estrato proteico de soja

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Experimento com isolamento proteico de soja

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UNIVERSIDADE VILA VELHA- ESJanaina Ferreira Almeida

Extrao de protena de soja

Vila Velha- ES2015

Janaina Ferreira Almeida

Extrao de protena de soja

Relatrio referente a pratica realizada pela disciplina de qumica laboratorial, no curso de nutrio, da Universidade Vila Velha, como requisito para obteno de conhecimento sobre protena de soja.

Vila Velha- ES2015

1.IntroduoA soja uma das mais importantes culturas agrcolas mundiais, sendo sua produo destinada para a obteno de leo e farelo, pela indstria alimentcia. No Brasil, a soja foi cultivada pela primeira vez na Estao Agropecuria de Campinas, em 1901. O gro chegou depois com maior intensidade com os primeiros imigrantes japoneses em 1908 e foi introduzida oficialmente no Rio Grande do Sul em 1914. Porm, a expanso da soja no Brasil aconteceu nos anos 70, com o interesse crescente da indstria de leo e a demanda do mercado internacional (RUNHO, 2001).Teores de protena e leo em sementes de soja determinam seu valor comercial. A protena de soja tem bom valor nutritivo quando adequadamente processada, devendo ser destrudos os fatores antinutricionais, evitando, assim, a perda de aminocidos essenciais. Dentre os aminocidos, somente a cistina sofre substancial diminuio, provavelmente por degradao trmica sofrida durante o cozimento (CABRAL et al., 1997).O alto teor de protena faz dessa leguminosa matria-prima para obteno de vrios derivados proticos, dentre os quais podem ser ressaltados a farinha (integral e desengordurada), os isolados e concentrados proticos, protena vegetal texturizada e os extratos hidrossolveis, lquido e em p (AMINLARI e NELSON, 1977).O extrato protico solvel extrado do gro de soja, comumente conhecido como leite de soja, um produto de alto valor nutritivo e fcil elaborao. uma soluo coloidal obtida da extrao aquosa resultante da hidratao dos gros de soja, convenientemente limpos, seguido de processamento tecnolgico adequado, adicionado ou no de ingredientes opcionais permitidos, podendo ser submetido desidratao total ou parcial (REGITANO-DARCE, 1982).Assim, tambm por ser uma bebida protica de baixo custo, representa, sem dvida, importante alternativa para a nutrio humana, principalmente em locais em que o leite de vaca caro ou no disponvel. Tem alcanado destaque na alimentao de crianas e adultos, particularmente dos que apresentam intolerncia ao leite de vaca, causada por falhas genticas na digesto da lactose ou por reaes alrgicas s suas protenas. , ainda, recomendado para diabticos, pelo seu baixo teor de carboidratos. Alm disso, no contm colesterol, sendo tambm fonte de cidos graxos insaturados e de lecitina (BORDINGNON e MANDARINO, 1994).Um dos processos de obteno da protena de soja feito por extrao da protena em meio alcalino seguido de precipitao em meio cido, esse processo possui um custo muito elevado e ocasiona perda de at 25% de protena. Outro processo mais vivel, econmico e qualitativamente, a realizao de uma hidrlise enzimtica, que por sua vez assegura as propriedades nutricionais e funcionais da protena (STENZEL et al, 2004).2.ObjetivoEste trabalho tem como objetivo principal, realizar o processo de extrao de protena soja e compreender o resultado.

3. Materiais e reagentes 10g de farinha de soja; 90 ml de gua; Amostra de Hidrxido de sdio (NaOH); Amostra de Acido clordrico (HCl); Amostra de Biureto; Amostra de solvente ter petrleo hexano; Um Becker com capacidade volumtrica de 50 ml; Pipeta volumtrica; Tubos de ensaio; Phametro; Centrifugador; Espectrofotmetro; Agitador magntico; Moinho de bola; Balana analtica;

4. Metodologia Inicialmente a soja foi triturada no moinho de bola, para obter uma farinha de soja. Aps esse procedimento, a farinha foi colocada em contato com o solvente apolar ter petrleo hexano para solubilizar o leo. Colocou-se ento, o leo do Becker para pesar na balana analtica, o seu peso foi de 1,098 g, extraindo 10,98% de leo da farinha. Preparou-se uma soluo (1:10) de farinha de soja desengordurada. Em seguida, ajustamos o pH para 9, usando o pHmetro e o eletrodo, utilizando o hidrxido de sdio (NaOH). Deixamos agitando por 20 min no agitador magntico. Logo aps, centrifugou por 15 min em 100 rpm, para as protenas entrarem em contato com a gua. A amostragem se precipitou, formando um sobrenadante que a protena e um precipitado. Extramos o sobrenadante, e acertamos o pH para 4,5, aplicando acido clordrico (HCl). A soluo centrifugou novamente por 10 min em 1600 rpm. Teve-se um precipitado de protena. Foi formado 300 ml de soluo (1%) com 3 gramas de isolado protico de soja , com pH ajustado para 9. Foi adicionado, em quantidades diferentes, nos 7 tubo de ensaio e completado com 2 ml de gua, alguns ficaram com mais soluo (tabela 1). Aplicamos Biureto (CuSO4), auxiliador para medir absorbncia da protena. Possui colorao azul, mas varia sua cor para violeta na presena das protenas. usado um aparelho chamado espectrofotmetro,para medir a absorvancia. Regulado para um comprimento de onda igual a 540nm (nanmetros).Dentro da cubeta onde fica a soluo, a luz passa e o detector mede a quantidade de luz. A partir da absorvncia foi possvel calcular a transmitncia.

5. Resultados e discussoTubos de ensaioSoluo de biureto (ml)Soluo de protena (ml)gua (ml)

14,00,02,0

24,00,21,8

34,00,51,5

44,00,81,2

54,01,01,0

64,01,50,5

74,02,00,0

Tabela 1

Grfico 1

Grfico 2

Tabela 2pHSoluo de biureto (ml)Soluo de protena (ml)

2,04,02,0

3,54,02,0

4,54,02,0

6,54,02,0

7,54,02,0

94,02,0

No experimento do grupo Pg2, foi distribuda 2 ml de soluo em 6 tubinhos (tabela 2), e um uma soluo de biureto para ajustar o pH em cada tubo, logo aps centrifugou-seGrfico 3

Pode perceber de acordo com o grfico 2, referente ao pg1, percebe-se que quanto mais violeta, mais luz absorvida e menos transmitida,possuindo mais protena . J que utilizamos quantidades diferentes de protenas em cada tubo de ensaio, houve uma variao na colorao violeta. No grupo do pg2, quando o pH estava em 4,5 se teve 0 de absorbncia, devido o fato de ter um precipitado de protena e no possuir soluo para absoro, logo temos 100% de transmitncia. A protena absorvida com o pH em 4,5 e ficam solveis com o pH prximo de 9. As protenas, por apresentarem muitas ligaes peptdicas, quando tratadas com o Reagente de Biureto, produzem uma colorao cuja intensidade obedece a Lei de Lambert-Bier. Esta Lei estabelece que a absorbncia de uma soluo aumente medida que aumenta a concentrao de partculas absorventes.A diferena de colorao muitas vezes imperceptvel a olho nu. A medida da intensidade de cor efetuada por instrumentos denominados fotocolormetros ou espectrofotmetros. Estes instrumentos possuem uma fonte de luz branca, filtros coloridos (fotocolormetro), prismas ou retculos de difrao (espectrofotmetro), atravs dos quais pode ser feita a seleo do comprimento de onda (), e um sistema onde a intensidade da luz detectada, transformada em corrente eltrica, amplificada e medida.Ao incidir um feixe de luz sobre uma soluo corada, verifica-se que a intensidade de luz que emerge da soluo , menor que a intensidade de luz incidente nesta soluo. A diferena entre a intensidade de luz de incide e a intensidade de luz que atravessa a soluo corada pode ser medida e expressa pelo coeficiente obtido atravs da diviso da intensidade da luz emergente pela intensidade da luz incidente .Este coeficiente chamado de transmitncia . Por sua vez, mede-se a intensidade de luz absorvida por uma soluo corada pela reduo da medida da intensidade de luz transmitida. A medida de absoro chamada de absorbncia (A) ,logo Absorbncia e Transmitncia so inversamente proporcionais.A solubilidade uma das propriedades mais importantes das protenas de soja, sendo necessrio conhecer o comportamento dela em diferentes meios para uma aplicao adequada. A solubilidade da protena medida pelo ndice de solubilidade do nitrognio, isto , a porcentagem de protena que se mantm em soluo ou disperso coloidal sob condies especifica e que no sedimenta com foras centrifugas moderadas (ORDOEZ et AL. 2005).So dois fatores principais que determinam a solubilidade de uma protena, as cargas inicas e a natureza hidrofbica. As interaes hidrofbicas favorecem as interaes protena- protena que resulta em decrscimo na solubilidade. As interaes inicas favorecem as interaes protena- gua, em aumento de solubilidade (FENNEMA, 1996).As solubilidades das protenas em soluo aquosa dependem do pH. Para a maioria das protenas a menor solubilidade se consegue no ponto isoeltrico, onde a elas possuem carga liquida igual a zero, sendo a interao hidrofbica mxima com a gua. Neste ponto, observa-se tambm que a repulso eletrosttica e hidratao inica so mnimas. Quando os valores de pH so superiores ou inferiores ao ponto isoeltrico as protenas tem carga e repulso eletrosttica e hidratao inica promovem a solubilizao (DAMORARAN,1997).Sementes de variedades cultivadas de soja contm cerca de 40% de protena e 20% de leo com base na matria, as protenas presentes em maior quantidade so as protenas de reserva glicinina e -conglicinina, lipoxigenases, inibidor de tripsina Kunitz, inibidores de protease de baixo peso molecular, lectina e urease.O valor nutritivo da protena da soja afetado de forma negativa em presena de fatores antinutricionais.Esses fatores ,caracterizados de melhor forma, so inibidores de proteases, lectinas, fitatos, compostos fenlicos e oligossacardeos.De maneira geral, as leguminosas possuem fatores antinutricionais e outras substancias nocivas a sade, e podem ser parcialmente inativadas atravs do tratamento trmico.Porem o processo trmico excessivo, por outro lado, pode alterar de maneira indesejvel as estruturas das protenas tornando-as menos acessveis e reduzindo a disponibilidade da lisina e, em menor extenso, de outros aminocidos via reao de Maillard.Os principais compostos fenlicos da soja so as isoflavonas [9]. A concentrao de isoflavonas na soja e de seus derivados pode variar muito, pois depende da variedade do gro, solo, clima, local onde foi cultivada e, principalmente, do tipo de processamento utilizado no preparo dos produtos proticos. As isoflavona vm se destacando pelo fato de experimentos apresentarem uma alternativa promissora na preveno e/ou tratamento de muitas doenas hormnio-dependentes, incluindo cncer, sintomas da menopausa, doenas cardiovasculares e osteoporose. Durante as etapas do processamento desses produtos da soja pode haver perda de algumas isoflavonas e tambm mudana no seu perfil. As principais isoflavonas presentes na soja no-processada, malonilgenistina, genistina, malonildaidzina e daidzina, so transformadas para outras formas durante o processamento, tais como acetilglicosdeos e agliconas.

6. ConclusoO presente trabalho verificou a extrao do isolado protico de soja, obtida a partir da farinha de soja desengordurada e contm no mnimo 90% de protena. A Solubilidade das protenas de soja est diretamente relacionada com o pH sendo que menor prxima a seu ponto isoeltrico e mxima prxima a pH 7. Sais afetam negativamente a capacidade de solubilizao das protenas. Protenas obtidas desta maneira tm solubilidade superior a 80% alem de ter alta capacidade de geleificao e viscosidade. Com um pH menor a protena tem uma transmitncia de 100% e uma absorbncia 0, isso devido a precipitao. Com o pH em 9, a solubilidade fica visvel e sua absorbncia maior.

7. RefernciasLUI, Maria Cristina Y. et al. ISOFLAVONAS EM ISOLADOS E CONCENTRADOS PROTICOS DE SOJA. Cincia e Tecnologia de Alimentos, p.206-212, Dezembro de 2003.RUNCHO, Richard Cesar. Artigo tcnico: FARELO DE SOJA: PROCESSAMENTO E QUALIDADE.Poli-nutri ALIMENTOS. Janeiro/2001. Disponvel em: www.polinutri.com.brASMANN, Francislene Andria et al. MICELAS REVERSAS DE LECITINA DE SOJA UMA ALTERNATIVA PARA PURIFICAO DE PROTENAS. Revista Brasileira de Cincias Farmacuticas.Brasilian Jounal of Pharmaceutical Sciences. Vol. 43, n. 3, jul./set, 2007.MORAES, Rita Maria de et al. CARACTERIZAO BIOQUMICA DE LINHAGENS DE SOJA COM ALTO TEOR DE PROTENA. Pesquisa Agropecuria Brasileira, v.41, n.5, p.725-729. Braslia-DF, maio de 2006.CMARA, G. M. S. et al. Soja: Produo, pr-processamento e transformao agroindustrial. So Paulo: Secretaria da Indstria, Comrcio, Cincia e Tecnologia, 1982.VIEIRA, C. R. et al. Caracterizao fsica e tecnolgica de seis cultivares de soja plantadas no Brasil. Cincia e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v.17, n.3, p. 291 294, 1997.FREITAS, S.; HARTMAN, L.; COURI, S. Alternativa biotecnolgica ao uso de solventes orgnicos na extrao de leos vegetais. leos e Gros, n. 32, p. 29-32, 1996

LUI, Maria Cristina Y. et al. ISOFLAVONAS EM ISOLADOS E CONCENTRADOS PROTICOS DE SOJA. Cincia e Tecnologia de Alimentos, p.206-212, Dezembro de 2003.

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