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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Engenharia de Computação CARLOS ALBERTO SUZAN BAPTISTA ESTUDO DA APLICAÇÃO DO MODELO DE REFERÊNCIA CMMI COMO MÉTODO DE MELHORIA DE PROCESSOS. Itatiba 2012

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

Engenharia de Computação

CARLOS ALBERTO SUZAN BAPTISTA

ESTUDO DA APLICAÇÃO DO MODELO DE

REFERÊNCIA CMMI COMO MÉTODO DE MELHORIA DE

PROCESSOS.

Itatiba

2012

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CARLOS ALBERTO SUZAN BAPTISTA – R.A. 002200400045

ESTUDO DA APLICAÇÃO DO MODELO DE

REFERÊNCIA CMMI COMO MÉTODO DE MELHORIA DE

PROCESSOS.

Monografia apresentada ao curso de Engenharia

de Computação da Universidade São Francisco,

como requisito parcial para a obtenção do título

de Bacharel em Engenharia de Computação.

Orientadora Profa. Ms. Vânia Franciscon Vieira

Itatiba

2012

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Para Deus, Pai e Criador, que permitiu a

conclusão deste projeto.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, pela oportunidade e inspiração para realização deste trabalho. Ao

meu pai José Antonio Formenti Baptista e para minha mãe Teresinha Suzan Baptista, por todo

apoio e paciência em todos estes anos e por serem grandes exemplos para mim. À minha irmã

Caroline Suzan Baptista por estar sempre ao meu lado em qualquer situação.

Quero agradecer também os meus familiares que acreditaram em mim e me

incentivaram a seguir em frente.

Um agradecimento especial aos meus amigos e colegas de sala que me ajudaram em

vários momentos e caminharam junto comigo até este momento.

Agradeço também a minha orientadora Vânia Franciscon Vieira, por aceitar e acreditar

neste trabalho, colaborando em todos os aspectos, demonstrando confiança em mim e no meu

trabalho.

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“A mente que se abre a novas idéias,

jamais voltará ao seu tamanho original”

Albert Einstein

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RESUMO

A qualidade dos produtos de software está fortemente relacionada com a qualidade dos

processos utilizados. Uma das formas empregadas para obtenção de maior qualidade tem sido

a adoção de modelos, e posteriormente métodos para avaliação de processos para garantir a

adequação aos modelos adotados. O CMMI Framework, proposto pelo Software Engineering

Institute, define um conjunto de modelos de qualidade de processo, além de um método para

avaliação de adequação a esses modelos e produtos de apoio. Este trabalho tem por objetivo

apresentar uma visão geral dos modelos CMMI para avaliação de melhoria de processo.

Palavras chave: Qualidade de processo de software, CMMI.

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ABSTRACT

The quality of software products is strongly related to the quality of the processes

used. One of the ways used to obtain higher quality has been the adoption of models and

methods for further evaluation processes to ensure consistency with the models adopted. The

CMMI Framework, proposed by the Software Engineering Institute defines a set of process

quality models, and a method for assessing the adequacy of these models and support

products. This paper aims to present an overview of CMMI models for evaluation of process

improvement.

Key words: Quality Software process, CMMI.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – Representação do modelo IDEAL......................................................................21

FIGURA 2 – Níveis de implementação do CMMI...................................................................24

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – Características das classes de métodos de avaliação CMMI..............................23

TABELA 2 – Fases do Método SCAMPI.................................................................................29

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ARC Appraisal Requirements for CMMI

CMM Capability Maturity Model

CMMI Capability Maturity Model Integration

EIA Electronic Industries Alliance

IPD-CMM Integrated Product Development Capability Maturity Model

SCAMPI Standard CMMI Appraisal Method for Process Improvement

SECM Systems Engineering Capability Model

SEI Software Engineering Institute

SW-CMM Capability Maturity Model para Software

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SUMÁRIO

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ................................................................................... 10

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 12

2 OBJETIVOS ............................................................................................................................. 13

3 METODOLOGIA ..................................................................................................................... 14

4 HISTÓRICO ............................................................................................................................. 15

5 REPRESENTAÇÕES DO CMMI ............................................................................................ 17

5.1 COMPONENTES DO MODELO .......................................................................................... 19

5.1.1 Áreas de Processo ........................................................................................ 19

5.2 O MODELO IDEAL .............................................................................................................. 20

5.3 REQUISITOS PARA AVALIAÇÃO DO CMMI (ARC) ..................................................... 22

6 NÍVEIS DE IMPLEMENTAÇÃO ........................................................................................... 24

6.1 Nível de Capacidade 0: Incompleto ....................................................................................... 25

6.2 Nível de Capacidade 1: Estruturado ....................................................................................... 25

6.3 Nível de Capacidade 2: Gerenciado ....................................................................................... 25

6.4 Nível de Capacidade 3: Definido ........................................................................................... 25

6.5 Nível de Capacidade 4: Gestão Quantitativa .......................................................................... 26

6.6 Nível de Capacidade 5: Otimização ....................................................................................... 26

7 O MÉTODO SCAMPI .............................................................................................................. 28

7.1 Fases do método SCAMPI ..................................................................................................... 29

7.1.1 Planejamento e preparação da avaliação ..................................................... 30

7.1.2 Condução da avaliação ................................................................................ 31

7.1.3 Relato dos resultados ................................................................................... 32

7.2 RESULTADOS DA APLICAÇÃO DOS MODELOS CMMI E SCAMPI ........................... 32

8 VANTAGENS E DESVANTAGENS ...................................................................................... 34

9 CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 35

10 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 36

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1 INTRODUÇÃO

A questão da qualidade para os seres humanos tem grande vinculo com a sua própria

evolução. A tradução de evolução para humanidade pode ser resumida a uma eterna busca

pela perfeição, em que a principal ferramenta desta busca é a qualidade. Provavelmente a

humanidade jamais atingira a perfeição, no entanto, ela nunca deixara de tentar melhorar a

qualidade dos elementos que a cercam.

Na busca por uma melhoria da qualidade no ambiente empresarial, a humanidade

desenvolveu diversos modelos e conceitos que tratam da qualidade. Com essa evolução

chegou-se a modelos que tratam da melhoria da qualidade por meio da melhoria dos

processos da organização para alcançar a qualificação de seus produtos. O tema qualidade se

tornou tão importante para as organizações que transformou-se em um dos elementos

estratégicos e essenciais para a competitividade das organizações.

Com a abertura de mercados, a competitividade natural que existente entre as

empresas tornou-se ainda mais acirrada. A qualidade dos produtos e serviços de software

passou, dessa forma, a ser fundamental para sua sobrevivência. Para garantir essa qualidade,

as empresas envolvidas nesse contexto iniciaram uma busca pela melhoria de seus processos

de software (ROCHA, 2001). Com isso, a utilização de modelos de qualidade de processo de

software aumentou de maneira significativa e resultados positivos foram obtidos.

Entre os diversos modelos existentes, os definidos pelo CMMI têm sido utilizados por

uma quantidade considerável de organizações devido ao seu estágio atual de consolidação.

Esses modelos definem níveis de maturidade em que uma empresa, ligada de alguma forma

ao desenvolvimento de software, pode ser classificada.

Este modelo se consolidou como um importante selo de qualidade relacionado ao

desenvolvimento de softwares e gerenciamento de projetos para competir no mercado

nacional e internacional.

O CMMI não é apenas uma técnica, nem metodologia e tão pouco um processo de

melhoria. Ele é um modelo de referencia das melhores praticas e habilidade de gerenciar o

desenvolvimento, a aquisição e a manutenção de produtos e serviços. Organiza praticas

comprovadamente efetivas em uma estrutura que estabelece as prioridades. É considerado o

principal indicador de qualidade de software no mundo e adotado com sucesso em

praticamente todos os setores da indústria.

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2 OBJETIVOS

Tendo visto que o modelo de referencia CMMI é um importante indicador de

qualidade no desenvolvimento e gerenciamento de projetos, a implantação desse modelo por

parte da empresa requer um estudo prévio, pois existem detalhes importantes a serem

considerados e também suas vantagens e desvantagens.

O objetivo deste trabalho é demonstrar as principais características do CMMI, os

benefícios que ele pode trazer para empresa e como ele pode ser implantado visando à

melhoria no processo de desenvolvimento e gerenciamento de projetos.

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3 METODOLOGIA

Para apresentar a modelo de maturidade CMMI e suas características, um estudo será

realizado tendo como base as referencia bibliográficas apresentadas neste plano além de

outras pesquisas que serão realizadas no decorrer do trabalho.

O trabalho também apresentará de forma detalhada todos os níveis de implantação do

modelo, descrevendo os atributos de cada nível e os benefícios trazidos pela adoção do CMMI

como modelo de referencia da empresa.

Além de mostrar como o método SCAMPI atua utilizando as características do CMMI

e mais algumas métricas importantes para aplicações de avaliações e na implementação do

modelo.

Por fim, após definido todo o plano principal, o próximo passo foi demonstrar como o

modelo organiza o desenvolvimento de softwares e qual o impacto que a adoção do mesmo

traz para empresa.

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4 HISTÓRICO

Desde 1991, o SEI tem desenvolvido modelos de qualidade para engenharia de

sistemas, engenharia de software, aquisição de software e desenvolvimento integrado de

produtos e processos.

A adoção desses modelos mostrou-se útil para muitas organizações de vários

segmentos de indústrias. No entanto, as organizações tinham dificuldades de realizar

melhorias de forma integrada entre todos os seus grupos e divisões, pois cada um desses

grupos adotava um modelo específico, alinhado com os objetivos do grupo, mas não

integrado aos modelos adotados pelos outros grupos da empresa.

As diferenças entre os modelos de disciplinas específicas usadas por cada grupo,

incluindo suas arquiteturas, conteúdo e abordagens, limitavam as capacidades das

organizações de propagar as melhorias de maneira uniforme por toda a organização, além de

tornar o processo de melhoria custoso, devido aos custos com treinamento, implantação e

avaliação.

Nesse contexto, foi iniciado o projeto de integração dos principais modelos para

resolver o problema da adoção de vários modelos de aplicações específicas. O CMMI é um

modelo de qualidade criado e mantido pelo SEI, resultante de um esforço de integração de

frameworks e modelos de qualidade como o SW-CMM, o SECM EIA731 e o IPD-CMM.

A combinação desses modelos num único framework possibilitaria às organizações

exercer melhorias dos seus processos em nível organizacional. Usando o conteúdo desses

conceituados modelos como fonte de informação, o CMMI Product Team criou um conjunto

coerente de modelos integrados que pode ser adotado tanto pelos que já utilizavam os

modelos de origem quanto pelo os que desejam iniciar a implantação de melhorias em seus

processos organizacionais.

O desenvolvimento de um conjunto de modelos integrados envolve mais do que

simplesmente combinar o material de modelos existentes. Utilizando processos que

promovem consenso, o CMMI Product Team construiu um framework que acomoda

múltiplas disciplinas e é flexível o suficiente para apoiar as diferentes abordagens dos

modelos fonte.

Desde a versão 1.1, o CMMI pode ser aplicado para outras áreas de interesse. Para

tornar isso possível, o framework agrupa boas práticas em “constelações”, que são coleções

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de componentes CMMI usados para construir modelos, material de treinamento e documentos

para avaliação.

Posteriormente, a arquitetura do modelo CMMI foi melhorada para suportar várias

constelações e compartilhar boas práticas entre elas. Os trabalhos foram iniciados em duas

novas constelações: uma para serviços e outra para aquisição. Os modelos CMMI que

estavam disponíveis na comunidade antes de 2006 são agora considerados parte da

constelação CMMI para o desenvolvimento.

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5 REPRESENTAÇÕES DO CMMI

Duas são as possíveis representações para medição de melhorias de processo

disponibilizadas pelo CMMI: a contínua (continuous) e a por estágios (staged). A principal

diferença entre elas consiste na forma como as organizações podem ser classificadas.

Enquanto a representação contínua estabelece níveis de capacidade, a por estágios estabelece

níveis de maturidade. Ambas as representações baseiam-se em áreas de processo (process

areas) para estabelecer o nível de capacidade ou maturidade de uma organização. Áreas de

processo consistem em agrupamentos de práticas relacionadas a uma área que, quando

executadas corretamente, satisfazem um conjunto de objetivos considerados importantes para

uma melhora significativa dessa área.

Há vantagens e desvantagens em ambas as representações e cabe à organização

selecionar a que melhor atende a seus interesses. A representação contínua oferece o máximo

de flexibilidade ao usar um modelo CMMI para melhoria de processos. A organização pode

optar por melhorar o desempenho de um único processo relacionado com um problema

específico ou selecionar diversas áreas estreitamente alinhadas às estratégias de negócio da

organização. Também é possível melhorar diferentes processos em diferentes ritmos.

No entanto, há algumas limitações para essas escolhas, pois há dependências entre as

algumas áreas de processo. Caso a organização saiba quais dos seus processos devem ser

melhorados e conhece as dependências entre as áreas de processo do CMMI, a representação

contínua é uma boa escolha. Já a representação estagiada apresenta um caminho sistemático e

estruturado para implementação de melhoria um estágio de cada vez. Alcançando um nível de

maturidade, a organização garante uma infraestrutura de processos básica para alcançar o

próximo estágio. As áreas de processo são agrupadas em níveis de maturidade. Dessa forma,

essa representação prescreve uma estratégia de melhoria definida desde o nível inicial até o

nível otimizado.

Caso a organização não saiba quais processos devem ser melhorados inicialmente, a

representação estagiada é uma escolha adequada. Caso a organização tenha intenção de obter

certificados de aderência ao modelo, a representação estagiada possui uma maior aceitação no

mercado, pois permite que as organizações possam ser comparadas através dos respectivos

níveis de maturidade. Essa comparação em muitos casos não será possível em organizações

que escolheram a representação contínua, pois as áreas de processo selecionadas por uma

organização e outra podem ser diferentes.

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Um nível de capacidade é alcançado dentro de uma área de processo específica, como,

por exemplo, gerenciamento de configuração ou verificação. Por outro lado, um nível de

maturidade é alcançado somente quando todo um conjunto de áreas de processo, que

representam uma unidade organizacional, é atendido.

Os níveis de capacidade estabelecidos pela representação contínua e uma breve

descrição dos requisitos necessários para atingi-los são apresentados a seguir.

1. Incompleto: um processo incompleto é um processo que não é executado ou é

apenas parcialmente executado. Um ou mais dos objetivos específicos da área

de processo não é atingido.

2. Realizado: um processo realizado é um processo que satisfaz os objetivos

específicos da área de processo. Ele apoia e habilita o trabalho necessário para

produzir as saídas identificadas utilizando as entradas especificadas.

3. Gerenciado: um processo gerenciado (nível 1) é um processo realizado que é

planejado e executado de acordo com uma política, por pessoas com

habilidades específicas que utilizam recursos para controle, revisão,

monitoramento e avaliação.

4. Definido: um processo definido é um processo gerenciado (nível 2) que é

concebido a partir de um conjunto de padrões da organização.

5. Gerenciado Quantitativamente: um processo gerenciado quantitativamente é

um processo definido (nível 3) que é controlado por meio de técnicas

estatísticas ou outras técnicas quantitativas.

6. Em Otimização: um processo em otimização é um processo gerenciado

quantitativamente (nível 4) que é modificado e adaptado para atender objetivos

de negócios correntes e projetados relevantes. O foco aqui é a melhoria

contínua por meio de tecnologias inovadoras e incrementais.

Os níveis de maturidade estabelecidos pela representação por estágios são

apresentados a seguir, juntamente com uma breve descrição dos requisitos necessários para

atingi-los.

1. Inicial: processos são geralmente caóticos e desenvolvidos de forma ad-hoc. A

unidade organizacional geralmente não dispõe de um ambiente estável, e o

sucesso depende de competências individuais e do heroísmo dos integrantes da

organização.

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2. Gerenciado: existe uma garantia de que os requisitos são gerenciados e que os

processos são planejados, documentados, executados, medidos e controlados.

3. Definido: os processos são caracterizados e compreendidos, sendo descritos em

padrões, procedimentos, ferramentas e métodos. A organização define um

conjunto de processos padrão, que são melhorados no decorrer do tempo.

4. Gerenciado Quantitativamente: subprocessos fundamentais para o desempenho

geral do processo são selecionados. Esses subprocessos passam a ser

controlados por meio de técnicas estatísticas ou outras técnicas quantitativas.

5. Em Otimização: os processos são melhorados continuamente por meio de

melhorias tecnológicas inovadoras e incrementais.

5.1 COMPONENTES DO MODELO

O modelo CMMI é composto pelas áreas de processo e suas metas, práticas e sub-

práticas específicas e genéricas, além de produtos de trabalhos típicos e notas de metas e

práticas.

As metas específicas e genéricas são componentes obrigatórios. Elas descrevem o que

a organização precisa alcançar para satisfazer uma área de processo. As metas específicas são

relacionadas apenas a uma área de processo e as metas genéricas estão relacionadas a todas as

áreas de processo.

As práticas específicas e genéricas são os componentes esperados. Elas descrevem o

que uma organização pode implementar para satisfazer uma meta específica ou genérica. Para

que uma avaliação ateste que uma organização alcançou uma meta, as práticas associadas a

essa meta (ou alternativas aceitáveis) devem ser realizadas.

As sub-práticas, os produtos de trabalho típicos e as notas de metas e práticas são

componentes informativos, que passam à organização uma diretriz inicial da abordagem que

deve ser utilizada para atender às metas e práticas da área de processo.

5.1.1 Áreas de Processo

Uma área de processo é um agrupamento de práticas relacionadas em uma área que,

quando executadas coletivamente, satisfazem um conjunto de objetivos considerados

importantes para fazer melhorias nessa área. As 22 áreas de processo do CMMI são:

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Análise Causal e Resolução (CAR)

Gerência de Configuração (CM)

Análise de Decisão e Resolução (DAR)

Gerência Integrada de Projetos +IPPD (IPM+IPPD)6

Medição e Análise (MA)

Inovação Organizacional e Implantação (OID)

Definição do Processo Organizacional +IPPD (OPD+IPPD)6

Foco no Processo Organizacional (OPF)

Desempenho do Processo Organizacional (OPP)

Treinamento Organizacional (OT)

Integração do Produto (PI)

Monitoração e Controle do Projeto (PMC)

Planejamento do Projeto (PP)

Garantia da Qualidade do Processo e Produto (PPQA)

Gerência Quantitativa do Projeto (QPM)

Desenvolvimento de Requisitos (RD)

Gerência de Requisitos (REQM)

Gerência de Riscos (RSKM)

Gerência de Acordos com Fornecedores (SAM)

Solução Técnica (TS)

Validação (VAL)

Verificação (VER)

5.2 O MODELO IDEAL

O IDEAL é um modelo de ciclo de vida para melhoria do processo de software

baseado no CMM que fornece uma abordagem disciplinada de melhoria. Focado

principalmente na gerencia do programa e melhoria estabelecendo uma estratégia de longo

prazo para a melhoria de processos. O modelo consiste em cinco fazes, conforme a Figura 1.

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Figura 1 – Representação do modelo IDEAL

Na fase inicial são definidos os objetivos de negocio pelos quais a organização esta

iniciando o ciclo de melhorias, além de levantar os recursos e a infra-estrutura necessária para

o programa de melhoria.

Na fase de diagnostico são levantados os estados atuais da organização e qual o estado

futuro que se pretende atingir

Na fase estabelecimento é desenvolvido um plano de trabalho, onde são considerados

os aspectos levantados na fase anterior, e são definidas as tarefas, prazos, produtos a serem

gerados e equipe.

Na fase ação são executadas as tarefas definidas nas três fases anteriores

Na fase aprendizado finaliza o ciclo de melhoria, é o momento em que são analisadas

possíveis lições aprendidas que podem ser revertidas em melhorias para o próximo ciclo de

melhorias a ser realizado.

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5.3 REQUISITOS PARA AVALIAÇÃO DO CMMI (ARC)

O CMMI Framework contém um conjunto de modelos que podem ser utilizados para

avaliação do nível atual e para a melhoria dos processos das organizações desenvolvedoras de

software. A condução de uma avaliação é um elemento importante para o conhecimento do

processo, planejamento de sua melhoria, e consequentemente para a obtenção de melhores

produtos de software (KOHAN, 2003).

De modo a possibilitar a implementação consistente desses mecanismos de avaliação,

o CMMI Product Team publicou o ARC V1.1. Esta publicação define os requisitos

considerados essenciais para os métodos de avaliação de processo que têm como base de

melhoria os modelos do CMMI. Adicionalmente, um conjunto de classes de avaliação é

definido, baseado em aplicações típicas de métodos de avaliação. Tais requisitos são alocados

a cada uma das classes conforme apropriado, baseado nos atributos associados com cada

classe. Dessa forma, um método de avaliação em particular pode ser declarado como sendo

um método de avaliação ARC Classe A, B ou C.

A seguir é apresentado um exemplo de requisito, extraído de CMMI Product Team

(ARC, 2001). Como pode ser observado, a indicação das classes para as quais esse requisito é

aplicável encontra-se no início de cada um dos subitens do requisito.

“4.2.3 A documentação do método deve fornecer direções para a identificação do

escopo do(s) modelo(s) CMMI a ser(em) utilizado(s) para a avaliação: a. (ABC) áreas de

processo a serem investigadas (representações contínua ou por estágios); b. (ABC) níveis de

capacidade a serem investigados para cada área de processo (representação contínua)”

Na Tabela 1 são apresentadas as diferenças de características de cada classe.

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TABELA 1 - Características das classes de métodos de avaliação CMMI

Características Classe A Classe B Classe C

Quantidade relativa

de evidencias de

objetivos coletados

Alta Média Baixa

Geração de graduação Sim Não Não

Quantidade relativa

de recursos

necessários

Alta Média Baixa

Dimensão relativa da

equipe Grande Média Pequena

Requisitos para

liderar a avaliação

Requer um líder

de avaliação

Requer um líder

de avaliação ou

pessoa treinada e

experiente

Requer uma

pessoa treinada e

experiente

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6 NÍVEIS DE IMPLEMENTAÇÃO

Cada nível de maturidade possui uma característica distinta, como observado a seguir:

Nível 0 (Incompleto) – Corresponde a ausência de qualquer processo de

desenvolvimento. Não se pode fazer qualquer asserção sobre desenvolvimentos futuros.

Nível 1 (Estruturado) – Possui um processo mínimo de desenvolvimento, capaz de

orientar as macro-tarefas o nível operacional.

Nível 2 (Gerenciado) – Tem capacidade de gerenciar um ciclo de desenvolvimento,

isto é, um projeto. Costuma-se caracterizar o nível 2 pela capacidade de gerir projetos, A

maioria das empresas brasileiras estão buscando certificação nesse nível.

Nível 3 (Definido) – São organizações orientadas a processos. Além dos fluxos de

atividades, gerenciam os aspectos organizacionais, técnicos e de integração de equipes e

fornecedores em função da definição do processo.

Nível 4 (Gestão Quantitativa) – Gerem o processo com métricas quantitativas através

do tempo. Conseguem avaliar o desenvolvimento dos vários ciclos de desenvolvimento e

comparar seus indicadores, obtendo previsibilidade.

Nível 5 (Otimização) – Controlam e avaliam o processo quantitativamente, podendo

intervir em sua especificação para otimiza-lo continuamente. É o mais alto nível de

maturidade definido pelo CMMI.

FIGURA 2 - Níveis de implementação do CMMI

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6.1 Nível de Capacidade 0: Incompleto

É um processo não realizado ou parcialmente realizado. Uma ou mais metas

específicas não são satisfeitas. Não há metas genéricas neste nível, pois não há razão para

institucionalizar um processo parcialmente realizado.

6.2 Nível de Capacidade 1: Estruturado

É um processo completamente realizado. Todas as metas específicas da área do

processo são satisfeitas. A organização consegue entregar todos os produtos e serviços

esperados, mas as atividades realizadas muitas vezes não são planejadas nem documentadas.

O rigor para a execução dessas tarefas depende de ações individuais e os resultados

obtidos podem variar bastante de situação para situação. Embora represente uma evolução

significativa em relação ao nível 0, não é um processo institucionalizado, o que o torna

dependente das pessoas que o realizam.

6.3 Nível de Capacidade 2: Gerenciado

É um processo que é completamente realizado e sua realização é gerenciada. A

infraestrutura básica para sua realização está disponível na própria empresa. É planejado e

executado de acordo com uma política estabelecida pela organização. O planejamento e a

execução do processo devem estar alinhados com os objetivos de custo, prazo e qualidade

estabelecidos para o processo. Stakeholders relevantes para o processo são identificados e

envolvidos no processo através de acordos que descrevem a missão a ser realizada. As

pessoas são habilitadas para a execução das tarefas e o fazem utilizando os recursos

apropriados para isso.

O processo é monitorado, controlado e medido, incluindo as saídas produzidas. O

status dos artefatos produzidos fica visível para a gerência em pontos definidos (marcos). O

processo é avaliado pela adesão à sua descrição. A disciplina com que o processo é executado

garante sua manutenção em períodos de estresse.

6.4 Nível de Capacidade 3: Definido

É um processo gerenciado, estabelecido e padronizado ao nível da organização, que

define um conjunto de processos padrão. Cada projeto define seus processos de acordo com

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esse conjunto. Podem ser feitas adaptações para cada projeto, mas essas adaptações devem

seguir o guia de adaptação de processos também definido pela organização. Um processo

definido contribui com produtos de trabalho, medidas e outras informações de melhoria de

processo para os ativos do processo organizacional (SEI, 2004). O conjunto de processos

padrão da organização, que é a base de um processo definido, evolui ao longo do tempo. Os

processos padrão descrevem os elementos fundamentais do processo esperados em um

processo definido, além da relação entre esses elementos.

6.5 Nível de Capacidade 4: Gestão Quantitativa

Um processo quantitativamente gerenciado é um processo definido que é controlado

utilizando estatística e outros métodos quantitativos. A qualidade do produto, dos serviços e

os atributos de desempenho do processo são medidos e controlados em todo o projeto.

A gestão quantitativa é planejada a partir do estabelecimento de objetivos baseados na

capacidade do conjunto de processos padrão da organização, nos objetivos de negócio da

organização e nas necessidades do cliente, dos usuários finais, da organização e dos

implementadores do processo. As pessoas que realizam o processo são envolvidas

diretamente na gestão quantitativa do processo.

A gestão quantitativa de um processo é realizada sobre o conjunto de processos que

produz o produto. Os sub-processos que contribuem significativamente para o desempenho

médio do processo são estatisticamente gerenciados: medidas detalhadas de seu desempenho

são coletadas e analisada através de técnicas estatísticas. Variações de desempenho do

processo são identificadas, juntamente com suas causas. Quando apropriado, ações corretivas

são tomadas para evitar a recorrência desses problemas. As medidas de qualidade e

desempenho do processo são armazenadas em um repositório de medidas da organização para

servir de base para decisões futuras.

6.6 Nível de Capacidade 5: Otimização

Um processo otimizado é um processo gerenciado quantitativamente que é adaptado

atender aos objetivos do negócio relevantes, atuais ou planejados, da organização.

O foco de um processo otimizado é na contínua melhoria do desempenho do processo

através de melhorias tecnológicas inovadoras e incrementais ao processo. Processos que

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apresentam variações de desempenho ou são causa de defeitos ou outros problemas são

identificados pela compreensão quantitativa do processo e oportunidades de melhoria são

identificadas, avaliadas e implantadas quando apropriado.

As melhorias de processo selecionadas são sistematicamente gerenciadas e

implantadas na organização. Os efeitos das melhorias implantadas são medidos e avaliados

em relação aos objetivos quantitativos de melhoria do processo. Num processo otimizado, as

causas comuns de variações do desempenho do processo são atacadas através de mudanças no

processo de forma a reduzir essas variações. Essas alterações no processo são realizadas como

meio para alcançar os objetivos de melhoria de processo estabelecidos para a organização.

Esta é a principal diferença entre um processo otimizado e um processo

quantitativamente gerenciado. Um processo quantitativamente gerenciado identifica causas

específicas de variações de desempenho do processo e coleta medidas detalhadas do processo

para prover previsibilidade quantitativa de seus resultados. Embora o processo possa produzir

resultados previsíveis, esses resultados podem ser insuficientes para a organização alcançar

seus objetivos (SEI, 2004).

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7 O MÉTODO SCAMPI

Elaborado pelo SEI, o método de avaliação SCAMPI fornece graduação de maturidade

de processo em relação aos modelos CMMI, tendo dois objetivos principais:

Fornecer um método de avaliação integrado e único, capaz de ser utilizado nos

contextos de melhoria interna de processo, seleção de fornecedor e

acompanhamento de processo.

Fornecer um método de avaliação eficiente, possível de ser implementado

dentro de restrições razoáveis de desempenho.

Como um método Classe A de avaliação, ele satisfaz todos os requisitos do ARC V1.1 e

possui as seguintes características principais:

Precisão: a graduação reflete a capacitação e/ ou maturidade da organização e

pode ser utilizada para comparação entre organizações.

Repetibilidade: a graduação e constatações da avaliação são consistentes com

outras avaliações executadas sob as mesmas condições (mesmos escopos).

Eficácia de custos e recursos: o método é eficiente em termos de homens/hora

gastos no planejamento, preparação e execução da avaliação. Traz o retorno

(benefício) previsto pela organização.

Semântica de resultados: a graduação reflete quanto o resultado da avaliação é

útil ao patrocinador para auxílio na tomada de decisões em relação à melhoria

de processo interna, eleição de fornecedor e acompanhamento de processo.

Resumidamente, sua abordagem consiste em agrupar evidências que são coletadas

pelo uso de instrumentos, apresentações, documentos e entrevistas (AHEM, 2005). Após isso,

os dados recolhidos por meio desses elementos são transformados em informações por meio

de um “mecanismo de processamento de informações”, que possui o funcionamento descrito a

seguir:

Inicialmente, a equipe de avaliação3 transforma em anotações o que observa, escuta e

lê dentro da unidade organizacional;

Essas anotações, por sua vez, são transformadas em declarações de falhas ou acertos

nas práticas de implementação do CMMI;

Como passo seguinte, tais declarações são transformadas em descobertas preliminares;

Por fim, as descobertas preliminares são validadas em descobertas definitivas pela

unidade organizacional.

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Essa série de transformações é aplicada para que se tenha conhecimento do estado real

dos processos da unidade organizacional em comparação ao modelo CMMI e,

consequentemente, à graduação da organização.

7.1 Fases do método SCAMPI

O método SCAMPI é formado por três fases que agregam 11 processos essenciais,

como pode ser observado na tabela 2.

TABELA 2 - Fases do Método SCAMPI

Fase Processo

1. Planejamento e preparação da

avaliação

1.1. Análise de requisitos

1.2. Desenvolvimento do plano de avaliação

1.3. Seleção e preparação da equipe.

1.4. Obtenção e análise de evidência de

objetivo inicial.

1.5. Preparação para a coleta de evidência de

objetivo.

2. Condução da avaliação

2.1. Exame de evidência de objetivo.

2.2. Verificação e validação de evidência de

objetivo.

2.3. Documentação de evidência de objetivo.

Geração de resultados de avaliação.

3. Relato dos resultados

3.1. Entrega de resultados de avaliação.

3.2. Arquivamento das informações de

avaliação.

A descrição de cada uma das fases e seus processos é dada a seguir:

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7.1.1 Planejamento e preparação da avaliação

A fase de levantamento de requisitos é considerada como a mais crucial do método,

pois as duas outras fases dependem dela. Todos os objetivos de avaliação que o patrocinador

deseja são definidos, e para evitar-se ou minimizar-se ao máximo possíveis falhas, um alto

grau de interação entre a equipe de avaliação e a unidade organizacional torna-se necessária.

Nessa fase, o líder da equipe de avaliação, obrigatoriamente certificado pelo SEI, e o

patrocinador do projeto negociam e definem o tempo de duração da avaliação, bem como qual

é o escopo organizacional (projetos a serem avaliados) e o escopo do CMMI (áreas de

processo). Após isso, todos os custos são calculados baseados nessas definições.

Como passo seguinte, as pessoas ligadas à unidade organizacional iniciam o

levantamento de evidências de objetivos, que são dados, registros ou relatos de natureza

qualitativa ou quantitativa referentes à implementação de um elemento de processo a ser

avaliado.

A validação dessas evidências de objetivos é realizada pela equipe de avaliação para

determinarem-se os pontos fortes e fracos em relação ao modelo CMMI. Logo que concluída,

os dados são submetidos ao “mecanismo de processamento de informações”.

A seguir são mostrados os objetivos de cada processo fundamental integrante dessa

fase.

Análise de requisitos: o líder da equipe de avaliação coleta informações e busca o

entendimento das necessidades da organização. Além disso, ele ajuda o patrocinador a

relacionar os objetivos da avaliação com os objetivos de negócio.

Desenvolvimento do plano de avaliação: documentação de todos os aspectos da

avaliação, incluindo requisitos, estimativas, acordos, riscos, entre outros. O

patrocinador deve aprovar o planejamento apresentado.

Seleção e preparação da equipe: seleção de pessoas devidamente treinadas e

preparadas para a execução da avaliação.

Obtenção e análise de evidência de objetivo inicial: coleta de informações que

permitem a verificação das práticas de implementação dos processos CMMI na

organização. Identificação de falhas ou riscos potenciais para refinamento do plano de

avaliação.

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Preparação para coleta de evidência de objetivo: especificação e documentação de

quais são as estratégias de coleta de dados, incluindo as fontes de dados, ferramentas e

técnicas a serem utilizadas e contingências de gerenciamento de risco de dados

insuficientes.

7.1.2 Condução da avaliação

O principal objetivo dessa fase é analisar os dados anteriores e coletar novos dados, de

acordo com o planejamento, para que a equipe de avaliação verifique e julgue o quanto a

organização avaliada implementa os processos do modelo CMMI.

O conceito de “cobertura” é utilizado nessa fase. Tal conceito denota a ação de coletar

dados suficientes sobre cada elemento de modelo do CMMI utilizado no escopo de avaliação

que é requisitado como exemplo representativo de processo em execução na organização.

A partir do momento que fica definido que existe cobertura suficiente, é possível que a

graduação da organização seja obtida. Os objetivos de cada processo fundamental dessa fase

são brevemente descritos a seguir:

Exame de evidência de objetivo: coleta de informações, de acordo com a evidência de

objetivo inicial, sobre as práticas de implementação do modelo CMMI. Além disso,

outra finalidade é a reavaliação do planejamento de coleta de dados, quando

necessário.

Verificação e validação de evidência de objetivo: validação das descobertas iniciais e

verificação das práticas de implementação da organização. Essa verificação é feita

para cada implementação de cada prática, de modo que a comparação com as práticas

estabelecidas pelo modelo CMMI possa ser realizada (KOHAN, 2003). As falhas

descobertas nesse processo são validadas pelos membros da organização e os acertos

são destacados para serem incluídos no resultado da avaliação.

Documentação de evidência de objetivo: criação de documentos que armazenam as

informações obtidas anteriormente, transformando os dados em registros que apontam

as práticas de implementação da organização (pontos fortes e fracos).

Geração de resultados de avaliação: indicação do grau de satisfação que um

determinado objetivo alcançou em relação ao modelo CMMI. A graduação da

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capacidade e/ou maturidade da organizacional é guiada pelos graus de satisfação dos

objetivos.

7.1.3 Relato dos resultados

De acordo com o contrato firmado na primeira fase, os registros gerados são

considerados como informações confidenciais pertencentes à organização avaliada. Sendo

assim, os resultados da avaliação (graduação e descobertas) realizada são entregues ao

patrocinador e à organização. Além disso, esses resultados também são submetidos ao

Organizador CMMI, que os adiciona a um banco de dados confidencial (CARR, 2004). Esses

dados são utilizados para a criação de um perfil da organização, que é incluído ao conjunto de

outros perfis de níveis de capacidade e/ou maturidade de organizações avaliadas

anteriormente.

A seguir são descritos os objetivos dos processos essenciais pertencentes a essa fase:

Entrega dos resultados de avaliação: representando os acertos e falhas dos processos

em uso na organização, os resultados podem ser utilizados para a tomada de decisão.

Além disso, esses refletem com precisão o nível de capacidade e/ou maturidade da

organização avaliada.

Arquivamento das informações da avaliação: armazenamento dos registros da

avaliação para uso futuro.

7.2 RESULTADOS DA APLICAÇÃO DOS MODELOS CMMI E

SCAMPI

Trabalhos diretamente ligados com SCAMPI estão sempre relacionados com CMMI.

Dessa forma, é natural incluir alguns resultados da implementação do CMMI quando se

escreve sobre o SCAMPI. Tem-se a seguir alguns exemplos de companhias que vêm

aplicando o modelo CMMI juntamente com avaliações por meio do SCAMPI. A maioria

dessas avaliações foi feita entre 2002 e 2004, e podem ser encontradas em SEI (SEI, 2004).

Em 2002, a Accenture, que atua em consultorias e serviços de tecnologia, foi avaliada

com o SCAMPI, obtendo nível 3 no CMMI em algumas partes da organização. Após isso, em

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Julho de 2004, duas de suas organizações integrantes, a US Government Group e a National

Security Services, também foram avaliadas e conseguiram nível 4 no modelo CMMI (SOH,

2004), utilizando o mesmo método de avaliação. Uma avaliação por meio do SCAMPI com

resultado dessa expressão dá crédito aos processos internos da Accenture, e é um fator

diferencial em relação à aquisição de novos clientes e à permanência dos clientes atuais. O

custo da primeira avaliação foi de 232 horas de planejamento e 400 horas de atuação

(GOLDENSON, 2004). Os efeitos da melhoria de nível no CMMI foram significantes, e a

Accenture informou um possível retorno de investimento de até 5:1 nas horas gastas em

melhoria da qualidade de seus processos (DENNIS, 2003).

A Boeing Ltd. Australia decidiu, em 2001, pela continuidade da aplicação do CMMI

Framework, que inclui o SCAMPI, e do uso da ISO/IEC 15504 para avaliar a maturidade dos

processos de fornecimento. Em um período de 18 meses o custo médio de reparação de erros

caiu em 33%, o release-time (tempo para lançamento de uma nova versão) para entrega foi

reduzido pela metade, e houve uma redução de 60% no trabalho de auditorias pré-teste e pós-

teste. Além disso, os desenvolvedores também puderam ficar mais focados em melhorar os

processos internos (GOLDENSON, 2004).

A Thales Traing & Simulation (TT&S) conseguiu obter nível 2 no CMMI em umas das

primeiras avaliações com SCAMPI em 2001. Ao passo que o nível de maturidade dos

processos internos cresceu, a variação de custo e tempo diminuiu.

A Lockheed & Martin Management and Data System passou de CMMI-SW nível 2 para

nível 3 em 1996, e para CMMI nível 5 em 2002, usando uma avaliação de CAM (Continuous

Appraisal Method) (CARR, 2004) nas duas primeiras, e SCAMPI na última. Como resultados

mais visíveis de melhoria na qualidade, teve um crescimento de 55% nos prêmios ganhos pela

empresa. A produtividade do software cresceu em 30% enquanto o custo do desenvolvimento

caiu em 20%, e ao mesmo tempo as falhas no software desenvolvido caíram em 15%.

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8 VANTAGENS E DESVANTAGENS

O modelo de qualidade CMMI é reconhecido internacionalmente e é referencia no

mercado de software. Empresas de grande porte, podemos citar a Microsoft, já adotam o

modelo como estratégia para exportação da mão-de-obra brasileira, buscando obter um

diferencial competitivo.

Além do diferencial, existem algumas outras vantagens que podem ser citadas como

resultado da implantação do CMMI. São elas:

Aderência dos processos: Atividades da organização serão ligadas diretamente

a seus objetivos estratégicos do negocio.

Custo: Redução em custos de produtos e processos.

Prazo: Melhora estimativa de prazos, com redução em tempo necessário para

realizar tarefas.

Produtividade Principal objetivo das organizações, realizar entregas com baixo

tempo e custo torna-se possível com a melhoria e padronização dos processos.

Qualidade: Redução dos defeitos em processos garante que haja maior

qualidade no produto final, garantindo sua confiabilidade.

Satisfação do cliente: Visibilidade das atividades permite garantir que o

produto ou serviço esteja de acordo com as expectativas dos clientes.

A principal desvantagem que pode ser destacada é a vasta documentação necessária

para viabilização do modelo, que exige um alto conhecimento técnico para sua correta

implantação. Frequentemente necessário que empresas invistam fortemente na contratação de

consultores e no treinamento de seus funcionários, tornando o CMMI quase impraticável por

organizações pequenas. (KULPA; JOHNSON, 2008).

Geralmente o custo fica entre R$ 200 mil e R$ 1 milhão dependendo da complexidade

do processo, sem contar o tempo que para chegar aos níveis de maturidade mais elevados,

leva-se em média 4 a 8 anos.

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9 CONCLUSÃO

A exigência de melhoria contínua dos projetos faz com que o gerenciamento da

maturidade dos projetos de uma empresa seja efetivamente implantado. Entretanto, a

experiência diz que tentar atropelar e forçar os limites da organização pode piorar as

coisas. A estratégia é adotar uma política passo a passo, descobrindo inicialmente o nível

de maturidade da empresa, criando definições claras para os envolvidos no projeto e

realizando um monitoramento do desempenho geral dos projetos, de modo a ter uma visão

global de como se estava há um ano e o que se tem agora.

O mais importante, ao se considerar a avaliação de maturidade da empresa, é

adaptar as metodologias existentes às características da organização, tanto no que se refere

a tamanho quanto à interoperabilidade. Engessar uma empresa a um dado modelo é quase

tão catastrófico quanto não controlar o nível de maturidade.

O SCAMPI é um método padrão que possibilita o diagnóstico do estado atual de

qualidade de processo de uma organização, baseado nos modelos de qualidade definidos

no CMMI. Esses modelos de qualidade são aplicáveis em organizações de qualquer porte,

e o SCAMPI pode ser utilizado para avaliar o nível de adequação a esses modelos,

direcionando essas organizações para a melhoria progressiva de seus processos.

Pode ser observado que as empresas que adotaram o CMMI como modelo de

qualidade, e utilizaram os resultados de avaliações obtidas com o método SCAMPI,

obtiveram melhorias expressivas em seus processos de software. Dessa forma, uma

crescente utilização do SCAMPI pelas empresas que adotaram o CMMI pode ser uma

tendência.

O método SCAMPI é utilizado para avaliação do nível de capacidade, no caso de

uma área de processos, ou do nível de maturidade do processo de software, no caso de

uma unidade organizacional. Entretanto, a qualidade dos produtos de software resultante

desses processos não é avaliada, tornando-se necessária à utilização de outros métodos

específicos. Tal fato implica em maiores custos e maior demanda de tempo, pois seria

necessária, a princípio, uma nova equipe de avaliação, que teria que receber os devidos

treinamentos.

Seria interessante a proposta de um método único, que ao final de sua aplicação,

resultasse na avaliação da qualidade tanto do processo quanto dos produtos resultantes

desse processo.

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10 REFERÊNCIAS

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Jersey, EUA: Addison Wesley Professional, 2005.

ALMEIDA, J. A., et al. Visão geral do método de avaliação padrão CMMI para melhoria de

processos, SCAMPI, v. 1.1. Brasília: Universidade Católica de Brasília.

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GOLDENSON, D. R.; Robert W. Ferguson, D. L. G. Why make the switch? Evidence of the

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HELDMAN, K. Gerência de Projetos: guia para o exame oficial PMI. 5. ed. Rio de Janeiro:

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KOHAN, S. Quicklocus: Proposta de um método de avaliação de processo de

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SOH, 2004; Soh, P. Accenture’s U.S. Government Group achieves level 4 CMMI rating from

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