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AS ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS UTILIZADAS NO PROCESSO DE ENSINO- APRENDIZAGEM [...] a palavra ‘estratégia’ possui estreita ligação com o ensi por parte do docente, que precisa envolver o aluno e fazer com o saber. professor precisa promover a curiosidade, a seguranç para que o principal ob!etivo educacional, a aprendizagem do al "esse modo, o uso do termo #estratégias de ensino$ refere%se aos me docentes na articulação do processo de ensino, de acordo com cada ativi esperados. &nastasiou e &lves '())*, p. + - advertem que &s estratégias visam / consecução de ob!etivos, portanto, 01 qu aonde se pretende c0egar naquele momento com o processo de ensi & definição do uso de determinada estratégia de ensino%aprendizagem ob!etivos que o docente estabelece e as 0abilidades a serem desenvolvid conte2dos. 3isando aprofundar essa discussão o 4uadro ( apresenta uma individualizada das estratégias, a partir do entendimento de &n acrescidas das recomendaç5es de 6arion e 6arion '())7- e 8etru aplic1veis / 1rea de neg:cios. Quadro 2: Defii!"o da# E#$ra$%&ia# de E#io ESTRATÉGIA DESCRI'(O DESCRI'(O Au)a e*+o#i$i,a dia)o&ada ; uma e<posição do conte2do, com a participação ativa dos estud con0ecimento prévio deve ser considerado e pode ser tomado como partida. professor leva os estudantes a questionarem, interpretarem e discutirem o ob!eto de estudo, a partir do recon0ecimento e do realidade. '&=&>?&>@AB &C3E>, ())*, p. +D-. E#$udo de $e*$o ; a e<ploração de ideias de um autor a partir do estudo cr tico busca de informaç5es e e<ploração de ideias dos autores estudad '&=&>?&>@AB &C3E>, ())*, p. G)- Por$f )io ; a identificação e a construção de registro, an1lise, produç5es mais significativas ou identificação dos maiores desa relação ao ob!eto de estudo, assim como das formas encontradas '&=&>?&>@AB &C3E>, ())*,p. G -. Te.+e#$ade /ere0ra) ; uma possibilidade de estimular a geração de novas ideias de f natural, dei<ando funcionar a imaginação. =ão 01 certo ou errad levantado ser1 considerado, solicitando%se, se necess1rio, uma do estudante. '&=&>?&>@AB &C3E>, ())*, p. G(-. Ma+a /o/ei$ua) Ionsiste na construção de um diagrama que indica a relação de c perspectiva bidimensional, procurando mostrar as relaç5es 0ier1 conceitos pertinentes / estrutura do conte2do. '&=&>?&>@AB &C3 GJ-. E#$udo diri&ido ; o ato de estudar sob a orientação e diretividade do professor dificuldades espec ficas. ; preciso ter claro o que é a sessã preparada. '&=&>?&>@AB &C3E>, ())*, p. G*-. E#$udo diri&ido e au)a# orie$ada# 8ermite ao aluno situar%se criticamente, e<trapolar o te<to par compreender e interpretar os problemas propostos, sanar dificuldades de entendimento e propor alternativas de soluçãoB E<ercita no alun escrever o que foi lido e interpret1%loB 8r1tica dinHmica, cria '6&K@=B 6&K@=, ())7, p. *(-B '8E?KAII@B 9&?@>?=, ())7, p. (+ Li#$a de di#/u##"o ; a oportunidade de um grupo de pessoas poder debater, / distHn sobre o qual se!am especialistas ou ten0am realizado um 1

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Estratégias para a sala de aula

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AS ESTRATGIAS PEDAGGICAS UTILIZADAS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

[...] a palavra estratgia possui estreita ligao com o ensino. Ensinar requer arte por parte do docente, que precisa envolver o aluno e fazer com ele se encante com o saber. O professor precisa promover a curiosidade, a segurana e a criatividade para que o principal objetivo educacional, a aprendizagem do aluno, seja alcanada.

Desse modo, o uso do termo estratgias de ensino refere-se aos meios utilizados pelos docentes na articulao do processo de ensino, de acordo com cada atividade e os resultados esperados. Anastasiou e Alves (2004, p. 71) advertem que:As estratgias visam consecuo de objetivos, portanto, h que ter clareza sobre aonde se pretende chegar naquele momento com o processo de ensinagem.

A definio do uso de determinada estratgia de ensino-aprendizagem considera os objetivos que o docente estabelece e as habilidades a serem desenvolvidas em cada srie de contedos. Visando aprofundar essa discusso o Quadro 2 apresenta uma breve transcrio individualizada das estratgias, a partir do entendimento de Anastasiou e Alves (2004), acrescidas das recomendaes de Marion e Marion (2006) e Petrucci e Batiston (2006), aplicveis rea de negcios.

Quadro 2: Definio das Estratgias de EnsinoESTRATGIA DESCRIODESCRIO

Aula expositivadialogada uma exposio do contedo, com a participao ativa dos estudantes, cujo conhecimento prvio deve ser considerado e pode ser tomado como ponto de partida. O professor leva os estudantes a questionarem, interpretarem e discutirem o objeto de estudo, a partir do reconhecimento e do confronto com a realidade. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 79).

Estudo de texto

a explorao de ideias de um autor a partir do estudo crtico de um texto e/ou a busca de informaes e explorao de ideias dos autores estudados. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 80)

Portflio

a identificao e a construo de registro, anlise, seleo e reflexo das produes mais significativas ou identificao dos maiores desafios/dificuldades em relao ao objeto de estudo, assim como das formas encontradas para superao. (ANASTASIOU; ALVES, 2004,p. 81).

Tempestadecerebral

uma possibilidade de estimular a gerao de novas ideias de forma espontnea e natural, deixando funcionar a imaginao. No h certo ou errado. Tudo o que for levantado ser considerado, solicitando-se, se necessrio, uma explicao posterior do estudante. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 82).

Mapa conceitual

Consiste na construo de um diagrama que indica a relao de conceitos em uma perspectiva bidimensional, procurando mostrar as relaes hierrquicas entre os conceitos pertinentes estrutura do contedo. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 83).

Estudo dirigido

o ato de estudar sob a orientao e diretividade do professor, visando sanar dificuldades especficas. preciso ter claro: o que a sesso, para que e como preparada. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 84).

Estudo dirigido eaulas orientadas

Permite ao aluno situar-se criticamente, extrapolar o texto para a realidade vivida, compreender e interpretar os problemas propostos, sanar dificuldades de entendimento e propor alternativas de soluo; Exercita no aluno a habilidade de escrever o que foi lido e interpret-lo; Prtica dinmica, criativa e crtica da leitura. (MARION; MARION, 2006, p. 42); (PETRUCCI; BATISTON, 2006, p. 279-280).

Lista de discussopor meiosinformatizados

a oportunidade de um grupo de pessoas poder debater, distncia, um tema sobre o qual sejam especialistas ou tenham realizado um estudo prvio, ou queiram aprofund-lo por meio eletrnico. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 85).

Ensino distnciaAs ferramentas usadas no ensino distncia vo das mais simples, como o ensino por correspondncia sem apoio ou tutoria, pela comunicao apenas entre educador e educando, at os mtodos mais sofisticados, que incluem esquemas interativos de comunicao no presencial via satlite, ou por redes de computadores. (PETRUCCI; BATISTON, 2006, p. 289-294).

Ensino distnciaSoluo de problemas o enfrentamento de uma situao nova, exigindo pensamento reflexivo, crtico e criativo a partir dos dados expressos na descrio do problema; demanda a aplicao de princpios, leis que podem ou no ser expressas em frmulas matemticas. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 86).

Resoluo deexerccios

O estudo por meio de tarefas concretas e prticas tem por finalidade a assimilao de conhecimentos, habilidades e hbitos sob a orientao do professor. (MARION; MARION, 2006, p. 46).

Ensino empequenos grupos

uma estratgia particularmente vlida em grandes turmas, pois consiste em separar a turma em pequenos grupos, para facilitar a discusso. Assim, despertar no aluno a iniciativa de pesquisar, de descobrir aquilo que precisa aprender. (PETRUCCI; BATISTON, 2006, p. 278-279).

Phillips 66 uma atividade grupal em que so feitas uma anlise e uma discusso sobre temas / problemas do contexto dos estudantes. Pode tambm ser til para obteno de informao rpida sobre interesses, problemas, sugestes e perguntas. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 87).

Grupo deverbalizao e deobservao(GV/GO) a anlise de tema/problemas sob a coordenao do professor, que divide os estudantes em dois grupos: um de verbalizao (GV) e outro de observao (GO). uma estratgia aplicada com sucesso ao longo do processo de construo do conhecimento e requer leituras, estudos preliminares, enfim, um contato inicial com o tema. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 88).

Dramatizao

uma apresentao teatral, a partir de um foco, problema, tema etc. Pode conter explicitao de ideias, conceitos, argumentos e ser tambm um jeito particular de estudo de casos, j que a teatralizao de um problema ou situao perante os estudantes equivale a apresentar-lhes um caso de relaes humanas. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 89).

Seminrio

um espao em que as ideias devem germinar ou ser semeadas. Portanto, espao, onde um grupo discuta ou debata temas ou problemas que so colocados em discusso.(ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 90).

Estudo de caso a anlise minuciosa e objetiva de uma situao real que necessita ser investigada e desafiadora para os envolvidos. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 91).

Jri simulado uma simulao de um jri em que, a partir de um problema, so apresentados argumentos de defesa e de acusao. Pode levar o grupo anlise e avaliao de um fato proposto com objetividade e realismo, crtica construtiva de uma situao e dinamizao do grupo para estudar profundamente um tema real. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 92).

Simpsio

a reunio de palestras e prelees breves apresentada por vrias pessoas (duas a cinco) sobre um assunto ou sobre diversos aspectos de um assunto. Possibilita o desenvolvimento de habilidades sociais, de investigao, amplia experincias sobre um contedo especfico, desenvolve habilidades de estabelecer relaes. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 93).

Painel

a discusso informal de um grupo de estudantes, indicados pelo professor (que j estudaram a matria em anlise, interessados ou afetados pelo problema em questo), em que apresentam pontos de vista antagnicos na presena de outros. Podem ser convidados estudantes de outras fases, cursos ou mesmo especialistas na rea. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 94).

Palestras

Possibilidade de discusso com a pessoa externa ao ambiente universitrio sobre um assunto de interesse coletivo, de acordo com um novo enfoque; Discusso, perguntas, levantamento de dados, aplicao do tema na prtica, partindo da realidade do palestrante. (MARION; MARION, 2006, p. 42); (PETRUCCI; BATISTON, 2006, p. 288-289).

Frum

Consiste num espao do tipo reunio, no qual todos os membros do grupo tm a oportunidade de participar do debate de um tema ou problema determinado. Pode ser utilizado aps a apresentao teatral, palestra, projeo de um filme, para discutir um livro que tenha sido lido pelo grupo, um problema ou fato histrico, um artigo de jornal, uma visita ou uma excurso. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 95).

Discusso edebate

Sugere aos educandos a reflexo acerca de conhecimentos obtidos aps uma leitura ou exposio, dando oportunidade aos alunos para formular princpios com suas prprias palavras, sugerindo a aplicao desses princpios. (MARION; MARION, 2006, p. 42-44).

Oficina(laboratrio ouworshop)

a reunio de um pequeno nmero de pessoas com interesses comuns, a fim de estudar e trabalhar para o conhecimento ou aprofundamento de um tema, sob orientao de um especialista. Possibilita o aprender a fazer melhor algo, mediante a aplicao de conceitos e conhecimentos previamente adquiridos. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 96).

Escritrio,laboratrio ouempresa modeloProporciona ao aluno contato com a tecnologia da informao, os reflexos de m informao gerada, as inmeras possibilidades de erros e os consequentes acertos. (PETRUCCI; BATISTON, 2006, p. 286-288).

Estudo do meio um estudo direto do contexto natural e social no qual o estudante se insere, visando a uma determinada problemtica de forma interdisciplinar. Cria condies para o contato com a realidade, propicia a aquisio de conhecimentos de forma direta, por meio da experinciavivida. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 97).

Ensino compesquisa

a utilizao dos princpios do ensino associados aos da pesquisa: Concepo de conhecimento e cincia em que a dvida e a crtica sejam elementos fundamentais; assumir o estudo como situao construtiva e significativa, com concentrao e autonomia crescente; fazer a passagem da simples reproduo para um equilbrio entre reproduo e anlise.(ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 98).

Exposies, excurses e visitas

Participao dos alunos na elaborao do plano de trabalho de campo; Possibilidade de integrar diversas reas de conhecimento; Integrao do aluno, atravs da escola, com a sociedade, atravs das empresas; Visualizao, por parte do aluno, da teoria na prtica;Desenvolvimento do pensamento criativo do aluno e viso crtica da realidade em que ele se insere. (MARION; MARION, 2006, p. 37-38); (PETRUCCI; BATISTON, 2006, p. 276-277).

Jogos deempresasOs alunos tornam-se agentes do processo; So desenvolvidas habilidades na tomada de decises no nvel administrativo, vivenciando-se aes interligadas em ambientes de incerteza; Permite a tomada de decises estratgicas e tticas no gerenciamento dos recursos da empresa, sejam eles materiais ou humanos; (MARION; MARION, 2006, p. 50); (PETRUCCI e BATISTON (2006, p. 281-283).

Ensinoindividualizado

O ensino individualizado a estratgia que procura ajustar o processo de ensino-aprendizagem s reais necessidades e caractersticas do discente. (PETRUCCI; BATISTON, 2006, p. 294-298).

Fonte: elaborado com base em ANASTASIOU e ALVES (2004, p. 79); MARION e MARION (2006); PETRUCCI e BATISTON (2006).

Petrucci e Batiston (2006) ressaltam que as estratgias apresentadas no so absolutas, nem imutveis, constituindo-se em ferramentas que podem ser adaptadas, modificadas, ou combinadas pelo docente, conforme julgar conveniente ou necessrio.Tais adaptaes devem ser realizadas numa perspectiva da aprendizagem, como responsabilidade no somente do professor, mas uma parceira entre docente e discente, num trabalho colaborativo.

REFERNCIAS

PIMENTA, Selma Garrido; ANASTASIOU, Lea das Graas Camargos. Docncia no ensino superior. So Paulo: Cortez, 2002.