estatuto da advocacia/oab e o stf

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  • 8/7/2019 Estatuto Da Advocacia/OAB e o STF

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    slao Anotada - Leis Infraconstitucionais - Verso Integral :: STF - Supremo Tribunal Federal

    //www.stf.jus.br/portal/legislacaoAnotadaAdiAdcAdpf/verLegislacao.asp?lei=375[22/3/2011 15:10:52]

    Legislao Anotada - Leis Infraconstitucionais - VersIntegral

    Verso integral em formato PDF

    LEI N 8.906, DE 4 DE JULHO DE 1994.

    Dispe sobre o Estatuto da Advocacia e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

    O PRESIDENTE DA REPBLICA, fao saber que o Congresso Nacional decreta e sanciono a seguinte lei:

    TTULO I

    DA ADVOCACIA

    CAPTULO I

    Da Atividade de Advocacia

    Art. 1 So atividades privativas de advocacia:

    "A Constituio da Repblica estabeleceu que o acesso justia e o direito de petio so direitos fundamentais (artinc. XXXIV, alnea a, e XXXV), porm estes no garantem a quem no tenha capacidade postulatria litigar em juzoseja, vedado o exerccio do direito de ao sem a presena de um advogado, considerado indispensvadministrao da justia (art. 133 da Constituio da Repblica e art. 1 da Lei n. 8.906/94), com as ressalvas legais.Incluem-se, ainda, no rol das excees, as aes protocoladas nos juizados especiais cveis, nas causas de valor

    vinte salrios mnimos (art. 9 da Lei n. 9.099/95) e as aes trabalhistas (art. 791 da Consolidao das Leis do Trabalno fazendo parte dessa situao privilegiada a ao popular. ( AO 1.531-AgR, voto da Min. Crmen Lcia, julgameem 3-6-09, Plenrio, DJEde 1-7-09)

    - a postulao a qualquer rgo do Poder Judicirio e aos juizados especiais; (Vide ADI 1.127)

    O requerente, bacharel em direito, no possui capacidade postulatria para ajuizar a reclamao prevista na alnea lpara propor a ao judicial prevista na alnea r do inciso I do artigo 102 da Constituio. O exerccio da advocacprerrogativa dos regularmente inscritos na OAB, conforme disposto nos arts. 1, 2 e 3 do Estatuto da Advocacia (Le8.906/94). No se nega o direito de petio ao requerente, que pode exercit-lo junto ao rgo executivo competenteao Ministrio Pblico. A assistncia judiciria a que se refere o preceito do artigo 62 do RISTF diz respeito aos benefda Justia gratuita, que foram requeridos pelo solicitante na petio inicial. A presente petio no consubstancia hiptde advocacia dativa, instituto existente apenas no processo penal. (Pet 4.775, Rel. Min. Eros Grau, dec

    monocrtica, julgamento em 23-4-2010, DJE de 5-5-2010.)Ao direta de inconstitucionalidade. Lei 8.906, de 4 de julho de 1994. Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogado Brasil. Dispositivos Impugnados Pela AMB. Prejudicado o pedido quanto expresso juizados especiais, em rada supervenincia da Lei 9.099/1995. (...) O advogado indispensvel administrao da Justia. Sua presecontudo, pode ser dispensada em certos atos jurisdicionais. (ADI 1.127, Rel. p/ o ac. Min. Ricardo Lewandow

    julgamento em 17-5-2006, Plenrio, DJE de 11-6-2010.)

    "Ordem de habeas corpus concedida ex officio para anular o acrdo do Tribunal coator que no conheceu de revcriminal subscrita pelo ora paciente por falta de capacidade postulatria, com fundamento no art. 1, I, do novo Estada OAB (Lei n. 8.906/94). A norma invocada deve ser excepcionada no s para as causas trabalhistas, parsubmetidas ao juizado de pequenas causas e para o habeas corpus, mas tambm para a reviso criminal, se no que dispe o art. 623 do CPP, ao menos por analogia com o habeas-corpus . Precedentes." (HC 74.528, Rel.

    http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/publicacaoPublicacaoTematica/anexo/Lei_8906.pdfhttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=598704&idDocumento=&codigoClasse=546&numero=1531&siglaRecurso=AgR&classe=AOhttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=598704&idDocumento=&codigoClasse=546&numero=1531&siglaRecurso=AgR&classe=AOhttp://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=612210http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((4775.NUME.%20OU%204775.DMS.)((EROS%20GRAU).NORL.%20OU%20(EROS%20GRAU).NPRO.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=612210http://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=75103&idDocumento=&codigoClasse=349&numero=74258&siglaRecurso=&classe=HChttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=75103&idDocumento=&codigoClasse=349&numero=74258&siglaRecurso=&classe=HChttp://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=612210http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((4775.NUME.%20OU%204775.DMS.)((EROS%20GRAU).NORL.%20OU%20(EROS%20GRAU).NPRO.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=612210http://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=598704&idDocumento=&codigoClasse=546&numero=1531&siglaRecurso=AgR&classe=AOhttp://www.stf.jus.br/arquivo/cms/publicacaoPublicacaoTematica/anexo/Lei_8906.pdf
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    Maurcio Corra, julgamento em 22-10-96, 2 Turma, DJde 13-12-96)

    Habeas corpusde que se conhece por se tratar de no-conhecimento de reviso criminal em que se pleiteia a redude penas pela unificao delas. O artigo 623 do Cdigo de Processo Penal - que permite que o prprio ru requeireviso criminal, no foi derrogado pelo artigo 1, I, da Lei n. 8.906, de 04 de julho de 1994. Habeas corpus conheciddeferido, para determinar-se que o Segundo Grupo de Cmaras do Tribunal de Alada Criminal do Estado de So Paafastada a preliminar de no conhecimento da reviso criminal em causa por no se ter o peticionrio feito representaradvogado, prossiga no julgamento dela como entender de direito. (HC 72.981, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento14-11-95, 1 Turma, DJde 9-2-96)

    I - as atividades de consultoria, assessoria e direo jurdicas.

    Habeas corpusde que se conhece por se tratar de no-conhecimento de reviso criminal em que se pleiteia a redude penas pela unificao delas. O artigo 623 do Cdigo de Processo Penal - que permite que o prprio ru requeireviso criminal, no foi derrogado pelo artigo 1, I, da Lei n. 8.906, de 04 de julho de 1994. Habeas corpus conheciddeferido, para determinar-se que o Segundo Grupo de Cmaras do Tribunal de Alada Criminal do Estado de So Paafastada a preliminar de no conhecimento da reviso criminal em causa por no se ter o peticionrio feito representaradvogado, prossiga no julgamento dela como entender de direito. (HC 72.981, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento14-11-95, 1 Turma, DJem 9-2 -96)

    1 No se inclui na atividade privativa de advocacia a impetrao de habeas corpus em qualqnstncia ou tribunal.

    Habeas corpusde que se conhece por se tratar de no-conhecimento de reviso criminal em que se pleiteia a redude penas pela unificao delas. O artigo 623 do Cdigo de Processo Penal - que permite que o prprio ru requei

    reviso criminal, no foi derrogado pelo artigo 1, I, da Lei n. 8.906, de 04 de julho de 1994. Habeas corpus conheciddeferido, para determinar-se que o Segundo Grupo de Cmaras do Tribunal de Alada Criminal do Estado de So Paafastada a preliminar de no conhecimento da reviso criminal em causa por no se ter o peticionrio feito representaradvogado, prossiga no julgamento dela como entender de direito. (HC 72.981, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento14-11-95, 1 Turma, DJem 9-2 -96)

    2 Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurdicas, sob pena de nulidade, s podem ser admitida registro, nos rgos competentes, quando visados por advogados.

    "A obrigatoriedade do visto de advogado para o registro de atos e contratos constitutivos de pessoas jurdicas (artigo 12, da Lei n. 8.906/94) no ofende os princpios constitucionais da isonomia e da liberdade associativa." ( ADI 1.194, p/ o ac. Min. Crmen Lcia, julgamento em 20-5-09, Plenrio, DJEde 11-9-09)

    Habeas corpusde que se conhece por se tratar de no-conhecimento de reviso criminal em que se pleiteia a redude penas pela unificao delas. O artigo 623 do Cdigo de Processo Penal - que permite que o prprio ru requeireviso criminal, no foi derrogado pelo artigo 1, I, da Lei n. 8.906, de 04 de julho de 1994. Habeas corpus conheciddeferido, para determinar-se que o Segundo Grupo de Cmaras do Tribunal de Alada Criminal do Estado de So Paafastada a preliminar de no conhecimento da reviso criminal em causa por no se ter o peticionrio feito representaradvogado, prossiga no julgamento dela como entender de direito. (HC 72.981, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento14-11-95, 1 Turma,DJem 9-2 -96)

    3 vedada a divulgao de advocacia em conjunto com outra atividade.

    Art. 2 O advogado indispensvel administrao da justia.

    A CB/88 determina que o advogado indispensvel administrao da justia (art. 133). por intermdio dele queexerce o contraditrio e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes (art. 5, LV). O falecimento do patr

    do ru cinco dias antes da publicao do acrdo, do STJ, que no admitiu o agravo de instrumento consubstasituao relevante. Isso porque, havendo apenas um advogado constitudo nos autos, a intimao do acrdo tornouimpossvel aps a sua morte. Em consequncia, o paciente ficou sem defesa tcnica. H, no caso, ntida violaocontraditrio e da ampla defesa, a ensejar a desconstituio do trnsito em julgado do acrdo e a devoluo do prrecursal, bem assim a restituio da liberdade do paciente, que respondeu ao penal solto. ( HC 99.330, Rel. Cezar Peluso, julgamento em 16-3-2010, Segunda Turma, DJE de 23-4-2010.)

    assente a jurisprudncia desta Corte no sentido de se considerar inexistente o recurso extraordinrio interposto advogado que no tenha procurao nos autos (...). (AI 504.704-AgR, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em6-04, 1 Turma, DJde 25-6-04). No mesmo sentido: AI 513.751-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 23-6-09Turma, DJEde 7-8-09; AI 550.217, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 8-8-06, 2 Turma, DJde 1-9-06; AI 511.7AgR-ED, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 20-9-05, 1 Turma, DJde 16-12-05; RE 411.279-AgR, Rel. Min. GilMendes, julgamento em 14-9-04, 2 Turma, DJde 1-10-04.

    http://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=74157&idDocumento=&codigoClasse=349&numero=72981&siglaRecurso=&classe=HChttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=74157&idDocumento=&codigoClasse=349&numero=72981&siglaRecurso=&classe=HChttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=74157&idDocumento=&codigoClasse=349&numero=72981&siglaRecurso=&classe=HChttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=602352&idDocumento=&codigoClasse=504&numero=1194&siglaRecurso=&classe=ADIhttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=74157&idDocumento=&codigoClasse=349&numero=72981&siglaRecurso=&classe=HChttp://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=610190http://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=319395&idDocumento=&codigoClasse=510&numero=504704&siglaRecurso=AgR&classe=AIhttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=319395&idDocumento=&codigoClasse=510&numero=504704&siglaRecurso=AgR&classe=AIhttp://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=610190http://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=74157&idDocumento=&codigoClasse=349&numero=72981&siglaRecurso=&classe=HChttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=602352&idDocumento=&codigoClasse=504&numero=1194&siglaRecurso=&classe=ADIhttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=74157&idDocumento=&codigoClasse=349&numero=72981&siglaRecurso=&classe=HChttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=74157&idDocumento=&codigoClasse=349&numero=72981&siglaRecurso=&classe=HChttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=74157&idDocumento=&codigoClasse=349&numero=72981&siglaRecurso=&classe=HC
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    1 No seu ministrio privado, o advogado presta servio pblico e exerce funo social.

    2 No processo judicial, o advogado contribui, na postulao de deciso favorvel ao seu constituinao convencimento do julgador, e seus atos constituem mnus pblico.

    3 No exerccio da profisso, o advogado inviolvel por seus atos e manifestaes, nos limites deei.

    A imunidade profissional indispensvel para que o advogado possa exercer condigna e amplamente seu mpblico. (ADI 1.127,Rel. p/ o ac. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 17-5-2006, Plenrio, DJE de 11-6-201

    Art. 3 O exerccio da atividade de advocacia no territrio brasileiro e a denominao advogado so privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

    1 Exercem atividade de advocacia, sujeitando-se ao regime desta lei, alm do regime prprio a quesubordinem, os integrantes da Advocacia-Geral da Unio, da Procuradoria da Fazenda Nacional,Defensoria Pblica e das Procuradorias e Consultorias Jurdicas dos Estados, do Distrito Federal, dMunicpios e das respectivas entidades de administrao indireta e fundacional.

    2 O estagirio de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos previstos no art. 1, na fordo regimento geral, em conjunto com advogado e sob responsabilidade deste.

    O estudante de direito (...), regularmente inscrito na OAB/DF (...), requer vista dos autos e extrao de cpias para de estudo acadmico jurdico. Observo, no entanto, que o requerente no representa nenhuma das partes do preseprocesso, o que impede seja deferida vista dos autos fora de cartrio ou secretaria de Tribunal (art. 40, I, do CP

    Ademais, nos termos do 2 do art. 3 da Lei 8.906/94 Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil, s se permiteestagirios a prtica das atividades privativas da advocacia em conjunto com advogado e sob responsabilidade deIsso posto, defiro o pedido de extrao de cpias, que devero ser obtidas, a expensas do requerente, junto Secredeste Tribunal e sem retirada dos autos. (RE 545.877,Rel. Min. Ricardo Lewandowski, deciso monocrtica, julgameem 27-11-09, DJE de 9-12-09)

    "Petio de recurso extraordinrio assinada apenas por estagirio: impossibilidade. Lei 8.906/94, art. 3, 2. Petiorecurso extraordinrio sem assinatura do procurador subscritor da pea, certo que essa foi assinada apenas por estagino se observando, pois, a forma prescrita no art. 3, 2, da Lei 8.906/94. Jurisprudncia do Supremo Tribunal Fedque se orienta no sentido de que no se conhece de recurso sem a assinatura do advogado, dado que formalidessencial de existncia do recurso: AI 119.264-AgR/SP, RTJ 124/1269; AI 123.352-AgR/RS, RTJ 127/364; AI 171.4AgR/MG, DJde 20-10-95; AI 204.804-AgR/SP, DJ de 17-4-98; RE 105.138-ED/PR, Min. Moreira Alves, DJde 15-4AI 247.087/RS, Min. Nelson Jobim, DJde 03-09-99; e AI 287.613/PR, Min. Nri da Silveira, DJ de 07-02-2001. RE

    conhecido. Agravo no provido." (RE 423.335-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 22-6-04, 2 Turma, DJd8-04). No mesmo sentido: MI 999, Rel. Min. Joaquim Barbosa, deciso monocrtica, julgamento em 22-5-09, DJE28-5-09.

    Art. 4 So nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa no inscrita OAB, sem prejuzo das sanes civis, penais e administrativas.

    O Supremo Tribunal Federal, interpretando o sentido e o alcance do direito de petio conferido generalidade pessoas pela Constituio da Repblica, j deixou assentado, no entanto, em mais de um julgamento (MI 772-AgRRel. Min. Celso de Mello, v.g.), que essa prerrogativa no importa em outorga, ao cidado, de capacidade postulatriadireito de petio no implica, por si s, a garantia de estar em Juzo, litigando em nome prprio ou como representade terceiro, se, para isso, no estiver devidamente habilitado, na forma da lei. (...). Distintos o direito de petio e o dide postular em Juzo. No possvel, com base no direito de petio, garantir a bacharel em Direito, no inscrito

    OAB, postular em Juzo, sem qualquer restrio. (RTJ 146/44, Rel. Min. Nri da Silveira grifei). (...). Ningum ppostular em juzo sem a assistncia de Advogado. A este compete, ordinariamente, nos termos da lei, o exerccio dopostulandi. (MS 26.843,Rel. Min. Celso de Mello, deciso monocrtica, julgamento em 23-6-2010, DJE de 30-6-201

    Preliminarmente, verifico que o ora reclamante no constituiu advogado para represent-lo em juzo. Por outro ladreclamante no comprovou ser advogado, de modo que no possui a capacidade de postular em juzo em causa pr(art. 36 do CPC). (...) Valho-me das pertinentes palavras do ministro Celso de Mello, ao analisar hiptese semelhanpresente: (...) lcito parte postular em causa prpria, isto , ela mesma subscrevendo as petiesdesacompanhada de advogado, quando ela prpria for advogado (...). (...) Atos processuais privativos de Advogado - como os de elaborar e subscrever peties iniciais (como no caso) - , quando praticados por quem no dispecapacidade postulatria, so nulos de pleno direito, consoante previa o antigo Estatuto da OAB (art.76) e, hoje, dispart. 4, caput, da Lei n. 8.906/94. Essa tem sido, no tema, a orientao do Supremo Tribunal Federal (RTJ 117/1018).De todo o exposto, em razo da ausncia de capacidade postulatria do signatrio da petio inicial, e com fundame

    http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=612210http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=612210http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((545877.NUME.%20OU%20545877.DMS.)((RICARDO%20LEWANDOWSKI).NORL.%20OU%20(RICARDO%20LEWANDOWSKI).NPRO.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((545877.NUME.%20OU%20545877.DMS.)((RICARDO%20LEWANDOWSKI).NORL.%20OU%20(RICARDO%20LEWANDOWSKI).NPRO.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=355459&idDocumento=&codigoClasse=539&numero=423335&siglaRecurso=AgR&classe=REhttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((999.NUME.%20OU%20999.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=582646http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=%28%2826843%2ENUME%2E+OU+26843%2EDMS%2E%29%28%28CELSO+DE+MELLO%29%2ENORL%2E+OU+%28CELSO+DE+MELLO%29%2ENPRO%2E%29%29+NAO+S%2EPRES%2E&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=%28%2826843%2ENUME%2E+OU+26843%2EDMS%2E%29%28%28CELSO+DE+MELLO%29%2ENORL%2E+OU+%28CELSO+DE+MELLO%29%2ENPRO%2E%29%29+NAO+S%2EPRES%2E&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=%28%2826843%2ENUME%2E+OU+26843%2EDMS%2E%29%28%28CELSO+DE+MELLO%29%2ENORL%2E+OU+%28CELSO+DE+MELLO%29%2ENPRO%2E%29%29+NAO+S%2EPRES%2E&base=baseMonocraticashttp://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=582646http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((999.NUME.%20OU%20999.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=355459&idDocumento=&codigoClasse=539&numero=423335&siglaRecurso=AgR&classe=REhttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((545877.NUME.%20OU%20545877.DMS.)((RICARDO%20LEWANDOWSKI).NORL.%20OU%20(RICARDO%20LEWANDOWSKI).NPRO.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=612210
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    no art. 21, 1 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento presente reclamao. (Rcl 8.4Rel. Min. Joaquim Barbosa, deciso monocrtica, julgamento em 26-6-09, DJE de 3-8-09.) No mesmo sentido:A3.963, Rel. Min. Celso de Mello, deciso monocrtica, julgamento em 29-9-2010, DJE de 7-10-2010.

    "Ao penal. Atos processuais. Defesa tcnica. Defensor. Falta. Recurso contra pronncia subscrito por advogsuspenso de suas atividades. Existncia de dois outros advogados constitudos. Irrelevncia. Pronncia mantida. Prejpresumido. Nulidade processual reconhecida. Recurso provido. Precedentes. Inteligncia e aplicao do art. 4 da Le8.906/94. So tidos por inexistentes os atos processuais, privativos de advogado, praticados por quem, ao tempo de prtica, estava suspenso das atividades" (RHC 85.876,Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 11-4-06, 2 Turma, DJ9-6-06)

    Pargrafo nico. So tambm nulos os atos praticados por advogado impedido no mbitompedimento suspenso, licenciado ou que passar a exercer atividade incompatvel com a advocacia.

    "A Turma, por maioria, indeferiu habeas corpusem que se alegava a nulidade absoluta de processo criminal no qudefesa da paciente fora realizada por advogado licenciado da Ordem dos Advogados do Brasil OAB. No caso, em sde reviso criminal, a paciente informara que os patronos dos rus estariam impossibilitados de exercer a advocacia e,conseguinte, seriam nulos os atos por eles praticados. O tribunal de origem, contudo, conclura que a regra da psnulitt sans grief aplicvel tanto s nulidade relativas quanto s absolutas impediria a declarao de invalidade atos processuais que no ocasionaram prejuzos s partes. O STJ mantivera esse entendimento e destacara que a de capacidade postulatria s implicaria nulidade, se comprovada a deficincia tcnica na defesa, o que no ocorrera autos. A impetrao reiterava que a ausncia do mencionado pressuposto processual poca da ao penal tcausado sim prejuzos paciente, porquanto ela fora condenada e recolhida priso, sendo afastada do convvio de sfamiliares, bem como perdera seus direitos polticos e emprego. Considerou-se, no obstante o rigor do art. 4 do Esta

    da OAB (...) e do Enunciado 523 da Smula do STF (...), que a defesa no conseguira comprovar, na espcpresena de constrangimento ilegal a ferir direito da paciente nem ilegalidade ou abuso de poder a ensejar a concesda ordem, especialmente porque os poderes de representao judicial outorgados ao advogado, ainda que licenciadoOAB, foram ampla e livremente por ela conferidos por instrumento de procurao. Enfatizou-se no existir prova de qupaciente no conhecesse a condio do patrono constitudo e assinalou-se a impossibilidade de produo dessa provavia eleita. Ademais, mencionou-se que o princpio da falta de interesse, tal como estabelecido na 1 parte do art. 565CPP, no admite argio da nulidade por quem tenha dado causa ou concorrido para a existncia do vcio. Registroque fora bem realado pela Corte local que o causdico no conseguira inocentar a paciente, mas da no se podafirmar no ter havido defesa tcnica eficaz. Por fim, aduziu que a situao resolver-se-ia, caso a paciente no tiveconhecimento da circunstncia, noutra esfera jurdica, em ao de indenizao." ( HC 99.457, Rel. Min. Crmen L

    julgamento em 13-10-09, 1 Turma, Informativo 563)

    Nulidade do processo-crime no configurada, pois alm de no ter sido demonstrado qualquer prejuzo advindo

    exerccio da defesa por advogado licenciado da Ordem dos Advogados do Brasil, o princpio da falta de interessecomo estabelecido no art. 565, primeira parte, do Cdigo de Processo Penal, no admite a argio da nulidade por qutenha dado causa ou concorrido para a existncia do vcio. ( HC 99.457, Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 132009, Primeira Turma, DJE de 4-6-2010.)

    "Ao penal. Atos processuais. Defesa tcnica. Defensor. Falta. Recurso contra pronncia subscrito por advogsuspenso de suas atividades. Existncia de dois outros advogados constitudos. Irrelevncia. Pronncia mantida. Prejpresumido. Nulidade processual reconhecida. Recurso provido. Precedentes. Inteligncia e aplicao do art. 4 da Le8.906/94. So tidos por inexistentes os atos processuais, privativos de advogado, praticados por quem, ao tempo de prtica, estava suspenso das atividades" (RHC 85.876, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 11-4-2006, PrimTurma, DJ de 9-6-2006.) No mesmo sentido: MS 28.857-MC, Rel. Min. Celso de Mello, deciso monocr

    julgamento em 8-6-2010, DJE de 14-6-2010.).

    "O Estatuto da Advocacia, institudo pela Lei n 8.906, de 04/07/1994, tanto quanto j o previa o hoje revogado Estada OAB (art. 76), impe, dentre outras hipteses nele contempladas, a sano da nulidade aos atos privativoAdvogado que tenham sido praticados pelo profissional do Direito que esteja sujeito pena disciplinar de suspensosuas atividades (art. 4, pargrafo nico). Precedente. A jurisprudncia desta Corte tem sistematicamente rejeiembargos de declarao cuja fundamentao assuma, como no caso, ntido carter infringente. Precedente. O despaque no resolve incidente processual algum revela-se, por isso mesmo, destitudo de qualquer contedo decisrevestindo-se, por via de conseqncia, da nota da irrecorribilidade (CPC, art. 504)." (MS 21.730-AgR-ED-ED-AgR-ED, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 21-10-94,Plenrio, DJE de 11-12-08)

    Art. 5 O advogado postula, em juzo ou fora dele, fazendo prova do mandato.

    Petio encaminhada por fac-smile (FAX). Petio original no apresentada. Pedido inexistente. Petio devolvDesistncia. Necessidade de regularizao. (...) A jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido

    http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoTexto.asp?id=2631084&tipoApp=RTFhttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=%28%283963%2ENUME%2E+OU+3963%2EDMS%2E%29%28%28CELSO+DE+MELLO%29%2ENORL%2E+OU+%28CELSO+DE+MELLO%29%2ENPRO%2E%29%29+NAO+S%2EPRES%2E&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=%28%283963%2ENUME%2E+OU+3963%2EDMS%2E%29%28%28CELSO+DE+MELLO%29%2ENORL%2E+OU+%28CELSO+DE+MELLO%29%2ENPRO%2E%29%29+NAO+S%2EPRES%2E&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=102986&idDocumento=&codigoClasse=419&numero=85876&siglaRecurso=&classe=RHChttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=102986&idDocumento=&codigoClasse=419&numero=85876&siglaRecurso=&classe=RHChttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=2684022http://www.stf.jus.br//arquivo/informativo/documento/informativo563.htmhttp://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=612023http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=102986http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=(ms(28857.NUME.%20OU%2028857.DMS.)((CELSO%20DE%20MELLO).NORL.%20OU%20(CELSO%20DE%20MELLO).NPRO.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=(ms(28857.NUME.%20OU%2028857.DMS.)((CELSO%20DE%20MELLO).NORL.%20OU%20(CELSO%20DE%20MELLO).NPRO.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=568511&idDocumento=&codigoClasse=4801&numero=21730&siglaRecurso=AgR-ED-ED-AgR-ED-ED&classe=MShttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=568511&idDocumento=&codigoClasse=4801&numero=21730&siglaRecurso=AgR-ED-ED-AgR-ED-ED&classe=MShttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=568511&idDocumento=&codigoClasse=4801&numero=21730&siglaRecurso=AgR-ED-ED-AgR-ED-ED&classe=MShttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=568511&idDocumento=&codigoClasse=4801&numero=21730&siglaRecurso=AgR-ED-ED-AgR-ED-ED&classe=MShttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=(ms(28857.NUME.%20OU%2028857.DMS.)((CELSO%20DE%20MELLO).NORL.%20OU%20(CELSO%20DE%20MELLO).NPRO.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=102986http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=612023http://www.stf.jus.br//arquivo/informativo/documento/informativo563.htmhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=2684022http://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=102986&idDocumento=&codigoClasse=419&numero=85876&siglaRecurso=&classe=RHChttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=%28%283963%2ENUME%2E+OU+3963%2EDMS%2E%29%28%28CELSO+DE+MELLO%29%2ENORL%2E+OU+%28CELSO+DE+MELLO%29%2ENPRO%2E%29%29+NAO+S%2EPRES%2E&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoTexto.asp?id=2631084&tipoApp=RTF
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    slao Anotada - Leis Infraconstitucionais - Verso Integral :: STF - Supremo Tribunal Federal

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    que os atos processuais praticados por meio de fac-smile so inexistentes, se no houver a apresentao da petoriginal, nos termos do art. 2, pargrafo nico, da Lei n. 9.800/1999. (...) Com relao Petio/STF (...), intime-sAgravante para regularizar a representao processual, nos termos do art. 45 do Cdigo de Processo Civil. (AI 747.7ED, Rel. Min. Crmen Lcia, deciso monocrtica, julgamento em 15-6-09, DJE de 24-8-09)

    1 O advogado, afirmando urgncia, pode atuar sem procurao, obrigando-se a apresent-la no prazoquinze dias, prorrogvel por igual perodo.

    Observo que o ilustre Advogado signatrio da petio inicial no produziu, nos autos, o pertinente instrumentomandato judicial (CPC, art. 37, caput) nem comprovou a outorga, apud acta, de poderes de representao em juComo no se invocou, no caso em exame, situao de urgncia, torna-se inaplicvel a regra legal que dispensa, ai

    que temporariamente, a exibio, pelo Advogado, do concernente instrumento de mandato (Lei n. 8.906/94, art. 5, (Rcl 9.088,Rel. Min. Celso de Mello, deciso monocrtica, julgamento em 29-9-09, DJE de 6-10-09)

    "Agravo regimental interposto mediante petio subscrita por advogado sem procurao nos autos, no tendo invocada a situao de urgncia (CPC, art. 37; Lei 8.906/94, art. 5, 1). Recurso no conhecido, conso

    jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal: RTJ. 103/344; RTJ 116/698; RTJ 121/835; RTJ 129/1.295; RTJ 132/450; 137/461; RTJ 160/1.069-1.071 e Ag 180.406 (AgRg)(EDcl)-PR, DJ de 08.11.96." (SS 1.349-AgR-AgR, Rel. Min. CaVelloso, julgamento em 1-3-01, Plenrio, DJde 11-10-01)

    "Recurso Advogado que no comprova a regularidade de sua inscrio na OAB Lei n. 4.215/63 (art. 65) Declarade inexistncia do ato processual praticado Agravo no conhecido. A exigncia da comprovao de efetiva habilitaprofissional do advogado que atua em juzo constitui prerrogativa conferida aos magistrados pelo prprio EstatutoOrdem dos Advogados do Brasil (art. 65). A exigncia judicial de comprovao da regularidade da habilitao profissi

    do advogado no traduz, enquanto providencia expressamente autorizada pela lei, comportamento processual que poser qualificado como arbitrrio, especialmente naqueles casos em que a atuao desse operador do Direito gera duvfundadas quanto a sua qualificao para o exerccio da Advocacia. A ausncia de demonstrao da regular inscriomandatrio judicial nos quadros da OAB gera, uma vez decorrido o prazo assinado pelo juiz, a inexistncia dos aprocessuais praticados." (MS 21.730-ED-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 2-3-94, Plenrio, DJ de 22-4-

    2 A procurao para o foro em geral habilita o advogado a praticar todos os atos judiciais, em qualquzo ou instncia, salvo os que exijam poderes especiais.

    Para cada categoria de processo necessria a outorga de uma nova procurao. Com base nesse entendimentTribunal desproveu agravos regimentais interpostos contra deciso que conferira prazo para a juntada de procurao poderes especficos para ajuizamento de ao rescisria. A deciso recorrida considerara que as cpias das procuraque embasaram a representao judicial dos autores no processo originrio no seriam suficientes para atender artigos 37 e 38 do CPC em relao ao rescisria. Destacou-se que cada mandato outorgado para um

    especfico e que, atingido este, o instrumento se extingue. Alertou-se para o lapso temporal compreendido entroutorga do mandato utilizado para a propositura da ao original e o ajuizamento da ao rescisria. Nesse sentidexigncia de novo mandato seria garantia de segurana para a parte e para o advogado, tendo em vista quinstrumento poderia ser usado para diversos fins, sem limitao. Ademais, mencionou-se a possibilidade de o advogsem nova procurao, ocultar eventual derrota de seu cliente. Concedeu-se, por sua vez, novo prazo de quinze dias pque seja regularizada a representao processual. (AR 2.239-ED e AR 2.236-ED, Rel. Min. Dias Toffoli, julgameem 23-6-2010, Plenrio, Informativo 592.)

    3 O advogado que renunciar ao mandato continuar, durante os dez dias seguintes notificao renncia, a representar o mandante, salvo se for substitudo antes do trmino desse prazo.

    Trata-se de comunicado da resciso contratual na prestao de servios jurdicos ao Supremo Tribunal (...). Defipedido de excluso dos referidos advogados das futuras intimaes relativas a este processo. Deixo de intim

    Recorrente, uma vez que h outros advogados credenciados nos autos (art. 45 do Cdigo de Processo Civil e art. 53, da Lei n. 8.906, de 4 de julho de 1994). Contudo, os advogados renunciantes no esto desincumbidos de comunao seu cliente a renncia do mandato (arts. 12, 13 e 15 do Cdigo de tica e Disciplina da OAB e art. 688 do CdCivil). (RE 573.325, Rel. Min. Crmen Lcia, deciso monocrtica, julgamento em 17-5-09, DJE de 1-6-09)

    Deciso, de Ministro do Superior Tribunal de Justia, que negou seguimento a recurso extraordinrio. Pacicondenado pela prtica de delito previsto nos arts. 173 (abuso de incapazes) e 299 (falsidade ideolgica) do CdPenal. Alegada violao ao devido processo legal, tendo em vista a suposta desconsiderao de renncia de mandpromovida por seus advogados. Renncias manifestadas aps a interposio do recurso extraordinrio e a deciso no admitiu tal recurso. Renncia, quanto a um dos advogados, sem efetividade, haja vista que o advogado no proce notificao do mandante. Inobservncia, pelo advogado, das regras relativas renncia constantes do CdigoProcesso Civil (art. 45) e da Lei no 8.906, de 1994 (art. 5, 3). Improcedncia das alegaes. Habeas coindeferido. (HC 82.877, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 22-3-05, 2 Turma, DJde 15-4-05)

    http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((747760.NUME.%20OU%20747760.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((747760.NUME.%20OU%20747760.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((9088.NUME.%20OU%209088.DMS.)((CELSO%20DE%20MELLO).NORL.%20OU%20(CELSO%20DE%20MELLO).NPRO.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((9088.NUME.%20OU%209088.DMS.)((CELSO%20DE%20MELLO).NORL.%20OU%20(CELSO%20DE%20MELLO).NPRO.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=382498&idDocumento=&codigoClasse=831&numero=1349&siglaRecurso=AgR-AgR&classe=SShttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=382498&idDocumento=&codigoClasse=831&numero=1349&siglaRecurso=AgR-AgR&classe=SShttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=384808&idDocumento=&codigoClasse=98&numero=21730&siglaRecurso=ED-AgR&classe=MShttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=3862331http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=3862335http://www.stf.jus.br//arquivo/informativo/documento/informativo592.htmhttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((573325.NUME.%20OU%20573325.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=79174&idDocumento=&codigoClasse=349&numero=82877&siglaRecurso=&classe=HChttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=79174&idDocumento=&codigoClasse=349&numero=82877&siglaRecurso=&classe=HChttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((573325.NUME.%20OU%20573325.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br//arquivo/informativo/documento/informativo592.htmhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=3862335http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=3862331http://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=384808&idDocumento=&codigoClasse=98&numero=21730&siglaRecurso=ED-AgR&classe=MShttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=382498&idDocumento=&codigoClasse=831&numero=1349&siglaRecurso=AgR-AgR&classe=SShttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((9088.NUME.%20OU%209088.DMS.)((CELSO%20DE%20MELLO).NORL.%20OU%20(CELSO%20DE%20MELLO).NPRO.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((747760.NUME.%20OU%20747760.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((747760.NUME.%20OU%20747760.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticas
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    CAPTULO II

    Dos Direitos do Advogado

    Art. 6 No h hierarquia nem subordinao entre advogados, magistrados e membros Ministrio Pblico, devendo todos tratar-se com considerao e respeito recprocos.

    direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, j documentadosprocedimento investigatrio realizado por rgo com competncia de polcia judiciria, digam respeito ao exercciodireito de defesa. (Smula Vinculante 14)

    Pargrafo nico. As autoridades, os servidores pblicos e os serventurios da justia devem dispensaradvogado, no exerccio da profisso, tratamento compatvel com a dignidade da advocacia e condiadequadas a seu desempenho.

    Art. 7 So direitos do advogado:

    A participao do advogado perante a comisso parlamentar de inqurito. (...) Registre-se, ainda, por necessrio, que certo que a Constituio atribuiu s CPIs os poderes de investigao prprios das autoridades judiciais (CF, art. 583), no menos exato que os rgos de investigao parlamentar esto igualmente sujeitos, tanto quanto os juzesmesmas restries e limitaes impostas pelas normas legais e constitucionais que regem o due process of law, mes

    que se cuide de procedimento instaurado em sede administrativa ou poltico-administrativa, de tal modo que se aplicaCPIs, em suas relaes com os Advogados, o mesmo dever de respeito cuja observncia tambm se impe Magistrados (e a este Supremo Tribunal Federal, inclusive) s prerrogativas profissionais previstas no art. 7 da Le8.906/94, que instituiu o Estatuto da Advocacia. O Advogado ao cumprir o dever de prestar assistncia tcnica qque o constituiu, dispensando-lhe orientao jurdica perante qualquer rgo do Estado converte, a sua atividprofissional, quando exercida com independncia e sem indevidas restries, em prtica inestimvel de liberdaQualquer que seja o espao institucional de sua atuao (Poder Legislativo, Poder Executivo ou Poder Judicirio)Advogado incumbe neutralizar os abusos, fazer cessar o arbtrio, exigir respeito ao ordenamento jurdico e velar integridade das garantias jurdicas legais ou constitucionais outorgadas quele que lhe confiou a proteo de liberdade e de seus direitos, dentre os quais avultam, por sua inquestionvel importncia, a prerrogativa contra a aincriminao e o direito de no ser tratado, pelas autoridades pblicas, como se culpado fosse, observando-se, demodo, as diretrizes, previamente referidas, consagradas na jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal. ( HC 88.015, Min. Celso de Mello, deciso monocrtica, julgamento em 14-2-06, DJde 21-2-06)

    - exercer, com liberdade, a profisso em todo o territrio nacional;

    I a inviolabilidade de seu escritrio ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalde sua correspondncia escrita, eletrnica, telefnica e telemtica, desde que relativas ao exerccioadvocacia; (Redao dada pela Lei n. 11.767, de 2008)

    O sigilo profissional constitucionalmente determinado no exclui a possibilidade de cumprimento de mandado de buscapreenso em escritrio de advocacia. O local de trabalho do advogado, desde que este seja investigado, pode ser ade busca e apreenso, observando-se os limites impostos pela autoridade judicial. Tratando-se de local onde exisdocumentos que dizem respeito a outros sujeitos no investigados, indispensvel a especificao do mbitoabrangncia da medida, que no poder ser executada sobre a esfera de direitos de no investigados. Equvoco quanindicao do escritrio profissional do paciente, como seu endereo residencial, deve ser prontamente comunicadomagistrado para adequao da ordem em relao s cautelas necessrias, sob pena de tornar nulas as provas oriun

    da medida e todas as outras exclusivamente delas decorrentes. Ordem concedida para declarar a nulidade das prooriundas da busca e apreenso no escritrio de advocacia do paciente, devendo o material colhido ser desentranhado autos do Inq 544 em curso no STJ e devolvido ao paciente, sem que tais provas, bem assim quaisquer das informaoriundas da execuo da medida, possam ser usadas em relao ao paciente ou a qualquer outro investigado, nestaem outra investigao. (HC 91.610, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 8-6-2010, Segunda Turma, DJE de10-2010.)

    Restou demonstrado nos autos que o escritrio de advocacia onde foram encontrados os documentos que orpretende o desentranhamento era utilizado pelo paciente, tambm, para o gerenciamento dos seus negcios comercO sucesso da busca no escritrio de advocacia comprova que, de fato, aquele local era utilizado como sede de negoutros, alm das atividades advocatcias. adequada a conduta dos policiais federais que estavam autorizados a cumos mandados de busca e apreenso, expedidos por autoridade judicial competente, nas sedes das empresas, com

    http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/jurisprudenciaSumulaVinculante/anexo/PSV_1.pdfhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=88015&classe=HC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=615659http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=615659http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=88015&classe=HC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stf.jus.br/arquivo/cms/jurisprudenciaSumulaVinculante/anexo/PSV_1.pdf
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    finalidade de coletar provas relativas aos crimes investigados no inqurito. (HC 96.407, Rel. Min. Dias Tofjulgamento em 6-4-2010, Primeira Turma, DJE de 28-5-2010.)

    A alegao de afronta ao sigilo profissional, tendo em vista que o paciente advogado e teriam sido interceptaligaes travadas com seus clientes, (...) no merece acolhida, j que os delitos que lhe foram imputados teriam scometidos justamente no exerccio da advocacia. O simples fato de o paciente ser advogado no pode lhe conimunidade na eventual prtica de delitos no exerccio de sua profisso. ( HC 96.909, Rel. Min. Ellen Gracie, julgameem 17-11-09, 2 Turma, DJE de 11-12-09)

    "Escuta ambiental e explorao de local. Captao de sinais ticos e acsticos. Escritrio de advocacia. Ingressoautoridade policial, no perodo noturno, para instalao de equipamento. Medidas autorizadas por deciso judicial. Inva

    de domiclio. No caracterizao. (...) Inteligncia do art. 5, X e XI, da CF, art. 150, 4, III, do CP, e art. 7, II, da Le8.906/94. (...) No opera a inviolabilidade do escritrio de advocacia, quando o prprio advogado seja suspeito da prde crime, sobretudo concebido e consumado no mbito desse local de trabalho, sob pretexto de exerccio da profiss(Inq 2.424,Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 26-11-08, Plenrio, DJE de 26-3-10)

    A inviolabilidade do escritrio ou do local de trabalho consectrio da inviolabilidade assegurada ao advogadoexerccio profissional. (ADI 1.127,Rel. p/ o ac. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 17-5-2006, Plenrio, DJE11-6-2010.)

    II - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procurao, quando estesacharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que consideradncomunicveis;

    "O Tribunal julgou parcialmente procedente pedido formulado em ao direta ajuizada pelo Governador do Estado do

    de Janeiro para declarar a inconstitucionalidade da alnea g do inciso I e da alnea a do inciso IV, ambas do art. 178Constituio estadual, que, prevem, respectivamente, que o defensor pblico, aps dois anos de exerccio na funno perder o cargo seno por sentena judicial transitada em julgado, e ser prerrogativa daquele requisadministrativamente, de autoridade pblica e dos seus agentes ou de entidade particular, certides, exames, perciaoutros documentos e providncias necessrios ao exerccio de suas atribuies. (...) No que se refere mencionalnea a, entendeu-se que ela estaria conferindo ao defensor pblico prerrogativas que implicariam, alm de interferem outros poderes, prejuzo na paridade de armas que deve haver entre as partes. Julgou-se improcedente o pleitorelao s alneas b e c do inciso IV do aludido art. 178, que dispem que o defensor pblico pode 'comunicar-se pese reservadamente com o preso' e 'ter livre acesso e trnsito a estabelecimentos pblicos e os destinados ao pblicoexerccio de suas funes', garantias compatveis com o disposto na Lei Complementar 80/94, bem como no EstatutoOrdem dos Advogados do Brasil - EOAB. Declarou-se, ainda, prejudicado o pedido em relao alnea f do inciso I, einciso II, tambm do aludido art. 178, que tratam da aposentadoria dos membros da Defensoria Pblica e da garantia

    inamovibilidade. (ADI 230, Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 1-2-10, Plenrio, Informativo 573)V - ter a presena de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exerc

    da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casoscomunicao expressa seccional da OAB;

    "O Tribunal julgou parcialmente procedente pedido formulado em ao direta ajuizada pelo Governador do Estado do de Janeiro para declarar a inconstitucionalidade da alnea g do inciso I e da alnea a do inciso IV, ambas do art. 178Constituio estadual, que, prevem, respectivamente, que o defensor pblico, aps dois anos de exerccio na funno perder o cargo seno por sentena judicial transitada em julgado, e ser prerrogativa daquele requisadministrativamente, de autoridade pblica e dos seus agentes ou de entidade particular, certides, exames, perciaoutros documentos e providncias necessrios ao exerccio de suas atribuies. (...) No que se refere mencionalnea a, entendeu-se que ela estaria conferindo ao defensor pblico prerrogativas que implicariam, alm de interferem outros poderes, prejuzo na paridade de armas que deve haver entre as partes. Julgou-se improcedente o pleito

    relao s alneas b e c do inciso IV do aludido art. 178, que dispem que o defensor pblico pode 'comunicar-se pesse reservadamente com o preso' e ter livre acesso e trnsito a estabelecimentos pblicos e os destinados ao pblicoexerccio de suas funes, garantias compatveis com o disposto na Lei Complementar 80/94, bem como no EstatutoOrdem dos Advogados do Brasil - EOAB. Declarou-se, ainda, prejudicado o pedido em relao alnea f do inciso I, einciso II, tambm do aludido art. 178, que tratam da aposentadoria dos membros da Defensoria Pblica e da garantiainamovibilidade. (ADI 230, Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 1-2-10, Plenrio, Informativo 573)

    A presena de representante da OAB em caso de priso em flagrante de advogado constitui garantia da inviolabilidda atuao profissional. A cominao de nulidade da priso, caso no se faa a comunicao, configura sano ptornar efetiva a norma. (ADI 1.127, Rel. p/ o ac. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 17-5-2006, Plenrio,de 11-6-2010.)

    V - no ser recolhido preso, antes de sentena transitada em julgado, seno em sala de Estado Mai

    http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=611741http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=611741http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=606676http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=609608http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=609608http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=612210http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=612210http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=1496759http://www.stf.jus.br//arquivo/informativo/documento/informativo573.htmhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=1496759http://www.stf.jus.br//arquivo/informativo/documento/informativo573.htmhttp://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=612210http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=612210http://www.stf.jus.br//arquivo/informativo/documento/informativo573.htmhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=1496759http://www.stf.jus.br//arquivo/informativo/documento/informativo573.htmhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=1496759http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=612210http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=609608http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=606676http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=611741
  • 8/7/2019 Estatuto Da Advocacia/OAB e o STF

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    com instalaes e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em prisdomiciliar; (Vide ADI 1.127)

    (...) solicitei ao reclamado a descrio detalhada da Sala de Estado-Maior onde se encontra recolhida a reclamante. porque (...) somente ser caso de reclamao se: a) o Juiz nega o direito de advogado ser recolhido preso, antessentena transitada em julgado, em Sala de Estado-Maior ou, na sua falta, em priso domiciliar; b) a Sala de EstaMaior tem ntidas caractersticas de cela. Fora destas hipteses, o meio adequado de sanar eventuais ilegalidades sevia dohabeas corpus . (...) No que importa ao caso, averbo que as informaes prestadas demonstram que o local ose encontra recolhida a autora enquadra-se no conceito de Sala de Estado-Maior. (...) Mais: somente a r ocupreferida instalao. Pelo que nego seguimento presente reclamao, o que fao com fundamento no 1 do art. 2RI/STF. (Rcl 8.551, Rel. Min. Carlos Britto, deciso monocrtica, julgamento em 1-9-09, DJE de 8-9-09)

    (...) conforme consignei na deciso que indeferiu a liminar e posteriormente reafirmou o parecer ministerial, se extradeciso (...), que o reclamante j cumpre pena em definitivo (...), o que afasta a incidncia do disposto no art. 7, VLei 8.906/94. No h falar, portanto, em afronta ADI 1.127/DF. Isso posto, julgo improcedente esta reclamao (art. 1, do RISTF). (Rcl 7.990, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, deciso monocrtica, julgamento em 25-8-09, DJE de 09)

    Relativamente ao pedido para determinar a priso domiciliar, no h previso legal para tanto, pois o art. 7, VEstatuto da OAB s a estabelece na falta de Sala de Estado Maior, o que no o caso dos autos. Nesse sentido, fa jurisprudncia deste Supremo Tribunal Federal, conforme Rcl 5.212-SP, rel. min. Crmen Lcia, HC 90.707, rel. Seplveda Pertence, e Rcl 4.535, rel. min. Seplveda Pertence, dentre outros julgados. Assim, indefiro o pedidorecolhimento priso domiciliar e determino a transferncia do Reclamante para uma das Salas de Estado Mexistentes na unidade militar do Corpo de Bombeiros indicada no Ofcio n 341-GS (...). (Rcl 7.471-MC, Rel.

    Joaquim Barbosa, deciso monocrtica, julgamento em 30-4 -09, DJE de 7-5-09). No mesmo sentido:Rcl 6.387,Min. Ellen Gracie, deciso monocrtica proferida pelo Presidente, Min. Gilmar Mendes, julgamento em 7-4-10, DJE de4-10.

    "Habeas corpus. Priso cautelar. Profissional da advocacia. Inciso V do art. 7 da Lei 8.906/94. Sala de Estado-MaPriso especial. Diferenas. Ilegalidade da custdia do paciente em cela especial. Aos profissionais da advocaciassegurada a prerrogativa de confinamento em Sala de Estado-Maior, at o trnsito em julgado de eventual sentecondenatria. Prerrogativa, essa, que no se reduz priso especial de que trata o art. 295 do Cdigo de ProcePenal. A prerrogativa de priso em Sala de Estado-Maior tem o escopo de mais garantidamente preservar a incolumidfsica daqueles que, diuturnamente, se expem ira e retaliaes de pessoas eventualmente contrariadas com um laadvocatcio em defesa de contrapartes processuais e da prpria Ordem Jurdica. A advocacia exibe uma dimencoorporativa, certo, mas sem prejuzo do seu compromisso institucional, que j um compromisso com os valores permeiam todo o Ordenamento Jurdico brasileiro. A Sala de Estado-Maior se define por sua qualidade mesma de sa

    no de cela ou cadeia. Sala, essa, instalada no Comando das Foras Armadas ou de outras instituies militares (PolMilitar, Corpo de Bombeiros) e que em si mesma constitui tipo heterodoxo de priso, porque destituda de portas

    janelas com essa especfica finalidade de encarceramento. Ordem parcialmente concedida para determinar que o Jprocessante providencie a transferncia do paciente para sala de uma das unidades militares do Estado de So Paulser designada pelo Secretrio de Segurana Pblica." (HC 91.089, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 4-9-20Plenrio, DJ de 19-10-2007.) No mesmo sentido: Rcl 9.980-MC, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, decmonocrtica, julgamento em 6-4-2010, DJE de 12-4 -2010.

    "A deciso reclamada, fundada na inconstitucionalidade do art. 7, V, do Estatuto dos Advogados, indeferiu a transferdo reclamante Advogado, preso preventivamente em cela da Polcia Federal, para sala de Estado Maior e, na fdesta, a concesso de priso domiciliar. No ponto, dissentiu do entendimento firmado pelo Supremo Tribunal FederaADIn 1.127 (17.05.06, red. p/ acrdo Ricardo Lewandowski), quando se julgou constitucional o art. 7, V, do Estatuto Advogados, na parte em que determina o recolhimento dos advogados em sala de Estado Maior e, na sua falta,

    priso domiciliar. Reclamao julgada procedente para que o reclamante seja recolhido em priso domiciliar - cujo lodever ser especificado pelo Juzo reclamado -, salvo eventual transferncia para sala de Estado Maior. Sala de EstaMaior (L. 8.906, art. 7, V): caracterizao. Precedente: HC 81.632 (2 T., 20.08.02, Velloso, RTJ 184/640). Por EstaMaior se entende o grupo de oficiais que assessoram o Comandante de uma organizao militar (Exrcito, MarinAeronutica, Corpo de Bombeiros e Polcia Militar); assim sendo, sala de Estado-Maior o compartimento de qualqunidade militar que, ainda que potencialmente, possa por eles ser utilizado para exercer suas funes. A distino quedeve fazer que, enquanto uma cela tem como finalidade tpica o aprisionamento de algum -e, por isso, de recontm grades, uma sala apenas ocasionalmente destinada para esse fim. De outro lado, deve o local oferinstalaes e comodidades condignas, ou seja, condies adequadas de higiene e segurana." ( Rcl 4.535, Rel. Seplveda Pertence, julgamento em 7-5-07, Plenrio, DJE de 14-6-07). No mesmo sentido:HC 96.539, Rel. Ricardo Lewandowski, julgamento em 13-4-2010, Primeira Turma, DJE de 7-5-2010; Rcl 6.293, Rel. Min. Eros Gdeciso monocrtica, julgamento em 30-11-09, DJE de 10-12-09; Rcl 8.668-MC, Rel. Min. Crmen Lcia, dec

    http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=612210http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=612210http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((8551.NUME.%20OU%208551.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((7990.NUME.%20OU%207990.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((5212.NUME.%20OU%205212.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=(90707.NUME.%20OU%2090707.ACMS.)&base=baseAcordaoshttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((4535.NUME.%20OU%204535.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((7471.NUME.%20OU%207471.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((6387.NUME.%20OU%206387.DMS.)((ELLEN%20GRACIE).NORL.%20OU%20(ELLEN%20GRACIE).NPRO.))%20E%20S.PRES.&base=basePresidenciahttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((6387.NUME.%20OU%206387.DMS.)((ELLEN%20GRACIE).NORL.%20OU%20(ELLEN%20GRACIE).NPRO.))%20E%20S.PRES.&base=basePresidenciahttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=491200&idDocumento=&codigoClasse=349&numero=91089&siglaRecurso=&classe=HChttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=491200&idDocumento=&codigoClasse=349&numero=91089&siglaRecurso=&classe=HChttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((9980.NUME.%20OU%209980.DMS.)((RICARDO%20LEWANDOWSKI).NORL.%20OU%20(RICARDO%20LEWANDOWSKI).NPRO.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((9980.NUME.%20OU%209980.DMS.)((RICARDO%20LEWANDOWSKI).NORL.%20OU%20(RICARDO%20LEWANDOWSKI).NPRO.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=464556&idDocumento=&codigoClasse=403&numero=4535&siglaRecurso=&classe=Rclhttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=464556&idDocumento=&codigoClasse=403&numero=4535&siglaRecurso=&classe=Rclhttp://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=610577http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=610577http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((6293.NUME.%20OU%206293.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((8668.NUME.%20OU%208668.DMS.))%20E%20S.PRES.&base=basePresidenciahttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((8668.NUME.%20OU%208668.DMS.))%20E%20S.PRES.&base=basePresidenciahttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((8668.NUME.%20OU%208668.DMS.))%20E%20S.PRES.&base=basePresidenciahttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((6293.NUME.%20OU%206293.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=610577http://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=464556&idDocumento=&codigoClasse=403&numero=4535&siglaRecurso=&classe=Rclhttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((9980.NUME.%20OU%209980.DMS.)((RICARDO%20LEWANDOWSKI).NORL.%20OU%20(RICARDO%20LEWANDOWSKI).NPRO.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=491200&idDocumento=&codigoClasse=349&numero=91089&siglaRecurso=&classe=HChttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((6387.NUME.%20OU%206387.DMS.)((ELLEN%20GRACIE).NORL.%20OU%20(ELLEN%20GRACIE).NPRO.))%20E%20S.PRES.&base=basePresidenciahttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((7471.NUME.%20OU%207471.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((4535.NUME.%20OU%204535.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=(90707.NUME.%20OU%2090707.ACMS.)&base=baseAcordaoshttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((5212.NUME.%20OU%205212.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((7990.NUME.%20OU%207990.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((8551.NUME.%20OU%208551.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=612210
  • 8/7/2019 Estatuto Da Advocacia/OAB e o STF

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    monocrtica proferida pelo Presidente Min. Gilmar Mendes, julgamento em 21-7-09, DJE de 5-8-09.; Rcl 7.874-MC, Min. Carlos Britto, deciso monocrtica, julgamento em 15-4-09, Plenrio, DJE de 22-4-09; HC 95.332, Rel. Min. CrmLcia, julgamento em 31-3-09, 1 Turma, DJE de 30-4-09; Rcl 5.212,Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 27-03Plenrio, DJE de 30-5-08. Vide:Rcl 8.797-MC,Rel. Min. Ricardo Lewandowski, deciso monocrtica, julgamento em8-09, DJE de 20-8-09.

    "Advogado Condenao penal meramente recorrvel Priso cautelar Recolhimento a sala de Estado-Maior atrnsito em julgado da sentena condenatria Prerrogativa profissional assegurada pela Lei n. 8.906/94 (EstatutoAdvocacia, art. 7, V) Inexistncia, no local do recolhimento prisional, de dependncia que se qualifique como salaEstado-Maior Hiptese em que se assegura, ao Advogado, o recolhimento em priso domiciliar (EstatutoAdvocacia, art. 7, V, in fine) Supervenincia da Lei n. 10.258/2001 Inaplicabilidade desse novo diploma legislativoAdvogados Existncia, no caso, de antinomia solvel Superao da situao de conflito mediante utilizao do critda especialidade Prevalncia do Estatuto da Advocacia Confirmao das medidas liminares anteriormente deferidaPedido de habeas corpus deferido. O Estatuto da Advocacia (Lei n. 8.906/94), em norma no derrogada pela Le10.258/2001 (que alterou o art. 295 do CPP), garante, ao Advogado, enquanto no transitar em julgado a sentena pque o condenou, o direito de no ser recolhido preso (...), seno em sala de Estado-Maior (...) e, na sua falta, em pridomiciliar (art. 7, inciso V). Trata-se de prerrogativa de ndole profissional qualificvel como direito pblico subjetivoAdvogado regularmente inscrito na OAB que no pode ser desrespeitada pelo Poder Pblico e por seus agentes, membora cesse com o trnsito em julgado da condenao penal. Doutrina. Jurisprudncia. Essa prerrogativa profissiocontudo, no poder ser invocada pelo Advogado, se cancelada a sua inscrio (Lei n. 8.906/94, art. 11) ou, entosuspenso, preventivamente, o exerccio de sua atividade profissional, por rgo disciplinar competente (Lei n. 8.906art. 70, 3). A inexistncia, na comarca ou nas Sees e Subsees Judicirias, de estabelecimento adequadorecolhimento prisional do Advogado confere- lhe, antes de consumado o trnsito em julgado da sentena p

    condenatria, o direito de beneficiar-se do regime de priso domiciliar (RTJ169/271-274 RTJ184/640), no lhe seaplicvel, considerado o princpio da especialidade, a Lei n. 10.258/2001. Existe, entre o art. 7, inciso V, do EstatutoAdvocacia (norma anterior especial) e a Lei n. 10.258/2001 (norma posterior geral), que alterou o art. 295 do Csituao reveladora de tpica antinomia de segundo grau, eminentemente solvel, porque supervel pela aplicaocritrio da especialidade (lex posterior generalis non derogat priori speciali), cuja incidncia, no caso, tem a virtudepreservar a essencial coerncia, integridade e unidade sistmica do ordenamento positivo (RTJ172/226-227), permitiassim, que coexistam, de modo harmonioso, normas em relao de (aparente) conflito. Doutrina. Conseqsubsistncia, na espcie, no obstante o advento da Lei n. 10.258/2001, da norma inscrita no inciso V do art. 7Estatuto da Advocacia, ressalvada, unicamente, por inconstitucional (ADI 1.127/DF), a expresso assim reconhecidas OAB constante de referido preceito normativo. Concesso, no entanto, de ofcio, e em maior extenso, da ordemhabeas corpus, para assegurar, aos pacientes, o direito de aguardar, em liberdade, o julgamento definitivo da capenal, eis que precariamente motivada a deciso que lhes decretou a priso cautelar." ( HC 88.702, Rel. Min. CelsoMello, julgamento em 19-9-06, 2 Turma, DJ de 24-11-06). VIDE: HC 102.981, Rel. Min. Crmen Lcia, dec

    monocrtica, julgamento em 5-4-10, DJE de 14-4-10.

    A priso do advogado em sala de Estado Maior garantia suficiente para que fique provisoriamente detido em condicompatveis com o seu mnus pblico. (ADI 1.127,Rel. p/ o ac. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 17-5-20Plenrio, DJE de 11-6-2010.)

    "Improcedncia da alegao de que o paciente, dada a sua condio profissional de advogado (Lei 8.906/94), somepode ser recolhido priso aps o trnsito em julgado da sentena condenatria." ( HC 81.347, Rel. Min. Carlos Vell

    julgamento em 1-4-03, 2 Turma, DJde 9-5-03)

    "Advogado. Priso provisria. Sala de Estado-Maior. Prerrogativa de classe. Recolhimento em distrito policial. Cela no atende a requisitos legais. Situao demonstrada por documentos e reconhecida pelo Superior Tribunal de Justiaoutro processo. Dilao probatria. Desnecessidade. Priso domiciliar deferida. Habeas corpus impetrado contra acdo Superior Tribunal de Justia que, em reclamao, rejeitou o argumento de inobservncia da ordem deferida no

    15.873-STJ em favor do paciente, advogado, a fim de que fosse transferido para local condizente com as prerrogatlegais da classe. Alegao de simples deslocamento de um distrito policial para outro, mantidas as condiincompatveis com a priso especial garantida por lei. Bacharel em direito, regularmente inscrito na Ordem Advogados do Brasil. Lei 8.906/94, artigo 7, inciso V. Recolhimento em sala de Estado-Maior, at o trnsito em julgda sentena penal condenatria. Direito pblico subjetivo, decorrente de prerrogativa profissional, que no admite negado Estado, sob pena de deferimento de priso domiciliar. Incompatibilidade do estabelecimento prisional em que recolo paciente, demonstrada documentalmente pela Ordem dos Advogados do Brasil-SP e reconhecida pelo Superior Tribude Justia no HC 16.056. Necessidade de dilao probatria para o deferimento do writ. Alegao improcedente. Ordeferida para assegurar ao paciente seu recolhimento em priso domiciliar." (HC 81.632, Rel. p/ o ac. Min. MauCorra, julgamento em 20-8-02, 2 Turma, DJde 21-3-03)

    "Advogado Condenao penal recorrvel Direito a priso especial Prerrogativa de ordem profissional (L

    http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((7874.NUME.%20OU%207874.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=590432&pgI=1&pgF=100000http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=530421http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=530421http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((8797.NUME.%20OU%208797.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((8797.NUME.%20OU%208797.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=392252&idDocumento=&codigoClasse=349&numero=88702&siglaRecurso=&classe=HChttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((102981.NUME.%20OU%20102981.DMS.)((CRMEN%20L%DA%83IA).NORL.%20OU%20(CRMEN%20L%DA%83IA).NPRO.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=612210http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=612210http://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=78710&idDocumento=&codigoClasse=349&numero=81347&siglaRecurso=&classe=HChttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=78814&idDocumento=&codigoClasse=349&numero=81632&siglaRecurso=&classe=HChttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=78814&idDocumento=&codigoClasse=349&numero=81632&siglaRecurso=&classe=HChttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=78710&idDocumento=&codigoClasse=349&numero=81347&siglaRecurso=&classe=HChttp://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=612210http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((102981.NUME.%20OU%20102981.DMS.)((CRMEN%20L%DA%83IA).NORL.%20OU%20(CRMEN%20L%DA%83IA).NPRO.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=392252&idDocumento=&codigoClasse=349&numero=88702&siglaRecurso=&classe=HChttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((8797.NUME.%20OU%208797.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=530421http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=590432&pgI=1&pgF=100000http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((7874.NUME.%20OU%207874.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticas
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    slao Anotada - Leis Infraconstitucionais - Verso Integral :: STF - Supremo Tribunal Federal

    //www.stf.jus.br/portal/legislacaoAnotadaAdiAdcAdpf/verLegislacao.asp?lei=375[22/3/2011 15:10:52]

    8.906/94). O Advogado tem o insuprimivel direito, uma vez efetivada a sua priso, e at o trnsito em julgado da decpenal condenatria, de ser recolhido a sala de Estado-Maior, com instalaes e comodidades condignas (Lei n. 8.906art. 7, V). Trata-se de prerrogativa de ordem profissional que no pode deixar de ser respeitada, muito embora cecom o trnsito em julgado da condenao penal. Doutrina e jurisprudncia. O recolhimento do Advogado a priso especonstitui direito pblico subjetivo outorgado a esse profissional do Direito pelo ordenamento positivo brasileiro, cabendo opor-lhe quaisquer embaraos, desde que a deciso penal condenatria ainda no se tenha qualificado pnota da irrecorribilidade. A inexistncia, na comarca, de estabelecimento adequado ao recolhimento prisionalAdvogado, antes de consumado o trnsito em julgado da condenao penal, confere-lhe o direito de beneficiar-seregime de priso domiciliar." (HC 72.465, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 5-9-95, 1 Turma, DJ de 24-11-No mesmo sentido:Rcl 9.334, Rel. Min. Joaquim Barbosa, deciso monocrtica, julgamento em 4-11-09, DJE de

    11-09; Rcl 8.853-MC,Rel. Min. Crmen Lcia, deciso monocrtica, julgamento em 27-8-09, DJE de 4-9-09.VI - ingressar livremente:

    a) nas salas de sesses dos tribunais, mesmo alm dos cancelos que separam a parte reservada amagistrados;

    b) nas salas e dependncias de audincias, secretarias, cartrios, ofcios de justia, servios notariaide registro, e, no caso de delegacias e prises, mesmo fora da hora de expediente e independentemeda presena de seus titulares;

    c) em qualquer edifcio ou recinto em que funcione repartio judicial ou outro servio pblico ondadvogado deva praticar ato ou colher prova ou informao til ao exerccio da atividade profissiondentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor

    empregado;d) em qualquer assemblia ou reunio de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perantqual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais;

    VII - permanecer sentado ou em p e retirar-se de quaisquer locais indicados no inciso anterndependentemente de licena;

    VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente horrio previamente marcado ou outra condio, observando-se a ordem de chegada;

    X - sustentar oralmente as razes de qualquer recurso ou processo, nas sesses de julgamento, apvoto do relator, em instncia judicial ou administrativa, pelo prazo de quinze minutos, salvo se prmaior for concedido; (Vide ADI 1.127)

    A sustentao oral pelo advogado, aps o voto do Relator, afronta o devido processo legal, alm de poder cautumulto processual, uma vez que o contraditrio se estabelece entre as partes. (ADI 1.127,Rel. p/ o ac. Min. RicaLewandowski, julgamento em 17-5-2006, Plenrio, DJE de 11-6-2010.)

    X - usar da palavra, pela ordem, em qualquer juzo ou tribunal, mediante interveno sumria, pesclarecer equvoco ou dvida surgida em relao a fatos, documentos ou afirmaes que influam ulgamento, bem como para replicar acusao ou censura que lhe forem feitas;

    XI - reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juzo, tribunal ou autoridade, contrnobservncia de preceito de lei, regulamento ou regimento;

    XII - falar, sentado ou em p, em juzo, tribunal ou rgo de deliberao coletiva da Administrao Pblou do Poder Legislativo;

    XIII - examinar, em qualquer rgo dos Poderes Judicirio e Legislativo, ou da Administrao Pblica geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procurao, quando no estejam sujeia sigilo, assegurada a obteno de cpias, podendo tomar apontamentos;

    direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, j documentados procedimento investigatrio realizado por rgo com competncia de polcia judiciria, digam respeito ao exercciodireito de defesa. (Smula Vinculante 14)

    O art. 7, XIII, da Lei 8.906/94 estabelece que direito do advogado examinar, em qualquer rgo dos Poderes Judice Legislativo, ou da Administrao Pblica em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sprocurao, quando no estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obteno de cpias, podendo tomar apontamentObservo, no entanto, que o advogado que subscreveu a petio no representa nenhuma das partes do presprocesso, o que impede seja deferida vista dos autos fora de cartrio ou secretaria de Tribunal (art. 40, I, do CPC).

    http://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=73784&idDocumento=&codigoClasse=349&numero=72465&siglaRecurso=&classe=HChttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((9334.NUME.%20OU%209334.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((8853.NUME.%20OU%208853.DMS.)((CRMEN%20L%DA%83IA).NORL.%20OU%20(CRMEN%20L%DA%83IA).NPRO.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((8853.NUME.%20OU%208853.DMS.)((CRMEN%20L%DA%83IA).NORL.%20OU%20(CRMEN%20L%DA%83IA).NPRO.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=612210http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=612210http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=612210http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=612210http://hstf//arquivo/informativo/documento/informativo427.htmhttp://hstf//arquivo/informativo/documento/informativo427.htmhttp://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=612210http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=612210http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((8853.NUME.%20OU%208853.DMS.)((CRMEN%20L%DA%83IA).NORL.%20OU%20(CRMEN%20L%DA%83IA).NPRO.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((9334.NUME.%20OU%209334.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=73784&idDocumento=&codigoClasse=349&numero=72465&siglaRecurso=&classe=HC
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    562.980, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, deciso monocrtica, julgamento em 28-5-09, DJE de 4-6-09)

    (...) observo que os elementos produzidos na presente sede reclamatria parecem evidenciar a alegada transgressoenunciado da Smula Vinculante n 14/STF, revelando-se suficientes para justificar, na espcie, o acolhimentopretenso cautelar deduzida pelo reclamante. Com efeito, e como tenho salientado em muitas decises proferidasSupremo Tribunal Federal, o presente caso pe em evidncia, uma vez mais, situao impregnada de alto relevo jurdconstitucional, consideradas as graves implicaes que resultam de injustas restries impostas ao exerccio,plenitude, do direito de defesa e prtica, pelo Advogado, das prerrogativas profissionais que lhe so inerentes 8.906/94, art. 7, incisos XIII e XIV). (...) O que no se revela constitucionalmente lcito, segundo entendo, impedir quindiciado tenha pleno acesso aos dados probatrios, que, j documentados nos autos (porque a estes formalmeincorporados), veiculam informaes que possam revelar-se teis ao conhecimento da verdade real e conduodefesa da pessoa investigada (como no caso) ou processada pelo Estado, ainda que o procedimento de persecupenal esteja submetido a regime de sigilo. Sendo assim, em face das razes expostas, e considerando, aindafundamentos que venho de mencionar, defiro o pedido de medida liminar, em ordem a garantir, ao ora reclamante, intermdio de seu Advogado regularmente constitudo (...) o direito de acesso aos autos de inqurito policial no qual figcomo investigado (...). (Rcl 8.225-MC,Rel. Min. Celso de Mello, deciso monocrtica, julgamento em 26-5-09, DJE d6-09). No mesmo sentido: Rcl 8.368-MC, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, deciso monocrtica, julgamento em 09, DJE de 16-6-09.

    O advogado (...) requer a retirada de cpias de peas destes autos para estudo comparativo de teses jurdicas (...).Observo, no entanto, que o requerente no representa nenhuma das partes do presente processo, o que impede sdeferida vista dos autos fora de cartrio ou secretaria de Tribunal (art. 40, I, do CPC). Isso posto, defiro o pedidoextrao de cpias, que devero ser obtidas, s expensas do requerente, junto Secretaria deste Tribunal e sem retirdos autos. (RE 582.383, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, deciso monocrtica, julgamento em 14-4-09, DJE de 6-5-0

    "Superior Tribunal Militar. Cpia de processos e dos udios de sesses. Fonte histrica para obra literria. mbitoproteo do direito informao (art. 5, XIV da Constituio Federal). No se cogita da violao de direitos previstosEstatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (art. 7, XIII, XIV e XV da L. 8.906/96), uma vez que os impetrantes requisitaram acesso s fontes documentais e fonogrficas no exerccio da funo advocatcia, mas como pesquisadoA publicidade e o direito informao no podem ser restringidos com base em atos de natureza discricionria, saquando justificados, em casos excepcionais, para a defesa da honra, da imagem e da intimidade de terceiros ou quaa medida for essencial para a proteo do interesse pblico. A coleta de dados histricos a partir de documentos pble registros fonogrficos, mesmo que para fins particulares, constitui-se em motivao legtima a garantir o acesso a informaes. No caso, tratava-se da busca por fontes a subsidiar elaborao de livro (em homenagem a advogadefensores de acusados de crimes polticos durante determinada poca) a partir dos registros documentais e fonogrfde sesses de julgamento pblico. No configurao de situao excepcional a limitar a incidncia da publicidade documentos pblicos (arts. 23 e 24 da L. 8.159/91) e do direito informao. Recurso ordinrio provido." ( RMS 23.Rel. Min. Nelson Jobim, julgamento em 28-3-06, DJ de 25-8-06)

    XIV - examinar em qualquer repartio policial, mesmo sem procurao, autos de flagrante e de inqurfindos ou em andamento, ainda que conclusos autoridade, podendo copiar peas e tomar apontament

    direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, j documentadosprocedimento investigatrio realizado por rgo com competncia de polcia judiciria, digam respeito ao exercciodireito de defesa. (Smula Vinculante 14)

    Requerem a concesso de provimento cautelar, para que se determine a vista e autorizao para a extrao de cointegral dos autos do inqurito policial (...). Consoante as informaes prestadas pelo magistrado de primeira instnregistro que o prprio ato atacado restringiu o acesso dos reclamantes ao inqurito policial somente em relaoinvestigaes no efetivadas, sendo que a vista de tais elementos de prova frustraria o andamento das investigaAdemais, foi decretado segredo de justia quanto aos dados qualificativos das testemunhas cujas declaraes encontrse acostadas aos autos, visto que h notcia nos autos do fundado temor de sofrerem atentados ou represlias. Ao fimdeferida em parte a vista dos autos pelos reclamantes devidamente constitudos como advogados nos autos indiciado, sendo vedado apenas o acesso s diligncias ainda em curso ou aos dados qualificativos das testemuncujas declaraes j foram acostadas. Desse modo, no vislumbro a presena do requisito do fumus boni iuris paconcesso da tutela pleiteada. (Rcl 9.853, Rel. Min. Ellen Gracie, deciso monocrtica, julgamento em 15-3-10, DJE5-4-10)

    (...) observo que os elementos produzidos na presente sede reclamatria parecem evidenciar a alegada transgressoenunciado da Smula Vinculante n 14/STF, revelando-se suficientes para justificar, na espcie, o acolhimentopretenso cautelar deduzida pelo reclamante. Com efeito, e como tenho salientado em muitas decises proferidasSupremo Tribunal Federal, o presente caso pe em evidncia, uma vez mais, situao impregnada de alto relevo jurdconstitucional, consideradas as graves implicaes que resultam de injustas restries impostas ao exerccio,

    http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((562980.NUME.%20OU%20562980.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((8225.NUME.%20OU%208225.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((8225.NUME.%20OU%208225.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((8368.NUME.%20OU%208368.DMS.)(RICARDO%20LEWANDOWSKI.NORL.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((582383.NUME.%20OU%20582383.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=115926&idDocumento=&codigoClasse=427&numero=23036&siglaRecurso=&classe=RMShttp://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=jurisprudenciaSumulaVinculantehttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((9853.NUME.%20OU%209853.DMS.)((ELLEN%20GRACIE).NORL.%20OU%20(ELLEN%20GRACIE).NPRO.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((9853.NUME.%20OU%209853.DMS.)((ELLEN%20GRACIE).NORL.%20OU%20(ELLEN%20GRACIE).NPRO.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=jurisprudenciaSumulaVinculantehttp://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=115926&idDocumento=&codigoClasse=427&numero=23036&siglaRecurso=&classe=RMShttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((582383.NUME.%20OU%20582383.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((8368.NUME.%20OU%208368.DMS.)(RICARDO%20LEWANDOWSKI.NORL.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((8225.NUME.%20OU%208225.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticashttp://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=((562980.NUME.%20OU%20562980.DMS.))%20NAO%20S.PRES.&base=baseMonocraticas
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    plenitude, do direito de defesa e prtica, pelo Advogado, das prerrogativas profissionais que lhe so inerentes 8.906/94, art. 7, incisos XIII e XIV). (...) O que no se revela constitucionalmente lcito, segundo entendo, impedir quindiciado tenha pleno acesso aos dados probatrios, que, j documentados nos autos (porque a estes formalmeincorporados), veiculam informaes que possam revelar-se teis ao conhecimento da verdade real e conduodefesa da pessoa investigada (como no caso) ou processada pelo Estado, ainda que o procedimento de persecupenal esteja submetido a regime de sigilo. Sendo assim, em face das razes expostas, e considerando, aindafundamentos que venho de mencionar, defiro o pedido de medida liminar, em ordem a garantir, ao ora reclamante, intermdio de seu Advogado regularmente constitudo (...) o direito de acesso aos autos de inqurito policial no qual figcomo investigado (...). (Rcl 8.225-MC,Rel. Min. Celso de Mello, deciso monocrtica, julgamento em 26-5-09, DJE d6-09). No mesmo sentido: Rcl 8.368-MC, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, deciso monocrtica, julgamento em

    09, DJE de 16-6-09."Advogado. Investigao sigilosa do Ministrio Pblico Federal. Sigilo inoponvel ao patrono do suspeito ou investigaInterveno nos autos. Elementos documentados. Acesso amplo. Assistncia tcnica ao cliente ou constituPrerrogativa profissional garantida. Resguardo da eficcia das investigaes em curso ou por fazer. Desnecessidadeconstarem dos autos do procedimento investigatrio. HC concedido. Inteligncia do art. 5, LXIII, da CF, art. 20 do Cart. 7, XIV, da Lei n. 8.906/94, art. 16 do CPPM, e art. 26 da Lei n. 6.368/76 Precedentes. direito do advogasuscetvel de ser garantido por habeas corpus, o de, em tutela ou no interesse do cliente envolvido nas investigaesacesso amplo aos elementos que, j documentados em procedimento investigatrio realizado por rgo com competde polcia judiciria ou por rgo do Ministrio Pblico, digam respeito ao constituinte." (HC 88.190, Rel. Min. CePeluso, julgamento em 29-8-06, DJ de 6-10-06). No mesmo sentido:Rcl 8.529-MC, Rel. Min. Ricardo Lewandowdeciso monocrtica, julgamento em 30-6-09, DJE de 3-8-09.

    XV - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartrio ourepartio competente, ou retir-los pelos prazos legais;

    "Servidor pblico. Processo administrativo disciplinar. Advogado: vista dos autos. Ao servidor sujeito a proceadministrativo disciplinar assegurado o direito de defesa, que h de ser amplo. Lei 8.112/90, art. 153. O advogregularmente constitudo tem direito a ter vista do processo administrativo disciplinar, na repartio competente, ou relo pelo prazo legal. Lei 8.906/94, art. 7, XV. Mandado de Segurana deferido." (MS 22.921, Rel. Min. Carlos Vell

    julgamento em 5-6-02, Plenrio, DJde 28-6-02)

    XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem procurao, pelo prazo de dez dias;

    XVII - ser publicamente desagravado, quando ofendido no exerccio da profisso ou em razo dela;

    XVIII - usar os smbolos privativos da profisso de advogado;

    XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sofato relacionado com pessoa de quem seja ou