estudo autônomo mariaelias - a cidade pensada como um todo e para todos
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8/16/2019 Estudo Autônomo MariaElias - A Cidade Pensada Como Um Todo e Para Todos
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Universidade Federal de São João Del Rei
Arquitetura e Urbanismo
DAUAP – Departamento de Arquitetura e Urbanismo e ArtesAplicadas
Estúdio – Urb anism o Topog ráfico
A c idade pensada como um tod o e para todos
Maria Elias Aires da Silva
Matrícula: 121850011
Professora: Fernanda CorghiPeríodo: 2014/2 - 6º
Entrada: 2012/1
São João Del Rei – 02 de Outubro de 2014
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Sumário
Resumo ............................................................................................................. 3
A problemática ................................................................................................... 4
As principais conseqüências ............................................................................. 4
Algumas diretrizes para os problemas urbanísticos em cada instância da
sociedade pertinente neste estudo ..................................................................... 6
Conclusão .......................................................................................................... 7
Referências Bibliográficas .................................................................................. 8
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Resumo
Muito se diz sobre crise urbana, sobre o caos que são as grandes cidades e
que atualmente vêm atingindo às pequenas e médias também. Mais quais sãoas causas dessa desordem urbana? Quem são os “culpados”? E o quepodemos fazer para melhorar à vida nas cidades? Esse trabalho buscaalgumas respostas para estas perguntas. Não respostas concretas maisalternativas a estas perguntas que possuem várias respostas.
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A problemática
As nossas cidades estão a cada dia mais caóticas. É o transito que está cadadia mais lento. Falta água, moradias, transporte público de qualidade, saúde,educação, segurança, saneamento e infra-estrutura básica, enfim faltaplanejamento urbano e quando se tem, ele não abrange a parcela da
sociedade mais pobre. Que são geralmente aquelas pessoas que estão amargem da legalidade e portanto não são vistos como cidadãos. Comopodemos mudar essa realidade? A resposta pra essa pergunta ainda estásendo formulada, mais temos algumas idéias, pensamentos, instrumentos quepodem nos auxiliar nessa mudança. Precisamos começar entendendo ondeestá o erro? Quem são os “culpados” por todo esse caos? Essa resposta émais simples que a anterior. Todos estamos errados, cidadãos, políticos,autoridades, ricos, pobres, grandes empresários, seja por falta deconhecimento ou por não se importar com as conseqüências de seus atos por
achar que estas não os afetarão, todos contribuímos para o caos urbano, todospoluímos, todos queremos usar o carro, apesar que isso se deve mais ao fatode que o transporte público no Brasil é de péssima qualidade, construímos emlocais de risco, e principalmente não fazemos o nosso papel de cidadãos e nãocobramos dos nossos representantes o que temos direito, não sabemosexercer a verdadeira cidadania que é estar a par e participar das decisõespolíticas, isso se deve ao fato também das pessoas não saberem que tem essepoder, ou as vezes, acham que não irá adiantar em nada. A seguir serádescrito alguns problemas que tudo isso gera e algumas soluções jáencontradas por grandes teóricos para tentar amenizar e/ou sanar os efeitoscolaterais dessa falta de cidadania.
As principais conseqüências
A fim de “resolver” ou amenizar tais problemas urbanísticos os governantesbrasileiros em sua maioria acabam por gerar outros, como o principal deles a
segregação entre ricos e pobres, principalmente pelo maior investimento emáreas consideradas de classes alta e média alta, geralmente os centros dascidades e por não investirem em áreas onde vivem pessoas de classe média,pobres e de extrema pobreza geralmente estão locados na periferia dascidades, um contexto herdado do urbanismo dos anos da ditadura e queperdura e provavelmente perdurará, caso não haja uma reforma política eurbana nacional. O que acontece é que quando os centros já estão saturados,os ricos migram para as áreas periféricas levando consigo também osinvestimentos, valorizando essas áreas, isso faz com que pessoas de baixa
renda não consigam se manter no local, que devido a essas melhorias passama pagar mais impostos, ou em muitos casos passam a pagar impostos queantes não eram cobrados, e acabam vendendo suas terras e se deslocando
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para alem da periferia criando uma segunda periferia, a chamada expulsãobranca, fazendo com que a cidade cresça desordenadamente.
Esse crescimento desordenado faz com que essa população mais pobre ocupeáreas de risco como encostas com declividade maior que 30%, áreas dedeslizamento e erosões ou locais com todas estas características juntas.
Centro: Anteriormente ocupado
pelos pobres, hoje ocupado por
pessoas de classes mais elevadas,
principalmente por negócios.Maior investimento do poder
público.
Periferia: Historicamente
ocupado pela populaçãomais pobre. Menos ou
nenhum investimento do
poder público.
Centro: Passa a ser
ocupado quase que
exclusivamente por
negócios
1ª Periferia: Passa a ser
ocupada pelos ricos, ganham
mais investimento do poder
público o que causa a
expulsão da população mais
pobre.
2ª Periferia: Para
onde os pobres foram
expulsos. Geralmente
são locais impróprios
para a instalação de
moradias, áreas de
risco.
Local com declividade maior que 30%
Local de deslizamentos
Local de erosões
Local com as três características descritas
acima juntas.
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Esse crescimento também sobrecarrega as infra-estruturas urbanas que nãoforam projetadas para suportar a sobrecarga de pessoas, pois geralmente essainfra-estrutura é projetada pensando na população atual do local e sem levarem conta uma população futura. O que em pouco tempo é sobrecarregado,gerando todos aqueles problemas descritos como enchentes, falta de energia(apagões), falta de água, o retorno do esgoto entre outros problemas.
Algumas diretrizes para os problemas urbanísticos em cada
instância da sociedade pertinente neste estudo
Quanto ao que é de incumbência das autoridades políticas é extremamenteimportante que seja garantido um investimento uniforme de recursos e infra-estrutura em toda a cidade, porém que sejam prioridades as áreas maiscarentes, afim de que essas áreas consigam chegar ao mesmo nível de
investimento das áreas mais “nobres” e que seja feita a proteção dessapopulação para evitar a expulsão branca. Outro fator importante é afiscalização das ocupações em áreas de risco, de onde estão localizados osproblemas de infra-estrutura e buscar as melhores soluções juntamente comuma comissão multidisciplinar, buscando sempre uma visão mais humana emenos financeira e mecanicista. Para isso é importante informar e capacitar apopulação para que possam ajudar nas tomadas de decisões políticas, deixarcom que as pessoas saibam que elas podem e devem fazer parte dessasdecisões.
Quanto aos cidadãos, dever-se iam participar ativamente das decisõespolíticas, partindo de um pressuposto que as autoridades irão capacitar apopulação para entender estes problemas e assim poderem cobrar dosadministradores de suas cidades ações para resolvê-los, estes devem serexpostos para os governantes pelos cidadãos. E o mais importante sabendo oque é feito de forma errada não persistir no erro.
Quanto ao papel do Arquiteto e Urbanista é buscar ser mais humano em seusprojetos, fazer desenhos que incluam toda a sociedade, buscando evitar asegregação como ao fazer um loteamento, por exemplo: buscar fazer lotes com
tamanhos diferentes, paralelos a curva de nível evitando assim movimentaçõesde terra, preservando as linhas de drenagem naturais, procurando traçar viasinclinadas em relação as curvas de nível e evitar que no projeto de drenagemas galerias conduzam as águas pluviais nas cabeceiras de drenagemconcentrando a água em um único ponto sem os cuidados pertinentes entreoutras diretrizes. Enfim sempre planejar na escala da Bacia Hidrográfica dolocal, não apenas olhando o lote e seu entorno imediato, proteger o meioambiente de todas as formas possíveis principalmente fazendo com que as leisambientais sejam cumpridas, entendendo assim que não importa onde ele
intervir essa ação afetará direta ou indiretamente toda a Bacia Hidrográficaonde for inserida. Buscar sempre para toda a sociedade FIRMITAS, UTILITAS,
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VENUSTAS (tríade vitruviana da arquitetura) garantindo sempre a igualdade deoportunidades e acesso a qualidade de vida a todos.
Conclusão
Não existe uma fórmula para a gestão das cidades, pois cada cidade, cadapedaço do nosso planeta é diferente do outro, por isso é indispensável que seavalie cada caso, quando se trata da gestão, planejamento e/ou construçãodas nossas cidades. É necessário que essa avaliação seja feita por umaequipe multidisciplinar, que possa atender cada ponto, cada área de estudo, épreciso pensar a cidade como um todo entender que cada pequeno lote fazparte desse todo e deste modo qualquer ação que ocorre em uma parte afetatodo esse sistema de forma positiva ou negativa. Sempre buscar a igualdadede oportunidade e de acesso aos serviços para toda a população.
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Referências Bibliográficas:
- MARICATO, Eemínia; Brasil, cidades : alternativas para a crise urbana /Ermínia Maricato. 3. Ed. – Petrópolis, RJ : Vozes, 2008.
- A cidade do pensamento único: desmanchando consensos / Otília Arantes,
Carlos Vainer, Ermínia Maricato. 4. Ed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.
- GORSKI, Maria Cecília Barbieri – Rios e cidades: ruptura e reconciliação /Maria Cecília Barbieri Gorski. – São Paulo : Editora SENAC São Paulo, 2010.
- ROGERS, Richard – Ciudades para um pequeño planeta - Editora GustavoGili, SL, Barcelona 2000.
- CHOAY, Françoise; O Urbanismo; Editora Perspectiva – 3ª Edição
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