estudo de caso transtorno afetivo bipolar
TRANSCRIPT
I - Dados de identificação
Nome: A. M.P.P
Idade: 54 anos
Sexo: feminino
Cor: branca
Religião: católica
Estado civil: casada
N° de filhos: 3
Procedência: São Carlos
Ocupação: indefinida
Diagnostico médico: F 31.5 Transtorno Afetivo Bipolar , episódio atual depressivo
com sintomas psicóticos
Data de internação: 24/03/2008
Grau de instrução: 1º grau
Dados de internação: 24ª internação
Paciente chegou na unidade sozinho
Anotação das condições de chegada.
Segundo consta no prontuário a mesma paciente chegou desacompanhada, logorreica,
confusa , deprimida, ansiosa com boas condições de higiene.
1
Queixa atual:
Paciente chegou na casa Caibar queixando-se de ouvir vozes, e desinteresse nos
cuidados com a casa,e vontade de se matar.
Hábitos de vida:
Nega tabagismo, etilismo e uso de drogas.
II - Medicações:
2.1 - Valiun (Ansiolítico)
Propriedades
Ações ansiolíticas, sedativas , miorrelaxantes e anticonvulsivante. Atua como depressor
do sistema nervoso central, provavelmente facilitando a ação inibitória do neurotransmissor
ácido gama-aminobutirico (GABA)
Indicações
Ansiedade, agitação, sedação, espasmo muscular e crise convulsiva
Contra indicação e Precaução
Hipersensibilidade, psicose, coma, intoxicação por álcool, miastenia gravis, gestação ou
lactação
Reações adversas
Colapso cardiovascular, hipotensão transitória, bradicardia, taquicardia, hipertensão,
palpitações
2
Urticária, prurido, dermatite, diaforese
Náusea, vomito,desconforto abdominal,constipação, dificuldade de deglutição
Retenção ou incontinência urinaria
Distúrbios musculares,, distúrbios visuais, distúrbios auditivos,
Depressão respiratória
Sonolência, sedação, depressão, letargia, desorientação, inquietação, confusão, tremor,
nervosismo, euforia, dificuldade de concentração, retardo psicomotor, reações extrapiramidais,
parestesia, soluço e febre
Cuidados de Enfermagem
Informe ao paciente as reações adversa mais freqüentemente relacionadas ao uso da
medicação e que, diante da ocorrência de qualquer uma delas, principalmente disfagia como
também aquelas incomuns ou intoleráveis.
Pode ocorrer secura na boca, enxágües morais freqüentes, gomas de mascar ou balas
duras podem amenizar este efeito
Recomende ao paciente que aumente a ingestão de líquido e no volume da dieta e a
pratica de exercícios para diminuir a constipação, durante a terapia
Pode causar tontura e sonolência. Recomende que o paciente evite dirigir ou outras
atividades que requerem estado de alerta, durante a terapia.
Recomende que o paciente evite o consumo de álcool e o uso contaminante de outros
depressores do SNC, como também de qualquer outra droga ou medicação, sem o
conhecimento do médico, durante a terapia.
Antes do início da terapia: documento as indicações para a terapia;o início e a duração
dos sintomas;relacione as outras tentativas de tratamento e os resultados obtidos.
3
Durante a terapia, monitore ; os sinais vitais, função cardíaca, (disritmias, aumento de
FC, palpitações), o balanço hídrico (retenção /hesitação urinaria),distúrbios GI (dor,
sangramento, náusea, vomito), anorexia, os efeitos anticolinérgicos ( retenção urinaria,
constipação, delírio), principalmente em pacientes idoso, e reduza, conforme necessário, a dose.
Interações medicamentosa;
Atenção durante o uso concomitante de outra drogas, VO : a medicação deve ser
administrada, em ½ hora antes das refeições, parta possibilitar sua melhor absorção, a droga
deve ser mantida em um armário fechado e ao abrigo da luz
2.2 - Amplictil ( Neuroleptico, antipsicotico)
Propriedades
O seu mecanismo de ação ainda não é totalmente conhecido.antipsicotico que bloqueia
os receptores dopaminérgicos no cérebro
Indicações
Psicoses, abstinência de álcool, porfiria ou tétano
Contra indicação
Hipersensibilidade, supressão da medula ósseo, anestesia peridural ou raqui anestesia,
doença de Parkinson, hipotensão severa, hipertensão, glaucoma, historia de epilepsia,disfunção
renal, ulcera péptica
Reações adversas
Hipotensão postural, taquicardia, bradicardia, alterações ao ECG, hipertensão ICC,
arritmias
Fotosensibilidade
4
Galactorreia, ingurgitamento das mamas ( mulheres) amenorréia, irregularidades no
ciclo menstrual, ginecomastia alteração da libido, hiperglicemia, inibição da ovulão, inibição da
ejaculação, infertilidade, redução dos níveis de gonadotrofia, estrogrnio na urina
Interação medicamentosa
Betabloqueadores recomenda usar com cautela
Cuidados de enfermagem
Instrua o paciente a tomar a medicação exatamente conforme recomendado não
interromper o tratamento sem o conhecimento do medico
Informe o paciente o objetivo da medicação para facilitar a compreensão do seu
diagnostico como a sua colaboração no tratamento.
Instrua o paciente sobre sua doença , a importância de seguir os regimes terapêuticos e
alimentar recomendados
2.3 - Biperideno ( antiparkinsoniano)
Propriedades
Bloqueadores dos receptores colinérgico. Auxilia a balancear a atividade colinérgica no
cérebro
Indicação
Síndrome extrapiramidal de origem medicamentosa
Contra indicações
Hipersensibilidade
5
Reações adversas
Hipotensão postural transitória, rash, urticária, boca seca, constipação, náusea, vomito,
distúrbios GI
Cuidados de Enfermagem
Instrua o paciente tomar a medicação conforme recomendado e não interromper o
tratamento, sem o conhecimento do medico ainda que melhore
A medicação dever ser usada cuidadosamente nos casos de adenoma de próstata,
arritmias, glaucoma de anglo estreito e convulsão
Informe aio paciente as reações adversas mais freqüentemente relacionadas ao uso de
medicação e diante da ocorrência de qualquer uma delas e, principalmente retenção urinaria ou
aquelas incomuns ou intoleráveis, o medico deverá ser comunicado imediatamente
Durante a terapia, monitore ; os sinais vitais, função cardíaca, (disritmias, aumento de
FC, palpitações), o balanço hídrico (retenção /hesitação urinaria),distúrbios GI (dor,
sangramento, náusea, vomito), anorexia, os efeitos anticolinérgicos ( retenção urinaria,
constipação, delírio), principalmente em pacientes idoso, e reduza, conforme necessário, a dose.
2.4 - Carbamazepina
Propriedades
O seu mecanismo de ação não é totalmente conhecido. Estabiliza a membrana neuronal
e limita a atividade epiléptica
Indicação
Epilepsia, psicose
Contra indicações
6
Hipersensibilidade, supressão da medula óssea
Reações adversas
Em pacientes que apresentam letargia, debilidade, náuseas, vômitos, confusão ou
hostilidade, anomalias neurológicas ou estupor, deve-se suspeitar de hiponatremia. São de
incidência mais freqüente: visão turva, cefaléia contínua, aumento da freqüência de crises
convulsivas, sonolência e debilidade.
Raramente: bradicardia, dificuldade de respiração, disartria, rigidez, tremor,
alucinações visuais, fezes pálidas, hemorragias ou hematomas, febre, adenopatias,
linfadenopatias e parestesias. Sinais de superdosagem: enjôos agudos, sonolência grave,
taquicardia, depressão respiratória, crises convulsivas, tremores ou contrações. Erupção cutânea
ou prurido.
Precauções
Deve-se ter cuidado ao dirigir, no manuseio de máquinas ou ao realizar trabalhos que
exijam atenção e coordenação. Em pacientes diabéticos poderá haver um aumento nas
concentrações de açúcar na urina.
Os pacientes de idade avançada podem ser mais sensíveis que os jovens à agitação e
confusão, bloqueio cardíaco auriculoventricular ou bradicardia induzidos pela carbamazepina.
Os efeitos leucopênicos e trombocitopênicos podem originar maior incidência de infecção
microbiana, retardo na cicatrização e hemorragia gengival.
Interações
O paracetamol pode aumentar o risco de hepatoxicidade e diminuir os efeitos
terapêuticos desta droga. Pode diminuir o efeito dos corticosteróides devido ao aumento do
metabolismo destes. Se estimulado o metabolismo hepático das xantinas (teofilina,
7
aminofilina), podem diminuir os efeitos dos anticoagulantes derivados da cumarina por indução
da atividade enzimática microssômica hepática.
Diminuição das concentrações séricas e redução das vidas médias de eliminação de
primidona, ácido valpróico, barbitúricos, benzodiazepinas ou anticonvulsivos do grupo
succinimida ou hidantoína. Os efeitos depressores sobre o SNC são potencializados com o uso
simultâneo de antidepressivos tricíclicos, aloperidol, loxapina, fenotiazinas ou tioxantenos.
Os inibidores da anidrase carbônica podem produzir um aumento do risco de
osteopenia. A cimetidina pode aumentar a concentração plasmática de carbamazepina.Aumenta
o metabolismo e, portanto, diminuem os efeitos terapêuticos da ciclosporina, anticoncepcionais
orais que contenham estrogênios, dacarbazina, glicosídeos digitálicos, estrogênios, levotiroxina,
mexiletina e quinidina.
O danazol, diltiazem, eritromicina, dextropropoxifeno ou verapamil podem inibir o
metabolismo da carbamazepina. Em pacientes tratados com doses elevadas de mebendazol, foi
demonstrado que as concentrações plasmáticas da carbamazepina são diminuídas. O uso de
IMAO pode originar crises hiperpiréticas, crises hipertensivas e convulsões graves.
Cuidados de Enfermagem
Instrua o paciente a tomar a medicação conforme recomendado e não interromper o
tratamento sem o conhecimento do medico, ainda que melhore
O uso das medicação não deve ser suspenso subitamente ou sem o conhecimento do
medico ,informe ao paciente os sintomas relacionados a suspensão súbita do seu uso. Quando
necessário a dose deve ser aumentada gradualmente para diminuir o risco de reação adversa
2.5 - Flufenan
8
Acredita-se que a flufenazina melhora os estados psicóticos por bloqueio dos
receptores pós-sinápticos dopaminérgicos mesolímbicos no cérebro. Também produz um
bloqueio alfa-adrenérgico e deprime a liberação de hormônios hipotalâmicos e hipofisários.
Entretanto, o bloqueio dos receptores dopaminérgicos aumenta a liberação de prolactina da
hipófise. Tem fraco efeito antiemético, antimuscarínico e sedativo, e forte efeito extrapiramidal.
É metabolizada no fígado e excretada por via renal.
Indicações
Estados psicóticos, esquizofrenia e na fase maníaca da doença maníaco-depressiva.
Dor neurogênica crônica.
Reações adversas
Nos primeiros dias de tratamento, e com mais freqüência nos idosos podem, ocorrer
efeitos extrapiramidais distônicos e congestão nasal. São de incidência menos freqüente: visão
turva ou qualquer alteração de visão, pulso irregular, sensação de cansaço não habitual, palidez,
micção dificultada, erupção cutânea, alterações do ciclo menstrual, enjôos, sonolência, secura
na boca, secreção de leite não habitual, náuseas, vômitos, tremores dos dedos e mãos.
Precauções
Evitar o consumo de álcool ou outros depressores do SNC. Não tomar durante as 2
horas posteriores à administração de antiácidos ou medicamentos antidiarréicos. Cuidado ao
dirigir, devido à possível sonolência ou visão turva.
Possível fotossensibilidade, sendo recomendado evitar a exposição ao sol ou o uso
de lâmpadas solares. Pode ser ingerida com alimentos, água ou leite para diminuir a irritação
gástrica.
9
No caso de terapêutica parenteral, controlar os pacientes geriátricos e pediátricos
devido à maior incidência de reações hipotensoras e extrapiramidais. A relação risco-benefício
deverá ser avaliada na indicação durante a gravidez e o período de lactação, já que pode
produzir sonolência no lactente e em mães que tenham recebido fenotiazinas.
Os neonatos podem apresentar icterícia prolongada, hiporreflexia e hiperreflexia e
efeitos extrapiramidais. Em crianças com doenças agudas (sarampo, infecções do SNC,
desidratação, gastroenterite), desenvolvem-se com maior facilidade reações neuromusculares,
principalmente distonias.Em idosos, sugere-se administrar a metade da dose usual para adultos.
Em pacientes com síndrome orgânica cerebral deve-se diminuir a dose a um quarto da usual
para adultos.
Interações
Os antimuscarínicos antidiscinésicos ou anti-histamínicos podem intensificar os
efeitos colaterais antimuscarínicos (confusão, alucinações, pesadelos). As anfetaminas
diminuem seu efeito estimulante quando utilizadas simultaneamente com fenotiazinas. O uso de
antiácidos ou antidiarréicos pode inibir a absorção de flufenazina.
As fenotiazinas podem baixar o limiar das crises convulsivas, podendo ser, portanto,
necessário ajustar a dose de anticonvulsivantes. Os antidepressivos intensificam os efeitos
antimuscarínicos. Os efeitos antiparkinsonianos da levodopa podem ser inibidos pelo bloqueio
dos receptores dopaminérgicos no cérebro.
O uso simultâneo de quinidina pode originar efeitos cardíacos aditivos. Os
bloqueadores beta-adrenérgicos originam uma concentração plasmática elevada de cada
medicação. O uso com antitireóideos pode aumentar o risco de agranulocitose.
10
Contra-indicações
Depressão grave do SNC, estados comatosos, doença cardiovascular grave; a relação
risco-benefício deve ser avaliada na presença de alcoolismo, angina pectoris, discrasias
sangüíneas, glaucoma, disfunção hepática, Mal de Parkinson, úlcera péptica, retenção urinária,
hipertrofia prostática benigna, distúrbios convulsivos e vômitos.
Cuidados de Enfermagem
Instrua o paciente a tomar a medicação conforme recomendado e não interromper o
tratamento sem o conhecimento do medico, ainda que melhore
O uso das medicação não deve ser suspenso subitamente ou sem o conhecimento do
medico ,informe ao paciente os sintomas relacionados a suspensão súbita do seu uso. Quando
necessário a dose deve ser aumentada gradualmente para diminuir o risco de reação adversa.
2.6 - Haldol
Haloperidol é um derivado da butirofenona com efeitos similares aos das
fenotiazinas derivados da piperazina. Produz um bloqueio seletivo sobre o SNC por bloqueio
competitivo dos receptores dopaminérgicos pós-sinápticos, no sistema dopaminérgico
mesolímbico, e um aumento do intercâmbio de dopaminas no nível cerebral para produzir a
ação antipsicótica.
O decanoato, que é a forma de ação prolongada, atua como pró-fármaco, liberando
de forma lenta e estável haloperidol do veículo. O bloqueio dos receptores de dopamina
provoca reações motoras extrapiramidais, diminui a liberação do hormônio de crescimento e
aumenta a liberação de prolactina pela hipófise.
Também existe certo bloqueio dos receptores alfa-adrenérgicos do sistema
autônomo. Absorve-se por via oral em 70%; seu metabolismo, que é extenso, realiza-se no
11
fígado; une-se às proteínas em 90% ou mais. Aproximadamente 40% de 1 dose oral única
excretam-se pela urina em 5 dias, dos quais 1% é fármaco inalterado. Os 15% da dose oral
excretam-se nas fezes por eliminação biliar.
Indicações
Tratamento de distúrbios psicóticos agudos e crônicos que incluem esquizofrenia, estados
maníacos e psicose induzida por fármacos (psicose esteróidea). Pacientes agressivos e agitados.
Em esquizofrenia crônica, é indicado o decanoato de haloperidol. Tratamento de problemas
graves de comportamento. Síndrome de Gilles de La Tourette.
Reações adversas
As crianças são muito sensíveis aos efeitos extrapiramidais. Os pacientes geriátricos
ou debilitados são mais propensos ao desenvolvimento de efeitos extrapiramidais adversos e de
hipotensão ortostática. Requerem atenção médica: disartria, instabilidade, rigidez de braços ou
pernas, tremor e agitação de dedos e mãos, disfagia, movimentos de torção do corpo.
São de incidência mais rara: movimentos de mastigação, cansaço ou debilidade não
habituais, tonturas, alucinações, erupção cutânea, aumento de sudorese. Sinais de
superdosagem: dificuldade para respirar, tonturas, sonolência grave ou estado comatoso,
tremores musculares, espasmos, rigidez ou movimentos descontrolados ou graves.
Precauções
Evitar a ingestão de bebidas alcóolicas ou de outros depressores do SNC durante o
tratamento. Ter precaução se provocar sonolência durante a realização de exercícios. Podem
aparecer secura na boca (efeito antimuscarínico) e possível fotossensibilidade da pele. Não é
recomendável sua utilização em crianças menores de 3 anos. Os pacientes geriátricos são mais
propensos à discinesia tardia e parkinsonismo.
12
Os efeitos leucopênicos e trombocitopênicos do haloperidol podem provocar um
aumento na incidência de infecção microbiana, retardamento na cicatrização e gengivas
sangrentas.
Interações
A ação do álcool é potenciada e pode ser produzida hipotensão grave. Diminui os
efeitos estimulantes das anfetaminas e reduz os efeitos antipsicóticos do haloperidol. Pode
aumentar ou diminuir a atividade anticoagulante de derivados cumarínicos ou da indandiona.
O haloperidol intensifica os efeitos antimuscarínicos da atropina e compostos
relacionados. Aumenta as concentrações séricas de prolactina ao indicar-se simultaneamente
com bromocriptina. Potencia a ação de depressores do SNC. Diminui os efeitos hipotensores da
guanetidina e os efeitos terapêuticos da levodopa. Pode provocar efeitos mentais não desejados
(desorientação) usando-se simultaneamente com metildopa.
Contra-indicações
Depressão do SNC, grave ou tóxica (induzida por fármacos). Mal de Parkinson. A
relação risco-benefício será avaliada em alcoolismo ativo, alergias, epilepsia, disfunção hepática
ou renal, hipertireoidismo ou tireotoxicose, glaucoma e retenção urinária.
Cuidados de Enfermagem
A medicação deve ser administrada conforme o recomendado e o tratamento não deve
ser interrompido, sem o conhecimento do medico, ainda que o paciente alcance melhora, as
dose esquecidas devem ser administradas tão logo possível , enquanto as demais devem ser
13
divididas uniformemente durante eo restante do dia. Podem ser necessárias varias semanas de
terapia até a obtenção dos efeitos desejados.
O uso da ,medicação não deve ser suspensa subitamente ou sem o conhecimento do
medico
Informe ao paciente os sintomas relacionados a suspensão súbita do seu uso. Quando
necessário a dose deve ser aumentada gradualmente para diminuir o risco de reação adversa.
III - Histórico
Paciente morou no Paraná com os pais e 10 irmão quando criança .Perdeu o pai aos 15
anos, começou a trabalhar em um hotel fazenda onde teve sua primeira crise nervosa. Casou –se
aos 18 anos e mudou para São Carlos,relata que não gosta do lugar, marido é caminhoneiro e
fica pouco tempo em casa, tem três filhos sendo que o filho do meio morreu afogado aos 15
anos e o mais novo (hoje com 23 anos) está preso por trafico de drogas e assalto, não relatou
nada sobro e filho mais velho.Informou que fazia acompanhamento no CAPS.
Ficou internada em Itirapina (sic) devido a depressão.
Sua primeira internação na casa caibar se deu no dia 03/06/1998 com diagnostico
provisório de CID F 23.3 Psicose. Segundo consta no prontuário paciente chegou na unidade
acompanhada pelo irmão o qual informou que paciente havia no dia anterior a internação saído
correndo da igreja , começou a ficar agitada, falar coisas do passado, apresentando-se
logorreica, inquieta, angustiada, verbalizando acelerado, incoerente, dissociativa , desorientada,
com critica rebaixada dizendo ter visto um amigo no hospital, onde permaneceu internada até
29/06/1998.
14
2ª internação ocorreu no dia 16/07/1998, devido relatar ouvir vozes de comendo,
machucava-se com freqüência, nos momentos que estava melhor tinha mania de
limpeza,permaneceu internada até 27/07/1998.Desde então ocorreram varias outras internações.
No dia 24/03/2008 internou com CID 31.5 (transtorno afetivo bipolar , episodio atual
depressivo com sintomas psicóticos).
Exame Físico: 30/04/2008
Paciente encontrada no refeitório, encaminhada ao quarto após ter aceitado lanche
oferecido. Apresentava-se com vestimentas adequadas para o ambiente, comunicando-se
verbalmente de forma clara coerente,porém logorreica, ansiosa relatando querer ir para a
terapia. Aferido sinais vitais: sendo pulso radial direito rítmico, fraco, temperatura axilar direita:
36, 2º C, FR:18 mpm, superficial, PA:100 X 80 mmHg em artéria braquial esquerda.
Ao exame físico apresentava couro cabeludo limpo, intrego, ausência de pediculose,
cabelos curtos e limpos. Sobrancelhas simétricas com boa distribuição de pelos, abertura ocular
espontânea, esclerótica branca, conjuntiva ocular hidratada, acuidade visual preservada. Nariz
normoplantado, lábios ressequidos, mucosa oral integra, dentição preservada. Pavilhão auditivo
normoplantado, higiene satisfatória, acuidade auditiva preservada.Membros superiores com
pele integra, unhas curtas e limpas.Ansiosa relata querer ir logo para a terapia, aceitou a
medicação oferecida, refere ter um sono tranqüilo , ter aceitado bem a alimentação, diurese e
evacuação espontânea com características normais (sic), a partir da morte do filho passou a
deixar os afazeres domésticos de lado, perdeu o emprego pois não tinha mais vontade de faze
mais nada, passou a ouvir vozes que falam que a culpa do filho ter morrido era dela, então
tentou varias vezes o suicido, ingerindo comprimidos, batendo com objetos em sua cabeça,
ingerindo veneno para ratos, tentou esfaquear o marido e resolveu então se internar. E que tem
15
um filho preso por trafico de drogas e roubo e que a culpa é o marido dela em seguida deixa a
unidade para ir para a terapia.
IV- Patologia CID 31.5
Transtorno Afetivo Bipolar, Episódio Atual Depressivo Grave Com Sintomas
Psicóticos
4.1 - Transtorno Afetivo Bipolar
Transtorno continuo do humor com episódios recorrentes. Apresenta-se em geral por
ciclos, com fase de mania e depressão, alternadamente, separados por estados de eutimia
(normalidade).
Prevalência de 1,2 a 1,6 % da população geral, atingindo no Brasil cerca de 2 milhões
de pessoas. Mais comum entre 10 e 30 anos de idade.
Tipos
Aceita-se a divisão do transtorno afetivo bipolar em dois tipos: o tipo I e o tipo II. O
tipo I é a forma clássica em que o paciente apresenta os episódios de mania alternados com os
depressivos. As fases maníacas não precisam necessariamente ser seguidas por fases
depressivas, nem as depressivas por maníacas. Na prática observa-se muito mais uma tendência
dos pacientes a fazerem várias crises de um tipo e poucas do outro, há pacientes bipolares que
nunca fizeram fases depressivas e há deprimidos que só tiveram uma fase maníaca enquanto as
depressivas foram numerosas. O tipo II caracteriza-se por não apresentar episódios de mania,
mas de hipomania com depressão.
16
Fatores de Risco
Constelação familiar
Ciclotimia
Fatores psicossociais ou eco ambientais
Uso de drogas incluindo bebidas alcoólicas
Causas
Desconhecidas
O papel da genética é evidente
Alterações neuroquímicas são mais que prováveis
O risco para parente de primeiro grau de pacientes é de 7 vezes , ao passo que a
depressão unipolar é de 3 vezes. Os estudo com gêmeos nomo e dizigoticos estimam
herdabilidade em 75%, o que coloca os fatores ambientais em segundo plano, apenas aditivos
para a manifestação do transtorno afetivo bipolar.
Sinais e sintomas
Depressão, mania, hipomania
Quadros mistos
Fase depressiva (depressão bipolar); não difere da depressão unipolar, exceto pelo fato
de serem comuns as chamadas depressões atípicas, com piora vespertina , alguma reatividade
do humor e hipersonia.
17
Mania; inicio abrupto ou insidioso. Caracteriza-se por elevação do tônus energético que
perdura por dias, semanas ou meses.
Os pacientes tendem a falar muito, alto e rápido, com incapacidade ou grande
dificuldade para interromper o fluxo verbal. O discurso sofre alteração freqüentemente, saltando
rapidamente de um tema para outro , ao sabor da associações semânticas ou fonéticas ou
deslizantes pelos objetos que fazem parte do cenário da entrevista. O pensamento pode mostra-
se carente de sentimento e até incongruente.
Predomínio da impulsividade.
Alegria pode resvalar para hostilidade ou irritabilidade em frações de segundo.
A capacidade de concentração reduz, com fácil distraibilidade.
Idéias de grandiosidade e dominação são freqüentes.
Auto critica reduzida ou nula.
Os pacientes tende a passar rapidamente de uma tarefa para outra, de tal forma que nem
mesmo as tarefa mais simples e básicas como alimentar-se são completadas.
A necessidade de dormir se reduz, alterando o padrão de sono ( aqueles que antes
dormiam 7 a 8 horas por dia passam a se contentar com apenas 2 a 3 horas de sono).
Maior interesse sexual, acompanhado por aumento do n8umero de intercursos e muitas
vezes com conduta inadequada.
Gastos excessivos em compras desnecessárias ou impróprias , vendas de bens abaixo do
valor ou mesmo doações inexplicáveis. Atitudes que implicam risco são comuns.
Há pacientes nos quais a excitação psicomotora atinge tal magnitude que eles se tornam
incontroláveis, havendo necessidade de internação
.
18
Idéias de poder, antes apenas supervalorizadas, atingem graus de delírios de grandeza
por vezes acompanhados de pseudo-alucinação ou alucinações (mania com sintomas psicóticos)
.
Em 40 a 60 % dos casos, nas primeiras décadas de evolução da doença, a um quadro de
mania segue-se um período de normalidade plena (eutimia), apos o que sobrevém a depressão
ou novo ciclo maníaco. Cerca de 20% podem tornar-se cicladores rápidos, não apresentando
eutimia intercritica ou tendo –a muito fugazmente. Podem apresentar quatro ou mais ciclos ao
ano quando não tratados ou se medicados inadequadamente.
Hipomania
A hipomania é um estado semelhante à mania, em grau mais leve, que aparece em
pacientes com TAB, no início dos episódios de mania ou, se não for no TAB, no Transtorno
Ciclotímico da Personalidade. Observa-se mudança no humor habitual para euforia ou
irritabilidade, reconhecida pelas pessoas mais íntimas do paciente.
Há também na hipomania, hiperatividade, tagarelice, diminuição da necessidade de
sono, aumento da sociabilidade, atividade física, iniciativa, atividades prazerosas, libido e sexo,
e impaciência. A hipomania não se apresenta com sintomas psicóticos, não precisa de
internação e o prejuízo ao paciente não é tão intenso quanto no episódio de mania.
Mas a hipomania pode ou não ter fatores desencadeantes, sejam positivos ou negativos.
Se esses pacientes não forem tratados, podem apresentar ausência do juízo crítico e
proporcionar para si ou para seus familiares, severos prejuízos morais e materiais.Incidência
Em nosso meio, segundo dados do Sistema Único de Saúde de São Paulo, mais de 10 mil
internações por ano são devidas ao TAB, predominantemente entre as mulheres, pois, em
homens, prevalecem os diagnósticos de alcoolismo e esquizofrenia.
19
Nos estados mistos coexistem sintomas depressivos, as vezes intensos, concorrendo com
idéias de ruínas, desesperança e morte, simultaneamente com sintomas maníacos, como
agitação, pensamento e fala rápido e distraibilidade.
Comprovação Diagnóstica
Dados clínicos
Complicações
Desagregação sócio familiar
Suicídio
Abuso de drogas
Ciclagem rápida
Evolução e Prognostico
Doença crônica recorrente com tendência a encurtamento dos períodos de eutimia e
prevalência maior das fases depressivas nas ultimas décadas da vida.
Prevenção
Prevenção de ciclos com uso adequado de estabilizadores do humor.
Tratamento
20
O lítio é a medicação de primeira escolha, mas não é necessariamente a melhor para
todos os casos. Freqüentemente é necessário acrescentar os anticonvulsivantes como o tegretol,
o trileptal, o depakene, o depakote, o topamax.
Nas fases mais intensas de mania pode se usar de forma temporária os
antipsicóticos. Quando há sintomas psicóticos é quase obrigatório o uso de antipsicóticos. Nas
depressões resistentes pode-se usar com muita cautela antidepressivos. Há pesquisadores que
condenam o uso de antidepressivo para qualquer circunstância nos pacientes bipolares em fase
depressiva, por causa do risco da chamada "virada maníaca", que consiste na passagem da
depressão diretamente para a exaltação num curto espaço de tempo.
O tratamento com lítio ou algum anticonvulsivante deve ser definitivo, ou seja, está
recomendado o uso permanente dessas medicações mesmo quando o paciente está
completamente saudável, mesmo depois de anos sem ter problemas. Esta indicação se baseia no
fato de que tanto o lítio como os anticonvulsivantes podem prevenir uma fase maníaca
poupando assim o paciente de maiores problemas. Infelizmente o uso contínuo não garante ao
paciente que ele não terá recaídas, apenas diminui as chances disso acontecer.
Pacientes hipertensos sem boa resposta ao tratamento de primeira linha podem ainda
contar com o verapramil, uma medicação muito usada na cardiologia para controle da
hipertensão arterial que apresenta efeito anti-maníaco. A grande desvantagem do verapamil é
ser incompatível com o uso simultâneo do lítio, além da hipotensão que induz nos pacientes
normotensos
4.2 - Depressão
21
Transtorno caracterizado por sintomas de humor deprimido ( o que é diferente de
tristeza comum), além de perda lenta e sistemática do prazer e satisfação coma vida.
Acomete em torno de 8 a 12 % ( do ponto de vista Epidemiológico) e 15 a 25 % (em
amostras clinicas) da população adulta, com 80 % de recorrências. Cerca de 10% dos pacientes
em primeiro atendimento mostram sinais depressivos. Inicia-se geralmente entre 20 e 40 anos;
mais freqüente em mulheres.
Causas
Resultam da interação de fatores biológicos, psicossociais e genéticos, com alteração
dos receptores de serotonina, norepinefrina, dopamina e acetilcolina.podem ter relevância
também os neurotransmissores de GABA e os peptídeos neuroativos (vasopressina e opiáceos
endócrinos).
Fatores de risco
Pacientes em primeiro grau de pessoas com depressão maior
Eventos estressantes podem anteceder os primeiros episódios de transtorno de humor
depressivo, incluindo doenças físicas
Culpas, abandonos, sensação de fracasso, inutilidade, desamparo, impotência podem
redundar em colapso de auto-estima.
Separação conjugal, morte ou doença crônica na família, migração, lesão corporal,
isolamento , estresse crônico de qualquer natureza.
Sinais e sintomas
22
Provável existência de depressão) episodio ou recorrência ) quando se observa pelo
menos 1 dos dois primeiros sintomas, ou ambos, e pelo menos quatro dos sintomas adiante
relacionados, por um período mínimo de duas semanas.
Humor deprimido
Adenonia; perda do interesse e do prazer por coisas ou atividades que a pessoa
apreciava
Fadiga , cansaço desproporcional aos esforços realizados
Energia reduzida com atividade diminuída
Redução ou perda do libido
Alteração do apetite(diminuição ou aumento)
Distúrbio do sono (insônia ou hipersonia)
Lentidão psicomotora ou agitação (inquietação ou retraimento0
Auto imagem desvalorização (auto reprovação0
Desesperança em relação ao futuro
Idéias de culpa desproporcionais aos fatos de sua vida
Dificuldade de se concentrar, sensação de memória deficiente, incapacidade de tomar
decisões
Ideação suicida ( em algumas situações o paciente inicia processo de melhora dos sinais
e passa a ter energia suficiente para cometer suicídio)
Dores generalizadas, cefaléia, mal estar
Depressões psicóticas ( até 15 % dos quadros depressivos com alucinação e delírios). Os
delírios são geralmente congruentes com o humor e com a personalidade do paciente, estando
ligados a interpretações do cotidiano , com culpa e punição intensas por defeitos mínimos, ruína
financeira, do corpo ou mesmo do espírito
23
Fenômenos não congruentes com o humor (temas de perseguição e de estar sendo
controlado) indica pior prognostico
As alucinações são geralmente transitórias e pouco elaboradas, também coerentes com o
humor- xingamento demoníacos, vozes que julgam e condenam o paciente.
Diagnostico
Dados clínicos
Entrevista especificas podem ser necessárias para confirmação diagnostica
Complicações
Severa incapacitação sócioprofissional
Rebaixamento de status financeiro e social
Em torno de 15% dos pacientes se suicidam
Evolução
Em geral evolução longa, crônica, com recaídas
Graves problemas em relação a qualidade de vida, quando os pacientes são tratados
inadequadamente
Um primeiro episódio tende a alterar a biologia cerebral, predispondo a novos episódios.
Muitos pacientes não se recuperam totalmente, desenvolvendo sintomas residuais
24
Indicadores de bom prognostico
Episódios leves sem sintomas psicóticos, família estáveis e colaboradoras, bom
funcionamento social do paciente em anos anteriores, ausência de outros transtornos
psiquiátricos, inicio em fase avançada da vida
Indicadores de mau prognostico
Co-morbidades, inclusive distimia, abuso de álcool e outra substancias , necessidade de
hospitalização
Depressão resistente deve ter atenção especifica com relação ao uso concomitante de
vários psicofármacos, inclusive com monitorização de seus níveis séricos
Regras básicas para uso de antidepressivos
Melhora dos sintomas nos primeiros 30 dias ocorre em 60 a 70 % dos pacientes.
Insucesso pode star associado a doses insuficientes
Período de 6 a 8 semanas é necessário para obtenção de resposta significativa em casos
de depressão maior
Escolha do medicamento deve ser de acordo com a intensidade dos sintomas, idade,
gravidez, presença de sintomas psicóticos, custo, uso concomitante com outras drogas
Ansiolíticos podem ser necessário, tendo em conta o prazo de latência dos
antidepressivos, com preferência pelos ansiolíticos de alta potencia em doses e duração
adequada (em torno de 20 a 30 dias)
A interrupção deve ser gradativa, já que os sintomas de descontinuação podem ocorrer
de 1 a 20 dias após. Os mesmos sintomas podem urgir quando o paciente não toma o
medicamento por 1 ou 2 dias
25
Por falta de adesão, redução da dose, tolerância farmacológica, acumulo de metabolitos ,
perda da eficiência , mudança na evolução ( cicladores rápidos) pode haver perda da eficácia do
medicamento. Nesse caso pode-se reduzir ou aumentar a dose, potencializarão com
estabilizador de humor, ou mudança para outra classe de antidepressivo
Tempo de tratamento não deve ser inferior a 8 meses no primeiro episodio. Pode ser
necessário prolongá-lo por 2 a 5 anos em casos de recorrência . A dose eficaz deve ser mantida
durante o tratamento. Retirada deve ser gradual em torno de 20 a 40 dias, para evitar efeitos de
abstinência
Paciente com idealização suicida, em inicio de tratamento deve ser encaminhado para
eletroconvulsoterapia
Escolha do tratamento deve ser de acordo com a gravidade dos sintomas:
Leve: psicoterapia – não havendo resposta usar inibidor seletivo de serotonina
( fluoxetina, sertralina)
Moderado: psicoterapia, inibidores seletivos ou tricíclicos
Severos: Inibidores seletivos, tricíclicos, eletroconvulsoterapia
4.3 - Episodio Depressivo Grave com Sintomas Psicóticos
Episódio depressivo correspondente á descrição de um episódio depressivo grave, mas
acompanhado de alucinações, idéias delirantes, de uma lentidão psicomotora ou de estupor de
uma gravidade tal que todas as atividades sociais normais tornam-se impossíveis; pode existir o
26
risco de morrer por suicídio, de desidratação ou de desnutrição. As alucinações e os delírios
podem não corresponder ao caráter dominante do distúrbio afetivo.
Episódios isolados de:
Depressão maior com sintomas psicóticos
Psicose depressiva
V - Diagnostico de enfermagem
Ansiedade relacionado a mudança no ambiente, no estado de saúde, estresse
,manifestado por agitação, inquietação e nervosismo
Baixo auto estima crônica, manifestado por expressão de culpa
Controle ineficaz do regime terapêutico relacionado a complexidade do regime
terapêutico, manifestado por fracasso na inclusão dos regimes de tratamento nas rotinas diárias
Angustia relacionada a mudança no estilo de vida, manifestado por expressão de culpa e
desesperança.
Tristeza crônica relacionada a morte de uma pessoa amada (filho), manifestado por
expressar de sentimento de tristeza.
Síndrome de estresse por mudança relacionada a saúde psicossocial prejudicada,
manifestada por ansiedade, isolamento, perda da auto-estima, preocupação e retraimento.
Risco de automutilação, relacionado a perturbação emocional, estado psicótico.
Risco para comunicação verbal prejudicada, relacionada a efeitos colaterais de
medicamentos, condições emocionais.
Risco para suicídio relacionado a verbalização de tentativas anteriores.
Risco de constipação relacionado a ingestão de anticonvulsivantes, antidepressivos
27
Risco de dignidade humana comprometida, relacionado a tratamento desumano
percebido, humilhação percebida
VI - Cuidados de enfermagem
Orientar o paciente a mudar a estilo de vida
Estimular atividades em grupo
Manter ambiente seguro e tranqüilo
Estimular autonomia do paciente
Administrar medicamentos prescritos no horário correto
Verificar sinais vitais antes de depois da administração de medicamentos
Atentar para sintomas extrapiramidais
Estimular ingestão hídrica
Observar comportamento de risco
Manter boa relação com paciente
Motivar a família a participar ativamente dos cuidados com o paciente
Informar a família sobre a doença, fases, complicações, tratamento
VII - Referencias
Dicionário de Administração de Medicamentos na Enfermagem:2007/2008. - 5ª Ed.-
Rio de janeiro:EPUB, 2006
28
Diagnostico de Enfermagem da NANDA : definições e classificações 2007-
2008/North American Nursing Diagnosis Association ; tradução Regina Machado Garcez. –
Porto Alegre : Artmed, 2008
PORTO. C. C. Vandemecum Clinica Médica.Vol.2/ de L a Z; Rio de Janeiro Editora;
Guanabara Koogan, 2007
BENAZZI. F. Transtorno afetivo Bipolar. Disponível em
WWW.psicosite.com.br/tra/hum/bipolar.htm., acessado em 08/05/2008
Transtorno afetivo Bipolar .Disponível em
WWW.datasus.gov.br/cid10/webhelp/f31.htm, acessado em 08/05/2008
29