estudijo sobli alteridad; lono

7/21/2019 Estudijo sobli alteridad; Lono

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Renato Albuquerque de Oliveira

N USP: 8439640

Perodo: vesertino

Comente os principais tpicos do debate antropolgico em torno da autoridade

etnogrfica e da questo da representao do Outro (em Marcus & Fischer e JamesClifford!

Reresenta!"es s#o reresenta!"es$ N#o % ossvel &atar e re&onstruir o universo e'

sua totalidade$ (onsequente'ente) e or sere' as &ulturas &onstrutoras de universos) e n#o o

inverso) n#o *+ u' universo ,ni&o e n#o % ossvel &atar e re&onstruir u' universo inerente a

&erta &ultura e' sua totalidade) indeendente da t%&ni&a e're-ada ara tal tare.a$ (onse-ue/

se) aenas) &onstruir u'a reresenta!#o do universo de al-u'a &ultura) ou sea) aenas se

&onse-ue &onstruir u'a 1i'a-e' des.o&ada2 da &ultura ara a qual o autor est+ ol*ando)

baseada e' &o'o o universo do autor desta reresenta!#o % &onstrudo) i'a-e' que ode ser

t#o di.erente quanto u' quadro i'ressionista ou &ubista % quando se di reresentando al-o

do real$ (o'o &ada &ultura &onstri seu rrio universo e &o'o &ada universo % ,ni&o ere.erente 5 sua &ultura &riadora) &onsiderare'os) neste trabal*o) universo &o'o &ultura) ou

sea) &o'o a totalia!#o do siste'a de ensa'ento de u' &erto -ruo de essoas) se'

ressuor que n#o ossa' eistir &ara&tersti&as &o'uns entre duas &ulturas di.erentes$ O

antrolo-o) na &onstru!#o do Outro) o &onstri de a&ordo &o' as ossibilidades da &ultura

que arti&ia$

Autoridade etno-r+.i&a e a reresenta!#o do outro

7+ u' &erto 'ovi'ento nos aradi-'as antrool-i&os que ve' alterando) deste

quando a antroolo-ia .oi institu&ionaliada &o'o &in&ia) a .or'a &o'o o antrolo-o

&onstri sua reresenta!#o sobre o Outro$ stas aborda-ens questiona' sobre o qu#o v+lida a

reresenta!#o &onstruda elo antrolo-o % e) sendo &onduida or este questiona'ento)

tenta' &onstruir reresenta!"es 'ais sutis do Outro$ es'o que esta reresenta!#o sea

&onstruda sob o vi%s da &ultura do autor) ela tende) de &erta .or'a) a dar &ada ve 'ais

autono'ia 5 vo do Outro$

' La antropologa como crtica cultural e e' A experincia etnogrfica) tanto

;eor-e ar&us < i&*ael =is&*er quanto >a'es (li..ord) rese&tiva'ente) nos 'ostra'

&o'o este 'ovi'ento aradi-'+ti&o a&onte&e e qual a rela!#o dele &o' a rodu!#o

antrool-i&a$ Neste teto de (li..ord) *+ a elabora!#o do &on&eito de 1autoridade

etno-r+.i&a2) que di reseito a &o'o as r+ti&as etno-r+.i&as &o'e!ara' a sere' tidas &o'o

ne&ess+rias ara a realia!#o da antroolo-ia) a artir de u'a 'udan!a na a&eita!#o de &o'o

as des&ri!"es &ulturais deveria' ser .eitas ara a an+lise antrool-i&a: os relatos de'ission+rios) viaantes) ad'inistradores &oloniais) et&$) que antes ossua' autoridade ara

.alar sobre as oula!"es dos lu-ares aonde estava' ? autoridade baseada na osse destes de

u' &onsider+vel te'o de estadia no lo&al aonde vivia' os nativos a sere' reresentados e

no do'nio da ln-ua nativa ? a-ora .ora' substitudos ela etno-ra.ia) t%&ni&a que er'itia

u'a 1.us#o de teoria -eral &o' esquisa e'ri&a) de an+lise &ultural &o' des&ri!#o

etno-r+.i&a2@) ou sea) esta 'udan!a .oi u' asso &o' a inten!#o de ari'orar o

&on*e&i'ento antrool-i&o atrav%s de u'a deli&ada oera!#o que o antrolo-o realiaria na

observa!#o de u'a outra &ultura a artir de en.oques teri&os estabele&idos elo ar&abou!o

antrool-i&o$ U' ee'lo &l+ssi&o desta ent#o nova .or'a de &atar o e'ri&o na

antroolo-ia % visto na ro.unda des&ri!#o &ultural realiada or alinosBi e' Os

argonautas do pacfico ocidentalara .aer sua disserta!#o sobre os trobriandeses$

@(li..ord) C008) $ C3


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sta substitui!#o) que estabele&eu a ne&essidade da etno-ra.ia ro.issional ara a

&oleta de dados e'ri&os a .i' de ossibilitar u'a 'ais aurada an+lise antrool-i&a)

in&entivou u'a tendn&ia a a.astar ressuostos etno&ntri&os que reresentava' a vis#o de

do'ina!#o das so&iedades de ori-e' do antrolo-o e que era vi-ente na antroolo-ia$ Por

ee'lo) antrolo-os de 1ri'eira onda2) &o'o =raer e DElor) entendia' que todas as

so&iedades ossua' u'a s &ultura e que as di.eren!as entre as so&iedades se dava' or as

di.erentes so&iedades estare' e' ata'ares di.erentes da evolu!#o) no sentido de ro-ressot%&ni&o) sendo que as so&iedades era' reresentadas e' es&alas de evolu!#o) sendo que o

au-e da evolu!#o ? % bvio ? era reen&*ido &o' os adr"es da so&iedade euroeia$ ste

ensa'ento serve &o'o u'a .or'a de le-iti'a!#o do do'nio dos euroeus aos outros ovos

que era' vistos &o'o in.eriores evolutiva'ente e) &onsequente'ente 1re&isava'2 do

do'nio euroeu ara 1vivere' 'el*or2$ Ali+s) de u'a .or'a -eral) este ressuosto % a base

-eral do ri'eiro aradi-'a antrool-i&o$ (o' este ee'lo) % i'ortante notar que a

&in&ia n#o % indeendente da olti&a e % or ela in.luen&iada) al%' de ser in.luen&iada or

re.le"es eiste'ol-i&as internas$ Na antroolo-ia) estas in.lun&ias a-e' direta'ente)

se-undo (li..ord) na &onstru!#o da er&e!#o da alteridade$

A artir de u'a 1.ase inter'edi+ria2 ? =ran Foas % u' ee'lo deste 'o'ento na

antroolo-ia ?) entre este ri'eiro aradi-'a antrool-i&o e o estabele&i'ento daautoridade da etno-ra.ia na antroolo-ia) a no!#o de relativis'o &ultural .oi &onstruda: n#o

'ais eiste u'a evolu!#o dentro da &ultura *u'ana -eral e as so&iedades erten&e' a u'

deter'inado ata'ar nesta evolu!#o) a-ora se entende que eiste' &ulturas di.erentes$ ste

ressuosto) aliado 5 ne&essidade da etno-ra.ia ara o .aer antrool-i&o) o&asionou)

se-undo (li..ord) e' u' questiona'ento que -erou as ruturas e 'otivou as &onstru!"es dos

ri'os aradi-'as antrool-i&os:

Se a etno-ra.ia rodu interreta!"es &ulturais atrav%s de intensas eerin&ias

de esquisa) &o'o u'a eerin&ia in&ontrol+vel se trans.or'a nu' relato

es&rito e le-ti'oG (o'o) eata'ente) u' en&ontro inter&ultural loqua esobredeter'inado) atravessado or rela!"es de oder e rositos essoais)

ode ser &ir&uns&rito a u'a vers#o adequada de u' Houtro 'undoI 'ais ou

'enos di.eren&iado) &o'osta or u' autor individualG J(li..ord) C008:C@K

ste questiona'ento en&a'in*a u'a re.le#o a reseito das r+ti&as antrool-i&as 5 bus&a

de u'a reresenta!#o do Outro 'ais isenta dos ressuostos &ulturais do autor e 'ais

ri'a da &ultura do Outro$ le -era o que ar&us < =is&*er &*a'a' de 1&rise de

reresenta!#o2) que eles &ara&teria' &o'o u' 'o'ento onde u' aradi-'a % susenso e

tenta se resolver a artir de eeri'enta!"esL e' antroolo-ia) a &rise de reresenta!#o tende

a -erar eeri'entos &o' a .inalidade de &onse-uir u'a 'ais sutil reresenta!#o do Outro) de

a&ordo &o' o se-uinte 'ovi'ento:

Ma autoridad de los estilos H-ran teoraI are&e 'o'ent+nea'ente susendida

en .avor de una atenta &onsidera&in de &uestiones &o'o la &ontetualidad) el

sentido de la vida so&ial ara quienes la rota-onian E la eli&a&in de las

e&e&iones E la indeter'ina&in e' los .en'enos observados) en des'endro

de las re-ularidades: &uestiones todas aquellas que tornan roble'+ti&o lo que)

se-,n se daba or sentado) eran los *e&*os o las &ertindu'bres e' que se

basaba la valide de los aradi-'as$ Jar&us < =is&*er) C000:C9K

entro deste 'o'ento de &rise de reresenta!#o) ar&us < =is&*er 'ostra' que oseeri'entos etno-r+.i&os n#o s#o) &o'o oderia se suor) ruturas &o'letas &o' o saber

antrool-i&o anterior) 'as s#o tentativas de estabele&i'ento) dentro de u' &onteto 'ais


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a'lo da antroolo-ia) de u' e.eito de inova!#o$ A ra#o) se-undo estes autores) ara se

rati&ar eeri'entos etno-r+.i&os % u'a 1suuesta suer.i&ialidad o inade&ua&in de los

'edios eistentes ara reresentar las di.eren&ias aut%nti&as de outros suetos &ulturales2C$

e a&ordo &o' (li..ord) o ro&esso de estabele&i'ento de u' tio de autoridade

etno-r+.i&a e o sur-i'ento de u'a &rise de reresenta!#o e' u' 'o'ento osterior 5

.or'a!#o deste tio leva 5 &onstru!#o de novos tios de autoridade etno-r+.i&a &ada ve 'ais

tendentes 5 tentativa de 'el*or reresentar o Outro$ se&i.i&a'ente) (li..ord elen&a 4 tiosese&.i&os de autoridade etno-r+.i&a$ A saber) estes tios s#o: eerien&ial) interretativo)

dial-i&o e oli.ni&o$ e .or'a si'les) o tio eerien&ial di reseito 5 &onstru!"es

etno-r+.i&as &o'o as .eitas or alinosBi) ne&essitando de u'a .orte resen!a do etn-ra.o

no &a'o) rioriando o e.eito da observa!#o ara a &onstru!#o da etno-ra.ia$ O tio

interretativo % relativo 5 aborda-e' da etno-ra.ia &o'o u'a base ara a interreta!#o de

u'a &ultura) &o'o se .osse u' teto) &o'o se a etno-ra.ia .osse u'a atividade se'el*ante 5

u'a &rti&a &ultural$ O tio dial-i&o % u'a .or'a de &onstru!#o etno-r+.i&a que lo&alia no

teto a vo do autor reresentando o Outro e a vo do Outro a reseito de suas r+ti&as$ O

'odelo oli.ni&o % u'a &onstru!#o &oletiva que &olo&a os &olaboradores da &ultura a ser

reresentada &o'o ta'b%' autores do tetoL este tio) se-undo (li..ord) 'es'o que sendo de

&erta 'aneira uti&o) tende a ro'er &o' a barreira da reresenta!#o e *ioteti&a'ente te'a otn&ia de trans'itir a vis#o de 'undo da &ultura al&tone que o roonente a esta tare.a

J&onsiderado &o'o autor nos outros tios de autoridade etno-r+.i&aK quer 'ostrar aos ares de

sua &ultura$ Por .i') deve/se entender que estes tios de autoridade etno-r+.i&a n#o s#o

obsoletos ne' uros: deende' aenas do que % retendido ser &onstrudo elo autor$

"#ponha$ por meio da etnografia apresentada pelo autor$ a relao entre estrutura eprocesso$ formulada emIlhas de Histria$ de Marshall %ahlins!

' Ilhas de Histria) ars*all Sa*lins nos 'ostra) a artir de u' sin&roniaequivo&ada de eventos que a&onte&eu entre in-leses e *avaianos no s%&ulo Q) sua teoria

de estrutura e ro&esso e a rela!#o ossvel entre estes dois &on&eitos$ sta sin&ronia

equivo&ada de eventos se deu &o' a &*e-ada do nave-ador in-ls >a'es (ooB &o' sua

eedi!#o &o' .inalidades &o'er&iais ao 7ava) durante a realia!#o do aBa*iBi) u' ritual

de Ano/novo que) e' lin*as -erais) si'bolia a .ertilia!#o da terra$

Sa*lins n#o seara a estrutura &ultural dos ro&essos *istri&os) ara ele) estes dois

&on&eitos s#o &o'le'entares no sentido de eistir u'a sntese na a!#o deles: *+ a tendn&ia

do a-ente si-ni.i&ar o ro&esso de a&ordo &o' &o'reens"es reeistentes da orde' &ultural)

'as ne' se're as &ir&unstn&ias s#o &orresondentes a u' arrano estabele&ido

anterior'ente) levando que o a-ente &rie novos si-ni.i&ados ara esta nova &ir&unstn&ia$ Por

ter esta &on&e!#o a reseito da rela!#o entre ro&esso *istri&o e estrutura &ultural) Sa*lins

&olo&a a estrutura &o'o u' obeto *istri&o$ U' ee'lo deste 'ovi'ento de resi-ni.i&a!#o

&ultural % visto) e'Ilhas de Histria) elo 'o'ento e' que (ooB &*e-a ao 7ava e atrav%s

da si-ni.i&a!#o que os *avaianos &riara' ara sua &*e-ada: a artir da &*e-ada de (ooB

durante a realia!#o do aBa*iBi) os *avaianos entendera' que o &ait#o (ooB seria Mono)

deus *avaiano que te' a tare.a de realiar esta .ertilia!#o da terraL &o'e!ara') ent#o) a trat+/

lo &o'o Mono) in&lusive .aendo que ele arti&iasse dos rituais que estava' rati&ando$ ste

ee'lo da etno-ra.ia de Sa*lins % u' &aso do que ele &*a'a de 1estrutura da &onuntura2: 1a

realia!#o r+ti&a das &ate-orias &ulturais e' u' &onteto *istri&o ese&.i&o) assi' &o'o se

eressa nas a!"es 'otivadas dos a-entes *istri&os23L 1u' &onunto situa&ional de rela!"es)

&ristaliadas a artir das &ate-orias &ulturais oerantes e dos interesses dos atores2

4

$C ar&us < =is&*er) C000) $ T83 Sa*lins) @990) $ @4 de') $ @T@


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A estrutura % &a'bi+vel ela *istria) se-unda Sa*lins$ isso i'li&a que os ro&essos

*istri&os in.luen&ia' na .or'a da estrutura &ultural$ as esta 'udan!a n#o % .eita da 'es'a

.or'a e' todas as so&iedades: *+ u'a tendn&ia 'aior a &ertas so&iedades alterare' 'ais

.a&il'ente suas estruturas) enquanto e' outras so&iedades *+ a tendn&ia e' que as estruturas

se 'ant%' 'ais .ir'e'ente$ le elabora dois tios ideais ara ossibilitar a an+lise destas

&ara&tersti&as: 1estruturas res&ritivas2 e 1estruturas er.or'ativas2$ strutura res&ritiva %

u'a &ara&tersti&as de u'a &erta estrutura onde redo'ine' 1-ruos deli'itados e re-rasobri-atrias) que res&reve' anterior'ente e' 'uito a 'aneira ela qual as essoas deve'

a-ir e intera-ir2$ strutura er.or'ativa % o inverso do tio res&ritivo de estrutura$ No &aso

*avaiano) Sa*lins 'ostra que *+ a tendn&ia 5 estrutura ser &ara&teriada elo tio

er.or'ativo$ Por ee'lo) u'a re-ra que &ostu'a ser r-ida na nossa so&iedade) a no!#o de

arentes&o) que entende'os) no -eral) or si-ni.i&a!#o de rela!"es biol-i&as) no 7ava

des&rito or Sa*lins % u'a re-ra bastante .level:

O arentes&o ode tanto ser &riado quanto vir ronto do ber!oL o HnutrirI

JhnaiK) a assi' &*a'ada ado!#o) ode e.etiva'ente instituir a aternidade do

'es'o 'odo que o nas&i'ento o .aria$ VWX Pais e .il*os s#o essoas da

'es'a es%&ie: s#o &o'ostos das 'es'as &oisas) quer or rerodu!#o da

substn&ia) quer or seu &onsu'o e' &onunto$ Se-ue/se lo-i&a'ente que u'a

essoa &uo ali'ento roven*a de u' &erto eda!o de terra ? ina sea u'

.il*o ? kama? dela$ JSa*lins) @990:48K

Sa*lins entende que estrutura n#o % u'a &ara&tersti&a &ultural ne&essaria'ente .ia) %

deendente do &onteto *istri&o e so&ial) te' &ar+ter dual) no sentido de ser) ao 'es'o

te'o) conen!"o e a!"o e irtualidade e realidade: 1se a &ultura .or VWX u'a orde' de

si-ni.i&a!#o) 'es'o assi' os si-ni.i&ados s#o &olo&ados e' ris&o na a!#o26$

efer'ncias ibliogrficas

(M==OR) >a'es$A experincia etnogrfica#Rio de >aneiro: ditora da U=R>) C008$

AR(US) ;eor-e < =S(7R) i&*ael$ La antropologa como crtica cultural$ un

'o'ento eeri'ental en las &ien&ias *u'anas$ Fuenos Aires: A'orrortu editores) C000$

SA7MNS) ars*all$Ilhas de histria$ Rio de >aneiro: >or-e Ya*ar ditor) @990$

de') $ 4T6 de') $ 9

estudijo sobli alteridad; lono

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