estudo da regeneraÇÃo da floresta amazÔnica apÓs queimadas realizadas sob diferentes condiÇÕes...

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ESTUDO DA REGENERAÇÃO DA FLORESTA AMAZÔNICA APÓS QUEIMADAS REALIZADAS SOB DIFERENTES CONDIÇÕES DA BIOMASSA DE CURA E DISPOSIÇÃO DAS ÁREAS DE TESTE Introdução Objetivos O principal objetivo desse trabalho foi analisar a estrutura da floresta secundária, observando a taxa de regeneração e de recomposição florestal, de áreas que foram submetidas ao processo de corte da floresta primária, nos anos de 1997 e 1998, as quais foram inventariadas após oito anos de regeneração, na região de Alta Floresta – MT, Figura 1. Para se alcançar o objetivo principal foram realizadas as seguintes ações: inventário florestal, levantamento da composição florística, estimativa da densidade absoluta e relativa, estimativa da freqüência absoluta e relativa, estimativa da dominância absoluta e relativa entre os indivíduos florestais, caracterização da estrutura florística do povoamento florestal, analisando o índice de valor de importância e a quantificação da biomassa fresca. Resultados e Discussão Fig. 3 : Disposição das Unidades Amostrais. Em cada área de 1 hectare foram alocadas nove unidades amostrais quadradas de 20m x 20m, localizadas conforme mostra a Figura 3, com uma distância de 10 m entre elas. Em cada unidade amostral, todos os indivíduos com DAP 5 cm foram mensurados e identificados com os nomes comuns e fixadas plaquetas de alumínio numeradas, conforme ilustrado na Figura 4. Conclusão Referências Bibliográficas Fig.1: Localização de Alta Floresta no Arco do Desflorestamento. Fonte: IBAMA. Fig.2: Disposição das áreas de pesquisa na Fazenda Caiabí, município de Alta Floresta-MT. Materiais e Métodos Especificação das Unidades Amostrais: Os estudos de rebrota ou regeneração natural foram realizados até momento em quatro áreas, designadas aqui por A, B, C e D, contendo um hectare cada uma, conforme mostradas na Figura 2. A regeneração nas áreas E, F, G e H, ainda serão objeto de análise. A utilização do fogo como método de desmatamento, segundo Richards (1981), prática amplamente utilizada na região Amazônica, pode alterar a composição florística das espécies pioneiras, através da redução do número de brotações por sementes ou vegetativas. Esta alteração florística pode também ocorrer em áreas colonizadas com comunidades de plantas antropogênicas, como pastagens ou culturas, principalmente devido à redução do banco de sementes do solo e da capacidade de raízes e troncos em rebrotar, aliada à perda de nutrientes, elevação da acidez e compactação do solo. Quando há redução da capacidade de rebrota de raízes e troncos, a sucessão ocorre necessariamente, através da dispersão de sementes, condicionando a ocorrência de estágios avançados à proximidade de áreas climáxicas que possam provê-las (Whitmore, 1998). Espécies Arbóreas 48 30 28 31 0 10 20 30 40 50 60 A_2005 B_2005 C _2006 D _2006 Á reas N ºEspécies Fig. 5: Quantidade de Indivíduos Arbóreos nas áreas A, B, C e D. Fig. 6: Número de Espécies Arbóreas encontradas nas áreas A, B, C e D. Índice de V alor de Im portância m aior que 5% _Á rea A _2005 7,25 57,55 71,91 10,63 5,15 19,07 5,16 6,4 13,97 6 16,39 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Espécies IVI(% ) Índice de V alor de Im portância m aior que 5% _Á rea B_2005 6,26 152,7 9,78 15,12 5,59 7,1 11,34 6,61 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 Espécies IVI(% ) Fig. 7: Taxa de regeneração e recomposição por espécies na área A. Fig. 8: Taxa de regeneração e recomposição por espécies na área B. Fig. 9 – Taxa de regeneração e recomposição por espécies na área C. Fig . 10: Taxa de regeneração e recomposição por espécies na área D. Fig. 11 – Biomassa Primária e Secundária nas áreas A, B, C e D, equivalente a um hectare, em cada área e, percentual correspondente ao estágio primário. • De acordo com os dados apresentados infere-se que a estrutura da floresta secundária pode ocorrer de maneira diferenciada, ou seja, indivíduos de mesma espécie, podem apresentar índices de valor de importância diferentes, em áreas diferentes. • A taxa de regeneração observada em A, B e C são proporcionais considerando os indivíduos arbóreos que se apresentaram com IVI acima de 5%. Todavia, a taxa de regeneração em D foi diferenciada, considerando a projeção da espécie Carvoeiro cuja densidade de biomassa é maior em relação a Embaúba. • Os números apresentados com relação a reconstituição de biomassa estimada, em um período de oito anos nas áreas de estudos, indicam que a região possui uma forte tendência em se auto regenerar. 675 1875 753 2091 812 1514 382 1061 0 500 1000 1500 2000 2500 N ºInd. A rbóreos A_2005 B_2005 C _2006 D _2006 Áreas Q uantidade de Indivíduos Arbóreos em 9 U nidades Am ostrais e em 1 hectare. U nidades Am ostrais Área de 1 hectare Índice de Valorde Im portância m aiorque 5 % _Área C_2006 7.55 98.84 12.59 6.09 11.82 0 20 40 60 80 100 120 Araticum Em baúba Ingá Laranjinha M orcegueira Espécies IVI(% ) Índice de Valorde Im portância m aiorque 5% _Área D_2006 39.01 6.02 0 10 20 30 40 50 C arvoeiro Pata de Vaca Espécies IVI(% ) Estimativa de Biomassa: A biomassa fresca reconstituída no estágio de regeneração, período de oito anos, foi de 22,64% na área A; 39,95% em B; 55,48% em C e 19,70% na área D, conforme pode ser observado na Figura 11. 589,11 133,39 600,46 239,86 618,39 343,08 514,06 101,3 0 100 200 300 400 500 600 700 Ton/ha 22,64% A _2005 39,95% B _2005 55,48% C _2006 19,70% D _2006 Á reas E stim ativa de B iom assa Biom assa P rim ária Biom assa S ecundária Composição florística: A composição florística é uma das características evidentes na estrutura da comunidade, a qual pode ser analisada, para efeito de estudo fitossociológico, através da interpretação de tabelas que contemplem o nome comum, o nome científico e a família das espécies que ocorrem no ecossistema florestal em estudo. As Figuras 5 e 6, mostram a quantidade de indivíduos inventariados com DAP ≥ 5, e o número de espécies encontradas nas áreas de estudos. Estimativa dos parâmetros da estrutura horizontal: Os métodos de análise estrutural têm sido abordados por diversos autores, que discutem a estrutura baseada em características fisionômicas estruturais da vegetação e características de habitat (Montoya Maquim, 1966). Entretanto, outros autores desenvolveram a técnica de análise estrutural baseada em elementos quantitativos, como abundância ou densidade, dominância, freqüência e índice de valor de importância. Para esse estudo foi abordada a técnica de análise estrutural baseado em elementos quantitativos. Esses resultados são mostrados nas Figuras 7 a 10. Fig. 4: Procedimento para levantamento do DAP. Agradecimentos Richards, P.W. 1981. The Tropical Rain Forest. An ecological study. 8. ed., Edinburgh, Cambridge University Press. 450p. Whitmore, T.C. 1998. An introdução to tropical rain forest. Osford University Press., 282p. As pesquisas foram desenvolvidos na Fazenda Caiabí, situada aproximadamente 28 km a oeste do município de Alta Floresta, e este a 800 km ao norte de Cuiabá, MT. A Fazenda Caiabí está coberta por floresta tropical típica de transição (Malheiros, 2000). De acordo com Loureiro et al. (1980), as espécies madeireiras mais exploradas na região são: Angelim, Jatobá, Canela-amarela, Ipê-roxo, Cedro, Cedrinho e Pinho Cuiabano. Malheiros, A. F. 2000. Analise estrural da floresta tropical úmida do municpio de Alta Floresta. Mato Grosso. Dissertação de Mestrado. Instuituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA. Loureiro, R. L. De; Dias, A. de. & Magnago, H. 1980. Vegetação. Radambrasil-Levantamentos de Recursos Naturais, Folha Sc. 21 Jurema – Rio de Janeiro MME. 325-376p. Montoya Maquim, J.M. 1966. El escuerdo de Yangambi (1956) como base para una nomeclatura de tipos de vegetación em el trópico americano. Turrialba, 16(12): 80-169. João A. de Carvalho Jr. FEG/UNESP – [email protected] Ernesto Celestino Alvarado - University of Washington Edson Anselmo – LCP/INPE José Carlos dos Santos - LCP/INPE – [email protected] À FAPESP pelo apoio financeiro - Processo nº 2002/08964- 4. Ao USDA Forest Service - Processo PNW – 04 – IG – 11261987 – 118. Ao CNPq pela autorização da pesquisa - Processo CMC - 004/04.

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Page 1: ESTUDO DA REGENERAÇÃO DA FLORESTA AMAZÔNICA APÓS QUEIMADAS REALIZADAS SOB DIFERENTES CONDIÇÕES DA BIOMASSA DE CURA E DISPOSIÇÃO DAS ÁREAS DE TESTE Introdução

ESTUDO DA REGENERAÇÃO DA FLORESTA AMAZÔNICA APÓS QUEIMADAS REALIZADAS SOB DIFERENTES CONDIÇÕES DA BIOMASSA DE CURA E DISPOSIÇÃO DAS ÁREAS DE TESTE

ESTUDO DA REGENERAÇÃO DA FLORESTA AMAZÔNICA APÓS QUEIMADAS REALIZADAS SOB DIFERENTES CONDIÇÕES DA BIOMASSA DE CURA E DISPOSIÇÃO DAS ÁREAS DE TESTE

Introdução Introdução

ObjetivosObjetivosO principal objetivo desse trabalho foi analisar a estrutura da floresta secundária, observando a taxa de regeneração e de recomposição florestal, de áreas que foram submetidas ao processo de corte da floresta primária, nos anos de 1997 e 1998, as quais foram inventariadas após oito anos de regeneração, na região de Alta Floresta – MT, Figura 1. Para se alcançar o objetivo principal foram realizadas as seguintes ações: inventário florestal, levantamento da composição florística, estimativa da densidade absoluta e relativa, estimativa da freqüência absoluta e relativa, estimativa da dominância absoluta e relativa entre os indivíduos florestais, caracterização da estrutura florística do povoamento florestal, analisando o índice de valor de importância e a quantificação da biomassa fresca.

Resultados e DiscussãoResultados e Discussão

Fig. 3 : Disposição das Unidades Amostrais.

Em cada área de 1 hectare foram alocadas nove unidades amostrais quadradas de 20m x 20m, localizadas conforme mostra a Figura 3, com uma distância de 10 m entre elas. Em cada unidade amostral, todos os indivíduos com DAP 5 cm foram mensurados e identificados com os nomes comuns e fixadas plaquetas de alumínio numeradas, conforme ilustrado na Figura 4.

Conclusão Conclusão

Referências Bibliográficas

Referências Bibliográficas

Fig.1: Localização de Alta Floresta no Arco do Desflorestamento. Fonte: IBAMA.

Fig.2: Disposição das áreas de pesquisa na Fazenda Caiabí, município de Alta Floresta-MT.

Materiais e Métodos Materiais e Métodos

Especificação das Unidades Amostrais:Os estudos de rebrota ou regeneração natural foram realizados até momento em quatro áreas, designadas aqui por A, B, C e D, contendo um hectare cada uma, conforme mostradas na Figura 2. A regeneração nas áreas E, F, G e H, ainda serão objeto de análise.

A utilização do fogo como método de desmatamento, segundo Richards (1981), prática amplamente utilizada na região Amazônica, pode alterar a composição florística das espécies pioneiras, através da redução do número de brotações por sementes ou vegetativas. Esta alteração florística pode também ocorrer em áreas colonizadas com comunidades de plantas antropogênicas, como pastagens ou culturas, principalmente devido à redução do banco de sementes do solo e da capacidade de raízes e troncos em rebrotar, aliada à perda de nutrientes, elevação da acidez e compactação do solo. Quando há redução da capacidade de rebrota de raízes e troncos, a sucessão ocorre necessariamente, através da dispersão de sementes, condicionando a ocorrência de estágios avançados à proximidade de áreas climáxicas que possam provê-las (Whitmore, 1998).

Espécies Arbóreas

48

30 28 31

0

10

20

30

40

50

60

A_2005 B_2005 C_2006 D_2006

Áreas

Es

cie

s

Fig. 5: Quantidade de Indivíduos Arbóreos nas áreas A, B, C e D.

Fig. 6: Número de Espécies Arbóreas encontradas nas áreas A, B, C e D.

Índice de Valor de Importância maior que 5%_Área A_2005

7,25

57,5571,91

10,63 5,1519,07

5,16 6,413,97

616,39

01020304050607080

Espécies

IVI (%

)

Índice de Valor de Importância maior que 5%_Área B_2005

6,26

152,7

9,78 15,12 5,59 7,1 11,34 6,61

020406080

100120140160180

Espécies

IVI (%

)

Fig. 7: Taxa de regeneração e recomposição por espécies na área A.

Fig. 8: Taxa de regeneração e recomposição por espécies na área B.

Fig. 9 – Taxa de regeneração e recomposição por espécies na área C.

Fig . 10: Taxa de regeneração e recomposição por espécies na área D.

Fig. 11 – Biomassa Primária e Secundária nas áreas A, B, C e D, equivalente a um hectare, em cada área e, percentual correspondente ao estágio primário.

• De acordo com os dados apresentados infere-se que a estrutura da floresta secundária pode ocorrer de maneira diferenciada, ou seja, indivíduos de mesma espécie, podem apresentar índices de valor de importância diferentes, em áreas diferentes. • A taxa de regeneração observada em A, B e C são proporcionais considerando os indivíduos arbóreos que se apresentaram com IVI acima de 5%. Todavia, a taxa de regeneração em D foi diferenciada, considerando a projeção da espécie Carvoeiro cuja densidade de biomassa é maior em relação a Embaúba.• Os números apresentados com relação a reconstituição de biomassa estimada, em um período de oito anos nas áreas de estudos, indicam que a região possui uma forte tendência em se auto regenerar.

675

1875

753

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Nº I

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A_2005 B_2005 C_2006 D_2006

Áreas

Quantidade de Indivíduos Arbóreos em 9 Unidades Amostrais e em 1 hectare.

Unidades Amostrais

Área de 1 hectare

Índice de Valor de Importância maior que 5 %_Área C_2006

7.55

98.84

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Araticum Embaúba Ingá Laranjinha Morcegueira

Espécies

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%)

Índice de Valor de Importância maior que 5%_Área D_2006

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20

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40

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Carvoeiro Pata de Vaca

Espécies

IVI (

%)

Estimativa de Biomassa: A biomassa fresca reconstituída no estágio de regeneração, período de oito anos, foi de 22,64% na área A; 39,95% em B; 55,48% em C e 19,70% na área D, conforme pode ser observado na Figura 11.

589,11

133,39

600,46

239,86

618,39

343,08

514,06

101,3

0100200300400500600700

Ton/ha

22,64%A_2005

39,95%B_2005

55,48%C_2006

19,70%D_2006

Áreas

Estimativa de Biomassa

Biomassa Primária Biomassa Secundária

Composição florística: A composição florística é uma das características evidentes na estrutura da comunidade, a qual pode ser analisada, para efeito de estudo fitossociológico, através da interpretação de tabelas que contemplem o nome comum, o nome científico e a família das espécies que ocorrem no ecossistema florestal em estudo. As Figuras 5 e 6, mostram a quantidade de indivíduos inventariados com DAP ≥ 5, e o número de espécies encontradas nas áreas de estudos. Estimativa dos parâmetros da estrutura horizontal: Os métodos de análise estrutural têm sido abordados por diversos autores, que discutem a estrutura baseada em características fisionômicas – estruturais da vegetação e características de habitat (Montoya Maquim, 1966). Entretanto, outros autores desenvolveram a técnica de análise estrutural baseada em elementos quantitativos, como abundância ou densidade, dominância, freqüência e índice de valor de importância. Para esse estudo foi abordada a técnica de análise estrutural baseado em elementos quantitativos. Esses resultados são mostrados nas Figuras 7 a 10.

Fig. 4: Procedimento para levantamento do DAP.

Agradecimentos Agradecimentos

Richards, P.W. 1981. The Tropical Rain Forest. An ecological study. 8. ed., Edinburgh, Cambridge University Press. 450p.

Whitmore, T.C. 1998. An introdução to tropical rain forest. Osford University Press., 282p.

As pesquisas foram desenvolvidos na Fazenda Caiabí, situada aproximadamente 28 km a oeste do município de Alta Floresta, e este a 800 km ao norte de Cuiabá, MT.

A Fazenda Caiabí está coberta por floresta tropical típica de transição (Malheiros, 2000). De acordo com Loureiro et al. (1980), as espécies madeireiras mais exploradas na região são: Angelim, Jatobá, Canela-amarela, Ipê-roxo, Cedro, Cedrinho e Pinho Cuiabano.

Malheiros, A. F. 2000. Analise estrural da floresta tropical úmida do municpio de Alta Floresta. Mato Grosso. Dissertação de Mestrado. Instuituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA.

Loureiro, R. L. De; Dias, A. de. & Magnago, H. 1980. Vegetação. Radambrasil-Levantamentos de Recursos Naturais, Folha Sc. 21 Jurema – Rio de Janeiro MME. 325-376p.

Montoya Maquim, J.M. 1966. El escuerdo de Yangambi (1956) como base para una nomeclatura de tipos de vegetación em el trópico americano. Turrialba, 16(12): 80-169.

João A. de Carvalho Jr. FEG/UNESP – [email protected]

Ernesto Celestino Alvarado - University of Washington

Edson Anselmo – LCP/INPEJosé Carlos dos Santos - LCP/INPE – [email protected] Anselmo – LCP/INPEJosé Carlos dos Santos - LCP/INPE – [email protected]

À FAPESP pelo apoio financeiro - Processo nº 2002/08964-4.Ao USDA Forest Service - Processo PNW – 04 – IG – 11261987 – 118. Ao CNPq pela autorização da pesquisa - Processo CMC - 004/04.