estudo de viabilidade econômica: projeto de implantação de uma

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ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA: PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DE UMA EMPRESA DE RECICLAGEM INTEGRADA DE FILMES DE POLIETILENO EM GOIÁS FELIPE RABELO RODRIGUES ALVES (PUC - GO ) [email protected] MARTA PEREIRA DA LUZ (PUC - GO ) [email protected] EDUARDO RODRIGUES DA CUNHA GUASCO (PUC - GO ) [email protected] O presente estudo tem como objetivo analisar a viabilidade econômica da implantação de uma empresa de reciclagem de filmes de polietileno em Goiás. Foi feito uma pesquisa exploratória onde fora levantado a demanda e o preço de venda praticaado do produto lona agrícola de polietileno reciclado. Com o local de instalação da indústria já definido, levantou-se os recursos necessários para a implantação do empreendimento, bem como os custos operacionais (industriais e administrativos). Em posse dos dados, utilizou-se de métodos de avaliação financeira de projetos, e obteve os seguintes indicadores econômicos: Taxa mínima de atratividade (TMA); Fluxo de caixa descontado (FCD); Valor presente líquido (VPL); Taxa interna de retorno (TIR); Payback descontado e Taxa média de retorno (TMR). Analisando os indicadores econômicos, pode-se comprovar o quão viável economicamente é o projeto, observando a oportunidade de retorno financeiro positivo em determinado prazo com a implantação do empreendimento. Palavras-chave: Viabilidade econômica, Filmes de polietileno, Lona agrícola, Reciclagem. XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016.

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ESTUDO DE VIABILIDADE

ECONÔMICA: PROJETO DE

IMPLANTAÇÃO DE UMA EMPRESA DE

RECICLAGEM INTEGRADA DE FILMES

DE POLIETILENO EM GOIÁS

FELIPE RABELO RODRIGUES ALVES (PUC - GO )

[email protected]

MARTA PEREIRA DA LUZ (PUC - GO )

[email protected]

EDUARDO RODRIGUES DA CUNHA GUASCO (PUC - GO )

[email protected]

O presente estudo tem como objetivo analisar a viabilidade econômica

da implantação de uma empresa de reciclagem de filmes de polietileno

em Goiás. Foi feito uma pesquisa exploratória onde fora levantado a

demanda e o preço de venda praticaado do produto lona agrícola de

polietileno reciclado. Com o local de instalação da indústria já

definido, levantou-se os recursos necessários para a implantação do

empreendimento, bem como os custos operacionais (industriais e

administrativos). Em posse dos dados, utilizou-se de métodos de

avaliação financeira de projetos, e obteve os seguintes indicadores

econômicos: Taxa mínima de atratividade (TMA); Fluxo de caixa

descontado (FCD); Valor presente líquido (VPL); Taxa interna de

retorno (TIR); Payback descontado e Taxa média de retorno (TMR).

Analisando os indicadores econômicos, pode-se comprovar o quão

viável economicamente é o projeto, observando a oportunidade de

retorno financeiro positivo em determinado prazo com a implantação

do empreendimento.

Palavras-chave: Viabilidade econômica, Filmes de polietileno, Lona

agrícola, Reciclagem.

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João Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016.

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1. Introdução

A viabilidade econômica de um projeto é de extrema importância para a saúde financeira da

empresa, ainda mais em épocas de crise financeira (COYNE, 2011), como a que o Brasil vem

enfrentando atualmente, e não deve ser realizada de maneira precipitada, por isso, é de

extrema importância o investidor compreender as ideias básicas das decisões de investimento

(VIRLICS, 2013).

O desejo de qualquer investidor ao investir o capital, é gerar benefícios, lucros e ter retorno do

investimento o mais rápido possível, para isso é preciso identificar quais as melhores

alternativas de investimento, e fazendo uso de métodos de avaliação econômica, a decisão

fica, de certa forma, menos incerta, formando uma ferramenta de análise mais completa e

confiável. Na avaliação do investimento, os indicadores econômicos devem ser escolhidos

pelos avaliadores conforme as especificidades do projeto, somando conhecimentos

específicos da área em que se pretende investir, juntamente com os entendimentos da área

financeira (AVRAM et al., 2010).

Analisar a viabilidade econômica de um projeto significa estimar as perspectivas de

desempenho do investimento aplicado para o empreendimento (ROZENFELD, 2009; ZAGO

et al., 2009).

Dentre os métodos de avaliação econômica existentes, os mais empregados são o Valor

Presente Líquido (VPL), a Taxa Interna de Retorno (TIR) e o Tempo de Retorno do

Investimento ou Payback (PESSOA et al., 2015; NEGRAO et al., 2015). Neste trabalho serão

expostos além destes, outros métodos de indicadores econômicos.

Como visto, o principal objetivo de um estudo de viabilidade econômica é mostrar a

capacidade do projeto em gerar resultado positivo e verificar a possibilidade de retorno do

capital investido no empreendimento em um determinado tempo. Diante disto, o intuito deste

artigo é demonstrar a viabilidade econômica da implantação de uma empresa de reciclagem

integrada de filmes de polietileno em Goiás.

Este trabalho é composto por cinco seções, incluindo esta introdução. A segunda parte

descreve sobre os conceitos de: Reciclagem de filmes de polietileno; e Técnicas de avaliação

financeira de projetos. Posteriormente serão relatados os procedimentos metodológicos que

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possibilitaram o embasamento para a análise da viabilidade econômica, a qual será exposta na

quarta seção. Conclui-se o artigo apresentando as considerações finais.

2. Referencial teórico

Esta seção está estruturada de forma a abranger os principais fundamentos teóricos e

metodológicos utilizados para a realização deste estudo, com base na exploração bibliográfica

em artigos científicos elaborados nos últimos cinco anos, e de periódicos conceituados Qualis

A1, A2 e B1, livros clássicos da área, além de materiais de apoio de outras fontes.

2.1. Reciclagem de filmes de polietileno

Com a constante evolução tecnológica, tem-se a tendência de melhores condições de vida

para a sociedade, a qual tende a ampliar o poder de consumo de todas as classes e de forma

crescente e exponencial. Em contrapartida, devido às explorações cada vez mais intensas de

recursos naturais, criam-se também problemas de diversas ordens, dentre eles os de cunho

ambiental. A apropriação do meio ambiente pelo ser humano gera transformações ambientais

bruscas, e tem sido alvo de debates e discussões em congressos, publicações, revistas e

noticiários, com alcance de proporção mundial, dando origem a uma série de esforços e

iniciativas na tentativa de reverter, ou ao menos minimizar o quadro de degradação ambiental.

É neste cenário que o papel da reciclagem surge como importante medida para preservação

dos recursos ambientais (PEREIRA, 2014).

Na reciclagem recuperam-se produtos em fase final de suas vidas, e os transforma em

produtos com condições e funcionalidades tão boas quanto a de um produto novo originado

de matéria prima “virgem” (KENNE et al., 2012). Sem sombra de dúvidas, a reciclagem é

economicamente mais atraente do que a eliminação dos resíduos em definitivo, como em

aterros, lixões ou incineração (SHABARWAL et al., 2013).

O último panorama dos resíduos sólidos no Brasil da ABRELPE (2014) informa que em

2014, o Estado de Goiás gerou 6.643 toneladas de resíduos sólidos por dia, onde foram

coletados 6.278 toneladas diárias (94,51% do total gerado). Os resíduos sólidos urbanos

geralmente são divididos em duas categorias: matéria orgânica e inservível, que não cabe

reciclagem (porém há outras medidas de minimização de impactos ambientais, como a

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compostagem, por exemplo), e a fração seca reciclável, que é formada por recicláveis como

plásticos, vidros, metais, papéis e papelões. Do total de resíduos recicláveis no Brasil,

aproximadamente 42% corresponde aos materiais plásticos Polietileno (PE), Polipropileno

(PP), Politereftalato de etileno (PET), Policloreto de vinila (PVC), e outros (CEMPRE, 2015).

No Brasil, a produção de polímeros da família do polietileno representam 34% de todas as

resinas poliméricas fabricadas, colocando o polietileno como plástico de maior consumo

nacional (ABIPLAST, 2014).

Um dos processos de transformação de plásticos, a extrusão de filmes é aplicada para a

fabricação de produtos como sacos, sacolas, embalagens, lonas agrícolas, entre outros.

Diversos produtos podem utilizar resina reciclada em sua composição, de acordo com as

normas apontadas pelos órgãos competentes, como o Instituto Nacional de Metrologia,

Qualidade e Tecnologia – INMETRO, a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT

e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Atendendo a legislação, muitas

empresas desenvolvem linhas de produtos com apelo ecológico e optam por utilizar resinas de

origem reciclada.

Tanto o polietileno de alta densidade (PEAD), como o polietileno de baixa densidade

(PEBD), tem suas propriedades físicas, químicas e mecânicas preservadas, mesmo após serem

submetidos a diversos reprocessamentos (reciclagem), o que torna extremamente viável e

necessário a recuperação desses resíduos e o constante aproveitamento por diversas vezes do

mesmo material (COSTA, 2016; PISTOR, 2010), sendo de extrema importância a qualidade

na triagem do filme de polietileno, onde um dos métodos definidos para melhora no padrão da

separação de resíduos é a identificação correta do reciclável através de símbolos pré-

estabelecidos impressos nos produtos (COLTRO, 2013).

A reciclagem de filmes de polietileno é muito importante para o meio ambiente e para toda a

sociedade, pois além de impactar positivamente o cenário ambiental, também impacta os

cenários sociais, econômicos e políticos. Evita a produção de novas resinas de plásticos,

provenientes de recursos não renováveis (petróleo), reduz a quantidade de emissões de

dióxido de carbono (CO2), reduz o consumo energético, cria postos de trabalho, entre outras

soluções positivas (ANDREONI, 2015).

2.2. Técnicas de avaliação financeira de projetos

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Um projeto é visto como o conjunto de informações que são coletadas e processadas, com o

intuito de fomentar a análise de uma determinada decisão de investimento. Sendo assim, com

a incorporação de informações qualitativas e quantitativas, o projeto acaba representando um

modelo que simula a decisão de investir e suas principais implicações. Nos termos práticos,

um projeto pode ser elaborado visando o atendimento de diversos fins, dentre os quais,

destaca-se o projeto de viabilidade econômica. Ao surgir uma oportunidade ou interesse em

realizar determinado investimento, dá-se inicio ao processo de coleta e processamento de

informações, que devidamente analisadas, sustentarão o estudo de viabilidade do referido

projeto, que demonstrará de forma simulada, se os objetivos estabelecidos pelos investidores

serão alcançados (WOILER e MATHIAS, 1994).

Existem várias técnicas que podem ser empregadas para efetuar a avaliação financeira de um

projeto. Dentre as diversas existentes destacam-se: Taxa mínima de atratividade (TMA);

Fluxo de caixa descontado (FCD); Valor presente líquido (VPL); Taxa interna de retorno

(TIR); Payback descontado e Taxa média de retorno (TMR).

A taxa mínima de atratividade (TMA) é a taxa de retorno que o investidor espera pelo capital

que está empregando em um determinado investimento, interpretada a uma taxa percentual

sobre o próprio investimento, em um determinado espaço de tempo. A escolha da TMA para

um projeto deve ser definida de acordo com a política do investidor, e é de grande

importância na decisão de destinar recursos no projeto de investimento. (KASSAI et al.,

2000; GITMAN, 2004). Assim sendo, a TMA é utilizada para representar os fluxos de caixa

em termos de valores presentes.

O método de fluxo de caixa descontado (FCD) representa com maior rigor técnico e

conceitual, a técnica de expressar o valor econômico de um negócio. Esse método de cálculo

de valor está voltado para apuração da riqueza absoluta do investimento, o valor presente de

um fluxo de benefícios econômicos líquidos esperados (BRIGHAM e EHRHARDT, 2012;

DAMODARAN, 2010). Do FCD derivam os métodos: Valor presente líquido (VPL); Taxa

interna de retorno (TIR) e Payback descontado.

O cálculo para avaliação por FCD é definido conforme demonstra a equação 1:

(Eq.1)

Onde:

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FCD = Fluxo de caixa descontado;

n = Vida útil do ativo;

TMA = Taxa mínima de atratividade;

FCt = Fluxo de caixa no período t.

Entende-se pelo valor presente líquido (VPL) o valor das somas algébricas de fluxos de caixa

futuros, descontados a uma taxa de juros compostos (geralmente utiliza-se a TMA definida no

projeto), considerando o instante de tempo atual. O investimento é considerado atrativo

quando o resultado do VPL é maior que zero. Isso significa que a entrada de caixa no

intervalo de tempo avaliado será maior que a saída no mesmo período. Basicamente, o VPL é

uma técnica de análise que objetiva calcular o valor presente de uma série de pagamentos (ou

recebimentos), sejam eles iguais ou diferentes, a uma taxa conhecida (SOBRINHO, 1997;

VERAS, 1999; GITMAN, 2004).

Em relação aos resultados, podem ser obtidos três: a) VPL maior que zero: indica que o

projeto é atrativo e financeiramente viável; b) VPL igual a zero: indicando que é indiferente

entre investir no projeto ou no atual meio investido, pois os retornos serão iguais; e c) VPL

menor que zero: que significa que o projeto não é atrativo e é inviável financeiramente.

Matematicamente, obtém-se o VPL a partir da seguinte expressão (equação 2):

(Eq. 2)

Onde:

VPL = Valor presente líquido;

n = Vida útil do ativo;

TMA = Taxa mínima de atratividade;

FCt = Fluxo de caixa no período t.

Já a taxa interna de retorno (TIR), é uma taxa intrínseca do projeto, sendo dependente apenas

dos fluxos de caixa projetados. É a taxa que remunera o investimento e que torna nulo o valor

presente líquido (VPL). Em termos de resultados, será atrativo e financeiramente viável o

investimento cuja TIR for maior que a TMA do investidor (SOBRINHO, 1997; VERAS,

1999; GITMAN, 2004).

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Pode-se obter a TIR através da equação 3:

(Eq.3)

O payback descontado representa o prazo (período de tempo) necessário para que se obtenha

a recuperação do capital inicialmente investido. O payback descontado considera o valor do

dinheiro ao longo do tempo, ou seja, atualiza os fluxos futuros de caixa a uma taxa de

aplicação no mercado financeiro (usa-se a TMA), trazendo os fluxos de caixa ao valor

presente, para então executar o cálculo do período de recuperação. De outra maneira, o

payback descontado pode ser visto como o espaço de tempo compreendido no intervalo entre

o início do projeto e o momento em que o fluxo de caixa descontado acumulado torna-se

positivo (GITMAN, 2004).

Em termos matemáticos, a técnica do payback descontado pode ser escrita como descrito na

equação 4:

(Eq. 4)

Onde:

= Payback descontado;

TMA = Taxa mínima de atratividade;

FCt = Fluxo de caixa no período t;

k+1 = período de tempo onde o fluxo de caixa (FCt) descontado acumulado torna-se maior do

que zero.

A taxa média de retorno (TMR) é a representação percentual do retorno por período que um

determinado projeto terá. O cálculo desse indicador não requer muita complexidade, basta

apenas realizar a divisão da média de retorno de um projeto durante um dado período, pelo

seu investimento inicial, e multiplicar o fator resultante por 100, para se obter o valor

percentual, conforme exposto na equação 5. Geralmente usa-se a TMR para comparar a

viabilidade entre dois projetos (GITMAN, 2004).

(Eq. 5)

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3. Metodologia

Esta seção está estruturada de forma a indicar quais métodos, dentre os já expostos na seção

anterior, foram utilizados no estudo, bem como o roteiro de execução do estudo de viabilidade

econômica do projeto de implantação de uma empresa de reciclagem integrada de filmes de

polietileno em Goiás.

3.1. Indicação dos métodos utilizados

Para a realização do estudo de viabilidade econômica do projeto de implantação de uma

empresa de reciclagem integrada de filmes de polietileno em Goiás, serão utilizados todos os

seis indicadores econômicos expostos no referencial teórico deste trabalho: Taxa mínima de

atratividade (TMA); Fluxo de caixa descontado (FCD); Valor presente líquido (VPL); Taxa

interna de retorno (TIR); Payback descontado e Taxa média de retorno (TMR).

O trabalho é caracterizado por uma metodologia descritiva e aplicada, calculando a partir dos

dados levantados na pesquisa, com o auxilio do Software Microsoft Excel 2007® para a

realização dos cálculos.

O projeto de viabilidade foi elaborado no período compreendido entre outubro de 2015 e

março de 2016, tendo uma duração de seis meses, em uma empresa de Goiás, que já atua no

ramo de gerenciamento de resíduos sólidos, coletando os recicláveis, triando, e revendendo às

empresas que seguem com o processo de reciclagem, e dão as devidas destinações adequadas

aos resíduos.

Neste trabalho, nomeia-se a empresa como “Gama-Pi” (). A empresa Gama-Pi pretende

verticalizar suas operações, e além de coletar, triar e revender os recicláveis, pretende

aproveitar a parcela referente aos filmes de polietileno, cerca de 400 toneladas por mês,

recuperá-los através do processo de “Lavagem”, processar a resina plástica reciclada através

do processo de “Granulação”, e por fim, produzir novos produtos plásticos de origem

reciclada, por extrusão, neste caso, lonas agrícolas.

3.2. Condução do estudo

O investidor de sucesso tem o perfil de enxergar além do horizonte presente, e busca

constantemente oportunidades de investir, com o intuito de obter o retorno positivo em um

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estimado período de tempo. E nesse sentido, os investidores da empresa Gama-Pi pretendem

investir na verticalização das operações da empresa, instalar em seu complexo industrial um

novo galpão, inserir uma linha de lavagem de filmes plásticos, montar uma linha de

granulação de resinas, além de instalar a linha de extrusão para fabricação do produto lona

agrícola.

A intuição de investir nesse segmento surgiu ao realizar uma pesquisa exploratória, onde se

levantou a demanda e o preço de venda praticado na região de Goiás, e fora observado o

mercado potencial de expansão para toda a região Centro-Oeste do Brasil. Tendo a demanda e

o preço de venda praticado, levantam-se as aquisições que devem ser feitas, e sabendo os

investimentos necessários, procede-se então com o levantamento dos custos de operação

(industriais e administrativos) e projeção de receitas, e finalmente, em posse de todos os

dados, aplicam-se os seis métodos de avaliação econômica, e toma-se como partida para as

avaliações financeiras do projeto. Essas etapas são demonstradas com riqueza de detalhes na

seção 4 deste trabalho, e subsidiarão as conclusões na seção subsequente.

4. Resultados e discussão

Esta seção está estruturada de forma a explanar os dados e resultados do trabalho, aplicando a

metodologia indicada.

4.1. Levantamento dos investimentos

Para o perfeito funcionamento dessa nova empresa serão necessários investimentos de ordem

de infraestrutura, de máquinas e equipamentos, e também de logística operacional, que são

detalhados no Quadro 1.

Quadro 1 – Investimentos do projeto da empresa

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DESCRIÇÃO VALOR (R$)

Construção do galpão da indústria de plásticos (4.000m²) R$ 2.000.000

Sub estação de energia (2.000kVA) R$ 500.000

Pavimentação de toda a área externa (20.000m²) R$ 1.300.000

Estação de tratamento de efluentes (Q=10m³/h) R$ 600.000

Linha de lavação de plásticos (400ton/mês = 800kg/h) R$ 4.300.000

Linha de fabricação do granulado (500ton/mês = 1.000kg/h) R$ 2.400.000

Linha de fabricação de lonas (300ton/mês = 600kg/h) R$ 3.500.000

Moinho granulador para aparas limpas (500ton/mês = 1.000kg/h) R$ 700.000

Sistema de resfriamento de água / ar do Processo R$ 250.000

Veículos (02 carroS + 02 caminhões + 01 carreta) R$ 750.000

Balança rodoviária (23m x 3m - 100ton) R$ 200.000

Empilhadeiras (6x G<2.500kg / h<4,8m) R$ 700.000

VALOR TOTAL DO INVESTIMENTO R$ 17.200.000

INFRA ESTRUTURA

LOGÍSTICA

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

INVESTIMENTOS - PROJETO GAMA-PI

Fonte: Empresa Gama-Pi – adaptado pelo Autor (2016)

Como demonstrado no quadro 1, a julgar pelo montante monetário previsto para o

investimento de R$17.200.000, pode-se concluir que se trata de um projeto bastante

audacioso, e requer uma elaborada análise de viabilidade econômica devido ao alto valor

investido.

4.2. Levantamento dos custos e projeção de receitas

A forma de levantamento de custos de um processo produtivo considera a somatória de custos

fixos e variáveis, em função do volume de produção. Para o custeio do produto lona agrícola,

é necessário primeiramente custear o produto “resina plástica – granulado”, uma vez que esse

produto serve como matéria prima para a lona agrícola. Os custos dos produtos granulado e

lona agrícola, juntamente com as despesas, faturamento e resultados estão expostos no

Quadro 2.

Quadro 2 – Levantamento dos custos operacionais

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CUSTO MÉDIO DO PRODUTO (R$/kg) R$ 2,691

CUSTO TOTAL DE PROUÇÃO (MÊS) R$ 713.128,46

VALOR DE VENDA (R$/kg) R$ 3,95

TRIBUTOS E IMPOSTOS (0%) R$ 0,00

ENTRADA MP (kg) 407.700 COMISSÃO (0%) R$ 0,00

PERDA PROCESSO 35% DESPESAS MENSAIS R$ 713.128,46

SAÍDA PRODUTO (kg) 265.005 DESPESAS ANUAL R$ 8.557.541,46

FATURAMENTO MENSAL R$ 1.046.769,75

FATURAMENTO ANUAL R$ 12.561.237,00

RESULTADO MENSAL R$ 333.641,30

RESULTADO ANUAL R$ 4.003.695,54

CUSTO MÉDIO DO PRODUTO (R$/kg) R$ 4,734

CUSTO TOTAL DE PROUÇÃO (MÊS) R$ 1.191.806,99

VALOR DE VENDA (R$/kg) R$ 9,00

TRIBUTOS E IMPOSTOS (30%) R$ 679.737,83

ENTRADA MP (kg) 265.005 COMISSÃO (5%) R$ 113.289,64

PERDA PROCESSO 5% DESPESAS MENSAIS R$ 1.984.834,45

SAÍDA PRODUTO (kg) 251.755 DESPESAS ANUAL R$ 23.818.013,39

FATURAMENTO MENSAL R$ 2.265.792,75

FATURAMENTO ANUAL R$ 27.189.513,00

RESULTADO MENSAL R$ 280.958,30

RESULTADO ANUAL R$ 3.371.499,61

LONA AGRÍCOLA

RECICLADA

RESINA PLÁSTICA

GRANULADO

Fonte: Empresa Gama-Pi – adaptado pelo Autor (2016)

Observando o Quadro 2, pode-se concluir que o resultado mensal da empresa é dado pela

soma de R$333.641 (granulado) acrescido de R$280.958 (lona), concluindo um resultado

mensal de R$614.599. Ao longo de um ano, obtém-se a quantia de R$7.375.195.

4.3. Resultados e indicadores econômicos

Tendo em mãos o valor dos investimentos e as receitas geradas no processo, aplicam-se os

métodos de avaliação financeira, a fim de observar a viabilidade econômica do projeto, e

posterior tomada de decisão. É detalhado no quadro 3 o FCD, e mostrado os resultados dos

indicadores econômicos obtidos.

Quadro 3 – Indicadores econômicos do projeto

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R$ 17.200.000

20%

ANO 0 1 2 3 4 5 6

RECEITAS - LINHA GRANULADO - R$ 12.561.237 R$ 12.561.237 R$ 12.561.237 R$ 12.561.237 R$ 12.561.237 R$ 12.561.237

DESPESAS - LINHA GRANULADO - -R$ 8.557.541 -R$ 8.557.541 -R$ 8.557.541 -R$ 8.557.541 -R$ 8.557.541 -R$ 8.557.541

RECEITAS - LINHA LONA - R$ 27.189.513 R$ 27.189.513 R$ 27.189.513 R$ 27.189.513 R$ 27.189.513 R$ 27.189.513

DESPESAS - LINHA LONA - -R$ 23.818.013 -R$ 23.818.013 -R$ 23.818.013 -R$ 23.818.013 -R$ 23.818.013 -R$ 23.818.013

FLUXO DE CAIXA FINAL -R$ 17.200.000 R$ 7.375.195 R$ 7.375.195 R$ 7.375.195 R$ 7.375.195 R$ 7.375.195 R$ 7.375.195

FLUXO DE CAIXA ACUMULADO -R$ 17.200.000 -R$ 9.824.805 -R$ 2.449.610 R$ 4.925.585 R$ 12.300.781 R$ 19.675.976 R$ 27.051.171

FLUXO DE CAIXA DESCONTADO -R$ 17.200.000 R$ 6.145.996 R$ 5.121.663 R$ 4.268.053 R$ 3.556.711 R$ 2.963.926 R$ 2.469.938

FLUXO DE CAIXA DESCONTADO ACUMULADO -R$ 17.200.000 -R$ 11.054.004 -R$ 5.932.341 -R$ 1.664.288 R$ 1.892.423 R$ 4.856.348 R$ 7.326.286

INDICADOR ECONÔMICO OBTIDO

VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) R$ 7.326.286

TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) 36,15%

PAYBACK DESCONTADO (ANOS) 3,47

PAYBACK DESCONTADO (MESES) 42

TAXA MÉDIA DE RETORNO 42,88%

MENOR QUE 72 MESES

MAIOR QUE 20%

ESPERADO PELO INVESTIDOR

ATRATIVO / VIÁVEL FINANCEIRAMENTE

ATRATIVO / VIÁVEL FINANCEIRAMENTE

ATRATIVO / VIÁVEL FINANCEIRAMENTE

ATRATIVO / VIÁVEL FINANCEIRAMENTE

ATRATIVO / VIÁVEL FINANCEIRAMENTE

RESULTADO DA ANÁLISE DE VIABILIDADE

TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE (TMA)

INVESTIMENTO INICIAL DO PROJETO

MAIOR QUE ZERO

MAIOR QUE A TMA

MENOR QUE 6 ANOS

Fonte: Empresa Gama-Pi – adaptado pelo Autor (2016)

Foi adotada uma TMA de 20,00%, e depois de aplicado o FCD obteve-se os seguintes

resultados:

O VPL é maior que zero (R$7.326,286);

A TIR é maior do que a TMA (36,15%);

O payback descontado ficou dentro do período estabelecido pelos investidores (03

anos e 06 meses);

A TMR atingiu um valor considerado como ótimo para a grandeza do investimento

(42,88%).

Na figura 1, pode-se observar de forma gráfica, ao longo de seis anos, o comportamento

financeiro do projeto, partindo do investimento inicial no instante t=0, alcançando o payback

descontado aos três anos e seis meses, e obtendo o VPL de R$7.326.286 no fim do período.

Figura 1 – FCD, VPL e payback do projeto

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-R$ 20.000.000

-R$ 15.000.000

-R$ 10.000.000

-R$ 5.000.000

R$ 0

R$ 5.000.000

R$ 10.000.000

0 1 2 3 4 5 6

FLUXO DE CAIXA DESCONTADO

PAYBACK

(3A + 6M)

VPL

(R$7.326.286)

INVESTIMENTO

(R$17.200.000)

ANOS

Fonte: Empresa Gama-Pi – adaptado pelo Autor (2016)

Conforme demonstrado no quadro 3 e na figura 1, observam-se bons índices de lucratividade

e rentabilidade, levando em consideração a grandeza do empreendimento e sua capacidade

produtiva.

5. Conclusões

Com os resultados obtidos dos indicadores econômicos da análise de investimento, ficou

evidente que o projeto é atrativo e viável financeiramente para os investidores da empresa

Gama-Pi, devido aos valores alcançados.

Finalizando o trabalho, espera-se que este artigo contribua com futuros investidores que

pretendem realizar investimentos em novos negócios, de certa forma, norteando suas tomadas

de decisão. E almeja-se que seja propagado o conhecimento em torno dos meios de avaliação

financeira.

Julgando que o presente estudo visa a análise da viabilidade econômica do investimento no

projeto em questão, considera-se que este objetivo foi alcançado.

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