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Estado de Santa Catarina

PREFEITURA MUNICIPAL DE ARARANGU ADM: 2013/2016

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Diagnstico Socioeconmico, Cultural, Ambiental e de Infraestrutura Julho/2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE ARARANGU-SC

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BSICO

Relatrio do Diagnstico

Prefeitura Municipal de Ararangu

Rua Dr. Virgulino de Queiroz, 273

Ararangu/SC

Fone (48) 3524-6366

Site: www.ararangua.sc.gov.br

Consultoria: Universidade do Extremo Sul Catarinense/Parque Cientfico e

Tecnolgico

Rod. Jorge Lacerda, km 4,5 - Sango

Cricima SC

Fone: (48) 3444-3702

E-mail: [email protected]

mailto:[email protected]

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Diagnstico Socioeconmico, Cultural, Ambiental e de Infraestrutura Julho/2014

UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE UNESC

PARQUE CIENTFICO E TECNOLGICO DA UNESC IPARQUE

INSTITUTO DE PESQUISAS AMBIENTAIS E TECNOLGICAS IPAT

Prof. Dr. Gildo Volpato

Reitor

Prof. MSc. Marcos Back

Diretor do IPARQUE

PREFEITURA MUNICIPAL DE ARARANGU

Sandro Roberto Maciel

Prefeito Municipal

Rodrigo Turatti

Vice-Prefeito

Everson Casagrande

Presidente da SAMAE - Coordenador Tcnico PMSB

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Diagnstico Socioeconmico, Cultural, Ambiental e de Infraestrutura Julho/2014

EQUIPE TCNICA

Economista MSc Amauri de Souza Porto Junior

Matemtico e Estatstico Andrigo Rodrigues

Acadmica de Administrao Nicole Victor Gomes

Acadmico de Economia Lucas Lima Pereira

Arquiteta e Urbanista Raquel Stoltz Back

Gegrafa Lydia Maria Comin Cardoso

Eng Ambiental MSc. Srgio Luciano Galatto Coordenador Geral dos Planos

Eng Ambiental MSc. Morgana Levati Valvassori

Eng Ambiental Fernando Basquiroto de Souza

Eng Ambiental Ives Fiegenbaun

Gelogo MSc. Clvis Norberto Savi

Qumica MSc. Nadja Zim Alexandre

Bilogo MSc. Jader Lima Pereira

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Diagnstico Socioeconmico, Cultural, Ambiental e de Infraestrutura Julho/2014

Responsveis tcnicos:

Eng Ambiental MSc. Srgio Luciano Galatto

CREA-SC 120723-8

Economista Amauri de Souza Porto Junior

CORECON/SC 3356

Coordenador do Plano no municpio:

Everson Casagrande

Presidente da SAMAE

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Diagnstico Socioeconmico, Cultural, Ambiental e de Infraestrutura Julho/2014

SUMRIO

1 APRESENTAO ................................................................................................. 15

2 INTRODUO ....................................................................................................... 18

3 METODOLOGIA .................................................................................................... 19

4 CARACTERIZAO SOCIOECONMICA, CULTURAL, AMBIENTAL E DE INFRAESTRUTURA ................................................................................................. 20

4.1 LOCALIZAO ................................................................................................... 20

4.2 POPULAO ...................................................................................................... 24

4.2.1 Evoluo demogrfica ...................................................................................... 24

4.2.2 Projeo populacional ...................................................................................... 27

4.3 UNIDADES TERRITORIAIS DE ANLISE E PLANEJAMENTO ......................... 33

4.4 CARACTERSTICAS HABITACIONAIS .............................................................. 40

4.4.1 Objetivo do plano e suas aes ....................................................................... 40

4.4.2. Oferta Habitacional .......................................................................................... 50

4.4.3 Necessidades Habitacionais ............................................................................ 51

4.4.3.1 Caracterizao da Demanda por Habitao e Investimentos habitacionais .. 52

4.4.4 Anlise das projees do Dficit Habitacional. ................................................. 56

4.4.5 Perfil de ocupao domiciliar ............................................................................ 58

4.4.6 Saneamento ..................................................................................................... 61

4.4.6.1 Sistema de esgotamento sanitrio ................................................................ 61

4.4.7 Situao Institucional........................................................................................ 65

4.4.7.1 Destinao final dos resduos slidos urbanos ............................................. 65

4.4.7.2 SAMAE .......................................................................................................... 66

4.4.8 Energia eltrica ................................................................................................ 67

4.5 INFRAESTRUTURA MUNICIPAL ....................................................................... 69

4.5.1 Sistemas pblicos ............................................................................................ 69

4.5.2 Sistemas de comunicao local ....................................................................... 69

4.5.3 Infraestrutura .................................................................................................... 70

4.5.4 Parque Industrial .............................................................................................. 71

4.6 SADE ................................................................................................................ 73

4.6.1 Prticas de sade e saneamento ..................................................................... 73

4.6.2 Indicadores de sade ....................................................................................... 77

4.6.2.1 IDHM ............................................................................................................. 78

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Diagnstico Socioeconmico, Cultural, Ambiental e de Infraestrutura Julho/2014

4.6.2.2 IDHM Longevidade ........................................................................................ 78

4.6.2.3 Taxa de Fecundidade .................................................................................... 79

4.6.2.4 Taxa de Natalidade ....................................................................................... 79

4.6.2.5 Taxa de Mortalidade Infantil .......................................................................... 80

4.6.3 Indicadores e fatores causais de morbidade de doenas relacionadas com a falta de saneamento bsico (doenas infecciosas e parasitrias)............................. 81

4.6.4 ndice nutricional da populao infantil de 0 a 2 anos ...................................... 82

4.7 ORGANIZAO COMUNITRIA ........................................................................ 82

4.8 CARACTERSTICAS EDUCACIONAIS ............................................................... 85

4.8.1 Escolas Municipais ........................................................................................... 85

4.8.2 Escolas Estaduais ............................................................................................ 86

4.8.3 Escolas Particulares ......................................................................................... 87

4.8.4 Ensino Superior ................................................................................................ 88

4.8.5 Taxa de Alfabetizao ...................................................................................... 89

4.8.6 Apoio promoo da sade e qualidade de vida ............................................. 90

4.9 CARACTERSTICAS ECONMICAS ................................................................. 92

4.9.1 Avaliao da capacidade financeira da Prefeitura Municipal de Ararangu ..... 92

4.9.2 Sustentabilidade econmica do SAMAE/Ararangu. ....................................... 93

4.9.2.1 Poltica tarifria e inadimplncia .................................................................... 94

4.9.2.2 Sries histricas das receitas e despesas ..................................................... 95

4.9.2.3 Avaliao da capacidade financeira do SAMAE/Ararangu .......................... 98

4.9.3 Produto Interno Bruto (PIB) ............................................................................ 100

4.9.4 Estabelecimentos e emprego ......................................................................... 104

4.9.5 Atividade agrcola ........................................................................................... 108

4.10 IDHM ............................................................................................................... 110

5 CARACTERIZAO FSICA ............................................................................... 112

5.1 ESTUDO CLIMATOLGICO ............................................................................. 112

5.1.1 Variveis Meteorolgicas ............................................................................... 115

5.1.1.1 Temperatura ................................................................................................ 115

5.1.1.2 Insolao, Radiao Solar e Nebulosidade. ................................................ 119

5.1.1.3 Presso Atmosfrica ................................................................................... 121

5.1.1.4 Umidade Relativa do Ar ............................................................................... 122

5.1.1.5 Velocidade do Vento ................................................................................... 123

5.1.1.6 Geada e Horas de Frio ................................................................................ 124

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5.1.1.7 Pluviometria ................................................................................................. 126

5.2 GEOLOGIA ....................................................................................................... 142

5.2.1 A Sequncia Gondunica ............................................................................... 143

5.2.2 Depsitos Cenozicos .................................................................................... 145

5.2.2.1 Sistema Laguna-Barreira ............................................................................. 146

5.2.2.2 Depsitos praias marinhos e elicos e de retrabalhamento elico .............. 147

5.3 GEOMORFOLOGIA .......................................................................................... 149

5.4 PEDOLOGIA ..................................................................................................... 151

5.4.1 Classes de Solos ............................................................................................ 151

5.5 RECURSOS HDRICOS DO MUNICPIO DE ARARANGU ............................ 153

5.5.1 Recursos Hdricos Subterrneos de Ararangu ............................................. 154

5.5.2 Recursos Hdricos Superficiais de Ararangu ................................................ 158

5.6 CARACTERIZAO FLORSTICA ................................................................... 160

5.6.1 Contexto Florstico ......................................................................................... 160

6 ELABORAO DOS CENRIOS DE CRESCIMENTO DE ARARANGU ....... 170

6.1 Metodologia ....................................................................................................... 170

6.2 Expanso urbana e ocupao territrio ............................................................. 172

6.3 Aspectos legais de planejamento de Ararangu ............................................... 181

6.4 Ocupao do solo e servios de saneamento ................................................... 194

6.5 Cenrios de crescimento do municpio ............................................................. 194

6.5.1 Cenrio Tendencial ........................................................................................ 196

6.5.2 Cenrio Exploratrio ....................................................................................... 205

7 CONSIDERAES .............................................................................................. 208

REFERNCIAS....................................................................................................... 210

LISTA DE ANEXOS

ANEXO I: LEI ORDINRIA DE ARARANGU SC N 2.587 DE 05/02/2010

ANEXO II: RELAO DE AUTORIDADES E ENTIDADES DE ARARANGU 2014

ANEXO III: MAPA GEOLGICO DA BACIA HIDROGRFICA DO RIO ARARANGU

ANEXO IV: MAPA DO PERMETRO URBANO ZONEAMENTO

ANEXO V: ANOTAES DE RESPONSABILIDADE TCNICA

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Diagnstico Socioeconmico, Cultural, Ambiental e de Infraestrutura Julho/2014

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Mapa de localizao. ................................................................................ 20

Figura 2 - Populao residente. ................................................................................ 25

Figura 3 - Populao urbana e rural (%). .................................................................. 25

Figura 4 - Populao residente (%) de acordo com o gnero. .................................. 26

Figura 5 - Estimativa da populao residente. .......................................................... 29

Figura 6 - Estimativa da populao Urbana e Rural (2000-2034). ............................ 32

Figura 7 - Mapa de delimitao das UTAP. ............................................................... 34

Figura 8 - Domiclios por situao segundo as UTAP. .............................................. 60

Figura 9 - Taxas de atendimento das formas de esgotamento sanitrio por UTAP. . 64

Figura 10 - Pessoas alfabetizadas com 10 anos ou mais de idade por gnero. ....... 90

Figura 11 - Produto Interno Bruto (em R$ deflacionados ao preo de 2013). ......... 101

Figura 12 - Valor adicionado do PIB por setor. ........................................................ 102

Figura 13 - PIB per capita (em R$). ......................................................................... 102

Figura 14 - Distribuio da renda Familiar............................................................... 104

Figura 15 - Nmero de estabelecimentos que correspondem a mais de 2% .......... 105

Figura 16 - Produo da lavoura temporria. .......................................................... 109

Figura 17 - Zonas agroecolgicas da Unidade de Planejamento Regional Litoral Sul Catarinense (UPR 8). .............................................................................................. 114

Figura 18 - Variao anual da temperatura mdia e mdia das mximas e mnimas, da Estao Meteorolgica de Ararangu, SC (Srie 1928-1980)............................ 116

Figura 19 - Variao anual da temperatura mdia das mximas e mnimas absolutas, da Estao Meteorolgica de Ararangu, SC (Srie 1928-1980)............................ 117

Figura 20 - Variao anual da temperatura mdia das mximas, mdias e mnimas, da Estao Meteorolgica de Cricima (Cd. 1043) (Srie 2009-2013). ................ 117

Figura 21 - Variao anual da temperatura mdia das mximas e mnimas absolutas, da Estao Meteorolgica de Cricima (Cd. 1043) (Srie 2009-2013). ................ 118

Figura 22 - Variao anual da temperatura mdia das mximas, mdias e mnimas, da Estao Meteorolgica de Urussanga, SC (Temperatura mxima e mnima - Srie 1924-2005 / Temperatura mdia - Srie 1924-2009). ............................................. 118

Figura 23 - Variao anual da temperatura mdia das mximas e mnimas absolutas, da Estao Meteorolgica de Urussanga (Srie 1924-2005). ................................. 119

Figura 24 - Variao anual da radiao solar global no topo da atmosfera (Ra) e da radiao solar (Rs) mdia, mxima e mnima na superfcie, medidas da Estao Meteorolgica de Urussanga, SC (Normais Climatolgicas - Srie 1988-1999). .... 120

Figura 25 - Variao da insolao e nebulosidades nas estaes meteorolgicas de Urussanga (Srie 1924-2005) e de Ararangu (Srie 1928-1980). ......................... 120

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Figura 26 - Variao anual da presso atmosfrica da Estao Meteorolgica de Ararangu (Srie 1928-1980). ................................................................................. 122

Figura 27 - Variao anual da umidade relativa mdia da Estao Meteorolgica de Ararangu (Srie 1928-1980). ................................................................................. 123

Figura 28 - Variao anual da velocidade mdia, mxima e mnima do vento, da Estao Meteorolgica de Urussanga, SC (Normais Climatolgicas - Srie 1939-2005). ...................................................................................................................... 124

Figura 29 - Nmero mensal de dias de geada, Estao Meteorolgica de Urussanga, SC (Normais Climatolgicas - Srie 1948-2004). .................................................... 125

Figura 30 - Horas mensais de frio, Estao Meteorolgica de Urussanga, SC (Normais Climatolgicas - Srie 1984-2001). .......................................................... 126

Figura 31 - Variao da pluviometria mdia mensal, das estaes de Urussanga, Cricima, Ararangu, Meleiro e Sombrio. ............................................................... 127

Figura 32 - Valores de pluviometria mensal com diferentes nveis de probabilidade para a estao de Ararangu (Srie 1946-2010). ................................................... 132

Figura 33 - Valores de pluviometria mensal com diferentes nveis de probabilidade para Urussanga (Srie 1924-2009). ........................................................................ 134

Figura 34 - Valores de pluviometria mensal com diferentes nveis de probabilidade para a estao de Cricima (Srie 2009-2013). ...................................................... 138

Figura 35 - Valores de pluviometria mensal com diferentes nveis de probabilidade para Meleiro (Srie 1942-2013). .............................................................................. 140

Figura 36 - Valores de pluviometria mensal com diferentes nveis de probabilidade para a estao de Sombrio (Srie 1976-2013)........................................................ 142

Figura 37 - Afloramentos da Formao Rio do Rasto no municpio de Ararangu/SC ................................................................................................................................ 144

Figura 38 - Depsitos praiais marinhos e elicos. ................................................... 146

Figura 39 - Compartimentos Geomorfolgicos do municpio de Ararangu, SC. .... 149

Figura 40 - Mapeamento das classes de solos do municpio de Ararangu, SC. ... 151

Figura 41 - Localizao do Municpio de Ararangu na regio Hidrogrfica RH10 e na bacia do Rio Ararangu. ..................................................................................... 153

Figura 42 - Aspecto geral da plancie aluvial do rio Ararangu originalmente coberta pela Floresta Tropical das Plancies Quaternrias do Sul, Ararangu, Santa Catarina. ................................................................................................................................ 162

Figura 43 - Vista de um remanescente florestal onde ocorre a transio entre a Floresta Ombrfila Densa de Terras Baixas e a Floresta Ombrfila Densa Submontana, Ararangu, Santa Catarina. .............................................................. 163

Figura 44 - Vista da zona de transio entre a Floresta Ombrfila Densa (encostas e topo das falsias) e a restinga, Ararangu, Santa Catarina. ................................... 164

Figura 45 - Aspecto geral das formaes de restinga, Ararangu, Santa Catarina. 165

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Diagnstico Socioeconmico, Cultural, Ambiental e de Infraestrutura Julho/2014

Figura 46 - Territrio municipal, demonstrando as UTAP Sanga da Toca, Cidade Alta e Herclio Luz. ......................................................................................................... 172

Figura 47 - Infraestrutura viria da regio litoral sul de Santa Catarina no perodo 1935-1940. .............................................................................................................. 175

Figura 48 - Roteiro e evoluo dos desmembramentos na Bacia do Ararangu. ... 176

Figura 49 - Antiga estao de trem da comunidade de Barranca em 1985. ........... 177

Figura 50 - Bairro da Barranca. ............................................................................... 177

Figura 51 - Bairros da Cidade de Ararangu. .......................................................... 178

Figura 52 - Condicionantes Urbanos do Parque Industrial 01. ................................ 191

Figura 53 - Imagem resultante da multiplicao de resultados entre os zoneamentos de 1981 e 2003. ...................................................................................................... 193

Figura 54 - Evoluo Urbana da sede de Ararangu. ............................................. 197

Figura 55 - UTAP Cidade Alta e vetores de crescimento tendencial. ...................... 197

Figura 56 - Vetores de crescimento nas localidades de Sangradouro e Lagoa da Serra. ...................................................................................................................... 198

Figura 57 - Vetores de crescimento e interao com a UTAP Cidade Alta na localidade de Forquilha Grande. ............................................................................. 199

Figura 58 - Sanga da Areia em 1978. ..................................................................... 200

Figura 59 - Vetores de crescimento em Sanga da Areia. ........................................ 200

Figura 60 - UTAP Sanga da Toca e vetores de crescimento tendencial. ................ 201

Figura 61 - Localidade de Itoupava em 1978. ......................................................... 201

Figura 62 - Itoupava em 2012. ................................................................................ 202

Figura 63 - Vetores de Crescimento no Distrito de Morro dos Conventos e na localidade de Canivete. ........................................................................................... 203

Figura 64 - Localidades de Barra Velha e Campo Me Luzia em 1978. ................. 204

Figura 65 - Vetores de crescimento nas localidades de Barra Velha e Campo Me Luzia. ....................................................................................................................... 204

Figura 66 - UTAP Herclio Luz e vetores de crescimento tendencial. ..................... 205

Figura 67 - Vetores de crescimento do cenrio exploratrio do Municpio. ............. 207

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Diagnstico Socioeconmico, Cultural, Ambiental e de Infraestrutura Julho/2014

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Populao residente. ................................................................................ 24

Tabela 2 - Taxa de crescimento intercensitria da populao residente. .................. 26

Tabela 3 - Populao residente segundo o gnero. .................................................. 27

Tabela 4 - Estimativa de populao residente........................................................... 28

Tabela 5 - Estimativa das populaes Urbana e Rural (2000-2034). ........................ 31

Tabela 6 - Relao de bairros e localidades pertencentes a cada UTAP. ................ 35

Tabela 7 - Nmero de setores censitrios, Populao total, rea e densidade demogrfica segundo as UTAP. ................................................................................ 36

Tabela 8 - Populao por cor ou raa segundo as UTAP 2010. ............................... 36

Tabela 9 - Populao por gnero segundo as UTAP. ............................................... 38

Tabela 10 - Populao por faixa etria segundo as UTAP. ....................................... 38

Tabela 11 - Produo Habitacional Geral. ................................................................ 40

Tabela 12 - Produo Habitacional de Interesse Social com o auxlio do Poder Pblico. ..................................................................................................................... 41

Tabela 13 - Classificao de Domiclios Particulares Permanentes .......................... 52

Tabela 14 - Nmero de Assentamentos Precrios em Ararangu (2000). ................ 54

Tabela 15 - Necessidades Habitacionais. ................................................................. 55

Tabela 16 - Nmero de domiclios que apresentam um dficit habitacional em Ararangu (2000). ..................................................................................................... 56

Tabela 17 - Dficit Habitacional no Municpio. .......................................................... 56

Tabela 18 - Dficit Habitacional por Componentes. .................................................. 57

Tabela 19 - Inadequao de Domiclios. ................................................................... 58

Tabela 20 - Domiclios por situao segundo as UTAP. ........................................... 59

Tabela 21 - Existncia de banheiro ou sanitrio e formas de esgotamento sanitrio. .................................................................................................................................. 63

Tabela 22 - Classes de consumo de energia. ........................................................... 67

Tabela 23 - Existncia de energia eltrica por zona rural e urbana, 2010. ............... 68

Tabela 24 - Parque Industrial de Ararangu.............................................................. 72

Tabela 25 - Bairros e localidades pertencentes a cada ESF. .................................... 75

Tabela 26 - IDHM Longevidade. ................................................................................ 79

Tabela 27 - Taxa de Fecundidade. ............................................................................ 79

Tabela 28 - Taxa Bruta de Natalidade por 1.000 Habitantes. ................................... 80

Tabela 29 - Mortalidade Infantil por 1.000 Nascidos Vivos. ...................................... 80

Tabela 30 - Doenas Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado (Drsai). .................................................................................................................................. 81

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Diagnstico Socioeconmico, Cultural, Ambiental e de Infraestrutura Julho/2014

Tabela 31 - Grupo de Doenas Infecciosas Intestinais ............................................. 82

Tabela 32 - Relao do Clube das Mes. ................................................................. 83

Tabela 33 - Escolas da rede municipal de ensino. .................................................... 85

Tabela 34 - Escolas da rede estadual de ensino. ...................................................... 86

Tabela 35 - APAE Ararangu. 1 semestre 2014. ..................................................... 87

Tabela 36 - Escolas Particulares do municpio. ......................................................... 88

Tabela 37 - Pessoas alfabetizadas com 10 anos ou mais de idade. ......................... 89

Tabela 38 - Pessoas alfabetizadas com 10 anos ou mais de idade por gnero........ 89

Tabela 39 - Supervit nominal do municpio de Ararangu. Resumo dos dados (2010-2012). .............................................................................................................. 92

Tabela 40 - Supervit real do municpio de Ararangu. Resumo dos dados (2010-2012). ........................................................................................................................ 92

Tabela 41 - Tarifas mdias praticadas pelo SAMAE/Ararangu. Resumo dos dados (2009-2011). .............................................................................................................. 93

Tabela 42 - Tarifas mdias deflacionadas praticadas pelo SAMAE/Ararangu. Resumo dos dados (2009-2011) ............................................................................... 94

Tabela 43 - Dados de estrutura tarifria conforme Decreto n 6.460/2014. .............. 94

Tabela 44 - Receitas, custos e supervits nominais do SAMAE/Ararangu (2011-2013). ........................................................................................................................ 95

Tabela 45 - Supervit nominal do SAMAE/Ararangu. Resumo dos dados (2011-2013). ........................................................................................................................ 98

Tabela 46 - Supervit real, deflacionado aos preos de 2013 do SAMAE/Ararangu. Resumo dos dados (2011-2013). .............................................................................. 99

Tabela 47 - Valor Presente Lquido. ........................................................................ 100

Tabela 48 - Produto Interno Bruto (em R$ deflacionados aos preos de 2013) do municpio. ................................................................................................................ 101

Tabela 49 - PIB Per Capita Real, deflacionado ao preo de 2013. ......................... 103

Tabela 50 - Renda domiciliar em salrios mnimos por situao dos domiclios. .... 103

Tabela 51 - Nmero de estabelecimentos que correspondem a mais de 2% do total. ................................................................................................................................ 105

Tabela 52 - Setores da atividade econmica conforme o saldo da movimentao. 106

Tabela 53 - reas (em hectares) segundo o uso do solo. ....................................... 109

Tabela 54 - IDH-M dos municpios pertencentes AMUREL 2000 e 2010. ......... 110

Tabela 55 - Estaes pluviomtricas utilizadas no estudo. ..................................... 115

Tabela 56 - Estatsticas observadas dos totais mensais e anuais de pluviometria nas Estaes de Ararangu (Srie 1924-2009) e Urussanga (Srie 1946-2010). ......... 129

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Diagnstico Socioeconmico, Cultural, Ambiental e de Infraestrutura Julho/2014

Tabela 57 - Valores de pluviometria mensal e anual com diferentes nveis de probabilidade para a estao de Ararangu (Srie 1946-2010). ............................. 131

Tabela 58 - Valores de pluviometria mensal e anual com diferentes nveis de probabilidade para Urussanga (Srie 1924-2009). .................................................. 133

Tabela 59 - Estatsticas observadas dos totais mensais e anuais de pluviometria na Estao de Cricima (Srie 2009-2013) e de Meleiro (Srie 1942-2013). .............. 135

Tabela 60 - Valores de pluviometria mensal e anual com diferentes nveis de probabilidade para a estao de Cricima (Srie 2009-2013). ............................... 137

Tabela 61 - Valores de pluviometria mensal e anual com diferentes nveis de probabilidade para Meleiro (Srie 1942-2013). ....................................................... 139

Tabela 62 - Valores de pluviometria mensal e anual com diferentes nveis de probabilidade para a estao de Sombrio (Srie 1976-2013). ................................ 141

Tabela 63 - Resultados das anlises das amostras de guas subterrneas do Municpio de Ararangu, Formao Rio do Rasto/Botucatu Sistema Aqufero Guarani. .................................................................................................................. 157

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Diagnstico Socioeconmico, Cultural, Ambiental e de Infraestrutura Julho/2014

1 APRESENTAO

No Brasil, a Constituio Federal estabelece ser de competncia da Unio

a elaborao de diretrizes para o setor de saneamento visando o desenvolvimento

urbano. No entanto, estabelece aos municpios a responsabilidade de organizar e

prestar os servios pblicos de interesse local.

Desta forma, a partir de 2007 o pas passou a dispor de um marco

regulatrio para o setor, com a sano da Lei Federal N 11.445/2007, a chamada

Poltica do Saneamento. Dentre demais atribuies, esta lei estabelece a Poltica

Pblica de Saneamento Bsico e institui aos municpios a obrigatoriedade de

elaborao do Plano Municipal de Saneamento Bsico. O Plano constitui-se como

principal instrumento para o planejamento, a regulao, fiscalizao e o controle

social da qualidade dos servios de saneamento bsico. Alm disso, conforma-se

requisito indispensvel aos municpios na participao dos programas de crdito e

de transferncia de recursos no onerosos, em especial os recursos do Programa de

Acelerao do Crescimento PAC.

Em Santa Catarina as diretrizes acerca do saneamento passaram a ser

especificamente tratadas com a Lei N 13.517 de 4 de outubro de 2005 que dispe

sobre a Poltica Estadual de Saneamento. O Art. 2 define:

Saneamento [...]: conjunto de aes com o objetivo de alcanar nveis crescentes de salubridade ambiental, compreendendo o abastecimento de gua, a coleta, o tratamento e a disposio dos esgotos e dos resduos slidos e gasosos e os demais servios de limpeza; o manejo das guas; o controle ambiental de vetores e reservatrios de doenas e a disciplina da ocupao e uso do solo, nas condies que maximizem a promoo e a melhoria de vida nos meios urbano e rural (SANTA CATARINA, 2005).

Dentre os servios urbanos, de acordo com Garcias (1992) o saneamento

se destaca por estar presente desde o incio da humanidade, em todas as relaes

do homem com o ambiente, se desenvolvendo de acordo com a evoluo das

civilizaes. Moraes et al. (2001) entendem o saneamento ambiental como o

conjunto de aes que objetivem a melhoria da salubridade ambiental abrangendo

os servios de abastecimento de gua com qualidade e quantidade, a coleta,

tratamento e disposio final de resduos slidos e esgoto domstico, a drenagem

das guas pluviais, a promoo da disciplina sanitria do uso e ocupao do solo, o

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Diagnstico Socioeconmico, Cultural, Ambiental e de Infraestrutura Julho/2014

controle de vetores transmissores de doenas, a fim de promover a sade, o bem

estar e a cidadania da populao.

A elaborao do Plano Municipal de Saneamento Bsico - PMSB tem

como objetivo a posterior formulao de um instrumento legal, norteador das

polticas de saneamento bsico do municpio e transformador social, por meio da

universalizao dos servios pblicos de saneamento. Para tanto, ele compreende o

planejamento dos servios, contemplando basicamente cenrios de crescimento do

municpio, objetivos e metas de curto, mdio e longo prazo para universalizao do

atendimento; programa, projetos e aes necessrias para atingir os objetivos e

metas; aes de emergncia e contingncia; mecanismos e procedimentos para

avaliao sistemtica da eficincia e eficcia das aes programadas.

A participao e o controle social fazem parte do processo construtivo do

plano, conforme prev a Lei n 11.445/2007. As consultas pblicas so feitas atravs

de audincias pblicas realizadas por Unidades Territoriais de Anlise e

Planejamento UTAP. O contedo final do plano aprovado em uma ltima

audincia integrando todo o municpio.

Os diagnsticos para o PMSB no se restringem abordagem da

cobertura e qualidade dos servios de saneamento. Eles contemplam uma anlise

da situao do saneamento bsico considerando reas afins como habitao,

economia e sade objeto deste relatrio, garantindo o tratamento intersetorial de

suas condies. Isto inclui a promoo da segurana hdrica, preveno de doenas

e reduo das desigualdades sociais, o desenvolvimento econmico, a ocupao

adequada dos solos e a preveno e reduo dos acidentes ambientais (TRATA

BRASIL, p. 11, 2009).

A elaborao do Plano Municipal de Saneamento Bsico seguiu as

orientaes do Termo de Referncia. Em funo da grande quantidade de

informaes apresentadas em todos estes produtos, o Plano foi dividido em

Volumes, totalizando 6, sendo estes:

I) Diagnstico do Sistema de Abastecimento de gua;

II) Diagnstico do Sistema de Esgotamento Sanitrio;

III) Diagnstico do Sistema de Manejo de guas Pluviais e Drenagem

Urbana;

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IV) Diagnstico do Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resduos

Slidos;

V) Diagnstico Socioeconmico, Cultural, Ambiental e de Infraestrutura;

VI) Prognsticos, Programas, Projetos e Aes, Mecanismos de avaliao

e Monitoramento.

Este relatrio apresenta o Volume V.

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2 INTRODUO

O Diagnstico socioeconmico, cultural, ambiental e de infraestrutura

parte integrante do Plano Municipal de Saneamento Bsico de Ararangu/SC, objeto

do Contrato n 26/2013 firmado entre o Servio Autnomo Municipal de gua e

Esgoto (SAMAE Ararangu) e a Fundao Educacional de Cricima - FUCRI,

mantenedora da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC atravs do

Instituto de Pesquisas Ambientais e Tecnolgicas - IPAT.

Este diagnstico apresenta informaes sobre as condies sociais e

econmicas, de sade, educao, saneamento, organizaes comunitrias e

habitao caracterizao esta que se estende para as Unidades Territoriais de

Anlise e Planejamento UTAP. Alm do levantamento socioeconmico, este

diagnstico inclui a projeo populacional para um horizonte de 20 anos e um

Estudo Epidemiolgico, que procura alar a relao entre o saneamento inadequado

e as DRSAI Doenas Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado.

So apresentados tambm aspectos gerais do municpio como

demografia, economia, histrico e cultura e especficos como habitao,

epidemiologia e caracterizao fsica.

A correlao de dados deste diagnstico com as demais informaes dos

Diagnsticos dos Sistemas de Abastecimento de gua, Esgotamento Sanitrio,

Limpeza Urbana e Manejo de Resduos Slidos, Manejo das guas Pluviais e

Drenagem Urbana devem contribuir para atribuio de Programas, Projetos e Metas

do Plano Municipal de Saneamento Bsico PMSB.

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19

Diagnstico Socioeconmico, Cultural, Ambiental e de Infraestrutura Julho/2014

3 METODOLOGIA

A pesquisa realizada neste trabalho segue os propsitos de uma

caracterizao social e econmica com base nas diretrizes da Lei Federal n

11.445/2007, atendendo a normatizao quanto aos contedos e processos,

adotando-se as orientaes referentes construo dos Planos Municipais de

Saneamento Bsico. Visando a caracterizao econmica e social abordada neste

diagnstico, foram utilizados dados e arquivos coletados em instituies pblicas e

privadas, como tambm consultas em livros, documentos, pesquisas e demais

publicaes pertinentes.

Como principal e mais recente fonte de dados, tm-se os Setores

Censitrios do Censo Demogrfico 2010, elaborado pelo Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatstica IBGE. Este Censo traz informaes da populao e seus

domiclios, englobando vrios aspectos como escolaridade, nvel de vida e

habitao.

Alm do IBGE, o SIAB Sistema de Informao da Ateno Bsica/PSF

Programa Sade da Famlia, coordenado pela Secretaria Municipal da Sade,

utilizado pois trata de aspectos sanitrios e populacionais. Estas duas fontes de

dados, Setores Censitrios (IBGE) e os relatrios do SIAB, so fundamentais para a

anlise intramunicipal, devido a desagregao das informaes em bairros e

localidades, possibilitando inclusive a anlise por Unidades Territoriais de Anlise e

Planejamento (UTAP), dimenso territorial que delimita parte deste diagnstico.

Na delimitao das UTAP so considerados nveis de desagregao

internos ao municpio, uma vez que as cidades apresentam padres diferenciados

de desenvolvimento entre as localidades. Neste diagnstico optou-se por uma

diviso alternativa, baseada na diviso por setor censitrio, conforme o censo

demogrfico realizado em 2010 pelo IBGE.

Dados do mercado de trabalho e o ndice de Desenvolvimento Humano

Municipal foram obtidos no Ministrio do Trabalho e Emprego e no Atlas do

Desenvolvimento Humano no Brasil, respectivamente.

Cabe registrar o envolvimento, de forma direta e indireta, da equipe

tcnica da Prefeitura Municipal de Ararangu que atua nas quatro reas do

saneamento bsico no mbito municipal.

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4 CARACTERIZAO SOCIOECONMICA, CULTURAL, AMBIENTAL E DE

INFRAESTRUTURA

4.1 LOCALIZAO

O municpio de Ararangu est localizado ao sul de Santa Catarina,

inserido na microrregio do extremo sul catarinense, pertencente AMESC

Associao dos Municpios do Extremo Sul Catarinense.

A situao geogrfica da cidade de Ararangu privilegiada, estando s

margens da BR 101. Localizada no corredor do Mercosul, entre as duas capitais

Florianpolis (210 Km) e Porto Alegre (220 Km), conforme mostra Figura 1.

Figura 1 - Mapa de localizao.

Fonte: Elaborado pelo IPAT.

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De acordo com os dados do IBGE (Cidades, 2010), Ararangu possui

uma rea de 303,303 km e uma densidade demogrfica de 202,14 hab./km, com

latitude de 285605 S e longitude 492909 W e altitude de 13m.

Ararangu foi fundada em 1880, porem h razes histricas muito antes

desta data. Os primeiros moradores da cidade foram os ndios Sambaquis, Xoklengs

e Guarani, aproximadamente 6.000 a.c., eles ocupavam o distrito de Ilhas e Morro

dos Conventos, moravam prximo ao mar, rios e lagoas, garantindo a pesca e a

gua para o seu prprio consumo. Os Guaranis eram grandes artesos de cermica

e produtores de mandioca, habitavam em grandes aldeias, por toda a cidade.

Em 1728 com a rota dos tropeiros, foi aberto o Caminho dos Conventos, e

durante a Guerra dos Farrapos, o povoado local abrigou alguns refugiados de

Laguna (cuja a jurisdio pertencia a rea que mais tarde se constitua no

municpio), provalvelmente no incio do sculo XIX. A princpio se estabeleceram s

margens do Morro dos Conventos, na poca o local era conhecido como Capo da

Espera, hoje conhecido como distrito de Herclio Luz, local onde surgiram as

primeiras casas e comrcios, afastando as populaes indgenas da regio.

O expansionismo provocou a ocupao das terras ao sul do muncpio de

Laguna, onde migraram os aorianos e italianos, mais acentuado na regio, e um

grupo menor de alemos.

Os aorianos vieram para regio, para cultivar o trigo, mas o clima

inviabilizou a cultura que provocou a adaptao para o cultivo de mandioca, j os

italianos e alemos alm das atividades agrcolas, desenvolveram as atividades

comerciais na regio.

Pela lei provencial n 272, de 04/05/1848, foi criado o distrito denominado

Nossa Senhora Me dos Homens. Pela lei provencial n 532, de 19/03/1864, Nossa

Senhora Me dos Homens passou a denominar-se Campinas (mudana de sede).

Em 1880 pela lei provencial n 901, 03/03/1880, foi desmembrado dos municpios de

Laguna e Tubaro, constitudo distrito sede e instalada em 28/02/1883, sede na vila

de Campinas, atual Ararangu.

A origem do nome da cidade a fuso de papagaio grande, arara com

gu (vale, baixada), o que atribui o local a denominao de Vale das araras. H

outras verses que une os termos ara e angu que juntos significariam o barulho,

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rumor dos papagaios ou a que registra a transformao do termo guarani,

ararerunguay em araringu que significa rio de areia preta.

Pelo decreto estadual do Governo Provisrio n 45, de 03/02/1991,

criado o distrito de Passo do Serto, anexado ao municpio de Ararangu. Pela lei

estadual n 48, de 02/09/1892, criado o distrito de Cresciuma e anexado ao

municipio de Ararangu. Em diviso administrativa referente ao ano de 1911, o

municipio era constitudo de trs distritos: Ararangu, Cresciuma e Passo do Serto.

Pela lei municipal n123, de 02/02/1912, criado o distrito de Nova Veneza e

anexado ao municpio de Ararangu. Pela lei municipal n 141, de 02/01/1914,

criado o distrito de Sombrio, desmembrado do distrito Passo do Serto e anexado ao

municpio de Ararangu. Pela lei municipal n 171, de 09/07/1917, criado o distrito

de Cangicas e anexado ao municpio de Ararangu. No ano de 1928, o municpio

era constituido de seis distritos, so eles: Ararangua, Cangicas, Cresciuma, Nova

Veneza, Passo do Serto e Sombrio.

Pela lei municipal n 197, de 10/01/1923, o distrito de Cangicas passou a

denominar-se Hercilio Luz. Pela lei municipal n 225, de 12/11/1924, extinto o

distrito de Sombrio, sendo seu territrio anexado ao distrito de Passo do Serto. Pela

lei municiapal n 237, de 01/01/1925, criado o distrito de Meleiro e anexado ao

municpio de Ararangu. Pela lei estadual n 1516, de 04/11/1925, desmembra do

municipio de Ararangu os distritos de Cresciuma e Nova Veneza, para formar o

novo municipio Cresciuma. Pela lei municipal de n 253, de 12/01/1926, recriado o

distrito de Sombrio e anexado novamente ao municpio de Ararangu. Pela lei

estadual n 1709, de 11/10/1930 criado o distrito de Volta Grande, desmembrado

do distrito de Sombrio e anexado ao municpio de Ararangu. Sob a mesma lei

citada acima, criado o distrito de Turvo, desmembrado do distrito de Meleiro e

anexado ao municpio de Ararangu. Em diviso administrativa referente ao ano de

1933, o municpio se constitua de sete distritos: Ararangu, Herclio Luz, Meleiro,

passo do Serto, Sombrio, Turvo e Volta Grande.

Pelo decreto lei estadual n 238, de 01/12/1938, o distrito de Herclio Luz

passou a denominar-se Morrtes. No quadro fixado para vigorar no perodo de 1939

a 1943, o municpio constitudo de sete distritos: Ararangu, Meleiro, Morrtes (ex

Herclio Luz), Passo do Serto, Sombrio, Turvo e Volta Grande.

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Pelo decreto lei estadual n 941, de 31/12/1943, o distrito de Volta

Grande, passou a denominar-se Jacinto Machado, o distrito Morrtes a denominar-

se Maracaj. Ainda sob o decreto lei acima citado, so criados os distritos de Timb,

desmembrado dos distritos de Turvo e Meleiro e o distrito de Praia Grande,

desmembrado do distrito de Passo do Serto. No perodo 1944 a 1948, o municpio

se constitua de 9 distritos: Ararangu, Maracaj (ex Morrtes), Jacinto Machado (ex

Volta Grande, Meleiro, Passo do Serto, Praia Grande, Sombrio, Timb e Turvo.

Pela lei estadual n 247, de 30/12/1948, desmembra do municpio de

Ararangu, os distritos de Turvo, Jacinto Machado, Meleiro, Praia Grande e Timb,

formando assim o novo municpio de Turvo. Em diviso territorial no ano de 1950, o

municpio era constitudo de quatro distritos: Ararangu, Passo do Serto, Maracaj

e Sombrio. Pela lei estadual n 133, de 30/12/1953, desmembrado do municpio de

Ararangu os distritos de Sombrio e Passo do Serto, formando assim o novo

municpio de Sombrio. Em diviso no ano de 1955, o municpio de constitua em dois

distritos: Ararangu e Maracaj. Pela lei municipal n2, de 18/11/1955, criado o

distrito de Herclio Luz e anexado ao municpio de Ararangu. Em diviso territorial

datada no ano de 1960, o municpio se constitua em 3 distritos: Ararangu,

Maracaj e Herclio Luz.

Pela lei estadual n 1063, de 12/05/1967, desmbrado do municpio de

Ararangu, o distrito de Maracaj, onde elevado categoria de municpio. No ano

de 1979, o municpio de ararangu, se constitua em 2 distritos: Ararangu e Herclio

Luz.

Pela lei municipal de n 1128, de 02/09/1988, so criados os distritos de

Balnerio Arroio do Silva e Sanga da toca, anexados ao municpio de Ararangu. No

ano de 1995, o municpio de Ararangu consitudo de quatro distritos: Ararangu,

Balnerio Arroio do Silva, Herclio Luz e Sanga da Toca.

Pela lei estadual n 10055, de 29/12/1995, desmembra de Ararangu o

distrito de Balnerio Arroio do Silva, onde o mesmo elevado a categoria de

municpio. No ano de 1997, o municpio se constitua de trs distritos: Ararangu,

Herclio Luz e Sanga da Toca.

Pela lei n 1656, de 13/06/1996, criado o distrito de Balnerio Morro dos

Conventos e anexadoo ao municpio de Ararangu. No ano de 1999, o municpio se

constitua de 4 distritos: Ararangu, Herclio Luz, Balnerio Morro dos Conventos e

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Sanga da Toca, assim permanecendo a diviso datada em 2003, seguindo at os

dias de hoje.

As principais atividades econmicas da cidade so a indstria, o comrcio

e a agricultura. O setor agrcola movido por aproximadamente 16% da populao

que reside no meio rural. Entre os principais cultivos esto: arroz, mandioca, feijo,

fumo e milho. No setor industrial, os destaques so: metalurgia, cermica, indstria

moveleira e confeces. A produo do mel coloca o municpio como o maior

exportador do pas, com a produo do melhor mel do mundo, atraves do ttulo

concedido empresa Araranguaense Prodapys em 2007, na Apimondia, um dos

maiores congressos de apicultura do mundo.No turismo e hotelaria est o grande

potencial de crescimento. Por possuir inmeras belezas naturais, Ararangu vem se

tornando uma cidade voltada para a indstria sem chamin, trazendo assim, maior

qualidade de vida com crescimento sustentvel para seus habitantes e visitantes.

4.2 POPULAO

4.2.1 Evoluo demogrfica

Segundo o censo demogrfico do IBGE (2010) o municpio de Ararangu

possui uma populao total de 61,310 habitantes. Destas, 10.784 (17,59%) esto no

meio rural e 50.526 (82,41%) esto na rea urbana. A densidade demogrfica do

municpio em 2010 de 202,14 hab./km. Segundo as estimativas do IBGE, a

populao de Ararangu em 2013 era de 64.405 habitantes, havendo um

crescimento de 5,05% em relao ao censo demogrfico de 2010. A Tabela 1 e a

Figura 2 apresentam o nmero de residentes em Ararangu nos Censos

Demogrficos de 1970, 1980, 1991, 2000 e 2010. Entre 1970 e 1980 ocorreu um

decrscimo da populao, principalmente na rea rural, em decorrncia da

emancipao do distrito de Maracaj, mencionado anteriormente.

Tabela 1 - Populao residente.

1970 1980 1991 2000 2010

Urbana 12.511 25.290 39.490 45.052 50.526

Rural 13.700 8.389 8.925 9.654 10.784

Total 26.211 33.679 48.415 54.706 61.310

Fonte: Censos Demogrficos, IBGE.

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Figura 2 - Populao residente.

Fonte: Censos Demogrficos, IBGE.

A Figura 3 ilustra a evoluo da populao urbana e rural no municpio,

de acordo com os censos demogrficos de 1970, 1980, 1991, 2000 e 2010

realizados pelo IBGE. Acompanhando a tendncia nacional, a populao rural tem

diminudo relativamente, enquanto que a populao urbana vem aumentando

gradativamente, desta tendncia, urge a necessidade de planejar adequadamente o

crescimento local, delimitando reas que devem ser exploradas ou no tanto

comercial como residencialmente.

Figura 3 - Populao urbana e rural (%).

Fonte: Censos Demogrficos, IBGE.

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

26.211

33.679

48.415

54.706

61.310

Populao residente

1970

1980

1991

2000

2010

-

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

90,00

Urbana Rural

47,73 52,27

75,09

24,91

81,57

18,43

82,35

17,65

82,41

17,59

1970

1980

1991

2000

2010

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Entre os censos demogrficos, possvel verificar que, a exemplo da

queda expressiva entre 1970-1980, especialmente na rea rural, aonde o ritmo de

crescimento da populao urbana e rural vem se estabilizando, sendo que a

populao urbana cresce em maior proporo que a rural, conforme a Tabela 2 que

mostra a taxa de crescimento da populao entre os censos demogrficos no

municpio.

Tabela 2 - Taxa de crescimento intercensitria da populao residente.

Perodo 1970 - 1980 1980 - 1991 1991 - 2000 2000 - 2010

Urbana 102,14% 56,15% 14,08% 12,15%

Rural -38,77% 6,39% 8,17% 11,70%

Total 28,49% 43,75% 12,99% 12,07%

Fonte: Censos Demogrficos, IBGE.

Quanto ao gnero verifica-se que a populao muito bem dividida

(Figura 4 e Tabela 3), com aproximadamente 50% da populao de cada gnero.

Desde as primeiras dcadas dos perodos em anlise, o nmero de residentes

mulheres superava o do gnero masculino. No entanto, cabe salientar que essas

diferenas so muito pequenas e ressalta-se a similar distribuio entre os gneros.

Figura 4 - Populao residente (%) de acordo com o gnero.

Fonte: Censos Demogrficos, IBGE.

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

Homens Mulheres

13.048 13.163

16.761 16.918

23.893 24.522

27.090 27.616

30.13831.172

1970

1980

1991

2000

2010

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Tabela 3 - Populao residente segundo o gnero.

Ano 1970 1980 1991 2000 2010

Homens 13.048 16.761 23.893 27.090 30.138

Mulheres 13.163 16.918 24.522 27.616 31.172

Total 26.211 33.679 48.415 54.706 61.310

Fonte: Censos Demogrficos, IBGE.

4.2.2 Projeo populacional

Seguindo os preceitos do presente diagnstico, foram elaboradas

projees da populao com vistas a estimar o nmero total de habitantes em um

horizonte de 20 anos, a partir de 2014, levando em considerao dados oficiais do

DATASUS.

Estes nmeros foram obtidos por meio de modelos estatsticos e podem

sofrer inmeras interferncias, visto a dinamicidade de um municpio costeiro como

Ararangu, portanto, o objetivo apresentar uma base, considerando a trajetria da

evoluo populacional durante o perodo 1997-2013.

Dentre os modelos estatsticos estimados, concluiu-se que o melhor

resultado obtido foi o de um modelo auto-regressivo integrado de mdia mvel

(ARIMA 1, 1, 1). O modelo adotado permite estimar i) a previso para a populao

residente do municpio de Ararangu e ii) os limites superior e inferior para a

projeo dessa populao em um intervalo de confiana de 95%. Os resultados da

estimativa so apresentados e ilustrados na Tabela 4 e Figura 5 abaixo:

Da regresso estimada conclui-se que a populao residente crescer a

uma taxa de aproximadamente 590 habitantes por ano at 2034. A projeo

calculada para a populao em 2034 ser de 75.931 habitantes, com 95% de

chance de ser algum valor dentro do intervalo entre 72.764 e 79.098 habitantes.

Naturalmente a previso ignora fatores exgenos que possam alterar a

trajetria de crescimento populacional estimada, pois o clculo considera apenas o

ritmo de crescimento dessa populao observada no perodo 1997-2013. Elementos

exgenos como, por exemplo, a instalao de empresas de grande porte, com alta

demanda de mo-de-obra no residente no municpio, podem afetar essa trajetria

estimada.

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Tabela 4 - Estimativa de populao residente.

Ano Populao DATASUS

Populao Estimada

Erro Padro Limite Inferior Limite Superior

1997 52594 1998 54216 53188

1999 55842 54494 2000 57472 55803 2001 55927 57115 2002 56908 56692 2003 57930 57465 2004 60076 58281 2005 61263 59668 2006 62442 60646 2007 57119 61626 2008 59134 59566 2009 59537 60676 2010 61339 61116 2011 61817 62191 2012 62308 62717 2013 64405 63247 2014

64422 1490 61501 67343

2015

64793 1598 61661 67924

2016

65300 1613 62138 68462

2017

65860 1615 62694 69027

2018

66441 1616 63274 69608

2019

67030 1616 63863 70197

2020 67622 1616 64455 70789

2021

68215 1616 65048 71381

2022

68808 1616 65641 71975

2023

69401 1616 66234 72568

2024

69995 1616 66828 73162

2025 70589 1616 67422 73756

2026

71182 1616 68015 74349

2027

71776 1616 68609 74943

2028

72370 1616 69203 75537

2029

72963 1616 69796 76130

2030 73557 1616 70390 76724

2031

74150 1616 70984 77317

2032

74744 1616 71577 77911

2033

75338 1616 72171 78505

2034 75931 1616 72764 79098

Fonte: Elaborado a partir de dados publicados pelo DATASUS.

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Figura 5 - Estimativa da populao residente.

FONTE: Elaborado a partir de dados publicados pelo DATASUS.

67.622

70.589

73.557

75.931

64.455

67.422

70.390

72.764

70.789

73.756

76.724

79.098

50.000

55.000

60.000

65.000

70.000

75.000

80.000

1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040

Populao DATASUS Populao Estimada Limite Inferior Limite Superior

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Da regresso estimada conclui-se que a populao residente crescer a

uma taxa de aproximadamente 590 habitantes por ano at 2034. A projeo

calculada para a populao em 2034 ser de 75.931 habitantes, com 95% de

chance de ser algum valor dentro do intervalo entre 72.764 e 79.098 habitantes.

Naturalmente a previso ignora fatores exgenos que possam alterar a

trajetria de crescimento populacional estimada, pois o clculo considera apenas o

ritmo de crescimento dessa populao observada no perodo 1997-2013. Elementos

exgenos como, por exemplo, a instalao de empresas de grande porte, com alta

demanda de mo-de-obra no residente no municpio, podem afetar essa trajetria

estimada.

A projeo das populaes urbana e rural consiste em clculo realizado

conforme os dados calculados para a populao total estimada, portanto adota-se

uma metodologia mais simples, baseada em uma progresso aritimtica para a

proporo das populaes urbana e rural do municpio. A equao caracterstica da

proporo da populao urbana definida por:

Sendo: : Proporo da populao urbana no ano .

: Intercepto calculado.

: Coeficiente angular calculado.

: Ano.

A proporo da populao rural consistir na simples diferena entre um

(equivalente a 100%) e a proporo da populao urbana calculada. A equao

caracterstica da proporo da populao rural definida por:

Sendo: : Proporo da populaa rural no ano .

Segundo dados dos Censos do IBGE para os anos 2000 e 2010, a

proporo da populao Urbana de Ararangu correspondia 82,35% em 2000 e

82,41% em 2010 (IBGE, 2014). A proporo da populao Rural, por sua vez,

correspondia 17,65% em 2000 e 17,59% em 2010. O clculo da equao

caracterstica da proporo da populao urbana resultou em:

Os resultados da projeo das populaes urbana e rual so

apresentados na Tabela 5 e ilustrados na Figura 6.

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Tabela 5 - Estimativa das populaes Urbana e Rural (2000-2034).

Ano Urbana (%) Rural (%) Populao Estimada

Urbana Rural

2000 82,35% 17,65% 55803 45956 9848

2001 82,36% 17,64% 57115 47039 10076

2002 82,36% 17,64% 56692 46694 9998

2003 82,37% 17,63% 57465 47334 10131

2004 82,38% 17,62% 58281 48009 10271

2005 82,38% 17,62% 59668 49156 10512

2006 82,39% 17,61% 60646 49965 10681

2007 82,39% 17,61% 61626 50775 10850

2008 82,40% 17,60% 59566 49081 10484

2009 82,40% 17,60% 60676 50000 10676

2010 82,41% 17,59% 61116 50366 10750

2011 82,42% 17,58% 62191 51256 10935

2012 82,42% 17,58% 62717 51693 11024

2013 82,43% 17,57% 63247 52134 11114

2014 82,43% 17,57% 64422 53105 11316

2015 82,44% 17,56% 64793 53415 11378

2016 82,45% 17,55% 65300 53837 11463

2017 82,45% 17,55% 65860 54303 11558

2018 82,46% 17,54% 66441 54785 11656

2019 82,46% 17,54% 67030 55275 11755

2020 82,47% 17,53% 67622 55767 11855

2021 82,47% 17,53% 68215 56259 11955

2022 82,48% 17,52% 68808 56753 12055

2023 82,49% 17,51% 69401 57246 12155

2024 82,49% 17,51% 69995 57740 12255

2025 82,50% 17,50% 70589 58234 12355

2026 82,50% 17,50% 71182 58728 12455

2027 82,51% 17,49% 71776 59222 12554

2028 82,51% 17,49% 72370 59716 12654

2029 82,52% 17,48% 72963 60210 12754

2030 82,53% 17,47% 73557 60704 12853

2031 82,53% 17,47% 74150 61198 12953

2032 82,54% 17,46% 74744 61692 13052

2033 82,54% 17,46% 75338 62186 13151

2034 82,55% 17,45% 75931 62681 13251

FONTE: Elaborado a partir de dados do IBGE (2000, 2010).

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Figura 6 - Estimativa da populao Urbana e Rural (2000-2034).

FONTE: Elaborado a partir de dados do IBGE (2000, 2010).

5341555767

5823460704

62681

11378 11855 1235512853 13251

5000

15000

25000

35000

45000

55000

65000

1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040

Urbana Rural

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4.3 UNIDADES TERRITORIAIS DE ANLISE E PLANEJAMENTO

De acordo com as orientaes da Poltica Nacional de Saneamento

Bsico, indicada atravs da Lei n 11.445/2007 deve-se estabelecer como unidade

espacial de planejamento a bacia hidrogrfica. Para facilitar a elaborao dos

relatrios tcnicos, o planejamento das aes e a participao popular, o municpio

foi dividido por regies, denominadas de UTAP - Unidades Territoriais de Anlise e

Planejamento, conforme mostra a Figura 8.

Conforme descrio da metodologia abordada no captulo 3 deste

trabalho, a concepo das UTAP para o deste Diagnstico socioeconmico, cultural,

ambiental e de infraestrutura seguiu uma delimitao diferenciada, com base em

caractersticas locais, o que coincidiu com os setores censitrios do IBGE e permitiu

a utilizao de dados dos Setores Censitrios/Censo Demogrfico, IBGE (2010).

A Tabela 6 apresenta os bairros e localidades pertencentes cada UTAP.

.

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Figura 7 - Mapa de delimitao das UTAP.

Fonte: IPAT/UNESC, 2014.

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Tabela 6 - Relao de bairros e localidades pertencentes a cada UTAP. UTAP Sanga da toca UTAP Cidade Alta UTAP Herclio Luz

Bairros/Localidades Bairros/Localidades Bairros/Localidades

1 - Sanga do Marco 1 - Dezesseis 1 - Espigo da Pedra

2 - Volta Silveira 2 - Volta Silveira II 2 - Barro Vermelho

3 - Forquilha Grande 3 - Santa Rosa de Lima 3 - Ponto

4 Operria 4 - Vila So Jos 4 - Campo Me Luzia

5 - Morro do Pronto 5 - Barranca 5 - Lagoa Me Luzia

6 - Santa Rita 6 - Centro 6 - Rio dos Anjos

7 - Taquarussu 7 Coloninha 7 - Barra Velha

8 Campinho 8 Cidade Alta 8 - Ilhas

9 Campo Novo 9 Aeroporto 9 - Herclio Luz

10 Fundo do Cedro 10 Alto Feliz 10 - Rio Negro

11 Campo Verde 11 Urussanguinha 11 - Rio dos Porcos

12 - Sanga da Areia 12 Nova Divinia 12 Morro Agudo

13 Sanga da Toca 13 Lagoo 13 Canjiquinha

14 Sanga da Toca 1 14 Mato Alto 14 Manhoso

15 Soares 15 Sangradouro 15 Canivete

16 Costa do Caver 16 Jardim das Avenidas 16 Morro dos Conventos

17 Fundo Grande 17 Jardim Cibele

18 Santa Catarina 18 Volta Curta

19 Ranchinho 19 Lagoa da Serra

20 Caverazinho

21 Polcia Rodoviria

22 - Itoupava

Fonte: Ipat - UNESC

A UTAP Sanga da Toca est localizada na regio sul do municpio de

Ararangu, e limtrofe ao sul com o municpio de Sombrio, ao norte com a UTAP

Cidade Alta, ao leste com o Balnerio Arroio do Silva, ao oeste com os municpios

de Turvo e Meleiro, ao noroeste com Maracaj e ao sudoeste com o municpio de

Ermo. A UTAP Cidade Alta esta compreende a sede admnistrativa, bem como a

maior concentrao de residentes, faz sua divisa ao sul com a UTAP Sanga da toca,

ao norte com a UTAP Herclio Luz, ao leste com Balnerio Arroio do Silva e ao

noroeste com o municpio de Maracaj. A UTAP Herclio Luz compreende a faixa

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costeira do municpio, limite com o municpio de Balnerio Rinco e Cricima ao

norte, ao sul com Balnerio Arroio do Silva e UTAP Cidade Alta e ao oeste com

Maracaj.

A UTAP Sanga da Toca composta por 28 setores censitrios, possui

uma rea de aproximada de 153,7 Km2 e tem uma densidade demogrfica inferior

quela do municpio: so aproximadamente 94 pessoas por Km2. Esta unidade de

anlise composta por 20 bairros e localidades e 1 distrito. Residem nela 14.516

pessoas, representando aproximadamente 24% da populao total de Ararangu

(Tabela 7).

Tabela 7 - Nmero de setores censitrios, Populao total, rea e densidade demogrfica segundo as UTAP.

UTAP N de

setores censitrios

N bairros / localidades

Populao total rea (Km)

Dens. Demogrfica (hab./km) Total %

Sanga da Toca 28 20 14.516 23,68% 153,70 94,44

Cidade Alta 60 19 43.162 70,40% 46,17 934,85

Herclio Luz 10 15 3.632 5,92% 101,10 35,92

Ararangu 98 54 61.310 100,00% 300,97 203,71

Fonte: Setores Censitrios/Censo Demogrfico, IBGE (2010).

Em termos demogrficos, a maior unidade territorial de anlise.

Predomina a populao de cor ou raa branca (12.895 pessoas), seguida pelos de

cor ou raa parda (1.347 pessoas). Os considerados de cor preta (negros) somam

239 pessoas nesta rea; as pessoas amarelas representam a 4 maior populao

(21 pessoas). e a populao de cor ou raa indgenas minoria, totalizando 14

pessoas (Tabela 8).

Tabela 8 - Populao por cor ou raa segundo as UTAP 2010.

Raa/Cor Sanga da Toca Cidade Alta Herclio Luz

Brancos 12.895 38.871 3.418

Pretos 239 839 61

Amarelos 21 104 -

Pardos 1.347 3.291 153

Indgenas 14 57 -

Fonte: Setores Censitrios/Censo Demogrfico, IBGE (2010).

A UTAP Cidade Alta, localizada no entorno da UTAP Sanga da Toca e

Herclio Luz, limtrofe com os municpios de Maracaj e Balnerio Arroio do Silva.

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Esta unidade territorial de anlise possui 43.162 residentes, perfazendo

63,43% da populao do municpio. Possui uma extensa rea de aproximadamente

46,17 Km2 e tem uma densidade demogrfica de 934,85 pessoas por Km2, maior que

a do municpio. Esto inseridos nesta rea 19 bairros/localidades em 60 setores

censitrios.

Como visto nas outras UTAP, h o predomnio da populao de cor ou

raa branca (38.871 pessoas), seguida pelos pardos (3.291 pessoas), pessoas de

cor/raa preta 839 pessoas. Tambm registrada a residncia de pessoas de

cor/raa amarela (104 pessoas) e indgenas (57 pessoas).

A UTAP Herclio Luz, cobrindo toda a rea costeira do municpio de

Ararangu, tem como limites a UTAP Cidade Alta a oeste, o municpio de Balnerio

Rinco e Cricima ao norte, Maracaj a noroeste, e ao Sul com Balnerio Arroio do

Silva. Esta unidade territorial de anlise possui 3.632 residentes, simbolizando

aproximadamente 6% da populao do municpio. Possui uma rea aproximada de

101,1 Km2 e tem uma densidade demogrfica de aproximadamente 36 pessoas por

Km2. Esto inseridos nesta rea 15 bairros/localidades em 10 setores censitrios.

Nesta unidade de anlise, h o predomnio da populao de cor ou raa

branca (3.418 pessoas), seguida pelos pardos (153 pessoas) e pelas pessoas de

cor/raa preta (61 pessoas).

A diviso da populao por gnero em Ararangu simtrica, com uma

pequena predominncia feminina (31.172 residentes em 2010). Porm a UTAP

Sanga da Toca no segue essa tendncia, so 7.082 residentes do sexo feminino

(48,79%). Na UTAP Herclio Luz este cenrio se repete e a populao masculina

supera a feminina. So 1774 mulheres (48,84%) e 1.858 homens (51,21%) da

populao desta rea e a UTAP Cidade Alta acompanha a porcentagem do

municpio, so 22.316 mulheres (51,70%) e 20.846 homens que representam

48,30% (Tabela 9). Cabe lembrar que os nmeros abordados so referentes as

entrevistas efetivadas pelo IBGE durante o censo demogrfico de 2010.

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Tabela 9 - Populao por gnero segundo as UTAP.

UTAP Feminino Masculino

Total % Total %

Sanga da Toca 7.082 48,79% 7.434 51,21%

Cidade Alta 22.316 51,70% 20.846 48,30%

Herclio Luz 1.774 48,84% 1.858 51,16%

Fonte: Setores Censitrios/Censo Demogrfico, IBGE (2010).

Vale ressaltar que a diferena entre gneros muito pequena, tanto no

municpio quanto nas unidades de anlise sendo as predominncias determinadas

por poucos residentes.

Outro aspecto importante a ser abordado a estrutura etria de uma

populao. Neste trabalho so utilizadas trs faixas de idade: jovens de 0 a 14

anos; adultos de 15 a 64 anos; e idosos com 65 anos ou mais. A Tabela 10

apresenta a populao das UTAP de acordo com as faixas de idade para o ano de

2010.

Tabela 10 - Populao por faixa etria segundo as UTAP.

UTAP

Jovens Adultos Idosos

(0 a 14 anos) (15 a 64 anos) (65 anos ou mais)

Total % Total % Total %

Sanga da Toca 3.655 25,18% 10.018 69,01% 843 5,81%

Cidade Alta 9.577 22,19% 30.741 71,22% 2.844 6,59%

Herclio Luz 690 19,00% 2.499 68,81% 443 12,20%

Fonte: Setores Censitrios/Censo Demogrfico, IBGE (2010).

Em todas as unidades territoriais de anlise a populao adulta sobressai

s demais faixas de idade em mais de 70%, logo segue a populao jovem,

representando, em mdia, 20% dos habitantes e a idosa est proximo 6%.

Na UTAP Sanga da Toca, a faixa etria que mais concentra habitantes na

populao adulta, com 10.8018 pessoas, representando 16,34% da populao

Araranguaense. Na populao jovem, encontra-se 3.655 pessoas (5,96%). J entre

os idosos, a populao a partir de 65 a menos significativa,1,37% da populao do

municpio.

Na UTAP Cidade Alta, a maior concentrao de habitantes na faixa

adulta, 50,14% da populao de Ararangu encontra-se nesta UTAP e nessa faixa

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39

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de idade. Posteriormente, apresenta-se os dados da populao jovem, (9.577

pessoas), sendo que estes, representam 15,62% da populao total. E entre os

idosos, nesta UTAP no diferente, eles representam somente 4,64% da populao

do municpio.

A UTAP Herclio Luz, como nas outras reas, apresenta a maior

concentrao de pessoas com idades entre 15 e 64 anos (2.499 pessoas)

representando 4,08% da populao, seguido de Jovens (690 pessoas), equivalente

a 1,13% do municpio. E na populao idosa, so 443 pessoas que vivem nesta rea

acima de 65 anos, onde representam menos de 1% da ppulao do municpio.

A partir dos dados apresentados, possvel fazer algumas consideraes:

1) A populao est concentrada na rea central/urbana do municpio de

Ararangu, na delimitao da UTAP Cidade Alta, tanto em nmero de pessoas

residentes quanto em densidade demogrfica, enquanto que na UTAP Litoral,

graas a condio balneria, h o menor nmero de residentes fixos.

2) A estrutura etria muito semelhante entre as UTAP: em torno de

22% so jovens, 70% so adultos e 8% so idosos; da mesma forma, a diferena

entre gneros muito pequena, com predominncia feminina no municpio e na

UTAP Cidade Alta e predominncia do gnero masculino nas UTAP Sanga da toca

e Herclio Luz.

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40

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4.4 CARACTERSTICAS HABITACIONAIS

Este item busca traar um quadro das condies gerais de habitao da

populao de Ararangu. Como base para este perfil, so utilizados os dados dos

Setores Censitrios/Censo Demogrfico, IBGE (2010) e o Plano Municipal de

Habitao e Interesse Social, no qual realizado o levantamento das condies de

habitao da populao de um municpio, visando s necessidades habitacionais

atuais e futuras.

4.4.1 Objetivo do plano e suas aes

O Plano Local de Habilitao de Interesse Social utilizado para aplicao de

politicas habitacionais nas reas urbanas dos municpios, representando as

disposies legais propostas pelo Governo Federal atravs da Lei 11.124/05 do

Ministrio das Cidades, objetivando a execuo de aes integradas de habitao,

saneamento ambiental e incluso social. Tem por objetivo diagnosticar a situao

habitacional do municpio e dar as orientaes e diretrizes para o planejamento do

setor habitacional local, tanto na rea urbana quanto rural, com foco especial na

habitao de interesse social.

Aps o levantamento dos dados, coletados atravs de reunies realizadas

com grupos em cada bairro analisado pelo PLHIS, foram realizados os seguintes

programas e aes.

Tabela 11 - Produo Habitacional Geral. PERODO UNIDADES M2

2000 266 40.708,85

2001 380 62.859,47

2002 317 42.912,27

2003 302 52.029,08

2004 340 42.572,81

2005 182 50.780,90

2006 268 41.610,12

2007 258 63.120,74

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PERODO UNIDADES M2

2008 320 42.801,56

2009 483 ***

2010 491 47.675,22

Fonte: Secretaria de Planejamento PMA 2010. OBS: *** dado no disponvel.

Tabela 12 - Produo Habitacional de Interesse Social com o auxlio do Poder Pblico.

PERODO Municipal e Estadual Municipal e Federal

Rural Urbana Rural Urbana

2003 a 2007 20 60 0 149

2009 a 2010 0 0 0 112

Fonte: Secretaria de Planejamento PMA 2010.

Projeto tcnico social de incluso em programa habitacional

Residencial Flor do Campo.

Devido ao cadastramento e monitoramento em 2005, 112 famlias

moradoras nas margens do antigo Campo de Aviao, receberam unidades

habitacionais de dois pavimentos medindo 44m, e de um pavimento medindo

41,25m, sendo adaptada confirme a necessidade de cada famlia.

Junto com a implantao de unidades habitacionais o municpio de

Ararangu proporcionar cursos para gerao de trabalho e renda, palestras

preventivas nas reas da sade, educao ambiental, convivncia em grupo e

valorizao do imvel.

Mais de 800 (oitocentas) famlias foram cadastradas para participar dos

projetos habitacionais populares, foram construdas tambm trs casas para abrigar

provisoriamente famlias em situao de emergncia.

Projeto de Regularizao Fundiria

Projeto Lar Legal

Aproximadamente 40% dos imveis do Municpio de Ararangu esto

irregulares, a fim de mudar isso, em abril de 2010, a Prefeitura Municipal realizou

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uma audincia publica criando o projeto Lar Legal. Onde pessoas residentes nos

locais beneficiados pelo projeto, passariam a ter assegurados todos os direitos

constitucionais.

O primeiro Lar Legal aconteceu na COHAB II do Loteamento Arapongas.

Vrios locais no municpio esto com a regularizao em andamento, so eles:

1 rea no bairro Coloninha

1 rea no bairro Alto Feliz

1 rea no bairro Jardim das Avenidas

1 rea no bairro Lagoo

2 reas na comunidade Arapongas

1 rea na comunidade de Santa Brbara

1 rea no bairro Urussanguinha

Novos projetos

Em 2011 existiam convnios em andamento no Ministrio das Cidades,

para a construo e reforma de moradias atingidas pelas enchentes ocorridas no

municpio.

Segundo informaes do site http://www.cohab.sc.gov.br acessado em

10/12/2010, um terreno de 26 mil metros quadrados seria dividido em 32 lotes, onde

seria implantado um condomnio de 96 apartamentos.

Recursos para financiamento

Programa nova casa-Cohab/SC

O programa tem como vis o atendimento habitacional, com uma

amplitude muito mais significativa, por destinar-se incluso social das famlias de

mais baixa renda do Estado de Santa Catarina. Essa iniciativa conta com diversas

parcerias j estabelecidas, entre elas esto a Secretaria de Estado do

Desenvolvimento Social, Urbano e Meio Ambiente, a Caixa Econmica Federal, o

INCRA, o CREA, a Secretaria de Estado da Agricultura e Poltica Rural, a EPAGRI, a

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CIDASC, o IPESC, os Sindicatos dos Servidores Pblicos, o Movimento dos

Pequenos Agricultores, a UFECO entre outros.

Assim, o Programa volta-se ao atendimento do homem do campo, s pessoas

da cidade e suas famlias, ao servidor pblico e ao idoso, com aes como:

Implantao de Vilas Rurais; Moradia Rural; Volta ao Campo; Implantao de Lotes

com Infraestrutura; Assentamentos com Moradias Populares; Unidades de Moradias

Isoladas; Autoconstruo com Mutiro Comunitrio; Reurbanizao de reas

Degradadas; Cesta Bsica de Materiais de Construo para a Construo da

Moradia; Casa-Ofcio.

PHPE Programa Habitacional Popular Entidades Minha Casa Minha

Vida

Tem como objetivo atender as necessidades de habitao da populao

de baixa renda nas reas urbanas, garantido acesso moradia digna. Funciona por

meio de financiamentos a beneficiados organizados de forma associativa por uma

Entidade Organizadora (EO), com recursos provenientes do Oramento Geral da

Unio (OGU) aportados ao Fundo de Desenvolvimento Social (FDS).

FHIS Fundo de Habitao de Interesse Social

Os recursos do programa so do Fundo Nacional de Habilitao de

Interesse Social (FNHIS) acrescidos das contrapartidas obrigatrias de estados,

municpios e Distrito Federal. Os recursos do FNHIS so do Oramento Geral da

Unio (OGU).

Podem participar do programa o Chefe do Poder Executivo dos estados,

do Distrito Federal e dos municpios ou seu representante legal e os dirigentes

mximos de rgos da administrao indireta dos estados, do Distrito Federal e dos

municpios.

Podendo ser acessado de duas formas, 1 Atravs de emenda

parlamentar Lei Oramentaria Anual (LOA), 2 Seleo pblica de propostas feitas

pelo Ministrio das Cidades.

Os participantes devem atribuir da seguinte forma:

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Ministrio das Cidades MCIDADES, na qualidade de Gestor, responsvel

por:

Realizar a gesto, a coordenao geral, a gerncia, o acompanhamento e a

avaliao da execuo e dos resultados das aes; Estabelecer as diretrizes gerais

e os procedimentos operacionais para a implantao das aes; Consignar recursos

no FNHIS para execuo das aes; Realizar o processo de anlise e seleo das

propostas apresentadas pelos Proponentes/Agentes Executores com vistas

celebrao dos contratos de repasse; Descentralizar os crditos oramentrios e

financeiros CAIXA; e Manter o Conselho Gestor do FNHIS informado da execuo

e acompanhamento das aes.

Caixa Econmica Federal CAIXA, na qualidade de Agente Operador,

responsvel por: Celebrar os contratos de repasse, aps anlise e seleo pelo

MCIDADES, promovendo sua execuo oramentrio-financeira; Acompanhar e

atestar a execuo do objeto das contrataes efetuadas; Verificar o cumprimento

por parte dos Proponentes/Agentes Executores da exigncia de preenchimento do

cadastro socioeconmico dos beneficirios do programa por meio do Cadastro nico

(Cadnico), em conformidade com as diretrizes contidas neste manual; Manter o

Gestor informado sobre o andamento dos projetos e encaminhar documentos

necessrios ao processo de acompanhamento e avaliao da execuo e dos

resultados das aes; Observar as disposies da Lei n 11.124, de 16 de junho de

2005, bem como do Decreto n5. 796, de 6 de junho de 2006.

Administrao Pblica do Estado, do Distrito Federal ou Municpio, direta ou

indireta, na qualidade de Proponentes/Agentes Executores: Encaminhar ao

MCIDADES suas propostas para fins de seleo, sob forma de consulta - prvia;

Executar os trabalhos necessrios consecuo do objeto contratado, observando

critrios de qualidade tcnica, os prazos e os custos previstos contratualmente;

Selecionar os beneficirios em conformidade com as diretrizes contidas neste

Manual; Cadastrar os beneficirios no Cadastro nico dos Programas Sociais do

Governo Federal (Cadnico); Estimular a participao dos beneficirios em todas as

etapas do projeto, na gesto dos recursos financeiros da Unio destinados ao

programa, bem como na manuteno do patrimnio gerado por estes investimentos;

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Prestar contas dos recursos transferidos pela Unio; Manter/utilizar adequadamente

o patrimnio pblico gerado pelos investimentos; e, Fornecer ao MCIDADES, a

qualquer tempo, informaes sobre as aes desenvolvidas para viabilizar o

acompanhamento e avaliao do processo. Famlias atendidas - Beneficirias

Responsabilizar-se pelo fornecimento de dados cadastrais e socioeconmicos, na

forma prevista no Cadnico. Participar, de forma individual