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1 Estudo Motor CC Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Estudo de um motor CC: Obtenção de um modelo do seu funcionamento Projeto FEUP 2018/2019: Supervisor do curso MIEEC: José Carlos Alves Supervisores do Projeto FEUP: Manuel Firmino e Sara Ferreira Equipa 1MIEEC11_03: Supervisor: Vítor Pinto Monitor: Francisco Matos Autores: José Castro [email protected] Petra Smarra [email protected] Rodrigo Lousado [email protected] Sérgio Silva [email protected] Sofia Cerqueira [email protected]

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1 Estudo Motor CC

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Estudo de um motor CC: Obtenção de um

modelo do seu funcionamento

Projeto FEUP 2018/2019:

Supervisor do curso MIEEC: José Carlos Alves

Supervisores do Projeto FEUP: Manuel Firmino e Sara Ferreira

Equipa 1MIEEC11_03:

Supervisor: Vítor Pinto Monitor: Francisco Matos

Autores:

José Castro [email protected]

Petra Smarra [email protected]

Rodrigo Lousado [email protected]

Sérgio Silva [email protected]

Sofia Cerqueira [email protected]

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2 Estudo Motor CC

Resumo

Neste relatório, foi estudado o comportamento de resistências, de circuitos e de

motores de corrente continua (motor CC) ao longo de quatro experiências, com o

objetivo de ganhar familiaridade com as leis dos circuitos, o modelo de um motor CC e

com a medição experimental de grandezas elétricas e mecânicas.

A primeira parte das experiências consistiu na aferição da resistência elétrica

através de dois métodos diferentes: através de um ohmímetro e cálculo após medição

da tensão e da corrente elétrica. As últimas duas tiveram como objetivo observar o

comportamento do motor CC em várias condições como, por exemplo, uma pequena

carga variável na forma de uma hélice e uma grande massa variável na última

experiência.

Os resultados das experiências permitiram verificar as fórmulas científicas e o

comportamento não linear dos motores, no entanto foram registados desvios nos

resultados da experiência final devido a falhas encontradas no motor utilizado que

forçaram a sua correção, quer intervindo diretamente no motor quer na fonte de

alimentação de forma a continuar a experiência.

Palavras-Chave

Motor de corrente continua (motor CC); resistência; tensão elétrica; corrente

elétrica; intensidade de corrente; corrente contínua.

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3 Estudo Motor CC

Agradecimentos

Agradecemos, primeiramente, ao nosso supervisor, Vítor Pinto, e ao nosso

monitor, Francisco Matos, pela disponibilidade que demonstraram em ajudar-nos

e guiar ao longo destas semanas do Projeto FEUP e cujo apoio foi essencial para a

realização deste trabalho.

Em segundo lugar, gostaríamos de agradecer aos professores e colaboradores

que participaram na semana de formação intensiva do Projeto FEUP pelas

competências fundamentais que nos transmitiram para a execução deste trabalho tal

como, reconhecer a informação científica, saber elaborar um relatório técnico e evitar o

plágio.

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4 Estudo Motor CC

Índice Resumo ......................................................................................................................................... 2

Palavras-Chave ............................................................................................................................ 2

Agradecimentos .......................................................................................................................... 3

Lista de figuras ........................................................................................................................... 5

Glossário....................................................................................................................................... 6

Introdução.................................................................................................................................... 7

Fundamentos teóricos e grandezas ......................................................................................... 7

Grandezas ................................................................................................................................ 7

Equações .................................................................................................................................. 7

Metodologia ................................................................................................................................. 8

Material e equipamento necessário: ....................................................................................... 8

Procedimento experimental ..................................................................................................... 9

Esquemas ................................................................................................................................. 9

Medição de grandezas.......................................................................................................... 10

Resultados .................................................................................................................................. 12

1ª Experiência ....................................................................................................................... 12

2ª Experiência ....................................................................................................................... 13

3ª Experiência ....................................................................................................................... 14

4ª Experiência ....................................................................................................................... 15

Conclusão ................................................................................................................................... 18

Referências bibliográficas ....................................................................................................... 19

Observações............................................................................................................................... 21

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5 Estudo Motor CC

Lista de figuras

Figura 1 – Esquema da montagem da experiência 1

Figura 2 – Esquema da montagem da experiência 2

Figura 3 – Esquema da montagem da experiência 3

Figura 4 – Esquema das grandezas e forças que atuam no motor da experiência 4

durante a subida da massa

Tabela 0 – Registo da resistência(Ω) das resistências utilizadas

Tabela 1 – Registo dos valores lidos no ohmímetro na experiência 1

Tabela 2 – Comparação entre o valor “teórico” das resistências e o valor da resistência

obtida através da medição dos valores da tensão e da corrente e utilizando a Lei de

Ohm (2)

Tabela 3 – Valores lidos no voltímetro e amperímetro no decorrer da experiência 3,

durante as várias configurações da hélice

Tabela 4.1 – A media de todos os testes realizados com cada massa (5 cada)

Tabela 5.2 – Várias grandezas e valores calculados para a realização dos gráficos

Gráfico 2.1 – Relação entre a tensão e a corrente da resistência 1, função linear que

indica o valor da resistência(Ω)

Gráfico 2.2 - Relação entre a tensão e a corrente da resistência 2, função linear que

indica o valor da resistência(Ω)

Gráfico 2.3 - Relação entre a tensão e a corrente da resistência 3, função linear que

indica o valor da resistência(Ω)

Gráfico 2.4 - Relação entre a tensão e a corrente da resistência 4, função linear que

indica o valor da resistência(Ω)

Gráfico 2.5 - Relação entre a tensão e a corrente da resistência 5, função linear que

indica o valor da resistência(Ω)

Gráfico 3 – Comparação do valor da intensidade da corrente entre as diferentes

montagens da hélice com e sem as pás.

Gráfico 4.1 – Intensidade da corrente em relação à velocidade angular

Gráfico 4.2 – Binário em relação à velocidade angular

Gráfico 4.3 – Potência elétrica lida no motor em relação à velocidade angular

Gráfico 4.4 – Potência mecânica do motor em relação à velocidade angular

Gráfico 4.5 – Rendimento do motor (em %) em relação à velocidade angular

Gráfico 4.6 – Combinação dos 5 gráficos anteriores

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6 Estudo Motor CC

Glossário

Arduino: plataforma eletrónica open-source baseada em hardware e software de

fácil utilização que é capaz de ler inputs e gerar um output.(1)

Binário gerado pela carga(T): o momento angular exigido pela carga no eixo do

motor enquanto este se encontra em funcionamento.(2)

Breadboard: placa retangular de plástico com múltiplos buracos que permitem a

inserção de componentes elétricos de forma a prototipar um circuito eletrónico.(3)

Corrente contínua: corrente elétrica unidirecional independente da variável tempo.(4)

Corrente elétrica(I): fluxo de cargas elétricas que se movimentam num condutor

após uma diferença de potencial ser submetida no mesmo.(5)

Diferença de potencial(U): diferença de cargas em dois pontos de um condutor que

permite a passagem de corrente elétrica no sentido do pólo com carga superior (sentido

real da corrente). (6)

Encoder: sensor que fornece feedback em relação a determinados parâmetros como

velocidade e posição.(7)

Fonte de alimentação: conversor de energia elétrica que extrai energia elétrica de

uma fonte e fornece-a, de uma forma específica, a uma carga.(8)

Motor elétrico: máquina elétrica com o objetivo de transformar energia elétrica em

energia mecânica.(9)

Multímetro: instrumento de medição multifunções e multi-escalar com o propósito de

medir a diferença de potencial, intensidade da corrente elétrica entre outras quantidades

elétricas tais como a resistência.(10)

Resistência(R)(1): quociente da diferença de potencial aplicada num condutor e a

intensidade da corrente elétrica nele estabelecida.(11)

Resistência(R)(2): componente de um circuito elétrico com dois terminais

essencialmente caracterizada pela sua resistência.(12)

Velocidade angular: grandeza vetorial que descreve a rotação em torno de um

eixo.(13)

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7 Estudo Motor CC

Introdução

As leis dos circuitos elétricos são a base de conhecimentos para qualquer

engenheiro eletrotécnico e a familiaridade com motores CC é essencial, assim como

noções básicas de eletricidade. Nas quais se centraram as experiências do grupo 3 da

turma 1MIEEC_11 estudaram o comportamento de resistências e foi efetuada a medição

da resistência elétrica e do comportamento de motores de corrente contínua.

Assim o presente relatório destina-se à exposição do conhecimento adquirido

pelo grupo assim como a descrição dos procedimentos e resultados obtidos ao longo

das várias atividades laboratoriais.

Fundamentos teóricos e grandezas

Esta seção destina-se a esclarecer qual a notação a utilizar daqui em diante e a

estabelecer os fundamentos teóricos necessários para a compreensão e realização das

atividades laboratoriais.

Grandezas

Intensidade da corrente elétrica - I (Ampere/ A)

Diferença de potencial elétrico - U (Volt/ V)

Resistência elétrica - R (Ohm/ Ω)

Potência elétrica - P (Watt/ W)

Binário - T (Newton metro/ N.m)

Velocidade Angular - ω (Radianos por segundo/ rad/s)

Equações

(1) Erro Relativo de:

𝐸𝑟𝑟𝑜𝑅𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 =𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜

𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙

(2) Lei de Ohm (Relação entre tensão, intensidade de corrente e resistência em

circuitos DC):

𝑈 = 𝑅 ∗ 𝐼 <=> 𝑈/𝐼 = 𝑅

(3) Potência Elétrica:

𝑃𝑒 = 𝑈 ∗ 𝐼

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8 Estudo Motor CC

(4) Potência Mecânica:

𝑃𝑚 = 𝑇𝜔

(5) Rendimento:

𝜂 = 𝑃𝑚

𝑃𝑒

Metodologia

Este relatório abrange 4 experiências sendo que as primeiras duas se focam na

determinação da resistência elétrica através de dois métodos diferentes e as últimas

destacam motores de corrente contínua em várias situações envolvendo massas.

Material e equipamento necessário:

Resistências

Motor CC sem encoder

Motor CC com encoder

Fonte de alimentação regulável

Multímetro

Arduino como placa de instrumentação

Placa de montagem (Breadboard)

Fios condutores

Hélice com pás ajustáveis e removíveis

Massas

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9 Estudo Motor CC

Procedimento experimental

Esquemas

Na primeira experiência foi montado o circuito esquematizado á na figura 1 utilizando

um multímetro definido para medir a resistência e várias resistências.

Nota: daqui em diante, o

retângulo é aqui utilizado

como a representação

gráfica da resistência

devido às semelhanças

entre a representação

tradicional da resistência e

a representação bobina.

O circuito da segunda experiência foi montado como indica a figura 2 utilizando uma

fonte de tensão regulável, uma resistência que foi trocada para as medições e dois

multímetros, um montado em paralelo definido como voltímetro e outro montado em

série definido como amperímetro.

Figura 2

Figura 1

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10 Estudo Motor CC

Na figura 3, pode ler-se o esquema do circuito montado na terceira experiência

utilizando uma fonte de tensão regulável, um motor CC sem encoder, uma hélice (e as

respetivas pás) e dois multímetros: um montado em paralelo definido como voltímetro e

outro montado em série definido como amperímetro.

Figura 3

As grandezas físicas e as forças aplicadas ao motor e às massas durante a quarta

experiência podem ser encontradas no esquema da figura 4. O circuito foi montado

utilizando uma fonte de tensão regulável, um motor CC com encoder e um arduino como

uma placa de instrumentação.

Figura 4

Medição de grandezas

Aqui serão apontados o procedimento e algumas atenções tidas durante cada uma

das experiências, nomeadamente na leitura dos valores nos aparelhos utilizados.

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11 Estudo Motor CC

• Na primeira experiência, com o sistema ligado como no esquema e o circuito

fechado usámos um multímetro para medir o valor da resistência em ohms (Ω).

• De seguida calculámos a diferença entre os valores lidos e os valores

“tabelados” de cada uma das resistências dando origem ao erro percentual

relativo.

• Na segunda experiência, com o sistema ligado como no esquema e o circuito

fechado fomos aumentando a diferença de potencial (de 0,5V em 0,5V) fornecida

ao circuito e registando os valores da intensidade da corrente no circuito e a

diferença de potencial nos terminais da resistência, usamos dois multímetros

para tal. Registados os valores numa tabela, calculámos de seguida o valor da

resistência usando a Lei de Ohm.

• Na terceira experiência, onde estava montado no motor uma hélice (com e sem

pás), usámos dois multímetros para medir a diferença de potencial no circuito e

a intensidade da corrente nos terminais do motor, realizamos várias montagens

com configurações diferentes da hélice e aumentando progressivamente a

energia fornecida ao circuito (tal como na experiência 2) e registámos os valores

numa tabela.

• As diferentes configurações da hélice consistiam em mudar a posição das pás,

retirar as mesmas e por fim tirar a hélice.

• Na última experiência, usámos o motor para fazer subir diferentes massas a

partir do solo. Para as medições serem mais precisas e os testes consistentes

foi usado um “arduino” ligado a medidores de intensidade de corrente e

diferença de potencial tanto no circuito geral como no motor e também um

medidor de velocidade angular acompanhados por um sistema de computador

que nos permitiu realizar os diferentes testes e obter os respetivos resultados

(Programa que causou alguns problemas, relatados nas observações). Com a

ajuda do programa “Motor Bench” realizámos 5 testes com cada massa e com o

motor a 75% e um pulse de 500ms e compilámos os valores numa folha de

cálculo.

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12 Estudo Motor CC

Resultados

Antes da primeira experiência foram analisadas cinco resistências e verificado o seu

valor tal que:

Resistência Nº ᘯ(Ohm) Tolerância (%)

1 6.8K 5

2 1.5K 5

3 3.3K 5

4 33K 5

5 15K 5

Tabela 0

1ª Experiência

As medições obtidas com o ohmímetro, apresentadas na segunda coluna da tabela

1, foram utilizadas para o cálculo do erro percentual relativo individual de cada

resistência. Os resultados obtidos podem ser lidos na terceira coluna da mesma tabela.

Resistência Nº ᘯ(Ohm) Erro Relativo (%)

1 6.65K 2.2

2 1.483K 1.13

3 3.22K 2.42

4 32.6K 1.2

5 14.66K 2.26

Tabela 1

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13 Estudo Motor CC

2ª Experiência

A introdução dos resultados obtidos na experiência numa folha Excel permitiu a

construção dos seguintes gráficos de U em função de I em que o declive da reta é um

resultado aproximado de R/1000.

Gráfico 2.1 Gráfico 2.2

Gráfico 2.3 Gráfico 2.4

Gráfico 2.5

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14 Estudo Motor CC

Deste modo temos a seguinte comparação entre os valores calculados e os teóricos:

Resistência Nº Valor Teórico Valor Calculado

1 6.8K 6.67K

2 1.5K 1.48K

3 3.3K 3.22K

4 33K 33.4K

5 15K 14.75K

Tabela 2

3ª Experiência

Depois de colocar os valores registados na tabela, construímos o gráfico seguinte e

concluímos que a relação entre a tensão fornecida e a corrente lida pode ser aproximada

através de uma função linear. O coeficiente de “x” vai aumentando no gráfico de cada

um dos testes já que quanto maior for a força de resistência aplicada ao motor, neste

caso a resistência do ar, maior será a corrente para o mesmo valor da diferança de

potencial elétrico.

A resistência do ar aumenta uma vez que as pás que foram anexadas e até a

posição das mesmas alteram as propriedades aerodinâmicas da hélice, tendo o motor

cada vez mais dificuldade em se movimentar.

Tabela 3

0

500

1000

1500

2000

0,9 1,4 1,9 2,4 2,9 3,4

Co

rren

te (

mA

)

Tensão de alimentação (V)

Motor com Hélice

Sem hélice

Sem pás

Pás horizontal

Pás vertical

Gráfico 3

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15 Estudo Motor CC

4ª Experiência

O registo foi bastante facilitado pelo facto de o programa utilizado para controlar o

motor disponibilizar as medições com precisão e numa interface muito simples.

Com os dados dos 5 testes para cada massa realizámos as médias e ficámos com

a seguinte tabela.

De seguida efetuámos os cálculos de mais algumas grandezas. Para tal foi

necessário converter algumas unidades. Considerámos como valor da aceleração

gravítica g=9,81 m/s2.

Com estes valores elaborámos os gráficos das grandezas calculadas em função da

velocidade (rad/s).

Estes gráficos, principalmente o do binário em função da velocidade, permitem-nos

destacar a importância da aplicação de uma caixa redutora a um motor, pois esta vai

reduzir a velocidade angular de forma a aumentar a quantidade de binário disponível à

medida que a carga aumenta.

Através do gráfico do rendimento vemos que temos um para o qual o valor do

rendimento é máximo e esse ponto corresponde a uma velocidade de 16,4092 rad/s

(que é cerca de 0,4 m/s).

Tabela 4.1

Tabela 4.2

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16 Estudo Motor CC

Gráfico 4.1 Gráfico 4.2

Gráfico 4.3 Gráfico 4.4

Gráfico 4.5

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17 Estudo Motor CC

Por fim, compilámos, um gráfico que junta todos os anteriores:

Gráfico 4.6

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18 Estudo Motor CC

Conclusão

Em suma, através das montagens e análise dos circuitos foi possível consolidar e

aprofundar os fundamentos teóricos sobre a eletricidade e o funcionamento de circuitos

elétricos. O estudo do comportamento das resistências em comparação com motores

permitiu corroborar as previsões teóricas com os resultados práticos, como por exemplo

o comportamento linear das resistências em oposição ao não linear dos motores.

A execução prática das atividades proporcionou também um método de verificação

de resultados teóricos através, por exemplo, da observação da diminuição da velocidade

com o aumento da massa suspensa que se traduziu numa redução da velocidade de

subida da mesma. Esta diferença permitiu concluir imediatamente que a velocidade de

rotação e o binário estão relacionados de alguma forma, conclusão que foi depois

confirmada, através da teoria, com o estudo da função da caixa redutora presente no

motor.

Desta forma, o trabalho prático necessário para a execução das atividades

laboratoriais proporcionou uma forma mais simples e direta de compreensão e aplicação

dos conhecimentos, uma maior facilidade de assimilação de competências técnicas e

uma forma de compreender visualmente a teoria assim como ganhar familiaridade com

as diversas ferramentas e equipamentos utilizados num laboratório de eletricidade.

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19 Estudo Motor CC

Referências bibliográficas

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(2) IEC – International Eletrotechnical Comission. 1996. “IEC 60050 - International

Electrotechnical Vocabulary - Details for IEV number 411-48-01: "load torque"”.

Acedido a 12 de outubro de 2018. http://www.electropedia.org/iev/iev.nsf/display?openform&ievref=411-48-01

(3) Science Buddies. “How to use a Breadboard”. Acedido a 12 de outubro de 2018. https://www.sciencebuddies.org/science-fair-projects/references/how-to-use-a-

breadboard#name-breadboard (4) IEC – International Eletrotechnical Comission. 2001. “IEC 60050 - International

Electrotechnical Vocabulary - Details for IEV number 131-11-22: "direct current"”.

Acedido a 12 de outubro de 2018. http://www.electropedia.org/iev/iev.nsf/display?openform&ievref=131-11-22

(5) IEC – International Eletrotechnical Comission. 1998. “IEC 60050 - International

Electrotechnical Vocabulary - Details for IEV number 121-11-13: " "(electric) current"”.

Acedido a 12 de outubro de 2018. http://www.electropedia.org/iev/iev.nsf/display?openform&ievref=121-11-13

(6) IEC – International Eletrotechnical Comission. 2002. “IEC 60050 - International

Electrotechnical Vocabulary - Details for IEV number 121-11-27: " "voltage"”. Acedido

a 12 de outubro de 2018. http://www.electropedia.org/iev/iev.nsf/display?openform&ievref=121-11-27

(7) IEC – International Eletrotechnical Comission. 1992. “IEC 60050 - International

Electrotechnical Vocabulary - Details for IEV number 702-09-43: " "encoder"”. Acedido

a 12 de outubro de 2018. http://www.electropedia.org/iev/iev.nsf/display?openform&ievref=702-09-43

(8) IEC – International Eletrotechnical Comission. 2001. “IEC 60050 - International

Electrotechnical Vocabulary - Details for IEV number 151-13-76: " "power supply"”.

Acedido a 12 de outubro de 2018. http://www.electropedia.org/iev/iev.nsf/display?openform&ievref=151-13-76

(9) IEC – International Eletrotechnical Comission. 2001. “IEC 60050 - International

Electrotechnical Vocabulary - Details for IEV number 151-13-41: " "(electric) motor"”.

Acedido a 12 de outubro de 2018. http://www.electropedia.org/iev/iev.nsf/display?openform&ievref=151-13-41

(10) IEC – International Eletrotechnical Comission. 2001. “IEC 60050 - International

Electrotechnical Vocabulary - Details for IEV number 312-02-24: " "multimeter"”.

Acedido a 12 de outubro de 2018. http://www.electropedia.org/iev/iev.nsf/display?openform&ievref=312-02-24

(11) IEC – International Eletrotechnical Comission. 2013. “IEC 60050 - International

Electrotechnical Vocabulary - Details for IEV number 131-12-04: " "resistance"”.

Acedido a 12 de outubro de 2018. http://www.electropedia.org/iev/iev.nsf/display?openform&ievref=131-12-04

(12) IEC – International Eletrotechnical Comission. 2001. “IEC 60050 - International

Electrotechnical Vocabulary - Details for IEV number 151-13-19: " "resistor"”. Acedido

a 12 de outubro de 2018. http://www.electropedia.org/iev/iev.nsf/display?openform&ievref=151-13-19

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20 Estudo Motor CC

(13) IEC – International Eletrotechnical Comission. 2011. “IEC 60050 - International

Electrotechnical Vocabulary - Details for IEV number 113-01-41: " "angular velocity"”.

Acedido a 12 de outubro de 2018. http://www.electropedia.org/iev/iev.nsf/display?openform&ievref=113-01-41

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21 Estudo Motor CC

Observações e recomendações

A experiência 4 foi realizada 3 vezes, visto que da primeira vez enfrentámos vários

problemas relativos com o próprio motor e o respetivo programa no computador que

estávamos a utilizar. Resolvidos estes contratempos passámos para a segunda

tentativa, que decorreu dentro das normalidades, porém os resultados obtidos tinham

muitas imperfeições, dando valores e conclusões que iam contra aquilo previamente

provado e contra os resultados expectáveis. Sendo assim realizámos a experiência uma

terceira vez na semana seguinte e essa foi a usada para a realização da parte que

corresponde à experiência 4 deste relatório.

Porém decidimos manter na mesma as observações, mesmo já não tendo

importância relativamente aos resultados agora relatados e analisados, porque podem

ser informações e relatos úteis:

Quando passámos para as 500 gr aumentámos a intensidade da corrente que a

fonte deixava o motor usar, desligando assim o “limitador de corrente” e notámos um

aumento significativo na corrente que o motor passou a usar, quase o dobro (dos 350

mA para os 500 mA), ao observarmos as medições da intensidade da corrente do motor

quando a massa era de 350, 400 e 450 gramas verificámos que praticamente não se

alteram, o que nos leva à conclusão que o motor estava realmente a ser limitado pela

fonte.

Enfrentámos vários problemas com o software, nomeadamente ao tentar fazer o

motor descer. Os problemas começaram por não conseguirmos programar o motor para

descer durante um “pulse” pré-definido, depois deixámos de conseguir fazer o motor

descer a funcionar a valores diferentes de 10% 50% e 100%, de seguida passou a ser

apenas possível fazer descer o motor a 100% e ainda de seguida, passou a ser preciso

dar uma ajuda com a mão para o motor começar a rodar.