estratÉgia para a reduÇÃo dos riscos de … · captação, tratamento e abastecimento de águas...

19
ESTRATÉGIA PARA A REDUÇÃO DOS RISCOS DE INUNDAÇÕES Sessão de Participação Pública dos Planos de Gestão dos Riscos de Inundações (PGRI) Lisboa, 24 de fevereiro de 2016

Upload: buithuy

Post on 10-Nov-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: ESTRATÉGIA PARA A REDUÇÃO DOS RISCOS DE … · captação, tratamento e abastecimento de águas para consumo, Infra-estruturas de tratamento de resíduos e águas residuais, Equipamentos

ESTRATÉGIA PARA A REDUÇÃO DOS RISCOS DE INUNDAÇÕES

Sessão de Participação Pública dos Planos de Gestão dos Riscos de Inundações (PGRI)Lisboa, 24 de fevereiro de 2016

Page 2: ESTRATÉGIA PARA A REDUÇÃO DOS RISCOS DE … · captação, tratamento e abastecimento de águas para consumo, Infra-estruturas de tratamento de resíduos e águas residuais, Equipamentos

ÍNDICE DA APRESENTAÇÃO

1. Catástrofes naturais

2. Enquadramento legislativo

3. Directiva das Inundações

4. Áreas de Implementação da Estratégia

5. Metodologia hidrológica e hidráulica (síntese)

6. Análise de Risco

7. Cartografia

8. Objetivos do PGRI

Page 3: ESTRATÉGIA PARA A REDUÇÃO DOS RISCOS DE … · captação, tratamento e abastecimento de águas para consumo, Infra-estruturas de tratamento de resíduos e águas residuais, Equipamentos

1. Catástrofes Naturais

Cheias resultam de fenómenos naturais fluviais (nível hidrométrico).Inundações fenómenos naturais ou tecnológicos: marmotos, costeiras, subterrâneas (nível freático), rotura de barragens e ou diques, deficiências no sistema de drenagem de águas residuais e pluviais.

CATÁSTROFE (Fonte: EM-DAT (2016), período 1900-2015)

• 10 OU MAIS PESSOAS DESAPARECIDAS OU MORTAS

• 100 PESSOAS AFECTADAS

• PEDIDOS DE ASSISTÊNCIA INTERNACIONAL

• DECLARAÇÃO DO ESTADO DE EMERGÊNCIA

http://www.emdat.be/

(portal do Base de Dados Internacional de Desastres)

Tipo de Catástrofes Naturais (Portugal)Nº de

ocorrênciasNº de Mortos

Nº de Afetados

Total de Prejuízos (000 US$)

Secas 3 0 0 1 443 136

Temperaturas extremas (baixas e altas) 4 2737 0Cheias 13 596 53534 1 493 100Precipitações extremas 9 49 4291 295 000Incêndios florestais 9 69 150186 3 475 000Classificação 1º 2º 2º 2º

Page 4: ESTRATÉGIA PARA A REDUÇÃO DOS RISCOS DE … · captação, tratamento e abastecimento de águas para consumo, Infra-estruturas de tratamento de resíduos e águas residuais, Equipamentos
Page 5: ESTRATÉGIA PARA A REDUÇÃO DOS RISCOS DE … · captação, tratamento e abastecimento de águas para consumo, Infra-estruturas de tratamento de resíduos e águas residuais, Equipamentos

2. Enquadramento Legislativo

Legislação Designação Delimitação Excepcionalidade

REN – Decreto-lei 166/08, 22 de Agosto

ZAC – Zona Ameaçada por Cheias - Área contígua à margem de umcurso de água que se estende até à linha alcançada pela cheia comperíodo de retorno de 100 anos ou pela maior cheia conhecida.

Modelação hidrológica e hidráulica

100 anos Ou maior cheia conhecida

Decreto-lei 364/98, de 21 de novembro

ZI - Zonas Inundáveis - áreas atingidas pela maior cheia conhecida(urbanos atingidos por cheias num período de tempo que, pelo menos,inclua o ano de 1967)

Profundidade da cheia e excepcionalidade

maior cheia conhecida ou 100 anos (se maior que a anterior)

Lei da Água -Decreto-lei 58/2005, de

ZI ou ZAC cheias as áreas contíguas à margem dos cursos de água ou domar que se estendam até à linha alcançada pela maior cheia comprobabilidade de ocorrência num período de retorno de um século

100 m para cada lado da linha água (quando se desconheça e delimitação)

100 anos

Lei 54/2012 Zonas adjacentes-delimitam áreas de ocupação edificada proibida e oucondicionada, nestas obrigando a que as cotas dos pisos sejamsuperiores à cota local da cheia com T=100 anos.

100 anos ou maior cheia conhecida

Page 6: ESTRATÉGIA PARA A REDUÇÃO DOS RISCOS DE … · captação, tratamento e abastecimento de águas para consumo, Infra-estruturas de tratamento de resíduos e águas residuais, Equipamentos

3. Directiva das Inundações

OBJETIVO LEGISLATIVOAvaliar e gerir os riscos de inundações para reduzir as consequências associadas às inundações prejudiciais para saúde humana (perdas humanas), o ambiente, o património cultural, (as infraestruturas) e as atividades económicas.

Directiva 2007/60/CE de 23 de outubro

(FD)

Decreto-Lei nº 115/2010 de 22 de outubro (DAGRI)

Page 7: ESTRATÉGIA PARA A REDUÇÃO DOS RISCOS DE … · captação, tratamento e abastecimento de águas para consumo, Infra-estruturas de tratamento de resíduos e águas residuais, Equipamentos

3. Directiva das Inundações (Fases da Implementação da Estratégia)

Page 8: ESTRATÉGIA PARA A REDUÇÃO DOS RISCOS DE … · captação, tratamento e abastecimento de águas para consumo, Infra-estruturas de tratamento de resíduos e águas residuais, Equipamentos

2015

Elaboração da cartografia de

zonas inundáveis e de riscos de

inundações para as Zonas Críticas selecionadas em

2012

2015/ 2016

Elaboração do Plano de Gestão dos Riscos de

Inundações para as Zonas Críticas selecionadas em

2012

2012

Seleção das Zonas Críticas

2018 – Revisão / Avaliação Preliminar de Risco

2019 – Revisão/Elaboração de cartografia

2021 Revisão dos PGRI

2.º ciclo

1.º ciclo

Critério: De acordo com as “guidances” de

implementação da Diretiva 2007/60/CE

3. Directiva das Inundações (Fases da Implementação da Estratégia)

Page 9: ESTRATÉGIA PARA A REDUÇÃO DOS RISCOS DE … · captação, tratamento e abastecimento de águas para consumo, Infra-estruturas de tratamento de resíduos e águas residuais, Equipamentos

3. Directiva das Inundações (Seleção das Zonas Críticas)

Definição de Critérios

Seleção das Zonas

Criticas

b) Uma descrição das inundações ocorridas no passado que tenham tido impactos negativos importantes na saúde humana, noambiente, no património cultural, nas infra -estruturas e nas actividades económicas, nos casos em que continue a existir umaprobabilidade significativa de inundações semelhantes voltarem a ocorrer no futuro. Artigo nº 5º, nº 3 - DL 115/2010

APA / ARH ANPC DGT ANMP RAA RAM

Atribuições

em matéria de

elaboração de

cartografia

Decreto-Lei nº 115/2010

Comissão Nacional de Gestão de Riscos de Inundações

Coordenação,

representação

de região

hidrográfica

Representação

de serviços

distritais e

municipais de

proteção civil

Representação

dos Munícipios

portugueses

Representação

da Região

Autónoma dos

Açores

Representação

da Região

Autónoma da

Madeira

Page 10: ESTRATÉGIA PARA A REDUÇÃO DOS RISCOS DE … · captação, tratamento e abastecimento de águas para consumo, Infra-estruturas de tratamento de resíduos e águas residuais, Equipamentos

RH1Ponte de Lima e Ponte da Barca (rio Lima);RH2Esposende (rio Cávado);RH3Régua (rio Douro);Porto e Vila Nova de Gaia (rio Douro); Chaves (rio Tâmega, afluente do rio Douro).RH4Coimbra (rio Mondego); Estuário do rio Mondego (rio Mondego); Águeda (rio Águeda afluente do rio Vouga);Ria de Aveiro (rio Vouga);Pombal (rio Arunca, afluente do rio Mondego).

4. Áreas da Implementação da Estratégia

22 ZONAS CRÍTICAS (CNGRI+BD-SNIRH)

Pelo menos uma pessoa desaparecida ou morta +

No mínimo quinze pessoas afetadas (evacuados ou desalojados)

RH5Abrantes> Santarém> Vila Franca Xira (rio Tejo);Loures e Odivelas (rio Trancão, afluente do rio Tejo);Torres Vedras (rio Sizandro);Tomar (rio Nabão, afluente do Zêzere e rio Tejo).RH6Setúbal (Ribeira Livramento);Alcácer do Sal (rio Sado);Santiago do Cacém – freguesia de Alvalade (rio Sado).RH8Aljezur (rio Aljezur);Tavira (rio Gilão); Monchique (ribeira de Monchique);Faro (Rio Seco/sistema da ria Formosa);Silves (rio Arade).

Page 11: ESTRATÉGIA PARA A REDUÇÃO DOS RISCOS DE … · captação, tratamento e abastecimento de águas para consumo, Infra-estruturas de tratamento de resíduos e águas residuais, Equipamentos

5. Metodologia hidrológica e hidráulica (síntese)

Caudais de Ponta de Cheia:

• 8 ZC Caudais fornecidos

• Porto e Gaia

• Régua

• Águeda

• Coimbra

• Foz do Mondego

• Ria de Aveiro

• Abrantes>Santarém>Vila Franca de Xira

• Alcácer do Sal

• 14 Zonas Criticas Modelação hidrológica

14 Zonas Críticas Modeladas Precipitações - Escoamento:

• 4 ZC com regularização a montante (Lima, Cávado, Santiago do Cacém, Silves)

• caudais afluentesamortecimento caudais efluentes dos descarregadores

• 10 ZC sem regularização

• Validação hidrológica: utilização de precipitações e registos hidrométricos (comparação de caudais)

Caudaisponta de cheia

Modelo Hidráulico

Page 12: ESTRATÉGIA PARA A REDUÇÃO DOS RISCOS DE … · captação, tratamento e abastecimento de águas para consumo, Infra-estruturas de tratamento de resíduos e águas residuais, Equipamentos

5. Metodologia hidrológica e hidráulica (síntese)

Construção do Modelo Digital do Terreno MDT:

• Fonte de Dados:

• LiDAR (0,5 a 4 m)

• Topografia 1: 10 000

• Raster APA 30 m

• Nasa 30 m

• Alguns perfis transversais

• Interpolação

• IWD

• Triangulação

• TopoRaster

12 Zonas Críticas com influência da maré:

• Porto e Gaia

• Esposende

• Foz do Mondego

• Ria de Aveiro

• Loures e parte de Odivelas

• Torres Vedras

• Aljezur

• Faro

• Tavira

• Silves

Modelos hidráulicos bidimensionais (MOHID-Land

e Water):

• Nas Zonas Críticas com drenagem urbana relevante (Monchique, Pombal e Setúbal) foi simulado apenas o escoamento superficial, que representa o cenário mais desfavorável

• Modelos matemáticos bidimensionais, escoamento superficial e nos rios (equação de Saint Venant)

• Validação hidráulica: comparação dos resultados com as cotas/níveis hidrométricos e marcas de cheia

Page 13: ESTRATÉGIA PARA A REDUÇÃO DOS RISCOS DE … · captação, tratamento e abastecimento de águas para consumo, Infra-estruturas de tratamento de resíduos e águas residuais, Equipamentos

5. Metodologia hidrológica e hidráulica (síntese)

Mapas de Inundação:

• Limite - a extensão da inundação

• Profundidade -profundidades de água ou nível de água.

• Velocidade -velocidade de fluxo ou caudal

3 cenários

• Probabilidade alta(20 anos)

• Probabilidade média(100 anos)

• Probabilidade baixa(1000 anos)

Extensão

Profundidade

Velocidade

Page 14: ESTRATÉGIA PARA A REDUÇÃO DOS RISCOS DE … · captação, tratamento e abastecimento de águas para consumo, Infra-estruturas de tratamento de resíduos e águas residuais, Equipamentos

6. Análise de Risco

DEFINIÇÃO GERAL DO RISCO TÉCNICO

Risco=Probabilidade do ocorrência do evento, com determinada magnitude x Consequência

(Valor expectável das consequências associado a um determinado acontecimento)

Conceitos associados ao Risco:a) Perigo acontecimento que pode provocar perdasb) Severidade característica do acontecimento associado à sua capacidade de provocar perdas/danos em função da magnitudec) Perigosidade combinação entre a severidade e a probabilidade de ocorrência associadad) Exposição valor estimado dos bens possíveis de serem danificados pelos acontecimentose) Vulnerabilidade (física ou social)grau de danos nos elementos expostos: física (fragilidade das infraestruturas + resiliência) e social (capacidade de resposta)

RISCO

Perigosidade (h)

Perigosidade (v)

Exposição

Consequências

Vulnerabilidade

Suscetibilidade

Magnitude

Page 15: ESTRATÉGIA PARA A REDUÇÃO DOS RISCOS DE … · captação, tratamento e abastecimento de águas para consumo, Infra-estruturas de tratamento de resíduos e águas residuais, Equipamentos

6. Análise de Risco

Risco

Perigosidade (hidrodinâmica)

PH = d (v + 0,5) Perigosidade Descrição do risco

(considerado apenas a população)

<0,75 Inexistente –

0,75 – 1,25 Baixa Cautela

1,25 – 2,50 Média Perigo para alguns

2,5 – 7 Alta Perigo para a maior parte das pessoas

>7 Muito Alta Perigo para toda a população

d - profundidade (m); v - velocidade (m/s).

Consequência Critério/Classe

Máximo Tecido urbano contínuo e descontínuo

Alta

Indústrias abrangidas pelas Directivas Seveso e PCIP, Comércio, Aeroportos,

Parques de campismo, Infra-estruturas de produção de energia renovável,

Infra-estruturas de produção de energia não renovável, Infra-estruturas de

captação, tratamento e abastecimento de águas para consumo, Infra-estruturas

de tratamento de resíduos e águas residuais, Equipamentos culturais e zonas

históricas (património mundial, monumento de interesse nacional, imóveis de

interesse público),Equipamentos públicos e privados (edifícios sensíveis):

quarteis dos bombeiros, subestações, administração do estado, educação,

saúde, segurança e justiça

Média

Indústrias (não abrangidos na classe de consequência Alta), Instalações

agrícolas, Equipamentos públicos e privados (não abrangidos na classe de

consequência Alta), Redes viárias e ferroviárias e espaços associados, Terminais

portuários de mar e de rio, Aeródromos, Equipamentos de lazer (não

abrangidos na classe de consequência Alta), Estufas e viveiros, incluindo vieiros

florestais, Aterros, lixeiras e sucatas, Zonas históricas (municipais) e sítios

arqueológicos

Reduzida

Estaleiros navais e docas secas, Marinas e docas pesca, Minas a céu aberto,

Campos de golfe e restantes instalações desportivas, Áreas em construção,

Áreas abandonadas em territórios artificializados, Aquicultura, Culturas

temporárias de regadio.

Mínima

Estacionamento e logradouros, Parques e Jardins, Cemitérios, Pedreiras, Corpos

de água, Zonas húmidas, Áreas florestais, Áreas agrícolas (não abrangidos na

classe de consequência Media e Reduzida),Zonas protegidas ou massas de água

designadas ao abrigo das Diretivas Aves e Habitats, Águas Balneares e

Perímetros de Proteção às águas para consumo humano

Fonte: Cos 2007, nível 5, Censos 2011, ANPC, APA, DGPC, DGADR e ICNF

Page 16: ESTRATÉGIA PARA A REDUÇÃO DOS RISCOS DE … · captação, tratamento e abastecimento de águas para consumo, Infra-estruturas de tratamento de resíduos e águas residuais, Equipamentos

7. Cartografia

Algumas Outras Mais-Valias: Insegurança das

infraestruturas Resgate pessoas e bens Dimensionamento das

infraestruturas Ordenamento do Território Conhecimento e aviso

Perigosidade

Consequências

Risco

Page 17: ESTRATÉGIA PARA A REDUÇÃO DOS RISCOS DE … · captação, tratamento e abastecimento de águas para consumo, Infra-estruturas de tratamento de resíduos e águas residuais, Equipamentos

8. Objetivo Geral dos PGRI

Redução do risco, nas áreas de possível inundação, através da diminuição das

potenciais consequências prejudiciais para a saúde humana, as atividades

económicas, o património cultural, as infraestruturas e o meio ambiente.

“A primeira qualidade do estilo é a clareza”Aristóteles

Page 18: ESTRATÉGIA PARA A REDUÇÃO DOS RISCOS DE … · captação, tratamento e abastecimento de águas para consumo, Infra-estruturas de tratamento de resíduos e águas residuais, Equipamentos

9. Cartografia - Divulgação

Para obter mais informação e participar neste processo de decisão, sugere-se a visita aos portais:a) Cartografia GeoPortal http://sniamb.apambiente.pt/Diretiva60CE2007/b) Shapefiles SNIAMB (http://sniamb.apambiente.pt/)c) Base metodológica da cartografia SNIRH http://snirh.pt Dados de Base Inundações

Page 19: ESTRATÉGIA PARA A REDUÇÃO DOS RISCOS DE … · captação, tratamento e abastecimento de águas para consumo, Infra-estruturas de tratamento de resíduos e águas residuais, Equipamentos

OBRIGADA PELA ATENÇÃO