estatutos sport lisboa e benfica

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Estatutos do Sport Lisboa e Benfica CAPÍTULO I Denominação, sede e fins ARTIGO 1º O Sport Lisboa e Benfica, designado abreviadamente por S.L.B., fundado em 28 de Fevereiro de 1904, é uma pessoa colectiva de direito privado e de utilidade pública, com sede em Lisboa, no Estádio do Sport Lisboa e Benfica, Avenida do General Norton de Matos, freguesia de São Domingos de Benfica, que se rege pelos presentes estatutos, respectivos regulamentos e legislação aplicável. ARTIGO 2º 1. O Sport Lisboa e Benfica tem por finalidade principal o fomento e a prática do futebol, nas suas diferentes categorias e escalões, e por finalidade complementar o desenvolvimento das diferentes modalidades desportivas, bem como proporcionar aos seus associados meio de convívio desportivo, social, cultural e recreativo. 2. O S.L.B. poderá explorar jogos de azar legalmente autorizados, nomeadamente o jogo do bingo, destinando-se as respectivas receitas ao desenvolvimento dos seus objectivos, nos termos que venham a ser estabelecidos nos contratos da respectiva adjudicação.

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Adeptos e sócios encarnados, conhecem os estatutos do Sport Lisboa e Benfica?De modo a compensar essa possível lacuna, resolvi fazer o upload do respectivo documento para que fique disponível a todos os interessados.

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Page 1: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

Estatutos do Sport Lisboa e Benfica

CAPÍTULO I

Denominação, sede e fins

ARTIGO 1º

O Sport Lisboa e Benfica, designado

abreviadamente por S.L.B., fundado em 28 de

Fevereiro de 1904, é uma pessoa colectiva de

direito privado e de utilidade pública, com sede

em Lisboa, no Estádio do Sport Lisboa e

Benfica, Avenida do General Norton de Matos,

freguesia de São Domingos de Benfica, que se

rege pelos presentes estatutos, respectivos

regulamentos e legislação aplicável.

ARTIGO 2º

1. O Sport Lisboa e Benfica tem por

finalidade principal o fomento e a prática do

futebol, nas suas diferentes categorias e

escalões, e por finalidade complementar o

desenvolvimento das diferentes modalidades

desportivas, bem como proporcionar aos seus

associados meio de convívio desportivo, social,

cultural e recreativo.

2. O S.L.B. poderá explorar jogos de azar

legalmente autorizados, nomeadamente o jogo

do bingo, destinando-se as respectivas receitas

ao desenvolvimento dos seus objectivos, nos

termos que venham a ser estabelecidos nos

contratos da respectiva adjudicação.

Page 2: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

3. O S.L.B. poderá igualmente explorar

directa ou indirectamente, actividades de

carácter comercial, destinando-se as

respectivas receitas ao desenvolvimento dos

seus objectivos.

ARTIGO 3º

Ao S.L.B. são interditas actividades de carácter

político ou religioso.

CAPÍTULO II

Constituição e símbolos

ARTIGO 4º

O S.L.B. é constituído por um número

ilimitado de sócios, filiais, casas do Benfica e

delegações.

ARTIGO 5º

1. O S.L.B. tem como símbolos

fundamentais a águia e as cores vermelha e

branca e adopta a divisa "E Pluribus Unum"

para definir a união entre todos os associados,

como condição primeira da sua grandeza,

2. Constituem também símbolos do clube

o emblema, o estandarte, a bandeira, os

galhardeies, os guiões e os equipamentos, que

terão a norma e a composição descritas em

regulamento.

3. Será ainda permitida, no âmbito da

Page 3: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

comercialização de produtos com a

denominação de marca do Sport Lisboa e

Benfica, a utilização de logótipos, cores, divisas,

tipos de letra ou quaisquer outros elementos

característicos da marca, mas sempre

mantendo como base símbolos fixados em 1.

CAPÍTULO III

Dos sócios

SECÇÃO I

Admissão, classificação e readmissão

ARTIGO 6º

1. Qualquer pessoa pode solicitar a sua

admissão como sócio do S.L.B.,

independentemente da idade, sexo, raça,

religião ou nacionalidade, por si ou pelo seu

representante legal e sob proposta de um sócio,

salvo as restrições previstas no número

imediato.

2. Não pode ser admitido como sócio do

S.L.B. quem se encontre em qualquer das

seguintes situações:

a) Ter contribuído, por qualquer forma, para

o desprestígio do S.L.B.;

b) Ter sido afastado de qualquer instituição

desportiva, cultural ou recreativa, por

motivos que se considerem indignos;

c) Ter praticado actos que a moral repudia.

3. Será também admitida a filiação de

Page 4: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

pessoas colectivas. cujo regime obedecerá a

regulamentação especifica a fixar pela direcção.

ARTIGO 7º

1. Os sócios classificam-se em efectivos e

auxiliares.

2. São efectivos os sócios de idade superior

a 18 anos, que usufruem de todos os direitos e

ficam sujeitos a todos os deveres estatutários.

3. São auxiliares os sócios a quem apenas

são concedidos alguns direitos e ficam

submetidos a alguns dos deveres estatutários.

4. será ainda admitida a criação de outras

categorias de sócios, pela direcção, com

atribuição discriminada de direitos e deveres

complementares.

ARTIGO 8º

Os sócios auxiliares podem ser:

a) Correspondentes nacionais - os que

residam em localidade que diste mais

de 50 Km da periferia da cidade

de Lisboa, desde que não tenham a

qualidade de sócios efectivos;

b) Correspondentes Internacionais - os que

residam em território estrangeiro,

desde que não tenham a qualidade

de sócios efectivos;

c) Infantis - os que tenham idade inferior a

14 anos:

d) Menores - os que tenham Idade inferior

a 18 anos e superior a t4 anos:

e) Atletas - os que, representando

oficialmente o clube em actividades

Page 5: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

desportivas, sejam considerados pela

direcção isentos do pagamento de

quotas e de outras contribuições

obrigatórias.

ARTIGO 9º

Os sócios Infantis poderão ser dispensados

do pagamento de quotas e de outras

contribuições obrigatórias. nos termos a fixar

em regulamento.

ARTIGO 10º

1. Os sócios que tenham pedido a demissão

ou que tenham sido excluídos poderão solicitar

a sua readmissão.

2. A readmissão pode conferir ao sócio o

direito de recuperar o número de origem,

sempre que a Direcção considere

fundamentadas as razões apresentadas pelo

sócio como motivo da sua saída.

3. Não poderá ser readmitido o individuo

que, tendo perdido a qualidade de sócio, tente

fraudulentamente readquiri-la.

ARTIGO 11°

1. A direcção poderá reconhecer a figura

de simpatizante a quem, não tendo qualidade

de sócio, possa usufruir de alguns direitos

equivalentes, pelo período de tempo e demais

condições convencionadas.

2. No caso de emissão de titulas por parte

do S.L.B., os seus subscritores, que poderão

não ter a qualidade de sócio, gozarão dos

Page 6: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

direitos estabelecidos nas respectivas

condições de emissão.

SECÇÃO II

Direitos e deveres

ARTIGO 12º

São direitos dos sócios:

a) Frequentar a sede e as instalações

sociais e desportivas do clube, nas

condições regulamentares;

b) Representar o clube na prática de

educação física e dos desportos, em

actividades recreativas e culturais

e praticar essas actividades, ainda que

sem carácter de competição e

sujeitando-se às condições e requisitos

específicos que a direcção fixar para a

prática de cada actividade:

c) Participar nas assembleias gerais:

d) Ser eleito para os órgãos sociais do

clube;

e) Ser nomeado para cargos ou funções

no clube;

f) Requerer a convocação de assembleias

gerais extraordinárias;

g) Examinar as contas, os documentos e

os livros relativos às actividades do clube,

antes da assembleia geral ordinária,

convocada com a finalidade prevista na

alínea a) do artigo 45º, nos termos e

condições do nº 9 art. 68º.

h) Solicitar aos órgãos sociais informações

e esclarecimentos e apresentar

Page 7: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

sugestões de utilidade para o clube;

i) Propor a admissão de sócios e recorrer

das deliberações da direcção que a

tenham rejeitado ou anulado;

j) Solicitar à direcção a suspensão do

pagamento de quotas;

l) Inscrever os seus filhos, netos ou

tutelados, enquanto menores, nos

cursos desportivos, recreativos e

culturais do clube, sujeitando-se às

condições e requisitos específicos que

a direcção fixar para a prática de cada

actividade;

m) Receber e usar as distinções honorificas

previstas nos estatutos;

n) Recorrer para as entidades

competentes, em caso de discordância

das decisões dos dirigentes do clube;

o) Pedir a demissão.

2. Os direitos consignados nas alíneas c),

f) e g) do número anterior só respeitam aos

sócios efectivos e correspondentes com mais

de um ano de filiação associativa. Só os sócios

efectivos com mais de cinco anos consecutivos

de filiação associativa gozam do direito

consignado na alínea d). Só aos sócios

efectivos com mais de um ano de filiação

associativa gozam do direito consignado na

alínea e).

3. Ao sócio auxiliar que passe a efectivo são

concedidos todos os direitos inerentes a esta

categoria, desde que naquela qualidade

preencha as condições previstas no numero

anterior.

Page 8: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

4. O disposto no número anterior aplica-se

também aos sócios honorários ou beneméritos

que adquiram a qualidade de sócios efectivos.

5 Os sócios correspondentes nacionais e

internacionais usufruem do direito a ingressos

nas competições desportivas em condições a

definir pela direcção.

ARTIGO 13º

São deveres dos sócios

a) Honrar a sua qualidade de sócios do

clube o defender intransigentemente o

prestigio e a dignidade do S.L.B.,

dentro das normas da educação cívica e

do desporto;

b) Cumprir os estatutos, os regulamentos

e as deliberações dos órgãos sociais;

c) Votar nos actos eleitorais;

d) Aceitar o exercício dos cargos do clube

para que tenham sido eleitos ou

nomeados, desempenhando-os com

aprumo que dignifique o S.L.B. e dentro

da orientação estabelecida;

e) Efectuar, dentro dos prazos fixados. o

pagamento das quotas e de outras

contribuições obrigatórias;

f) Prestar ao clube toda a colaboração

possível que lhe seja solicitada,

g) Manter impecável comportamento moral

e disciplinar dentro das instalações do

clube, conduzindo-se por norma a não

deslustrar a sua qualidade de sócio e

Page 9: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

identificar·se quando lhes for solicitado;

h) Exercer cargos nos organismos da

hierarquia desportiva, cultural e

recreativa, em representação do S.L.B.

ou de organismos em que o mesmo se

encontre filiado, actuando de maneira a

honrar essa representação:

i) Representar o S.L.B, em reuniões dos

organismos da hierarquia desportiva,

cultural e recreativa, procedendo em

harmonia com a orientação definida

pelos órgãos sociais do clube;

j) Prestar aos órgãos sociais as

informações que lhes sejam pedidas

no âmbito das actividades do clube e

na defesa dos seus legítimos interesses:

l) Indemnizar o clube de quaisquer danos

ou prejuízos causados.

2. O dever de votar referido na alínea c) do

numero anterior apenas respeita aos sócios

efectivos e correspondentes e os deveres

consignados nas alíneas d) e h) aos sócios

efectivos, que para tanto se encontrem nas

condições estatutariamente exigidas

CAPÍTULO IV

Filiais, casas do Benfica e delegações

ARTIGO 14º

1. Quando o entenda convenientemente o

S.L.B. pode aceitar ou patrocinar a constituição

de filiais casas do Benfica e delegações, sob

proposta e responsabilidade de sócios do clube,

em qualquer lugar onde esses organismos

Page 10: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

tenham ou venham a ter a sua sede social

cumpridas as condições estatutárias.

2, As filiais, cujos fins se identificam com os

do S.L.B.. devem manter as características

deste, em todas as actividades e

representações, usando os mesmos símbolos

e a mesma designação, substituindo porém, a

palavra 'Lisboa" pelo nome da localidade em

que tenham a sua sede.

3. As casas do Benfica são centros de

cultura, recreio e convívio, Social e desportivo,

onde se procura dignificar o nome do S.LB.,

em perfeita confraternização benfiquista

4. As delegações são colectividades que,

não obstante a sua independência associativa

e jurídica em relação ao S.L.B., pretendem

integrar-se no espírito de solidariedade e

amizade benfiquista, procurando realçar,

respeitar e fazer respeitar o nome e prestigio

do Benfica, obrigando-se a usar, em seguida à

sua própria denominação, o indicativo de

"Delegação do Sport Lisboa e Benfica".

5. É admitida a possibilidade de as filiais,

casas do Benfica e delegações se agruparem

em termos a regulamentar pela Direcção.

ARTIGO 15º

Em face da inexistência manifesta de

actividade desportiva, pode a direcção do S.L.B.

promover a transformação de qualquer filial em

casa do Benfica.

ARTIGO 16º

As filiais, casas do Benfica e delegações

Page 11: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

obrigam-se a manter a mais estreita

colaboração e solidariedade com o S.L.B. e a

respeitar os seus estatutos, regulamentos e

deliberações, tomando sempre a defesa do seu

prestigio e dos seus interesses,

ARTIGO 17º

Como corolário da afinidade e comunhão

de ideias que ligam as filiais, casas do Benfica

e delegações ao S.L.B., podem os seus sócios,

devidamente identificados, frequentar as

respectivas instalações sociais,

ARTIGO 18º

A direcção do S.L.B., sempre que o entenda

conveniente ou lhe seja solicitado, far-se-á

representar nas assembleias gerais das filiais,

casas do Benfica e delegações, podendo

intervir nos respectivos trabalhos e apresentar

as propostas que tiver por melhores.

ARTIGO 19º

As filiais, casas do Benfica e delegações estão

sujeitas à acção disciplinar do S.L.B.,

constituindo motivo para a sua aplicação, em

especial:

a) A falta de cumprimento de qualquer das

obrigações que lhes estejam

determinadas pelos estatutos e

regulamentos do S.L.B.:

b) A prova de que a instituição ou as suas

actividades deixaram de corresponder

aos objectivos propostos em relação ao

Page 12: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

S.L.B.;

c) A punição disciplinar imposta por

qualquer entidade oficial por motivos

estranhos ao seu relacionamento com

o S.L.B..;

d) Os actos ou manifestações que se

considerem desprestigiantes para o

S.LB., qualquer que seja a sua causa;

e) O descrédito moral e social da instituição.

o deixar de ter sede adequada ou a falta

de meios económicos que lhes permitam

o regular desempenho das suas

actividades.

ARTIGO 20º

A dissolução de qualquer filial, casa do

Benfica ou delegação processar-se-á, nos

termos estabelecidos nos respectivos estatutos,

mas o S.L.B. constituir-se-á fiel depositário dos

troféus e demais prémios existentes, que serão

devolvidos se o organismo dissolvido se

reconstituir e retomar a posição anteriormente

existente em relação ao clube-sede.

CAPÍTULO V

Orgânica do clube

SECÇÃO I

Disposições comuns

ARTIGO 21º

1. O S.L.B. realiza os seus fins por

Page 13: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

intermédio dos órgãos sociais, que são a

assembleia geral, o conselho fiscal e a direcção.

2. Os órgãos sociais, quando reúnem em

sessão conjunta, constituem o plenário dos

órgãos sociais.

ARTIGO 22º

1. Os órgãos sociais, no desempenho das

respectivas atribuições regem-se pela estrita

obediência aos princípios e normas dos

estatutos do S.L.B.

2. Os membros dos órgãos sociais

exercerão os cargos para que forem eleitos com

a maior dedicação e o mais exemplar

desinteresse, não podendo directa ou

indirectamente ser remunerados ou estabelecer

com o S.L.B. relações comerciais ou de

prestação de serviços ainda que por interposta

pessoa

3 O disposto no número anterior aplica-se

igualmente aos membros das comissões

permanentes nomeados pela direcção, bem

como aos SÓCIOS a quem tenham sido

confiadas, por mandato directivo, funções de

carácter permanente nas actividades do clube,

ou em sua representação nos organismos da

hierarquia desportiva, cultural ou recreativa

4. O disposto nos nºs 2 e 3 aplica-se

igualmente aos seus ascendentes e

descendentes e cônjuges, bem como às

sociedades em que tenham interesses.

5. A infracção ao disposto nos números

anteriores implica a imediata perda do mandato

do membro do órgão social em causa e a

impossibilidade de, durante seis anos poder

Page 14: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

desempenhar qualquer cargo social

6. É expressamente vedada a concessão

de empréstimos, adiantamentos ou créditos a

membros dos órgãos sociais, efectuar

pagamentos por conta deles emprestar garantias

a obrigações por eles contraídas

7. A dispensa da aplicação do disposto nos

nºs. 2 3 e 4 só pode acontecer

excepcionalmente em situação ele inequívoca

vantagem para o clube, mediante deliberação

da assembleia geral

ARTIGO 23º

Os cargos dos órgãos sociais são

desempenhados por sócios efectivos que, à

data da eleição, perfaçam pelo menos cinco

anos de filiação associativa ininterrupta nessa

categoria, gozem de todos os seus direitos

estatutários e não sejam funcionários do clube,

empregados ou dirigentes de organismo da

hierarquia desportiva, cultural e recreativa,

cujas actividades estejam conotadas com as

do S.L.B.

ARTIGO 24º

1. O mandato dos órgãos sociais tem a

duração de três anos e cessa com a posse dos

novos órgãos sociais eleitos.

2. A eleição realiza-se por escrutínio

secreto, entre os dias 24 e 31 do mês de

Outubro do ano em que deva ter lugar

ARTIGO 25º

Page 15: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

1 As candidaturas para as eleições serão

apresentadas no período correspondente aos

primeiros dez dias do mês de Outubro e serão

subscritas por um mínimo de 250 sócios

efectivos ou correspondentes, com mais de um

ano de filiação associativa, sem o que não

poderão ser aceites

2 Nenhum sócio poderá pertencer ou

subscrever mais de uma candidatura, sendo-lhe

vedado propôr aquela a que pertença.

ARTIGO 26º

1. As listas respeitantes às candidaturas,

designadas por listas eleitorais são

apresentadas ao presidente da mesa da

assembleia geral no período relendo no nº 1

do artigo 25º e, sob pena de não serem

recebidas, serão acompanhadas de declaração

do sócio proposto que expressamente confirme

a aceitação do cargo a que se candidata

2 As listas eleitorais indicarão o cargo

destinado a cada um dos candidatos e são

designadas pelas letras do alfabeto, segundo

a ordem da sua apresentação

ARTIGO 27º

1. Se no período estabelecido no nº 1 do

artigo 25º não tiver sido apresentada qualquer

candidatura, o presidente da mesa da

assembleia geral prorrogará por mais dez dias

todos os actos do processo eleitoral.

2. Se findo o prazo da prorrogação não tiver

sido apresentada qualquer candidatura, a mesa

da assembleia geral, elaborará, no prazo de

Page 16: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

dez dias, a lista a submeter ao sufrágio da

assembleia geral.

ARTIGO 28º

Os prazos lixados nos artigos anteriores são

peremptórios, sendo nulas as eleições que os

não respeitem.

ARTIGO 29º

É permitida a reeleição uma e mais vezes

de todo e qualquer membro dos órgãos sociais,

desde que contra ele não haja pendente

qualquer processo disciplinar ou não lhe tenha

sido aplicada qualquer das sanções previstas

nas alíneas d) a g) do nº1 do artigo 78º, que

ainda perdure.

ARTIGO 30º

Nenhum sócio poderá candidatar·se,

simultaneamente, a mais de um cargo dos

órgãos sociais.

ARTIGO 31º

1. Se, em qualquer dos órgãos sociais, se

verificar a ocorrência de vagas que excedam a

terça parte dos seus membros, já depois de

chamados os suplentes à electividade, ou se

se verificar a demissão colectiva de algum dos

citados órgãos sociais, proceder-se-á a eleições

para a sua substituição.

2. As eleições referidas no numero anterior

deverão estar obrigatoriamente concluídas no

Page 17: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

prazo de trinta dias a contar da demissão, não

podendo o prazo pala a apresentação de

candidaturas ser inferior a dez dias.

3. Os membros dos órgãos sociais eleitos

nos termos deste artigo exercerão os seus

cargos até final do mandato em curso, salvo

no caso da eleição prevista no nº 1 abranger a

totalidade dos órgãos sociais, situação em que

considera iniciado um novo mandato, nos

termos do nº 1 do artigo 24º, bem como se

tivessem sido eleitos em Outubro desse ano.

ARTIGO 32º

1. O mandato da direcção ou do conselho

fiscal, ou de ambos conjuntamente, será extinto,

se ainda não tiver terminado, se a entrega do

relatório e das contas da primeira e o respectivo

parecer do segundo, não for efectuada a tempo

de poderem ser submetidos, dentro do prazo

estatutário, a discussão e votação da

assembleia geral.

2. Compete ao presidente da mesa da

assembleia geral a averiguação das

responsabilidades emergentes do atraso

referido no número anterior.

3. Os membros da direcção ou do conselho

fiscal ou de ambos conjuntamente, abrangidos

no disposto no nº 1, ficam impedidos de

desempenhar cargos dos órgãos sociais

durante um período de seis anos.

ARTIGO 33º

1. Quando os órgãos sociais estejam

demissionários, atinjam o final do seu mandato

Page 18: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

ou este esteja extinto nos termos dos estatutos,

os seus membros continuarão a desempenhar

os respectivos cargos, até serem substituídos.

2. Do incumprimento do disposto no número

anterior resultará a impossibilidade de, durante

seis anos, poder desempenhar qualquer cargo

nos órgãos sociais, salvo se, para tanto, hajam

concorrido razôes de força maior, devidamente

justificadas

ARTIGO 34º

1. Perdem o mandato os membros dos

órgãos sociais que abandonem o cargo, peçam

a demissão ou a quem sejam aplicadas

quaisquer das penas previstas nas alíneas d)

a g) do nº 1 do artigo 78º.

2. Considera-se abandono do cargo a

ocorrência de cinco faltas consecutivas, sem

justificação, às reuniões do respectivo órgão.

ARTIGO 35°

O elemento dos órgãos sociais que perca o

seu mandato, nos termos do artigo anterior, não

fica isento da responsabilidade decorrente das

deliberações que, com a sua concordância,

tenham sido tomadas.

ARTIGO 36º

1. As reuniões dos órgãos sociais são

privadas, a elas só podendo assistir membros

de outro órgão social, cuja presença. a título

excepcional, seja expressamente solicitada

2. Exceptua-se do estabelecido no nº 1 o

Page 19: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

Presidente do Conselho Fiscal que poderá

assistir às reuniões da direcção sempre que o

entenda.

3. A direcção remeterá ao conselho liscal,

no prazo de cinco dias, cópias das actas de

cada uma das suas reuniões, contendo as

deliberações tomadas.

ARTIGO 37º

1. Cada um dos órgãos sociais só poderá

reunir e deliberar desde que esteja presente a

maioria absoluta dos seus membros.

2. Aos membros dos órgãos sociais não é

permitido, sob pena de demissão, divulgar a

matéria dos debates e opiniões emitidas nas

reuniões nem especificar a natureza e

qualidade dos respectivos votos, salvo quando

responderem a inquéritos do clube.

ARTIGO 38º

1. Os membros de cada um dos órgãos

sociais são, solidária e colectivamente,

responsáveis pelas respectivas deliberações,

salvo quando hajam feito declaração de voto

da sua discordância, registada em acta da

sessão em que a deliberação for tomada ou da

primeira que assistam, se não tiverem estado

presentes naquela.

2. A responsabilidade a que se refere o nº 1

cessará logo que em assembleia geral sejam

aprovadas tais deliberações, salvo se,

posteriormente, se verificar terem sido

praticadas com dolo ou fraude.

3. Cada um dos membros dos órgãos

Page 20: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

sociais pode requerer certidão da acta, da parte

de que conste a sua declaração de voto e o

assunto a que esta se refere.

ARTIGO 39o

1 O plenário dos órgãos sociais, sob

convocação do presidente da mesa da

assembleia geral, reúne em sessão ordinária

quadrimestralmente, a fim de apreciar a

situação geral do clube nas suas diferentes

actividades e ainda para exercer a competência

consultiva que estatutariamente lhe é conferida.

2. Pode também reunir em sessão

extraordinária, por iniciativa do presidente da

mesa da assembleia geral ou sob proposta do

conselho fiscal ou da direcção.

3. A competência consultiva respeita

nomeadamente às matérias seguintes:

a) O tratamento de assunto urgente que,

não estando expressamente atribuído à

assembleia geral, a direcção não queira

decidir sem consultar o plenário;

b) Aquisição ou alienação de bens

imobiliários;

c) Concessão de distinções honorificas;

d) Dissolução do clube nos termos do artigo 100º;

e) A aprovação das propostas de revisão,

total ou parcial, dos estatutos a submeter

à assembleia geral;

f) Apreciar a proposta apresentada por

qualquer dos órgãos sociais, destinada a

conceder as águias de ouro, de prata, e

de cobre, os títulos de sócio honorário,

benemérito e as medalhas de mérito

social e desportivo e de honra, proposta

Page 21: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

que, ulteriormente, será submetida

à votação da assembleia geral;

g) Apreciar petições que, com o objectivo

identificado na alínea anterior, lhe

possam ser dirigidas pelos sócios nos

termos estatutários;

h) A interpretação dos regulamentos

previstos estatutariamente;

i) Os assuntos de excepcional gravidade e

importância.

SECÇÃO II

ASSEMBLEIA GERAL

ARTIGO 40º

A assembleia geral é o órgão em que reside

o poder deliberativo soberano do clube, dentro

dos limites da lei e dos estatutos.

ARTIGO 41º

1. A assembleia geral é constituída pelos

sócios efectivos e correspondentes, com mais

de um ano de filiação associativa e no pleno

gozo dos seus direitos, reunidos nos termos

estatutários e regulamentares.

2. As filiais, casas do Benfica e delegações

poderão tomar parte nas reuniões da

assembleia geral, representadas por um

delegado, devidamente credenciado.

3. O representante das filiais e delegações

tem direito a 10 votos e as casas do Benfica a

20 votos.

4. As reuniões da assembleia geral terão

Page 22: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

lugar na sede ou em qualquer outra Instalação

do clube, mas poderão, excepcionalmente, e

por causa de força maior, realizar-se fora das

instalações do clube.

5. Nas reuniões da assembleia geral

destinadas à eleição dos órgãos sociais poderá

a respectiva mesa determinar a instalação de

tantas secções de voto quantas as necessárias

à mais ampla participação dos sócios e a um

normal desenvolvimento do acto eleitoral,

sendo pelo menos uma obrigatoriamente na

sede do clube.

ARTIGO 42º

À assembleia geral pertence, por direito

próprio, apreciar e decidir, sobre todos os

assuntos de interesse para o clube,

competido-lhe, designadamente:

1. Apreciar e votar o relatório da gestão e

as contas do exercício, bem como o parecer

do conselho fiscal, relativamente a cada ano

social,

2. Eleger e demitir os membros dos órgãos

sociais:

3. Fixar ou alterar a importância das quotas

e outras contribuições obrigatórias;

4, Aprovar os estatutos e zelar pelo seu

cumprimento, interpretá-los, alterá-los e revogá·

los, bem como resolver os casos neles omissos;

5. Votar o orçamento anual, com a

respectiva justificação relativa às actividades

do clube, e os orçamentos suplementares,

quando os houver;

6. Autorizar a direcção a realizar

empréstimos e outras operações de crédito,

Page 23: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

cujos prazos de liquidação ultrapassem o do

mandato da direcção e excedam dez por cento

do orçamento de despesa do ano transacto;

7. Decidir da aquisição, alienação ou

operação de bens imóveis, podendo autorizar

a direcção a praticar tais actos dentro dos

montantes e finalidades que a própria

assembleia geral deliberar.

8. Julgar os recursos para ela interpostos;

9. Conceder, nos termos estatutários e

regulamentares. as distinções honorificas

instituídas pelo clube;

10. Deliberar sobre a readmissão de sócios,

que tenham sido expulsos;

11. Deliberar sobre a extinção e/ou

suspensão de qualquer modalidade desportiva.

12. Autorizar a direcção, quando já

terminado o seu mandato, a tomar as

deliberações que impliquem para o clube

responsabilidades financeiras, cujo montante

exceda cinco por cento do orçamento em vigor.

ARTIGO 43º

1. O produto das operações de alienação

de bens imóveis deliberadas pela assembleia

geral ou pela direcção nos termos do nº 7 do

art. 42º será sempre consignado a acções de

natureza estrutral como tal definidas

anualmente aquando da aprovação do

orçamento, ou a operações da diminuição do

passivo do S.L.B.

2. A violação do disposto neste artigo por

parte da direcção implica a perda imediata do

mandato.

Page 24: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

ARTIGO 44º

1. As reuniões da assembleia geral são

ordinárias ou extraordinárias e delas se lavrará

acta, no respectivo livro.

2. As reuniões ordinárias, ou de carácter

obrigatório, são aquelas que se realizam em

épocas prefixadas e para os fins

estatutariamente previstos. Todas as demais

são extraordinárias.

ARTIGO 45º

As reuniões ordinárias da assembleia geral

serão sempre convocadas pelo presidente da

mesa e, no seu impedimento, por quem o

substitua no lugar:

a) Anualmente, até 30 de Setembro, para

aproovar e votar o relatório da gestão e

as contas do exercício, relativas

ao exercicio anterior, apresentadas pela

direcção, bem como o parecer do

conselho fiscal;

b) Anualmente, até 15 de Junho, para

apreciar e votar o orçamento ordinário e

o plano do investimento para o

exercicio seguinte, elaborados pela

direcção;

c) Trienalmente, entre 24 e 31 de Outubro,

para a eleição dos órgãos sociais.

ARTIGO 46º

As reuniões extraordinárias da assembleia

geral são convocadas pelo presidente da mesa,

ou por quem o substitua, por sua iniciativa ou a

Page 25: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

pedido da direcção, do conselho fiscal ou de

um numero de sócios efectivos com mais de

um ano de filiação associativa e no pleno gozo

dos seus direitos estatutários, correspondentes

a 0,5% dos sócios em tais condições existentes

em 31 de Dezembro do ano anterior àquele em

que tiver lugar a requerida assembleia.

ARTIGO 47º

1. A reunião extraordinária da assembleia

geral, convocada nos termos da parte final do

artigo 46º, só poderá realizar-se se estiverem

prosentes, pelo menos, quatro quintos dos

sócios que a requererem.

2. Os sócios requerentes da reunião

extraordinária da assembleia geral que a ela

não compareçam ficam, durante o prazo de dois

anos, contados desde a data da reunião,

inibidos de requerer novas reuniões, e de votar

em outras reuniões ordinárias ou

extraordinárias que se realizem dentro do

mesmo período de tempo.

ARTIGO 48º

1. Será nula a reunião da assembleia geral

convocada que funcione em contravenção das

normas estatutárias e regulamentares, sendo

de nenhum eleito as suas deliberações.

2. A declaração de nulidade poderá ser

pedida no decurso da própria reunião, com

indicação imediata dos preceitos infringindos.

3. Neste caso, competirá ao presidente da

mesa apreciar a nulidade invocada, cabendo-lhe

decidir se a mesma é, ou nao, insanável.

Page 26: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

Em caso afirmativo, proclamará nula a reunião

e de nenhum efeito o que haja sido deliberado;

em caso negativo, a reunião prosseguirá, mas

é reconhecido a qualquer associado,

participante na reunião, o direito de tentar obter,

judicialmente, a impugnação das deliberações

que sejam tomadas.

ARTIGO 49º

1. Nas reuniões da assembleia geral apenas

podem ser tomadas deliberações sobre

assuntos que façam parte da ordem de

trabalhos, salvo as de simples saudação ou

pesar.

2. Nas reuniões da assembleia geral pode

o presidente da mesa conceder um período de

tempo limitado, durante o qual poderão ser

apresentados quaisquer assuntos estranhos à

ordem de trabalhos.

ARTIGO 50º

1. O presidente da mesa, perante motivo

justificado, pode suspender os trabalhos,

marcando, desde logo, a data da sua

continuação.

2. O presidente da mesa, perante

circunstâncias excepcionalmente graves, pode

interromper a reunião, declarando-a terminada

antes de esgotados os assuntos incluídos na

respectiva ordem de trabalhos. A qualquer sócio

presente na mesma é, porém, reconhecido o

direito de recorrer, judicialmente, dessa decisão.

ARTIGO 51º

Page 27: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

As deliberações da assembleia geral são

tomadas por maioria absoluta de votos

representados nessa assembleia, salvo quando

os estatutos exigirem maioria qualificada.

ARTIGO 52º

Nas eleições dos órgãos sociais, os

resultados serão obtidos através de um só

escrutinio, considerando-se eleita a lista mais

votada.

ARTIGO 53º

Nas assembleias gerais, os sócios nelas

participantes terão direito ao número de votos

seguintes:

a) Com mais de um ano do filiação

associativa e até cinco anos - um voto;

b) Com mais de cinco anos de filiação

associativa e até dez anos· cinco votos;

c) Com mais de dez anos de filiação

associativa - vinte votos.

ARTIGO 54º

A participação dos sócios nas reuniões da

assembleia geral é pessoal, não podendo em

caso algum, o sócio fazer-se representar, sem

prejuízo do disposto no nº 2 do art. 41º.

ARTIGO 55º

Todas as situações criadas no decurso de

qualquer reunião da assembleia geral,

Page 28: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

envolvendo aspectos não instituídos ou

regulamentados, serão resolvidas na própfla

assembleia geral.

ARTIGO 56º

1 A assembleia geral é dirigida pela

respectiva mesa, que é constituída por um

presidente, um vice-presidente e dois

secretários, competindo-lhe representar a

assembleia geral, no intervalo das reuniões, em

todos os actos externos ou internos que se

efectuem no decorrer do mandato.

2. Nas suas ausências ou impedimentos, o

presidente será substituido pelo vice-presidente,

este pelo secretário, e este por um

secrelário suplente, também eleito.

ARTIGO 57º

o Presidente da Mesa da Assembleia Geral.

como garante da legalidade no seio do clube.

cumprirá e fará cumprir, com todo o rigor, os

preceitos estatutários.

SECÇÃO III

Direcção

ARTIGO 58º

1. O clube é dirigido e admnistrado por uma

direcção, constituída por um Presidente e

quatro ou seis Vice-Presidentes.

2 Haverá ainda dois Vice-Presidentes

suplentes, que apenas entrarão em funções nos

casos de impedimento delinitivo dos efectivos

Page 29: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

3. Deve o Presidente designar para o

período do mandato o Vice-Presidente que o

substituirá nos seus impedimentos bem como

decidir a distribuição interna das

responsabilidades do cada um dos membros

da direcção.

ARTIGO 59º

Compete à direcção dirigir e administrar o

clube, prestigiá-lo, zelar pelos seus interesses,

impulsionar o progresso das suas actividades

e, designadamente:

1. Aprovar, rejeitar ou anular a admissão e

a readmissão de sócios, salvo o disposto no nº

10 do artigo 42º

2. Propor à assembleia geral a fixação ou

alteração de quotas e quaisquer outras

contribuições associativas:

3. Propor à assembleia geral a concessão

das distinções honorificas referidas nas alíneas

a) a f) e j) do nº1 do artigo 82º

4. Atribuir as distinções honoríficas referidas

nas alíneas g), h), i). l) e m) do nº1 do artigo 82º;

5. Solicitar a convocação da assembleia

geral e do plenário dos órgãos sociais;

6. Fomentar o desenvolvimento da iniciação

desportiva e de outras iniciativas, tendentes a

proporcionar às camadas juvenis, e aos filhos

dos sócios em especial, a aprendizagem

desportiva, de forma a criar as bases de

apetrechamento das equipas do S.L.B.;

7. Fomentar a edição e publicação da

imprensa própria do clube e de outros

elementos de informação clubista e divulgação

cultural;

Page 30: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

8. Fomentar as relações com as filiais, casas

do Benfica e delegações, de forma a

proporcionar-lhes todo o possível apoio e

fazendo com que estas se estabeleçam e

desenvolvam os princípios que orientam o

S.L.B.;

9. Adoptar formas de auxilio social aos

atlelas, proporcionando-lhes, dentro do

possível., meios que lhe facilitem ocupar, na

sociedade, situação compatível com as suas

habilitações;

10. Colaborar com os poderes públicos em

tudo quanto contribua para atingir e

desenvolver os fins do clube;

11. Deliberar sobre reclamações a

entidades oficiais, representações,

protestos de jogos e recursos e outros

actos do contencioso administrativo e

desportivo;

12. Comparticipar nas reuniões e

assembleias dos organismos da hierarquia

desportiva, cultural ou recreativa;

13. Dispensar os sócios do pagamento de

quotas e de outras contribuições obrigatórias,

nos casos previstos nos estatutos e nos

regulamentos;

14. Aceitar ou recusar a constituição de

filiais, casas do Benfica e delegações;

15. Solicitar pareceres ao conselho fiscal;

16. Elaborar os regulamentos que se

mostrem necessários à vida do clube:

17. Nomear, de entre os sócios efectivos

com mais de um ano de filiação associativa,

sócios para o exercício do cargo de Director

não profissional.

18. Nomear de entre os sócios efectivos

Page 31: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

com mais de um ano de filiação associativa as

comissões e colaboradores, que julgue

convenientes para a boa execução das

actividades do clube;

19, Determinar a suspensão preventiva de

sócios ou atletas, em caso de infracção

disciplinar;

20. Facultar ao conselho fiscal o exame dos

livros de escrituração e contabilidade e a

verificação de todos os documentos;

21. Facultar ao exame dos sócios as contas,

os documentos e os livros relativos às

actividades do clube, nos termos estabelecidos

na alínea g) do nº1 do artº 12;

22. Comparecer a todas as reuniões da

assembleia geral, para prestar os

esclarecimentos que se mostrem necessános;

23. Representar o Sport Lisboa e Benfica

na administração ou gerência das sociedades,

ou outras entidades. em cujo capital o Sport

Lisboa e Benfica participe.

24. Fornecer à empresa de auditoria todos

os elementos que esta necessite para o

desenvolvimento do seu trabalho.

ARTIGO 60º

Após terminado o mandato, a direcção não

pode tomar deliberações que envolvam

responsabilidades financeiras superiores ao

limite previsto no nº 12 do artigo 42º.

ARTIGO 61º

1. Os membros da direcção respondem

pessoal e solidariamente para com o clube

Page 32: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

pelos danos a este causados por actos ou

omissões praticados com preterição de deveres

legais ou estatutários.

2. Não são responsáveis pelos danos

resultantes de uma deliberação colegial os

membros da direcção que nela não tenham

participado ou hajam votado vencidos, podendo

neste caso fazer lavrar, no prazo de cinco dias,

a sua declaração de voto, quer no respectivo

livro de actas, quer em carta dirigida ao

conselho fiscal.

3. A acção de responsabilidade pode ser

proposta pelo clube, através de deliberação dos

sócios em assembleia geral, que pode designar

um ou ma

ARTIGO 62º

1. A direcção não pode comprometer a

utilização de receitas antecipadas resultantes

de actos ou situações que ocorram após o

termo do respectivo mandato, desde que

excedam três por cento do orçamento do clube

do exercício do ano transacto.

2. A dispensa da aplicação do disposto no

numero anterior só poderá acontecer

excepcionalmente em situações de inequívoca

vantagem para o clube, mediante parecer

favorável do conselho fiscal

3. A violação do disposto neste artigo

implica a perda imediata do mandato e a

impossibilidade de, durante seis anos, poder

desempenhar qualquer cargo nos órgãos

sociais.

Page 33: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

ARTIGO 63º

A direcção é responsável por todos os

encargos contraídos para além das

competentes dotações orçamentais, cessando

essa responsabilidade se a assembleia geral

sancionar os excessos verificados.

ARTIGO 64º

1. Pode o clube, quando obrigado a

indemnização por prejuízos resultantes de

deliberação conjunta ou isolada dos órgãos

sociais violando as normas estatutárias e

regulamentares, exercer o direito de regresso

contra os respectivos órgãos, para o reembolso

da indemnização prestada.

2. Compete ao presidente da mesa da

assembleia geral tomar as providências

necessárias à execução do estabelecido no

numero antenor, convocando uma reunião

extraordinária da assembleia geral, onde a

proposta respectiva será objecto de votação

nominal.

ARTIGO 65º

Para obrigar o clube será necessária a

assinatura de dois membros da direcção, uma

das quais será obrigatoriamente a do presidente

e a de um dos vice-presidentes por aquele

especialmente mandatado para o efeito.

ARTIGO 66º

1. A direcção deve apresentar todos os anos

Page 34: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

à assembleia geral, dentro do prazo estatutário,

para apreciação e votação a proposta do

orçamento anual, o relatório da gestão, as

contas do exercício e os demais documentos

de prestação de contas, incluindo o mapa de

origem e aplicação de fundos.

2. Os documentos previstos no numero

antenor devem ser acompanhados do parecer

do conselho fiscal e do relatório dos auditores

previstos no artigo 71º.

3. No relatório da gestão e nas contas do

exercício devem ser totalmente separadas as

actividades do S.L.B. relativamente ao futebol.

As receitas por ele geradas não podem servir

para financiar as restantes modalidades

desportivas do Sport Lisboa e Benfica.

ARTIGO 67º

A direcção remeterá ao conselho fiscal os

documentos previstos no nº1 do artigo 66º até

ao dia 31 de Agosto de cada ano, para os eleitos

previstos na alínea c) do nº 1 do artigo 70º.

ARTIGO 68º

1. O relatório da gestão e as contas do

exercício devem ser assinados por todos os

membros da direcção em exercicio de funções

no momento da sua apresentação.

2. A recusa da assinatura por qualquer

membro da direcção deve ser justificada em

documento, a juntar ao relatório de gestão.

3. Os membros da direcção que se tenham

demitido ficam obrigados a prestar todas as

informações que lhes forem solicitadas

Page 35: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

relativamente ao período em que exerceram

funções.

4. O relatório da gestão deve conter uma

exposição fiel e clara sobre a evolução das

actividades do SLB., reflectindo com exactidão

as alterações patrimoniais e a evolução da

estrutura dos custos e das receitas.

5. Caso as contas apresentadas pela

direcção sejam reprovadas, total ou

parcialmente, pela assembleia geral, a direcção

tem um prazo de 15 dias para proceder à

elaboração de novas contas

6. A reprovação das novas contas,

resultantes da situação prevista no nº 5 deste

artigo por parte da assembleia geral implica a

imediata demissão da direcção, procedendo-se

a eleições intercalares para este órgão, nos

termos do artigo 31º.

7. A direcção intercalar eleita dará

cumprimento a todos os votos, conclusões e

propostas constantes do relatório de gestão o

contas rejeitado, com excepção do que possa

colidir com a decisão da assembleia geral.

8. Fará transitar nos livros do S.LB. para o

ano seguinte todos os saldos contabilísticos ou

verbas inseridas no relatório do gestão e contas

rejeitado com as modificações, alterações ou

rectificações que tenham sido aprovadas pola

assembleia geral.

9. O relatório de gestão e as contas devem

estar patentes aos sócios na sede do S.L.B. e

durante as horas de expediente, a partir do

oitavo dia antecedente à data designada para

a realização da assembleia geral, constante no

aviso convocatório destinada a apreciá-los. Os

sócios serão avisados deste facto na própria

Page 36: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

convocação, devendo a consulta ser feita

pessoalmente pelo sócio.

SECÇÃO IV

Conselho Fiscal

ARTIGO 69º

1. Para assegurar a fiscalização da

actividade do S.L.B. e zelar para que o mandato

directivo se conduza sempre em estreita

obediência aos estatutos e regulamentos, bem

como às deliberações da assembleia geral, o

S L.B disporá de um conselho fiscal, composto

de um presidente, um vice-presidente e três

vogais, sendo um destes preferencialmente

revisor oficial de contas.

2 Nas suas ausências ou impedimentos, o

presidente será substituído pelo vice-presidente

3. Haverá ainda um vogal suplente que

apenas entrará em funções nos casos de

impedimentos definitivos dos vogais efectivos

eleitos.

ARTIGO 70º

1. No exercício das suas funções, compete

ao conselho fiscal:

a) Fiscalizar os actos da direcção;

b) Vigiar pela observância da lei e dos

estatutos;

c) Dar parecer sobre o relatório da gestão,

as contas do exercício, e ainda sobre

os orçamentos ordinários e

suplementares propostos pela

Page 37: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

direcção;

d) Verificar a regularidade dos livros,

registos contabilísticos e documentos

que lhes servem de suporte;

e) Verificar, quando o julgue conveniente,

e pela forma que entenda adequada,

a extensão da caixa e as existências

de qualquer espécie de bens ou valores

pertencentes ao S.L.B. 0u por ele

recebidos em garantia, depósito ou a

qualquer outro título:

f) verificar a exactidão do balanço e da

demonstração dos resultados:

g) verificar se os critérios valorimétricos

adoptados pela direcção conduzem a

uma correcta avaliação do património e

dos resultados;

h) Elaborar anualmente um relatório sobre

a acção fiscalizadora, que deve ser

presente à assembleia geral juntamente

com o parecer relativo às contas do

exercício;

i) Dar parecer sobre as transferências de

verbas orçamentais propostas pela

direcção;

j) Solicitar a convocação da assembleia

geral e do plenário dos orgãos sociais;

k) Dar parecer sobre os actos da direcção

previstos nº 2 do art. 62º

2. Os membros do conselho fiscal devem

proceder, conjunta ou separadamente e em

qualquer época do ano, a todos os actos de

verificação e inspecção que considerem

convenientes para o cumprimento das suas

obrigações de fiscalização.

Page 38: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

ARTIGO 71º

1. O relatório anual da gestão e o parecer

do conselho fiscal devem ser acompanhados

por um relatório de uma empresa especializada

de auditoria, que se deve pronunciar,

nomeadamente, sobre se os critérios

valorimétricos adoptados pela direcção

conduzem a uma correcta avaliação do

património e dos resultados do S.L.B.

2. O relatório da empresa de auditoria

constituirá, obrigatoriamente, um anexo ao

parecer do conselho fiscal.

ARTIGO 72º

1. O conselho fiscal reunirá trimestralmente

com a direcção, pala apreciar as contas do

clube e a execução orçamental.

2. Desta reunião será lavrada acta, da qual

constará, obrigatoriamente, o parecer do

conselho fiscal sobre a situação económica e

financeira do clube.

ARTIGO 73º

1. O conselho fiscal participará à direcção

as irregularidades de que tenha conhecimento,

para imediato apuramento das

responsabilidades.

2. A participação prevista no número

anterior será feita ao presidente da mesa da

assembleia geral, se as irregularidades tiverem

sido praticadas por membros da direcção.

3. Os membros do conselho fiscal são

Page 39: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

pessoal e solidariamente respoosáveis com o

infractor pelas respectivas irregularidades, se

delas tiverem tomado conhecimento e não

adoptarem as providências adequadas.

CAPÍTULO VI

Actividades do clube

ARTIGO 74º

As actividades do Sport Lisboa e Benfica

serão desenvolvidas nos planos desportivo,

social, cultural, recreativo e comercial,

orientadas em harmonia com os seus fins e com

o propósito de promover a expansão e prestígio

do clube.

ARTIGO 75º

A actividade desportiva tem por finalidade

o desenvolvimento da prática de diversas

modalidades de educação fisica e de desporto

por praticantes profissionais ou amadores,

cabendo a sua organização interna e

funcionamento a regulamentos aprovados pela

direcção.

ARTIGO 76º

As actividades social, cultural e recreativa

têm por fim desenvolver o espírito de

solidariedade entre os sócios e satisfazer as

suas necessidades intelectuais e de lazer,

cabendo a sua organização interna e

funcionamento a regulamentos aprovados pela

Page 40: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

direcção.

CAPÍTULO VII

Disciplina

ARTIGO 77º

1. Os sócios do S.L.B., os seus atletas e

outros colaboradores estão sujeitos ao poder

disciplinar do clube.

2. A disciplina dos atletas e empregados

do clube constará dos respectivos

regulamentos, contratos e legislação aplicável.

ARTIGO 78º

1. As infracções disciplinares, que

consistem na violação dos preceitos

estatutários e regulamentares, serão

punidas,conforme a sua gravidade, com as

seguintes penas:

a) Admoestação:

b) Repreensão registada;

c) Suspensão simples;

d) Suspensão até 30 dias;

e) Suspensão de 30 dias a um ano:

f) Suspensão de um a três anos;

g) Expulsão;

2. A aplicação de qualquer das penas

referidas no número anterior poderá ser

acompanhada de indemnização devida pelos

prejuízos causados ao clube

3. São circunstâncias atenuantes

a) O registo disciplinar isento de qualquer

pena:

Page 41: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

b) Os serviços relevantes prestados ao

clube;

c) Em geral, qualquer facto que diminua a

responsabilidade do infractor.

4. São circunstâncias agravantes,

unicamente:

a) A qualidade de membro dos órgãos

sociais ou de colaborador nomeado por

qualquer deles;

b) A reincidência;

c) A acumulação de infracções;

d) A premeditação;

e) O resultar de infracção de desprestigio

público para o S.LB..

5) Oualquer pena. salvo a de admoestação,

só pode ser aplicada medianle processo

disciplinar, nos termos a filiar por regulamento,

aprovado pela direcção.

ARTIGO 79º

1. À falta do cumprimento do estabelecido

na alínea o) do nº 1 do artigo 13º, serão

aplicadas, nas condições estabelecidas por

regulamento, as seguintes penas:

a) Suspensão simples;

b) Expulsão.

2. A aplicação das penas previstas não

depende da organização de processo

disciplinar formal, não podendo, porém, ter lugar

sem prévia notificação ao sócio faltoso para

proceder à liquidação das importâncias em

dívida no prazo de 15 dias, com expressa

cominação das consequências resultantes da

falta de pagamento

Page 42: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

ARTIGO 80º

Às filiais, casas do Benfica e delegações

podem ser aplicadas as penas seguintes:

a) Admoestação;

b) Repreensão registada

ARTIGO 81º

1. A aplicação aos sócios das alíneas a) a

d) do nº 1do artigo 78º e do nº 1do artigo 79º

às Filiais, casas do Benfica e Delegações,

das alíneas a) e b) do artigo 80º, são da

competência da Direcção, sempre com

possibilidade de recurso para a Assembleia

Geral.

2. A aplicação das restantes penas aos

sócios é da competência da assembleia geral.

CAPÍTULO VIII

Distinções honoríficas

ARTIGO 82º

1. Para premiar os bons serviços, a

dedicação e o mérito associativo e desportivo,

o clubo instituiu as seguintes distinções

honoríficas:

a) Águia de ouro;

b) Águia de prata;

c) Águia de cobre;

d) Titulo de sócio honorário;

e) Titulo de sócio de mérito;

f) Titulo de sócio benemérito;

g) Anel de platina de dedicação;

h) Emblema de ouro de dedicação;

Page 43: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

i) Emblema de prata de dedicação;

j) Medalha de mérito social e desportivo;

l) Medalha de honra;

m) Medalha de prata.

2. A concessão da águia de ouro confere,

Simultaneamente, o titulo de sócio honorário e

a concessão da águia de prata o de sócio de

mérito.

3. A concessão do anel de platina de

dedicação dispensa o sócio distinguido do

pagamento de qualquer contribuição

associativa e desportiva.

ARTIGO 83º

A concessão de qualquer distinção

honorífica visa exclusivamente galardoar,

premiar ou recompensar o sócio distinguido,

não produzindo quaisquer outros eleitos, salvo

o referido no nº 3 do artigo anterior.

ARTIGO 84º

1. As águias de ouro, prata e cobre só

podem ser propostas pela direcção ou por 150

sócios efectivos com mais de um ano de filiação

associativa.

2. As propostas que visem a concessão das

águias de ouro, prata e cobre serão objecto de

votação secreta em assembleia geral.

ARTIGO 85º

As distinções honorificas das alíneas d) e

f) do art. 82º poderão ser concedidas a

entidades públicas ou privadas e a

Page 44: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

individualidades estranhas ao clube, não

implicando para os distinguidos o pagamento

de qualquer contribuição.

ARTIGO 86º

As distinções honorificas das alíneas a) e

e) do artigo 82º não podem ser atribuídas a

atletas profissionais ou subsidiados do clube,

enquanto nessa qualidade o representarem,

nem baseados em motivos decorrentes dessa

actividade desportiva.

ARTIGO 87º

As distinções honoríficas poderão ser

concedidas a titulo póstumo.

ARTIGO 88º

1. Ao sócio distinguido ser-lhe-á retirada a

respectiva distinção honorifica quando:

a) Peça a demissão de sócio;

b) Seja expulso;

c) Se revele, posteriormente à concessão,

indigno da sua posse;

d) Passe a representar outro clube, como

praticante desportivo, sem autorização

da direcção, salvo se a sua colaboração

tiver deixado de interessar ao S.L.B.

2. Não é permitida, em caso algum, a

recuperação das distinções honoríficas, que

hajam sido retiradas nos termos do número

anterior.

ARTIGO 89º

Page 45: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

1. A concessão das distinções honorificas

das alíneas a) a f) e j) do nº 1 do artigo 82º é da

competência da assembleia geral; as restantes

distinções honoríficas são atribuídas pela

direcção.

2. A retrrada de qualquer distinção

honorifica é da competência do órgão social

que a tiver concedido.

ARTIGO 90º

Compete à assembleia geral a aprovação

do regulamento de concessão das distinções

honorificas.

CAPÍTULO IX

Instalações sociais e desportivas

ARTIGO 91º

Consideram-se instalações sociais e

desportivas do S.L.V. todas as edificações e

recintos onde se exerçam, sob a jurisdição do

clube, as suas actividades.

ARTIGO 92º

Sem prejuízo da utilização das instalações

sociais e desportivas pelos atletas do S.L.B.,

tanto em provas como na sua preparação, será

assegurada aos sócios, quanto possfvel, a

frequência das mesmas instalações na

prossecução dos fins do clube.

CAPÍTULO X

Page 46: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

Disposições finais e transitórias

ARTIGO 93º

São susceptíveis de recurso para a

assembleia geral as deliberações de qualquer

dos órgãos sociais, quando seja invocada a

violação da lei, dos estatutos ou dos

regulamentos.

ARTIGO 94º

Todas as deliberações da assembleia geral

são susceptíveis de recurso para os tribunais

competentes, nos termos gerais de direito.

ARTIGO 95º

O ano social do Sport Lisboa e Benfica tem

inicio no dia 1 de Julho de cada ano civil,

estendendo-se alé ao dia 30 de Junho do ano

civil seguinte, salvo no que não for autorizado

pelas entidades oficiais competentes.

ARTIGO 96º

1. A numeração respeitante aos sócios será

actualizada de 10 em 10 anos, mas a

assembleia geral, por proposta da direcção,

poderá autorizar a sua realização com intervalo

mais curto, se for conveniente.

2. A actualização da numeração de sócios

nunca terá lugar em ano anterior ao das

eleições para os órgãos sociais.

Page 47: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

ARTIGO 97º

1. Os sócios maiores, com pelo menos 10

anos de filiação associativa, que se encontrem

reformados da respectiva actividade

profissional e que aufiram uma pensão de

reforma mensal inferior ou igual ao montante

fixado em regulamento pela direcção, poderão

passar a pagar apenas metade do valor da

quota respectiva, desde que possam provar a

situação de reformados, mediante

documentação adequada.

2. Será aplicada a pena de expulsão ao

sócio que se socorrer de meios fraudulento

para obter a regalia prevista no número anterior.

ARTIGO 98º

1. Os sócios maiores, com pelo menos 10

anos de filiação associativa, que se encontrem

desempregados poderão solicitar a suspensão

do pagamento da sua quota, enquanto perdurar

essa situação.

2. A situação de desempregado terá de ser

devidamente provada.

3. Será aplicada pena de expulsão ao sócio

que se socorrer de meios fraudulentos para

obter esta regalia.

ARTIGO 99º

É mantida a regalia conferida pelo § 1 do

nº 10 do artigo 17º dos estatutos aprovados

por despacho do Subsecretário do estado da

Educação Nacional de 8 de Setembro de 1948

aos sócios honorários, beneméritos e de mérito

Page 48: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

que, na data da aprovação destes estatutos,

dela estejam beneficiando.

ARTIGO 100º

1. O S.L.B. só poderá ser dissolvido por

motivos de tal forma graves e insuperáveis que

tornem impossível a realização dos seus fins.

2. A dissolução só poderá ser votada em

reunião da assembleia geral, expressamente

convocada para esse efeito, e que só poderá

funcionar com a presença da maioria absoluta

dos sócios existentes.

3. A deliberação de dissolução será tomada

por votação nominal, e terá de ser aprovada

por três quartos de número de todos os

associados.

4. A assembleia geral que votar a

dissolução do clube deliberará também quanto

ao destino a dar aos valores do S.L.B.

5. Se a deliberação que votar a dissolução

do clube vier a ser impugnada em juízo, a sua

execução ficará suspensa até que a respectiva

decisão judicial transite em julgado.

6. Sendo dissolvido o S.L.B., os seus

troféus, prémios, recordações. registos, livros,

arquivos e demais património desportivo,

cultural e histórico serão entregues à Câmara

Municipal de Lisboa. como sua fiél depositária,

mediante auto do qual constará a expressa

proibição da sua alienação e ainda a obrigação

de serem restituídos ao S.L.B., se este voltar a

constituir·se.

7. A reconstituição referida no número

anterior só terá lugar se, na reconstituição do

S.L.B., se verificar a existência de idoneidade,

Page 49: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

afinidade, fins e tradições. Que têm

caracterizado e definido o clube na sua gloriosa

história elonga vivência, as quais se procurarão

salvaguardar para honra e glória dos

benfiquistas e do desporto português.

ARTIGO 101º

1. Os estatutos serão revistos de 10 em 10

anos e nenhum dos seus preceitos poderá ser

suspenso.

2. A titulo excepcional, poderá a revisão,

quando parcial, ser antecipada se for requerida

por um mínimo de 500 sócios efectivos no gozo

de todos os seus direitos sociais ou se o

plenário dos órgãos sociais apresentar para

tanto proposta devidamente fundamentada.

3. Em ambos os casos previstos no número

anterior, a antecipação terá de ser previamente

autorizada pela assembleia geral, em votação

nominal.

ARTIGO 102º

1. O Sport Lisboa e Benfica pode promover

a constituição de sociedades e fundações, nos

termos legais em vigor.

2. A constituição de sociedades carece de

deliberação, por voto secreto, da Assembleia

Geral, sob proposta da direcção, acompanhada

de parecer favorável do Conselho Fiscal.

3. No caso das sociedades desportivas a

constituir, os estatutos deverão,

obrigatoriamente, assegurar que o Sport Lisboa

e Benfica lerá a maioria dos direitos de voto na

respectiva Assembleia Geral.

Page 50: Estatutos Sport Lisboa e Benfica

ARTIGO 103º

1. É permitida a realização de referendo aos

sócios do S.L.B. sobre assuntos concretos e

de carácter excepcional do clube.

2. Cabe exclusivamente à assembleia geral

e sempre mediante proposta da direcção,

autorizar o mesmo relerendo.

3. Decidindo a assembleia geral negar

autorização de referendo para o assunto que

lhe loi proposto, não pode o mesmo ser objecto

de nova proposta de referendo no prazo de um

ano.

ARTIGO 104º

Os regulamentos previstos nos presentes

estatutos deverão ser aprovados pelos órgãos

sociais competentes no prazo máximo de cento

e oitenta dias após a sua entrada em vigor.

ARTIGO 105º

Os presentes estatutos entram

imediatamente em vigor, implicando a cessação

do mandato em curso dos actuais orgãos

sociais, e a realização de eleições no prazo

máximo de cento e oitenta dias.