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Estética na TV Telenovela, programas de auditório, telejornalismo, TV aberta e fechada, fenômenos televisivos Isabela Maia Natália Puricelli Tuane Vasconcelos Paloma Batista

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Estética na TVTelenovela, programas de auditório, telejornalismo, TV aberta e

fechada, fenômenos televisivos

Isabela Maia

Natália Puricelli

Tuane Vasconcelos

Paloma Batista

TV Aberta- início

Brasil

Nos primeiros anos a programação era feita ao vivo

1962 o videoteipe foi utilizado - os programas gravados

Programação- inspirada pela televisão dos estados unidos

Consistia em: jornalismo,

musicais,

programas humorísticos,

atrações para o público infantil

Fonte:http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4584

TV Aberta

Produtos superficiais, regidos pela lógica do espetáculo

Programas voltados principalmente ao entretenimento e emoção

A notícia é deixada de lado

Entrada das classes D e E no mercado de consumo- consolidação de uma grade de pseudo jornalismo de serviço

Fonte: http://www.espm.br/ConhecaAESPM/Mestrado/Documents/COLOQUIO%20BXM/S4/

marcia%20tondato.pdf

Jornalismo de Serviço

Reconstrução da realidade sob a ótica do consumo.

Fornecer informações de utilidade imediata ao leitor (principalmente empregos, mercado imobiliário, exercício da cidadania e serviços públicos)

Material jornalístico voltado para orientação e dicas ao público (Fantástico)

Fonte: http://www.unimep.br/phpg/editora/revistaspdf/imp22_23art04.pdfhttp://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2008/resumos/R3-0482-1.pdf

O controle da programação

Conteúdo regulado pelo Ministério das Comunicações e o Ministério da Justiça

A interferência governamental se dá de três formas: 1) através do controle do acesso e do uso dos serviços de

radiodifusão;

2) por meio do controle do que pode ou não ser veiculado pelas emissoras ;

3) através do estabelecimento de punições para o não cumprimento das obrigações fixadas pela Lei.

A fiscalização não é efetiva e as multas aplicadas às emissoras é irrisória

Resultado: as emissoras acabam fazendo o seu controle

O controle da programação

Artigo 221 da Constituição Federal: “as emissoras devem dar preferência a programações que promovam a educação e a cultura, além de respeitar e primar pelos valores éticos e sociais da pessoa e da família, observando os direitos individuais e coletivos”

Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão-ABERT (7/93)- Código de Ética para assegurar o fim dos excessos.

As emissoras devem tratar a violência, física ou psicológica, dentro do contexto necessário ao desenvolvimento da trama e de consistência artística e social, também assumem o compromisso de não transmitir programas tendentes a enfocar discriminações, qualquer forma de promiscuidade ou de perversão sexual, sendo estas somente permitidas se dentro do quadro de normalidade e revestidas de sua dignidade.

Fonte: : http://pfdc.pgr.mpf.gov.br/atuacao-e-conteudos-de-apoio/publicacoes/comunicacao/meios_controle_programacao_televisiva.pdf

O controle da programação

TV Aberta – programas

Telenovelas

Programas de auditório

Programas jornalísticos

Programas infantis

Seriados/ Minisséries

Videoclipes musicais

Globo- a primeira a pensar numa estética televisiva e criou um padrão de programação como identidade

Fonte: http://www.suzanakilpp.com.br/artigos/Voyeurismo_Televisivo_Reality_Shows_e_Br

asilidade_Televisiva.pdf

http://www.espm.br/ConhecaAESPM/Mestrado/Documents/DISSERTACOES%20T2/Maria%20Cecilia%20Andreucci%20Cury.pdf

Seriados brasileiros

Primeiros sitcoms brasileiros surgiram no final dos anos 50

Inspirados no modelo norte-americano

A partir dos anos 60, passou a tratar da realidade nacional centradas nos grupos familiares (fundadas na série All in the family)

Seriados brasileiros

Comédia de costumes

Propõem a verossimilhança, mas é de caráter ficcional

Narrativa segmentada-cada episódio é relatado separadamente

Personagens estereotipados-identificação imediata

Narram aspectos do cotidiano, tranformando-os em relatos, lúdicos e informativos

Seriados brasileiros

Seriados brasileiros

A grande família- sitcom brasileira pioneira.

Primeira versão em 1972, baseada na all in the family e incorporando dados da cultura brasileira.

2001-reinterpretação - histórias atualizadas

Vídeos

All in the family 1:17/5:00 http://www.youtube.com/watch?v=EblUHLnArlI&feature=related

A grande família- 1º versão http://www.youtube.com/watch?v=3IIa4hiv29k&NR=1

A grande família- atual 0:00/ 7:13

http://www.youtube.com/watch?v=bFpiu7c6FS4&feature=related

Seriados brasileiros

Sai-de-baixo: diferencial- tom escrachado e informal

Os normais- formato inovador: olhar direto para a câmera, brincadeiras auto-reflexivas

Sexo frágil-versão masculina de Sex and The City

Seriados brasileiros

Sob nova direção, A diarista, Os aspones, Minha nada mole vida- cotidiano de grupos profissionais.

Problema: cópia dos costumes e hábitos norte-americanos

Fonte: Intercom XXXI – Natal-RN, 2008 Ficção televisual: distintas formas de estruturação seriada Elizabeth Bastos Duarte

REVISTA GEMINIS-ficção audiovisual seriada. Ano 1-nº1, p139-164. PITA,Vanessa F. Q. – A grande família: sitcom e as representações das relações familiares e amorosas.

Sitcom norte-americanas no Brasil

Globo- 24 horas/lost

SBT- Cold Case/Without a Trace/Ugly Betty/Two and a half man/Grey‟s anatomy/Trust me/V-visitors/Pushing daisies/Divisão criminal/The mentalist/Supernatural/Um maluco no pedaço

Record- Everybody hates Chris/CSI/Ídolos/House/Monk

Sitcom norte-americanas no Brasil

Tomaram força com a chegada da televisão a cabo

Referências culturais distintas das vivenciadas no país

Deslocamento da identidade nacional-conflito de culturas/integração entre culturas-dissolvição de barreiras

Expõem desigualdades entre os países

Fonte: http://www.unirevista.unisinos.br/_pdf/UNIrev_Messa.PDF

Estética da TV brasileira

Estética do grotesco

É a estética da hibridização de universos culturais diferentes

Banalização, sensacionalismo, vulgaridade

Pode ter uma função tanto crítica (estranhamento) quanto alienante (rir)

Estética da TV brasileira

O grotesco é uma atitude, um comportamento social, assim como o barroco era uma atitude diante da vida e não só uma categoria estética

Estética perfeita para arregimentar público- as classes mais baixas e as de nível mais elevado

Popular não é necessariamente grotesco (ex: Cartola)

Popularesco- transfiguração do popular para difusão a um público maior

Fonte: Muniz Sodré http://www.editorasulina.com.br/noticias_det_2.php?id=25

Estética da TV brasileira

Critíca o mass media

Especifica-se segundo médias de gosto-homogeneização da cultura e perda da diversidade

Ela entrega ao público emoções intensas e imediatas, sem deixar que ele se sensibilize e analise

Fonte: Humberto Eco Apocalípticos e integrados. Ed. Perspectiva. São Paulo, s.d.

Estética da TV brasileira

Refere-se a uma estetização superficial-responsável pelo embelezamento, pela animação e pelas emoções

“a estetização superficial quotidiana domina o valor estético de primeiríssimo plano: o prazer, a diversão, o gozo sem conseqüências. Há muito tempo que esta tendência se alastra para toda a cultura em conjunto”.

Fonte: Wolfgang Welsch http://www.anped.org.br/reunioes/30ra/trabalhos/GT16-3413--Int.pdf

Reality-show

BBB-criado pela produtora holandesa Endemol em 1999

Ancoragem em outros gêneros televisivos- obter identificação do telespectador

As edições dos diálogos e imagens buscam o reconhecimento dos outros gêneros neste programa

Reality-show

Telenovela

Serialidade e importância de se acompanhar os acontecimentos

A retrospectiva mostrada no início do programa dos dias de paredão é um recurso tirado das telenovelas brasileiras dos anos 80, para evidenciar o gancho da história

A edição dos diálogos é feita de forma a construir uma história sobre aquela participante e dessa forma criam-se os perfis comuns (vilã, mocinha, amiga...)

A edição enfatiza a dramaticidade dos participantes (ex: choro)

A animação é para contrapor a monotonia da casa-cenário

Reality-show

Videoclipe

A linguagem voltada para o público jovem

As referências para o público infanto-juvenil visam aumentar o alcance da audiência

Reality-show

Programas de entrevistas

As entrevistas feitas pelo apresentador

Reality-show

Programas com celebridades

As entrevistas feitas no confessionário e com as perguntas em off- depoimento.

Para acostumar o público à nova celebridade construída

Fonte: http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4584

TV Fechada Brasil alcança 8,8 milhões de usuários de TV por assinatura

(Anatel)

Programação direcionada ao público-alvo

Maior diversidade de programas e liberdade de temas

Lei nº 8.977 Capítulo VII Art. 31 IV

Ela é obrigada a exibir na sua programação filmes nacionais, de produção independente, de longa-metragem, média-metragem, curta-metragem e desenho animado, conforme definido em regulamento a ser baixado pelo Poder Executivo, resguardada a segmentação das programações;

TV Fechada – programas predominantes

Cada canal tem sua predominância de programas geralmente, por exemplo:

Warner / Fox/ Universal – seriados e filmes

GNT (voltado ao público feminino) – programas de entretenimento e informação (temas como gastronomia saúde, moda e etc)

TNT/Telecine/HBO – filme

People&arts – reality shows, programas de suspense e vida real

Discovery Channel- documentários e programas exclusivos (história, ciência. tecnologia e etc)

TV Fechada – programas predominantes

SporTv/ESPN –esporte

CNN/BBC - noticiários

Cartoon Network – desenho

Liv(voltado ao público feminino) - reality shows e filmes

FX(voltado ao público masculino)- automóveis e velocidade, esportes radicais, filmes e séries de ação e humor, futebol e eróticos.

Multishow- programas de humor e de música

For Man - filmes eróticos voltados aos públicos gay, bissexual e transexual.

A telenovela

Ficção seriada, dividida em capítulos;

Duração média : 6 a 8 meses;

Trama principal e tramas paralelas.

A telenovela

“A tevê incorpora tendências emergentes em estado de aceitação ou já aceitas” (Ártur da Távola).

Identificação do espectador, empatia;

Caráter terapeutizante da telenovela.

História

Romance-folhetim.

Soap Operas norte-americanas.

Radionovelas latino-americanas.

1951: primeira telenovela – ”Sua vida me pertence” de Walter Foster.

(Vídeo 1 – fazendo novela 3)

Atores do rádio.

História Primeiras novelas: narrador, gênero

melodramático, estrutura maniqueísta, final feliz.

Década de 1950: adaptações de clássicos da literatura popular mundial.‟

1963: primeira telenovela diária “2-5499 ocupado”; profissionalização do setor.

1969: “Beto Rockfeller” de Bráulio Pedroso – atualização dos temas.

(Video 2 – Vitrine 40 anos de Beto Rockfeller)

“Irmãos Coragem” de Janete Clair – abrasileiramento.

História

1970 e 1980: o auge das telenovelas brasileiras.

Autores do teatro.

Densidade dramática.

Mitos e telenovela Segundo Artur da Távola as novelas trazem temáticas de mitos

tradicionais. Eros e Psique – lutas para encontrar o amor.

Cinderela – luta de classes, ascensão social.

Herói x vilão

Herói: honra, bondade, justiça.

Vilão: cria obstáculos para o herói.

Celebridade (2004):

Heroína: Maria Clara

Vilã: Laura

Homossexuais

Estereótipos.

Sentimento de culpa.

Personagens solitários.

Torre de Babel :

Rafaela e Leila

Rejeição do público.

Homossexuais

Senhora do Destino:

Eleonora e Jennifer

Lésbicas não-masculinizadas

Cenas de caráter sexual – limitações.

Aceitação do público.

O papel da mulher

Até a década de 1970: frágil, submissa, virgem. 1980: modernização – profissionais, batalhadoras. Vale Tudo Raquel Aciolli - Guerra dos sexos Hoje: múltiplos papéis/ romantismo Insensato Coração : Wanda.

A estética da magreza protagonistas jovens, bonitos, malhados.

Pessoas acima do peso: comicidade Sete Pecados Saramandaia (Video – Saramandaia)

O negro

1960: poucos papéis para negros – subalternos, empregados.

A Cabana do Pai Tomás

Polemica: ator branco.

A mulata sedutora, o malandro carioca.

1970: a abolição da escravatura.

Escrava Isaura

O negro

- 1986: Sinhá Moça.- negros como heróis.

-1990: aumenta o número de personagens negros

- 1997 : Anjo Mau

- Os estereótipos ainda existem, mas com menos força.

Insensato Coração

A estética no Telejornal

“ (...) uma estética televisual se constituiu nos modos como os eventos do mundo são interpretados, reorganizados e ofertados via linguagem ao telespectador, num processo em que, para Eco, a TV realiza uma espécie de dulpa “poiesis”: a narrativa televisual seria resultado de uma experiência de mediação e ao mesmo tempo produziria uma experiência do mundo na sua relação com o espectador”. Fonte: Bruno Souza Leal.

A estética do telejornal

Verossimilhança – Elemento estético fundamental.

Necessidade de narrativa com nexos bem constituídos – legitimidade da informação.

Nexo com o habitual, linguagem que o público correlacione com verossimilhança

(Eco)

Fonte: Bruno Souza Leal

Arlindo Machado

“A televisão levada a sério”

Como funciona o telejornal como gênero audiovisual?

Arlindo Machado

O telejornal pode ser lido de formas diferentes por diversas comunidades

“a significação do jornal é função do contexto cognitivo ou sociocultural do processo de interpretação, razão por que ela sempre transborda qualquer intenção”

Arlindo Machado

Efeito de mediação

- Eventos mediados pelos repórteres, porta-vozes, testemunhas e outros sujeitos falantes

- Construção de notícias - processo complexo. Envolve vários enunciadores, entonações e diferentes níveis de dramaticidade.

Construir versões do que acontece. Conferir verossimilhança.

- Documentário x telejornal

Presença no local é essencial: autorizar TV como fonte confiável.

Arlindo Machado

Telejornal:”colagem de depoimentos e fontes numa sequência sintagmática” mas que não chega a constituir um “discurso suficientemente unitário, lógico ou organizado a ponto de ser considerado „legível‟ como alguma coisa „verdadeira‟ ou „falsa‟.

Arlindo Machado

Elementos técnicos do telejornal –codificação rígida semelhante em todos os países

Arlindo Machado

Personalização do staff

Variantes

- Incorporação de recursos narrativos de ficção audiovisual

- Polifónico (moderno) x Centralizado e opinativo (pós moderno)

Eco – Bruno Souza Leal

Paleotelevisão: relação hierárquica e pedagógica tv – espectador. “Propõe contrato comunicacional específico”.

Neotelevisão: Interação apresentador –telespectador. Relação de identificação. Estética lúdica: entretenimento e contato com o telespectador.

Telejornalismo mistura ambos, na verdade.

Exposição da sala de redação: construção da proximidade com o espectador. Desmistificação e autenticação.

Personificação das matérias

telejornalísticas

“Jornalismo televisivo, mito e narrativa”, Soraya Fonseca Pinheiro Pereira.

Escolha de personagens com os quais o telespectador se identifique (torná-lo mais receptivo) essencial para a construção da notícia.

Herói - Ídolo

Aliviar dor do dia-a-dia, agregar significado à existência (Campbell)

Heróis de causas comuns. Exemplos: trabalhadores que vivem com salário mínimo, atletas que se superam, crianças que sobrevivem a miséria. Heróis de guerra e artistas.

mito: “idealização que preenche uma necessidade permanente, mais ou menos consciente, cuja materialização pode, muitas vezes, ser obtida pela criação do ídolo”

Herói trágico

Persiste graças ao desejo irresistível de superar limites aceitos.

Ex.: Ayrton Senna. Glória e morte. Morte glorifica a vida.

“Na idolatria aos heróis contemporâneos é a mídia e, com mais destaque, a televisão, pela força que exerce por meio da imagem, que registra as realizações ao mesmo tempo em que faz de todos nós testemunhas. Mas esse registro é elaborado a partir de um diálogo entre mídia, o ídolo em questão e o contexto social mais amplo, no qual há a identificação com o telespectador e o ídolo”.

O anti-herói

Problematização da realidade humana – heróis suscetíveis a falhas.

“revelar a virilidade e a imoralidade dos heróis e dizer que ser humano não justifica a dor, a violência e a opressão”

Fácil identificação com o público, anti-heróis não são completamente bonzinhos.

Praticam atos heróicos sem ter vocação heróica.

Ex.: atletas polêmicos e rudes que se mostram heróis no campo.

Por outro lado, triunfo da desonestidade e impunidade.

Mito do amor romântico

Apresentadores do JN. Símbolo de união entre homem e mulher carrega o sentido de perfeição presente no casal.

Atualização do mito do amor. Modelo do amor que dá certo (Adão e Eva, Romeu e Julieta).

Busca pelo amor perfeito causa fascínio no imaginário coletivo.

Jornal Nacional

Surge em 1969

Tele Globo

Ultranotícias

Jornal da Globo

Jornal Nacional

O primeiro formato

15m – segunda à sábado.

Edições local, nacional e internacional

Manchetes curtas e fortes, lidas intercaladamente por dois apresentadores.

JN concluía com notícia leve ( x Repórter Esso)

Matérias testemunhais e entrevistas

Abertura: imagens de acontecimentos e personalidades importantes do país.

Cenário: fundo azul com letras do telejornal em amarelo.

1972 – vinheta produzida em cores, maior dinamismo, créditos dos profissionais, abandona cenas documentais.

Com a ampliação do alcance, preocupação com a diversidade das regiões.

O primeiro formato

JORNAL NACIONAL - 1ª Edição (Inaugural) - 01/09/1969 - TV Globo

http://www.youtube.com/watch?v=1aCfTKEQT3Y

A chegada da cor

1972 – Transmissão da Festa da Uva, Caxias (RS). Via Embratel, no dia 10 de fevereiro.

Promovida pelos militares, ainda não havia equipamentos e recursos.

1973 – produção de reportagens em cores.

Vestuário e iluminação –procurar compensar problemas técnicos.

Com o aperfeiçoamento, Globo contrata profissionais de vestuário.

Evolução da cobertura do Carnaval

Aumentar mobilidade

Cobertura cada vez mais abrangente

Vinhetas mais dinâmicas

Globeleza

Preocupação com o texto

Sonoridade

Evitar informações supérfluas

Evitar adjetivação

Linguagem direta e coloquial

Tecnologia eletrônica e estética

Electronic News Gathering (ENG) – câmeras portáteis que permitiam enviar imagens e som do local para a emissora, via microondas.

Permitem corrigir erros imediatamente; mais facilidade de edição. Vantagens econômicas e operacionais.

Não precisa mais economizar película: maior espaço do repórter nas matérias, que deve ser treinado para apresentar-se melhor.

Repórter pode mostrar o acontecimento e não mais só dizer o que viu.

Era Hans Donner

Hans Donner – entra em 1975. Cria marca da TV Globo e elabora identidade visual do canal.

Vinhetas futurísticas

Cenário do JN: fundo azul com iniciais ao fundo, em perspectiva. Parede com dois monitores para permitir jogo de câmeras. Dois anos depois, acrescenta uma bancada e um mapa-múndi em relevo ao cenário.

1983 – vinheta com recursos de computação gráfica.

Cinza + vermelho e azul (novo visual)

Figurino – anos 80

Preocupação com a apresentação dos profissionais.

Evitar quadriculados e listras fortes, coloridas ou muito contrastantes. Proibidas estampas gráficas ou figurativas. Apresentadoras deveriam evitar blusas de alças ou grandes decotes. Evitar jóias muito grandes. Apresentadores deveriam evitar tons brancos e gelo e evitar gravatas lisas e de acetato.

1989 - mudanças

Novo cenário: Um cenário fixo (mesa de acrílico para os locutores, luz vermelha) e um cenário móvel (fundo com desenhos feitos no computador, tratamento visual particular para cada reportagem).

1996 – Jornalistas como apresentadores

William Bonner e Lillian Witte Fibe

Desempenham função de editores.

Permite improvisar, intervir no noticiário quando está em ar, entrevistas ao vivo.

Anos 90: informatização da redação. Mais recursos para os jornalistas.

1996 – nova mudança de cenário

Cenário com linhas sinuosas, dinâmico, permite a câmera explorar o estúdio e a luz.

Azul como marca registrada.

Logo sustentado por fio invisível, pendurados no ambiente.

Ambiente da redação é incluído no cenário, mostrado na apresentação com o uso de uma grua.

Dialogar melhor com o público e a instantaneidade da notícia.

Soraya Pereira

Vinheta – convocar o telespectador e imergir seus sentidos

Logo – Terra, alusão ao mito da criação do mundo. Conhecimento profundo.

Cenário: Azul – nobreza e serenidade. Vermelho – dinamismo e energia.

Redação à vista – cumplicidade com o leitor.

Redação atrás e líderes a frente: ideia de organização e direção.

Ideia de seriedade – olhar direto com o telespectador, sensação de intimidade e fidelidade.

Outras novidades

2002 – exibição diária de charges de Chico Caruso

2002 – Heraldo Pereira – primeiro negro a ocupar a bancada do JN.

2003 – Noticiário político. Comentários de Franklin Martins.

Cronologia completa das aberturas do Jornal Nacional

http://www.youtube.com/watch?v=LFDSY_DONzQ

Programas de auditório

Público alvo deseja ser representado;

Programas de maior audiência: ativa participação (platéia e público).

Enchentes http://www.youtube.com/watch?v=HLqgrgO90js&feature=related

Lar, doce lar http://www.youtube.com/watch?v=yks7KLcwnUw

Culto ao corpo e “estímulo” visual:

Os programas de auditório obedecem ao “padrão de beleza” estabelecido pelo seu público alvo: mulheres esguias, mas curvilíneas e sensuais;

Ainda que auditório seja compostos predominantemente por mulheres, as assistentes/dançarinas vestem-se o mínimo possível;

Culto do Corpo & Cultura da Televisão: Um estudo sobre a influência da televisão e a valorização do corpo pelos jovens, Janete Gonçalves da Silva Melo.

Programas de auditório e o grotesco:

Pesquisador Muniz Sodré, autor de “O Império do grotesco”;

A televisão sempre apelou para o grotesco;

Atrai diversos públicos;

- “O grotesco, muitas vezes, pode ter uma função crítica. O grotesco é uma atitude, um comportamento social, assim como o barroco era uma atitude diante da vida e não só uma categoria estética. O grotesco é uma variação do maneirismo, que por sua vez é um momento do barroco. Não é difícil esbarrar num comportamento grotesco, como a festa de aniversário para o cachorro de uma socialite. O grotesco gera uma reação de estranhamento tanto na arte quanto na vida.”

Programa “Melhor do Brasil”

http://www.youtube.com/watch?v=PENaYYXw0A4&feature=related

Programa “Legendários”, quadro “Vale a pena ver direito” http://www.youtube.com/watch?v=U0zic4E_56U&feature=related

O cenário dos programas de auditório

- Formato: tobogã e horizontal;

- “Cenários de televisão e percepção estética contemporânea: estudo das formas visuais dos programas de auditório”, Solange Wajnman;

- Relação com abstrato primitivo e abstrato moderno;

- Uso de formas geométricas básicas e seus respectivos tridimensionais;

- Objetos utilizados não formam um todo “inquebrável”, indivisível.