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1 “O (s) USO (s) DE DOCUMENTOS DE ARQUIVO NA SALA DE AULA” Lia Carolina Prado Alves Mariotto ESTRADA REAL ESTRADA REAL: ROTA PARATI-TAUBATÉ PERMANÊNCIAS E AUSÊNCIAS Semestre/Ano - 2/2013

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“O (s) USO (s) DE DOCUMENTOS DE ARQUIVO NA SALA DE AULA”

Lia Carolina Prado Alves Mariotto

ESTRADA REAL

ESTRADA REAL: ROTA PARATI-TAUBATÉ

PERMANÊNCIAS E AUSÊNCIAS

Semestre/Ano - 2/2013

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TEMA:

- O Ciclo do ouro no Brasil colonial. Em busca de um roteiro esquecido: o caminho entre as vilas de Paraty e Taubaté.

TÍTULO:

- Estrada Real: Rota Paraty-Taubaté: permanências e ausências.

INTRODUÇÃO:

Como em todo território do Brasil colonial a região valeparaibana era riscada por uma malha de caminhos usada para os deslocamentos indígenas e, mais tarde, essas trilhas deram origem as estradas coloniais.

Nos últimos anos do século XVII foi descoberto o tão procurado ouro na atual região do Estado de Minas Gerais, por sertanistas paulistas e taubateanos. Assim, no momento do escoamento do ouro usou-se a rota que, da cidade de Paraty, passava por Taubaté e seguia direção a região aurífera.

Uma vez apresentado o conteúdo do ciclo do ouro no Brasil colonial, apresentar a história da rota Parati-Taubaté, considerando-se como idéia básica o estudo mais aprofundado desse trajeto incluindo a procura de procedimentos, ações, usos e costumes que ainda possam existir entre os atuais moradores distribuídos ao longo da mesma.

JUSTIFICATIVA:

Estudando a importância histórica do ciclo do ouro realçar a história de Taubaté como núcleo irradiador da expansão par a região aurífera e a presença dos sertanistas taubateanos fundadores dos principais centros auríferos. Enfatizar a introdução do elemento negro na região paulista, uma vez que o caminho Paraty-Taubaté serviu tanto como escoadouro do ouro como o portal de entrada do elemento servil.

Esse estudo se desenvolverá majoritariamente nas escolas rurais instaladas ao longo do percurso da rota Paraty-Taubaté, objetivando a inserção das comunidades locais num processo de valorização da cultura local.

Como geograficamente coincide a passagem do gasoduto pela mesma região será feito um cotejamento entre as riquezas do Brasil colonial/atual - saída do ouro e a entrada do gás/petróleo (pré-sal): passado: a saída do ouro; presente: a entrada do gás/petróleo (pré-sal).

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OBJETIVOS:

- Reconhecimento do modus vivendi da época do ciclo do ouro, através de ilustrações dos viajantes e análise de documentos (fragmentos dos Inventários dos sertanistas taubateanos) dando ênfase nos arrolamentos de bens contidos nos documentos. Em continuidade se fará um paralelo com o modus vivendi atual onde serão destacadas as permanências e as ausências.

COMPONENTE CURRICULAR:

- História sócio-econômica brasileira e suas permanências e ausências.

- SÉRIE – 9º ano do ensino Fundamental

- TEMPO PREVISTO – 01 mês: dividido em 03 aulas semanais

DESENVOLVIMENTO E CONTEÚDO DAS ATIVIDADES:

1ª SEMANA: 03 aulas

• - aulas expositivas do professor sobre: o ciclo do ouro; - a inserção de Taubaté no ciclo do ouro - cotejamento com o descobrimento do pré-sal

2ª SEMANA: 03 aulas

• - apresentação dos fragmentos dos documentos (inventários de sertanistas taubateanos) destacando-se os usos e costumes da época: (Anexo 1)

- vestimentas, armas, aviamentos; - saberes e fazeres: “causos”, lendas, simpatias; - religiosidade: terços, novenas, ladainhas, hinos sacros, folia de Reis;

• - explicação dos termos de época através do Glossário anexo (Anexo 2) • - distribuição e orientação no preenchimento de fichas específicas que

servirão para a coleta dos dados acima mencionados. (Anexo 3) • - apresentações de ilustrações de estampas dos Viajantes; (Anexo 4) • - cotejamento com os conhecimentos dos alunos através da aplicação de um

questionário (Anexo 5) 3ª SEMANA: 03 aulas

• - apresentação do conteúdo sobre a rota Paraty-Taubaté • - apresentação dos mapas e fotos da rota Paraty-Taubaté. (Anexo 6)

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• - apresentação de noções sobre o gasoduto Caraguatatuba-Taubaté (EIA) 4ª SEMANA: 03 aulas

• - elaboração de um questionário a ser aplicado em trabalho de campo;(Anexo 7) • - aplicação do questionário em entrevistas com familiares e vizinhos; • - apresentação dos resultados obtidos

“Para liquidar os povos, começa“Para liquidar os povos, começa“Para liquidar os povos, começa“Para liquidar os povos, começa----se porse porse porse por

lhes tirar a memória. Destroemlhes tirar a memória. Destroemlhes tirar a memória. Destroemlhes tirar a memória. Destroem----se seusse seusse seusse seus

livros, sua cultura, sua história. E umalivros, sua cultura, sua história. E umalivros, sua cultura, sua história. E umalivros, sua cultura, sua história. E uma

outra pessoa lhes escreve outros livros, outra pessoa lhes escreve outros livros, outra pessoa lhes escreve outros livros, outra pessoa lhes escreve outros livros,

lhes dá outra cultura e lhes inventa umalhes dá outra cultura e lhes inventa umalhes dá outra cultura e lhes inventa umalhes dá outra cultura e lhes inventa uma

outra história.”outra história.”outra história.”outra história.”

Milan Kundera. O Livro do Riso e do Esquecimento, 1978

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ANEXO – 1

• Inventário de João do Prado Martins1 - 1653. Cartório do 2º Ofício, caixa 1649/1677. Arquivo Histórico Félix Guisard Filho, Taubaté. � - Parte do Inventário – avaliação dos bens de raiz e bens móveis.

Termo dos bens de raiz que se / acharam ficarem do defunto /

- uma Data de terras que tem em buratingetá de / meia légua de testada e duas léguas para o sertão / conforme a Carta e posse que se apresentou a qual / posse foi dada pelo Capitão Mor Ouvidor Valério Car- / valho e seus oficiais a qual Data confirmou o Capitão / Mor Ouvidor e Sesmeiro Dionísio da Costa com os adjun- / tos e lhe confirmou todos os mais títulos que atrás tinha / da dita terá de Sesmaria de que foi seu escrivão [An-] / tonio da Mota. / - uma légua de terras em quadra em pindamonhan- / gaba partindo com Domingos Luís Lemme2 de / uma banda e da outra entestar com Gabriel de / Gois3 com todas as pontas e restingas que obede- / cem o Rio da paraíba no dito distrito. / - mais em Capivari até o Salto Grande o que se achar / e para a banda do mar quatro léguas conforme / o que a Carta que apresentaram reza a qual / carta foi passada e concedida a tal Data pelo / Capitão Mor Ouvidor e Sesmeiro Dionísio da Costa / com os adjuntos de que foi escrivão Antônio da Motta. /

- mais se achou uma Data de chãos na Rua de Domingos / Pires Baladão correndo a dita testada do beco que cor- /

1 João do Prado Martins – neto de João do Prado.

João do Prado – patriarca da grei Prado que chegou ao Brasil com Martim Afonso de Sousa, em 1531. Natural de Olivença, província de Alem Tejo, era de nobreza muito conhecida em sua terá. No Brasil casou-se com Filipa Vicente, tornaram-se lavradores de grandes canaviais e tinham parte no engenho de açúcar de S.José dos Erasmos. Fez várias entradas no sertão conquistando grande quantidade de escravos indígenas. Com eles se estabeleceu na vila de São Paulo onde exerceu cargos na Câmara, sendo Juiz Ordinário de 1588 a 1592. Chefiado por Jerônimo Leitão combateu os tamoios em Cabo Frio. Participou também da bandeira de João Pereira de Sousa Botafogo que saiu de São Paulo em 1596, na mesma ocasião que Martim Correia de Sá partia do Rio de Janeiro e Diogo Cão, do Espírito Santo; todas objetivando alcançar Sabaraboçu. João do Prado faleceu em 1597, no arraial do Capitão Mor João Pereira de Sousa Botafogo. De seu casamento teve 11 filhos; o quarto foi batizado com seu nome: João do Prado – casado com Maria da Silva, filha de Domingos Martins. Este casal morou na região de Urubuapira, São Paulo. Participou de várias bandeiras escravagistas, sendo a última a chefiada por Lázaro da Costa, em 1615, percorrendo terras de Santa Catarina. Logo nos primeiros meses João do Prado (filho) faleceu, deixando seu primogênito com cinco anos. O casal teve 5 filhos sendo o mais velho batizado como João do Prado Martins. (LEME, Luiz Gonzaga da Silva. Genealogia Paulistana. Duprat&Comp., São Paulo, 1905, v. 3º - Título:PRADOS – pp. 90/196; Inventários e

Testamentos.Papeis que pertenceram ao 1º Caratório de Órfãos da Capital, Tipografia Piratininga, v. V, 1920, pp.77/106) 2 Domingos Luis Leme – paulista, filho de Antônio Lourenço e de sua mulher Marina de Chaves, foi sertanista que andou em companhia de Jaques

Félix, o moço, na devassa do vale do Paraíba, nas regiões limítrofes com as Minas Gerais e que em 1643 obteve uma sesmaria na paragem onde estabeleceu uma povoação que a 12 de fevereiro de 1651 foi criada vila, pelo capitão mor de Itanhaém, Dionísio da Costa, com o nome de Guaratinguetá. Foi casado primeiro com Ana Cabral, em 1638 e enviuvando, casou segunda vez com Leocádia de Vasconcelos. Carvalho Franco,

Francisco de Assis. Dicionário de Bandeirantes e Sertanistas do Brasil. São Paulo- 1954, p. 208 3 Gabriel de Góis – paulista serviu no terço do mestre de campo Matias Cardoso de Almeida, em fins do século XVII, contra os tapuias do Paraíba e

do Ceará, tendo depois agido junto ao mestre de campo Domingos Jorge Velho, então nos campos do Garanhú, prestando reais serviços na

debelação dos quilombos dos Palmares. Permaneceu até o fim da campanha e regressando a São Paulo, acompanhou parentes às Minas Gerais

lutando com a bravura e a experiência adquirida nas campanhas sertanejas do nordeste brasileiro. Carvalho Franco, Francisco de Assis. Dicionário

de Bandeirantes e Sertanistas do Brasil. São Paulo- 1954, p. 180

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re pelo adro da igreja conforme reza a Carta / que se apresentou. / - mais se achou outra Carta de Data de chãos nesta dita / vila de trinta braças em quadra na rua de Asenço / Dias de Macedo da banda da igreja matriz começando donde / tinha sua casa até o beco que passa no cabo das trinta / braças da banda do poente. /

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- mais se achou outra Data de cinqüenta braças de [rasurado] /

[em] quadra nesta vila começando de uma cruz que / [rasurado] tem conforme os títulos que se acharam os quais / títulos tinham dado os oficiais da câmara [rasurado] Fernandes / de que foi escrivão Luís Álvares Correia. /

Termo de avaliação de bens de / Raiz. /

- foi avaliado um sítio em o Campo de pinda- / monhangaba, casa de telha e mais benfei- / torias em tinta e dois mil reis.................. 32$000 - foi avaliado vinte braças de chãos na vila digo / nesta vila de testada e trinta de quintal partin- / do digo na rua do domingos pires baladão / correndo a dita testada do beco que corre pelo adro / da igreja conforme reza a Carta que apresen- / taram, em mil e seiscentos reis................ 1$600 - mais foram avaliadas pelo Juiz e partidores e a- / valiadores, umas casas de palha nesta vila com /

trinta braças de chãos em quadra tudo em vinte / cruzados.................................................... 8$000

Termo de avaliação de / bens móveis /

- foram avaliadas uma tamboladeira grande e duas / pequenas, e cinco colheres tudo de prata a qual / prata toda junta, pesou nove mil e tre- / zentos e vinte reis.................................. 9$320 - foi avaliado pelo Juiz e partidores um Livro / que tem o título de Frei Luís de Granada em / em quatro patacas.................................. 1$280

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- foi avaliado pelo Juiz e partidores outro Livro / que tem por título Flox Santorum, de Vilhegas, a / primeira parte em quatro patacas................ 1$280 - foram avaliados pelo Juiz e partidores três / navalhas e uma tesoura e uma pedra de a- / fiar navalhas tudo de mais de meio uso em / duas patacas................................................. $640 - foi avaliado pelo Juiz e partidores um vestido / preto já de mais de meio uso, calção e rou- / peta tudo em dois mil reis............................ 2$000 - foi avaliado pelo Juiz e partidores um / chapéu pardo em dois mil reis.................... 2$000 - foi mais avaliado outro chapéu preto já / velho em um cruzado.................................... $400 - foram avaliadas umas meias de seda [ilegível] / trazidas em oito patacas............................. 2$5600 - foram avaliadas pelo Juiz e partidores umas / luvas brancas bordadas de seda................... $240

- foi avaliado um gibão de chamalote de seda / de flores com sua abotoadura de latão dou- / rado o qual gibão é de mulher em quatro mil reis.. 4$000 - foi avaliado um gibão pardo de damasco / e é de mulher em dois mil reis.................. 2$000 - foi avaliado um armador usado de da- / masquilho de lã, com umas mangas de la- / ma tudo em mil e seiscentos reis.............. 1$600 - foi avaliado um vestido, calção e roupe- / ta de estamenha de freira com um gibão / de pinhoela tudo em doze mil reis.......... 12$000 - foram avaliados cinco pares de sapatos uns / pelos outros em dois cruzados.................... $800

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- foi avaliado um vestido, bombachas e gibão / de algodão em quatro patacas................... 1$280 - foi avaliada uma guarina de pano de al- / godão em um cruzado.................................. $400 - foram avaliadas quatro varas de pano de cor- / dão de algodão todas em pataca e meia.... $480 - foi avaliado um gibão d’armas novo em / quatro mil reis............................................. 4$000 - foram avaliadas três ceroulas de pano de / algodão todas em quatro patacas e meia.. 1$440 - uma camisa nova de pano de algodão / delgado com suas rendas foi ava- / liada em dois cruzados................................. $800 - foram avaliadas mais duas camisas novas / de pano de algodão chãs cada uma por / pataca e meia, que fazem três patacas....... $960

- foram avaliados dois gibões singelos bran- /

cos de algodão ambos em duas patacas..... $640

- foi avaliado um gibão branco forrado / em duas patacas......................................... $640 - foram avaliadas duas toalhinhas de cingir / por uma pataca cada uma que fazem / ambas duas patacas................................... $640 - foi avaliada uma espingarda de sete / palmos e meio em nove mil reis............... 9$000 - foi avaliado um adereço já usado em / oito patacas............................................... 2$560 - foram avaliadas vinte e cinco enxadas / já usadas a meia pataca cada uma / que todas juntas fazem quatro mil reis..... 4$000

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- foram avaliadas oito foices a quatro vinténs / cada uma que todas juntas fazem duas / patacas........................................................ $640

- foram avaliados seis machados em seis pa- / tacas por serem já usados.......................... $960 - quatro cunhas novas todas por pataca / e meia.......................................................... $480 - umas balanças com meia arroba de pesos / foram avaliadas em três mil reis............... 3$000 - foram avaliadas três cunhas usadas em / três tostões.................................................. $300 - um tacho usado foi avaliado, digo, que tem / de peso cinqüenta libras, foi avaliado / a libra à pataca, que tudo junto faz cin- / quenta patacas........................................ 16$000 - foram avaliados três tachos de cobre que todos pe- / saram dez arráteis, à pataca cada arrátel, / que fazem dez patacas............................. 3$200 - foram, digo, foi avaliado outro tacho usado /

que pesou doze arráteis à pataca / cada arrátel............................................ 3$840 - foram avaliadas duas serras de mão em duas / patacas que vem a ser à pataca cada uma..... $640 - foi avaliada uma serra braçal nova com / umas armas velhas em três patacas........ $960 - foi avaliada toda a ferragem de carpin- / taria em dois mil reis............................... 2$000 - foram avaliadas duas correntes: uma de três braças / outra de duas braças e meia com dezoito co- / lares tudo em cinco mil reis................... 5$000 - foram avaliados dois almocafres / a quatro vinténs cada um que ambos / fazem meia pataca................................... $160

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- foi avaliada uma frasqueira com oito / frascos: seis grandes e dois pequenos; tudo / em cinco patacas..................................................... 1$600 - foram avaliadas duas alavancas por dois / cruzados cada uma que ambas juntas / fizeram soma de cinco patacas............................... 1$600 - foi avaliado um tear com sua ordi- / deira e mais aviamentos tudo / em quatro mil reis.................................................... 4$000 - foi avaliado pelo Juiz e partidores / uma caixa com sua fechadura de seis ou se- / te palmos em quatro patacas.................................. 1$280 - foi avaliado pelos mesmos Juiz e parti- / dores outra caixa sem fechadura / de seis palmos em oitocentos reis............................ $800 - foram avaliadas três vacas e seis novilhas / e um boi tudo em doze mil e oitocentos reis....... 12$800 - foram avaliados três porcos capados e sete /

porcos e um cachaço todos uns por outros / à pataca cada uma das cabeças que todos jun- / tos fazem soma de onze patacas......................... 3$520 - foram avaliadas quatro cabeças de cabras cada / uma cabeça a meia pataca que todas jun- / tas fazem soma de seiscentos e quaren- / ta reis...................................................................... $640 - foram avaliadas duas éguas e um poldro / tudo em quatro mil reis........................................ 4$000 - foram avaliadas pelo Juiz e partidores / três cadeiras já usadas cada uma em um / cruzado................................................................. 1$200

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- foi avaliada uma mesa velha dobradi- / ça em duas patacas............................ $640 - foi avaliada uma caixa sem fecha- / dura em quatro, digo, que tem cinco / palmos e meio em quatro patacas... 1$280 - soma toda esta fazenda atrás avaliada / pelo Juiz e partidores conforme as adi- / coes atrás ao que sempre me reporto / cento e setenta e cinco mil oitocen- / tos e quarenta reis........................ 175$840 - feito partilhas dos bens pagando-se, digo, do bens / móveis pagando-se todas as dívidas coube a parte / da viúva mil e quatrocentos e oitenta reis. E / a parte dos órfãos o mesmo dinheiro e quantia de que / fiz esta declaração – eu Francisco Ribeiro Banhos / escrivão que o escrevi para bens dos órfãos e da / viúva. / - a parte da viúva cabe de bens móveis..... 1$480 /

- a parte dos órfãos cabe.............................. 1$480 / - pagando-se as dívidas. /

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ANEXO – 2 GLOSSÁRIO4

Adereço – adorno, compostura, ornato. Os adereços da casa são as coisas que, aos móveis necessários se acrescentam para ornato de uma casa, como tapeçarias, espelhos, painéis,contadores, etc. Todas estas coisas em geral se pode chamar ORNATUS, US. Um adereço vale o mesmo que ESPADA e ADAGA. (Bluteau/1728).

- adorno, concerto, compostura da casa e pessoa. Peça de adornar: por exemplo – do pescoço. (Antônio de Moraes Silva/1789) - s.m.: o mesmo que adereçamento. - s. m. - adereçamento – adorno, compostura. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) substantivo masculino

Diacronismo: antigo. m.q. endereço

objeto ou peça de valor ou não, us. como adorno; enfeite, ornamento Rubrica: vestuário. Regionalismo: Brasil.

objeto vistoso, ger. levado na mão de sambista ou de pessoa fantasiada nas escolas de samba, blocos de carnaval etc., e que compõe a sua indumentária carnavalesca Ex.: a escola de samba ganhou nota máxima em a.

Regionalismo: Brasil. objeto que compõe uma casa e/ou é de uso doméstico Ex.: a. de cozinha

Rubrica: cinema, teatro, televisão. acessório ou instrumento cênico necessário à produção de um filme, uma peça teatral etc. Obs.: f. geral menos us.: aderece (Antônio Houaiss/2001)

Adro – parece derivado do Latim ATRIUM, mas não têm no Português todos os significados de ATRIUM; da maior

parte deles faço menção na dição ATRIO como verás (se és curioso deste gênero de Erudição).No Martirológio em Português, por ADRO se entende cemitério, porque antigamente não se enterravam os cristãos nas Igrejas, nem ao pé dos Altares, por respeito ao Corpo de Sangue de Jesus Cristo, que nos ditos lugares se consagra; mas nos ADROS das Igrejas, a saber, na entrada e diante da porta principal dela se abriam as sepulturas, por isso entre outros significados, ATRAIUM veio também a significar CEMITÉRIO (...). Hoje chamamos ADRO, o tabuleiro, ou praça, diante da porta principal de uma Igreja, e assim dizemos, O ADRO DE S.ROQUE, etc.(Bluteau/1728) - lugar aberto, e talvez sem taboleiro diante dos templos; n’alguns há cemitérios, e daqui vem dizer- se famil. triste como adro; melancólico como um cemitério, mui triste. (Antônio de Moraes Silva/1789) - s.m. lugar diante dos Templos. Alguns servem de cemitério. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - substantivo masculino Rubrica: arquitetura, religião. - pátio externo descoberto e por vezes murado, localizado em frente ou em torno a uma igreja; períbolo, átrio - (1789) Derivação: por extensão de sentido. Rubrica: história. cemitério situado no terreno de antigas igrejas, precedendo a entrada principal destas. .(Antônio Houaiss/2001) Alavanca – varão de ferro, do comprimento de uma vara de medir, da grossura do pulso de um braço com uma ponta da feição de cunha, e da outra parte, bico. Serve de abalar e tirar do seu lugar pedras e outras coisas de peso. Também há alavancas de pau. Nas Atafonas alavanca de ter é um pau grosso, redondo, curvo por baixo que tem mão- de- pedra e alavanca de descer é outro pau, mais direito e mais pequeno que faz descer o rodilhão. Alavanca de ferro. Alavanca de pau. (Bluteau/1728).

4 Foram feitas buscas do significado dos vocábulos deste Glossário em quatro Dicionários: Raphael Bluteau (1728);

Antonio de Moraes Silva (1789); Luiz Maria da Silva Pinto (1832); Dicionário Eletrônico HOUAISS da Lingua portuguesa (2001) com o propósito de se observar as modificações e equivalências dos seus significados ao longo do tempo. Usou-se também a Enciclopedia Universal Ilustrada Europea Americana (Barcelona).

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- s.f. Máquina de levantar pesos é varão grosso de ferro, ou de madeira, mete-se uma extremidade por baixo do peso, e encostando a alavanca sobre um fulcro, ou apoio, se carrega para baixo na outra extremidade; outras vezes usam-se de outros modos. Nos moinhos há alavanca de ter, e de descer. (Antônio de Moraes Silva/1789) - s.f. Varão de ferro para levantar pesos. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - substantivo feminino barra de material resistente us. para mover ou erguer qualquer objeto pesado Rubrica: física.

aparato que em geral consiste numa barra rígida, capaz de girar em torno de um ponto fixo (ponto de apoio, fulcro, pivô), sobre a qual atuam, além do seu peso e da reação no ponto de apoio, uma força resistente e uma força motriz, quando em equilíbrio mecânico [A soma dos torques, em relação ao ponto de apoio da força resistente e da força motriz (e do peso, caso o ponto de apoio não coincida com o centro de gravidade), é nula, o que permite definir a vantagem mecânica.]

Rubrica: engenharia mecânica. Regionalismo: Brasil. nos veículos de tração elétrica, peça que corre sob os cabos condutores de energia para transmiti-la ao motor

Derivação: sentido figurado (da acp. 1). meio us. para a obtenção de um resultado; expediente, instrumento Ex.: a educação é a a. do progresso

Derivação: por analogia (da acp. 1). Rubrica: futebol. lance em que o jogador derruba o adversário, usando uma das pernas como apoio e o tronco ou os braços como impulsionadores.(Antônio Houaiss/2001).

Almocafre – A busca não retornou nenhum resultado. (Bluteau/1728)

- não houve retorno na busca. (Antônio de Moraes Silva/1789) - não houve retorno na busca. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - substantivo masculino sacho terminado em ponta, us. em mineração. (Antônio Houaiss/2001).

Armador - - gibão de camurça ou gibão sobre os quais eles usavam armaduras. (Enciclopedia Universal Ilustrada Europea Americana – J. Espasa É Hijos Editores, Barcelona; tomo VI, p. 257)

Arrátel – Arrâtel. Segundo Duarte Nunes de Leão, deriva-se do arábico Reth, ratal e segundo outros de Rab-laid,

que, entre os árabes, é um peso de duas libras. Antigamente entre os Romanos o que chamamos Arrátel era um peso de doze onças; entre os Portugueses pesa o Arrátel dezesseis onças. Os antigos autores latinos muitas vezes põem Pondo indeclinável, para significarem o arrátel de doze onças, mas só no plural. Dez arráteis de ouro: Decem pondo auri. (Cic.). (Bluteau/1728) - s. m. Peso que tem dezesseis onças. (Antônio de Moraes Silva/1789) - s.m. Peso de dezesseis onças. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - substantivo masculino

Rubrica: metrologia. Diacronismo: antigo. unidade de medida de peso correspondente a 459 g ou 16 onças; libra. (Antônio Houaiss/2001).

Aviamento – disposição e ordem pronta, com que se dá princípio à execução de um bom negócio. Dar aviamento aos seus negócios. (Bluteau/1728).

- s. m. o aparelho necessário, achegas, materiais para obras mecânicas: por exemplo, do sapateiro, pedreiro, para construção, navegação. Preparo, despacho, meio, auxílio, expediente. Diligência para se conseguir e efetuar alguma coisa; negociação, solicitação, sucesso, conseguimento de empresa. (Antônio de Moraes Silva/1789) - s. m. o aparelho necessário para obras mecânicas. Preparo, despacho. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832)

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- substantivo masculino ato ou efeito de aviar; avio expediente para se executar ou concluir algo

Ex.: o a. de negócios ato de despachar, expedir algo

Ex.: o a. de uma mercadoria cada um dos aprestos, materiais, equipamentos etc. necessários à realização de uma atividade ou obra

Obs.: mais us. no pl. Ex.: areia, cal, tijolos são a. utilizados na construção civil

cada um dos itens necessários à costura ou ao bordado (botão, colchete, linha, tecido para forro etc.) Obs.: mais us. no pl.

conjunto dos utensílios de lavoura apoio, assistência, cooperação Regionalismo: Norte do Brasil.

pequeno engenho para o fabrico de farinha de mandioca Regionalismo: Amazônia.

mercadoria que o aviador ('fornecedor') fornece ao aviado ('seringueiro'); provisão Rubrica: artes gráficas.

preparo de uma forma para impressão, por meio de folha recortada ou colocação de calços sob a folha de padrão, para corrigir excesso ou falta de pressão. (Antônio Houaiss/2001).

Balança – instrumento que consta de copos ou pratos, travessão, braços, fiel, etc. Serve de pesar. Existem dois gêneros de balanças, que se seguem: balança de dois copos ou de dois pratos, que também se chamam balanças; balança que tem um só copo ou prato, ou que só tem um gancho, em que se põe o que se quer pesar. O gancho com que se suspende a balança para nela se pesar alguma coisa. Os braços da balança, em que estão atadas as cordas, que sustentam os dois pratos, ou um só, ou o travessão da balança ou o gancho de uma parte e o contrapeso da outra. (Bluteau/1728). - s. f. Máquina que serve de averiguar o peso que tem qualquer corpo; consta de travessão, onde se distinguem dois

braços, de cujo meio se ergue o fiel entre as asas; dos braços nos extremos pendem os pratos, onde se põe o peso e o que se há de pesar. Balança Romana, distinta da ordinária, em ter um braço mais curto e mais grosso. (Antônio de Moraes Silva/1789) - s. f. Máquina para tomar o peso de qualquer coisa. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - substantivo feminino instrumento que serve para pesar (substâncias, produtos, objetos etc.), constituído de uma haste vertical, na qual

repousa um travessão móvel com dois pratos pendentes, um em cada extremidade, um dos quais recebe os pesos, e o outro, aquilo que se quer pesar

Derivação: por extensão de sentido. qualquer instrumento ou aparelho destinado a comparar massas, determinar pesos ou medir forças

Derivação: sentido figurado. equilíbrio e imparcialidade nos julgamentos; ponderação

Derivação: sentido figurado. critério, meio de avaliação, relação ou comparação

Rubrica: astronomia, astrologia. m.q. Libra Obs.: inicial maiúsc.

Derivação: por extensão de sentido (da acp. 1). Rubrica: eletricidade, magnetismo. instrumento em que se comparam ou se medem forças elétricas ou magnéticas

Rubrica: eletrônica. potenciômetro para igualar os níveis sonoros produzidos em duas direções por um amplificador estereofônico

estribo pequeno e estreito em que o cavaleiro prende apenas alguns dedos do pé Rubrica: hipismo.

tipo de passo cadenciado de cavalgadura Rubrica: pesca. Regionalismo: Amazonas.

instrumento de pesca constituído de uma vara fincada a prumo na margem, servindo de suporte a outra que avança sobre a água

Rubrica: teatro. Diacronismo: antigo. aparelho cênico us. para produzir ascensões, vôos e descidas de personagens em peças de teatro barroco. (Antônio Houaiss/2001)

Banda – parte ou lugar. De uma e outra banda. Da outra banda, defronte. (Bluteau/1728).

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- s.f. Lado: por exemplo, desta banda, d’aquela banda. (Antônio de Moraes Silva/1789) - s.f. O mesmo que lado. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) -substantivo feminino grupo de seres ou de coisas; bando Derivação: por extensão de sentido.

grupo, facção Rubrica: música.

conjunto de música popular urbana (sXV)

parte lateral; lado Ex.: desviou-se de uma b. para outra

metade de alguma coisa Ex.: comeu uma b. de laranja

Rubrica: termo de marinha. inclinação duradoura da embarcação para um dos bordos, ger. resultante da má distribuição de carga a bordo

Rubrica: termo de marinha. Diacronismo: antigo. m.q. borda-falsa

Rubrica: termo de marinha. m.q. 2bordada('lado')

Regionalismo: Rio de Janeiro. rasteira aplicada de pé

� bandas � substantivo feminino plural direção, lado(s)

Ex.: fica lá pras b. da Bahia local, lugar, sítio

Ex.: nunca mais esteve naquelas b. (Antônio Houaiss/2001)

Boi – animal quadrúpede, cornígero. É touro capado, para engordar e servir no arado. (Bluteau/1728). - s.m. o macho da espécie vacum. (Antônio de Moraes Silva/1789) - s.m. o macho da vaca. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - substantivo masculino Rubrica: mastozoologia.

design. comum aos mamíferos artiodáctilos do gên. Bos, da fam. dos bovídeos, que, em estado selvagem, ocorrem na Europa e Ásia, e, sob domesticação, são encontrados em grande parte do mundo; de cornos ocos, pares e não ramificados

Rubrica: mastozoologia. mamífero (Bos taurus), amplamente distribuído pelo mundo devido à domesticação, us. para trabalhos diversos e produção de carne, couro, leite [Dele existem diversas raças.]

Rubrica: zootecnia. o macho dos vacuns

Rubrica: zootecnia. touro capado, empr. em serviços de tiro e carga, e us. para corte

Rubrica: etnografia. Regionalismo: Brasil. personagem central do bumba-meu-boi (e autos afins), representado por um simulacro de boi montado numa armação sob a qual dança um homem

Derivação: sentido figurado. Uso: pejorativo. marido ou companheiro traído pela mulher

Derivação: por analogia (da acp. 4). Uso: pejorativo. pessoa ou coisa volumosa e pesada; pessoa gorda, corpulenta; pessoa ou animal muito forte Ex.: aquele b. quer se sentar aqui?

Derivação: por analogia (da acp. 4). Regionalismo: Pernambuco. Uso: pejorativo. pessoa muito feia

Regionalismo: Brasil. Uso: informal. m.q. meretriz

Regionalismo: Nordeste do Brasil. Uso: informal. menstruação

Regionalismo: Rio Grande do Norte. pequena venda de beira de estrada us. por motoristas

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Regionalismo: Bahia, Minas Gerais. tosca palafita que os barraqueiros do São Francisco erguem nos baixios do rio

Regionalismo: Portugal. Uso: informal. maconha

Regionalismo: Portugal. Uso: informal. passageiro de táxi que não dá gorjeta

Rubrica: termo de marinha. Uso: informal. m.q. bizu ('informação')

Rubrica: termo de marinha. Regionalismo: Brasil. lancha aberta de grande porte e boca avantajada; lanchão

Rubrica: termo de marinha. Regionalismo: Bahia, Minas Gerais. armação com toldo que os canoeiros dos rios Pardo e Jequitinhonha montam em suas embarcações para resguardo dos passageiros

Rubrica: música, etnografia. Regionalismo: Brasil. instrumento cujo som semelha o de um mugido bovino

Rubrica: pesca. Regionalismo: Centro-Oeste do Brasil. croque ('gancho') us. pelos barqueiros do rio Tocantins

Rubrica: pesca. Regionalismo: Santa Catarina. tipo de pesca praticado por duas pessoas com rede de arrasto. (Antônio Houaiss/2001)

- Bombachas – A busca não retornou nenhum resultado. (Bluteau/1728). - (bombáchas) – s.f.pl. calças largas. . (Antônio de Moraes Silva/1789) - A busca não retornou nenhum resultado. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - substantivo feminino plural Rubrica: vestuário. Diacronismo: antigo.

calções folgados que se atavam por sob os joelhos (sXVIII) Diacronismo: antigo.

certos calções largos, de montar (d1876) Regionalismo: Sul do Brasil.

entre os gaúchos, certas calças muito largas, cingidas nos tornozelos por botões (1910) Regionalismo: Rio de Janeiro.

calças comuns, com as bocas das pernas afuniladas traje de palhaço. (Antônio Houaiss/2001)

- Braças – medida que contém o comprimento dos dois braços abertos e estendidos, juntamente com a parte do corpo que está no meio deles, até a extremidade e dos dedos do meio de cada mão. Se esta medida é de sete pés geométricos, como se vê na tabuada de combinação de várias medidas, composta por Luis Serrão Pimentel, poderemos chamar uma braça. (Bluteau/1728). - s.f. medida longa de 7 pés geométricos e 10 palmos de craveira. Na Marinha tem a braça 8 pés craveiros. [Craveiro: adj. Palmo craveiro = tem 12 polegadas; braça craveira = tem 10 palmos craveiros.] (Antônio de Moraes Silva/1789) - s.f. medida de sete pés geométricos de comprido e dez palmos de craveira. Na Marinha tem oito pés de craveira. [Craveiro: adj. – diz-se dos 5 palmos em que se divide a nossa vara.] [Vara = medida que contém cinco palmos craveiros] . (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - substantivo feminino Rubrica: metrologia.

antiga medida (ainda em uso no Brasil), com variações de país para país, equivalente à extensão que vai de um punho ao outro, ou da extremidade de uma mão aberta à outra, ou da ponta de um polegar em abdução ao outro, num adulto com os braços estendidos horizontalmente para os lados (em Portugal e no Brasil, 2,2 m lineares)

Rubrica: metrologia. medida de comprimento anglo-saxônia equivalente a 2 jardas (1,829 m) [Ainda em uso para indicar profundidade nas sondagens de marinha.]

Rubrica: morfologia botânica. qualquer ramo secundário do tronco de uma árvore ou de um grande arbusto; braço. (Antônio Houaiss/2001)

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Buratingetá – o município valeparaibano/SP de Guaratinguetá. [Interpretação nossa] Cabra – animal doméstico, quadrúpede, cornígero, fêmea do cabrão, de focinho chato e rabo curto. É amiga das ovelhas, inimiga do lobo, do elefante e da ave noturna que mama as cabras, chamada em Latim Caprimulgus. Nos contornos da cidade de Alexandria, do Egito, há cabras cujas orelhas chegam ao chão e no fim revoltas largura de quatro dedos. O esterco da cabra é muito medicinal. Não só é bom para as durezas do baço, senão também para outras durezas do corpo. No liv. 8 cap. I, diz Plínio, que nunca está a cabra sem febre, será porque tem o sangue muito mais quente que todos os mais animais; a sua carne (segundo Galeno, livro 3. de Alimentis) faz o sangue de quem a come fumamente melancólico. A saliva das cabras é veneno para as plantas, particularmente para a oliveira. No seu Tratado de Subtilitate escreve Cardano, livro 10, que aborrecem as cabras a saliva humana e que por instinto natural nunca comem coisa em que homem, ou mulher, pôs o dente. As cabras são os cavalos dos Pigmeus. (Bluteau/1728). - s.f. animal quadrúpede dos menores, cornígero, fêmea do bode ou cabrão; há cabras domésticas e outras bravias, e monteses . (Antônio de Moraes Silva/1789) - s.f. a fêmea do bode. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - substantivo feminino Rubrica: mastozoologia.

design. comum aos mamíferos ruminantes do gên. Capra, da fam. dos bovídeos, com sete spp. selvagens que ocorrem em áreas montanhosas da Ásia, África e Europa, e uma sp. domesticada, Capra hircus, encontrada no mundo inteiro

a fêmea da sp. domesticada (Capra hircus) Derivação: sentido figurado. Uso: pejorativo.

mulher pouco recatada, lasciva, devassa Derivação: por extensão de sentido. Uso: tabuísmo.

rameira, prostituta Derivação: sentido figurado. Uso: pejorativo.

mulher escandalosa, temperamental, que se irrita facilmente e grita muito Regionalismo: Portugal. Uso: linguagem de delinqüentes.

sinal combinado; aviso (1899) Rubrica: angiospermas.

árvore (Trema orientalis) da fam. das ulmáceas, nativa da África tropical, cujas folhas são fonte de tanino us. em redes de pesca, esp. na África ocidental, e cuja madeira é us. para a produção de carvão e fogos de artifício; contém alcalóides e é pioneira em áreas devastadas, por seu crescimento extraordinariamente rápido; pau-cabra

Rubrica: astrologia. Estatística: pouco usado. m.q. capricórnio

Rubrica: ictiologia. Regionalismo: Portugal. peixe teleósteo, escorpeniforme, da fam. dos triglídeos (Trigla lyra) e de corpo avermelhado

Rubrica: ludologia. Regionalismo: Brasil. no jogo do bicho, o sexto grupo, que corresponde ao número da cabra (o seis) e abrange as dezenas 21, 22, 23 e 24

Rubrica: engenharia mecânica. m.q. cábrea ('guindaste')

� substantivo de dois gêneros Regionalismo: Brasil. mestiço indefinido, de negro, índio ou branco, de pele morena clara indivíduo determinado; sujeito, cara indivíduo forte, valente, petulante, brigão Derivação: freqüentemente.

aquele que se coloca a serviço de alguém em troca de pagamento; capanga, criminoso, pistoleiro trabalhador braçal agrícola; rurícola Regionalismo: Portugal.

espião de polícia; alcagüete, denunciante. (Antônio Houaiss/2001)

Cachaço – A busca não retornou nenhum resultado. (Bluteau/1728). - [cacháço] - s.m. aumentativo de Cacho. Pescoço gordo e grosso; os cachaços dos touros, e homens. (Antônio de Moraes Silva/1789) - s.m. parte posterior do pescoço. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - substantivo masculino a parte posterior do pescoço (de pessoa ou animal); cerviz

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Rubrica: alimentação. Regionalismo: Portugal. corte de carne de boi de segunda, correspondente à parte posterior do pescoço do animal

Rubrica: morfologia zoológica. m.q. cernelha

Derivação: por extensão de sentido. Regionalismo: Brasil. Uso: informal. Diacronismo: obsoleto. o cangote humano

pescoço largo e grosso, esp. na parte posterior pescoção, tapa ou soco Derivação: sentido figurado.

opinião demasiado boa e lisonjeira sobre si mesmo; arrogância, orgulho, presunção Rubrica: zootecnia.

porco gordo; cevado Rubrica: zootecnia.

porco não castrado, esp. o que serve como reprodutor; varrão. (Antônio Houaiss/2001)

Cadeira – em geral, qualquer cadeira, em que se assenta. (Bluteau/1728). - [ cadéira] – s.f móvel em que nos sentamos para descansar o corpo; é rasa ou de encosto, de braços, baixa ou alta, como um púlpito, que assenta no chão, como a de que usam os Professores de Ciências. No Brasil usam cadeiras com dois braços ou um só, levadas por dois pretos, umas todas fechadas com cortinas, e são de rebuço, ou as ordinárias, que tem vidraça diante, cortinas pelos lados, encosto de madeira e são mais brincadas, e se dizem cadeiras de arruar, talvez palanquins. [rebuço = a parte da capa que cobre meio rosto por se não conhecer quem vai rebuçado] [arruar = passear com ostentação a pé ou montado. Ex. liteira ou cavalo de arruar; é mais ornada que as de viajar, de passear.]. (Antônio de Moraes Silva/1789) - s. f. móvel que serve para sentar-nos. No plural os quadris, parte do corpo. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) -substantivo feminino Rubrica: mobiliário.

peça de mobília que é um assento apoiado sobre pés ('partes para apoiar'), quase sempre em número de quatro, com um encosto e, muitas vezes, braços ('partes fixas para apoiar ou descansar os antebraços'), com lugar para acomodar, com algum conforto, uma pessoa

lugar ou assento ocupado por uma pessoa eminente, esp. no exercício de um cargo ou na condição de autoridade; trono, sólio

Derivação: sentido figurado. lugar principal ou onde fica o que é mais importante; sede, capital

Derivação: sentido figurado. posição ou lugar oficialmente reconhecido de honra, de autoridade ou dignidade num grupo organizado, numa corporação ou instituição política, científica, literária, eclesiástica, profissional etc.

Derivação: por metonímia. cargo ou função de autoridade ou dignidade

Diacronismo: obsoleto. cargo ou função de professor de determinada matéria, disciplina ou assunto numa universidade ou outra instituição de ensino

Derivação: por metonímia. Diacronismo: obsoleto. matéria, assunto ou disciplina ensinada por um ou mais professores numa universidade ou outro estabelecimento educacional; cátedra Ex.: <é ele o professor da c. de literatura medieval> <ainda não cursei a c. de filosofia da ciência>

(1562) Derivação: sentido figurado. anca, quadril

Derivação: por extensão de sentido. nádega (freq. us. no pl.) Ex.: pôs as mãos nas c. num gesto de impaciência

cadeira (acp. 1), poltrona ou outro assento individual numa casa de espetáculos ou em local similar,esp. quando numerada

em estádios, ginásios, espetáculos ao ar livre etc., cada um dos assentos individuais situados em local determinado da parte reservada ao público, que se diferenciam dos demais lugares, por serem individuais e ger. mais confortáveis e/ou mais bem localizados

Derivação: por metonímia. direito de assistir a um espetáculo acomodado num desses assentos, ou o bilhete que dá ou comprova esse direito Ex.: <conseguiu duas c. com o cambista> <não usou a c. que lhe ofereceram para ver o jogo> (Antônio Houaiss/2001)

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Caixa – [caxa] = espécie de arca cuja coberta está de por si, sem fechadura e sem engonços. [engonço = um ferro que pela cabeça parece anel, com duas pernas, que se rebitam e este anel se mete em outro semelhante, como se vê em caixas.] (Bluteau/1728). - [cáxa] – s.f. arca de madeira de ordinário sem fechadura, nem gonzos. (Antônio de Moraes Silva/1789) - caixa = s.f. arca de madeira sem forro. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - substantivo feminino qualquer receptáculo, de madeira, papelão, metal etc., destinado a guardar ou transportar objetos Derivação: por metonímia.

o produto contido numa caixa Ex.: ingerir toda a c. de barbitúricos

seção de estabelecimentos comerciais, bancos, repartições públicas etc. onde são feitos pagamentos e recebimentos Ex.: para pagamentos, dirija-se à c.

Derivação: por metonímia. o lugar onde fica esta seção

m.q. caixote ('caixa de madeira') Rubrica: contabilidade.

conta que registra os créditos, os débitos e os pagamentos a crédito Derivação: sentido figurado. Rubrica: contabilidade, economia.

provisão de dinheiro; fundos Ex.: operação financeira cuja finalidade é gerar c.

Derivação: por metonímia. Rubrica: economia. reserva em espécie que uma empresa mantém em suas dependências para cobertura de pequenas despesas

Rubrica: economia. instituição encarregada de receber e aplicar fundos reservados e administrados para determinado fim Ex.: c. de pecúlio

Rubrica: futebol. Regionalismo: Brasil. Uso: informal. o peito do jogador

Rubrica: artes gráficas. tabuleiro us. em composição manual, dividido em pequenos compartimentos ou caixotins onde os caracteres são guardados em uma ordem específica, a fim de facilitar o trabalho do tipógrafo

Rubrica: jornalismo. chamada editada entre fios, na primeira página de um jornal, remetendo para matéria de página interna

Rubrica: engenharia mecânica. peça que cobre e protege um dispositivo ou uma estrutura mecânica Ex.: c. de marchas

Rubrica: música. tipo de tambor pequeno, com membranas nas duas extremidades

Rubrica: teatro. conjunto formado pelo espaço cênico, bastidores e camarins de um teatro; caixa de cena, caixa de teatro, palco

� substantivo masculino Rubrica: contabilidade. caderno onde são registrados os créditos e os débitos � substantivo de dois gêneros

indivíduo que trabalha numa caixa ('seção', 'local'). (Antônio Houaiss/2001)

Calção – A busca não retornou nenhum resultado. (Bluteau/1728). - s.m. – que mais comumente se usa no plural: Calções. Parte do vestido do homem, que cobre desde a cintura até os joelhos. [vestido = vestidura. Um vestido; i, é, uma casaca, vestia e calções. (Antônio de Moraes Silva/1789) - A busca não retornou nenhum resultado. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) -substantivo masculino Rubrica: vestuário. Diacronismo: antigo.

calça de pernas curtas e entufadas que, a princípio, ia da cintura até às virilhas e que, mais tarde, se estendeu até o meio das coxas e, afinal, até o joelho

Rubrica: vestuário. Diacronismo: antigo. calça curta, larga, ger. com a cintura e as bocas ajustadas ao corpo por meio de material elástico

Rubrica: vestuário.

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calça de bocas mais ou menos largas, cujo comprimento atinge, em média, o meio das coxas, e que pode ser presa à cintura por meio de um cadarço; us. como parte de um uniforme em alguns esportes, como o futebol, ou simplesmente, e de maneira informal, em dias de muito calor

Rubrica: vestuário. calça de pernas curtas que, pelo material de que é feita, se ajusta muito ao corpo e vai da cintura até o meio das coxas, ger. us. na prática de certos esportes, como o ciclismo

Regionalismo: Brasil. bolsa pendente, de carne, que se forma entre as pernas das reses muito gordas

Rubrica: ornitologia. plumagem que cobre a perna de algumas aves; calça. (Antônio Houaiss/2001)

Capado – capado por força. Capado por natureza. Filho da cabra, já maior; passando de ano, ordinariamente são capados. (Bluteau/1728). - Substantivamente se entende do porco, e talvez do bode, castrados e dos homes capados. (Antônio de Moraes Silva/1789) - adj. que traz capa. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) -adjetivo que se capou; castrado, esterilizado (diz-se de pessoa ou animal)

substantivo masculino ovino castrado Regionalismo: Brasil.

porco castrado para engorda Derivação: por extensão de sentido. Regionalismo: Brasil.

qualquer pessoa ou animal esterilizado Derivação: por analogia.

qualquer pessoa ou animal muito gordo vegetal que teve rebentos podados Regionalismo: Portugal. Uso: informal.

indivíduo que pensa não ser enganado Regionalismo: Portugal. Uso: informal.

guarda Regionalismo: Portugal.

indivíduo sem vontade própria adjetivo e substantivo masculino Derivação: sentido figurado. Regionalismo: Brasil. Uso: pejorativo. que ou o que não tem energia; covarde, frouxo.

(Antônio Houaiss/2001)

Carpintaria – arte, ofício de Carpinteiro. (Bluteau/1728). - A busca não retornou nenhum resultado. (Antônio de Moraes Silva/1789) - s.f. ofício de carpinteiro. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) -substantivo feminino ofício de carpinteiro obra de carpinteiro oficina em que se realizam trabalhos de carpintaria Rubrica: teatro.

estrutura básica ou linhas gerais de sustentação dramática de uma peça teatral Derivação: por extensão de sentido.

arranjo das partes; estrutura, organização Ex.: a c. do livro. (Antônio Houaiss/2001)

Data (carta de) – dádiva, benefício. (Bluteau/1728). - s.f. Data, por dada, direito ou ação de dar. (Antônio de Moraes Silva/1789) - s.f. Dom, dádiva. Direito e ação de dar. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832)

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- substantivo feminino Rubrica: cronologia.

dia precisamente delimitado por um sistema específico de numeração seqüencial [Esse sistema compreende a contagem infinita de anos de 365 ou 366 dias, que se agrupam por 12 meses em conjuntos de aproximadamente 30 dias.] Ex.: <d. de nascimento> <d. histórica>

Derivação: por extensão de sentido. período de tempo; época Ex.: naquela d. você nem era nascido

Derivação: por metonímia. indicação ou registro - manuscrito, impresso, pintado, gravado etc. - do dia ou da época da ocorrência de algum fato ou evento Ex.: assinar e pôr a d.

Rubrica: astronomia. indicação precisa do momento de ocorrência de um fenômeno astronômico

ação de dar; dação, doação Derivação: por metonímia.

aquilo que é dado (1625)

dádiva, benefício, graça Uso: informal.

grande porção de (alguma coisa) Ex.: recolheu uma d. de lixo após a festa

Derivação: por extensão de sentido. qualquer porção ou quantidade determinada de (algo) Ex.: <uma d. de originais> <uma d. de sal>

Rubrica: termo de garimpo. Regionalismo: Brasil. jazida de ouro ou de pedras preciosas

(1986) Rubrica: história. no Brasil colonial, divisão das minas de ouro entre o descobridor e os mineiros

Rubrica: informática. conjunto de 1dados ('informação')

Rubrica: termo jurídico. entrega dos autos, já despachados pelo juiz, ao escrivão

Regionalismo: Minas Gerais, São Paulo, Paraná. terreno retangular de 20 m a 22 m por 40 m a 44 m

(1893) Regionalismo: Portugal. Uso: informal. ação de bater; sova, surra. (Antônio Houaiss/2001)

Ceroula – A busca não retornou nenhum resultado. (Bluteau/1728)

- [ceròulas] – s.f. pl. calças de algodão, ou linho, que se trazem por baixo dos calções. Ceroulas chamam as fraldas largas dos caleções das mulheres; e em certas partes, onde elas usam roupas curtas,na Pérsia, são calças até o bico do pé, largas, que não deixam divisar as formas das coxas e pernas. (Antônio de Moraes Silva/1789)

- A busca não retornou nenhum resultado. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832)

substantivo feminino plural Rubrica: vestuário. roupa masculina com duas pernas, us. sob as calças, que cobre da cintura até o tornozelo; ceroila, ceroilas,

ceroula Derivação: por extensão de sentido. Uso: informal.

cuecas substantivo masculino de dois números

Rubrica: história. Regionalismo: Bahia. Uso: informal.

nome que os liderados do general português Inácio Luís Madeira de Melo (1775-1833) davam aos partidários da independência brasileira quando das lutas na Bahia (1821-1823). (Antônio Houaiss/2001)

Chã – [chan] – chaã, coisa.Planície. (Bluteau/1728) - chã ou chãa – s.f. planície, “chãa que está sobre um monte.” Fem. De chão. (Antônio de Moraes Silva/1789)

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- chãa: s.f. planície. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) -substantivo feminino área ou extensão plana de terra; planície Rubrica: geografia. Regionalismo: Nordeste do Brasil.

chapada, planalto Regionalismo: Nordeste do Brasil.

zona canavieira carne da coxa bovina

Obs.: cf. chã-de-dentro e chã-de-fora. (Antônio Houaiss/2001)

Chamalote – chamalòte ou chamelòte. Por se chamar em alguns autores da Baixa Latinidade Camellotus , entenderam alguns que Chamalòte é um tecido de pelos de camelo. Querem outros que este tecido se faça do pelo de certa casta de bodes e por isso lhe chamam Pannus è villo caprino contextus, i. Chamalòte com águas, Pannus è villis hircinis ondulatus. Também há chamalòte de lã, sem águas. (Bluteau/1728) - chamalóte – s.m. seda com águas. Tecido de lã de camelo. (Antônio de Moraes Silva/1789) - chamalote – s.m. estofo de seda de ondas. Tecido de lã de camelo. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) -substantivo masculino Rubrica: indústria têxtil. fazenda de textura similar à do tafetá, cuja trama produz efeitos ondulados no lado direito do tecido tecido grosso originário do Oriente feito com pêlos de camelo e, por vezes, de cavalo Derivação: por analogia.

tecido feito com pêlos de cabra misturados ou não com lã Derivação: por analogia.

tecido de lã entretecida com fios de seda Obs.: f. geral não pref.: chamelote. (Antônio Houaiss/2001)

Cingir – cingir-se com alguma coisa. Chegar-se muito. Pegar-se. (Bluteau/1728) - atar rodeando a coisa atada, como quando se cinge a espada à cinta. Achegar-se, coser-se, aproximar-se muito. Rodear, tornear, cercar. (Antônio de Moraes Silva/1789) - pôr em roda. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - verbo

transitivo direto e bitransitivo estar à volta de; fechar, conter ou incluir no seu interior; rodear, circundar, cercar, esp. seguindo ou

acompanhando o contorno Ex.: <os manifestantes deram-se as mãos e cingiram o monumento> <c. o terreno de muros>

transitivo direto, bitransitivo e pronominal pôr ou usar (peça de roupa, enfeite, acessório etc.) ao redor de uma parte do corpo

Ex.: <c. os quadris com uma faixa> <uma pulseira cingia-lhe o braço> <c. à cabeça uma coroa de louros> <para proteger-se, cingiu-se perneiras de couro>

transitivo direto e pronominal envolver, cobrir (uma parte do corpo ou a própria pessoa)

Ex.: <cingia a fronte com uma grinalda> <cingiu-se com a faixa> transitivo direto e pronominal

colocar na cabeça como insígnia ou guarnição Ex.: <c. a coroa> <c.-se de louros>

transitivo direto e bitransitivo pôr ou prender à cinta

Ex.: <c. o punhal> <c. a espada à cinta> transitivo direto e bitransitivo

apertar ou prender dando a volta Ex.: <c. o fardo com fita de aço> <c. a cilha na cavalgadura>

transitivo direto, bitransitivo e pronominal Derivação: por extensão de sentido.

apertar(-se), envolver fortemente; agarrar(-se), abraçar(-se) Ex.: <um colete cingia seu corpo> <cingiu a criança ao (ou contra o) peito> <cingiu-se a uma árvore para não ser arrastado pela correnteza>

transitivo direto

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Derivação: sentido figurado. manter dentro de certos limites; conter, reprimir, dominar Ex.: o regulamento cinge-lhe os passos

bitransitivo e pronominal Derivação: sentido figurado.

limitar(-se), restringir(-se) Ex.: <c. a conversa a assuntos gerais> <c.-se a ouvir, sem comentários>

pronominal ficar rente; unir(-se), colar(-se)

Ex.: o fugitivo cingia-se ao muro transitivo direto

pôr ou prender à cinta Ex.: <c. a espada> <c. o punhal>

transitivo direto Derivação: por extensão de sentido.

prender, ligar, esp. envolvendo ou contornando Ex.: <cortou o cordão que cingia o pacote> <c. um fardo com fita de aço>

transitivo direto, bitransitivo e pronominal Derivação: sentido figurado, por extensão de sentido.

aproximar(-se) muito; fazer ficar ou ficar rente a; juntar(-se), ligar(-se) ou manter(-se) ligado; unir(-se) Ex.: <o amor cingiu-os> <cingiu-o ao peito> <cingiu-se ao muro para não ser visto>

pronominal Rubrica: tauromaquia.

aproximar-se muito do touro Ex.: o toureiro cingiu-se afoitamente. (Antônio Houaiss/2001)

Cobre – corpo metálico, tirante a vermelho, o qual se pode fundir e estender ao martelo. Dizem que o primeiro cobre veio da Ilha de Chipre e porquanto primeiro, que se usasse de prata e de ouro as compras, e as vendas se faziam com cobre por isso se disse Cobrar e Cobrador. (Bluteau/1728) - [Cóbre] – s.m. metal avermelhado quando está puro: cobre vermelho. Cobre amarelo. V. latão, que é o cobre misturado com zinco. (Antônio de Moraes Silva/1789) - s.m. metal. Também se toma pela moeda de cobre. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - substantivo masculino Rubrica: química.

elemento químico de número atômico 29 (símb.: Cu) [Um dos primeiros metais conhecidos pelo homem, é us. em fios condutores de eletricidade, encanamentos, em ligas como latão com zinco, bronze com estanho etc.] Obs.: cf. tabela periódica

moeda desse metal Derivação: por extensão de sentido.

qualquer moeda Regionalismo: Minas Gerais.

antiga moeda de 40 réis Derivação: sentido figurado. Uso: informal.

m.q. dinheiro ('capital') Ex.: pusera todo o seu c. na poupança

Rubrica: gravura. placa gravada em cobre

Derivação: por extensão de sentido. Rubrica: gravura. estampa que se obtém com essa placa

� cobres � substantivo masculino plural dinheiro miúdo ou em moedas; trocados

Ex.: deu ao filho uns c. para o cinema Uso: informal.

qualquer soma em dinheiro Ex.: guardara uns c. para ajudar nas despesas

instrumentos ou utensílios de cobre Ex.: mandou arear os c. da cozinha. (Antônio Houaiss/2001)

Colar – colar com que se prendem os malfeitores. Algemas nas mãos, colares nos pescoços. (Bluteau/1728)

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- peça de ferro de prender pelo pescoço. (Antônio de Moraes Silva/1789) - peça de ferro para prender pelo pescoço. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - substantivo masculino ornato que se usa no pescoço e que é constituído por uma enfiada de pequenos objetos ou se apresenta em

forma de cadeia cadeia de ouro esmaltado us. pelos cavaleiros de certas ordens gola, colarinho m.q. golilha ('argola') sinal natural ao redor do pescoço de um animal parte do pescoço do boi correspondente à dianteira da espádua Regionalismo: Brasil. Uso: informal.

corda de nós corredios para estrangular a vítima Derivação: sentido figurado.

sujeição, submissão, jugo Uso: ironia.

gravata. (Antônio Houaiss/2001)

Corrente – cadeia de ferro que está presa por um fuzil; da ponta estendem-na e passando-a pelas pernas dos encarcerados, os prende pelos grilhões. (Bluteau/1728) - cadeia de ferro de prender, pela perna ou pelo pescoço, e para outros usos. (Antônio de Moraes Silva/1789) - cadeia de ferro para prisão. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - substantivo feminino movimento próprio das águas; correnteza

Ex.: o mar estava cheio de c. Derivação: por extensão de sentido.

movimento do ar Ex.: do Norte vinha uma c. fria

série ou cadeia de argolas interligadas, feitas ger. de ferro, us. para cingir, atar fortemente (alguém ou algo); grilhão Ex.: <os presos traziam nos pés grossas c.> <com pesadas c., prenderam o navio ao cais>

qualquer conjunto de argolas, rolos etc. que, articulados entre si, constituem uma série com as mais diversas aplicações, esp. em engrenagens, máquinas etc.

Derivação: por extensão de sentido. Rubrica: adorno, ourivesaria. cadeia delicada dessas argolas, feita de material ger. nobre como o ouro, que compõe o desenho de jóias, ornatos, relógios etc. Ex.: <tinha o relógio preso ao pulso por uma bela c.> <usava no pescoço uma c. de ouro branco>

Derivação: sentido figurado. série continuada de pessoas ou coisas (concretas ou abstratas) interligadas de alguma maneira Ex.: <fizeram uma c. para abraçar o monumento> <era uma c. de esperança>

Derivação: sentido figurado. grupo de pessoas que se destaca por apresentar alguma afinidade (ética, política, filosófica etc.) entre seus componentes (mais us. no pl.) Ex.: o partido era formado por muitas c.

Derivação: por metonímia. arcabouço teórico de uma doutrina, de uma escola ou o pensamento dominante que nela existe e que de alguma maneira a diferencia e caracteriza em relação as demais (mais us. no pl.) Ex.: <c. da psicanálise> <c. filosóficas da modernidade>

Rubrica: dança, música. dança renascentista e barroca executada em compasso ternário, dividido em duas seções

Rubrica: música. composição com as características da música que acompanha essa dança e que integra as suítes

� substantivo masculino aquilo que é usual, comum, corriqueiro ou trivial

Ex.: nos anos de 1970, o c. era contestar as normas sociais � adjetivo de dois gêneros que passa sem qualquer obstáculo, sem obstrução

Ex.: águas c. que flui naturalmente (diz-se de coisa concreta ou abstrata); fluente

Ex.: <tempo c.> <leitura c.>

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que, no momento, está passando (diz-se esp. do que se refere ao tempo) Ex.: <mês c.> <ano c.>

que atualmente vigora; que tem curso; vigente Ex.: moeda c.

que, estando em curso, avança ou cresce Ex.: <juros c.> <dívida c.> <preços c.>

que apresenta ampla aceitação; aceito, posto em acordo Ex.: <comentário c.> <sugestão c.>

que é usual; comum, banal, corriqueiro Ex.: hábito c.

com experiência; versado, entendido, perito Ex.: o exame final provou que os estudantes estão c. em química

cuja manifestação é clara; evidente, claro, notório Ex.: problema c.

Regionalismo: Alentejo. afável no trato com outrem; simpático, polido, gentil

Rubrica: lingüística. sem preocupação com a disciplina gramatical; livre da normatização escolar; espontânea (diz-se de língua) Obs.: p.opos. a culto

� advérbio sem dificuldade; correntemente, fluentemente

Ex.: falava c. o francês. (Antônio Houaiss/2001)

Cruzado – moeda de Portugal. O cruzado antigo era de ouro. El Rei D. Afonso, quando aceitou a Cruzada para ir com outros Príncipes da Europa à conquista da Terra Santa mandou lavrar de ouro subido de toda a perfeição a moeda dos cruzados, a qual mandou subir em peso e não em preço, dois grãos, sobre todos os Ducados da Cristandade, para assim podem correr em todas as partes onde ele fosse. De sorte, que teve esta moeda o nome de cruzado, por ser feita para a empresa da Cruzada, que o dito Rei aceitara. Hoje o cruzado de Portugal é moeda de prata que vale quatrocentos e oitenta reis. (Bluteau/1728) - moeda antiga, lavrada quando D. Afonso V tomou a Cruz, ou a empresa da Cruzada; tem de uma parte uma Cruz como a de S.Jorge, e da outra Escudo Real coroado, metido na Cruz de Avís. Hoje, o cruzado velho de ouro vale quatrocentos reis; o novo de prata, ou ouro, vale quatrocentos e oitenta reis. (Antônio de Moraes Silva/1789) - s.m. moeda antiga no tempo do Rei Dom Afonso V. Hoje o cruzado vale 400 reis, porém quando dizemos cruzado novo então e 480 rs. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - adjetivo e substantivo masculino Rubrica: história da religião.

que ou aquele que, alistado em cruzada, trazia uma cruz de pano (vermelha, verde ou branca) ger. no peito e fazia a guerra denominada santa (diz-se de cavaleiro)

Rubrica: história da religião. que ou aquele que tomava a cruz como insígnia (diz-se de religioso)

Derivação: por extensão de sentido, sentido figurado. que ou o que participa de certas campanhas ou projetos religiosos, sociopolíticos, morais, promove seus princípios ou ainda defende seus próprios interesses

� adjetivo Rubrica: religião. Regionalismo: Brasil. que tem influência de duas ou mais origens (diz-se de rito); traçado

Ex.: umbanda c. (com o candomblé banto) � substantivo masculino (1374) Rubrica: história da numismática.

cada uma das diversas moedas antigas de ouro e prata, cunhadas, a princípio, para prover despesas com a expedição dos cruzados

Rubrica: história da numismática. antiga moeda portuguesa

Rubrica: história da numismática. moeda de 400 réis

Rubrica: economia. meio através do qual eram efetuadas transações monetárias no Brasil de 28 de fevereiro de 1986 a 15 de janeiro de 1989, quando foi substituído pelo cruzado novo

Derivação: por extensão de sentido. Rubrica: economia. a cédula e a moeda (divisíveis em cem unidades menores, denominadas centavos) us. nessas transações. (Antônio Houaiss/2001)

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Cunha – pedaço de ferro, ou de pau, quadrado, que acaba em ângulo muito agudo; serve de fender lenha. . (Bluteau/1728) -s.f. pedaço de taboa ou ferro chato, com alguma grossura, de base larga, que vai estreitando até acabar em ângulo ou corte: dela se usa para rachar lenha, fazer estalar pedras. (Antônio de Moraes Silva/1789) - s.f. pedaço de taboa ou ferro chato que acaba estreitando em ângulo ou corte, para rachar lenha, etc. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) -substantivo feminino peça de metal ou madeira dura, em forma de prisma agudo em um dos lados, e que se insere no vértice de um

corte para melhor fender algum material, bem como para calçar, nivelar, ajustar um peça qualquer Rubrica: carpintaria.

peça que mantém na posição correta a lâmina existente em ferramentas como a plaina, a garlopa Rubrica: heráldica.

figura, resultante de estilização da forma dessas peças Rubrica: anatomia geral.

m.q. cúneo ('lóbulo') Rubrica: artes gráficas. Diacronismo: obsoleto.

cada um dos calços de madeira cortados obliquamente em um dos lados e empr. no ato de apertar na rama a forma (ô) tipográfica

Rubrica: artes gráficas. Diacronismo: obsoleto. m.q. cunho ('cada uma das peças de metal')

Rubrica: artes gráficas. cada uma das peças biseladas que se movimentam na fundidora monotipo conforme as perfurações da bobina, dando a cada letra ou espaço a largura necessária [São chamadas, conforme o caso, cunha de justificação, de transferência dos espaços, de transferência dos tipos e normal.]

Rubrica: meteorologia. área com formato de cunha, onde se verifica alta pressão barométrica

Rubrica: termo militar. deslocamento de tropas em forma de triângulo; cúneo

Rubrica: morfologia zoológica. cada uma das penas externas da cauda das aves de rapina

Derivação: por metáfora. Regionalismo: Portugal. Uso: informal. recomendação ou pedido de pessoa influente; empenho

Rubrica: geologia. porção de um maciço de terra que fica acima da superfície interna em relação à qual poderá escorregar por ruptura ou cisalhamento do solo

Rubrica: termo militar. em estratégia, recurso pelo qual um exército logra introduzir componentes de sua tropa em território e/ou em meio a unidades particularmente vulneráveis do inimigo

Rubrica: versificação. palavra meramente acessória para completar a medida de um verso ou tornar mais eufônico o seu ritmo. (Antônio Houaiss/2001)

Damasco – seda de lavores, entre tafetá e raso, assim chamado porque a invenção veio da cidade de Damasco. Há damasco de seda de Castela, Itália, damasco da Índia, ordinário; damasco tecido com ouro, prata, carmesim, damasco ditos grandes. (Bluteau/1728) - s.m. tecido de seda, lençaria, lã, de sorte que parte dele fica liso e acetinado, a outra de superfície áspera, fazendo a diferença vários lavores. (Antônio de Moraes Silva/1789) - s.m. estofo de seda, lã, linho acetinado por um lado e com lavores. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - substantivo masculino Rubrica: indústria têxtil.

tecido de seda ornado, em alto-relevo, com fios para cetim ou tafetá, originário da cidade de Damasco (Síria); adamascado

Derivação: por extensão de sentido. Rubrica: indústria têxtil. tecido de lã, linha ou algodão que imita o original

Rubrica: artes pásticas. certo tipo de desenho com ramagens us. em vitrais, esp. nos sXV-XVI

certa lâmina de aço muito fina, us. em espadas, originária de Damasco (Síria) (1713) Rubrica: angiospermas.

fruto do damasqueiro; abricó, abricô, abricoque, abricote, alberge, albricoque, alpece, alperce, alperche Derivação: por metonímia.

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tom alaranjado, levemente escuro e fosco, da cor desse fruto Rubrica: angiospermas.

m.q. damasqueiro (Prunus armeniaca) � adjetivo de dois gêneros e dois números que tem a cor do damasco ('fruto') diz-se dessa cor

Ex.: colcha de coloração d. (Antônio Houaiss/2001)

Damasquilho – pano de seda a modo de damasco, mas mais leve. (Bluteau/1728) - s.m. damasco ligeiro; droga de seda. (Antônio de Moraes Silva/1789) - A busca não retornou nenhum resultado. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - substantivo masculino Rubrica: indústria têxtil.

tecido de seda ou lã, menos encorpado, que imita o damasco ('tecido'); damasquim. (Antônio Houaiss/2001)

Delgado – coisa que tem pouco corpo. (Bluteau/1728) - de pouco corpo: por exemplo fio, corda, taboa, pano. (Antônio de Moraes Silva/1789) - adj. – de pouca grossura, de pouco corpo. Raro, fino. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - adjetivo que possui uma pequena espessura; fino

Ex.: <lente d.> <tábua d.> que apresenta uma circunferência de pequeno diâmetro ou área interna de proporções diminutas Derivação: por extensão de sentido.

terminado em ponta; aguçado, pontudo Ex.: seta d.

que possui uma compleição frágil; magro Ex.: rapaz d.

que não é denso, encorpado; ralo Ex.: sopa d.

que perdeu o caráter compacto, cerrado, e está quase imperceptível Ex.: floresta, nuvem, fumaça d.

Derivação: sentido figurado. que pensa com argúcia, sutileza, finura

Derivação: sentido figurado. que soa com brandura e delicadeza; sem volume, intensidade (diz-se de voz ou sonoridade)

substantivo masculino delgadeza, fineza, esguiez

Ex.: a privação aumentou o d. de seu corpo parte esp. fina (de um corpo, um objeto)

Ex.: <o d. da sua cintura> <o d. da garrafa> parte estreita de um objeto, us. para segurá-lo

Ex.: d. do chocalho Rubrica: termo de marinha.

cada uma das partes mais afiladas da carena de uma embarcação, a vante e a ré. (Antônio Houaiss/2001)

Égua – egoa = a fêmea do cavalo. (Bluteau/1728) - égoa – s.f. a fêmea da espécie cavalar. (Antônio de Moraes Silva/1789) - egoa – s.f. a fêmea do cavalo. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - substantivo feminino

a fêmea do cavalo Derivação: sentido figurado. Uso: informal.

indivíduo pouco inteligente, ignorante e/ou grosseiro Ex.: o grandalhão era uma é.

Regionalismo: Norte do Brasil. Uso: informal.

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mulher que pratica a prostituição � interjeição Regionalismo: Pará, Maranhão. Uso: informal.

expressa espanto, admiração etc. (Antônio Houaiss/2001)

Enxada – instrumento de agricultor. É um ferro da largura de um palmo e do mesmo comprimento, alguma coisa encurvado. Tem um anel, ou olho no pé, onde se mete um pau a que chamam cabo de enxada. Tem o ferro largo e alguma coisa em curva, serve de cavar, escavar e fazer regos. (Bluteau/1728) - [encháda] – s.f. uma pá de ferro com olho, que se mete num cabo longo, para cavar a terra e mondá-la. (Antônio de Moraes Silva/1789) - s.f. é um instrumento que tem uma chapa de ferro com gume oposto ao alvado onde entra um cabo de pau: serve para cavar a terra, amassar a cal, etc. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) [alvado -] = concavidade de alguns instrumentos por onde se acoplam outros objetos (cabo, p.ex.).(Antônio Houaiss/2001) - substantivo feminino instrumento que consiste em uma lâmina de metal, com um orifício na parte oposta ao gume em que se encaixa

um cabo em sentido perpendicular, us. para capinar, revolver ou cavar a terra, misturar argamassas, concretos etc.

Derivação: por metonímia. operário rural; trabalhador de enxada Ex.: teve de contratar mais 20 e.

Derivação: por metáfora. ocupação, trabalho do qual se extraem os meios de subsistência; ofício, profissão, ganha-pão

Rubrica: ictiologia. Regionalismo: Pernambuco. peixe teleósteo (Chaetodipterus faber), perciforme, da fam. dos efipídeos, que ocorre no Atlântico ocidental, em pedras e recifes de corais, de até 90 cm de comprimento, corpo discóide prateado, com três a cinco faixas transversais negras, mais visíveis nos jovens; paru, paru-branco, tareira

Rubrica: ictiologia. m.q. 1paru (Pomacanthus arcuatus e Pomacantus paru). (Antônio Houaiss/2001)

Espingarda – arma de fogo com coronha e cano comprido. (Bluteau/1728) - s.f. arma de fogo grande, com cano, coronha, fechos. (Antônio de Moraes Silva/1789) - s. f. arma de fogo. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - substantivo feminino Rubrica: armamento.

arma de fogo portátil, de cano comprido e com coronha própria para apoiar no ombro Derivação: por metonímia.

indivíduo armado com espingarda ou que é exímio em usá-la Ex.: seus homens são as melhores e. do lugar

Regionalismo: Nordeste do Brasil. Uso: informal. concubina, amante. (Antônio Houaiss/2001)

Estamenha – tecidura de lã fiada ao fufo. (Bluteau/1728) - s.f. – tecido de lã delgado e vulgar. . (Antônio de Moraes Silva/1789) - s. m. – estofa de lã. . (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - substantivo feminino Rubrica: indústria têxtil.

tecido de lã leve hábito de frade . (Antônio Houaiss/2001)

Fazenda – bens de raiz, terras, quintas. (Bluteau/1728)

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- s. f. - bens. (Antônio de Moraes Silva/1789) - s.f. – bens, haveres. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - substantivo feminino conjunto de bens, haveres; azienda Rubrica: economia.

conjunto das finanças públicas e a organização pública sob cuja alçada está a administração dessas finanças Rubrica: termo jurídico.

conjunto de direitos e bens, ativos e passivos, de uma pessoa física ou jurídica, que forma o seu patrimônio propriedade rural de dimensões consideráveis, de lavoura ou de criação de gado; herdade conjunto de gêneros ou produtos destinados à venda; mercadoria qualquer pano ou tecido Derivação: sentido figurado.

qualidade, caráter, jaez Ex.: era um sujeito de boa f.

Uso: informal. Diacronismo: obsoleto. mulher bonita, vistosa. (Antônio Houaiss/2001)

Fechadura – instrumento de ferro, feito com tal artifício, que sem a sua chave não se pode abrir a porta, ou arca, em que está pregado. (Bluteau/1728) - s.f. engenho de metal que aplicado às portas e às gavetas, armários, etc., serve de os fechar e segurar por meio da língua, que se volve, e move com a chave. (Antônio de Moraes Silva/1789) - s.f. peça de ferro ou outro metal para fechar portas, gavetas, etc. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - substantivo feminino ato ou efeito de fechar(-se); fechação, fechada, fechamento dispositivo de metal que tranca portas, janelas, gavetas etc., por meio de uma ou mais lingüetas acionadas por

uma chave. (Antônio Houaiss/2001)

Ferragem – ferragem do cinto, do talim ou de qualquer outra coisa. (Bluteau/1728)

- s.f. obras de ferro para vários usos: ex. os pregos, dobradiças, fechaduras, espelhos delas, as peças de ferro da

sela, do freio, das caixas, do engenho, e outras máquinas. . (Antônio de Moraes Silva/1789)

- s.f. tudo o que é feito de ferro. Ferraduras. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - substantivo feminino qualquer peça de ferro ou outro metal comum us. para compor diversas estruturas ou objetos, servindo para seu

funcionamento ou simplesmente como adorno Ex.: f. de porta, de móvel, de navio etc.

ato ou efeito de ferrar ato, operação ou efeito de pregar ferradura em animal; ferração

Derivação: por metonímia. essa ferradura cravada no animal

ato ou efeito de marcar (esp. animal) com ferrete Rubrica: fitopatologia.

m.q. cravagem Rubrica: termo de garimpo. Regionalismo: Brasil. Uso: informal.

nome com que os garimpeiros designam diversos minerais, entre os quais rutílio, anatásio azul, hematita, ilmenita e magnetita. (Antônio Houaiss/2001)

Flox Santorum- Mandado imprimir por D. Manuel I, este Flos Sanctorum, de autor anônimo, constitui uma extensa coleção de relatos de vidas de santos, desde os mártires romanos, até santos canonizados já na época medieval. Nunca explicitando as fontes utilizadas para a reconstituição das biografias, o autor deste Flos Sanctorum terá presumivelmente utilizado, como principal modelo, a partir talvez de tradução castelhana, o largamente difundido Flos Santorum de Jacobo de Voragine. O destaque concedido a santos portugueses, como S. Frutuoso de Braga, S. Gonçalo de Amarante, Santa Iria, Santo António ou S. Vicente de Lisboa, entre outros, e a utilização de "lingoagem portugues" deixam supor que esta edição se destinaria a um fim catequético e missionário.

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http://www.infopedia.pt/$flos-sanctorum-em-lingoagem-portugues;jsessionid=TFf8DVWEje018dmUKVrSRw__

Foice – [fouce] = instrumento de ferro, de folha delgada e quase circular, com dentes miúdos e ponta no cabo. Serve de segar os pães, cortar erva, feno, etc. (Bluteau/1728) - [fouce] = s.f. instrumento curvo de ferro com corte, ou com corte de serra; a primeira se diz fouce roçadoura, tem alvado que se embebe em seu cabo; a segunda é de segar pães, e tem espiga que se enxere no cabo. Há também fouces de podar vinhas. [alvado = o vão, cavidade, onde se embebe e encaixa alguma ponta, raiz]. (Antônio de Moraes Silva/1789)

- s.m. instrumento de ferro: há uma que serve de segar e outra de roçar silvados. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - substantivo masculino

instrumento composto de uma lâmina curva presa a um cabo, us. para segar Rubrica: anatomia geral.

qualquer estrutura em forma de foice . (Antônio Houaiss/2001)

Frasco – deriva-se de Flasco, onis, que antigamente em Latim Bárbaro significava o mesmo. Flasca se deriva do Grego Phiala, que quer dizer Redoma, e corruptamente se disse Philasca, donde tomaram os italianos o seu Fiasco, os franceses o seu Flacon, e nós Frasco. (Bluteau/1728) - s.m. vaso de vidro para líquidos, e talvez, de barro vidrado, da feição dos de vidro. (Antônio de Moraes Silva/1789) - não consta esse vocábulo. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) -substantivo masculino recipiente de vidro, porcelana, cristal etc., de tamanho e forma variáveis, us. para guardar líquidos, pós, pílulas

etc.; vidro Regionalismo: Amazonas.

medida que corresponde a dois litros Regionalismo: Portugal.

vasilha para carregar pólvora para a caça; polvorinho Regionalismo: Portugal. Uso: tabuísmo.

m.q. ânus. (Antônio Houaiss/2001)

Frasqueira – vaso, a modo de caixa, ou arca pequena, com repartimentos para frascos. (Bluteau/1728) - s.f. caixa com repartições e vãos para se levarem frascos de vinho, azeite, vinagre, etc. . (Antônio de Moraes Silva/1789) - s.f. caixa com repartições para acomodar frascos para embarque, etc. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - substantivo feminino

caixa com divisões para guardar frascos local em que se juntam frascos e garrafas; botelharia, garrafeira

loja ou compartimento em que se armazenam vinhos finos garrafa especial destinada a servir vinho na mesa depósito de vinhos engarrafados, para uso particular do lavrador Regionalismo: Brasil.

pequena bolsa ou maleta para transportar objetos de toalete Regionalismo: Amazonas, Pará.

garrafão de 24 litros, us. como medida de capacidade. (Antônio Houaiss/2001)

Granada (Frei Luís de).

n.1505. f. 31 de Dezembro de 1588.

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Religioso da ordem de S. Domingos, nascido em Granada em 1505; mas passou a Portugal, morrendo em Lisboa a 31 de Dezembro de 1588, com 83 anos de idade, tendo vivido 47 em Portugal.

Não podemos exclui-lo deste nosso trabalho, seguindo o que João Baptista de Castro nos diz no Mappa de Portugal, vol. IV, pág. 28: «Podemos chamar-lhe nosso, porque entre nós viveu, ensinou e morreu.» Foi mestre de Filosofia, Teologia moral a doutras disciplinas eclesiásticas; confessor de D. João III, da rainha D. Catarina, e do cardeal infante D. Henrique; visitador a provincial da província de S. Domingos de Portugal. Era muito estimado pela sua vasta erudição e grande eloquência. Rejeitou o bispado de Viseu, o arcebispado de Braga, e a púrpura cardinalícia, que lhe oferecera o papa Xisto V, preterindo o serviço de Deus e do próximo, no púlpito, no confessionário, nas missões, na fundação de estabelecimentos de caridade, e em escrever e publicar livros muito ilustres com que ilustrou a Igreja. As suas obras eram tão estimadas, que apenas se publicou o seu livro da Oração e meditação, foi logo traduzido em nove línguas. O papa Gregório XIII lhe escreveu uma carta em forma de Breve, expedido em Roma a 21 de Julho de 1582, em que agradecia e louvava as suas obras. Muitos bispos e arcebispos concederam indulgências a quem lesse ou ouvisse ler qualquer fragmento dos seus livros. Quando Filipe II, de Espanha, se apoderou de Portugal, perguntando-lhe alguém, qual era o seu partido respondeu: Não sou castelhano nem portuguez; sou frade de S. Domingos.

No Archivo pittoresco, tomo VI, pág. 71 a 72, vem a sua biografia acompanhada da gravura, que representa o seu túmulo, que existia na portaria do extinto convento de S. Domingos, de Lisboa. Na colecção Retratos e Elogios de Varões e Donas encontra-se também a sua biografia acompanhada do retrato.

Escreveu muitas obras em castelhano sobre assuntos ascéticos. Mencionaremos as seguintes: Compendio da doutrina christãa recopilado de diuersos autores, que desta materia escreuerão, pelo R. P. F. Luyz de Granada, Provincial da Ordem de S. Domingos; acrescentarão-se ao cabo Treze Sermões das principaes festas do anno, pelo mesmo autor, etc., Lisboa, 1559; há uma edição desta obra, feita em Coimbra, em 1789; além desta, saíra em Lisboa outra edição em 1780, sem os sermões, com o título seguinte: Compendio da doutrina christã, composto pelo veneravel P. Fr. Luiz de Granada; dedicado á Rainha mãe pelo P. José Caetano de Mesquita, prior de S. Lourenço, etc.; Introducção ao symbolo da Fé, pela V. Fr. Luiz de Granada, traduzida em portuguez; 2 tomos, Lisboa, 1780; Guia de peccadores, e exhortação á virtude, etc., traduzida em portuguez, Lisboa, 1764; 2 tomos; fez-se uma edição no Porto, 1749: Livro da Oração e da meditação, Salamanca, 1567; Memorial da vida christã, Salamanca, 1566.

Transcrito por Manuel Amaral

http://www.arqnet.pt/dicionario/granada.html

Gibão – [gibam] – a parte da vestidura que cobre o corpo do pescoço até quase a cintura. Deriva-se do Italiano Giuppone que significa o mesmo. (Bluteau/1728) - s.m. vestido interno, como veste que cobria o corpo até a cintura. . (Antônio de Moraes Silva/1789) - s.m.. ões no plural. Gênero de vestidura que cobre até a cinta. . (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - substantivo masculino Rubrica: vestuário. antiga peça do vestuário masculino, us. por baixo do paletó, que envolve o corpo do pescoço à cintura espécie de casaco curto, semelhante ao colete, que se veste sobre a camisa Regionalismo: Brasil.

casaco de couro, ger. largo, us. por vaqueiros; vestia. (Antônio Houaiss/2001)

Pinhoela – pano de seda, sobre o qual estão uns 00 a modo de olhos que faz uma sedazinha levantada. (Veludos rasos, felpas, pinhoelas). (Bluteau/1728) - [pinhoéla] – s.f. seda com uns círculos aveludados. (Antônio de Moraes Silva/1789) - s.f. estofa de seda com círculos aveludados. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) -substantivo feminino

antigo tecido de seda ornado com círculos aveludados. (Antônio Houaiss/2001)

Guarina - A busca não retornou nenhum resultado. (Bluteau/1728)

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- s.f. túnica militar curta. (Antônio de Moraes Silva/1789) - s.f. túnica militar curta. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - A busca não retornou nenhum resultado. (Antônio Houaiss/2001)

Lama – se chamava uma sorte de seda, ordinariamente, sem lavor algum. Hoje não está em uso. Havia lama chã, ligeira, lavrada e falsa. Lama com flores de seda e outra com flores de ouro. (Bluteau/1728) - A busca não retornou nenhum resultado . (Antônio de Moraes Silva/1789) - A busca não retornou nenhum resultado. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - não foi encontrado o vocábulo. (Antônio Houaiss/2001)

Libra – ou livra. Antigamente entre Romanos era moeda de doze onças de peso e valor, e depois pelas

necessidades da República se mandou lavrar de duas onças de peso e finalmente de uma onça só, mas todas com a valia de doze onças. Entre os Portugueses, libra ou livra é a moeda mais antiga de que se acham memórias como se vê da Ordenação velha, livro 4º tit. I. E, em Portugal com em Roma foi degenerando essa moeda porque vendo-se El Rei D. João I apertado pelos grandes gastos das guerras fez lavrar as libras de menor peso, conservando sempre o mesmo valor e valendo as primeiras livras vinte reais brancos dos primeiros, que fazem dos nossos trinta e seis reais, estas segundas libras, que mandou bater, não tinham de verdadeiro peso mais que vinte e cinco reis, e três feitis. Todas as contas que antigamente se faziam neste Reino eram por libras e deste nome houve moedas de prata e de cobre, até o de menor valor, porque assim como agora fazemos as contas por reais, assim se faziam naqueles tempos por libras. (Bluteau/1728) - s.f. peso de doze onças dos Boticários. Moeda; as mais antigas portuguesas valeram trinta e seis reis dos nossos e tinham vinte reais brancos antigos; estas eram de prata. D. João I fez destas Libras com o mesmo valor extrínseco e com o valor intrínseco de 35 reis dos nossos e 3 seitís. El Rei D. Duarte ainda lhe tirou de valor intrínseco, de sorte que uma Libra e meia das suas valia um terço de seitil. . (Antônio de Moraes Silva/1789) - s.f. nome de várias moedas antigas. Peso de doze onças entre os farmacêuticos. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) -substantivo feminino Rubrica: física, metrologia.

unidade de massa utilizada no sistema inglês de pesos e medidas equivalente a 0,4535923 quilogramas; libra-massa [símb.: lb]

Rubrica: metrologia. m.q. arrátel

Rubrica: economia. meio pelo qual são efetuadas transações monetárias em Chipre, Egito, Líbano, Malta, Síria e Sudão

(sXIV) Derivação: por extensão de sentido. Rubrica: economia. a cédula e a moeda us. nessas transações (divisíveis em cem unidades menores, denominadas centavos em Chipre e Malta, e piastras, no Egito, Líbano e na Síria)

(sXV) Rubrica: astronomia. sétima constelação zodiacal, situada entre Leão e Escorpião; Balança Obs.: inicial maiúsc.

Rubrica: astrologia. sétimo signo do zodíaco (de 23 de setembro a 23 de outubro); Balança Obs.: inicial maiúsc.. (Antônio Houaiss/2001)

Urdideira – A busca não retornou nenhum resultado. (Bluteau/1728)

- A busca não retornou nenhum resultado. (Antônio de Moraes Silva/1789)

- A busca não retornou nenhum resultado. . (Luiz Maria da Silva Pinto/1832)

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substantivo feminino mulher que tece; tecedeira, tecelã Rubrica: indústria têxtil.

nos teares manuais, conjunto formado de duas peças verticais e paralelas, guarnecidas de pregos ou ganchos, nos quais são dispostos os fios da trama

Rubrica: indústria têxtil. máquina us. na indústria, que realiza o trabalho de urdir

Regionalismo: Açores. dobadoura para o linho. (Antônio Houaiss/2001)

Palmo – (Medida Geométrica). Palmo Geométrico é de quatro dedos, ou o que ocupam dezesseis grãos de cevada e nisto se diferencia do palmo comum que se toma pela mão estendida, desde o dedo polegar até a extremidade do dedo meminho. Conforme esta medida de quatro dedos juntos, o palmo Geométrico não ocupa tanto, como a palma da mão. (Bluteau/1728) - s.m. Medida que é a extensão desde a ponta do dedo mínimo até a do polegar, aberta a chave da mão. Palmo

geométrico; igual a largura de quatro dedos ou a extensão de dezesseis grãos de trigo em fileira. (Antônio de Moraes Silva/1789) - s.m. A extensão que há, aberta a chave da mão, desde a ponta do dedo polegar até a do mínimo. Palmo Geométrico é diferente do Palmo craveiro. Este é a terça parte de um côvado. [côvado = s.m. medida de extensão de três palmos, para medir estofos, etc.] (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) -substantivo masculino extensão medida entre a extremidade do dedo polegar e a do mínimo, na parte interna da mão bem aberta Rubrica: metrologia.

medida de comprimento que corresponde a oito polegadas ('medida') ou 22 cm, baseada no comprimento médio de um palmo (acp. 1). (Antônio Houaiss/2001)

Pataca – [patâca] Moeda de prata das Índias de Castela, que hoje vale em Portugal setecentos e cinqüenta reis. (Bluteau/1728) - s.f. Moeda de prata do valor de 750 reis e são as de Castela. No Brasil, a Pataca vale 320 reis. . (Antônio de Moraes Silva/1789) - s.f. Moeda de prata no Brasil que vale dezesseis vinténs. Peso duro, moeda de prata espanhola cujo valor anda por 800 reis. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - substantivo feminino Rubrica: numismática. Regionalismo: Brasil.

moeda antiga de prata, que valia 320 réis Rubrica: economia.

meio através do qual são efetuadas transações monetárias em Macau e no Timor Derivação: por extensão de sentido. Rubrica: economia.

a cédula e a moeda (divisíveis em cem unidades menores, denominadas avos) us. nessas transações Derivação: sentido figurado.

qualquer soma em dinheiro; moeda corrente. (Antônio Houaiss/2001)

Pedra de afiar – pedra de afiar ou de amolar. Pedra de afiar com água. Pedra de afiar com azeite. (Bluteau/1728) - s.f. pedra d’amolar; é mais porosa e grosseira que a de afiar navalhas. (Antônio de Moraes Silva/1789) - A busca não retornou nenhum resultado. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - A busca não retornou nenhum resultado. (Antônio Houaiss/2001)

-Poldro- [potro] – cavalo novo, chama-se assim até estar bem ensinado e domado. Todos os potros nascem com toda aquela altura nas canas de pés e mãos que hão de vir ater, não lhe crescendo estas jamais, como crescem aos outros animais. (Bluteau/1728)

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- s.m. Cavalo novo que ainda não se acabou de ensinar e domar. (Antônio de Moraes Silva/1789) -s.m. Cavalo novo que não está ainda bem ensinado. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) -� substantivo masculino cavalo macho com menos de um ano de idade Regionalismo: Sul do Brasil.

cavalo novo, ainda não inteiramente domado; poldro (a1569) m.q. ecúleo. (Antônio Houaiss/2001)

Reis – moeda baixa de Portugal. É abreviatura de Reais. (Bluteau/1728)

- [réis]- s.m.pl.- reais, a última espécie de moeda e ideal em que se resolve o dinheiro e de que usamos no nosso modo de contar. (Antônio de Moraes Silva/1789) - [real] – s.m. – Reais ou reis no plural. Moeda que teve diversos valores. Real d’água - tributo que se paga para as obras dos canos e chafarizes. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) [real] - substantivo masculino Rubrica: numismática.

m.q. alfonsim Rubrica: economia.

antiga base unitária do meio circulante brasileiro, em que as cédulas eram múltiplas e as moedas frações de mil réis

Rubrica: economia. meio através do qual são efetuadas transações monetárias no Brasil, a partir de julho de 1994

Derivação: por extensão de sentido. Rubrica: economia. a cédula e a moeda (divisíveis em cem unidades menores, denominadas centavos) us. nessas transações.

(Antônio Houaiss/2001)

Roupeta – [roupêta] – vestidura comprida, como a que trazem alguns Religiosos e Eclesiásticos. Roupeta era antigamente uma casaca curta, que os homens traziam . (Bluteau/1728)

- s.f. roupa mais estreita. “”roupetas por cima dos gibões botoados”. Túnica religiosa: por ex. a roupeta dos Jesuítas

(Antônio Moraes Silva)

-s.m. – túnica de alguns religiosos. Vestuário de pouca roda de que se usa por cima do gibão. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) -substantivo feminino indumentária dos sacerdotes; batina � substantivo masculino Uso: pejorativo. Sacerdote. (Antônio Houaiss/2001)

Serra – lâmina de ferro estreita e comprida, retalhada de uma banda com uns dentinhos. Serve de dividir madeiras, pedras, mármores. Serra de mão é a de uma só pessoa; só serra braçal é a de duas pessoas. (Bluteau/1728)

- s.f. lâmina de ferro estreita e longa que numa das bordas tem dentes agudos de base mais larga. Serve para cortar

madeiras e mármores brandos, roçando-a com força por eles: há serras de mão com que um só serra; e braçais que requerem dois serradores. (Antônio Moraes Silva)

- s.f. instrumento de ferro com dentes para serrar madeira, etc. . (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) --� substantivo feminino instrumento de cortar madeira, metal, pedra etc., constituído essencialmente por lâmina fina e chata ou disco de

aço, com borda longitudinal recortada segundo uma seqüência de pequenos dentes afiados, que atacam e cortam o material, ou com borda lisa, em se tratando de pedra, cujo corte se faz por fricção continuada

a própria lâmina ou disco desse instrumento Derivação: sentido figurado.

longa extensão de montanhas, montes ou penedias com picos e quebradas Derivação: por extensão de sentido.

m.q. monte ('elevação')

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Derivação: sentido figurado. qualquer elevação ou proeminência semelhante a monte ou cordilheira

� substantivo masculino Regionalismo: Rio Grande do Sul.

matagal estreito, às margens dos rios ou arroios (1609) Rubrica: ictiologia.

design. comum a vários peixes perciformes da fam. dos escombrídeos, que possuem espinhos nos raios das nadadeiras dorsal e anal, sugerindo os dentes de uma serra

Rubrica: ictiologia. Regionalismo: Ceará. m.q. sororoca (Scomberomorus brasiliensis)

Rubrica: ictiologia. Regionalismo: Brasil. m.q. 1sarda (Sarda sarda)

Rubrica: ictiologia. m.q. bonito-cachorro (Auxis thazard)

Rubrica: ornitologia. Regionalismo: Brasil. m.q. douradinha (Tangara cyanoventris)

Rubrica: culinária. queijo de leite de ovelha da serra da Estrela BEI.BX, de formato redondo e pasta macia e bem ligada, sem olhos, em sua versão amanteigada [Há-os tb. de meia cura e curados.] Obs.: é tb. conhecido pelo topônimo completo. (Antônio Houaiss/2001)

Testada – o espaço de terra que entesta com outra ou com alguma povoação. (Bluteau/1728) - s.f. o espaço de estrada sua onde termina e que acompanha o longor da casa, ou quinta ou tapigo. [longor = longura:

característica do que é longo, do que apresenta grande extensão no espaço;o comprimento, a extensão de algo] (Antônio de Moraes Silva)

-. s.f. espaço de estrada ou rua que entesta com casa, tapigo, etc. [tapigo = sebe de mato travado]. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) -� substantivo feminino porção de via pública (estrada, rua, passeio) que fica à frente de um prédio; testeira parte anterior do imóvel confinante com essa via Regionalismo: Brasil.

linha que separa uma propriedade privada de um logradouro público (1913)

pancada com a testa (1913) Derivação: sentido figurado. Regionalismo: Brasil.

atitude impensada, insensata, leviana ou precipitada; cabeçada, erro Rubrica: futebol.

golpe que se dá na bola com a testa, ger. com o objetivo de marcar um gol; cabeçada. (Antônio Houaiss/2001)

Vara - (de medir) – a vara portuguesa contém palmos geométricos 5 _7 palmos craveros. . (Bluteau/1728) 27

- s.f. - medida de panos que contém palmos geométricos 5 _7 . (Antônio de Moraes Silva) 27 - s.f. – medida que contém cinco palmos craveiros. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) -substantivo feminino ramo de árvore, fino e flexível

Ex.: as v. da goiabeira ramo direito e comprido us. para derrubar ou apanhar frutos de ramos altos peça de madeira, bambu, metal, delgada, roliça e longa peça de madeira roliça us. como arrimo; cajado, bordão Rubrica: esportes.

a peça de madeira us. no salto em altura, ou a percha us. como acessório de equilibrista ou ginasta Derivação: por metonímia. Rubrica: alimentação. Regionalismo: Bahia.

m.q. bisnaga ('pão') haste de ferro ou madeira provida de gancho, us. para suspender mercadorias peça de madeira us. nos matadouros para suspender o animal após o abate ramo fino us. como açoite

Ex.: bater com v. Derivação: por metonímia. substantivo masculino. (Antônio Houaiss/2001)

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Vestido – substantivo. O com que nos cobrimos para a honestidade e para defender o corpo das injúrias do ar. O pecado foi a causa porque se introduziram os vestidos; quem se gloreia deles, do pecado se gloreia. Os primeiros vestidos foram de couro e peles de animais e a eles sucederam os de linho e lã. . (Bluteau/1728)

-s.m. vestidura. Um vestido i, é: uma casaca, vestia e calções. (Antônio de Moraes Silva - 1789)

-s.m. vestidura, adj. Part. de vestir. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) -substantivo masculino Rubrica: vestuário. m.q. veste peça da indumentária feminina, de forma e comprimento variáveis, que pode constituir-se de dois elementos que

se integram, um cobrindo a parte superior do corpo, exceto a cabeça, e o outro, das ancas para baixo, ou conformar-se numa só peça inteiriça

Derivação: sentido figurado. aquilo que cobre ou reveste algo ou alguém Ex.: viu-a linda com seu v. de luar. (Antônio Houaiss/2001)

Vintém – moeda de prata, no Reino de Portugal. Segundo D. Rodrigo da Cunha, 2. part. da Histor. dos Bispos de Lisboa, El-Rei D. Afonso V lavrou os primeiros. Tem de uma parte um A grande, gótico, que é a primeira letra de seu nome e em cima uma Coraoa e à roda, Adjutorium nostrum in nomine Domini. Da outra parte o escudo real com letras, que dizem Alp V. Regis Port. Lavrou-os assim mesmo El-Rei Dom João II. Dele diz Manoel Severim de Faria, pag. 184: fez também meios reais de prata de lei de onze dinheiros, a que depois chamaram Vinténs, por valerem vinte reis e fez meios vinténs. (Bluteau/1728)

- s.m. – moeda de prata que vale vinte réis. Nas conquistas há vinténs de cobre. . (Antônio de Moraes Silva - 1789)

- s. m. – moeda de 20 rs. Nas Províncias centrais o vintém vale 371 réis. (Luiz Maria da Silva Pinto/1832) - substantivo masculino Rubrica: numismática.

antiga moeda portuguesa de cobre e de bronze de 20 réis Rubrica: numismática.

no Brasil, antiga moeda de prata fabricada nas casas de moeda da Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro m.q. dinheiro

Ex.: agora que ele tem seu v., pode descansar pouco dinheiro, quantia ínfima

Ex.: um apartamento de v. � vinténs � substantivo masculino plural dinheiro, economias, pecúlio; vintém

Ex.: trabalhou, juntou seus v., e agora vai viajar. (Antônio Houaiss/2001)

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ANEXO – 3

FICHA DE INVENTÁRIO - arrolamentos de bens -

NOME: ____________________________________________________________ DATA DE FALECIMENTO: ____________________________________________ BENS DE RAÍZ:_____________________________________________________

BENS MÓVEIS: alfaias:____________________________________________________________ armas:___________________________________________________________ ferramentas:_______________________________________________________ jóias:_____________________________________________________________ móveis:__________________________________________________________ objetos de cobre:___________________________________________________ objetos de prata:____________________________________________________ roupas de cama e mesa:_____________________________________________ tipos de tecido:_____________________________________________________ utensílios domésticos:______________________________________________ vestimentas:_______________________________________________________ Outros:______________________________________________________________________________________________________________________________ BENS SEMOVENTES: escravos:_________________________________________________________ criações:________________________________________________________

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Cenários da paisagem e vegetação do Brasil

Martim Johnson Heade – Floresta Brasileira

Joseph Leone

ANEXO – 4

Cenários da paisagem e vegetação do Brasil

Floresta Brasileira – 1864 William Michaud –

Joseph Leone Righini – Os índios da Amazônia Adorando o Deus Sol

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Cenários da paisagem e vegetação do Brasil colonial

– Floresta da Encosta - 1890

Os índios da Amazônia Adorando o Deus Sol - 1865

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CENAS URBANAS E MEIOS DE TRANSPORTE

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ANEXO 5

1. Quais os tipos de florestas são encontradas no Brasil? Identifique-as dentro das regiões geográficas do Brasil.

2. Olhando as ilustrações da paisagem e vegetação do Brasil colonial é possível identificar, nos dias de hoje, alguma vegetação ainda presente na flora brasileira? Identifique-as.

3. Quais ações são necessárias para a conservação da flora brasileira?

4. Como era constituído o panteão dos povos indígenas brasileiros?

5. Na ilustração de Debret “Regresso de um Proprietário” o que mais lhe

chama atenção?

6. Qual sua opinião sobre os trajes usados no Brasil colonial.

7. Hoje ainda existem Irmandades Religiosas no Brasil? Cite um exemplo.

8. No Brasil colonial o carro de boi foi um grande auxiliar como meio de transportes e ajuda na faina agrícola. Explique por que e complemente com informações dos dias atuais.

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ANEXO 6

Mapas da rota Paraty-Taubaté

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Fotos da rota Paraty-Taubaté

� Município de Taubaté

Região do Rio UnaRegião do Rio UnaRegião do Rio UnaRegião do Rio Una

Rio eminentemente Taubateano

Região do Rio UnaRegião do Rio UnaRegião do Rio UnaRegião do Rio Una

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Bairro do IpirangaBairro do IpirangaBairro do IpirangaBairro do Ipiranga

Ribeirão Ipiranga – afluente margem direita do Rio Una

Bairro do MonjolinhoBairro do MonjolinhoBairro do MonjolinhoBairro do Monjolinho

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Mina de GrafiteMina de GrafiteMina de GrafiteMina de Grafite

Capela Nossa Senhora do Bom PartoCapela Nossa Senhora do Bom PartoCapela Nossa Senhora do Bom PartoCapela Nossa Senhora do Bom Parto

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Capela São João do MacucoCapela São João do MacucoCapela São João do MacucoCapela São João do Macuco

Bairro da Pedra GrandeBairro da Pedra GrandeBairro da Pedra GrandeBairro da Pedra Grande

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ANEXO 7

Questionário

� O que seria bem de raiz? � O que seria bem móvel? � O que seria bem semovente? � Cite três peças de vestuários contidos no arrolamento de bens. � Quais peças de vestuário que ainda são usadas atualmente? � Cite três ferramentas arroladas nos bens que ainda são usadas. � Quais armas são descritas no arrolamento de bens? � Conhece alguma novena praticada nos dias de hoje? Descreva. � Conhece alguma lenda conhecida de sua família? Descreva. � Já participou ou assistiu alguma Folia de Reis? Descreva suas impressões.

BIBLIOGRAFIA:

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• MOURA, G. de A. O caminho do Paraguai a Santo André da Borda do Campo. Reconstituição do itinerário de Ulrich Schmidel em 1553. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, v. XIII – 1908

• MÜLLER, N. L. O fato urbano na bacia do Rio Paraíba. São Paulo, Fundação IBGE, série A, n.º 23, 1969

• ORTIZ, J. B. São Francisco das Chagas de Taubaté. Livro 2º - Taubaté Colonial. Taubaté, Taubateana, n.º 10, III série, 1988

• __________ Velhos Troncos. Taubaté, Taubateana, 11, v. III, 1996 • PASIN, J. L. Vale do Paraíba. A Estrada Real – caminhos & roteiros. Aparecida,

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• ZAMELLA, M. P. O abastecimento da Capitania das Minas Gerais no século XVIII. São Paulo, Hucitec/Edusp, 1990

FONTES PRIMÁRIAS:

• Inventário de João do Prado Martins, 1653. Cartório do 2º Ofício, caixa 1649/1677. Arquivo Histórico Félix Guisard Filho, Taubaté.

• Inventário de Catarina Dias, 1661. Cartório do 2º Ofício, caixa 1649/1677. Arquivo Histórico Félix Guisard Filho, Taubaté.

• Inventário de Antonio Vieira da Maia, 1674. Cartório do 2º Ofício, caixa 1649/1677. Arquivo Histórico Félix Guisard Filho, Taubaté.

• Inventário de Sebastião Gil, 1683. Cartório do 2º Ofício, caixa 1678/1689. Arquivo Histórico Félix Guisard Filho, Taubaté.

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• Inventário de Domingos Vieira Cardoso, 1700. Cartório do 2º Ofício, caixa 1700/1708. Arquivo Histórico Félix Guisard Filho, Taubaté.

• Livro de Registros de Escrituras – fragmento. Caixa 157, período 1693/1696. Arquivo Histórico Félix Guisard Filho, Taubaté.

• Livro de Registros de Escrituras – Caixa 158, período 1700/1712. Arquivo Histórico Félix Guisard Filho, Taubaté.

• Livro de Registros de Escrituras – Caixa 158, período 1700/1712. Bloco 2º, período 1706. Arquivo Histórico Félix Guisard Filho, Taubaté

MAPAS:

• Municípios de Taubaté, Pindamonhangaba, Lagoinha, Cunha – IBGE • Mapas pertencentes ao estudo da rota Paraty-Taubaté • Mapa do gasoduto Caraguatatuba-Taubaté. (EIA)