estudo de caso dona fulana confeitaria

Estudo de CasoDona Fulana Confeitaria

Acadêmicos: Augusto Souza Lemos

Leonardo Henrique Paz

Rafael Joaquim Alves

Tiago Caldeira

Vinícius Matzenbacher Rodrigues

Descrição da Empresa

- A Dona Fulana Confeitaria é uma confeitaria especializada na confecção de doces diferenciados, mas que também oferece produtos como cafés, milk shakes, sanduiches gourmet e produtos sazonais tais quais panetones e ovos de pascoa gourmet. A confeitaria também faz doces e bolos para eventos festivos.

Produtos

- A empresa foi fundada em em 1 de agosto de 2012 pelo confeiteiro Thiago Ribeiro, formado no curso de confeitaria e panificação no IFSC, onde inicialmente compartilhava um espaço com a mercearia de seu pai no centro de Florianópolis e trabalhava somente com produtos sob encomenda (tortas, panetones e ovos de pascoa).

- Houve uma demanda crescente ao decorrer dos anos de seus produtos e em 1 de fevereiro de 2015 adquiriu local próprio no bairro Coqueiros em Florianópolis.



- Devido aos produtos de qualidade e inovadores junto com a alta divulgação nas redes sociais que chega a ter milhares de seguidores, hoje, sua confeitaria chega a ter filas de espera quase que diariamente e grandes filas nos finais de semana.

- Graças ao sucesso, o dono da empresa fundou recentemente o Dona Beltrana Milk Shakes, que é um food truck de venda de milk shakes sem local fixo (cada dia em uma determinada localização anunciada previamente nas redes sociais).

Formulação do processo da estratégia de logística

Dornier et al (2013) define Modelo Estratégico como uma maneira de a empresa lidar com novos desafios. O modelo sugerido apresenta seis passos:

1- Definição da missão e objetivos da empresa

4- Escolha da estrutura para uma estratégia e operação logística

2- Desenvolvimento das estratégias de marketing

5- Decisões infra-estruturais

3- Definição das prioridades competitivas Desenvolvimento de estratégias finaneiras


1- Definição da missão e objetivos da empresa

Parte dos primórdios da idealização da empresa e inclui uma descrição ampla dos produtos, mercados, cobertura geográfica e atividades da empresa.


2- Desenvolvimento das estratégias de marketing

Requer cuidadosa análise de mercado, estratégia de produtos, definição de preços e inovação. Pode ser simplificado por um complexo mercadológico:

Preço Promoção

Produto Praça


3- Definição das prioridades competitivas

Estudo das formas pelas quais os produtos competirão mercado. Serão definidos os critérios ganhadores e qualificadores.

Qualidade Custo

Flexibilidade Serviço


4- Escolha da estrutura para uma estratégia de operações e logística

Decisões referentes às redes de instalações, que são de longo prazo e de natureza irreversível; à tecnologia do processo de logística; e à integração vertical.


5- Decisões infra-estruturais

Referentes à força de trabalho, controle de operações, controle da distribuição, qualidade, política de transporte, política de serviço ao cliente, organização e fornecimento.


6- Desenvolvimento de estratégias financeiras

Decisões relacionadas a orçamento de capital, aquisições, financiamentos, capital de giro, entre outros.

Comparação da Realidade da Empresa com a Teoria

1 - Concepção do produto

O processo de concepção dos produtos parte de sua idealização pelo dono e diretor executivo da organização.

● Busca-se qualidade nos quesitos sabor, inovação e estética do produto.● Faz-se testes para saber o nível de aceitação do produto pelos consumidores.● Após isso, caso seja necessário, faz-se alterações no sabor ou estética.● Uma vez que o produto é aprovado, busca-se um nome original, e finalmente

ele é incluso na linha de produção e no cardápio da empresa.


2 - Marketing

Este é um dos pontos mais fortes da empresa. A divulgação dos produtos nas redes sociais (instagram, facebook) tem alcançado milhares de seguidores e é com certeza o principal meio de divulgacao dos produtos.

Como o próprio dono afirmou: "Tudo tem a ver com o visual. O cliente vê a foto do produto, vê que parece bom e é bonito e vem até aqui para provar."

Quando um produto é divulgado na rede social, esse é geralmente o produto mais vendido no dia da divulgação.


3 - Prioridades Competitivas

O diferencial da empresa está no uso de insumos de qualidade e na criatividade para a concepção dos produtos.

O elemento visual é um grande atrativo. Caso algum produto tenha um baixo número de vendas, explora-se o que pode ser mudado visualmente nele.

A empresa têm como critérios ganhadores a qualidade e flexibilidade dos produtos.


4 - Aspectos Estruturais

As estruturas da empresa são:

● Uma loja aberta ao público em Coqueiros, Florianópolis. Responsável pelo contato direto com o público.

● Uma unidade de produção em Barreiros, Florianópolis. Responsável pela produção dos produtos que necessitam de maior mão de obra.

● Um food truck que permite a loja levar alguns de seus produtos para outros locais da cidade e também do estado.

● Equipamentos (Forno, batedeiras, liquidificadores entre outros.).


5 - Aspectos Infraestruturais

Política de produção:

A empresa conta com duas localidades de operação, classificadas como subprodução e produção.

A parte da produção, em Barreiros, produz e fabrica produtos mais elaborados que demandam maior tempo e recursos, como tortas.

A parte da subprodução localiza-se no próprio espaço de vendas da loja. Aqui os produtos são finalizados e vendidos. Aqui também são feitos os produtos mais simples, como milk shakes e hambúrgueres.

A empresa conta com 24 funcionários no total, incluindo produção, subprodução e loja.


Política com fornecedores:

A empresa conta com fornecedores de embalagens, ovos, farinha de trigo,

leite, chocolate e outras matérias primas.

A política da empresa em relação aos fornecedores se baseia na

pontualidade e confiabilidade na entrega. Caso um fornecedor descumpra uma

encomenda, procura-se um novo. Assim criando uma estabilidade e segurança

no fluxo de fornecimento de insumos.


Controle de produção:

O controle da produção é feito conforme a estimativa de movimento. Um

mês que apresenta mais ou menos movimento na loja influencia a maneira

como a produção é feita.


6 - Aspecto Financeiro

Não existe um controle muito forte sobre as finanças. O controle é feito com o

uso do Excel e através da comparação entre contas a pagar e receber. No

entanto, esta parte está sendo aprimorada junto com o controle de estoque

com a implementação de um novo software.

Os detalhes mais específicos como os lucros líquido e bruto, bem como os

gastos foram mantidos privados pela empresa.

Análise Teórica - Gestão de Estoques

É essencial a qualquer organização que trabalhe com vendas possuir um

modelo de estoque que seja compatível com a sua realidade. Um modelo

adequado proporciona redução de custos e aumento na qualidade das

operações realizadas.

Análise Teórica - Gestão de Estoques

Abordou-se:

->Modelos de Estoque a serem Utilizados

->Análise da importância dos itens do estoque através do modelo ABC

Análise Teórica - Modelo de Estoque

Um modelo adequado proporciona redução de custos e aumento na qualidade das operações realizadas.

Váriáveis desejadas: o volume do pedido a ser feito e o melhor momento para realizá-lo

Análise Teórica - Quanto ao Tipo de Operação

Quanto ao tipo de operação:

Reativo: a decisão em relação a aquisição de estoques se da após a retirada dos produtos

Ativo: presença da variável tempo, de forma que a aquisição de estoque já é planejada com antecedência. Isso exige um grande conhecimento do lead time do processo.

Análise Teórica - Quanto a Quantidade de Reposição

Quanto a Quantidade de Reposição:

Lote Fixo: quantidade adquirida não varia. Logo, toda vez que se decide realizar uma nova compra, adquire-se uma mesma quantidade de produtos definida pela empresa.

Nível de Referência: quantidade a ser comprada varia dependendo da quantidade de produto em estoque a dim de alcançar o nível de referência.

Análise Teórica - Momento da Reposição

Quanto ao Momento de Reposição:

Revisão Periódica: níveis de estoque são feitas em intervalos de tempo fixo: dias, semanas, meses. A cada vez que a revisão é feita, compara-se o nível de estoque com o nível inferior desejado.

Revisão Contínua: monitora-se o estoque a cada retirada de forma que se o nível de estoque descer abaixo do nível inferior de referência, faz-se um novo pedido.

Modelo com ponto de Pedido e Lote Fixo - Revisão Contínua

Fonte: Adaptado de Biazzi (1994) apud Vaz(2005)

Modelo com ponto de Pedido e Nível de Referencia Superior - Revisão Contínua


Modelo com Revisão Periódica e Lote Fixo - Revisão Periódica


Modelo com Revisão Periódica e Nível de Referência Superior - Revisão Periódica


Comparação entre os modelos

Classificação ABC

Baseado na regra de Paretto, aproximadamente 20% das mercadorias(em quantidade) é responsável por 80% do valor estocado.

Proposição de Melhoria

Como sugerido por Bertaglia(2009) o ponto inicial para a melhora do

funcionamento do estoque é definir uma política de estoque e mantê-la até a

aperfeiçoar a prática.


Modelos de revisão periódica

-Estoque não é tão grande.

-Determinar período de revisão com base na experiência.


Produtos para produção:


Modelo de revisão periódica com lote fixo:

-Aspecto econômico.

-Modelo simples que facilite o planejamento.

-Reduzir estoques dos produtos do Tipo A.


Produtos para consumo:


Modelo de revisão periódica com limite superior:

-Inovação constante limita conhecimento sobre demanda.

-Envelhecimento do produto.

Referências

[1] BERTAGLIA, P. R. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2009.[2] BIAZZI, L.F. Política de reposição de estoques de materiais auxiliares à produção, Trabalho de Formatura, EPUSP, 1994.[3] DORNIER, P. et al. Logística e operações globais: evolução e projetos. São Paulo. Atlas. 2013.[4] GREINER, L. E. Evolution and revolution as organizations grow. Harvard Business Review, 76, 3, 55-68, 1998.[5] VAZ, J.P.P. Desenvolvimento de um sistema de controle de estoques para uma panificadora, Trabalho de Formatura, EPUSP, 2005.

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