), já que eles têm potencial capacidade de succionar água das argamassas (CARASEK, 1996). 11 Initial Rate Absorption – ASTM C-67 – Este ensaio é realizado imergindo a face ensaiada seca em estufa, em uma profundidade de água de 3,2 mm durante um minuto. A massa de água absorvida é padronizada para uma área de 30 polegadas quadradas (aproximadamente 194 cm²), sendo o resultado expresso em g/30 pol²/min.

14

ASTM C-67, fundamentalmente semelhante ao IRS12 (Initial Rate of Suction – taxa de

Inicial de Absorção) e ao Índice de Haller13.

O método de ensaio americano ASTM C-67, para obtenção do IRA, e conseqüentemente da

absorção de água do substrato, consiste em medir a massa de água absorvida em relação ao

tempo, quando uma face do corpo-de-prova é imerso em uma lâmina de água de 5 mm por

um período de um minuto.

Metodologia semelhante é empregada para a obtenção do IRS (Initial Rate of Suction) e do

Índice de Haller, descritos, respectivamente, pelas normas RILEM LUM A.5 e NBN B 24-

202. A diferença em relação ao IRA corresponde à profundidade de submersão do corpo-

de-prova, que a norma da RILEM estabelece em um centímetro, e quanto ao Índice de

Haller, deve-se considerar a lateral submersa do corpo-de-prova para o cálculo da área

submersa.

Dependendo do tipo de substrato avaliado, podem ser obtidos valores bastante variados

para a taxa inicial de sucção (IRA) além de uma grande variabilidade interna dentro de um

único lote de um mesmo material, o que torna do ponto de vista prático, ou seja, em obra,

inviável a utilização de blocos com uma determinada faixa de absorção de água. A título de

exemplo, pode-se citar o coeficiente de variação do IRA entre 20 e 25%, respectivamente,

para blocos cerâmicos e de concreto disponíveis na região de Goiânia – GO

(SCARTEZINI, 2001).

Alguns autores como DAVISON (1961), GOODWIN & WEST (1980) e MCGINLEY

(1990) apud. (CARASEK, 2001) apresentam valor de IRA ótimo ou valores de IRA

mínimos e máximos com vistas a uma aderência adequada. Essa modelação, geralmente, é

representada pelo comportamento de uma parábola, conforme ilustrado na figura 2.5.:

12 Initial Rate of Suction – RILEM LUM A.5 – A face do bloco é imersa durante um minuto a uma profundidade de 1 cm. O resultado é expresso em g/m²/min. 13 Índice de Haller – NBN B 24-202 – Este ensaio é semelhante ao IRS, sendo no cálculo da área considerada também a área lateral (perímetro do bloco x 1 cm). O resultado é expresso em g/dm²/min.

15

Figura 2.5. Gráfico esquemático da influência da taxa inicial de sucção de água do

substrato na resistência de aderência de revestimento de argamassa (CARASEK, 2001).

A Tabela a seguir compila recomendações de faixas ideais de absorção de água propostas

por diversos autores e instituições internacionais:

Tabela 2.2 - Recomendação das faixas ideais da taxa de absorção para a ocorrência da

máxima aderência entre a argamassa e o substrato. (CARASEK, 2001)

Autores Tipo de Substrato Faixa de recomendação do IRAPALMER & PARSON (1934) Cerâmico 20 a 30 g/200cm²/min. British Ceramic Research Association (WEST, 1975) Cerâmico 10 a 25 g/200cm²/min.

HAN & KISHITANI (1984) Cerâmico 12 a 22 g/200cm²/min. MCGILEY (1990) Cerâmico 5 a 15 g/200cm²/min. ASTM C-62 (1992) Cerâmico < 30 g/200cm²/min. GROOT & LARBI (1999) Cerâmico 30 a 50 g/200cm²/min. National Building Research Institute –NBRI (1987) Sílico-calcário 14 a 35 g/200cm²/min.

RIBAR & DUBOVOY (1988),, porém, afirmam que não obtiveram um comportamento

bem definido entre a absorção inicial de água dos substratos e a resistência de aderência.

Estudando dois tipos distintos de blocos cerâmicos, com mesmo valor de IRA, ao

aplicarem sobre eles argamassas produzidas com vinte variedades de cimento, estes autores

observaram que as resistências de aderência eram sempre maiores para um mesmo tipo de

bloco, com todos os cimentos testados. Esta constatação contraria a existência de uma

relação entre a taxa de absorção de água e a resistência de aderência. O resultado foi

atribuído à rugosidade superficial dos dois padrões de blocos cerâmicos, que eram, segundo

os mesmos pesquisadores, bastante diferentes.

16

2.3 - PREPARAÇÃO DE BASE: CHAPISCO

Para melhorar a resistência de aderência entre o substrato e o revestimento, muitas vezes, é

necessário realizar um tratamento prévio do substrato. A essa operação denomina-se

preparo da base14. Esse deve ser escolhido em função das características superficiais da

base e executado usando materiais e técnicas apropriadas para efetivamente melhorar as

condições de aderência do revestimento à base, principalmente criando uma superfície com

rugosidade apropriada e regularizando a capacidade de absorção inicial da base, conforme

citam CANDIA (1998) e CARASEK (1998).

O chapisco é regularmente aplicado no caso dos substratos externos, onde as solicitações

mecânicas são mais elevadas, assim como nas superfícies de concreto armado. Nas áreas

internas de alvenaria o uso do chapisco tem sido facultativo quando os blocos cerâmicos

garantem uma boa aderência. Os blocos de concreto, de uma forma geral, propiciam uma

boa aderência e o uso do chapisco também tem sido facultado quando em superfícies

internas (LEM;2000).

A execução do chapisco pode ser realizada por alguns métodos:

•Método Convencional – NBR 7200 (1998)

O chapisco é confeccionado com uma argamassa de traço em volume de 1:3 (cimento:

areia grossa – parte que passa na peneira 4,8 mm). O chapisco deve ser lançado com a

colher de pedreiro vigorosamente sobre a base, de modo a garantir alta rugosidade.

A cura e a liberação do chapisco para a execução da próxima camada do sistema de

revestimento devem ocorrer no período indicado na tabela 2.3 a seguir, garantindo água

para a ocorrência das reações de hidratação do cimento e quando o chapisco não apresentar

desagregação ao toque. 14 A preparação de base não é considerada uma camada do revestimento, já que pode consistir no pré-umedecimento com água ou ainda, mesmo que se aplique o chapisco, este não cobre por completo o substrato (CANDIA, 1998).

17

Tabela 2.3 - Procedimentos e Especificações Técnicas para a Execução de Revestimento

Convencional (NBR 7200,1998).

Chapisco Emboço Reboco Camada Única

Período de Aplicação 1,5 a 2 horas 1,5 a 2 horas 1,5 a 2 horas 1,5 a 2 horas

Tempo de cura para execu

da próxima camada

24 a 48 horas

p/ reboco=7dias

p/ cerâmica =14

28 dias

30 dias

Espessura 5 a 12 mm 15 a 25 mm 3 a 5 mm 20 a 30 mm

As condições climáticas podem ter bastante influência nas características de argamassas de

chapisco e de revestimento. Lugares, como a cidade de Brasília, onde há grandes períodos

com umidade relativa do ar muito baixa (até valores de 10%), é muito recomendado que se

efetue procedimentos que viabilizem uma cura adequada.

•Chapisco Rolado

O chapisco rolado constitui-se de uma argamassa no traço, em volume, 1:5 (cimento:areia

fina), utilizando-se, sempre, adesivos poliméricos. Sua aplicação é feita com um rolo

utilizado para pintura acrílica. Seu uso é recomendado em ambientes externos, sobretudo

nas superfícies das estruturas de concreto (SELMO, 1996). Deve-se evitar a decantação da

areia da argamassa de chapisco na masseira, devendo ela ser misturada constantemente.

A aplicação do chapisco rolado deve ser observada e acompanhada, pois se deve passar o

rolo somente em um sentido e uma só vez. Se o movimento for de “vai e vem”, os poros da

superfície serão abertos e fechados, fazendo com que a camada perca suas funções. Nas

bases de concreto, recomenda-se a aplicação em três demãos, e em alvenarias, apenas uma

demão é suficiente (SELMO, 1996). Devido à grande dificuldade em se garantir uma boa

homogeneidade na superfície aplicada, o modelo de que se utiliza esse sistema está sendo

pouco empregado na indústria da construção de Brasília.

18

•Chapisco Colante (Industrializado)

O chapisco colante é um produto industrializado, utilizando apenas água para o seu

preparo. Utilizados em ambientes internos e externos, e em bases com baixa capacidade de

absorção, segundo seus fabricantes.

A argamassa deve ser preparada de acordo com as recomendações de cada fabricante.

Deve-se adicionar água na quantidade indicada e efetuar a mistura conforme indicado.

Após a mistura, deve-se deixá-la descansar por um período de 10 a 15 minutos, ou pelo

tempo indicado na embalagem.

Ainda segundo os fabricantes, para aplicar o chapisco colante, não é necessário o

umedecimento da base se as condições de insolação e ventos forem baixas. Aplica-se

através de desempenadeira denteada: com o lado liso da desempenadeira esparrama-se o

produto sobre a base em uma área não muito grande. Em seguida, com o lado dentado da

desempenadeira fileta-se a argamassa de modo a formar cordões uniformes, de mesma

altura e espessura. O chapisco colante deve ser utilizado num intervalo não superior a 2,5

horas a partir da mistura, não sendo permitida a adição de água ou outro produto. Deve-se

aguardar, pelo menos, 72 horas para início dos serviços de revestimento

(QUARTZOLIT/WEBER; 2003).

•Chapisco Convencional Modificado por Polímero

A utilização de adesivos poliméricos15 na preparação de base com chapisco tem por

finalidade influir na resistência de aderência do revestimento, e em outras propriedades

importantes no desempenho dos mesmos, como regularização de absorção de água e

capacidade de deformação. Este processo pode ser obtido incorporando o adesivo na

própria mistura da argamassa para chapisco (MAILVAGANAM, 1991).

15 MAILVAGANAM (1991) define um adesivo polimérico como sendo uma substância capaz de manter, conservar e segurar materiais juntos na superfície de contato. A união resulta de um mecanismo de aderência entre o adesivo e o substrato e de forças químicas (primárias, ligações covalentes ou forças polares entre os dois).

19

CORRÊA (1999) estudando a utilização de polímeros PVA adicionados ao chapisco

conclui que:

Em chapiscos convencionais aplicados à estrutura de concreto, a adição do

adesivo PVA até a diluição de 1:10 promove um aumento na resistência de

aderência da argamassa de revestimento. O aumento do teor de adesivo, a

partir desta diluição, promove um decréscimo na resistência referida;

A aplicação do chapisco rolado em estruturas de concreto, sem adesivo,

reduz a aderência do revestimento em relação à aplicação convencional;

A adição do chapisco rolado em estruturas de concreto com adição do

adesivo, resulta em ganhos de resistência de aderência entre as faixas de

diluição de 1:20 a 1:5. Em geral, deve-se aplicá-lo em 2 demãos, uma vez

que a aplicação em 3 demãos, em geral, reduz os níveis de aderência, e em 1

demão torna inexeqüível a aplicação do revestimento;

Em substratos constituídos de blocos de concreto, a utilização do chapisco

convencional sem o adesivo evidencia um aumento considerável de

resistência de aderência. Já a adição do PVA, no chapisco convencional, só

trará ganhos de resistência para diluições da ordem de 1:5. Valores menores

conduzem a reduções de resistência em relação ao traço sem adesivo;

A aplicação do chapisco rolado em blocos de concreto, sem adesivo, reduz a

aderência do revestimento em relação à aplicação convencional.

Ainda segundo o mesmo autor, a adição do adesivo no chapisco rolado em blocos de

concreto somente resulta em ganhos de resistência de aderência em diluições próximas de

1:20 aplicadas em 1 demão. Em 2 demãos, a resistência se iguala à da aplicação

convencional com o mesmo teor de adesivo, e em 3 demãos, se observa queda de

resistência. Para os chapiscos rolados com maiores teores do adesivo (1:10 e 1:5),

observam-se valores de resistência sempre menores que os encontrados para a aplicação

convencional, com os mesmos teores do adesivo.

20

CANDIA (1998) estudando a influência do preparo da base nas resistências de aderência,

chegou à conclusão de que, na maioria dos casos avaliados sobre substratos de alvenaria de

blocos cerâmicos, as maiores resistências corresponderam ao chapisco comum, e sobre

substrato de estrutura de concreto, corresponderam ao chapisco industrializado e chapisco

comum.

A aplicação do chapisco deve ser realizada de modo que não cubra completamente a base,

possibilitando a visualização do tijolo em várias regiões, de modo que se tenham diferentes

pontos de ancoragem. Este chapisco chamado de aberto tem, portanto, somente a função de

aumentar a rugosidade, não influenciando decisivamente na absorção de água. SELMO

(1996).

O chapisco que recobre totalmente o substrato é definido como fechado. Além de melhorar

a rugosidade do substrato, ele tem a principal função de regular a absorção de água, já que

é a interface entre o substrato e a argamassa. Seu uso é recomendado para substratos de

elevada absorção como é o caso de blocos silico-calcáricos, ou ainda em substratos de

muito baixa absorção, como é o caso de superfícies de concreto. CANDIA (1998)

2.4 - O TRANSPORTE DE ÁGUA ENTRE A ARGAMASSA E O SUBSTRATO

A movimentação de água restringida16 entre a argamassa plástica e o substrato poroso é

bem mais complexa do que quando comparada com a água livre; parâmetro obtido, por

exemplo, no ensaio do IRA. Este pode ser um dos motivos que levam a resultados

divergentes em pesquisas que tentam correlacionar parâmetros de desempenho do

revestimento; onde o substrato está em contato com a água restringida da argamassa fresca,

com as características que os materiais apresentam, separadamente, em presença de água

livre. Nesse sentido, a capacidade de absorção de água da argamassa, conseqüentemente, a

retenção de água e a porosidade dos materiais são fatores intimamente relacionados entre si

e de suma importância com relação ao aspecto analisado – movimentação e fixação de água

no revestimento - uma vez que, o movimento de água e outros líquidos nos sólidos porosos

dependem em grande parte da microestrutura do material, ou seja, do tamanho efetivo, da

16 Água restringida é a água sob os efeitos da capilaridade, adsorção e forças de dispersão, que, nesse caso, está no interior da argamassa de revestimento recém lançada sobre um substrato.

21

configuração e distribuição dos poros, além das propriedades dos líquidos, tais como, a

tensão superficial e a viscosidade. (WHITELEY et al., 1977)

A água é responsável diretamente pelo transporte de substâncias da argamassa fresca para

os poros do substrato. Os compostos dissolvidos do cimento são carreados para o interior

dos poros do substrato e terão grande participação no mecanismo de aderência entre

argamassa de revestimento e o substrato.

Muitos fatores controlam o fluxo de água entre a argamassa fresca e o substrato como: a

quantidade de água na argamassa, aditivos retentores de água, espessura da camada de

argamassa, emprego de cal, emprego de argilo-minerais, umidade do ambiente,

microestrutura porosa do substrato (tamanho, uniformidade e continuidade), absorção e

absortividade do substrato, emprego de polímeros na superfície do substrato.

A movimentação de água na argamassa-substrato se processa logo que a argamassa é

colocada em contato com o substrato poroso, cujos capilares estão inicialmente vazios. Os

raios médios dos capilares da argamassa são superiores aos dos capilares do substrato,

portanto, o movimento de água se efetua no sentido da argamassa para o substrato,

conforme relata CARASEK (1996). Esta absorção é acompanhada de um aperto mecânico

das partículas sólidas da argamassa pela ação da depressão dos capilares, que se traduz em

uma retração quase imediata da camada de argamassa e em uma aceleração da cristalização

dos produtos hidratados consecutivos ao crescimento da concentração de íons dissolvidos.

O resultado desse efeito é uma diminuição do raio médio dos capilares da argamassa, até se

tornar igual ao dos capilares do substrato. Quando o raio médio dos capilares da argamassa

torna-se inferior ao dos capilares da base, o sentido do movimento da água é invertido.

Cabe observar que a absorção de água pelo substrato condiciona fortemente as

características mecânicas da argamassa endurecida pela secagem do material fresco, com o

surgimento de tensões de retração. (DETRICHÉ et al., 1985 e DETRICHÉ & MASO,

1986)

No caso das argamassas de revestimento, existe além do movimento da água em direção ao

substrato por absorção capilar, um movimento em direção ao meio ambiente, produzido

pela evaporação. Essa evaporação de água da argamassa para o meio ambiente tende a

esvaziar progressivamente os capilares da argamassa até que toda a água intersticial seja

22

evaporada. À medida que a hidratação dos aglomerantes se processa, há uma redução da

velocidade de evaporação, pois o movimento da água em direção ao ambiente é reduzido à

proporção em que os capilares diminuem de diâmetro. Dessa forma, esse fluxo de água

entre os dois sistemas depende do diâmetro dos poros do substrato, do conteúdo de água da

argamassa, que é variável ao longo do tempo, das condições de evaporação e do grau de

colmatação dos poros da argamassa. PAES (2003) e SCARTEZINI (2002).

A velocidade de absorção de água é variável com o tempo, sendo máxima no início do

contato da argamassa com o substrato e decrescendo posteriormente. Em geral, a adesão

inicial da argamassa à base absorvente, bem como melhores resultados de resistências de

aderência são atribuídos à penetração da pasta aglomerante pelo substrato. No entanto, se a

base tiver elevada capacidade de absorção de água das argamassas; nas duas primeiras

horas, podem vir a ocorrer microfissuras na interface devido à retração plástica, que por sua

vez diminui a aderência (LAWRENCE & CAO, 1987). Este tipo de ocorrência pode ser

minimizado através de algum tipo de tratamento superficial do substrato, cujo objetivo é

regularizar a absorção de água ou aumentar a rugosidade superficial. Como exemplos de

tratamento podem ser citados a aplicação de chapisco e o pré-umedecimento, mediante a

aspersão de água através de broxa. Este procedimento - pré-umedecimento - deve ser

empregado com muita cautela, pois uma “molhagem” exagerada pode reduzir

excessivamente a absorção do substrato e, conseqüentemente, reduzir a “avidez” do

material pela água da argamassa, o que prejudica a ancoragem mecânica devido à falta de

penetração de produtos de hidratação dos aglomerantes no interior dos poros. Além disso,

pode ocorrer um prejuízo na aplicação, tendo em vista a baixa adesão inicial propiciada

pela argamassa. (CARASEK, 2001)

Nesse sentido, segundo alguns autores, tais como, METHA (1994) e JIANG (1998), cita-

se que os poros de maiores dimensões; acima de 50 nm, referidos como macroporos, são

considerados os mais prejudiciais ao transporte de água. Considerando-se que somente os

poros de maiores dimensões que estejam conectados entre si contribuem de maneira

significativa sobre a movimentação de água, um parâmetro importante a ser considerado é

o diâmetro crítico de poro. Este parâmetro, que tem sido citado na grande maioria dos

trabalhos relacionados à porosidade e transporte de massa de materiais à base de cimento, é

definido como a menor dimensão de poro acima da qual se estabelece uma trajetória de

poros conectados de uma extremidade a outra da amostra. Experimentalmente, este

23

parâmetro tem sido freqüentemente identificado por meio de medidas com porosímetro de

mercúrio. A técnica se baseia na relação entre o diâmetro de poro, assumido como sendo

cilíndrico, e o volume de mercúrio que pode penetrá-lo em função da pressão aplicada.

Apesar de bastante utilizada, esta técnica ainda necessita de ser mais bem pesquisada; em

especial para materiais à base de cimento, de modo a dirimir dúvidas a respeito de sua

utilização. CORRÊA (1998).

KOPSCHITZ (2001) cita em seu trabalho que a intensidade do fenômeno de retração e o

desenvolvimento das propriedades mecânicas dependem, dentre outros fatores, da

capacidade de absorção dos blocos da alvenaria e das condições climáticas onde se

encontra a obra, ou seja, a forma como determinada argamassa perde água (velocidade e

quantidade total) e a quantidade de água presente na argamassa em cada instante após a

aplicação condicionam o seu desempenho.

Nos sistemas de revestimentos utilizando argamassas, o processo de fissuração ocorre

através da interação de vários mecanismos como retração, resistência à tração da argamassa

e dos materiais constituintes. A retração consiste no fenômeno ocasionado por reduções

volumétricas no revestimento devido a fatores como absorção de água por substratos,

evaporação para o meio ambiente, sedimentação, segregação e hidratação do cimento, e

mudanças térmicas. Os fatores extrínsecos que influenciam a retração por secagem do

revestimento são aqueles relacionados com as intempéries: condições de temperatura,

incidência solar, umidade relativa do ar e velocidade dos ventos. A saída de água da pasta

promove a formação de uma complexa série de meniscos nos poros, que originam pressões

negativas em seu interior. A retração plástica ocorre quando a velocidade de evaporação da

água supera a velocidade de exsudação da argamassa. Devido ao fato deste fenômeno

ocorrer antes que se tenha um ganho significativo de resistência do revestimento, devido à

insuficiente hidratação do cimento, as forças capilares geram tensões maiores que as

suportáveis, resultando na fissuração por retração plástica como ilustra a figura 2.6.

CORTEZ (1999).

24

DIREÇÃO DO FLUXO DE ÁGUA

Força capilarresponsávelpela retração

Força capilar responsável pela retração

Menisco EstávelMenisco Instável

Parede do poro

Figura 2.6. Forças capilares na retração, adaptado de CORTEZ (1999)..

Na retração por secagem, o revestimento já possui propriedades mecânicas e uma

microestrutura de poros bem definida. A saída de água também provoca pressões negativas

nos poros, mas o revestimento já possui resistência suficiente para suportar tal solicitação.

São fatores que podem promover situações favoráveis ao desenvolvimento da retração:

• Aumento do teor de alguns finos. Aumentando-se a superfície específica dos

materiais que compõem a argamassa, incrementa-se a demanda de água, o que pode

resultar em uma maior rede de poros e uma conseqüente quantidade de água para

sair.

• Maior relação Área/Volume da peça. Quanto menor a espessura, maior será a

facilidade com que a água poderá sair do revestimento. No caso da argamassa de

revestimento, a espessura é sempre bem menor que a superfície, como ilustrado na

figura 2.7 a seguir:

25

espessura

Menor facilidade Maior facilidade

de saída de água de saída de água

Figura 2.7. Influência da Relação “área/volume da peça” na Retração Plástica.

• Excesso de Desempeno. O processo de desempeno e sarrafeamento, além de

estimular a exsudação no revestimento, gerando as tensões capilares, forma uma

camada externa de elevada relação água/cimento, ou seja, uma região de baixa

resistência, susceptível à ocorrência de fissurações.

• Exposição a ventos e insolação. A exposição direta a intempéries pode gerar tensões

de natureza térmica e de umidade.

2.5 - RETENÇÃO DE ÁGUA NA ARGAMASSA

Segundo CINCOTTO et al. (1995), a retenção de água corresponde “à capacidade da

argamassa fresca em manter sua consistência ou trabalhabilidade, quando sujeita a

solicitações que provocam perda de água (evaporação, sucção, absorção pelo

componente)”.

O tempo disponível para os processos de aplicação, sarrafeamento e desempeno da camada

de revestimento também depende da retenção de água, dentre outros fatores. Argamassas

com elevada retenção de água, aplicadas sobre substratos pouco absorventes,

provavelmente, terão um maior tempo para se iniciar os procedimentos de sarrafeamento e

desempeno, prejudicando a produtividade da execução e tornando a argamassa mais

susceptível à retração plástica (reduzindo, possivelmente, suas propriedades mecânicas),

em virtude do maior tempo que ela ficará sujeita à evaporação. Entretanto, HAN &

KISHITANI (1984) apud SELMO (1989) colocaram que, em argamassas com maior

retenção de água, existe um maior grau de hidratação, que promoverá uma maior

resistência de aderência à tração.

26

Ao contrário do observado no parágrafo anterior, ROBINSON & BROWN (1988) apud

CARASEK (1996) constataram, ao realizarem um experimento com uma ampla variação

na retenção de água das argamassas (45 a 90%) e vários tipos de tijolos, uma pequena

influência da referida propriedade na aderência. O maior valor encontrado para a

resistência de aderência à tração foi obtido com a argamassa de menor capacidade de

retenção de água (45%).

Em razão da grande quantidade de água colocada nas argamassas, parece ser pouco

provável haver uma redução do seu grau de hidratação devido à falta deste líquido. Assim,

o possível motivo para uma argamassa (com elevada retenção de água) apresentar uma

maior resistência de aderência à tração está na redução que ocorre na saída de água para o

substrato e para o ambiente, ocasionando uma diminuição da retração plástica e por

secagem.

Para as argamassas com cal, essa capacidade de reter água é essencial para possibilitar a

carbonatação da cal, responsável pela evolução do processo de endurecimento

(CINCOTTO et al., 1995).

TRISTÃO (1995) comenta que o método para determinação da retenção de água

preconizado pela NBR 13277 (1995) não mostra variação significativa de valores, o que

parece supor que o ensaio não capta a variação de retenção da água de uma argamassa, ao

se alterar a relação agregado/aglomerante, cal/cimento ou a granulometria das areias. Além

disso, como a capacidade de retenção de água de cada argamassa depende das

características de absorção do substrato, sob o qual ela é aplicada, este método torna-se

meramente comparativo.

DÉTRICHÉ & MASO (1986) apud CALHAU (2000) citam como fatores intervenientes na

retenção de água das argamassas:

• as condições climáticas para cura, as quais regulam o equilíbrio higrotérmico;

• a natureza física da mistura (proporção de aglomerantes e finura da fração de finos), o

que determina a característica inicial dos microporos;

27

• a natureza química da mistura (especialmente dos aglomerantes, onde cita-se a cal

hidráulica com maior capacidade de retenção);

• a espessura das camadas de revestimento. Maior a espessura, maior será a capacidade

de retenção.

De uma maneira geral, para se aumentar à capacidade de retenção de água das argamassas,

pode-se: aumentar o teor de cal; utilizar aditivos retentores de água e/ou utilizar aditivos

que obstruam a percolação de água capilar, como os incorporadores de ar.

2.6 - A QUESTÃO NORMATIVA DA PREPARAÇÃO DE BASE

A NBR 7200 – Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas –

Procedimento, é ampla com relação à argamassa de revestimento, mas, recomenda algumas

etapas e processos de execução para a confecção de revestimentos, onde está inserida a

preparação de base, os quais encontram-se listados abaixo:

O projeto de fachada, onde se deve especificar o material de confecção do substrato,

a argamassa e a conseqüente preparação de base adequada a ambos.

A idade mínima de 3 dias entre a aplicação da camada de chapisco e a aplicação de

emboço ou camada única. Para climas quentes e secos, com temperatura acima de

30° C, este prazo pode ser reduzido para 2 dias.

A limpeza do substrato para retirada de material pulverulento, eflorescências, de

óleos, de graxas, de resíduos de desmoldantes e de quaisquer produtos que possam

prejudicar a aderência do revestimento.

Após quaisquer dos procedimentos de lavagem, deve-se esperar a completa

secagem da base para se prosseguir com a aplicação do revestimento.

A base deve atender às exigências de planeza, prumo, nivelamento fixadas pelas

normas.

28

A base do revestimento com elevada absorção, exceto parede de bloco de concreto,

deve ser pré-molhada. Deve-se aplicar o chapisco quando a superfície for pouco

absorvente ou não apresentar rugosidade superficial.

A regularização da base deve ser feita através de correções de depressões.

Quando a base for composta por diferentes materiais e for submetida a esforços que

gerem deformações diferenciais consideráveis (tais como balanços, platibandas e

últimos pavimentos), deve-se utilizar tela metálica, plástica ou de outro material

semelhante na junção destes materiais, criando uma zona capaz de suportar as

movimentações diferenciais a que estará sujeita.

O chapisco deve ser aplicado por lançamento, com o cuidado de não cobrir

completamente a base.

29

3 - PROGRAMA EXPERIMENTAL

3.1 - INTRODUÇÃO

A metodologia proposta para este estudo visou compreender e avaliar experimentalmente a

influência do substrato e do chapisco no transporte e na fixação de água nos momentos

iniciais após a aplicação da argamassa, buscando avaliar relações com a resistência de

aderência à tração. Com esse intuito, empregaram-se dois substratos, largamente utilizados

na execução de alvenarias: blocos cerâmicos e blocos de concreto. Como valor de

referência, utilizou-se um chapisco tradicional com traço em volume de 1:3

(cimento:areia). Na primeira variante, aplicou-se um chapisco industrializado; na segunda

variante, modificou-se o traço tradicional com um copolímero de PVA18 e na terceira

variante empregou-se um aditivo de base SBR19 no traço tradicional. Nos chapiscos

modificados com polímeros (PVA e SBR), adotou-se, no primeiro momento, a

recomendação do fabricante quanto ao seu proporcionamento em relação à água de

amassamento e, numa segunda etapa, metade da quantidade recomendada pelo fabricante.

A monitoração do transporte e a fixação de água foram realizadas com a verificação da

capacidade de absorção e absortividade dos substratos em presença de água livre,

realizando-se ensaios de IRA20 e absorção de água por capilaridade dos substratos,

conforme PAES, BAUER & CARASEK (2003). A análise da movimentação de água

restringida nos poros da argamassa fresca foi feita através do controle da umidade pela

retirada de camadas da argamassa após seu lançamento sobre o substrato poroso -

procedimento semelhante ao adotado por SCARTEZINI (2002) e PAES, BAUER &

CARASEK (2002). A verificação da umidade das camadas de argamassa, nesse método,

foi feita através da pesagem do material retirado em cada camada.

18 PVA – foi utilizado o acetato de polivinila (PVA) da RHODIA, adquirido no comércio de Brasília. 19 Foi adquirido um produto da FOSROC, no comércio local de Brasília, como sendo a base de SBR - estirenobutadieno 20 IRA - Initial Rate Absorption – ASTM C-67 – Este ensaio é realizado imergindo a face ensaiada seca em estufa, em uma profundidade de água de 3,2 mm durante um minuto. A massa de água absorvida é padronizada para uma área de 30 polegadas quadradas (aproximadamente 194 cm²), sendo o resultado expresso em g/30 pol²/min.

30

Como análise de correlação com as propriedades mecânicas do sistema de revestimento,

realizou-se ensaio de resistência de aderência à tração, segundo a NBR 13528 (1995).

Para subsidiar análises complementares, foram feitos registros fotográficos, realizados com

o auxílio de Lupa Microscópica (aumento de até 50 vezes), no Laboratório de Microscopia

da Geologia, do Instituto de Geologia da Universidade de Brasília.

Os ensaios referentes à caracterização de materiais, controle de umidade e resistência de

aderência à tração, objetos desta pesquisa, foram desenvolvidos no Laboratório de Ensaios

de Materiais do Departamento de Engenharia Civil e Laboratório de Polímeros da

Universidade de Brasília. No caso dos aglomerantes, a caracterização físico-química foi

fornecida pelos fabricantes.

A seguir, estão descritas as variáveis e condições fixas do estudo, bem como a

caracterização completa dos materiais constituintes, além das metodologias adotadas

(normas ou procedimentos) para a preparação, a execução e o ensaio dos substratos e da

argamassa.

3.2 - DEFINIÇÃO DAS VARIÁVEIS INDEPENDENTES E DAS DEPENDENTES

Considerando o objetivo da pesquisa, definiram-se as principais propriedades a serem

analisadas e avaliadas como sendo as variáveis dependentes, representadas, aqui, pelo

perfil de umidade do substrato (IRA e absorção capilar) e da argamassa de revestimento

(ensaio de umidade pela retirada de camada) e pela resistência de aderência à tração. As

variáveis independentes seriam, então, os substratos, os chapiscos, a argamassa e a

espessura da camada de revestimento. As duas últimas condições, iguais para todos os

substratos.

Os substratos escolhidos foram blocos cerâmicos e blocos de concreto. O chapisco

aplicado em tais blocos levou em consideração as técnicas mais utilizadas em Brasília, ou

seja, chapisco no traço tradicional em volume 1:3, chapisco industrializado, chapisco

modificado com PVA (acetato de polivinila) e chapisco modificado com SBR

(estirenobutadieno).

31

Considerando o exposto, as variáveis, dependentes e independentes, estão colocadas no

organograma da Figura 3.1, para maior clareza das interdependências entre as variáveis.

3.2.1 - Variáveis Independentes

3.2.1.1 - Tipo de Substrato

Bloco de concreto

Sem chapisco

Com chapisco comum (traço 1:3)

Com chapisco modificado com resina SBR:

Na proporção de 1:3 (água : SBR) – 33,0 % (recomendada pelo fabricante)

Na proporção de 1:6 (água : SBR) – 16,0 % (sugerida por esta pesquisa)

Com chapisco modificado com copolímero de PVA:

Na proporção de 1:6 (água : PVA) – 16,0 % (recomendada pelo fabricante)

Na proporção de 1:10 (água : PVA) – 10,0 % (sugerida por esta pesquisa)

Com chapisco industrializado

Bloco cerâmico

Sem chapisco

Com chapisco comum (traço 1:3)

Com chapisco modificado com resina SBR:

Na proporção de 1:3 (água : SBR) – 33,0 % (recomendada pelo fabricante)

Na proporção de 1:6 (água : SBR) – 16,0 % (sugerida por esta pesquisa)

Com chapisco modificado de copolímero de PVA:

Na proporção de 1:6 (água : PVA) – 16,0 % (recomendada pelo fabricante)

Na proporção de 1:10 (água : PVA) – 10,0 % (sugerida por esta pesquisa)

Com chapisco industrializado

32

Argamassa de revestimento

Para a execução da argamassa de revestimento, foi adotado uma traço bastante conhecido,

na proporção de 1:1:6 (cimento:cal:areia) em volume. A espessura do revestimento foi

mantida em 3,0 cm com a utilização de gabarito metálico. A energia de lançamento da

argamassa no substrato foi padronizada com a utilização de uma caixa de queda

desenvolvida por PAES (2003)

3.2.2 - Variáveis Dependentes

As variáveis dependentes serão os parâmetros obtidos com os resultados do perfil de

umidade (IRA, Absorção por Capilaridade e Absorção de Água Restringida) e da

resistência de aderência. Os procedimentos de ensaio serão descritos em seções seguintes.

33

VARIÁVEIS INDEPENDENTES

SUBSTRATOSPOROSOS

CERÂMICO CONCRETO

ADITIVADOCOLA PVA

( PVA )

ADITIVADOCOLA SBR

( SBR )

INDUSTRIALIZADO( IND )

CHAPISCOCOMUM( COM )

SEMCHAPISCO

COMCHAPISCO

16% DOTEOR DE

ÁGUA( SBR 16 )

33% DOTEOR DE

ÁGUA( SBR 33)

10% DOTEOR DE

ÁGUA( PVA 10 )

16% DOTEOR DE

ÁGUA( PVA 16)

ADITIVADOCOLA PVA

( PVA )

ADITIVADOCOLA SBR

( SBR )

INDUSTRIALIZADO( IND )

CHAPISCOCOMUM( COM )

16% DOTEOR DE

ÁGUA( SBR 16 )

33% DOTEOR DE

ÁGUA( SBR 33)

10% DOTEOR DE

ÁGUA( PVA 10 )

16% DOTEOR DE

ÁGUA( PVA 16)

SEMCHAPISCO

COMCHAPISCO

PROGRAMA EXPERIMENTAL

VARIÁVEIS DEPENDENTES

PERFIL DE ABSORÇÃO DE ÁGUA- IRA E ABSORÇÃO CAPILAR

PERFIL DE MOVIMENTAÇÃO DE ÁGUA- ENSAIO DAS CAMADAS

RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA ÀTRAÇÃO

ARGAMASSAESPESSURA DA CAMADA

ENERGIA DE LANÇAMENTO

Figura 3.1 – Organograma do Programa Experimental

34

3.3 - NOMENCLATURA DA PESQUISA

A tabela 3.1, a seguir, mostra os diversos substratos com as denominações utilizadas nesta

pesquisa:

Tabela 3.1 – Denominação e especificação das séries de substratos.

CER SEM Série de bloco cerâmico sem chapisco

CER COM Série de bloco cerâmico com chapisco comum

CER IND Série de bloco cerâmico com chapisco industrializado

CER PVA 10 Série de bloco cerâmico com chapisco modificado com PVA a 10% da

água de amassamento

CER PVA 16 Série de bloco cerâmico com chapisco modificado com PVA a 16% da

água de amassamento

CER SBR 16 Série de bloco cerâmico com chapisco modificado com SBR a 16% da

água de amassamento

CER SBR 33 Série de bloco cerâmico com chapisco modificado com SBR a 33% da á

de amassamento

CON SEM Série de bloco de concreto sem chapisco

CON COM Série de bloco de concreto com chapisco comum

CON IND Série de bloco de concreto com chapisco industrializado

CON PVA 10 Série de bloco de concreto com chapisco modificado com PVA a 10% d

água de amassamento

CON PVA 16 Série de bloco de concreto com chapisco modificado com PVA a 16% d

água de amassamento

CON SBR 16 Série de bloco de concreto com chapisco modificado com SBR a 16% d

água de amassamento

CON SBR 33 Série de bloco de concreto com chapisco modificado com SBR a 33% d

água de amassamento

35

3.4 - CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS UTILIZADOS

Nesta seção, é apresentada a caracterização detalhada dos materiais empregados nesta

pesquisa, ou seja, os substratos, representados pelos blocos cerâmicos e de concreto, e a

argamassa com os seus constituintes.

3.4.1 - Substratos

Para o desenvolvimento desse estudo foram utilizados dois tipos de blocos vedação:

cerâmico e de concreto, fornecidos pela Cerâmica Braúnas, MG e Original Pré-modaldos,

DF, respectivamente. Tanto os blocos de concreto quanto os blocos cerâmicos têm

dimensões e resistências à compressão uniformes como mostram os dados das tabelas 3.2.

e 3.3., listadas a seguir:

. Tabela 3.2. Resultados de caracterização dos blocos cerâmicos. PAES (2003)

Ensaios Método de

ensaio

Número de

determinações

Resultado

médio

Coeficiente de

variação (%)

Absorção de água (a %) MB-3459

(ABNT, 1991) 50 20,29 4,16

Resistência à compressão

(MPa)

MB-3459

(ABNT, 1991) 12 4,52 6,35

Dimensões MB-3459

(ABNT, 1991) 12

a21 = 11,50 cm

l = 19,00 cm

c = 38,50 cm

3,15

.

36

Tabela 3.3. Resultados de caracterização dos blocos de concreto. PAES (2003)

Ensaios Método de ensaiNúmero de

determinações

Resultado

médio

Coeficiente de

variação (%)

Absorção de água (a %) MB-3459

(ABNT, 1991) 50 7,09 6,86

Resistência à compressão

(MPa)

MB-3459

(ABNT, 1991) 12 4,67 9,62

Dimensões MB-3459

(ABNT, 1991) 12

a = 14,00 cm

l = 19,00 cm

c = 39,00 cm

3,13

Os blocos avaliados neste estudo possuem características bem diferentes, enquanto o bloco

cerâmico é mais liso superficialmente, tem estrutura porosa mais refinada, o bloco de

concreto é bem mais rugoso e possui uma estrutura de poros mais aberta, com poros

maiores.

3.4.2 - Agregado Miúdo

A areia utilizada, nesse estudo, para produção de argamassa é confeccionada a partir de

outras duas areias, oriundas de depósito aluvial do Rio Corumbá, no Goiás.

PAES (2002) realizou um estudo de modo a obter uma composição granulométrica de

curva contínua, sem material pulverulento e também sem o material retido na peneira nº

2,4 e de grau de empacotamento de grãos a argamassa de modo a atenuar possíveis efeitos

de retração. A areia encontrada é uma combinação das duas anteriores, na seguinte

composição: 40% da areia de módulo de finura igual 3 e 60% da areia de módulo de finura

igual a 2,2. Essa areia encontrada foi a empregada no presente estudo. A figura 3.2 mostra

a curva granulométrica obtida.

21 a = altura; l = largura; c = comprimento

37

CURVA GRANULOMÉTRICA

0102030405060708090

100

6,3 4,8 2,4 1,2 0,6 0,3 0,15

0,075

Fund

o

Peneiras (mm)

% R

etid

a A

cum

ulad

a

Figura 3.2. – Curva granulométrica do agregado miúdo empregado nesse estudo,

segundo a NBR 5734 (1998)

De acordo com SELMO (1989), a classificação das areia também pode ser feita pelo

módulo de finura, da seguinte forma: MF >3,0 a areia é grossa; MF entre 2,0 e 3,0 a areia

é média e MF < 2,0, a areia é fina. Para esta forma de classificação, a areia utilizada na

confecção das argamassas é classificada como fina. Então, a areia resultante pode ser

classificada como média, uma vez que seu módulo de finura se situa entre 2,0 e 3,0 e

atende os requisitos da norma NBR 7200 (1987), no que diz respeito à granulometria.

Para o chapisco, foi utilizada a areia de módulo de finura igual a 3,0, classificada como

grossa, conforme as faixas referidas acima, sendo retirada a parte retida na peneira 2,4 mm,

de modo a possibilitar a execução do chapisco através de uma peneira nº 55, sem muita

perda por reflexão dos agregados.

3.4.3 - Cal

Foi utilizada a cal hidratada CH-I, com o nome comercial de Massical, fornecida pela

ICAL, fabricante de cal. A tabela 3.4. mostra os dados de caracterização fornecidos pelo

fabricante.

38

Tabela 3.4. Caracterização física e química da cal hidratada CH-I.

Método de Ensaio Característica determinada Resultados

NBR 9676/1987 Massa específica (g/cm³) 2,22 Kg/dm

NBR 9676/1987 Massa unitária 0,55 Kg/dm

NBR 7175/1992 Retenção de água 87,11%

NBR 7175/1992 Plasticidade 153

NBR 7175/1992 Umidade 0,04%

NBR 7175/1992 Finura: retido da peneira nº 30

Finura: retido na peneira nº 200

0,00%

0,64%

Caracterização

física

NBR 7224/1984 Superfície específica Blaine (cm²/g) 6,32

NBR 7175/1992 Resíduo insolúvel 0,93

NBR 8347/1991 Dióxido de silício (siO2) 1,28

NBR5743/1989 Perda ao fogo 24,60%

Óxido de alumínio (Al2O3) 0,00

Óxido de ferro (Fe2O3) 0,21

Óxido de cálcio total (CaO) 71,98

Óxido de magnésio (MgO) 0,54

Óxido de sódio (Na2O) 0,05

Caracterização

química

NBR 9203/1985

Óxido de potássio (K2O) 0,09

3.4.4 - Cimento Portland

Foi utilizado o cimento portland CP II-F-32, fornecido pela CIPLAN, Cimentos Planalto,

fabricante de cimento. A tabela 3.5. mostra os dados de caracterização fornecidos pelo

fabricante.

39

Tabela 3.5. Caracterização física e química do cimento Portland

Método de Ensaio

Característica determinada

Resultados

NBR 9676/1987 Massa específica (g/cm³) 3,04

NBR 11579/1991 Resíduo na peneira 200 (%) 2,90

NBR 12826/1993 Resíduo na peneira 325 (%) 12,00

NBR 7224/1984

Finura

Área específica (m²/kg) 400

Início da pega (h:min) 2:00 NBR 11581/1991 Tempos de pega

Fim de pega (h:min) 3:20

3 dias (MPa) 20,3

7 dias (MPa) 22,4

CP II-F-32. Caracterização

física

NBR 7215/1996 Resistência à

compressão 28 dias (MPa) 34,2

NBR 5743/1989 Perda ao fogo % 5,16

NBR 5744/1989 Resíduo insolúvel % 1,38

NBR 5745/1989 Trióxido de enxofre (SO3) % 2,81

Óxido de magnésio (MgO) % 4,05

Dióxido de silício (SiO2) % 25,95

Óxido de ferro (Fe2O3) % 3,25

Óxido de alumínio (Al2O3) % 4,68

Óxido de cálcio (CaO) % 52,99

NBR 9203/1985

Óxido de cálcio livre (CaO) % 1,13

Óxido de sódio (Na2O) 0,34

Óxido de potássio (K2O) 0,77 NBR 8347/1991 Álcalis

totais Equivalente alcalino em Na2O 0,85

Caracterização

química (%)

NBR 5745/1989 Sulfato de cálcio (CaSO4) 4,78

3.4.5 - Argamassa

Para realização desse estudo as condições fixas são: a dosagem dos materiais constituintes

da argamassa de cimento Portland, a energia de lançamento da argamassa ao substrato e a

espessura da camada de argamassa.

A escolha do traço se baseou em uma argamassa que fosse muito utilizada na construção

civil, com baixa retração e, que já fora empregada em estudos da mesma temática, como o

que CANDIA (1998) realizou sobre preparação de base.

40

Foi empregado o traço tradicional de composição 1:1:6 (cimento:cal:areia), em volume. O

traço em massa obtido, baseado em massa unitária determinada para esse estudo, foi de 1:

0,47:7,78:1,76 (cimento:cal:areia:água). A quantidade de água foi estabelecida em função

de parâmetros de trabalhabilidade, medidos visualmente com a colher de pedreiro e com a

consistência, como mostra a figura 3.3:

Figura 3.3. Verificação da trabalhabilidade com a colher de pedreiro.

Os ensaios realizados para caracterização da argamassa, bem como os resultados obtidos

estão apresentados a seguir:

• Índice de consistência, pela NBR 13276 (1995): 280 mm.

• Resistência à compressão, pela NBR 13279 (1995): 4,14 MPa.

• Massa específica, adaptado da NBR 13273 (1995): 1,87 g/cm³.

• Retenção de água, pela NBR 13277 (1995): 96% .

3.4.5.1 - Lançamento da Argamassa

Para a execução do chapisco se empregou uma peneira de nº. 55, de modo a manter

uniforme a rugosidade e espessura da camada de chapisco como mostra a figura 3.4. Após

o lançamento os corpos-de-prova foram colocados em cura úmida por sete dias:

41

Figura 3.4. Lançamento da camada de chapisco sobre o substrato.

Após a cura úmida, os corpos-de-prova foram secos em estufa e embalados, como mostra a

figura 3.5., com saco plástico, de modo a permanecerem secos, até o lançamento de

argamassa de revestimento, para a execução dos ensaios de absorção de água restringida

(retirada de camadas) e de aderência.

Figura 3.5. Acondicionamento dos corpos-de-prova, após secagem em estufa.

Para a aplicação da argamassa de revestimento, utilizou-se um dispositivo que consistiu em

uma “caixa de queda”, da qual a argamassa de revestimento foi deixada cair de uma altura

padrão (50 cm), em queda livre. Com isso, manteve-se fixa a força de impacto da chegada

42

da argamassa ao substrato. Este dispositivo foi desenvolvido no Laboratório de Ensaios de

Materiais, inicialmente na pesquisa de PAES (2003) e documentado por PAES, BAUER e

CARASEK (2003). Os substratos foram colocados sob essa caixa, com a face a revestir na

horizontal, virada para cima, e com um gabarito metálico sobre esta mesma face. Após a

queda da argamassa, esta foi regularizada através de sarrafeamento. A Figura 3.6 mostra a

caixa de queda utilizada e a figura 3.7 os gabaritos metálicos:

Figura 3.6. Caixa de queda para o lançamento da argamassa sobre o substrato.

Figura 3.7. Gabaritos metálicos para manter uma mesma espessura.

A espessura do revestimento foi fixada em 30 mm e a obtenção desta espessura foi

garantida com o uso de gabarito fixado sobre a face do substrato a revestir. A seqüência do

43

lançamento sobre o bloco e acabamento da argamassa de revestimento é mostrada na

seqüência da figura 3.8:

Figura 3.8. Seqüência do lançamento da argamassa sobre o substrato.

( Lançamento.→Sarrafeamento→Acabamento→Câmara úmida).

3.5 - TAXA DE ABSORÇÃO INICIAL (IRA) E ABSORÇÃO CAPILAR

O ensaio de IRA (“Initial Rate Absortion” ou taxa inicial de absorção de água) foi

determinado através do método de ensaio americano conforme prescrito na ASTM C-67. –

Este ensaio é realizado imergindo a face ensaiada seca em estufa, em uma profundidade de

água de 3,2 mm durante um minuto. A massa de água absorvida é padronizada para uma

área de 30 polegadas quadradas (aproximadamente 194 cm²), sendo o resultado expresso

em g/30 pol²/min. A figura 3.9 mostra a realização do ensaio.

44

Figura 3.9. Realização do ensaio da Taxa de Absorção Inicial.

Para o ensaio de absorção de água por capilaridade dos substratos, adaptou-se uma

metodologia a partir da Norma NBR 9779 (1995) – Argamassa e Concretos Endurecidos –

Determinação da Absorção de Água por Capilaridade, a fim de que se pudesse avaliar à

absorção de água destes componentes

Para a realização deste ensaio foram confeccionados alguns dispositivos, como uma caixa

em acrílico que permitisse que a face do bloco ensaiada ficasse submersa em uma lâmina

de água de espessura constante, em torno de 3 ± 0,2 mm. A Figura 3.10 ilustra os

dispositivos deste ensaio.

Figura 3.10. Caixa de acrílico utilizada no ensaio do IRA e de absorção capilar.

Foram ensaiados dois blocos para cada variação de substrato para a realização do IRA e,

em seguida, com os mesmos blocos, da absorção capilar, num total de 28 blocos, sendo 14

cerâmicos e 14 de concreto assim distribuídos: 2 sem chapisco, 2 com chapisco comum, 2

45

com chapisco PVA 10, 2 com chapisco PVA 16, 2 com chapisco SBR 16, 2 com chapisco

SBR 33 e 2 com chapisco industrializado.

3.6 - DETERMINAÇAO DA PERDA DE ÁGUA DA ARGAMASSA, POR

SUCÇÃO, PARA O SUBSTRATO.

Para a determinação da perda de água da argamassa para o substrato, foi empregado um

procedimento adotado por SCARTEZINI (2002), que consiste em identificar regiões da

camada de argamassa com diferentes conteúdos de umidade, após a aplicação desta sobre o

substrato. As argamassas foram aplicadas sobre os blocos, com espessuras de 30 mm e em

intervalos de tempo pré-determinados (0, 1, 3, 5, 10, 30 e 60 minutos) foram retiradas

amostras de argamassa e submetidas à secagem em estufa, para determinação do seu teor

de umidade. As amostras foram retiradas em três camadas, sendo a primeira a camada

superficial, a segunda a camada central e a terceira a camada em contato com o bloco.

Como a espessura do revestimento lançado é de 3 cm, cada camada tem, então, 1 cm de

espessura. A figura 3.11 mostra a representação esquemática desta etapa do ensaio.

Figura 3.11. Representação esquemática da retirada de camadas da argamassa.

A realização do ensaio de retirada das camadas foi feito dentro da câmara úmida, de modo

a minorar o efeito da exsudação na argamassa. Cada camada retirada era então

acondicionada, imediatamente, em papel alumínio e encaminhada para a pesagem, como

mostra a seqüência de fotografias da figura 3.12.

46

Figura 3.12. Acondicionamento e pesagem das amostras retiradas da argamassa

lançada sobre o bloco.

Para o cálculo da perda de água, foi determinado o teor de umidade da argamassa, de cada

camada, nos tempos determinados. O teor de umidade inicial da argamassa era medido

quando do lançamento e o teor final era medido após secagem em estufa, a 100ºC, e

constância de massa de cada amostra retirada. A avaliação da perda de água da argamassa

para o substrato foi feita com a comparação dos valores dos dois momentos medidos, em

cada camada, como mostra a equação 3.1:

Umidade da camada = (peso úmido – peso seco) / peso seco (3.1)

Para realização desse ensaio foram utilizados dois blocos para cada variação de substrato, e

que já haviam sido submetidos aos ensaios de IRA e da absorção capilar, num total de 28

blocos, sendo 14 cerâmicos e 14 de concreto assim distribuídos: 2 sem chapisco, 2 com

chapisco comum, 2 com chapisco PVA 10, 2 com chapisco PVA 16, 2 com chapisco SBR

16, 2 com chapisco SBR 33 e 2 com chapisco industrializado.

3.7 - RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA À TRAÇÃO – NBR 13528 (1995)

O ensaio de resistência de aderência à tração foi realizado seguindo as orientações do

descrito na Norma NBR 13528 (1995) – Revestimentos de paredes e tetos de argamassas

inorgânicas, determinação da resistência de aderência à tração.

Para a realização deste ensaio, foi utilizado um total de 60 blocos, sendo 30 cerâmicos e 30

de concreto assim distribuído: 5 com chapisco comum, 5 com chapisco PVA 10, 5 com

chapisco PVA 16, 5 com chapisco SBR 16, 5 com chapisco SBR 33 e 5 com chapisco

industrializado.

47

Após o lançamento da argamassa sobre os blocos, eles foram colocados em cura na câmara

úmida por vinte e oito dias, data para realização do ensaio de resistência de aderência à

tração.

Cumprida a cura de 28 dias, os blocos foram secos em estufa, a uma temperatura de 60ºC,

de modo a não danificar o revestimento de argamassa. Foram, então, executados cortes no

revestimento, até alcançar o substrato, com uma serra-copo diamantada com diâmetro

nominal externo de 60 mm, como mostra a figura 3.13.

Figura 3.13. Corte do revestimento com o uso de serra-copo

A seguir, procedeu-se a colagem de pastilhas metálicas circulares de cerca de 50 mm de

diâmetro sobre a região cortada com uma resina de base poliéster, registrado pela figura

3.14.

48

Figura 3.14. Colagem das pastilhas metálicas no revestimento.

Para realização do esforço de tração foi utilizado um dinamômetro da Dynatest, modelo

DTE-500, com capacidade para até 5 KN e uma precisão de 1N , figura 3.15. Após a

realização de cada arrancamento, era anotada a carga de ruptura, o diâmetro efetivo, o tipo

de ruptura e o tempo de aplicação de carga.

Figura 3.15. Dinamômetro utilizado no ensaio de resistência de aderência à tração.

Durante a realização deste ensaio, foram descartados 30 blocos de concreto devido a um

problema de fortes retrações na argamassa lançada, que obrigou a uma redosagem da

49

argamassa. A forte retração se deveu a elevada absortividade do bloco de concreto, já que

o ensaio era realizado dentro da câmara úmida e a perda de água por exsudação era

mínima.

50

4 - APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Este capítulo apresenta a análise dos resultados dos ensaios realizados para se obter os

aspectos de caracterização e parâmetros do perfil de umidade dos substratos e da

resistência de aderência, que irão subsidiar uma discussão com vistas a nortear conclusões

a respeito dos substratos e suas preparações de base.

A princípio, serão apresentados e analisados o perfil de umidade dos substratos avaliados,

blocos cerâmicos e de concreto, e suas respectivas preparações de base. Considerando,

para isso, os resultados obtidos com os ensaios de IRA, Absorção por Capilaridade,

Absorção por Capilaridade de Água Restringida. Em seguida, serão analisados os dados

relativos à resistência de aderência, avaliando as tensões obtidas e a forma de ruptura. Por

fim, serão apresentados os registros feitos da superfície dos substratos, com a lupa

estereoscópica de até 50 vezes.

É objetivo da discussão dos resultados tentar correlacionar parâmetros e aspectos físicos da

estrutura porosa dos substratos com os resultados do perfil de umidade e valores de

resistência de aderência.

4.1 - TAXA DE ABSORÇÃO INICIAL – IRA (ASTM C-67)

Neste método, procura-se determinar o transporte de água livre para o substrato seco e

absorvente nos instantes iniciais, através do contato de uma lâmina de água com a

superfície do bloco cerâmico ou de concreto. Pode-se, depois, tentar, correlacionar a

influência dessa capacidade de absorção com a resistência de aderência.

Os resultados referentes à taxa de absorção inicial (IRA) para as variáveis independentes

do projeto experimental estão apresentados na figura 4.1.

51

TAXA DE ABSORÇAO INICIAL - IRA (ASTM C-67)

12,57

18,85

11,52 10,60

16,88

9,1610,73

34,82

40,45

30,37

13,09

34,55

19,50 19,63

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

45,00

SEMCHAPISCO

COMUM PVA 10% PVA 16% SBR 16% SBR 33% IND

IRA

(g/2

00cm

²/min

) BLOCOS CERÂMICOS

BLOCOS CONCRETO

Figura 4.1. Valores de IRA para Blocos Cerâmicos e de Concreto.

Numa comparação direta, o bloco de concreto, sem chapisco, apresenta uma taxa de

absorção inicial quase três vezes superior à do bloco cerâmico, sem chapisco, o que pode

indicar uma estrutura de poros mais compacta no bloco cerâmico e mais aberta no bloco de

concreto, favorecendo, assim, o transporte de água nos momentos iniciais.

Os valores de IRA, encontrados para blocos cerâmicos, coincidem com faixas de

recomendação desses valores para melhor aderência possível (ver tabela 2.2 – Capítulo 2.

Revisão Bibliográfica).

Os valores dos índices de absorção inicial (IRA) dos blocos com chapisco comum

permitiram constatar que, no caso dos blocos cerâmicos, o valor dessa propriedade foi 48%

maior que o valor dos blocos sem chapisco. Isso quer dizer que esse tipo de preparo da

base aumenta o valor do IRA, que, no caso específico, é muito baixo. Nos blocos de

concreto, o valor do IRA subiu apenas 16%, com o uso do chapisco comum. O fato de

aplicar chapisco comum não alterou, significamente, o valor do IRA, ou seja, por este

parâmetro, não se constata a função de controle da absorção de água, atribuída ao

chapisco..

52

Com relação às séries de chapisco modificadas com polímeros, no caso de blocos

cerâmicos, comparando com os valores de IRA para chapisco comum, nota-se um

decréscimo de 39% para a menor concentração de polímero base PVA (PVA 10%) e um

decréscimo de 48% para a outra concentração (PVA 16%). Também houve redução de

10% para a menor concentração de polímero base estireno butadieno (SBR 16%) e redução

de 51% para a outra concentração (SBR 33%). Como o bloco cerâmico possui taxa de

absorção inicial baixa, esses procedimentos influem diminuindo muito significativamente o

IRA.

O valor do IRA para chapisco industrializado sobre bloco cerâmico foi 43% menor em

comparação ao do chapisco comum e, em relação ao bloco sem chapisco, foi 15% menor.

Pela análise da figura 4.1., para o caso de blocos de concreto, é possível observar que,

tanto nas séries modificadas por polímeros, à base de PVA (PVA 10 e PVA 16) e à base de

SBR (SBR 16 e SBR 33), quanto na série produzida com chapisco industrializado,

conseguiu-se reduzir a absorção inicial, que no caso dos blocos de concreto é mais

elevada. Comparando as outras séries de preparação de base com a do chapisco comum,

observa-se que, o chapisco comum tem um valor de IRA 33% maior que a série PVA 10 e

209% maior que a série PVA 16, feitas com polímero de base PVA e, 17% maior que a

série SBR 16 e 107% que a série SBR 33, feitas com polímero de base SBR.

O valor do IRA para chapisco industrializado sobre bloco de concreto foi 51% menor

comparado ao do chapisco comum e, em relação ao bloco sem chapisco, foi 44% menor.

Convém salientar que a avaliação do IRA é pontual após 1 minuto de absorção (parâmetro

muito utilizado para argamassa de assentamento de alvenaria). Entretanto, parece evidente

que a avaliação deve ser estendida por um período maior, tentando-se inferir sobre as

trocas de umidade que interferem no desenvolvimento da microestrutura da aderência.

4.2 - ABSORÇÃO POR CAPILARIDADE DE ÁGUA LIVRE

As curvas dos ensaios de perda de água livre por absorção do substrato, por capilaridade,

permitem observar que, durante os primeiros 5 minutos, ocorrem as maiores perdas de água

53

proporcionalmente em relação aos outros tempos estabelecidos para essa caracterização. Isso

indica que o ensaio de perda de água por absorção do substrato reproduz de alguma forma o

ensaio do IRA, que caracteriza a capacidade de sucção inicial pela força capilar do substrato

durante o primeiro minuto. Porém, cabe destacar que os valores dessa caracterização variam

bastante de um tipo de bloco para outro e, também, em função do material do tratamento de

base. Todavia, para uma melhor quantificação do valor do IRA, o tempo de imersão talvez

devesse ser diferente de 1 minuto (maior).

As curvas de umidade acumulada para os blocos cerâmicos e de concreto, avaliam, por sua

vez, de modo global o fenômeno. Nas figuras 4.2 e 4.3 são apresentados os resultados,

respectivamente, para os blocos cerâmicos e de concreto.

ABSORÇÃO POR CAPILARIDADE BLOCOS CERÂMICOS

0,00%

1,00%

2,00%

3,00%

4,00%

5,00%

6,00%

7,00%

8,00%

0 2 4 6 8 10 12 [t(mim)]¹/²

AB

SOR

ÇÃ

O (%

)

SEM CHAPISCOCOM CHAPISCOINDUSTRIALIZADO INDCHAPISCO MODIFICADO PVA 10%CHAPISCO MODIFICADO PVA 16%CHAPISCO MODIFICADO SBR 16%CHAPISCO MODIFICADO SBR 33%

Figura 4.2. Gráfico dos valores de umidade acumulada para blocos cerâmicos33.

54

ABSORÇÃO POR CAPILARIDADE BLOCOS DE CONCRETO

0,00%

1,00%

2,00%

3,00%

4,00%

5,00%

6,00%

7,00%

8,00%

0 2 4 6 8 10 12

[t(mim)]¹/²

AB

SOR

ÇÃ

O (%

)SEM CHAPISCOCHAPISCO COMUMINDUSTRIALIZADO INDCHAPISCO MODIFICADO PVA 10%CHAPISCO MODIFICADO PVA 16%CHAPISCO MODIFICADO SBR 16%CHAPISCO MODIFICADO SBR 33%

Figura 4.3. Gráfico dos valores de umidade acumulada para blocos de concreto33.

Nos blocos cerâmicos, figura 4.2, a evolução da umidade acumulada mostrou uma

concentração de valores em uma faixa distinta. Deve-se notar que quanto mais para cima a

curva maior é o poder de absorção da base. Excetua-se do comportamento mencionado a

série SBR 16, bem acima da faixa mencionada, e a série SBR 33 bem abaixo da referida

faixa.

Nos blocos de concreto, figura 4.3, analisando a evolução da umidade acumulada, não foi

possível verificar uma nítida faixa de concentração de valores em uma faixa distinta, como

nos blocos cerâmicos. A evolução observada parte da série PVA 16 (menores valores)

seguida da: série SEM CHAPISCO, série SBR 33, série IND XP, série PVA 10, série SBR

16 e série CHAPISCO COMUM (maiores valores).

Pela análise da figura 4.2, para as séries com blocos cerâmicos, tomando por base a raiz do

tempo igual a 3,16 min (tempo no qual as medidas estão mais uniformes), é possível

observar que a série do chapisco comum absorveu 32% a mais que a série do chapisco

industrializado, 18% a mais que a série sem chapisco, 19% a mais que a série PVA 10,

35% a mais que a série PVA 16, 103% a mais que a série SBR 33 e foi 13% menos

absorvente que a série SBR 16.

55

Agora, analisando a figura 4.3, para as séries com blocos de concreto, tomando por base a

raiz do tempo igual a 3,16 min (tempo no qual as medidas estão mais uniformes), é

possível observar que a série do chapisco comum absorveu 45% a mais que a série do

chapisco industrializado, 51% a mais que a série sem chapisco, 29% a mais que a série

PVA 10, 126% a mais que a série PVA 16, 14% a mais que a série SBR 16 e 51% a mais

que a série SBR 33.

Ficou bem clara a influência exercida pela caracterização da perda de água livre por

absorção, tanto quanto pelo tipo de substrato (cerâmico ou de concreto), quanto pelos

diversos tipos de preparo de base. Então, ao se comparar as séries com blocos cerâmicos

com as séries com blocos de concreto, se observa que os blocos cerâmicos se apresentam 2

vezes mais absorventes que os blocos de concreto, inclusive com as respectivas

preparações de base. Também é notado que quanto mais se adiciona polímero, menos

porosa fica a camada de chapisco. Essa característica pode ser favorável para reduzir

substratos muito absorventes, mas pode ser bastante nociva em relação a substratos pouco

absorventes.

4.3 - ABSORÇÃO POR CAPILARIDADE DE ÁGUA RESTRINGIDA

Conforme descrito na metodologia (capítulo 3, item 6., equação 3.1), a perda de água da

argamassa para o substrato (água restringida) foi determinada em três camadas: na

superfície, no meio do revestimento e na interface revestimento-argamassa. Para o

desenvolvimento desta análise e cálculo, será considerada a camada da interface

revestimento-substrato, por ela ter relação direta com a aderência.

A figura 4.4 apresenta o perfil de umidade para as séries dos blocos cerâmicos. Tomando

por base a raiz do tempo igual a 5,48 (tempo no qual as medidas estão mais uniformes), se

observa que em relação a série sem chapisco, que foi a mais absorvente, absorveu 6,7% a

mais que a série de SBR 16, 9,0% a mais que a série de chapisco industrializado, 14,9% a

mais que a série PVA 10, 16,4% a mais que a série do chapisco comum, 19,3% a mais que

a série PVA 16 e 35,0% a mais que a série SBR 33.

56

PERDA DE ÁGUA DA ARGAMASSA PARA O SUBSTRATO BLOCOS CERÂMICOS

10,00%

11,00%

12,00%

13,00%

14,00%

15,00%

16,00%

17,00%

0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00 9,00

TEMPO (MIN)

UM

IDA

DE

NA

CA

MA

DA

DE

INTE

RFA

CE

(%)

SEM CHAPISCOCHAPISCO COMUMCHAPISCO INDUSTRIALIZADO INDCHAPISCO MODIFICADO PVA 10%CHAPISCO MODIFICADO PVA 16%CHAPISCO MODIFICADO SBR 16%CHAPISCO MODIFICADO SBR 33%

Figura 4.4. Evolução da umidade na interface argamassa-substrato, blocos

cerâmicos.

A figura 4.5 apresenta o perfil de umidade para as séries dos blocos de concreto. Tomando

por base a raiz do tempo igual a 3,16 (tempo no qual as medidas estão mais uniformes), se

observa que em relação à série sem chapisco, que foi a mais absorvente, ela absorveu o

mesmo que a série PVA 10, 1% a mais que a série de chapisco industrializado e a de

chapisco comum, 3% a mais que a série PVA 16, 4% a mais que a série SBR 16 e, 4,5% a

mais que a série SBR 33.

57

PERDA DE ÁGUA DA ARGAMASSA PARA O SUBSTRATO BLOCOS DE CONCRETO

10,00%

11,00%

12,00%

13,00%

14,00%

15,00%

16,00%

17,00%

0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00 9,00

[t(mim)]¹/²

UM

IDA

DE

NA

CA

MA

DA

DE

INTE

RFA

CE

(%)

SEM CHAPISCOCHAPISCO COMUMCHAPISCO INDUSTRIALIZADO INDCHAPISCO MODIFICADO PVA 10%CHAPISCO MODIFICADO PVA 16%CHAPISCO MODIFICADO SBR 16%CHAPISCO MODIFICADO SBR 33%

Figura 4.5. Evolução da umidade na interface argamassa-substrato, blocos de concreto.

Diferentemente do observado nos resultados de IRA para blocos de concreto, onde o

tratamento de base com chapisco comum havia sido o mais absorvente e, analisando o

gráfico da figura 4.5., vê-se que ele supera apenas as séries modificadas por polímeros, nas

concentrações PVA 16% e SBR 33%, no tempo final (7,75).

Nas medidas determinadas para perda de água para o substrato, é possível notar que existe

muita variação nos primeiros 5 minutos, tanto em blocos cerâmicos, quanto em blocos de

concreto. Isso ocorre, provavelmente, devido à rede de poros entre o substrato e a

argamassa não estar completamente interconectada.

Os resultados dessa caracterização foram ordenados decrescentemente (do mais absorvente

para o menor), e tomando por base o último tempo (7,75), da seguinte forma:

• Para blocos cerâmicos:

oSEM CHAPISCO→SBR16%→INDUSTRIALIZADO

→PVA10%→CHAPISCO COMUM→PVA 16%→SBR 33%

58

•Para blocos de concreto:

o SEM CHAPISCO→SBR16%→INDUSTRIALIZADO

→PVA10%→CHAPISCO COMUM→PVA 16%→SBR 33%

É possível observar que, para este ensaio, a ordem de absorção dos substratos para blocos

cerâmicos e para bloco de concreto se manteve a mesma, isso vem demonstrar a grande

influência exercida pela preparação de base, uma vez que os blocos possuem

características muito diferentes.

4.4 - RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA

Os resultados obtidos para resistência de aderência estão apresentados nas figuras 4.6 e 4.7,

para blocos cerâmicos e de concreto, respectivamente.

A variação verificada nos valores de IRA e de absorção por capilaridade mostrou relação

com as resistências de aderência, quando se variaram os tipos de substratos e os tipos de

preparo da base.

No caso dos blocos cerâmicos, somente a série do chapisco modificado com polímero a

base de estireno butadieno, série SBR 16, apresentou valor de resistência de aderência

superior ao do chapisco comum e, mesmo assim, apenas 3,7 % a mais, como mostra o

gráfico de valores de resistência de aderência da figura 4.6. Nos demais casos, seguiu-se

uma tendência combinada com os resultados de absorção, ou seja, quanto mais polímero se

adicionou, menos permeável ficou o chapisco e menos resistência de aderência se obteve.

Com isso, é possível verificar que, para os blocos cerâmicos avaliados, a melhor

preparação de base é feita com chapisco comum.

59

RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA BLOCOS CERÂMICOS

0,380,35 0,33 0,34

0,39

0,26

0,00

0,05

0,10

0,15

0,20

0,25

0,30

0,35

0,40

0,45

0,50

CER COMUM CER IND CER PVA 10 CER PVA 16 CER SBR 16 CER SBR 33

RES

ISTÊ

NC

IA D

E A

DER

ÊNC

IA (M

Pa)

Figura 4.6. Valores de resistência de aderência para blocos cerâmicos.

A tabela 4.1. mostra os coeficientes de variação para as séries feitas com blocos cerâmicos.

Apenas a série correspondente ao chapisco industrializado apresentou um coeficiente de

variação acima do esperado.

Tabela 4.1. Coeficientes estatísticos para as séries com blocos cerâmicos.

Blocos Cerâmicos Média Valor Min. Valor Máx. D. Padrão C. V.*

(Mpa) (Mpa) (Mpa)

Chapisco Comum 0,38 0,24 0,52 0,09 23,80%

Chapisco Industrializado 0,35 0,17 0,60 0,17 48,58%

Chapisco Mod. PVA 10% 0,33 0,15 0,49 0,09 27,35%

Chapisco Mod. PVA 16% 0,34 0,24 0,42 0,07 19,52%

Chapisco Mod. SBR 16% 0,39 0,22 0,50 0,06 15,47%

Chapisco Mod. SBR 33% 0,26 0,13 0,33 0,05 21,19%

*C.V. – coeficiente de variação

Comportamento semelhante aos dos blocos cerâmicos foi observado nos blocos de

concreto. Sendo que, aqui, o chapisco comum superou, em termos de valor de resistência à

aderência, todas as demais preparações de base. Também, nos blocos de concreto,

60

observou-se que, ao aumentar a proporção de polímeros no traço da argamassa das séries

de chapisco modificado por polímero, houve uma redução na resistência de aderência,

como mostra o gráfico da figura 4.7.

RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA BLOCOS DE CONCRETO

0,48

0,41

0,45

0,35

0,41

0,27

0,00

0,05

0,10

0,15

0,20

0,25

0,30

0,35

0,40

0,45

0,50

CON COMUM CON IND CON PVA 10 CON PVA 16 CON SBR 16 CON SBR 33

RES

ISTÊ

NC

IA D

E A

DER

ÊNC

IA (M

pa)

Figura 4.7. Valores de resistência de aderência para blocos de concreto.

Com isso, é possível avaliar que, para os blocos de concreto avaliados, a melhor

preparação de base é feita com chapisco comum, como no caso anterior.

A tabela 4.2. mostra os coeficientes de variação para as séries feitas com blocos de

concreto. Apenas a série correspondente ao polímero SBR 33% apresentou um coeficiente

de variação acima do esperado.

61

Tabela 4.2. Coeficientes estatísticos para as séries com blocos de concreto.

Blocos de Concreto Média Valor Min. Valor Máx. D. Padrão C. V.*

(Mpa) (Mpa) (Mpa)

Chapisco Comum 0,48 0,24 0,69 0,14 29,02%

Chapisco Industrializado 0,41 0,22 0,65 0,12 30,00%

Chapisco Mod. PVA 10% 0,45 0,30 0,54 0,07 16,33%

Chapisco Mod. PVA 16% 0,35 0,23 0,51 0,10 29,71%

Chapisco Mod. SBR 16% 0,41 0,24 0,57 0,08 19,70%

Chapisco Mod. SBR 33% 0,27 0,10 0,45 0,11 40,51%

*C.V. – coeficiente de variação.

A série com chapisco modificado com SBR a 33%, tanto nos blocos de concreto quanto

nos blocos cerâmicos, foi a única a apresentar resistência de aderência abaixo dos 0,30

MPa, evidenciando um comportamento negativo, inclusive prejudicial, e inadequado do

polímero como preparador de base, para argamassa estudada.

Compilando os principais resultados obtidos em uma única tabela, tabela 4.3, é possível

notar as correlações entre os perfis de umidade dos substratos e as diversas preparações de

base, e as respectivas resistências de aderência.

62

Tabela 4.3. Quadro resumo de correlação dos parâmetros de estudo.

BLOCOS IRA ABSORÇÃO RESTRINGIDA ADERÊNCIA

CERÂMICOS (g/30 pol²/min) (%) (%) (MPa)

CHAPISCO COMUM 6 5 3 5

IND 3 3 5 4

PVA 10 4 4 4 2

PVA 16 2 2 2 3

SBR 16 5 6 6 6

SBR 33 1 1 1 1

BLOCOS DE IRA ABSORÇÃO RESTRINGIDA ADERÊNCIA

CONCRETO (g/30 pol²/min) (%) (%) (MPa)

CHAPISCO COMUM 6 5 3 6

IND 3 6 5 4

PVA 10 4 4 4 5

PVA 16 1 1 2 2

SBR 16 5 3 6 3

SBR 33 2 2 1 1

Obs.: Os valores se referem à ordem de classificação crescente de cada propriedade

estudada.

Fazendo a leitura da tabela 4.3, para os blocos cerâmicos, nota-se uma boa correlação entre

os parâmetros avaliados. A série SBR 33 foi apontada como a menos absorvente pelo

IRA, pela Absorção por Capilaridade e pela Absorção de Água Restringida, e é, também, a

que tem menor valor de aderência, isso, pode indicar que a estrutura de poros foi bastante

modificada pelo uso do polímero e alterou seu poder de absorção, culminando em

prejuízos na resistência de aderência. A série CHAPISCO COMUM e a série SBR 16

apresentam os maiores valores de aderência, e são, também, as que possuem melhor poder

de absorção, segundo os parâmetros avaliados. As séries PVA 10, PVA 16 e IND estão

posicionadas na parte intermediária da classificação por aderência e ocupam mesma

posição na classificação pela absorção.

63

Observando a mesma tabela, para os blocos de concreto, vê-se que as séries SBR 33 e PVA

16 apresentam menor poder de absorção e por conseguinte, também, apresentam

aderências mais baixas. A série CHAPISCO COMUM tem grande poder de absorção,

como mostra a sua classificação na tabela, por isso mesmo, possui os maiores valores de

aderência. As séries restantes estão situadas na parte intermediária dos valores de absorção

e de aderência.

CARASEK (1996) enfatiza a grande influência do transporte de água no mecanismo para a

aderência. No mesmo raciocínio, a análise efetuada na tabela 2.4 apontou evidências

similares para o caso da preparação de base. Dos parâmetros estudados, faz-se necessário

determinar a importância e a relação entre eles com vistas a definição do nível de aderência

resultante.

4.4.1 - Tipologia da ruptura

Quanto à forma de ruptura, houve uma variação grande, e não se pode fazer uma

correlação direta de causa e efeito. Os dados com relação à forma de ruptura estão

apresentados nas figuras 4.8 e 4.9.

Analisando a figura 4.8, onde estão representados os dados relativos à forma de ruptura nos

ensaios de aderência em blocos cerâmicos e, tomando por base a ruptura ocorrida entre

argamassa e o substrato, é possível notar um aumento nesse tipo de ruptura, quando se

aumenta o teor de polímero, tanto para a série modificada com PVA, quanto para a

modificada com SBR. Isso pode significar prejuízos na aderência em decorrência da

redução da porosidade e da absorção na camada de chapisco ou diminuição da

microrugosidade.

64

ROMPIMENTO POR TRAÇÃOFORMA DE RUPTURABLOCOS CERÂMICOS

0

2

4

6

8

10

12

COMUM IND PVA 10% PVA 16% SBR 16% SBR 33%

Nº D

E R

UPT

UR

AS

ARGAM/SUBSTARGAMASSASUBSTRATOARGAM/COLACOLA/PASTILHA

Figura 4.8. Formas de ruptura em relação aos tratamentos de base para blocos cerâmicos.

Pela figura 4.9, onde são mostrados os resultados relativos à forma de ruptura dos blocos

de concreto e, tomando por base a ruptura ocorrida entre a argamassa e o substrato, é

possível notar um aumento nesse tipo de ruptura, quando se introduz o uso do polímero e,

também, quando se aumenta o teor de polímero, tanto para a série modificada com PVA,

quanto para a modificada com SBR. Como nos blocos cerâmicos, isso pode significar

prejuízos na aderência em decorrência de perda da permeabilidade da camada de chapisco

ou diminuição na rugosidade.

65

ROMPIMENTO POR TRAÇÃOFORMA DE RUPTURA

BLOCOS DE CONCRETO

0

2

4

6

8

10

12

14

16

COMUM IND PVA 10% PVA 16% SBR 16% SBR 33%

Nº D

E R

UPT

UR

AS

ARGAM/SUBSTARGAMASSASUBSTRATOARGAM/COLACOLA/PASTILHA

Figura 4.9. Formas de ruptura em relação aos tratamentos de base para blocos de concreto.

4.5 - ANÁLISE PELO ESPECTRO DE INFRAVERMELHO

O Laboratório de Físico-Química do Instituto de Química da UnB realizou análises

químicas, através do espectro de infravermelho, nos dois adesivos utilizados como aditivos

para preparação de base.

Quanto ao polímero de base PVA, por meio de uma comparação com o espectro no

infravermelho, figura 4.10, da substância poliacetato de vinila (PVA), pode-se afirmar que

a cola analisada é PVA. Esse polímero apresenta bandas características nas seguintes

regiões: duas bandas em 2900 cm-¹, uma banda em 1800 cm-¹, duas bandas na região de

1500 cm-¹ a 1300 cm-¹, uma banda abaixo de 1300 cm-¹, duas bandas na região de 1100

cm-¹ a 1000 cm-¹, uma banda em 980 cm-¹. Como o espectro da cola apresenta bandas

semelhantes na mesma faixa de espectro, pode-se afirmar, com segurança de uma única

análise, que a substância é PVA.

66

Figura 4.10. Espectro no infravermelho para o adesivo de base PVA.

Quanto ao polímero de base SBR, por meio de uma comparação com o espectro no

infravermelho, figura 4.11, do copolímero de butadieno e estireno (SBR), pode-se afirmar

que a cola analisada é, possivelmente, SBR. Esse copolímero apresenta bandas

características nas seguintes regiões: duas bandas em 2900 cm-¹, uma banda em 1500 cm-¹,

duas bandas na região de 1450 cm-¹, duas bandas em aproximadamente 1200 cm-¹, uma

banda por volta de 900 cm-¹.

Figura 4.11. Espectro no infravermelho para o adesivo de base SBR.

67

4.6 - AS SUPERFÍCIES DOS SUBSTRATOS

Neste item, são apresentados os resultados obtidos pela visualização da superfície dos

substratos com a lupa estereoscópica, com capacidade de até 50 vezes de aumento. Com

essa análise, foi possível conhecer alguns aspectos das características morfológicas dos

substratos e tentar compreender melhor os diversos comportamentos apresentados por

diferentes preparações de base. Primeiro, serão vistas a superfície do bloco cerâmico e as

variações de tratamento de base a que foi submetido e, em seguida, será procedido o

mesmo com o bloco de concreto.

4.6.1 - Blocos cerâmicos

A superfície do bloco cerâmico, sem preparação de base, se mostrou com aparência lisa e

uniforme, não sendo possível visualizar detalhes mais precisos da estrutura porosa. A

figura 4.12 apresenta essa superfície.

Figura 4.12. A superfície nua do bloco cerâmico, ampliada em 50 vezes.

A figura 4.13 apresenta a superfície do chapisco comum, que fora aplicado sobre a

superfície do bloco cerâmico. Em relação à superfície do bloco cerâmico, pode-se notar um

aumento significativo de rugosidade, advindo dos grãos de areia do chapisco, além do

68

aumento da porosidade. Essa nova morfologia de superfície deve favorecer os mecanismos

de aderência.

Figura 4.13. Bloco cerâmico recoberto com chapisco comum (50x).

A superfície do chapisco industrializado é apresentada na figura 4.14. Com a mesma

ampliação (50x), é possível notar que a rugosidade aumentou em relação à do bloco

cerâmico, mas é menor, se comparada à do chapisco comum.

Figura 4.14. A superfície do chapisco industrializado ampliada em 50x.

69

A morfologia da superfície do chapisco da série PVA 10% foi registrada na figura 4.15. Os

grãos e a pasta do chapisco aparecem recobertos por uma película formada pelo polímero.

A superfície se apresenta bem lisa e pouco porosa e, possivelmente, menos absorvente.

Características semelhantes são apresentadas pela superfície do chapisco da série PVA

16%, na figura 4.16.

Figura 4.15. A superfície do chapisco com PVA 10%, ampliada em 50x.

Figura 4.16. A superfície do chapisco com PVA 16%, ampliada em 50x.

70

A superfície do chapisco da série SBR 16% é apresentada na figura 4.17. Também, aqui,

os grãos e a pasta do chapisco aparecem recobertos por uma película formada pelo

polímero. A superfície se apresenta bem lisa e pouco porosa e, possivelmente, menos

absorvente. Na figura 4.18, a presença da película de polímero é mais nítida na superfície

do chapisco da série SBR 33%.

Figura 4.17. A superfície do chapisco com SBR 16%, ampliada em 50x.

Figura 4.18. A superfície do chapisco com SBR 33%, ampliada em 50x.

71

4.6.2 - Blocos de concreto

A superfície do bloco de concreto, sem tratamento, se mostrou bem rugosa e áspera; é

possível visualizar vazios entre os grãos do seu material constituinte. Essa superfície é

apresentada pela figura 4.19.

Figura 4.19. Superfície do bloco de concreto, ampliada em 50x.

Não serão reproduzidas, nesta seção, as imagens referentes aos chapiscos sobre os blocos

de concreto, uma vez que as estruturas morfológicas das superfícies encontradas nesses

blocos, com as diversas preparações de base, são bastante semelhantes àquelas dos blocos

cerâmicos, não existindo diferença visual explícita.

Posto isso, observa-se que a estrutura morfológica do bloco de concreto, visto na figura

anterior, tem rugosidade semelhante à da estrutura do chapisco comum, além de também

possuir grandes vazios. Essas características favorecem a ancoragem da argamassa de

revestimento, podendo trazer incremento na resistência de aderência.

72

5 - CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

5.1 - CONCLUSÕES

Após a realização do programa experimental, a discussão e a apresentação dos resultados,

é possível concluir, a respeito da preparação de base e, em particular, do uso do chapisco,

que:

• Os procedimentos de laboratório utilizados para determinar parâmetros e avaliar a

qualidade do desempenho do sistema de revestimento, através da resistência de

aderência, foram eficientes e adequados aos objetivos do trabalho. Além disso

indicaram tendências claras, como no caso do fluxo de umidade, que apresentou

coerência de resultados para os três métodos empregados: IRA, Absorção Capilar e

Avaliação de Umidade por Retirada de Camadas.

• Embora o IRA seja largamente empregado como parâmetro universal que se relaciona

com porosidade, absorção e transporte de água, o mesmo não se mostra capaz de

identificar aspectos importantes no desempenho da aderência.

• A avaliação da absorção por retirada de camadas, conceitualmente, é um parâmetro que

representa o sistema em estudo de forma mais fidedigna por se estar avaliando o

transporte de água com as restrições reais (argamassa). Entretanto, pela metodologia

empregada, as medições iniciais se mostraram com excessiva variabilidade. Isso pode

ser atribuído, de um lado, à formação e a interconectividade da rede poros argamassa-

substrato, e de outro lado, à dificuldades operacionais na obtenção das amostras.

• A preparação de base demonstrou ter bastante influência nas resistências de aderência.

Nesse sentido, a preparação de base em que foi empregado o chapisco comum

mostrou-se muito eficiente em ambos os substratos avaliados nesse estudo.

• Para os blocos cerâmicos avaliados, ficou clara a importância do chapisco como

preparação de base. Verifica-se que o chapisco tradicional (nesta pesquisa, denominado

de comum) apresenta resultados bastante expressivos quando comparado aos demais

73

chapiscos do presente estudo, ficando a apenas 3,7% da maior média de resistências de

aderência aferidas. Essa diferença é pouco expressiva e dificilmente justificaria o uso

de aditivos iguais ou semelhantes aos empregados nesta pesquisa.

• Ainda quanto aos blocos cerâmicos, é preciso dizer que o uso inadequado de aditivos

modificadores poliméricos, iguais ou semelhantes aos estudados, mesmo quando

recomendado pelo fabricante, pode acarretar prejuízos na resistência de aderência,

como é o caso das séries PVA 10, PVA 16 e SBR 33. Além disso, o aumento do teor de

aditivo fez com que reduzissem as resistências de aderência, provavelmente, devido à

redução da absorção de água, advinda da formação de uma película que restringe o

fluxo de água.

• O chapisco industrializado, empregado para os blocos cerâmicos, apresentou resultado

pouco inferior ao do chapisco comum, se comparado aos valores de resistência à

aderência. Todavia, as rupturas que ocorreram na interface substrato-argamassa do

chapisco industrializado, sem rompimento do substrato, foram 2,6 vezes maiores, em

número, que as do chapisco comum.

• Para os blocos de concreto avaliados, o chapisco comum foi a mais eficiente das

preparações de base utilizadas, ficando com resistências de aderência 5,7% superiores

às resistências apresentadas pelo segundo maior resultado, a série PVA 10.

• Os blocos de concreto em que foram empregadas as séries PVA 10, PVA 16, SBR 16 e

SBR 33 tiveram decréscimos nas resistências de aderência, quando se aumentou o teor

de aditivo, sendo, este comportamento, similar ao ocorrido com as séries dos blocos

cerâmicos.

• A série de blocos de concreto que utilizou o chapisco industrializado obteve resultados

semelhantes ao do chapisco comum quanto à resistência à aderência e quanto à forma

de ruptura.

• Finalmente, as conclusões que mais se destacam nesta pesquisa são que o tipo de base e

o tipo de preparo de base são fatores preponderantes de influência nas principais

74

características do substrato e da argamassa – que deverá ser produzida em função de

parâmetros determinados pela base e seu tratamento. Em função disso, também terá

muita influência nas resistências de aderência.

5.2 - SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

O tema abordado nesta pesquisa é de grande relevância e muito abrangente. O

prosseguimento desse estudo possibilitará compreender e elucidar questões de fundamental

importância para o desenvolvimento técnico-científico dos sistemas de revestimento da

construção civil. Para futuras pesquisas, na temática, pode-se recomendar:

• A avaliação de outros aditivos modificadores da argamassa de chapisco, como, por

exemplo, o estireno butadieno (SBR), que não foi analisado nesta pesquisa, uma vez

que foi constatado que o polímero utilizado como sendo SBR não era realmente o que

dizia ser.

• A avaliação com outros substratos, como as superfícies de concreto e os blocos sílico-

calcários.

• A avaliação com o emprego de outras argamassas, para os substratos e preparações de

base utilizadas, podendo incluir os substratos citados anteriormente.

• A avaliação da retração das argamassas, considerando os substratos e as preparações de

base como variáveis independentes.

• Um estudo da durabilidade e deterioração dos polímeros utilizados como aditivos nas

argamassas de chapiscos.

• Avaliação por degradação térmica das preparações de base que se utilizam de aditivos

poliméricos.

75

• Avaliação da resistência de aderência ao longo do tempo, de modo a medir a

durabilidade de sistemas de revestimentos que tenham empregado aditivos polímeros

na preparação de base.

• Avaliação custo/benefício das diversas preparações de base.

• Levantamento estatístico das manifestações patológicas relacionadas com a perda de

aderência em sistemas de revestimentos onde se empregou preparação de base com

aditivos poliméricos.

76

6 - BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL

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TRISTÃO, F. A. Influência da Composição Granulométricas das areias nas propriedades

das argamassas de revestimento. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de

Santa Catarina,1995.

81

ANEXO A

82

Tabela A1 – Resultados do Ensaio de Resistência à Tração para Blocos Cerâmicos

revestidos com Chapisco Comum.

Tabela A2 – Resultados do Ensaio de Resistência à Tração para Blocos Cerâmicos

revestidos com Chapisco Industrializado.

CER IND Carga DIAM Secção Tensão Forma de Ruptura Corpo-de-prova (N) mm (mm²) (Mpa) a b c d e

1A 389 54,5 2331,65 0,167 1 1B 588 54,6 2340,21 0,251 1 1C 443 54,8 2357,39 0,188 1 2A 553 54,8 2357,39 0,235 1 2B 425 54,0 2289,06 0,186 1 2C 443 54,6 2340,21 0,189 1 3A 1383 54,0 2289,06 0,604 1 3B 3C 1278 53,4 2238,47 0,571 1 4A 1254 55,5 2418,00 0,519 1 4B 1403 54,5 2331,65 0,602 1 4C 1188 55,5 2418,00 0,491 1 5A 502 54,7 2348,79 0,214 1 5B 544 54,7 2348,79 0,232 1 5C 927 54,8 2357,39 0,393 1

CER COMUM Carga DIAM Secção Tensão Forma de Ruptura Corpo-de-prova (N) mm (mm²) (Mpa) a b c d e

1A 1010 54,8 2357,39 0,428 1 1B 756 55,0 2374,63 0,318 1 1C 511 52,0 2122,64 0,241 1 2A 912 53,1 2213,39 0,412 1 2B 859 55,0 2374,63 0,362 1 2C 775 53,4 2238,47 0,346 1 3A 1090 53,2 2221,74 0,491 1 3B 1227 55,0 2374,63 0,517 1 3C 810 52,0 2122,64 0,382 1 4A 854 53,9 2280,59 0,374 1 4B 510 52,5 2163,66 0,236 1 4C 533 53,0 2205,07 0,242 1 5A 1198 55,0 2374,63 0,505 1 5B 1105 55,1 2383,27 0,464 1 5C 828 54,0 2289,06 0,362 1

83

Tabela A3 – Resultados do Ensaio de Resistência à Tração para Blocos Cerâmicos revestidos com Chapisco Comum aditivado com cola PVA, teor 10%.

CER PVA 10 Carga DIAM Secção Tensão Forma de Ruptura

Corpo-de-prova (N) mm (mm²) (Mpa) a b c d e 1A 341 54,2 2306,05 0,148 1 1B 587 54,5 2331,65 0,252 1 1C 507 54,3 2314,56 0,219 1 2A 811 54,3 2314,56 0,350 1 2B 2C 633 55,0 2374,63 0,267 1 3A 827 54,6 2340,21 0,353 1 3B 856 54,6 2340,21 0,366 1 3C 931 52,2 2139,00 0,435 1 4A 832 54,4 2323,10 0,358 1 4B 712 55,0 2374,63 0,300 1 4C 854 55,1 2383,27 0,358 1 5A 1025 54,3 2314,56 0,443 1 5B 5C 1034 52,1 2130,81 0,485 1

Tabela A4 – Resultados do Ensaio de Resistência à Tração para Blocos Cerâmicos

revestidos com Chapisco Comum aditivado com cola PVA, teor 16%.

CER PVA 16 Carga DIAM Secção Tensão Forma de Ruptura Corpo-de-prova (N) mm (mm²) (Mpa) a b c d e

1A 842 53,0 2205,07 0,382 1 1B 686 55,3 2400,60 0,286 1 1C 984 55,0 2374,63 0,414 1 2A 621 52,9 2196,75 0,283 1 2B 565 55,3 2400,60 0,235 1 2C 628 55,4 2409,29 0,261 1 3A 598 54,4 2323,10 0,257 1 3B 933 54,7 2348,79 0,397 1 3C 606 54,0 2289,06 0,265 1 4A 957 54,4 2323,10 0,412 1 4B 798 54,7 2348,79 0,340 1 4C 5A 947 53,6 2255,27 0,420 1 5B 917 55,2 2391,93 0,383 1 5C 817 54,0 2289,06 0,357 1

84

Tabela A5 – Resultados do Ensaio de Resistência à Tração para Blocos Cerâmicos revestidos com Chapisco Comum aditivado com cola SBR, teor 16%.

CER SBR 16 Carga DIAM Secção Tensão Forma de Ruptura

Corpo-de-prova (N) mm (mm²) (Mpa) a b c d e 1A 912 54,6 2340,21 0,390 1 1B 968 53,8 2272,14 0,426 1 1C 884 52,5 2163,66 0,409 1 2A 894 54,4 2323,10 0,385 1 2B 821 54,4 2323,10 0,353 1 2C 484 53,2 2221,74 0,218 1 3A 921 54,2 2306,05 0,399 1 3B 1181 54,7 2348,79 0,503 1 3C 1010 54,5 2331,65 0,433 1 4A 795 54,4 2323,10 0,342 1 4B 962 54,9 2366,00 0,407 1 4C 899 54,8 2357,39 0,381 1 5A 1009 52,7 2180,17 0,463 1 5B 929 54,3 2314,56 0,401 1 5C 893 54,7 2348,79 0,380 1 1

Tabela A6 – Resultados do Ensaio de Resistência à Tração para Blocos Cerâmicos

revestidos com Chapisco Comum aditivado com cola SBR, teor 33%.

CER SBR 33 Carga DIAM Secção Tensão Forma de Ruptura Corpo-de-prova (N) mm (mm²) (Mpa) a b c d e

1A 486 55,2 2391,93 0,203 1 1B 586 54,0 2289,06 0,256 1 1C 630 54,1 2297,55 0,274 1 2A 783 55,0 2374,63 0,330 1 2B 553 55,2 2391,93 0,231 1 2C 719 55,1 2383,27 0,302 1 3A 3B 699 54,8 2357,39 0,297 1 3C 499 54,6 2340,21 0,213 1 4A 694 54,9 2366,00 0,293 1 4B 753 55,1 2383,27 0,316 1 4C 429 55,0 2374,63 0,181 1 5A 613 53,3 2230,10 0,275 1 5B 656 54,2 2306,05 0,284 1 5C 309 54,1 2297,55 0,134 1

85

Tabela A7 – Resultados do Ensaio de Resistência à Tração para Blocos de Concreto revestidos com Chapisco Comum.

CON COMUM Carga DIAM Secção Tensão Forma de Ruptura

Corpo-de-prova (N) mm (mm²) (Mpa) a b c d e 1A 1303 54,7 2348,79 0,555 1 1B 1265 53,2 2221,74 0,569 1 1C 777 54,7 2348,79 0,331 1 2A 1236 55,1 2383,27 0,519 1 2B 2C 3A 1172 52,0 2122,64 0,552 1 3B 1465 53,2 2221,74 0,659 1 3C 1338 53,4 2238,47 0,598 1 4A 1594 54,4 2323,10 0,686 1 4B 970 52,0 2122,64 0,457 1 4C 946 52,6 2171,91 0,436 1 5A 555 51,5 2082,02 0,267 1 5B 745 51,6 2090,11 0,356 1 5C 536 53,5 2246,87 0,239 1

Tabela A8 – Resultados do Ensaio de Resistência à Tração para Blocos de Concreto

revestidos com Chapisco Industrializado.

CON IND Carga DIAM Secção Tensão Forma de Ruptura Corpo-de-prova (N) mm (mm²) (Mpa) a b c d e

1A 1270 54,0 2289,06 0,555 1 1B 987 54,4 2323,10 0,425 1 1C 1196 54,3 2314,56 0,517 1 2A 1130 54,8 2357,39 0,479 1 2B 515 54,2 2306,05 0,223 1 2C 1133 54,9 2366,00 0,479 1 3A 1136 54,7 2348,79 0,484 1 3B 1526 54,5 2331,65 0,654 1 3C 1147 54,6 2340,21 0,490 1 4A 648 55,1 2383,27 0,272 1 4B 640 53,8 2272,14 0,282 1 4C 879 54,1 2297,55 0,383 1 5A 574 54,3 2314,56 0,248 1 5B 855 54,0 2289,06 0,374 1 5C 672 54,6 2340,21 0,287 1

86

Tabela A9 – Resultados do Ensaio de Resistência à Tração para Blocos de Concreto revestidos com Chapisco Comum aditivado com cola PVA, teor 10%.

CON PVA 10 Carga DIAM Secção Tensão Forma de Ruptura

Corpo-de-prova (N) mm (mm²) (Mpa) a b c d e 1A 607 51,2 2057,83 0,295 1 1B 818 50,5 2001,95 0,409 1 1C 1077 50,2 1978,23 0,544 1 2A 1142 53,7 2263,70 0,504 1 2B 2C 3A 1222 54,5 2331,65 0,524 1 3B 902 52,0 2122,64 0,425 1 3C 4A 1168 53,4 2238,47 0,522 1 4B 858 53,9 2280,59 0,376 1 4C 5A 5B 1055 53,9 2280,59 0,463 1 5C 1035 52,9 2196,75 0,471 1

Tabela A10 – Resultados do Ensaio de Resistência à Tração para Blocos de Concreto

revestidos com Chapisco Comum aditivado com cola PVA, teor 16%.

CON PVA 16 Carga DIAM Secção Tensão Forma de Ruptura Corpo-de-prova (N) mm (mm²) (Mpa) a b c d e

1A 550 54,2 2306,05 0,239 1 1B 519 54,1 2297,55 0,226 1 1C 2A 2B 673 55,1 2383,27 0,282 1 2C 713 54,3 2314,56 0,308 1 3A 1030 53,9 2280,59 0,452 1 3B 1116 53,8 2272,14 0,491 1 3C 1099 52,2 2139,00 0,514 1 4A 696 54,8 2357,39 0,295 1 4B 685 56,0 2461,76 0,278 1 4C 1176 55,6 2426,72 0,485 1 5A 5B 575 55,0 2374,63 0,242 1 5C 883 53,8 2272,14 0,389 1

87

Tabela A11 – Resultados do Ensaio de Resistência à Tração para Blocos de Concreto

revestidos com Chapisco Comum aditivado com cola SBR, teor 16%.

CON SBR 16 Carga DIAM Secção Tensão Forma de Ruptura Corpo-de-prova (N) mm (mm²) (Mpa) a b c d e

1A 574 55,4 2409,29 0,238 1 1B 1054 54,0 2289,06 0,460 1 1C 978 55,4 2409,29 0,406 1 2A 1143 54,0 2289,06 0,499 1 2B 886 51,3 2065,88 0,429 1 2C 749 52,2 2139,00 0,350 1 3A 756 53,4 2238,47 0,338 1 3B 960 53,0 2205,07 0,435 1 3C 749 52,5 2163,66 0,346 1 4A 793 55,0 2374,63 0,334 1 4B 4C 837 55,4 2409,29 0,347 1 5A 1173 54,4 2323,10 0,505 1 5B 1010 54,8 2357,39 0,428 1 5C 1256 53,1 2213,39 0,567 1

Tabela A12 – Resultados do Ensaio de Resistência à Tração para Blocos de Concreto

revestidos com Chapisco Comum aditivado com cola SBR, teor 33%.

CON SBR 16 Carga DIAM Secção Tensão Forma de Ruptura Corpo-de-prova (N) mm (mm²) (Mpa) a b c d e

1A 1B 386 53,8 2272,14 0,170 1 1C 247 55,5 2418,00 0,102 1 2A 353 52,3 2147,20 0,164 1 2B 672 52,7 2180,17 0,308 1 2C 810 51,0 2041,79 0,397 1 3A 587 52,4 2155,42 0,272 1 3B 983 52,5 2163,66 0,454 1 3C 859 50,2 1978,23 0,434 1 4A 594 55,5 2418,00 0,246 1 4B 4C 847 55,4 2409,29 0,352 1 5A 353 53,0 2205,07 0,160 1 5B 5C 538 54,9 2366,00 0,227 1

88

Tabela A13 – Resultados do Ensaio de Umidade por Camadas para Blocos Cerâmicos sem Chapisco. BLOCO: CER SEM 1 TEMPO 1 MIN 3 MIN 5 MIN 10 MIN 30 MIN 1 hora

CAMADA Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco1ª 53,96 46,08 54,15 46,39 51,29 44,17 39,32 34,29 45,69 40,58 48,50 43,652ª 44,66 38,56 42,70 36,89 44,47 38,68 59,27 51,73 45,37 40,39 48,40 43,813ª 34,17 30,07 42,83 37,69 31,75 28,12 57,47 50,83 49,00 44,05 40,10 36,50

TEMPO 1 min 3 mim 5 min 10 min 30min 1 hora

CAMADA umidade umidade umidade umidade umidade umidade 1ª 17,51% 1,08 17,13% 1,10 16,52% 1,08 15,15% 1,08 12,93% 1,07 11,40% 1,122ª 16,28% 1,09 16,22% 1,08 15,40% 1,09 14,89% 1,08 12,67% 1,07 10,74% 1,093ª 14,15% 1,09 14,04% 1,08 13,42% 1,08 13,35% 1,09 11,51% 1,05 10,19% 1,18

Em azul, o peso do papel alumínio a ser descontado. BLOCO: CER SEM 2 TEMPO 1 MIN 3 MIN 5 MIN 10 MIN 30 MIN 1 hora

CAMADA Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco1ª 44,97 38,60 39,23 33,88 43,22 37,45 44,92 39,37 48,23 43,00 52,57 47,642ª 43,69 37,87 39,31 34,19 52,56 45,97 60,45 53,15 49,24 44,04 55,82 50,673ª 41,13 36,21 61,42 54,19 39,01 34,64 49,86 44,32 72,89 65,57 58,32 53,15

TEMPO 1 min 3 mim 5 min 10 min 30min 1 hora

CAMADA umidade umidade umidade umidade umidade umidade 1ª 16,99% 1,10 16,32% 1,09 15,87% 1,10 14,49% 1,08 12,48% 1,10 10,59% 1,102ª 15,82% 1,08 15,47% 1,10 14,68% 1,09 14,02% 1,10 12,11% 1,09 10,39% 1,103ª 14,01% 1,09 13,62% 1,10 13,02% 1,08 12,82% 1,09 11,35% 1,09 9,93% 1,08

Em azul, o peso do papel alumínio a ser descontado.

89

Tabela A14 – Resultados do Ensaio de Umidade por Camadas para Blocos Cerâmicos com Chapisco Comum. BLOCO: CER COM 1 TEMPO 1 MIN 3 MIN 5 MIN 10 MIN 30 MIN 1 hora

CAMADA Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco1ª 48,59 41,68 43,57 37,47 44,01 37,87 44,65 38,63 43,55 38,11 48,85 43,232ª 42,59 36,70 44,96 38,87 53,77 46,48 40,54 35,26 55,81 48,81 54,15 48,023ª 36,25 31,55 35,84 31,21 49,15 43,25 39,85 34,92 41,05 36,21 40,13 35,65

TEMPO 1 min 3 mim 5 min 10 min 30min 1 hora

CAMADA umidade umidade umidade umidade umidade umidade 1ª 17,01% 1,06 16,77% 1,09 16,69% 1,08 16,04% 1,11 14,69% 1,09 13,36% 1,162ª 16,54% 1,09 16,12% 1,10 16,06% 1,08 15,46% 1,11 14,67% 1,08 13,06% 1,093ª 15,44% 1,11 15,38% 1,10 13,99% 1,08 14,58% 1,11 13,78% 1,08 12,96% 1,08

Em azul, o peso do papel alumínio a ser descontado. BLOCO: CER COM 2 TEMPO 1 MIN 3 MIN 5 MIN 10 MIN 30 MIN 1 hora

CAMADA Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco1ª 50,53 43,65 58,99 50,87 46,99 40,55 41,11 35,63 42,28 37,28 53,75 47,992ª 54,79 47,43 59,13 51,30 60,33 52,36 41,43 36,08 40,16 35,54 46,14 41,393ª 44,22 38,80 35,90 31,61 56,02 49,13 36,38 32,00 39,96 35,54 44,24 39,80

TEMPO 1 min 3 mim 5 min 10 min 30min 1 hora

CAMADA umidade umidade umidade umidade umidade umidade 1ª 16,16% 1,08 16,30% 1,06 16,31% 1,07 15,86% 1,07 13,81% 1,07 12,28% 1,072ª 15,89% 1,11 15,59% 1,06 15,54% 1,06 15,28% 1,07 13,40% 1,07 11,78% 1,083ª 14,38% 1,10 14,04% 1,06 14,33% 1,06 14,17% 1,08 12,82% 1,07 11,46% 1,07

Em azul, o peso do papel alumínio a ser descontado.

90

Tabela A15 – Resultados do Ensaio de Umidade por Camadas para Blocos Cerâmicos com Chapisco Industrializado. BLOCO: CER IND 1 TEMPO 1 MIN 3 MIN 5 MIN 10 MIN 30 MIN 1 hora

CAMADA Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco1ª 52,65 45,35 46,27 39,94 55,56 48,02 41,59 36,07 41,44 36,98 30,90 27,872ª 39,89 34,17 46,33 40,20 43,58 38,08 46,46 40,60 57,44 51,31 42,92 38,793ª 32,78 28,87 36,00 31,73 41,22 36,62 40,66 36,02 33,60 30,15 40,07 36,26

TEMPO 1 min 3 mim 5 min 10 min 30min 1 hora

CAMADA umidade umidade umidade umidade umidade umidade 1ª 16,49% 1,08 16,30% 1,10 16,06% 1,08 15,78% 1,09 12,43% 1,10 11,31% 1,092ª 17,30% 1,10 15,67% 1,07 14,87% 1,09 14,84% 1,10 12,21% 1,09 10,95% 1,093ª 14,08% 1,10 13,93% 1,08 12,95% 1,09 13,28% 1,08 11,87% 1,09 10,83% 1,09

Em azul, o peso do papel alumínio a ser descontado. BLOCO: CER IND 2 TEMPO 1 MIN 3 MIN 5 MIN 10 MIN 30 MIN 1 hora

CAMADA Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco1ª 52,26 44,69 58,11 49,79 52,80 45,32 53,48 46,07 50,04 44,29 66,88 59,572ª 66,03 56,45 63,81 54,84 56,53 48,91 52,00 45,13 55,08 48,79 54,41 48,553ª 59,64 51,30 49,70 43,12 52,61 45,97 44,23 38,81 47,31 41,98 45,35 40,57

TEMPO 1 min 3 mim 5 min 10 min 30min 1 hora

CAMADA umidade umidade umidade umidade umidade umidade 1ª 17,35% 1,06 17,08% 1,09 16,91% 1,08 16,47% 1,08 13,31% 1,08 12,50% 1,072ª 17,30% 1,07 16,69% 1,09 15,93% 1,08 15,60% 1,09 13,19% 1,09 12,35% 1,093ª 16,60% 1,07 15,66% 1,10 14,79% 1,08 14,37% 1,09 13,04% 1,10 12,11% 1,09

Em azul, o peso do papel alumínio a ser descontado.

91

Tabela A16 – Resultados do Ensaio de Umidade por Camadas para Blocos Cerâmicos com Chapisco PVA 10%. BLOCO: CER PVA 10 1 TEMPO 1 MIN 3 MIN 5 MIN 10 MIN 30 MIN 1 hora

CAMADA Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco1ª 53,69 45,98 58,56 50,12 53,54 46,05 45,24 39,22 52,88 46,66 62,69 56,322ª 50,21 43,26 41,64 36,00 47,78 41,47 56,56 49,17 47,40 41,93 35,73 32,163ª 27,56 24,03 41,41 36,30 35,64 31,26 46,70 40,87 45,22 40,17 38,07 34,40

TEMPO 1 min 3 mim 5 min 10 min 30min 1 hora

CAMADA umidade umidade umidade umidade umidade umidade 1ª 17,16% 1,06 17,22% 1,10 16,66% 1,09 15,79% 1,09 13,65% 1,09 11,54% 1,122ª 16,47% 1,05 16,14% 1,06 15,63% 1,09 15,37% 1,10 13,39% 1,08 11,49% 1,103ª 15,39% 1,10 14,50% 1,05 14,52% 1,09 14,66% 1,10 12,92% 1,08 11,01% 1,07

Em azul, o peso do papel alumínio a ser descontado. BLOCO: CER PVA 10 2 TEMPO 1 MIN 3 MIN 5 MIN 10 MIN 30 MIN 1 hora

CAMADA Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco1ª 42,87 37,47 46,45 40,55 50,74 44,37 39,07 34,28 48,27 42,57 49,71 43,992ª 53,89 47,11 54,53 47,66 55,05 48,16 46,23 40,59 50,15 44,09 62,34 55,093ª 46,22 40,52 42,34 37,26 47,18 41,52 59,19 52,03 58,01 51,31 44,98 39,99

TEMPO 1 min 3 mim 5 min 10 min 30min 1 hora

CAMADA umidade umidade umidade umidade umidade umidade 1ª 14,84% 1,07 14,95% 1,08 14,71% 1,07 14,42% 1,07 13,71% 1,00 13,33% 1,072ª 14,73% 1,07 14,75% 1,08 14,63% 1,06 14,27% 1,07 14,08% 1,06 13,42% 1,073ª 14,45% 1,08 14,03% 1,06 13,99% 1,07 14,05% 1,07 13,34% 1,07 12,82% 1,07

Em azul, o peso do papel alumínio a ser descontado.

92

Tabela A17 – Resultados do Ensaio de Umidade por Camadas para Blocos Cerâmicos com Chapisco PVA 16%. BLOCO: CER PVA 16 1 TEMPO 1 MIN 3 MIN 5 MIN 10 MIN 30 MIN 1 hora

CAMADA Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco1ª 37,66 32,18 56,22 48,31 51,68 44,66 45,35 39,24 53,34 46,70 38,40 34,332ª 51,67 44,41 54,83 47,34 65,48 56,90 52,81 45,82 51,52 45,18 50,14 44,803ª 49,57 42,92 46,48 40,59 46,80 41,08 44,87 39,29 51,19 45,20 56,18 50,22

TEMPO 1 min 3 mim 5 min 10 min 30min 1 hora

CAMADA umidade umidade umidade umidade umidade umidade 1ª 17,61% 1,07 16,74% 1,07 16,11% 1,09 16,01% 1,07 14,56% 1,09 12,24% 1,092ª 16,76% 1,08 16,20% 1,10 15,38% 1,10 15,63% 1,10 14,38% 1,10 12,22% 1,093ª 15,89% 1,08 14,91% 1,09 14,31% 1,10 14,61% 1,10 13,58% 1,10 12,13% 1,08

Em azul, o peso do papel alumínio a ser descontado. BLOCO: CER PVA 16 2 TEMPO 1 MIN 3 MIN 5 MIN 10 MIN 30 MIN 1 hora

CAMADA Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco1ª 52,20 45,27 42,66 37,16 37,81 32,89 42,48 37,04 38,39 33,65 50,45 44,402ª 52,65 45,74 39,54 34,51 50,93 44,30 48,51 42,38 51,20 45,05 49,89 43,963ª 38,21 33,57 44,85 39,43 51,00 44,84 42,15 37,10 42,01 37,08 61,86 54,58

TEMPO 1 min 3 mim 5 min 10 min 30min 1 hora

CAMADA umidade umidade umidade umidade umidade umidade 1ª 15,65% 1,00 15,24% 1,06 15,46% 1,07 15,12% 1,06 14,54% 1,06 13,96% 1,062ª 15,47% 1,06 15,04% 1,07 15,34% 1,07 14,84% 1,07 13,99% 1,08 13,82% 1,063ª 14,27% 1,06 14,13% 1,08 14,07% 1,07 14,02% 1,07 13,69% 1,07 13,60% 1,07

Em azul, o peso do papel alumínio a ser descontado.

93

Tabela A18 – Resultados do Ensaio de Umidade por Camadas para Blocos Cerâmicos com Chapisco SBR 16%. BLOCO: CER SBR 16 1 TEMPO 1 MIN 3 MIN 5 MIN 10 MIN 30 MIN 1 hora

CAMADA Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco1ª 51,12 43,92 50,16 43,18 46,48 40,23 44,28 38,76 51,72 46,10 58,27 52,572ª 52,60 45,32 45,03 38,91 62,93 54,68 46,22 40,59 55,53 49,59 39,55 35,793ª 33,49 29,18 52,78 46,02 49,73 43,88 40,89 36,34 53,77 48,16 46,73 42,30

TEMPO 1 min 3 mim 5 min 10 min 30min 1 hora

CAMADA umidade umidade umidade umidade umidade umidade 1ª 16,81% 1,08 16,58% 1,09 15,96% 1,08 14,65% 1,08 12,49% 1,11 11,07% 1,062ª 16,45% 1,07 16,18% 1,09 15,39% 1,08 14,25% 1,09 12,25% 1,11 10,83% 1,073ª 15,33% 1,06 15,05% 1,09 13,67% 1,09 12,91% 1,09 11,91% 1,06 10,74% 1,07

Em azul, o peso do papel alumínio a ser descontado. BLOCO: CER SBR 16 2 TEMPO 1 MIN 3 MIN 5 MIN 10 MIN 30 MIN 1 hora

CAMADA Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco1ª 52,48 45,00 52,49 45,00 49,88 42,87 52,55 45,47 53,04 46,80 52,82 47,412ª 52,42 44,76 54,18 46,67 52,68 45,49 42,54 37,03 39,45 35,02 37,94 34,153ª 43,73 38,05 60,46 52,46 58,49 51,00 55,39 47,81 54,69 48,74 60,02 54,12

TEMPO 1 min 3 mim 5 min 10 min 30min 1 hora

CAMADA umidade umidade umidade umidade umidade umidade 1ª 17,03% 1,07 17,06% 1,10 16,77% 1,07 15,95% 1,08 13,65% 1,10 11,68% 1,102ª 17,53% 1,06 16,47% 1,08 16,19% 1,09 15,32% 1,07 13,05% 1,07 11,47% 1,103ª 15,36% 1,06 15,57% 1,09 15,01% 1,09 16,21% 1,06 12,48% 1,07 11,12% 1,08

Em azul, o peso do papel alumínio a ser descontado.

94

Tabela A19 – Resultados do Ensaio de Umidade por Camadas para Blocos Cerâmicos com Chapisco SBR 33%. BLOCO: CER SBR 33 1 TEMPO 1 MIN 3 MIN 5 MIN 10 MIN 30 MIN 1 hora

CAMADA Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco1ª 56,69 48,63 50,47 43,64 50,95 43,99 49,41 42,70 48,54 42,00 45,22 39,182ª 51,54 44,53 51,82 44,80 50,08 43,25 56,72 49,06 43,98 38,16 55,57 48,303ª 26,79 23,49 31,98 27,97 33,39 29,16 44,21 38,46 52,26 45,13 58,98 51,46

TEMPO 1 min 3 mim 5 min 10 min 30min 1 hora

CAMADA umidade umidade umidade umidade umidade umidade 1ª 16,95% 1,09 16,04% 1,07 16,22% 1,08 16,12% 1,08 15,97% 1,06 15,84% 1,062ª 16,14% 1,10 16,05% 1,07 16,20% 1,08 15,96% 1,06 15,69% 1,06 15,40% 1,083ª 16,28% 1,11 15,69% 1,07 15,72% 1,10 15,68% 1,07 15,43% 1,08 15,46% 1,09

Em azul, o peso do papel alumínio a ser descontado. BLOCO: CER SBR 33 2 TEMPO 1 MIN 3 MIN 5 MIN 10 MIN 30 MIN 1 hora

CAMADA Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco1ª 48,24 41,44 49,73 42,79 44,57 38,40 40,57 35,97 54,93 47,32 50,61 43,672ª 64,74 55,69 52,91 45,57 52,94 45,58 44,99 38,84 36,82 31,88 57,65 49,983ª 49,60 42,81 45,24 39,25 47,26 40,99 48,43 42,01 45,58 39,63 39,11 34,02

TEMPO 1 min 3 mim 5 min 10 min 30min 1 hora

CAMADA umidade umidade umidade umidade umidade umidade 1ª 16,86% 1,10 16,65% 1,10 16,54% 1,09 13,19% 1,10 16,46% 1,09 16,29% 1,082ª 16,58% 1,10 16,49% 1,07 16,54% 1,09 16,28% 1,06 16,04% 1,08 15,69% 1,083ª 16,28% 1,11 15,69% 1,07 15,72% 1,10 15,68% 1,07 15,43% 1,08 15,46% 1,09

Em azul, o peso do papel alumínio a ser descontado.

95

Tabela A20 – Resultados do Ensaio de Umidade por Camadas para Blocos de Concreto sem Chapisco. BLOCO: CON SEM 1 TEMPO 1 MIN 3 MIN 5 MIN 10 MIN 30 MIN 1 hora

CAMADA Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco1ª 44,61 38,34 55,48 47,66 46,13 39,65 42,45 36,82 42,91 37,59 46,65 41,382ª 33,38 28,77 42,03 36,43 39,11 34,05 34,87 30,43 32,73 28,79 43,21 38,483ª 57,70 50,20 37,67 33,05 36,89 32,45 39,59 34,86 55,23 48,61 61,09 54,30

TEMPO 1 min 3 mim 5 min 10 min 30min 1 hora

CAMADA umidade umidade umidade umidade umidade umidade 1ª 16,81% 1,05 16,79% 1,08 16,78% 1,03 15,74% 1,04 14,57% 1,08 13,07% 1,07 2ª 16,61% 1,02 15,84% 1,08 15,33% 1,05 15,12% 1,06 14,22% 1,08 12,65% 1,08 3ª 15,27% 1,08 14,46% 1,10 14,14% 1,05 14,00% 1,08 13,93% 1,10 12,76% 1,08

Em azul, o peso do papel alumínio a ser descontado. BLOCO: CON SEM 2 TEMPO 1 MIN 3 MIN 5 MIN 10 MIN 30 MIN 1 hora

CAMADA Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco1ª 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,002ª 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,003ª 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00

TEMPO 1 min 3 mim 5 min 10 min 30min 1 hora

CAMADA umidade umidade umidade umidade umidade umidade 1ª 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2ª 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 3ª 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

Em azul, o peso do papel alumínio a ser descontado.

96

Tabela A21 – Resultados do Ensaio de Umidade por Camadas para Blocos de Concreto com Chapisco Comum. BLOCO: CON COM 1 TEMPO 1 MIN 3 MIN 5 MIN 10 MIN 30 MIN 1 hora

CAMADA Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco1ª 58,55 50,35 60,26 51,85 58,09 50,00 56,56 48,79 57,95 50,27 55,37 48,332ª 64,14 55,29 52,41 45,27 51,28 44,35 55,69 48,19 48,07 41,74 62,01 54,103ª 36,19 31,44 35,18 30,61 43,42 37,76 43,77 38,12 50,16 43,76 40,36 35,28

TEMPO 1 min 3 mim 5 min 10 min 30min 1 hora

CAMADA umidade umidade umidade umidade umidade umidade 1ª 16,64% 1,08 16,57% 1,09 16,53% 1,07 16,29% 1,08 15,60% 1,05 14,90% 1,082ª 16,32% 1,07 16,16% 1,08 16,01% 1,07 15,92% 1,09 15,56% 1,05 14,92% 1,073ª 15,64% 1,07 15,48% 1,08 15,42% 1,06 15,24% 1,05 14,99% 1,06 14,85% 1,07

Em azul, o peso do papel alumínio a ser descontado. BLOCO: CON COM 2 TEMPO 1 MIN 3 MIN 5 MIN 10 MIN 30 MIN 1 hora

CAMADA Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco1ª 48,69 42,42 51,81 45,14 39,20 34,20 44,43 38,84 46,66 41,18 53,55 47,282ª 55,27 48,26 53,54 46,79 58,01 50,80 44,20 38,75 50,47 44,63 56,13 49,643ª 40,19 35,33 37,92 33,35 51,58 45,55 36,15 31,97 51,16 45,38 41,63 36,95

TEMPO 1 min 3 mim 5 min 10 min 30min 1 hora

CAMADA umidade umidade umidade umidade umidade umidade 1ª 15,17% 1,10 15,14% 1,07 15,11% 1,12 14,82% 1,11 13,66% 1,07 13,57% 1,062ª 14,86% 1,09 14,76% 1,06 14,50% 1,09 14,46% 1,07 13,40% 1,06 13,36% 1,063ª 14,19% 1,09 14,15% 1,06 13,56% 1,08 13,53% 1,08 13,04% 1,06 13,02% 1,00

Em azul, o peso do papel alumínio a ser descontado.

97

Tabela A22 – Resultados do Ensaio de Umidade por Camadas para Blocos de Concreto com Chapisco Industrializado. BLOCO: CON IND 1 TEMPO 1 MIN 3 MIN 5 MIN 10 MIN 30 MIN 1 hora

CAMADA Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco1ª 47,10 40,53 47,91 41,25 44,07 38,17 38,46 33,37 37,06 32,35 34,34 30,252ª 44,72 38,58 40,23 34,89 40,51 35,17 50,11 43,79 39,29 34,39 47,89 42,223ª 26,73 23,23 46,19 40,21 44,59 38,88 39,22 34,28 34,79 30,63 27,52 24,33

TEMPO 1 min 3 mim 5 min 10 min 30min 1 hora

CAMADA umidade umidade umidade umidade umidade umidade 1ª 16,64% 1,05 16,58% 1,08 15,89% 1,05 15,76% 1,07 15,07% 1,09 14,04% 1,11 2ª 16,38% 1,10 15,79% 1,07 15,66% 1,08 14,79% 1,06 14,71% 1,09 13,78% 1,08 3ª 15,77% 1,04 15,27% 1,04 15,10% 1,06 14,87% 1,06 14,08% 1,09 13,72% 1,08

Em azul, o peso do papel alumínio a ser descontado. BLOCO: CON IND 2 TEMPO 1 MIN 3 MIN 5 MIN 10 MIN 30 MIN 1 hora

CAMADA Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco1ª 44,24 38,31 38,31 33,21 42,17 36,60 48,80 42,52 42,00 36,77 53,29 46,952ª 49,55 43,04 47,23 41,08 52,75 46,03 45,78 39,98 47,21 41,32 47,99 42,203ª 40,18 35,04 43,95 38,56 42,11 36,98 36,59 32,19 36,74 32,36 37,50 33,08

TEMPO 1 min 3 mim 5 min 10 min 30min 1 hora

CAMADA umidade umidade umidade umidade umidade umidade 1ª 15,92% 1,06 15,86% 1,05 15,68% 1,07 15,15% 1,06 14,65% 1,08 13,82% 1,062ª 15,51% 1,07 15,36% 1,05 14,95% 1,08 14,90% 1,05 14,63% 1,06 14,07% 1,053ª 15,13% 1,06 14,37% 1,05 14,28% 1,06 14,13% 1,06 14,00% 1,07 13,80% 1,05

Em azul, o peso do papel alumínio a ser descontado.

98

Tabela A23 – Resultados do Ensaio de Umidade por Camadas para Blocos de Concreto com Chapisco PVA 10%. BLOCO: CON PVA 10 1 TEMPO 1 MIN 3 MIN 5 MIN 10 MIN 30 MIN 1 hora

CAMADA Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco1ª 51,68 43,98 62,68 53,72 51,87 44,52 65,65 56,53 51,46 44,37 44,20 38,362ª 54,64 46,67 42,12 36,07 62,46 53,90 60,89 52,59 63,76 55,30 60,23 52,303ª 40,95 35,31 42,45 36,84 38,42 33,36 51,05 44,65 58,71 51,46 45,78 40,12

TEMPO 1 min 3 mim 5 min 10 min 30min 1 hora

CAMADA umidade umidade umidade umidade umidade umidade 1ª 17,93% 1,03 17,02% 1,07 16,91% 1,06 16,44% 1,05 16,37% 1,07 15,67% 1,082ª 17,47% 1,06 17,29% 1,07 16,20% 1,06 16,10% 1,05 15,60% 1,07 15,48% 1,073ª 16,44% 1,00 15,68% 1,07 15,66% 1,04 14,68% 1,04 14,39% 1,09 14,50% 1,08

Em azul, o peso do papel alumínio a ser descontado. BLOCO: CON PVA 10 2 TEMPO 1 MIN 3 MIN 5 MIN 10 MIN 30 MIN 1 hora

CAMADA Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco1ª 42,87 37,42 46,45 40,55 50,74 44,37 39,02 34,16 48,27 42,37 49,71 43,922ª 53,89 47,10 54,53 47,66 55,05 48,16 46,23 40,46 50,15 44,09 62,34 55,023ª 46,22 40,52 42,34 37,26 47,18 41,52 59,15 52,07 58,01 51,31 44,98 39,90

TEMPO 1 min 3 mim 5 min 10 min 30min 1 hora

CAMADA umidade umidade umidade umidade umidade umidade 1ª 14,99% 1,06 14,94% 1,07 14,70% 1,05 14,68% 1,06 14,29% 1,08 13,51% 1,052ª 14,75% 1,06 14,74% 1,05 14,63% 1,06 14,64% 1,06 14,08% 1,05 13,56% 1,053ª 14,45% 1,07 14,03% 1,05 13,99% 1,07 13,88% 1,07 13,33% 1,05 13,08% 1,05

Em azul, o peso do papel alumínio a ser descontado.

99

Tabela A24 – Resultados do Ensaio de Umidade por Camadas para Blocos de Concreto com Chapisco PVA 16%. BLOCO: CON PVA 16 1 TEMPO 1 MIN 3 MIN 5 MIN 10 MIN 30 MIN 1 hora

CAMADA Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco1ª 65,95 56,53 67,62 57,96 60,61 51,99 64,68 55,50 45,34 38,95 34,13 29,612ª 58,69 50,41 50,57 43,48 67,45 58,04 66,02 56,82 44,66 38,69 58,37 50,723ª 34,14 29,70 33,89 29,54 33,42 29,15 37,60 32,85 39,26 34,31 42,48 37,13

TEMPO 1 min 3 mim 5 min 10 min 30min 1 hora

CAMADA umidade umidade umidade umidade umidade umidade 1ª 16,97% 1,03 16,96% 1,01 16,93% 1,06 16,88% 1,10 16,86% 1,05 15,83% 1,052ª 16,75% 0,99 16,70% 1,02 16,52% 1,07 16,50% 1,07 15,87% 1,06 15,40% 1,043ª 15,47% 1,00 15,26% 1,04 15,16% 0,98 14,95% 1,07 14,87% 1,03 14,83% 1,05

Em azul, o peso do papel alumínio a ser descontado. BLOCO: CON PVA 16 2 TEMPO 1 MIN 3 MIN 5 MIN 10 MIN 30 MIN 1 hora

CAMADA Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco1ª 52,20 45,27 42,72 37,21 37,71 32,89 42,93 37,51 38,39 33,65 50,45 44,402ª 52,65 45,74 39,54 34,51 50,88 44,41 48,51 42,38 51,17 44,80 49,89 43,963ª 38,21 33,57 44,85 39,43 51,00 44,84 42,15 36,99 42,01 37,08 61,86 54,58

TEMPO 1 min 3 mim 5 min 10 min 30min 1 hora

CAMADA umidade umidade umidade umidade umidade umidade 1ª 15,68% 1,07 15,25% 1,08 15,14% 1,05 14,87% 1,05 14,52% 1,00 13,96% 1,052ª 15,47% 1,08 15,04% 1,06 14,92% 1,05 14,81% 1,00 14,56% 1,05 13,82% 1,053ª 14,28% 1,08 14,12% 1,05 14,07% 1,06 14,36% 1,05 13,68% 1,05 13,60% 1,06

Em azul, o peso do papel alumínio a ser descontado.

100

Tabela A25 – Resultados do Ensaio de Umidade por Camadas para Blocos de Concreto com Chapisco SBR 16%. BLOCO: CON SBR 16 1 TEMPO 1 MIN 3 MIN 5 MIN 10 MIN 30 MIN 1 hora

CAMADA Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco1ª 63,00 53,85 69,32 59,55 65,79 56,53 52,33 45,15 51,97 44,96 57,15 49,642ª 55,24 47,33 63,12 54,59 65,98 57,07 54,75 47,41 55,43 48,11 68,83 60,143ª 77,10 66,54 70,49 61,10 53,31 46,58 48,75 42,65 35,19 30,84 48,03 42,15

TEMPO 1 min 3 mim 5 min 10 min 30min 1 hora

CAMADA umidade umidade umidade umidade umidade umidade 1ª 17,31% 1,00 16,70% 1,04 16,68% 1,02 16,28% 1,04 15,98% 1,10 15,46% 1,072ª 17,08% 1,02 15,93% 1,04 15,90% 1,03 15,83% 1,05 15,56% 1,07 14,71% 1,083ª 16,12% 1,03 15,64% 1,05 14,77% 1,00 14,66% 1,05 14,61% 1,07 14,32% 1,08

Em azul, o peso do papel alumínio a ser descontado. BLOCO: CON SBR 16 2 TEMPO 1 MIN 3 MIN 5 MIN 10 MIN 30 MIN 1 hora

CAMADA Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco1ª 46,21 40,08 56,51 48,99 47,60 41,41 46,18 40,20 46,25 40,42 50,67 44,842ª 61,54 53,42 58,07 50,45 55,10 47,89 47,27 41,15 51,57 44,92 47,04 41,803ª 39,88 34,92 51,35 44,93 54,61 47,79 50,50 44,31 49,37 43,35 54,90 48,83

TEMPO 1 min 3 mim 5 min 10 min 30min 1 hora

CAMADA umidade umidade umidade umidade umidade umidade 1ª 15,71% 1,07 15,69% 1,05 15,34% 1,05 15,28% 1,06 14,81% 1,05 13,32% 1,062ª 15,51% 1,05 15,43% 1,05 15,40% 1,06 15,26% 1,05 15,16% 1,05 12,86% 1,063ª 14,65% 1,06 14,63% 1,05 14,59% 1,06 14,31% 1,06 14,23% 1,05 12,71% 1,06

Em azul, o peso do papel alumínio a ser descontado.

101

Tabela A26 – Resultados do Ensaio de Umidade por Camadas para Blocos de Concreto com Chapisco SBR 33%. BLOCO: CON SBR 33 1 TEMPO 1 MIN 3 MIN 5 MIN 10 MIN 30 MIN 1 hora

CAMADA Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco1ª 2ª 3ª

TEMPO 1 min 3 mim 5 min 10 min 30min 1 hora

CAMADA umidade umidade umidade umidade umidade umidade 1ª 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2ª 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 3ª 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

Em azul, o peso do papel alumínio a ser descontado. BLOCO: CON SBR 33 2 TEMPO 1 MIN 3 MIN 5 MIN 10 MIN 30 MIN 1 hora

CAMADA Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco Úmido Seco1ª 45,50 39,51 49,17 42,69 48,43 42,12 51,72 44,99 48,96 42,62 52,83 45,992ª 56,42 49,10 49,06 42,73 58,14 50,61 50,97 44,51 37,88 33,14 56,06 48,993ª 43,95 38,41 56,40 49,27 56,52 49,48 58,34 51,09 58,85 51,54 46,53 40,79

TEMPO 1 min 3 mim 5 min 10 min 30min 1 hora

CAMADA umidade umidade umidade umidade umidade umidade 1ª 15,58% 1,07 15,57% 1,06 15,36% 1,05 15,31% 1,03 15,25% 1,04 15,22% 1,052ª 15,23% 1,05 15,19% 1,05 15,19% 1,04 14,87% 1,06 14,77% 1,05 14,74% 1,043ª 14,82% 1,04 14,79% 1,05 14,53% 1,04 14,49% 1,07 14,48% 1,04 14,44% 1,04

Em azul, o peso do papel alumínio a ser descontado.