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ESTUDAR A ARACNOENTOMOFAUNA

A análise da diversidade biológica de uma dada área está na base de qualquer

trabalho de investigação a um nível mais elaborado que possa ser programado e

desenvolvido sobre essa mesma área. Relativamente às zonas tropicais e

subtropicais, e no que respeita a grande número de grupos zoológicos (a maioria dos

grupos de invertebrados, tendo à frente em número de espécies e em abundância os

artrópodes terrestres), esse trabalho fundamental encontra-se ainda por realizar ou

apenas parcialmente foi levado a cabo.

A equipa executante apenas abarca especialistas em quatro Ordens, os

Microcoryphia e os Zygentoma (Insecta), estudados a nível mundial, e os Lepidoptera

(Insecta) e Araneae (Arachnida) investigados a nível da Região Afrotropical, mais

especificamente a nível das antigas colónias de Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé

e Príncipe, Angola e Moçambique.

Nephila senegalensis (Cabo Verde) Festucula lineata

(aranha-papa-moscas)

Relativamente aos Lepidoptera tem-se dado especial atenção apenas a algumas

super-famílias, como são os casos dos Papilionoidea, Hesperiioidea, Saturnoidea e

Sphingoidea.

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Pupa e adulto de Attacus atlas Borboleta-macho do género Caligo

Quanto aos grupos zoológicos em estudo, vem-se procedendo à descrição de

espécies e de subespécies novas para a Ciência (algumas integrantes de géneros

também eles descritos como novos), à redescrição e à apresentação de notas sobre

outras espécies mal conhecidas e da sua validade (problemas de sinonímia), ao

estudo da sua corologia e distribuição, associações específicas e características eto- e

ecológicas, sua zoogeografia e, em certos grupos, filogenia (caso dos representantes

dos Microcoryphia e dos Zygentoma, mais ou menos intimamente ligados aos solos e

que representam os insectos mais

primitivos dos tempos actuais);

relativamente a diversos casos,

vem-se apresentando a

distribuição conhecida em mapas

com quadrícula (UTM ou grau por

grau de latitude e longitude) para

cada espécie.

Macho de Macrotoma hayesi (Cerambicydae)

de São Tomé e Príncipe

Alguns dos grupos em análise levantam problemas de índole evolutiva que

obrigam a que sejam estudados todos os seus representantes conhecidos, actuais e

fósseis, tropicais e não tropicais, de modo a que se possa apresentar uma proposta

relativa à sua eventual filogenia.

Com base na distribuição geográfica conhecida para cada grupo zoológico em

estudo e perante a análise dos mapas obtidos para cada uma das espécie, levando

em linha de conta que parte das espécies corresponderão a grupos indicadores,

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fortemente ligados ao biótopo em que ocorrem, pretende-se ainda contribuir para a

averiguação de áreas de elevada biodiversidade.

Equipa

IICT

Luis F. Mendes (coordenador)

Olga Baessa de Aguiar

SPEN

António Bivar de Sousa

Última actualização: 20 de Março de 2007