estudo de textos
TRANSCRIPT
![Page 1: Estudo de Textos](https://reader035.vdocuments.com.br/reader035/viewer/2022071920/55cf991b550346d0339b9ffa/html5/thumbnails/1.jpg)
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICO
DISPESP
ALCEMIR CORDEIRO CAMPELO
ESTUDO DE TEXTOS ACADÊMICOS
MANAUS
2007
Estudo de textos solicitado pela disciplina Gestão do Processo de Aprendizagem do curso de Docência em Educação Profissionalizante e Tecnológica da CEFET
![Page 2: Estudo de Textos](https://reader035.vdocuments.com.br/reader035/viewer/2022071920/55cf991b550346d0339b9ffa/html5/thumbnails/2.jpg)
2
ESTUDO DE TEXTOS ACADÊMICOS
Alcemir Cordeiro Campelo1
RESUMO
Este trabalho trata do estudo de dois textos discutidos em sala de aula da disciplina Gestão do Processo de Aprendizagem ministrada pelo Professor M.Sc. Arone do Nascimento Bentes, portanto, esta atividade, está dividida em duas partes. A primeira parte refere-se ao TEXTO 1 – Estudar, a segunda ao TEXTO 2 - Gestão Escolar e Projeto Político Educativo. O trabalho compreende uma leitura criteriosa e a produção de outro texto que expresse a opinião do aluno levando-se em consideração um embasamento teórico e a experiência acadêmica.
TEXTO 1 – Estudar
Notas de Aulas, Prof. Arone Nascimento Bentes, Msc.
No texto Estudar, o autor mostra claramente que estudar não é prazeroso, e
mostra que a solidão e a postura crítica são as vilãs deste paradigma. Concordo com
este ponto de vista, pois é exatamente o preço pago pela conclusão do meu curso
acadêmico e responsável pela minha colação de graus. Não se compra
conhecimento, nem tão pouco se transmite, ou se têm ou não tem; é como cultivar
uma lavoura, requer muito trabalho, dedicação, cuidado com as pragas, adubação e
assim por diante, o agricultor trabalha e espera pacientemente até colher os frutos
do seu labor – o conhecimento; e este dá estímulo para um novo ciclo e assim
adquire-se o domínio em de uma determinada área do saber – o conhecimento; este
diferencia-se da informação, segundo Ghedin(2005) a informação transmite-se, o
conhecimento adquire-se através da reflexão crítica, e esta reflexão e o labor do
agricultor é exatamente o ato de estudar; um verbo de difícil conjugação na primeira
pessoa, mas a satisfação do fruto desta atividade compensa a iniciativa
desagradável de vencer a inércia inicial, compartilho com a posição de Ghedin(2005)
quanto a diferença entre conhecimento (fruto do ato de estudar) e informação (esta é
volátil se não for refletida criticamente):
1 Graduado em engenharia mecânica pelo Instituto de Tecnologia da Amazônia, aluno de pós-graduação do curso Docência do Ensino Profissionalizante e Tecnológico do Centro Federal Tecnológico do Amazonas.
![Page 3: Estudo de Textos](https://reader035.vdocuments.com.br/reader035/viewer/2022071920/55cf991b550346d0339b9ffa/html5/thumbnails/3.jpg)
3
... o conhecimento não está situado no nível da informação. Ele vai muito além disso, ele é uma sistematização reflexiva a partir das informações que a realidade nos apresenta. As informações não são mais que fatos “secos” que não se explicam por eles mesmos. A possibilidade de transformar informações, enquanto fatos, em conhecimento está na medida em que, pela reflexão, possamos explicar suas causas geradoras e, por meio delas, compreender o seu horizonte de sentido. (P.147).
Estudar não é prazeroso – mas seu fruto é agradável e faz bem para o
intelecto, dá estímulo e discernimento para posicionar-se favoravelmente de ante de
um problema cotidiano que seja profissional ou pessoal. Nos dias atuais, a
sociedade contemporânea impõe a necessidade do ato de estudar, e este está
relacionado ao ato de sobrevivência, status, competitividade, munindo de vantagens
seus adeptos. Quanto aos que ignoram este labor, e por circunstâncias da vida
muitos não têm acesso a este direito assegurado pela constituição federal,
ingressam no contingente dos excluídos das atividades consideradas formais, como
a analista Socioeconômica Norma Bentes (2005) mostra no texto a seguir:
Na cidade de Manaus, os moradores dos bairros periféricos têm ampliados ainda mais os processos de segregação sócio-espacial e exclusão que enfrentam no cotidiano. Além da luta pelo sustento da família, convivem com a falta de água, de escolas, de postos de saúde, de transporte coletivo, dentre outras necessidades. São os desafortunados urbanos, dilacerados na sua condição de cidade e da possibilidade de melhoria de suas condições de vida, denotando também a flagrante ausência do poder público nas áreas localizadas na periferia da cidade. (P. 47)
Estudar não é prazeroso – porém transforma aquele que o faz, apesar dos
problemas citados, estes lançando mão do dueto (solidão e a postura crítica),
adquirem o passaporte da inclusão no mundo considerado formal.
![Page 4: Estudo de Textos](https://reader035.vdocuments.com.br/reader035/viewer/2022071920/55cf991b550346d0339b9ffa/html5/thumbnails/4.jpg)
4
TEXTO 2: Gestão Escolar e Projeto Político Pedagógi co: interfaces do
cotidiano escolar.
Artigo do Prof. M.Sc. Arone do Nascimento Bentes
A escolar é um espaço onde ocorre o processo ensino-aprendizagem, por
ser um processo complexo por sua própria natureza, não pode ser comparado com
outras atividades laborais. Neste processo estão presente três grupos: os discentes,
docentes e os trabalhadores da educação.
A atividade profissional pedagógica engloba profissionais de todas as áreas
do saber, desde os primeiros anos até o pós-doutorado. Cada etapa é peculiar, e o
processo ensino-aprendizagem é o responsável por todos os profissionais que atual
na sociedade contemporânea. Refletindo sobre cada etapa temos: Ensino
Fundamental, profissionalizante, Médio Propedêutico, Integrado, Técnico,
Profissionalizante, Tecnológico; Cursos de Licenciatura Plena, Bacharelado, Lato-
senso (especialização), Estrito-senso (Mestrado Profissional, Mestrado Acadêmico,
Dutorado), dentre outras modalidades. Portanto temos umas complexidades que
interage entre si, sendo cada pessoa que compõe este universo, singular, única, e
está associada a um grupo que por sua vez tem a sua própria cultura como mostra
Perrenoud (2001) no texto a seguir:
Educar ou instruir é permitir que o aprendiz mude sem perder sua identidade, é conciliar a invariância e a mudança. A organização escolar também deve se renovar sem se desfazer, absorver novos saberes, novos programas, novos métodos e novas tecnologias sem renegar a herança e sem deixar entender que tudo o que se fazia antes não tinha nenhum sentido. Na escola da sociedade, a educação e o ensino oscilam entre reprodução e mudança, transmissão de uma herança e preparação para uma nova sociedade, continuidade com o passado e antecipação do futuro. A escola, por sua natureza, é uma confluência entre o velho e o novo, tanto para as pessoas quanto para o sistema entre antigo e moderno. (P. 33)
Novamente citamos Perrenoud (2001) quanto ao desafio que enfrenta a
escola:
![Page 5: Estudo de Textos](https://reader035.vdocuments.com.br/reader035/viewer/2022071920/55cf991b550346d0339b9ffa/html5/thumbnails/5.jpg)
5
(...)Enfrentar a complexidade é aceitar o fato de que ela é, de certo modo, intransponível, pois os paradoxos, as contradições e os conflitos fazem parte da própria natureza da relação pedagógica e do empreendimento da escolarização.(P.45)
Logo chegamos a conclusão que a gestão do processo do ensino-
aprendizagem é singular e regue um tratamento diferenciado, não podemos aplicar
os conceitos de uma gestão empresarial sem antes sofrer uma adaptação; A
atividade profissional pedagógica, o ato educativo, a prática escolar, a gestão
escolar deve modernizar-se, apropriar dos conceitos tecnológicos modernos, fazer
uso da tecnologia para aprimorar o processo ensino-aprendizagem. Como exemplo
citamos o uso das técnicas do vídeo game em algumas faculdades de medicina para
que médicos adquiram habilidades de opera a distância utilizando robôs, outro
exemplo é o uso de software educacionais nas faculdades de engenharia que
simulam comportamentos dos materiais nas mais variadas situações. Dowbor
(2001) declara:
As tecnologias não são ruins (...) Mas as tecnologias sem a educação, conhecimentos e sabedoria que permite organizar o seu real aproveitamento, levam-nos apenas a fazer mais rápido e em maior escala os mesmos erros.(S/P).
Como expomos acima, o ato educativo é singular e complexo e exige
profissionais capacitados e competentes; e a escola como uma organização requer
um Projeto Político Pedagógico que reflita a esta realidade e uma gestão moderna
para cumprir o objetivo geral da educação que é o de formar um cidadão ético,
humano e solidário, que exerça sua profissão com habilidade e competência.
Lembramos que o papel da educação não é de simplesmente ensinar ao homem
uma especialidade para que se torne uma máquina utilizável pelas indústrias, e sim
de formar personalidades.
![Page 6: Estudo de Textos](https://reader035.vdocuments.com.br/reader035/viewer/2022071920/55cf991b550346d0339b9ffa/html5/thumbnails/6.jpg)
6
Referencial Bibliográfico
CONTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988.
DOWBOR, Ladislau. http://www.mhd.org/artigos/dowbor_tecnologias.html. Data de
acesso: 28/01/2007.
GHEDIN, Evandro. PIMENTA, Selma Garrido. Professor Reflexivo no Brasil. Editora
Cortez, 3ª edição, São Paulo, 2005.
PERRENOUD, Philippe. Ensinar: agir na urgência, decidir na incerteza: trad. Cláudio
Schilling, Editora Artmed, 2a edição, Porto Alegre, 2001.
SOUSA, Norma Maria Bentes de. Manaus Realidade e contrastes sociais. Editora
Valer, Manaus, 2005.