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Distribuição Gratuita Edição: 183 - junho 2018 Jornal A Gaxéta (11) 9-7254-3676 agaxéta agaxeta Página: 10 ESTÃO CHEGANDO AS ELEIÇÕES DE 2018. NUM ATO MÁGICO, AS RAPOSAS TRANSFORMARAM- SE EM HIENAS. ESTÃO BRAVAS E AFLITAS! VOTE NA BOA! ESTÃO CHEGANDO AS ELEIÇÕES DE 2018. NUM ATO MÁGICO, AS RAPOSAS TRANSFORMARAM- SE EM HIENAS. ESTÃO BRAVAS E AFLITAS! VOTE NA BOA! Orixá da Justiça, da Ordem e da Lei, confia em você nessas eleições ! QUER MONTAR UM TERREIRO DE UMBANDA OU CANDOMBLÉ? ENTÃO, TENHA CULHÕES PARA ISSO ! Dia 14/06 Início da 21ª Copa do Mundo Rússia Fique espert@!

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Page 1: ESTÃO CHEGANDO AS ELEIÇÕES DE 2018. UM ATO … · principalmente o segredo do fogo que pertencia so-mente a Oyá, que ela lhe ensina e lhe dá este poder e outros, por paixão

Distribuição Gratuita Edição: 183 - junho 2018Jornal A Gaxéta (11) 9-7254-3676agaxétaagaxeta

Página: 10

ESTÃO CHEGANDO AS ELEIÇÕES DE 2018. NUM ATO MÁGICO, AS RAPOSAS TRANSFORMARAM-SE EM HIENAS.

ESTÃO BRAVAS E AFLITAS!VOTE NA BOA!

ESTÃO CHEGANDO AS ELEIÇÕES DE 2018. NUM ATO MÁGICO, AS RAPOSAS TRANSFORMARAM-SE EM HIENAS.

ESTÃO BRAVAS E AFLITAS!VOTE NA BOA!

Orixá da Justiça, da Ordem e da Lei,

confi a em você nessas eleições !

QUER MONTAR UM

TERREIRO DE UMBANDA OU CANDOMBLÉ? ENTÃO, TENHA

CULHÕES PARA ISSO !

Dia 14/06Início da

21ª Copa do Mundo Rússia Fique espert@!

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Jornal A Gaxéta2

1-CriticidadeEm nossos artigos as abordagens são sempre feitas com re-finado senso crítico, privilegiando a ver-dade, a ética e bus-cando desmistificar o conceito de que importantes são os que TEM, para valorizar os que SÃO. Desta forma não estimulamos as ‘aparências’, mas tentamos ressaltar as ‘essências’ dos atos e situações que publicamos;

2- (Im)parcialidadeTrabalhamos de forma estar trilhan-do nos caminhos da imparcialidade, apesar de termos consciência de que somos fiéis aos Cultos Afros (Umbanda e Candomblé) e aos Direitos Humanos, o que caracteriza ‘parcialidade’. Esta atitude miscigenada se justifica pela ausên-cia de direitos e de igualdade de oportuni-dades dos segmentos em destaque;

3- ExcelênciaO sucesso de nos-so trabalho se dá pelo pioneirismo de nossa proposta, pela credibilidade de nossos informes e pela responsabi-lidade de ‘formar opinião’, levando nossos leitores a uma visão real, coerente e panorâmica das necessidades. Nossa meta é polemizar;

4- Formação de Opinião Além de universalizar

os acontecimentos, denunciar e buscar espaços de Igual-dade, temos como ALVOS as crianças e os jovens, com a responsável pro-posta de formar opiniões centradas, objetivas e sem tendenciosidade. Fiéis multiplicadores.

5 - ReportagensElaboramos repor-tagens com muito cuidado e teor jorna-lístico, priorizando a comunicação visual.

14 anosNossos Valores

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ODE ODENTA(O caçador lança sua flecha)

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Ministério Público do Trabalho recomenda à Rede Globo a devida representação racial em novela

A EMPRESA TERÁ 10 DIAS PARA ATENDER MEDIDAS, QUE VISAM O RESPEITO À IGUALDADE.

O Ministério Público do Trabalho (MPT), por meio da Coordenadoria Nacional de Promoção de Igualdade de Oportunidade e

Eliminação da Discriminação no Trabalho (Coor-digualdade), enviou à Rede Globo uma notifi cação recomendatória, devido a repercussão da estreia da novela “Segundo Sol”, que será exibida no horário nobre. Ambientada na Bahia, estado com o maior percentual de população negra do Brasil – segundo dados do Mapa de Distribuição Espacial da Popu-lação (IBGE 2013) –, a novela tem sido alvo de críticas pelo baixo número de atores negros em seu elenco.

O MPT entende que o não espelhamento da socie-dade nos programas televisivos gera a perpetuação da exclusão e reafi rma estereótipos de limitação de espa-

ços a serem ocupados pela população negra. O Esta-tuto da Igualdade Racial, recomenda ao Poder Público a promoção de ações que assegurem a igualdade de oportunidades no mercado de trabalho para a popu-lação negra, inclusive mediante a implementação de medidas visando à promoção da igualdade nas contra-tações do setor público e o incentivo à adoção de me-didas similares nas empresas e organizações privadas.

O caso chegou ao MPT por meio do grupo de Tra-balho de Raça, da Coordigualdade, de que uma no-vela que se passa na Bahia não estaria observando o respeito à representatividade negra, violando inclusive normas de promoção da igualdade do estado do RJ e da Bahia. “Decidimos expedir essa nota, com o fi m de mostrar a importância de a empresa respeitar a diver-sidade racial. Apesar de ser uma obra artística e uma obra aberta, consideramos que ela tem como obri-gação incluir atores negros em proporção sufi ciente para uma real representação da sociedade”, explicou a coordenadora nacional da Coordigualdade, Valdirene Silva de Assis.

Ela acrescentou que o objetivo é ainda mais amplo, pois prevê um conjunto de ações, para que a igualdade racial seja respeitada não somente na representativi-dade da novela, mas em todo o ambiente de trabalho da empresa.

A procuradora do MPT no RJ Luciana Tostes, que também integra o GT de raça, destaca ainda que a de-cisão de emitir a recomendação veio antes mesmo da denúncia recebida por aquela unidade do MPT, feita por representantes do movimento negro, mas que a reação dos movimentos negros é fundamental para uma promoção da igualdade de fato.

Recomendações - No documento, o MPT realiza 14 recomendações à empresa, tais como: elaboração de um Plano de Ação que contemple medidas para garantir a inclusão, a igualdade de oportunidades e de remuneração da população negra nas relações de trabalho; a realização imediata de um censo entre os trabalhadores que prestam serviços à empresa, com re-corte de raça/cor e gênero; um levantamento da quan-tidade de artistas negros e negras que aparecem em telenovelas, séries, propagandas, programas de entre-tenimento, entre outros produtos, produzidos pela em-presa bem como o de jornalistas e comentaristas; pro-moção interna e externa de ações de conscientização sobre o racismo na sociedade; abster-se de reproduzir situações de representações negativas ou estereótipos da pessoa negra que sustentam as ações de negação simbólica e as diversas formas de violência.

Quanto a novela “Segundo Sol”, o MPT recomen-dou a realização de adequações necessárias no roteiro e produção a fi m de assegurar a participação de atores e atrizes negros e negras de forma que represente a diversidade étnico-racial da sociedade brasileira. A empresa deverá comprovar as providências adotadas em relação a nova novela no prazo de 10 dias. Quan-to aos demais tópicos a empresa terá 45 dias, para a apresentação de cronograma de trabalho, inclusive informando as grades de horários para veiculação das campanhas institucionais pertinentes.

Caso as recomendações sejam descumpridas, cabe ao Ministério Público convocar a empresa para prestar esclarecimentos em audiência e, eventualmente, fi r-mar termo de compromisso de ajustamento de condu-ta, ou propor ação judicial cabível.

MINISTÉRIO PÚBLICO DO RIO DE JANEIRO

� FOTO: INTERNET

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3Jornal A Gaxéta

O que notamos nesse primeiro período yoru-bano, é que na realidade, o que se fala de Sàngó, e a sua história nos Candomblés do

Brasil, e de outros acima descritos, é incorreto, le-vando os fi éis a crer em fatos irreais.

Inicialmente, averiguamos que Odùduwà é um Òrìsà funfun masculino e único, é o pai do povo yo-rubano e não uma simples “qualidade” de Òrìsànlá ou seja, são divindades totalmente distintas, in-clusive, não se suportavam, pelos fatos vistos; e que também Ìyá Olóòkun, é um Òrìsà feminino e a Dona do Mar, portanto da água salgada, é quem governa os oceanos e não o Òrìsà Yemojá, “Se-nhora do rio Yemojá e do rio Ògùn”, divindade de água doce, e muito menos mãe de Ògún e de outros fi lhos Òrìsà à ela atribuídos. Notar a acentuação di-ferente no nome do Òrìsà Ògún e do rio, pois são palavras distintas.

Quanto a Sàngó, demonstramos que foi um mor-tal em sua vida no Àiyé, portanto quando morreu, tornou-se um egún, pois seus pais eram mortais. O que ocorreu em sua vida, foi que uma de suas es-posas, e a única que o acompanhou em sua fuga de Oyó, era a divindade Oyá, loucamente apaixonada por ele, e no instante de sua morte ela o pega com o seu poder de Òrìsà e o conduz diretamente a Oló-dùmarè, e por insistência de Oyá, Ele o “ressuscita” como uma divindade, já que em vida, Oya, perdida de amores, ensina-lhe vários segredos dos Òrìsà, principalmente o segredo do fogo que pertencia so-mente a Oyá, que ela lhe ensina e lhe dá este poder

e outros, por paixão.Esta afi rmação é facilmente notada, pois Sàngó

é a única divindade do panteão que é assentada de forma material completamente diferente, isto é, em madeira, numa gamela sobre um pilão, sua roupa ritual é composta de várias tiras de panos, coloridas e soltas, caindo sobre as pernas, que lembra perfei-tamente o tipo de roupa usada pelos Bàbá Egúngún (ancestrais) e seu animal preferido para sacrifício é também o mesmo dos egún, dos mortos comum, o carneiro; existe também outras minúcias, que aqui não cabe mencionar.

Nos Candomblés, citam Ajaká e Aganju como sendo “qualidades” de Sàngó, que agora sabemos isto não é possível, pois, Ajaká é seu meio irmão e Aganju é fi lho de Dadá Ajaká, portanto seu sobri-nho, notoriamente pessoas mortais e completamen-te distintas, que fazem parte da família de Sàngó, mas não tiveram a honra de tornarem-se Òrìsà, mas são ancestrais ilustres. Também no Brasil, faz-se uma cerimônia chamada de “Coroa de Dadá” ou “Adê Baiani”. A coroa é levada ritualmente em uma charola durante as festas do ciclo de Sàngó chamada de Banni ou lyamasse, que representa a mãe de Sàngó. Ora, sabemos que quem usou este ade foi, Ajaká, apelidado de Dadá, de quem Sàngó lhe roubou o trono, e que a mãe de Sàngó foi Toro-sí, fi lha de Elémpe, rei dos Tapa, e que ela não tem nenhuma importância teológica, somente histórica, por ter sido mãe de um Aláàfi n.

Não estamos desmerecendo e nem tampouco des-prestigiando o Òrìsà Sàngó, somente tentamos elucidar fatos notoriamente conhecidos na terra dos Yorubas, sob os aspectos históricos, através da tradição oral, e divino que se convergem e se conservam na grandiosi-dade de Sàngó. NOTA* : Os mitos e/ou fatos relatados, são baseados em dados religiosos, por vezes dogmáticos, que pertencem ao corpo da tradi-ção oral yorubana. Sob o ponto de vista científi co, são considera-dos parcialmente históricos, pois não são dados comprovados por documentos e nem tampouco pela arqueologia, que pouco investiu, os “pouquíssimos” artefatos que foram achados e datados pelo carbono 14, são de datas recentes, perto da longínqua História da Civilização Yoruba. No contraponto, em nenhum momento afi r-mamos que não exista a História dos Yorubas, isto sim, seria um absurdo afi rmar. A tradição oral pode ser contraditória e a cro-nologia praticamente inexistente, pela forma cultural dos yorubas mensurarem o tempo, mas jamais poderá ser negligenciada e nem tampouco rejeitada.

AULO BARRETTI FILHO

� IMAGEM: INTERNET

XangôUm mortal nascido de uma Mãe mortal e um Pai semideus

Sàngó, que cresceu nas terras dos Tapas ( Nupe), local de origem de Torosí,

sua mãe, e mais tarde se insta-lou na cidade de Kòso, mesmo rejeitado pelo povo por ser vio-lento e incontrolável, mas sendo tirânico, se aclamou como Obá Kòso. Mais tarde, com seus seguidores, se estabeleceu em Oyó, num bairro que recebeu o mesmo nome da cidade que vi-veu, Kòso, e com isso manteve seu titulo de Oba Kòso. Sàngó percebendo a fraqueza de seu irmão e sendo astuto e ávido por poder, destrona Ajaká e torna-se o terceiro Aláàfi n de Oyó.

Ajaká, também chamado de Dadá, exilado, sai de Oyó para reinar numa cidade menor, Igboho ,vizinha de Oyó, e não

poderia mais usar a coroa real de Oyó. E, com vergonha por ter sido deposto, jura que neste seu reinado vai usar uma outra coroa (ade), que lhe cubra seus olhos envergonhados e que somente irá tira-la quando ele puder usar novamente o ade que lhe foi roubado. Esta coroa que Dadá Ajaká passa a usar, é rodeada por vários fi os ornados de búzios no lugar das contas preciosas do Ade Real de Oyó, e esta chama-se Ade Bayánni (ver foto). Dadá Ajaká então casa-se e tem um fi lho que chama-se Aganju, que vem a ser sobrinho de Sàngó.

Sàngó reina durante sete anos sobre Oyó e com intenso remor-so das inúmeras atrocidades co-metidas e com o povo revoltado, ele abandona o trono de Oyó e

se refugia na terra natal de sua mãe, em Tapa. Após um tempo, suicida-se, enforcando-se numa árvore chamada de àyòn (àyàn) na cidade de Kòso. Com o fato consumado, Dadá Ajaká volta à Oyó e reassume o trono, retira então o Ade Bayánni e passa a usar o Ade Aláàfi n, tornando-se então o quarto Aláàfi n de Oyó. Após sua morte, assume o trono seu fi lho Aganju, neto de Òràn-míyàn e sobrinho de Sàngó, tornando-se o quinto Aláàfi n de Oyó.

Com Aganju, termina o pri-meiro período da formação dos povos yorubas e após seu reina-do se dá inicio ao segundo perío-do, o dos reis históricos. Vimos: “De Ifé até Oyó, de Odùduwà a Aganju, passando por Sàngó.”

Ajaká AULO BARRETTI FILHO - JUNHO DE 1984 ADÉ BAYÁNNI, TIPO DE COROA USADA POR DADÁ AJAKÁ, DURANTE SEU EXÍLIO NA CIDADE DE IGBOHO.

O ALÁÀFIN DE OYÓ, O OBÁ AJAKÁ, MEIO IRMÃO DE SÀNGÓ, ERA MUITO PACÍFICO, APÁTICO E NÃO REALIZAVA UM BOM GOVERNO.

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5Jornal A Gaxéta

Òpá Òrànmíyàn: o grande monólito de granito com ferro incrustado na forma de

botões, com 5,27 metros de altura, artefato considerado uma relíquia de Òrànmíyàn, para alguns ele “entrou na terra” neste lugar e foi para o Orún, de onde nunca mais voltou, ou ainda, transformou seu Òpá fi ncando-o no chão e surgindo então, o monólito para ser lembrado e reverenciado.

Na festa anual de Olójó, em Ilê-Ifé, são celebradas homenagens e sacrifícios à Odùduwà, Ògún e Òràn-míyàn, alguns participantes pintam seus corpos do lado direito de branco, a cor da pele do albino Odùduwà e do lado esquerdo de preto, a cor da pele negra de Ògún, desta forma represen-tam Òrànmíyàn, assim como conta o mito sobre seus dois pais.

ÒrànmíyànApós grandes vitórias, Òrànmíyàn

torna-se o braço direito de seu pai em Ilê-Ifê, pois seus outros irmãos fo-ram povoar regiões distantes, menos Obàlùfan Ògbógbódirin. Odùduwà ordena então que Òrànmíyàn conquiste terras ao norte de Ifé, mas Òrànmíyàn não consegue cumprir a tarefa e sai derrotado e, com vergonha de encarar

seu pai, não volta mais a Ifé, com isso funda uma nova cidade e lhe dá o nome de Oyó, tornando-se o primeiro Oba Aláàfi n de Oyó.

Casado com Morèmi, uma bela mortal ,nativa de Òfà ,que se tornou mais tarde uma heroína em Ilê-Ifé, da qual tem um fi lho, que recebe o nome de Ajaká. Após algum tempo, Òràn-míyàn investe em novas conquistas e volta a guerrear contra a Nação dos Tapas, onde havia sido derrotado, mas desta vez consegue uma grande vitória sobre Elémpe, na época rei dos Tapas. Por sua derrota, Elémpe entrega-lhe sua fi lha Torosí, para que se case com ele. Retornando a Oyó, Òrànmíyàn casa-se com Torosí e com ela tem um fi lho, chamado de Sàngó, um mortal, nascido de uma mãe mortal e um pai semideus, portanto com ascendentes divinos por parte de pai.

Após este período com inúmeras vitórias, a cidade de Oyó torna-se um poderoso império, Òrànmíyàn, presti-giado e redimido de sua vergonha, vol-ta para Ilê-Ifé, deixando em seu lugar, em Oyó, o príncipe coroado, seu fi lho Ajaká, que torna-se o segundo Aláàfi n de Oyó.

Em uma de suas conquistas, a da ci-dade de Benin, anterior a fundação de Oyó, Òrànmíyàn termina com a dinas-tia de Ogìso, o então rei, expulsando-o e assumindo o trono, tornando-se o primeiro Obabínín, e inicia sua dinas-tia tendo um fi lho, chamado Èwékà, com uma m u l h e r do local. Antes de deixar a cidade, ele torna Èwékà como seu s u c e s s o r no trono do Benin. (Atual ci-dade na N i g é r i a , a n t i g o Reino do

Benin, não confundir com a Repú-blica do Benin, antigo país chamado Daomé.)

Durante sua longa ausência em Ilê-Ifé, Obàlùfan Ògbógbódirin ,seu irmão mais velho, se tornou o segundo Óòni de Ifé, após o reinado de Odùduwà. Quando Obàlùfan morreu, e ninguém sabia do paradeiro de Òrànmíyàn, o povo de Ifé aclamou Obàlùfan Aláyé-more como sucessor direto de seu pai.

Quando Òrànmíyàn chega em Ifé, Obàlùfan Aláyémore já reinava como o terceiro Óòni de Ifé, mas com um fraco reinado. Enfurecido com o povo de Ifé

que haviam a c l a m a d o Aláyémore, e que o tinham chamado para c o m b a t e r possíveis ini-migos, o po-deroso guer-reiro colérico, comete várias atrocidades e só para quan-do uma anciã grita desespe-rada que ele

está destruindo seus “próprios fi lhos”, o seu povo. Atônito, ele fi nca no chão seu asà (escudo) que imediatamente se transforma em uma enorme laje de pedra, num lugar hoje chamado de “Ìta Alásà”, e decide ir embora e nunca mais voltar à Ifé.

Quando rumava para fora dos arre-dores de Ifé ,em Mòpá, foi interceptado pelo povo que o saudavam como Óòni de Ifé e suplicavam por sua volta. Ele então satisfeito e envaidecido, atende ao povo e fi nca no chão seu òpá (seu bastão de guerreiro) transformando-o em um monólito de granito (ver foto : Òpá Òrànmíyàn) selando assim o acor-do com o povo e volta em uma procis-são triunfante ao palácio de Ifé.

Sabendo disso, Obàlùfan Aláyé-more abandona o palácio e se exila na cidade de Ìlárá. Òrànmíyàn ascende ao trono e se torna o 4ª Óòni de Ifé até sua morte. Obàlùfan Aláyémore, retorna do exílio e reassume como o 5ª Óòni de Ifé e reina deste vez, com sucesso até a sua morte.

Um adepto de Òrànmíyàn, o home-nageando, pintado e portando ramos

ou qualquer outro emblema nas mãos, simbolizando uma espada na mão direi-ta e na esquerda um escudo , peças que no mito foram forjadas e presenteadas pelo seu pai o Òrìsà Ògún.

Òrànmíyàn AULO BARRETTI FILHO

� FOTO: INTERNET

Aláàfi n de Òyó : Oba Adéniran Adéyemi II (1945-56 deposto) ,um sucessor de Òràn-míyàn, o 1º Aláàfi n de Òyó.

Ilê-Ifé a origem do Mundo Ilê-Ifé é o “Berço da Terra”

A CIDADE DE ILÊ-IFÉ É CONSIDERADA PELOS YORUBÁS O LUGAR DE ORIGEM DE SUAS PRIMEIRAS TRIBOS. IFÉ É O BERÇO DE TODA RELIGIÃO TRADICIONAL YORUBÁ (A RELIGIÃO DOS ÒRÌSÀS, E DO CANDOMBLÉ DO BRASIL). É UM LUGAR SAGRADO, ONDE OS DEUSES ALI CHEGARAM, CRIARAM E POVOARAM O MUNDO E DEPOIS ENSINARAM

AOS MORTAIS COMO OS CULTUAREM, NOS PRIMÓRDIOS DA CIVILIZAÇÃO

Ilê-Ifé é a cidade-santa para os Yorubás. Uma espécie de Jerusalém africana. Localizada na orla das fl orestas equatoriais, no sudoeste da

Nigéria, Estado de Òṣun, Ifè data de 500 a.C., segundo as evidências físicas e históricas. Signi-fi cando “amor”, Ifé é o ponto mítico da origem da humanidade, local de onde partiu a diáspora humana, e onde os Imolès e Òrìṣàs doutrinaram os seres humanos, deixando-lhes os segredos do culto. O Oníìfè é o sumo-sacerdote da fé Yorùbá.

Ifé é considerada a fonte de dispersão do po-der e da mística Yorubá, local onde retomavam os restos mortais dos reis. Ifé foi a primeira ci-dade-estado a assumir uma feição de monarquia divina. A organização social de Ifé centrava–se na identidade pela Ebi, a família, e só a partir da família existia um vínculo cívico a uma cidade ou estado.

“Em um tempo onde os Deuses e Heróis an-davam na terra com os Homens.

AULO BARRETTI FILHO - IIê-Ifé : o berço religioso dos Yorubás, de Odùduwà a Sàngó” � IMAGEM: INTERNET

AOS MORTAIS COMO OS CULTUAREM, NOS PRIMÓRDIOS DA CIVILIZAÇÃO

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Jornal A Gaxéta6

IFÉ - História AULO BARRETTI FILHO

� IMAGEM: INTERNET

Ifé é um dos rei-nos do Império Yorùbá, as suas

origens, mergulhadas na mitologia do seu Deus Olodunmàre e os Orixás, não nos fornecem, do ponto de vista cronológico, um ponto inicial pre-ciso.

Os Yorubas, vie-ram do Nordeste, tal-vez do Alto Nilo, por vagas sucessivas, entre o século VI e o século XI, com paragens, em particular na região do Kanem.

Ifé provavelmente foi habitada no século VI, data mais antiga fornecida até agora pelo método do radiocarbono a materiais recolhidos de escavações na cidade.

Ela foi o centro de dispersão, sendo reconhecida pôr todos os Yorubas como a fonte místicas do poder e da legitimi-dade: o lugar de onde partia a consagra-ção espiritual (sendo o Oni, chefe de Ifé, o grande pontífi ce ) e onde retornavam os restos mortais e as insígnias de todos os reis, Ifé era considerada uma cidade sagrada para os Yorubas

A organização de IféEsta foi a primeira civilização do

Império Yoruba a adotar a monarquia do tipo divina, essa possibilidade é muito aceita pelos peritos na civilização de Ifé.

A cidade de Ifé era cercada pôr uma

muralha de cintura, que era ao mesmo tempo uma fortifi -cação e um muro de barreira.

O Reino do Be-nin está ligado a Ifé pelo seu fundador lendário, Oranyan, fi lho de Oduduwa, o mesmo que será o primeiro Rei do Oyo.

O vinculo social era o sangue, entre os Yorubas, um in-divíduo pertencia a uma família ( Ebi ) em yorubano, e só pôr causa deste elo de sangue, a um Estado.

Quando vários reis invocavam um antepassado comum ( Oduduwa ou Odùduà ), havia entre eles uma relação de irmãos, e entre eles e aquele que ocu-pa o trono do ancestral de todos ( o Oni de Ifé ), o laço entre fi lhos e pais.

Apesar das várias lendas sobre a ori-gem real da monarquia de Ifé, sempre o soberano é considerado um rei divino.

A unidade sociopolítica era aldeia, outro dado interessante sobre está sociedade, eram os teares, pois os homens também trabalhavam na te-celagem, com os pequenos teares, onde confeccionavam pequenas tiras, que mais tarde se uniam as grandes peças de panos feitas pelas mulheres, nos grandes teares, que mais tarde se uniam, formando a tapeçaria e vestu-ário de Ifé.

O poder real de Xangô, lhe é de-vido por ter se tornado o quarto Alafi n de Oyó, considerada a

capital política dos Yorubás, a cidade mais importante da Nigéria. O Império (1400 - 1835), fi cava na África onde hoje se encontra a área ocidental da Nigéria. Foi criado pelos próprios Yo-rubás e cresceu para se tornar um dos maiores estados do Oeste africano. Tornou-se rico através do comércio e da propriedade de uma poderosa ca-valaria e foi o estado mais importante politicamente na sua região, entre os séculos XVII e XVIII, dominando não só outras monarquias Yorubás (locais que tornaram os atuais Nigéria, Repú-blica do Benim e Togo), além de outras monarquias africanas, como o reino Fon do Dahomey (também República do Benim).

O trono de Oyó já pertencia a Xangô, já que seu pai Oranian, foi o fundador da cidade e de sua dinastia. O que Xangô fez, foi apressar a sua ascensão, destronando seu meio –irmão Dadá Ajaká, através de golpe militar. Não só Xangô, assim como toda a população estavam des-contentes com a forma de administração de Dadá Ajaká. Xangô soube inspirar credibilidade aos seus súditos, tomou as decisões mais acertadas e sábias e con-seguiu demonstrar habilidade para assu-mir o comando, através de um comando repressivo e um senso de justiça muito apurado. Ao falar com o povo, da boca de Xangô saíam labaredas e pedaços de

fogo. Todas as pessoas, amedron-tadas, se jogavam ao chão em sinal de respeito, saudando seu senhor: Obá nlá Òyó, Obà ati baba iná – Grande Rei de Oyó, Rei e Pai do Fogo.

As duas estruturas mais importantes em Oyó foram o “afi n” ou o palácio do Obá e o seu mercado. O palácio esteve no centro da cidade perto do mercado do Obá chamado “Oja-oba”. Ao redor da capital havia uma alta muralha feita de terra para defesa, com 17 portas. A importância das duas grandes estrutu-ras (o palácio e o Oja Obá) signifi cou a importância do rei em Oyó, que cres-ceu com uma força interior formidável, até o fi nal do século XIV.

Após passar 80 anos como uma dinastia exilada depois da sua derrota pelos Nupes, reemergiu então, mais centralizada e expansiva. Durante o sé-culo XVII, Oyó começou um longo in-tervalo de crescimento, tornando-se um grande império. Foi de longe, o mais populoso reino na História Yorubá.

Oyó CANDOMBLÉ – A PANELA DO SEGREDO – PAI CIDO DE OSUN

� IMAGEM: INTERNET

fogo. Todas as pessoas, amedron-tadas, se jogavam ao chão em sinal de

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7Jornal A Gaxéta

Yansan e Xangô vieram juntos ao mundo.

Um pertencia ao ou-tro.

Eles morrerão no mesmo dia.

Yansan era linda.Ela encantava todos

os homens.Nem Odulecê, seu pai

de criação foi capaz de re-sistir a seus encantos.

Um dia, quando Yansan era ainda muito jovem, Odulecê tentou possuí-la à força.

Mas, Yansan era mu-lher forte, mulher leopar-do, que come pimenta pela manhã, e conseguiu se desvencilhar de Odu-lecê.

Desesperada, Yansan tentaou fugir de Odulecê que a perseguia.

Por mais que corresse, não conseguia escapar de seu pai.

No desespero, seus poderes sobrenaturais afl oraram.

Ela se transformou em pedra. Depois virou ma-deira. E então, um cacho de dendê.

Mas, nada conseguia deter Odulecê.

Sem mais esperanças, Yansan retornou a seu es-tado primitivo de búfalo.

Odulecê assustado foi fi nalmente afugentado.

Abandonada, Yansan peregrinou solitária pelo mundo. Mas, logo sua sorte mudaria.

Às margens do rio, Yansan conheceu Ogum,

Orixá da forja e mestre dos metais.

Encantado com sua beleza, Ogum implorou a Yansan que se casasse com ele.

Mas, Yansan não que-ria:

“Já fui de muitos ho-mens”, disse ela aos pran-tos. “Não posso ser sua esposa”

Ogum não se impor-tou:

“Este será nosso se-gredo”, disse.

E carregou Yansan consigo.

Na casa de Ogum, Yansan foi feliz.

Criava o vento que ali-mentava a forja de Ogum.

Mas, os dias se passa-vam e Yansan não conse-guia ter fi lhos.

Quanto mais Ogum tentava, mais Yansan se entristecia.

Incapaz de satisfazer a vontade do marido.

Para pegar fi lho, Yansan foi aconselhada a preparar um ebó.

O Ebó deveria ter um carneiro.

Com todo cuidado, Yansan preparou seu ebó.

E naquela noite espe-rou a visita de Ogum.

O tempo passou em Irá.

E na virada do outono a bela Yansan estava pre-nha.

Com Ogum feliz, Yansan se dividiu em nove pedaços, dando ori-gem a seu próprio nome: Yansan signifi ca “Mãe de nove”.

Xangô gostava de ver o trabalho de seu irmão

Ogum na forja, e um dia foi visitá-lo.

Nessa ocasião, encon-trou o olhar de Yansan pousado sobre ele.

Yansan fi cou fas-cinada com o porte e a nobreza do irmão de seu marido.

E Xangô também não era imune aos encantos da cunhada.

O ardiloso Xangô, imediatamente, elaborou um plano para se apode-rar de Yansan.

Se fez de doente para poder pousar na casa do irmão.

Ogum, preocupa-do com Xangô, pediu a Yansan que preparasse seu prato predileto, o amalá, que sem dúvida saciaria sua fome e o curaria.

Sem que o irmão vis-se, Xangô pediu a Yansan que colocasse um ingre-diente secreto, em seu amalá, e que dele não provasse de maneira ne-nhuma.

A proibição atiçou a curiosidade de Yansan que não resistiu e dele provou!

Xangô contava com a transgressão de Yansan que sentia labaredas de fogo dentro de si. Foi

quando Xangô surpreen-deu Yansan.

Então completamente entregue e vulnerável a seus atributos.

Ouvindo o irmão que se aproximava, Xangô fugiu.

Ogum, viu as labare-das de fogo que brotavam da boca de sua mulher.

E logo entendeu todo o plano de Xangô.

Resolveu castigar o irmão e convocou outros homens que o invejavam.

Eles planejaram o ata-que a Xangô na festa de Takua Tulempe.

Na festa de Takua Tulempe, os olhares de todas as mulheres pousa-

vam sobre o impassível Xangô, indiferente a to-das.

Xangô, que sempre cozinhou o inhame com o vento de suas narinas, apagou-se.

Xangô que outrora teria bebido o sangue do inimigo, não ofereceu re-sistência a ataque dos ho-mens de Ogum, tão preso ele estava à imagem de seu amor, Yansan.

Xangô foi jogado em um calabouço, para que as mulheres de Takua Tulempe fossem privadas de sua imagem e para que seus maridos fi cassem tranquilos.

Mas, Xangô possuía a gamela que tudo vê.

Foi através dela que avisou Yansan que estava preso.

Yansan partiu para Takua Tulempe para li-bertar seu amado.

Xangô, Orixá dos relâmpagos e trovões, jo-gou muitos raios aos céus para guiar Yansan.

Vendo os raios de Xangô, Yansan teve a cer-teza de estar no caminho certo.

Yansan, Orixá dos ventos e tempestades, chegou montada em um redemoinho.

Com um raio Yansan partiu as grades da prisão, libertando Xangô.

Montados em um tu-fão, os dois fogem para longe de Takua Tulempe e de Irá.

Yansan havia sido aconselhada a prosse-guir sua jornada ao lado

do novo companheiro, Xangô.

Enquanto o amasse, nunca deveria retornar a sua terra natal, Irá, onde viviam seus fi lhos. Mas, Yansan não suportou a distância.

Resolveu voltar a Irá para rever seus fi lhos.

Yansan reviu seus fi -lhos,

Ela arrancou seus chi-fres de búfalo e os deu de presente.

Sempre que preci-sassem da mãe, bastaria bater um chifre no outro e ela apareceria.

Mas, por ter voltado, Yansan nunca mais viu Xangô.

A triste notícia chegou a seus ouvidos em Irá.

Xangô havia morrido enforcado em sua ausên-cia.

Sentiu infi nita tristeza.A Orixá chorou, e não

parou.E foi assim, que em

eterno choro, a própria Yansan virou água.

E transformou-se no rio Odo-Oyá, que escor-re e alimenta seus nove afl uentes.

Apesar de dominar o vento, Yansan originou-se na água, assim como as outras Iyabás que possuem o poder da pro-criação e da fertilidade.

Yansan ainda sopra a brisa que com sua do-çura espalha a criação, fazendo voar as semen-tes que irão germinar na terra e fazer brotar uma nova vida.

A lenda do amor entre Ogun, Yansan e Xangô. WWW.PORTACURTAS.COM.BR/ � IMAGEM: INTERNET

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Jornal A Gaxéta10

Quer montar um Terreiro de Umbanda ou Candomblé? Então, tenha culhões para isso! DOUGLAS FERSAN

� FOTO: INTERNET

Em primeiro lugar me desculpo pelo termo chulo com que inti-tulo esse artigo (não é do meu

feitio), muito embora o ache verda-deiro. Criar um templo de Umbanda não é para qualquer um. Não basta pendurar algumas guias no pesco-ço, incorporar algumas entidades e pronto. É preciso bem mais que isso.

É preciso, em primeiro lugar, ter conhecimento para segurar to-das as energias que rondam uma casa e uma gira. Não basta saudar os Orixás/entidades e pronto. Não basta acender uma vela preta e ver-melha no tronqueira e acreditar que a segurança está feita. Umbanda é coisa séria para gente séria e que tem conhecimento para isso. As energias que rondam uma gira e uma casa de Umbanda são enormes e por melho-res que sejam as suas entidades, você também tem que possuir fi rmeza, conhecimento, tato e bom senso para administrar tudo isso. Não se esqueça que sacerdócio é coisa séria e que normalmente você é escolhido por uma força maior e não pelo seu ego.

Falando em bom senso, não misture suas cren-ças pessoais (senso comum) com fundamento de Umbanda. São coisas distintas. Não é porque você sonhou que uma entidade disse uma coisa que isso se torna um fundamento de Umbanda. Talvez você esteja delirando. Não é porque você acha que de-terminados elementos devam (ou não) ser usados ou evitados, que sua vontade deve ser feita. As entidades não devem deixar de beber ou fumar, de usar determinados paramentos, de usar certos procedimentos só porque você quer. Você não é o papa da Umbanda e, sinto informar, sabe bem me-

nos que as entidades e os Orixás: esses sim, os ver-dadeiros mestres a quem devemos ouvir para nor-tear o nosso culto. Os fundamentos da Umbanda vêm do Astral, da Espiritualidade Maior, e não do seu ego, às vezes tão mesquinho.

Também não se ache o baluarte da Umbanda. Na Umbanda verdadeira impera a simplicidade e não existe lugar para super-heróis (ou supostas en-tidades que assim se acham e já baixam se dizendo chefes de falange). Converse com um preto velho se tiver dúvidas quanto a isso. Não existe entidade mais sábia que um preto velho... paradoxalmente não existe também entidade mais humilde. Portan-to, se quer contribuir tanto para uma boa Umbanda, comece sendo humilde.

Outro bom conselho: aprenda a controlar a sua

língua. Ela não tem osso, pode ser-pentear de um lado para outro, falan-do de tudo e de todos. E fi ca a dica: quem fala de todas as pessoas para você, certamente fala de você para todas as pessoas.

Quer montar um Terreiro de Umbanda? Ótimo... mas primeiro assuma a religião para a sua família, vizinhos e amigos. Vamos honrar a roupa branca que vestimos, e não ter vergonha dela. Salve Oxalá e a bran-cura do seu manto. Tenha culhão para assumir aquilo em que você acredita. Não pratique a Umbanda às escondi-das... não é vergonha nem crime ser umbandista; a Carta Magna do país nos garante isso. Se você tem medo de assumir a Umbanda, o problema está em você, não nos outros.

Siga seu caminho. Se não conse-guiu fazer com que os irmãos-de-fé da sua casa sejam seus cordeiros,

procure um lugar com pessoas menos inteligentes, que talvez caiam em sua conversa. Mas não tente abrir um Terreiro se não tiver culhão para isso.

E ao sair dessa casa, deixe-a em paz. Deixe seu sacerdote em paz, os fi lhos-de-fé em paz, seus fundamentos em paz. Você será esquecido por eles mais rápido do que pensa se deixá-los em paz. Não caia no jogo mesquinho de tentar fi car aliciando às escondidas os fi lhos dessa casa (aqueles mes-mos que você tanto criticava) para migrarem para o seu pseudo-Terreiro. Além de anti-ético, isso é muito feio. E além de tudo, você vai (tentar) tirar alguém de uma casa para levar para onde, se ainda não teve culhão (além de preparo) para montar um Terreiro?

Enfi m, tenha ética.

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11Jornal A Gaxéta

A professora de história Maria Firmino, 42 (foto), foi afastada da sala de aula na Es-cola de Educação Infantil e Fundamental

Tarcila Cruz de Alencar, em Juazeiro do Norte, no Ceará, após ter dado aula sobre “patrimônio material, imaterial e natural de matriz africana”, em 20 de abril.

A Secretaria da Educação de Juazeiro do Norte informou, por meio de nota, que não foi procurada pela docente e que a profissional continua no exercício das suas funções. Já a professora e funcionários da escola afirmam que ela está fora da sala de aula desde abril.

Maria registrou um boletim de ocorrência sobre crime contra o sentimento religioso na Delegacia Regional de Juazeiro do Norte. A de-legacia da cidade apura o caso.

Durante a aula, três alunos alegaram terem sentido mal-estar com o conteúdo da aula. Con-forme Maria, o episódio foi uma “trama” feita por outros servidores da escola por não acei-tarem uma professora de religião africana na unidade.

“Com certeza absoluta foi tudo organiza-do dentro da escola porque não queriam uma professora que fosse ligada a uma religião de matriz africana lá dentro. É racismo religioso”, afirma.

“Fiquei assustada, chocada e de coração par-tido de ter visto aquilo, alunos fazerem parte do que parecia uma trama”, completa Maria.

Segundo a professora, os alunos deixaram a sala dizendo sentir mal-estar e forte dor de cabeça. Nenhum atendimento médico foi solici-tado pela escola, segundo a professora. O caso gerou uma manifestação dos pais dos estudan-tes.

“Quando eu ia saindo na calçada comecei a ouvir gritos de ‘sai satanás’, ‘vou pegar essa feiticeira’, ‘ninguém pode mais do que Deus’. Só via gente descendo de carro, gente olhando,

populares vindo”, conta a professora.Maria afirma que não recebeu apoio da dire-

ção ou de funcionários durante o ocorrido.Com o ocorrido, o advogado da professo-

ra foi avisado de que a instituição pretendia transferi-la para o setor burocrático. “Eles es-tão colocando que eu não tenho mais condição de estar em sala de aula, isso é uma forma de punição. Eu posso até ir [para o setor burocrá-tico], desde que a minha função seja fazer com que as escolas coloquem em prática a Lei de Diretrizes e Bases, que diz que a educação tem obrigatoriedade de ensinar a cultura africana”, ressalta Maria.

RepercussãoO advogado e presidente da Comissão de

Direitos Humanos da OAB de Juazeiro do Nor-te, Rafael Uchôa, acompanhou a educadora até a delegacia regional para registrar o fato. Ele confirma que o caso ganhou repercussão na ci-dade.

Ao G1, a Secretaria da Educação de Juazeiro alegou não ter tomado conhecimento do ocorri-do até o contato da reportagem. No entanto, no boletim de ocorrência registrado pela professo-ra, ela afirma que a secretária da Educação de Juazeiro do Norte, Maria Loreto, compareceu à escola para reunião com o colegiado.

A agente administrativa da escola, Adriana Ricarter, estava no local no dia do ocorrido e foi quem deu assistência às estudantes. Pelo relato dela, a diretora não estava na instituição quando tudo ocorreu, mas um outro responsável, identi-ficado como Cícero, chegou ao local momentos depois. Segundo Adriana, Cícero repassou os fatos à Secretaria da Educação.

Também de acordo com a agente, na segun-da-feira seguinte ao caso, um professor subs-tituto foi enviado pela secretaria passou a dar aulas na escola.

C u l t u r a afro-brasileira

L e m b r a n d o a lei federal 11.645, sancio-nada em 2008,

que tor-

na obrigatório o estudo da his-tória e cultura afro-brasileira e indígena em es-colas de ensino fundamental e médio, públi-cas e privadas, Maria faz crí-ticas à escola por não cum-prir as diretri-zes.

“Na aula anterior eu trabalhei a cul-tura indígena e marquei pra trabalhar as he-ranças de matriz africana naquele dia. Eu trabalho dentro da lei 11645/08, porém, as escolas não. Aí quando chega no Dia do Índio e da Consci-ência Negra fazem três desenhos e pregam na parede.”

“Nem professor, nem diretor, nem gestor quer saber da História do negro e do índio, não quer trabalhar a diversidade”, reclama.

Maria segue a religião africana candomblé de Angola e tem 20 anos de magistério.

“Não tenho necessidade de converter nin-guém à minha religião. Religião nao é de con-versão, muito menos de convencimento.”

Ela conta que há quatro anos trabalhou na escola Tarcila Cruz de Alencar e pediu transfe-rência após outros professores levantarem um abaixo-assinado contra a permanência dela na instituição. O retorno à escola se deu pela loca-lização mais favorável. A professora mora em Missão Velha, a cerca de 30 km de Juazeiro do Norte.

“Tive uma ‘vibração de santo’ dentro da sala de professores. Eles me mandaram procurar um psiquiatra, disseram que eu não tinha capacida-de de trabalhar, chamaram o colegiado e assi-naram abaixo-assinado pra eu sair de lá”, relata.

Segundo ela, a vibração de santo consiste em receber uma energia que causa estremeci-mento no corpo e deixa a pessoa sem fala, sem consciência de si e do lugar por um determi-nado tempo. A docente diz também ter expli-cado previamente aos colegas de trabalho que poderia passar por isso, já que sentia mal-estar naquele dia.

Antes dos dois episódios na escola de Jua-zeiro, Maria nunca havia passado por situações semelhantes, mas afirma estar acostumada a lidar com o “preconceito velado”, já que cos-tuma usar adereços que identificam sua ligação com a religião africana, como colares de conta.

“Venho sentindo a rejeição nas escolas por onde passo, as piadinhas, o isolamento...”

Professora é substituída após dar aula sobre religião africana em escola no Ceará

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DE JUAZEIRO DIZ QUE A DOCENTE CONTINUA NAS FUNÇÕES, MAS ELA ESTÁ SEM DAR AULAS EM ESCOLA PÚBLICA DESDE 20 DE ABRIL.

CINTHIA FREITAS, G1 CE � PROFESSORA DE HISTÓRIA MARIA FIRMINO (FOTO DIVULGAÇÃO)

C u l t u r a afro-brasileira

L e m b r a n d o a lei federal 11.645, sancio-nada em 2008,

que tor-

na obrigatório o estudo da his-tória e cultura afro-brasileira e indígena em es-colas de ensino fundamental e médio, públi-cas e privadas, Maria faz crí-ticas à escola por não cum-prir as diretri-zes.

“Na aula anterior eu trabalhei a cul-tura indígena e marquei pra trabalhar as he-ranças de matriz

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Jornal A Gaxéta12

Nós, povo negro brasileiro e, em especial, nós, mulhe-res negras brasileiras,

entendemos que a escritora Conceição Evaristo e sua obra nos representam nes-ta urgente tarefa!

Esta é uma campanha pela ocupação da ca-deira de número 7 da Academia Brasileira de Letras, cujo pa-trono é o poeta que escreveu criticamente sobre a escravidão a uma distância segura de não tê-la conhecido de fato – Castro Alves.

Esta é uma campanha pela ocu-pação da cadeira de número 7 da Academia Brasileira de Letras pela intelectual negra que conheceu a escravidão desde sua linhagem an-

cestral e em seu corpo de mulher afro-brasileira que escreve suas tragédias e potências contemporâ-neas cotidianas.

Compartilhem e assinem o abaixo assinado no link:http://bit.ly/ConceiçãoEvaristoNaABL

ós, povo negro brasileiro e, em especial, nós, mulhe-res negras brasileiras,

entendemos que a escritora Conceição Evaristo e sua obra nos representam nes-

Esta é uma campanha

Campanha por CONCEIÇÃO EVARISTO na Academia

Brasileira de Letras! TEXTO: PROFA. DRA. DENISE CARRASCOSA (PROFESSORA

DE LITERATURA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA) � FOTO: LISSANDRA PEDREIRA

Cadê ? Onde está ?Rezo, oro, canto e

louvo e nada.Simplesmente nada!Nem uma resposta, nem um

auxílio.Pra que a fé, se nada muda? Pedi a ORISÁ e nada aconteceu.Faço tudo certo: dou flores,

comidas, velas e o meu clamor.Mais parece que nada é sufi-

ciente para eles!Penso em desistir!Em mudar de religião ou en-

tão não crer em mais nada.Mas ai, é nesse momento

que ORISÁ me responde:Do que adianta tantas velas

acesas?Se sua fé já está apagada?Do que adianta pedir, pedir,

pedir.E nunca agradecer ?Do que adianta desistir da

sua religião, se sem fé religião alguma não lhe ajudará ?

Não esperamos que vocês nos compreendam,

Só esperamos que você con-fi e !

Queres força ? Lhe trarei oportunidade de você aprender a ser forte!

Queres emprego ? Lhe darei a oportunidade para você con-quistar seus objetivos !

Querer amor ? Lhe trarei a oportunidade de você aprender a amar a si e aos outros !

Viver para ORISÁ não é ter uma vida, com tudo pronto e perfeito.

Viver para ORISÁ é apren-der a viver a vida como ela é com altos e baixos, dores, ale-grias, perdas e vitórias!

Não é uma vida fácil, mais é uma vida verdadeira !

Orisá e o silêncio! AUTOR DESCONHECIDO. � IMAGEM: INTERNET

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13Jornal A Gaxéta

Você sabe o porque dia 25 de maio é o Dia da África? NOVA FRENTE NEGRA BRASILEIRA

� IMAGEM: THEMDOG

O dia 25 de maio é considerado o Dia de África

porque foi neste dia, em 1963, que se criou a Organização de Unidade Africana (OUA), na Eti-ópia, com o objetivo de defender e emancipar o continente africano. Em 1972, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu o dia 25 de maio como o Dia da África ou o Dia da Li-bertação da África. Em 2002 a OUA foi substitu-ída pela União Africana mas a celebração da data manteve-se.

Este dia recorda a luta pela independência do continente africano, con-tra a colonização euro-peia e contra o regime do Apartheid, assim como simboliza o desejo de um continente mais unido, organizado, desenvolvi-do e livre.

A data é celebrada em vários países de África e pelos africanos espalha-dos pelo mundo. Em paí-ses como o Gana, o Mali, a Namíbia, a Zâmbia e o Zimbabwe, o Dia da África é um feriado.

CONTINENTE AFRICANOA África apresenta

30.230.000 km² de ex-tensão territorial, dis-tribuídos em 53 países, sendo a Nigéria o mais populoso. O maior país de África é a Argélia, en-quanto as ilhas Seychel-les são o menor país. O ponto mais alto da África é o Kilimanjaro (5895 m). O Lago Assal em Djibouti é o mais baixo (155 m abaixo do nível do mar).

É o segundo conti-nente com mais popula-ção do mundo e o conti-nente ao qual pertence a grande parte da popula-ção desnutrida e onde se apresentam os maiores problemas sociais da atu-alidade.

Contudo, a África é dona de grande diversi-dade de culturas e das mais belas paisagens na-turais.

A Nova Frente Negra Brasileira parabeniza a todos que lutaram e lu-tam por uma África in-dependente, unida, justa e desenvolvida!

Somos a herança do que há de melhor da primeira civilização do mundo!

CONTINENTE AFRICANO

Projeto de emenda à Constituição de iniciativa popular entregue ao Congres-so Nacional com o número recorde de 2.500.000 (dois milhões e quinhentas mil as-sinaturas!!! Maior que o da “Ficha Limpa”)

Lei de Reforma do Congresso de 2013 (emenda à Constituição) PEC de iniciati-va popular: Lei de Reforma do Congresso (proposta de emenda à Constituição Federal)

1. Fica abolida qualquer sessão secreta e não-pública para qualquer deliberação efetiva de qual-quer uma das duas Casas do Congresso Nacional. Todas as suas sessões passam a ser abertas ao público e à imprensa escrita, radiofônica e tele-visiva.

2. O congressista será assalariado somente du-rante o mandato. Não haverá ‘aposentadoria por tempo de parlamentar’, mas contará o prazo de mandato exercido para agregar ao seu tempo de serviço junto ao INSS referente à sua profi ssão civil.

3. O Congresso (congressistas e funcionários) contribui para o INSS. Toda a contribuição (pas-sada, presente e futura) para o fundo atual de apo-sentadoria do Congresso passará para o regime do INSS imediatamente. Os senhores Congressistas participarão dos benefícios dentro do regime do INSS exatamente como todos outros brasileiros. O fundo de aposentadoria não pode ser usado para qualquer outra fi nalidade.

4. Os senhores congressistas e assessores de-vem pagar por seus planos de aposentadoria, as-sim como todos os brasileiros.

5. Aos Congressistas fi ca vetado aumentar seus próprios salários e gratifi cações fora dos padrões do crescimento de salários da população em geral, no mesmo período.

6. O Congresso e seus agregados perdem seus atuais seguros de saúde pagos pelos contribuintes e passam a participar do mesmo sistema de saúde do povo brasileiro.

7. O Congresso deve igualmente cumprir todas as leis que impõe ao povo brasileiro, sem qual-quer imunidade que não aquela referente à total liberdade de expressão quando na tribuna do Con-gresso.

8. Exercer um mandato no Congresso é uma honra, um privilégio e uma responsabilidade, não uma carreira. Parlamentares não devem ser-vir em mais de duas legislaturas consecutivas.

“A petição com os dois milhões e meio de assi-

naturas chegou ontem no congresso nacional.Se cada pessoa repassar esta mensagem para um mí-nimo de vinte pessoas, em três dias a maioria das pessoas no Brasil receberá esta mensagem. A hora para esta PEC - Proposta de Emenda Constitucio-nal - é AGORA!

É ASSIM QUE VOCÊ PODE CONSERTAR O CONGRESSO

Não se acomode!Não adianta apenas reclamar!!!

Por essa o Governo não esperava! AUTORA: LUCIANA UCELLI

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Jornal A Gaxéta14

A Infl uência Afro na Culinária Brasileira

Os africanos quando foram trazidos para o Brasil, já eram dota-

dos de uma vasta sabedoria na preparação de alimentos e introduziram na culinária bra-sileira alguns dos produtos que podem ser destacados como marcantes, tais como o leite de coco, a pimenta malagueta, o gengibre, o milho, o feijão pre-to, as carnes salgadas e cura-das, o quiabo, o amendoim, o mel, a castanha, as ervas aromáticas e o azeite de dendê, uma das maiores contribui-ções para a comida brasileira, indispensável na confecção de inúmeros pratos típicos e nas oferendas aos Orixás dos Cultos Afro-Brasileiros, como o vatapá, o caruru, o abará, o abrazô, o acaçá, o acarajé, o bobó, os caldos, o cozido, a galinha de gabidela, o angu, o cuscuz salgado, a moqueca e a famosa feijoada.

Não se pode deixar de mencionar os pratos doces à base de ovos, coco e milho como a canjica, o mungun-zá, o quindim, a pamonha, o angu doce, o doce de coco, o doce de abóbora, a paço-ca, o quindim de mandioca, a tapioca, o bolo de milho, o bolinho de tapioca, entre outros. A cozinha negra mo-

difi cou os pratos portugueses, substituindo ingredientes. Fez a mesma coisa com os pratos nativos da terra e a partir daí, criou a cozinha brasileira. Iorubanos ou Nagôs, Jejês, Tapas e Haussás, todos Su-daneses Islamitas e da Costa

Oeste, também fi zeram mais pela cozinha brasileira, por-que eram mais aceitos como domésticos do que o povo do Sul, como o de Angola. O africano, escravizado, não po-dia prover-se de alimentos e apenas recebia uma provisão

de milho fresco ou assado, aipim e farinha de mandioca, e raramente tinha tempo de fazer um angu com a farinha de milho ou uma sopa.

Não só os negros escra-vos, mas também os negros libertos, tinham que usar de

imaginação para preparar suas refeições, uma vez que após a abolição da escrava-tura, muitos deles viviam de esmolas e marginalizados. A culinária de origem afri-cana tem uma relação muito forte com rituais religiosos, sendo que muitos pratos tradicionais, são adaptações dos mesmos. Três dos pra-tos ditos de origem africana, tiveram sua origem, prova-velmente da utilização de restos de comida do branco. São eles: o sopão, o mocotó e a feijoada. No mocotó e na feijoada observa-se o uso de várias partes menos nobres de animais como porco e gado. A origem do mocotó parece ter sido nas charque-adas do Sul do Brasil, onde os escravos das estâncias gaúchas encontravam nessa mistura uma solução para seu sustento alimentar. Os pratos doces de origem afri-cana, também mostram sua “identidade”. No preparo da

canjica, utilizava-se o milho quebrado. O cuzcuz também é preparado com milho em forma de farinha. Para o doce de laranja azeda, utiliza-se um tipo de fruta especial, que não pode ser consumida in natura.

CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA PALMARES

� INTERNET

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15Jornal A Gaxéta

A menina e o Urso

AUTORA: LÍDIA B. FERREIRA DA COSTA - 8 anos � IMAGENS: INTERNET

Era uma vez, um campo de borboletas e rosas. Uma vez, uma menina que se chamava Cecília, e ela adorava visitar o campo,e ela sempre aguava o

campo, mas, um urso pisava nas flores e a menina não gostava, mas tinha medo do urso. Mas, uma fada falou

com a garota e falou que o urso é do bem e que não faria mal nenhum a ela. Então ela falou com o urso e ele pediu desculpas e se ele podia ser amigo dela, e ela disse que sim e

viveram felizes para sempre.

com a garota e falou que o urso é do bem e que não faria

viveram felizes para sempre.

com a garota e falou que o urso é do bem e que não faria A Editora Tirant lo Blanch torna pública a chama-

da de artigos através da submissão de trabalhos para compor a obra Es-tudos Feministas por um Direito menos machista – volume IV, proposta a partir da temática: Sexismo, Racismo e Desigualdade no Direito brasileiro.

Tomada como inspi-ração a produção e obra da professora e ativista feminista negra Sue-li Carneiro, a iniciativa objetiva potencializar o conhecimento produzido por mulheres negras que atuam, estudam, militam e/ou pesquisam n/o campo do direito.

Confira as regras de submissão no edital e par-ticipe!

Prazo para envio até 15

de julho de 2018 através do

contato: [email protected].

Edital Estudos Feminis-tas por um Direito menos machista - volume 4.pdf

Confira o edital no link: http://www.emporiododi-reito.com.br/leitura/edital-estudos-feministas-iv

FONTE: EMPÓRIO DO DIREITO

� IMAGEM - EMPÓRIO DO DIREITO

Pretas Maravilhosas!!!

de julho de

ACONTECEU

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