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A-122-9

Número da Declaração Ambiental 2009: A-122-9

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Índice Pág.

Capa 1 1 Prefácio 2 2 A empresa 3 2.1 O grupo BITZER 3 2.2 Sistema de gestão integrado da BITZER 3 2.3 Participação dos colaboradores 4 2.4 Formação e sensibilização interna 4 2.5 Formação e sensibilização externa 4 2.6 Comunicação e relações externas 5 2.7 Conformidade legal 5 2.8 Aspectos ambientais relacionados com a produção e serviços auxiliares 5 3 História do projecto Meio Ambiente/ Melhoramentos 2003/ 2008 8 4 A Política Ambiental 9 5 Balanço ambiental da empresa (Inputs/ Outputs) 9 5.1 Inputs (entradas) 9 5.2 Outputs (saídas) 12 6 Outros aspectos da gestão do ambiente 18 6.1 Ruído exterior 18 7 Aspectos Ambientais – Levantamento Ambiental 18 7.1 Identificação e avaliação dos aspectos e impactos ambientais 18 7.2 Critérios de avaliação dos aspectos 19 7.3 Matriz de Avaliação dos Aspectos Ambientais 20 7.4 Potencial de melhoria 21 7.5 Aspectos ambientais identificados 21 7.6 Aspectos ambientais relacionados com os produtos 22 8 Programa ambiental 23 8.1 Programa ambiental de 2009 até 2011 23 8.2 Objectivos do programa do ambiente 2008 até 2009 concluídos 24 8.3 Objectivos do programa do ambiente 2008 até 2009 não concluídos 25 9 Outras informações 25 10 Verificador Ambiental 25 Contracapa 26

1 Prefácio

Conciliar Ecologia e Economia entre a máxima de “uma economia duradoura” é uma grande exigência empresarial. Cada empresa tem, ou deve ter, obrigações para com a sociedade, bem como compromissos na melhoria da preservação dos recur-sos naturais. Estes dois objectivos empresariais podem somente ser atingidos através de acções concretas. A solução deste comprometimento empresarial é fundamental, para dar às gerações actuais e vindouras uma perspectiva de futuro. A BITZER vê no Sistema de Eco-gestão e Auditoria (EMAS) um bom ponto de partida para alcançar estes conceitos. Há 75 anos que a Bitzer Kühlmaschinenbau GmbH sedeada em Sindelfingen começou a fabricar equipamentos para a indús-tria do frio. Desde 1969 que se dedica ao fabrico de compressores, unindo importantes progressos técnicos no desenvolvimen-to dos compressores bem como nos processos de produção onde são implementados sistemas de Qualidade e Ambiente. Na aquisição de novos equipamentos de produção são consideradas e optimizadas as nossas experiências na protecção e gestão ambiental. Na introdução dos princípios TPM e KAIZEN para uma melhor Qualidade, processos mais rápidos e custos reduzidos, são também considerados os princípios ambientais. Com a validação segundo EMAS da Bitzer Portugal desde 2003, bem como as revalidações de 3 localidades de produção da BITZER na Alemanha e as certificações pela norma ISO EN 14001, enfatizam o nosso conceito empresarial com responsabili-dades ambientais. Estamos conscientes das nossas responsabilidades futuras. Desde 2003 que publicamos uma actualização anual da Declaração Ambiental com a respectiva validação através de um organismo acreditado. Com a actual Declaração Ambiental da Bitzer Portugal apresentamos a todos os interessados uma perspectiva das actividades ambientais por nós desenvolvidas. A presente publicação serve como diálogo para com os nossos clientes, fornecedores, enti-dades terceiras e público em geral. Desta forma, convidamo-los a reagirem com as vossas sugestões para melhoria do sistema de gestão ou desta Declaração Ambiental.

Castelo Branco, 06 de Março de 2009

Peter Schaufler, Senador h.c.

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2 A empresa

2.1 O grupo BITZER

A Bitzer Portugal faz parte de um grande grupo empresarial sedeado na Alemanha. A empresa mãe, a Bitzer Kühlmaschinen-bau GmbH & Co. Holding KG, situa-se no estado federal de Baden-Württemberg, na cidade de Sindelfingen e foi fundada em 1934 por Martin BITZER. Mais tarde, em 1961, o engenheiro diplomado Ulrich Schaufler assume a direcção e há mais de 25 anos que a empresa é dirigida pelo seu filho, Herr Peter Schaufler, Senador h.c.

Os principais produtos fabricados pela BITZER são compressores, grupos de condensação, depósitos de pressão e condensa-dores para a indústria do frio e da climatização. Devido ao seu sector de actividade, a BITZER expandiu-se por todos os conti-nentes tendo várias instalações de produção na Europa que para além de seguirem a “Política Ambiental” do grupo BITZER, estão validadas segundo EMAS. Desta forma é assegurada a protecção do ambiente em qualquer uma destas quatro instala-ções de produção.

A nossa empresa é uma das instalações de produção. Foi fundada no ano de 1988, tendo sido inaugurada formalmente um ano mais tarde pelo Presidente C.A. e Senador h.c., Herr Peter Schaufler. Está situada na Beira Interior, na cidade de Castelo Branco e encontra-se numa posição geográfica privilegiada, podendo assim estabelecer ligações com outras cidades sem problemas de maior.

Desde 1989 Produzimos uma vasta gama de produtos dos quais se destacam os compressores alternativos e abertos para frio industrial. Todos os compressores da Bitzer (Portugal) S.A. foram tecnicamente remodelados funcionando com novos refrigerantes isen-tos de cloro e alguns aprovados para utilizar amónia como refrigerante.

A sua distribuição directa é feita desde a BITZER na Alemanha para todo o mundo e por nós directamente para a América do Sul. A partir de 2005 os nossos produtos começaram a ser fornecidos directamente para clientes em Portugal, Espanha e França.

A partir de 1994 iniciámos o fabrico de componentes para compressores semi-herméticos tais como: as placas de bornes, as tampas de cárter, válvulas, cabeças de cilindro, tampas de motor e outros novos componentes, sendo actualmente uma activi-dade secundária.

Procurando sempre produzir cada vez mais e melhor a Bitzer Portugal possui mais de 150 funcionários. Mantendo os seus objectivos bem definidos segundo uma Política da Qualidade onde em primeiro lugar vem a satisfação total do cliente seguin-do-se uma produção de produtos que apresentam uma utilização cuidadosa de recursos. Os compressores e componentes que fabricamos são utilizados na instalação de sistemas de frio industrial, sendo estas insta-lações fixas ou móveis, tais como por exemplo: • Instalações industriais fixas: refrigeração em hipermercados e supermercados; • Instalações industriais móveis: refrigeração em contentores navais e comboios; • Instalações fixas de ar condicionado: Climatização de edifícios; • Instalações móveis de ar condicionado: Autocarros, comboios; • Bombas de calor: Aquecimento e arrefecimento de edifícios.

Localidade Local

Número de Trabalhadores Superfície Total

Superfície coberta (com construção) Zona Protegida

Acessos Rodoviários Transportes alternativos

Castelo Branco Zona Industrial

155 (em 2008-12-31) 17.000 m2 8.418 m2

Não A23, Saída Nº 22

Comboio (Inter-cidades) Autocarros (Rede Expressos)

2.2 Sistema de gestão integrado da BITZER

Com o Sistema de Gestão integrado (Qualidade e Ambiente), em vigor desde 2002-10-25, asseguramos que nas secções em que haja actividades ambientais relevantes, exista uma colaboração conjunta por forma a assegurar uma melhoria contínua. O Director da empresa é responsável pela direcção de produção sendo também o Gestor do Ambiente. É da sua responsabilida-de manter em funcionamento de forma adequada todo o Sistema de Gestão, bem como zelar pela conservação do mesmo.

O Encarregado do Ambiente na empresa está numa posição subordinada à direcção que em conjunto tomam decisões rele-vantes para o ambiente, como por exemplo nos investimentos. O encarregado do ambiente tem responsabilidades claramente definidas, tais como:

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• Cumprir e fazer cumprir o estipulado na “Politica Ambiental”; • Cumprir e fazer cumprir as referências normativas “AMB” e outras em vigor; • Redacção da Declaração Ambiental; • Formação, informação e sensibilização aos funcionários; • Elaboração de Levantamentos Ambientais da empresa; • Definir objectivos ambientais; • Avaliação no âmbito do ambiente das fichas de segurança, higiene e sanidade; • Gestão adequada dos resíduos; • Participação activa na gestão de processos; • Elaboração periódica de relatórios ambientais; • Gestão da legislação aplicável; • Cooperar com os responsáveis na elaboração de estudos para melhorar questões ambientais em processos; • Manter a documentação do SG actualizada; • Colaborar no cumprimento de metas e objectivos globais ou nas diversas secções. 2.3 Participação dos colaboradores

Na sua admissão os colaboradores são informados que poderão participar num sistema de sugestões existente na empresa. Com este sistema de sugestões, para o qual existe um formulário específico, qualquer funcionário pode fazer uma reclamação ou sugestão para optimizar processos ou melhorias a nível ambiental. As sugestões consideradas como válidas são premidas. Com a colaboração activa de todos os funcionários é possível o melhoramento de medidas de protecção do ambiente.

Para facilitar o bom desempenho nos processos foram nomeados “Delegados para assuntos ambientais” em cada secção, que em conjunto com o Encarregado do Ambiente são os interlocutores junto dos restantes colaboradores. Existe também um substituto para que actue em caso de ausência do primeiro.

2.4 Formação e sensibilização interna

Na admissão dos funcionários é dada formação inicial de ambiente na qual os novos colaboradores recebem informações acerca do Sistema de Gestão. De acordo com as responsabilidades e funções de cada colaborador são realizadas formações específicas. Existem alguns locais de trabalho onde é necessário ter em consideração alguns cuidados adicionais para que não ocorram incidentes ambientais, caso não sejam cumpridas as regras. Foram considerados como mais relevantes e com neces-sidade de formação específica 11 locais de trabalho. Os colaboradores que aí laboram receberam formação, com o intuito de poderem actuar perante situações indesejadas, como por exemplo em caso de derrames.

Durante a formação inicial é cedido um Guia de Informação Ambiental, no qual se podem encontrar informações de como pro-ceder à separação dos resíduos, como economizar recursos, da existência de lugares de trabalho onde podem ocorrer impac-tos ambientais e algumas curiosidades.

A formação aos funcionários é prestada regularmente, tendo no ano de 2007 sido prestadas 76 horas de formação e 135 horas no ano de 2008 no âmbito do ambiente.

2.5 Formação e sensibilização externa

Regularmente efectuamos visitas aos nossos fornecedores e procuramos sensibilizá-los ao nível dos seus comportamentos ambientais, bem como apoiá-los nesse sentido. Avaliamos os nossos fornecedores, com o auxílio do Questionário de Avaliação ao Fornecedor, através do qual determinamos se os seus comportamentos ambientais são “Bom”, “Satisfatório” e “Não Satisfa-tório”, segundo um procedimento interno.

Concluímos que de 2006 a 2008 a compra de matérias-primas ou matérias-primas subcontratadas em fornecedores nacionais considerados “Bom” ou “Satisfatório” aumentou para 92% (figura 1). No ano de 2008 cerca de 90% do volume de compras no mercado nacional foi efectuada em fornecedores avaliados como “Bom” e “Satisfatório” (figura 2).

Podermos evidenciar que ocorreu uma melhoria satisfatória dado que em 2006 havia apenas um fornecedor com a classificação de “Bom” e zero com a classificação de “Satisfatório”. Tentamos influenciar os fornecedores menos preocupados com as questões ambientais, no sentido de melhorarem os seus comportamentos a este nível e evidenciamos que os resultados anteriormente referidos se devem à sensibilização que tentamos incutir nos nossos parceiros. Temos como objectivo continuar aumentar a cota de compra nos fornecedores como classificação “Bom”.

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Figura 1 Figura 2

0%

25%

50%

75%

100%

2006 2007 2008

Avaliação fornecedores nacionais: por Volume compra

0%

25%

50%

75%

100%

2006 2007 2008

Avaliação fornecedores nacionais: por Quantidade

2.6 Comunicação e relações externas

A empresa mostra total transparência nas questões ambientais pelo que estabelece um diálogo aberto com diversas entidades, como público em geral, fornecedores, directamente interessados e autoridades competentes. Comunicamos regularmente às entidades oficiais os resultados das monitorizações efectuadas, bem como do cumprimento da legislação.

Por forma a sensibilizar todas as pessoas que nos visitam distribuímos um Guia Ambiental para visitantes, que elaborámos também na língua inglesa. Nestas pequenas brochuras referimos algumas das nossas boas práticas ambientais e incitamos os nossos visitantes a participarem nas actividades de protecção ambiental.

2.7 Conformidade legal A Bitzer tem um contrato com uma empresa especializada que envia informações acerca da legislação vigente relacionada com a nossa actividade, quer no âmbito do Ambiente quer da Higiene e Segurança. A base de dados, em suporte informático, contém os requisitos legais aplicáveis à Bitzer, permite seleccionar os diplomas apli-cáveis, novos ou revogados. Esta base de dados é actualizada trimestralmente com legislação Nacional ou Comunitária vigen-te e aplicável à Bitzer (Portugal), mas mensalmente recebemos um resumo informativo acerca da legislação publicada no mês anterior. O Encarregado do Ambiente e o Agente de Higiene e Segurança verificam e seleccionam quais os diplomas que são aplicáveis e fazem uma marcação dos pontos relevantes. Após a verificação, a direcção é informada sobre os novos diplomas e estes irão circular internamente em suporte papel, para que os intervenientes tenham conhecimento da documentação. Anualmente verificamos todo o suporte legislativo da legislação aplicável. Podemos constatar que a Bitzer Portugal está em cumprimento legal, pois cumpre todos os requisitos legais que lhe são apli-cáveis. 2.8 Aspectos ambientais relacionados com a produção e serviços auxiliares Para identificar de forma eficiente os aspectos ambientais gerados pela produção e ainda de processos auxiliares, identifica-mos através de um fluxograma geral todas as secções ou lugares de trabalho produtivos e serviços auxiliares. Esta identifica-ção tem como objectivo final avaliar os aspectos ambientais e respectivos impactes na nossa empresa.

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6

Figura 3: Fluxograma geral da produção e seus serviços auxiliares com os respectivos aspectos ambientais:

Fluxograma da

produção

Serviços auxiliares

Armazém geral: Recepção de

peças e controlo de quantidade

Controlo Qualidade: Inspecção e recepção de

peças/Controlo de qualidade

Produção Mecâni-ca:

Mecanização de peças

Tratamento de superfície:

Desengordu- ramento e limpeza

Montagem geral e pré-

montagem: Montagens

Armazéns dos

óleos de refrigeração

Input: Energia eléctrica Água Matérias-primas Matérias subsidiárias Equipamentos de serviço Output: Peças para a produ-ção Matérias-primas e subsidiárias para a produção Equipamentos de serviço Aspecto ambiental: Resíduos de embala-gens Resíduos de papel e cartão Resíduos de plástico Consumo de energia

Input: Energia eléctrica Água Peças a controlar Matérias subsidiárias Equipamentos de serviço Ar comprimido Output: Peças da produção controladas Peças controladas da inspecção e recepção Aspecto ambiental: Resíduos Sólidos (papel usado) Equipamentos de medição e monitori-zação danificados Consumo de energia

Input: Energia eléctrica Água Peças para maquinar Matérias subsidiárias Equipamentos de serviço Ar comprimido Output : Peças maquinadas Aspecto ambiental: Resíduos sólidos Efluentes líquidos Consumo de energia Ruído local

Input: Energia eléctrica Água Peças para lavar Matérias subsidiárias Equipamentos de serviço Gás propano Aditivos Ar comprimido Output: Peças lavadas Aspecto ambiental: Resíduos sólidos Efluentes líquidos Efluentes gasosos Consumo de energia Consumo de gás

Input: Energia eléctrica Água Peças a montagem de compressores e pré-montagem Matérias subsidiárias Equipamentos de serviço Aditivos Ar comprimido Output: Compressores Aspecto ambiental: Resíduos sólidos Efluentes líquidos Consumo de energia Ruído local

Input: Energia eléctrica Óleos de refrigeração Óleos para a produ-ção Output: Óleos para a produ-ção Óleos de refrigeração Aspecto ambiental: Resíduos sólidos (embalagens dos óleos) Efluentes líquidos Contaminação do solo

Input: Energia eléctrica Peças para a monta-gem de grupos de condensação Matérias subsidiárias Equipamentos de serviço Aditivos Ar comprimido Gás de soldadura Output: Grupos de condensa-ção montados e soldados Aspecto ambiental: Resíduos sólidos de soldadura Efluentes Gasosos Consumo de energia Ruído local

Input: Energia eléctrica Água Produtos a pintar Equipamentos de serviço Aditivos Materiais de pintura (tintas, diluentes, endurecedores) Ar comprimido Output: Produtos pintados Aspecto ambiental: Resíduos sólidos de restos de pintura Efluentes Gasosos Efluentes líquidos Consumo de energia

Input: Energia eléctrica Materiais de pintura Aditivos (tintas, diluentes, endurecedores) Ar comprido Output: Materiais para a pintura Aspecto ambiental: Contaminação do solo

Input: Energia eléctrica Materiais de embala-gem Produtos para emba-lar Equipamentos de serviço Ar comprimido Output: Produtos embalados Aspecto ambiental: Resíduos sólidos de embalagem Consumo de energia Ruído local

Input: Energia eléctrica Produtos embalados Equipamentos de serviço Output: Produtos embalados Aspecto ambiental: Resíduos sólidos de embalagem Resíduos Consumo de energia

Input: Energia eléctrica Material de escritório Equipamentos de serviço Documentos Output: Documentos Aspecto ambiental: Resíduos sólidos Consumo de energia

Montagem grupos condensa-

ção e soldadura

Tratamento de

Superfície Pintura

Armazém

das tintas

Trabalhos finais e embalagem compressores

e grupos de con-densação

Expedição

Escritórios

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Input: Energia eléctrica Água Gás propano Caldeira e equipa-mentos associados Output: Calor Aspecto ambiental: Efluentes gasosos Consumo de gás

Input: Energia eléctrica Depósitos de ar comprimido e acessó-rios Output: Ar comprimido Calor Aspecto ambiental: Efluentes líquidos Consumo de energia Ruído local

Input: Energia eléctrica Equipamentos de serviço Aditivos Ar comprimido Materiais para efec-tuar manutenção/ reparação Output: Materiais reparados Aspecto ambiental: Consumo de energia Resíduos sólidos (EPI’s e absorventes contaminados equipamentos de serviço danificados) Emissões gasosas Ruído local

Input: Equipamentos de serviço Óleos de manutenção Output: Óleos de manutenção Aspecto ambiental: Resíduos sólidos (embalagens de óleos)

Input: Gasóleo Óleo Água Pneus Peças sobressalentes Gás de ar condicio-nado Output: Deslocação de pessoas ou cargas Aspecto ambiental: Emissões gasosas Resíduos sólidos e líquidos (pneus, peças sobressalentes, filtros, óleos) Consumo de gasóleo

Input: Gás Energia eléctrica Óleo Água Pneus Peças sobressalentes Output: Movimentação de cargas Aspecto ambiental: Emissões gasosas Resíduos sólidos (Baterias, filtros e peças sobressalentes usados) Consumo de gás Consumo de energia Ruído local

Caldeira de aquecimento

central e equipamentos

Instalação de ar comprimido

acessórios e tubagens

Oficina de

manutenção interna

Local de armaze-namento de óleos

para a PM

Viaturas

da empresa

Equipamento de

movimentação de cargas

Parque

de Resíduos

Input: Energia eléctrica Água Ar comprimido Resíduos Output: Residuos Aspecto ambiental: Resíduos sólidos (limalhas e sucata de ferro, papel e cartão usados, plásticos, lamas de tinta, lamas de rectificação, madeiras, lâmpadas, EPI’s, pilhas e latas) Resíduos líquidos (águas oleosas, óleos usados) Impacto local (visual)

Fluxograma geral da produção e seus serviços auxiliares com os respectivos aspectos ambientais (continuação)

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3 História do projecto Meio Ambiente/ Melhoramentos 2003/ 2008

Abril 2003

Construção de um armazém para os óleos de refrigeração. A sua construção teve em consideração a ocorrência de eventuais acidentes ambientais, tais como derrames. Aquisição de uma nova tina de estanqueidade (para a verificação qualitativa dos compressores) que substituiu o freon R22 na linha de montagem. Esta tina está equipada com um processo de filtração que filtra resíduos da superfície da água, prolongando assim a utilização desta.

Julho 2003

Alteração do esquema de pintura por outro mais ecológico utilizando novas tintas, primário e esmalte, que requerem menos solventes.

Dezembro 2003 Construção de um Eco-ponto central e de um outro no novo pavilhão de montagem.

Março 2004

Investimento na aquisição de uma nova instalação de lavagem. Foi adquirida uma máquina de lavagem de peças que funciona a gás propano, uma alternativa à energia eléctrica. Esta máquina possui bacias de retenção que em caso de possíveis fugas, evitará derrames.

Março 2004

Investimento na aquisição de uma máquina para prensar papel e plástico reduzindo significativamente o número de transportes a utilizar na recolha dos mesmos.

Maio 2004

Montagem dos primeiros compressores Octagon® para refrigerantes alternativos: propano (= orgânico, R290) e CO2 (R744).

Setembro 2004

Efectuados diversos estudos no sentido de mudar os emulsionantes utilizados em centros de processamento. Passou-se a utilizar um novo emulsionante de corte mais ecológico e que prolonga a vida útil da água nos respectivos centros de proces-samento.

Durante o ano 2005

Conclusão da construção de um local para armazenamento de tintas para o qual foram consideradas questões ambientais, nomeadamente colocação de bacias de retenção e ventilação do local.

Conclusão da construção de um local para armazenamento de materiais de embalagem armazenados separadamente de outros materiais.

Implementação da Norma NP EN ISO 14001:2004 no Sistema de Gestão.

Elaboração de um Guia de Informação Ambiental com informações relevantes acerca do Sistema de Gestão.

Durante o ano 2006

Nova instalação para a produção de ar comprimido com equipamentos que minimizam o consumo de energia e mais silencio-sos.

Nova instalação de controlo de estanquicidade com funcionamento a hélio que permitiu a redução no consumo de água em cerca de 12% em relação ao ano de 2004.

Aquisição de equipamento (serra eléctrica) para melhorar a gestão dos volumes do resíduo de madeira a enviar em cada transporte.

Efectuadas melhorias na zona de lubrificação/ conservação de peças para minimizar o risco de eventuais derrames e evitar contaminações do solo.

Durante o ano 2007

Eliminação dos aditivos químicos para os jardins (adubo composto) para adubo orgânico proveniente da compostagem de resíduos provenientes dos jardins da Bitzer.

Redução do consumo geral de água em cerca de 24% face ao ano de 2006.

A quota dos fornecedores nacionais “bom” e “satisfatório”, ao nível dos seus comportamentos ambientais, aumentou em 2007 em mais de 30% em relação a 2006, ver detalhes em 2.5.

Aquisição e implementação de um arquivo electrónico, o qual reduzirá no futuro significativamente as cópias internas.

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Durante o ano 2008

A quota dos fornecedores nacionais “Bom” e “Satisfatório”, ao nível dos seus comportamentos ambientais, aumentou 38% relativamente a 2007 (ver detalhes em 2.5).

Redução do consumo geral de água em 2008 em cerca de 13,2% face ao ano 2007. Em 2008 consumimos menos 46% face ao ano 2004.

Aumento das horas de formações ambientais em 78%.

Realização de um Diagnostico Energético com o intuito de minimizar consumos de diversas energias.

Contabilização de pesos dos RIB (Resíduos Industriais Banais) a enviar para aterro municipal para minimização das quantida-des produzidas.

4 A Política Ambiental tem como objectivos o seguinte:

1. A Protecção do Ambiente na nossa empresa é colocada ao nível dos objectivos económicos e sociais. 2. Para dar cumprimento às prescrições legais e outros requisitos com os quais nos comprometemos, aproveitamos a

melhor técnica disponível, melhorando constantemente a Protecção do Ambiente fabril. 3. Nós economizamos água e energia, e poupamos matérias-primas através do aproveitamento e optimização do material. 4. A par das exigências do mercado e dos clientes, consideramos também as consequências ambientais dos nossos pro-

dutos. Assim, substituímos processos nocivos ao Ambiente por alternativas com menor impacte ambiental e preocupa-mo-nos com a constante prevenção e diminuição de riscos.

5. Evitar resíduos e diminui-los é mais importante do que reciclar ou eliminar. Os resíduos recicláveis entram de novo no

ciclo das matérias-primas. 6. Os colaboradores recebem formação sobre a Protecção do Ambiente. 7. Os nossos parceiros contratuais são informados sobre as nossas exigências ambientais e avaliados por nós. 8. Informamos os nossos clientes e o público acerca dos nossos objectivos ambientais e apresentamos regularmente a

nossa Declaração Ambiental.

5 Balanço ambiental da empresa (Inputs/ Outputs)

5.1 Inputs (entradas)

5.1.1 Ferro fundido processado

O ferro fundido é a matéria-prima principal que processamos. No gráfico que se apresenta (figura 4) verifica-se que a compra de ferro para processamento interno não tem oscilado, apesar da produção ter aumentado significativamente. Não é possível visualizar esta relação no gráfico porque aumentámos o número de peças subcontratadas que não são processadas interna-mente. É através das quantidades de ferro fundido processado que estabelecemos alguns indicadores ambientais.

5.1.2 Energia gás propano

O gás a granel é utilizado para o aquecimento central das nossas instalações e na caldeira de uma máquina que utiliza água quente para o processo de lavagem de peças. As peças a lavar neste centro são peças que irão ser utilizadas na montagem e ainda produtos totalmente montados e que devem ter as superfícies limpas antes da pintura.

Devido ao aumento de produção de números de série, a máquina de lavagem funcionou durante mais horas e consequente-mente consumiu-se mais gás. O reinício do funcionamento da caldeira de aquecimento para as águas sanitárias foi uma das razões deste crescimento, para além do maior número de peças subcontratadas que foi necessário lavar (figura 5). Por estas razões também não conseguimos estabelecer comparações entre ferro fundido comprado para processamento e o aumento no consumo de gás.

É também utilizado gás em botijas como combustível para os dois empilhadores existentes na empresa e refeitório. As quanti-dades de compra em 2008 foram de 3.355 kg e 270 kg respectivamente, referenciada na figura 6.

5.1.3 Energia eléctrica

Este tipo de energia é o mais utilizado na nossa empresa. O funcionamento de todas as máquinas da produção bem como restantes equipamentos dependem desta energia (figura 7). Constatámos que em diversos locais ou máquinas existem perdas desnecessárias deste recurso, tanto em períodos de pausa, como também em horários de laboração.

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10

Sendo um dos compromissos da Política Ambiental a economia de energia, e apesar de já terem sido implementadas algumas acções, entendemos que deveríamos actuar para colmatar desperdícios. Por esta razão efectuámos, em 2008, um Diagnóstico Energético com a colaboração de um parceiro especializado no tema, de forma a identificar eventuais perdas de consumo para posteriormente apresentar um plano com medidas concretas de racionalização de consumo. Este diagnóstico não só contem-plou medidas para a redução de energia eléctrica, mas também de outros tipos de energia, como por exemplo o gás.

5.1.4 Água

A água utilizada na Bitzer provém, única e exclusivamente, da rede camarária. Esta é utilizada para vários processos, tais como nos centros de processamento, máquina de lavagem, tina de verificação de estanqueidade e ainda utilização doméstica e rega dos espaços verdes.

Para além de uma consciencialização constante no que diz respeito à racionalização deste bem precioso, as acções de sensi-bilização que têm vindo a ser efectuadas mostram resultados satisfatórios, constatando-se uma progressiva diminuição desde 2004 (figura 8). A sensibilização a todos os colaboradores da Bitzer para preservar este recurso e evitar desperdícios desne-cessários, manter-se-á, e fará sempre parte de objectivos futuros. Em 2008 atingimos uma diminuição de cerca de 13% relati-vamente ao ano anterior, pelo que nos congratulamos com este facto.

5.1.5 Esmalte, Primário e endurecedor (materiais usados na pintura)

A produção de compressores da família C1, C2 bem como grupos de condensação aumentou em 2008 face ao ano transacto. Como consequência subiram também quantidades de produtos a pintar, reflectindo-se também num crescimento na compra e utilização de primário, esmalte e endurecedor (ver detalhes na figura 9). Considerando o facto destes produtos terem sempre consequências ambientais, temos melhorado nos últimos anos o sistema de pintura, de forma a consumir menos solventes, mas mantendo inalterados aspectos qualitativos.

Até ao momento não conseguimos encontrar nenhuma solução totalmente ecológica e que cumpra os requisitos estipulados no âmbito da qualidade, pelo que continuamos de forma constante a analisar alternativas menos prejudiciais. Durante o ano de 2008 foram realizados diversos ensaios e testes com tintas mais ecológicas, por estar planeada para 2009 uma nova instala-ção de pintura, com condições mais favoráveis para o ambiente. Neste momento, este projecto encontra-se pendente devido à actual conjuntura económica.

5.1.6 Diluente

O consumo do diluente é controlado mensalmente e sempre que se verifique uma variação significativa do consumo teórico (mais 15%) são informados os colaboradores da secção da pintura para corrigirem os respectivos desvios. Constatámos que houve o consumo de diluente de produção diminuiu devido a um controlo mais eficiente. O crescimento demonstrado no gráfico da figura 10, deve-se ao consumo do diluente de limpeza que aumentou, devido ao maior número de manutenções internas efectuadas, tanto em instalações como em máquinas.

Para quantificar os consumos de forma mais eficaz estabelecemos um rácio entre o diluente consumido por esmalte, primário e endurecedor aplicado (Figura 11). As variações registadas não têm oscilado significativamente.

5.1.7 Óleo de conservação

Este óleo é utilizado para preservar e conservar peças de ferro fundido da nossa produção para que estas não oxidem antes da sua utilização, quer na montagem de compressores na Bitzer Portugal, bem como em clientes do grupo BITZER. As peças mais problemáticas com maiores probabilidades de ocorrência de oxidação são aquelas que são enviadas para clientes, cujo tempo de viagem é mais prolongado e efectuado por via marítima, por exemplo Bitzer China e Bitzer EUA. A oscilação dos valores consumidos (ver detalhes na figura 12) varia consoante a quantidade de produtos para exportação ultramar que neces-sitam de preservação mais eficaz e que tem vindo a aumentar.

Apesar das quantidades consumidas não serem consideradas exageradas mas tratando-se de um produto pouco amigo do ambiente devemos minimizar o seu consumo, utilizando somente quando estritamente necessário. Uma boa e actual prática é a utilização de sacos anti-corrosivos que fecham hermeticamente os produtos embalados, bem como saquetas anti-humidade. No Programa Ambiental 2009-2011 ponto 6.1 estão descritos objectivos para redução até 2010. O objectivo é reduzir o consu-mo de óleo de conservação por tonelada de ferro fundido em 3%, usando como referência o ano 2006.

5.1.8 Características das principais fontes de energia

Na Bitzer Portugal as principais fontes de energia são a eléctrica, o gás propano e gasóleo. A nossa instalação tem um consu-mo energético anual inferior a 500 tep (tonelada equivalente de petróleo), valor a partir do qual a instalação é obrigada a cum-prir o RGCE – Regulamento de Gestão de Consumo de Energia. No entanto, indo ao encontro dos compromissos e objectivos da empresa foi realizado no início de 2008 um Diagnóstico Energético com o intuito de racionalizar os consumos de energia. Através dos dados do referido diagnóstico (figura 6) serão posteriormente implementadas medidas com vista à minimização de consumos das principais fontes.

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Figura 4 Figura 7

Figura 5 Figura 8

Figura 6 Figura 9

0

2.500

5.000

7.500

10.000

Compra: Água (em metro cúbico)

8.651 7.437 6.967 5.316 4.614

2004 2005 2006 2007 2008

0

2.500

5.000

7.500

10.000

12.500

15.000

17.500

Compra: Esmalte, Primário e Endurecedor(em litros)

L 9.927 12.681 11.612 13.980 15.530

2004 2005 2006 2007 2008

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

Gás (Granel) (em kg)

kg 11.264 21.048 13.906 19.058 22.315

2004 2005 2006 2007 2008

0

250

500

750

1.000

1.250

1.500

Consumo: Energia eléctrica (em MWh)

MWh 1.052,4 1.217,0 1.383,3 1.163,5 1.249,9

2004 2005 2006 2007 20080

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

Ferro fundido comprado para processamento interno (em toneladas)

t 2.288 2.321 2.743 2.639 2.662

2004 2005 2006 2007 2008

Consumoenergético

(em tep)

0

100

200

300

400

500

Gás granel 15,85 21,73 25,44

Gás garrafas 4,72 5,32 4,13

Energia eléctrica 401,17 337,41 362,48

Gasóleo viaturas 1,52 1,99 1,72

Total tep 423,27 366,45 393,77

2006 2007 2008

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12

5.2 Outputs (saídas)

5.2.1 Limalha e sucata de ferro fundido

A limalha de ferro fundido é o resíduo produzido em quantidades mais significativas (ver figura 13) é proveniente da maquina-ção de peças de ferro fundido. Apesar de em 2008 as quantidades de ferro fundido comprado para processamento serem semelhantes às do ano anterior, a produção deste resíduo decresceu face a 2007 devido ao facto de se terem processado menos peças no último trimestre.

A sucata de ferro fundido provém de produtos não conformes da produção (figura 14). Este resíduo tem vindo a diminuir, no entanto o valor registado em 2007 deve-se ao facto de ter havido um grande número de peças não conformes vindas de forne-cedores. Em 2008 verificou-se um decréscimo nos produtos não conformes e por essa razão este resíduo diminuiu face a 2007.

Estes dois resíduos estão incluídos nos que enviamos para a reciclagem e que entram de novo no ciclo das matérias-primas, assim como é nosso compromisso.

5.2.2 Águas

5.2.2.1 Água (efluentes)

A Bitzer tem autorização de rejeição de águas resíduais industriais na rede de colectores do sistema municipal de Castelo Branco. Os SMAS de Castelo Branco não têm estipulado qualquer período para a realização de monitorizações a efectuar aos efluentes a descarregar nos seus colectores. Assim sendo, a Bitzer elaborou internamente um procedimento onde estipulou que a periodicidade para efectuar as análises aos seus efluentes, seria de 3 em 3 anos. Sempre que exista alguma alteração de processo deverá ser feita nova monitorização. A última monitorização foi efectuada em 2008, na qual foram recolhidas amostras compostas (24 horas) nos dois pontos de descarga para o colector municipal tendo sido verificado o cumprimento dos parâmetros establecidos no DL 236/98.

5.2.2.2 Águas oleosas

As águas oleosas provêm de centros de maquinação, que usam água na qual é adicionado um agente refrigerante e que resul-ta numa emulsão, que serve para melhorar a maquinação das peças e arrefecer as ferramentas. Quando existe uma saturação destas emulsões, consideramo-las como resíduo. O armazenamento temporário deste resíduo líquido é feito num tanque (com sistema anti-fugas) situado no parque de resíduos e de forma esporádica em tambores de 200L, que reutilizamos da nossa produção. Posteriormente e quando as quantidades o justificam são enviadas para tratamento de forma a terem um destino final adequado. Para diminuir este resíduo tentamos, sempre que possível, prolongar ao máximo a utilização destas emulsões, contribuindo assim para uma utilização mais racional de água. Desde 2006 temos efectuado diversas acções no sentido de utilizar novos agentes refrigerantes por forma a diminuir este resíduo (detalhes na fig. 15). Em 2008 foram iniciados testes com 2 produtos alternativos, a fim de reduzir consideravelmente o resíduo das águas oleosas. Prevê-se que a conclusão destes ensaios seja favorável e obtenham esteja terminada no 1º semestre de 2009.

5.2.3 Papel e cartão

A produção destes resíduos está directamente relacionada com papéis usados, bem como das diversas embalagens que rece-bemos com matéria-prima. A quantidade mais significativa deste resíduo provém, de embalagens que recebemos com produ-tos para a nossa produção. A maioria das caixas de cartão por estarem danificadas ou por serem de grandes dimensões, não são utilizáveis, no entanto as restantes são reutilizadas para embalagem de peças para a expedição. A diminuição registada desde 2007 (figura 16) deve-se também ao facto de algumas peças fornecidas por empresas do grupo BITZER passarem a ser efectuadas em Euro-paletes de madeira com resguardos de madeira retornáveis, em vez de caixas de cartão. Para minimizar os desperdícios de folhas de papel tamanho A4 a maioria das impressoras na empresa têm a indicação para se utilizarem folhas já usadas num dos versos e na fotocopiadora também são reutilizadas folhas já usadas. Existe uma sensibilização para reutilizar, sempre que possível, folhas e caixas de cartão que se encontrem em boas condições.

5.2.4 Plásticos

Os plásticos recebidos nas embalagens de material para a produção são separados e reutilizados para expedição e armaze-namento interno, sempre que estes se encontram em boas condições. O processo tem a vantagem de não utilizar demasiados óleos de conservação nas peças e permite que as embalagens plásticas sejam usadas diversas vezes, enquanto o seu estado de eficácia o permitir. No entanto, desde 2007 a produção deste resíduo aumentou devido a peças (condensadores) que nos são fornecidas por via marítima (figura 17). Os colaboradores de todas as secções que utilizam sacos ou embalagens em plás-tico estão sensibilizados para que se faça uma reutilização dos mesmos enquanto as suas características o permitirem.

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Figura 10 Figura 13

Figura 11 Figura 14

Figura 12 Figura 15

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

Produção: Limalhas de ferro fundido(em kg)

kg 246.200 280.140 321.240 334.950 278.860

2004 2005 2006 2007 2008

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

Compra: Óleos de conservação (em litros)

L 1.845 2.255 1.845 2.675 2.879

2004 2005 2006 2007 2008

0

25.000

50.000

75.000

100.000

Produção: Sucata de Ferro Fundido (em kg)

kg 63.590 51.320 39.060 77.960 60.220

2004 2005 2006 2007 2008

0

1.500

3.000

4.500

6.000

Compra: Diluente(de pintura e da limpeza)

(em litros)

L 3.975 5.320 4.250 5.705 5.910

2004 2005 2006 2007 2008

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

Envio para tratamento: Águas oleosas(em kg)

kg 41.360 52.770 100.580 94.412 83.840

2004 2005 2006 2007 2008

0,320

0,340

0,360

0,380

0,400

0,420

Compra: Diluente consumido por esmalte, primário e endurecedor aplicado

rácio 0,400 0,420 0,366 0,408 0,381

2004 2005 2006 2007 2008

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14

5.2.5 Lamas de rectificação

As lamas de rectificação são resultantes de duas máquinas que rectificam peças de ferro fundido. Em 2008 a produção deste resíduo diminuiu devido à redução na quantidade de peças rectificadas e também na alteração do processo de algumas peças, no qual é retirado menos material. Este resíduo é de característica pastosa devido à utilização de água no processo. O seu acondicionamento é feito em tambores de 200L e quando perde a humidade fica totalmente seco. Detalhes ver figura 18.

5.2.6 Lamas de tinta

Este resíduo resulta da limpeza do tanque da pintura bem como do escorrimento das latas de tinta e contém ainda algumas quantidades de diluente utilizado na limpeza dos equipamentos da pintura. As lamas de tinta são armazenadas em tambores herméticos porque as consideramos como um resíduo perigoso, sendo a sua recolha efectuada por empresas especializadas. (figura 19). Como consequência do acréscimo de produtos a pintar e utilização de produtos para pintura, este resíduo também aumentou.

5.2.7 Absorventes, filtrantes e EPI’s contaminados

Os absorventes e filtrantes provêm de processos de manutenção dos equipamentos. Os absorventes são utilizados para limpar os equipamentos que têm óleos, bem como limpeza de pequenos derrames de óleos.

Os EPI’s (equipamento de protecção individual) são resíduos provenientes de luvas, sapatos, máscaras e batas usados e são tratados como os panos e desperdícios impregnados com óleos. A cada funcionário é solicitado que prolonguem ao máximo o tempo de vida útil dos seus equipamentos individuais de protecção, desde que não coloquem em perigo a sua integridade física. Desta forma minimizam-se as quantidades sempre indesejáveis deste tipo de resíduos.

A produção de resíduos de panos e desperdícios não tem tido oscilações significativas, em 2007 devido à implementação do TPM (Total Production Maintenance) tivemos necessidade de efectuar limpezas mais minuciosas nas máquinas da produção. Como melhoria podemos referir que no caso dos derrames eram utilizados panos usados para absorção dos produtos e pas-sámos a usar outros absorventes que podem ser usados mais do que uma vez. Em 2008 foram restringidos ao mínimo o con-sumo de panos e desperdícios. Estes passaram a estar armazenados de forma condicionada e só foram entregues, pelos delegados dos assuntos ambientais ou responsáveis da secção, quando eram realmente necessários. Foi efectuada sensibili-zação aos colaboradores para que os panos fossem utilizados até estarem completamente impregnados. Após a sua utiliza-ção, os mesmos devem ser entregues ao delegado do ambiente para que este faça uma triagem final e por fim os coloque no local apropriado. Com todas estas acções constata-se como resultado final uma redução satisfatória deste resíduo em mais de 50% (ver detalhes na figura 20).

5.2.8 Outros resíduos

Existem ainda outros resíduos como por exemplo lâmpadas, pilhas e equipamentos electrónicos cujas quantidades não são consideradas como significativas, mas que são geridos de forma adequada e entregues para recolha a empresas licenciadas.

Resíduos anteriormente não considerados como as paletas de madeira danificadas e as latas usadas com restos de materiais de pintura passaram a ser contabilizados desde 2005 (ver figura 21). As latas usadas com restos de tinta são consideradas como resíduo perigoso e são encaminhadas por operador licenciado para deposição em aterro. As madeiras usadas (figura 22) provêem essencialmente de paletes ou caixas com materiais para a produção. Sempre que é possível é efectuada uma reutili-zação das mesmas. No entanto, as que estão danificadas ou que não se adequam às nossas necessidades são consideradas como resíduo. As quantidades evidenciadas no gráfico referem-se aos envios efectuados para operadores licenciados e tam-bém a entregas que efectuamos a entidades particulares.

5.2.9 Custos de eliminação e transporte de resíduos

Desde há alguns anos que controlamos os custos de eliminação dos resíduos bem como os custos de transporte dos mesmos. A figura 23 mostra os valores destes custos desde o ano 2004. Tentamos sempre que possível economizar custos e contratar empresas de recolha e tratamento de resíduos com preços mais vantajosos para a Bitzer (Portugal) e cuja a localização se situe também mais perto da nossa empresa.

Apesar de em 2008 o aumento dos custos relativos à eliminação de resíduos não ser significativo face ao ano anterior, serão tomadas medidas para contrariar esta tendência.

O indicador para verificar de forma concreta os custos relacionados com o envio de resíduos para tratamento é a relação entre custo por tonelada ferro fundido. Com estes dados podemos constatar a tendência dos custos a cada ano, ver figura 24.

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Figura 16 Figura 19

Figura 17 Figura 20

Figura 18 Figura 21

0

2.500

5.000

7.500

10.000

12.500

Envio como resíduo: Lamas de remoção de tintas (em kg)

kg 6.270 8.930 8.840 11.285 13.180

2004 2005 2006 2007 2008

0

2.500

5.000

7.500

10.000

Produção: Plástico de embalagem (em kg)

kg 4.020 4.640 4.200 7.960 9.574

2004 2005 2006 2007 2008

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

Produção: Papel e cartão de embalagem (em kg)

kg 9.148 18.760 27.130 18.400 16.978

2004 2005 2006 2007 2008

0

10

20

30

40

Produção: Lamas de rectificação (em toneladas)

t 33,33 25,48 28,95 37,96 32,76

2004 2005 2006 2007 2008

0

2.000

4.000

6.000

8.000

Envio como resíduo: Absorventes, filtrantes etc. contaminados (em kg)

kg 6.930 3.650 3.680 6.080 2.506

2004 2005 2006 2007 2008

0

250

500

750

1.000

Latas usadas (em kg)

kg 190 800 1.720 1.487

2005 2006 2007 2008

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16

Figura 26

Eficiência do ferro fundido em %

86

87

88

89

90

91

2004 2005 2006 2007 2008em %

CBR

SKZ

ROT

Figura 22 Figura 24

Figura 23 Figura 25

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

Custos de eliminação e transporte de resíduos (em Euros)

EUR 13.949 26.083 22.948 21.804 23.455

2004 2005 2006 2007 2008

Objectivo 2009

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

Valorização dos resíduos (em Euros)

EUR 19.459 32.212 21.102 34.496 41.435

2004 2005 2006 2007 2008

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

Madeira usada (em kg)

kg 52.380 47.620 52.265 59.350

2005 2006 2007 2008 0

2

4

6

8

10

12

Custos de envio de resíduos portonelada de ferro fundido processado

EUR/t 6,10 11,24 8,37 8,26 8,81

2004 2005 2006 2007 2008

5.2.10 Valorização dos resíduos

Para se poderem estabelecer comparações entre custos e valorizações de resíduos, passámos a incluir desde 2007 na Declaração Ambiental um gráfico com dados sobre a valorização dos resíduos. O acréscimo registado desde de 2003 deve-se essencialmente ao aumento de resíduos de limalha e sucata de ferro fundido e do seu preço de venda respectivamente. Ver detalhes na figura 25. 5.2.11 Eficiência ferro fundido

Para verificar qual a eficiência do ferro fundido das peças a maquinar estabeleceram-se comparações com duas empresas alemãs do grupo BITZER de produção de compressores. A eficiência do ferro fundido refere-se à quantidade de ferro que é retirado na maquinação das peças (p.ex. furação, fresagem, rectificação). Na maioria dos casos a influência que temos nesta eficiência é manter as cotas de maquinação no máximo da tolerância para que seja retirado a menor quantidade de material possível. Nesta comparação podemos verificar que essa “perda” de material é bastante semelhante nas três empresas analisadas. Ver detalhes figura 26 (Legenda: CBR – Castelo Branco; SKZ – Schkeuditz e ROT – Rottenburg).

5.2.12 Resíduos Industriais Banais a enviar para aterro Municipal

Os Resíduos Industriais Banais são recolhidos pelos Serviços Municipalizados de Castelo Branco e para os quais não temos solução, quer de valorização, quer de eliminação. As entidades que efectuam o serviço de recolha não fizeram até esta data qualquer exigência relativa a tipo ou quantidades que enviamos para o aterro. Mas é nosso compromisso diminuir as quantidades e por essa razão passámos desde do último trimestre de 2008 a contabilizar as quantidades que produzimos. Efectuamos ainda sensibilizações no sentido de só se enviarem para aterro resíduos que não possam ser reciclados.

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Data de monitorização

Emissão de: Cabine de PinturaCaldeira de

Aquecimento

Queimador da Máqu. Lav. MTM

VDL

NOx mg/Nm3 - 191,0 * 1500

COV

mgC/Nm3 26,3 12,4 * 50

NOx mg/Nm3 - 181,8 168,8 1500

COV

mgC/Nm3 12,3 5,1 27,5 50

NOx mg/Nm3 - 130,3 ** 1500

COV

mgC/Nm3 14,0 19,2 ** 50

NOx mg/Nm3 - 136,4 111,6 1500

COT

mgC/Nm3 8,1 323,9 54,4 50

NOx mg/Nm3 - 147,0 10,0 1500

COT

mgC/Nm3 12,0 12,0 59,0 50

NOx mg/Nm3 - - 206,0 1500

COT

mgC/Nm3 - - 26,0 50

NOx mg/Nm3 -123

8E-02190

9E-031500

COT

mgC/Nm313

1E-011

8E-02507

3E-0250

NOx mg/Nm3 - **222

2E-021500

COT

mgC/Nm314

1E-01**

6655E-02

50

* Ainda não tinha sido adquirida** Não foram efectuadas medições porque houve uma avaria na instalação*** A partir de 2006: indicação do caudal mássico de acordo com a tabela Nº 1, daportaria Nº 80/2006 de 23 de Janeiro.

06.10.2006 ***

11.12.2006 ***

17.02.2005

29.06.2005

29.12.2005

29.07.2004

Valores de emissão de 2004 a 2006

09.03.2004

14.12.2004

5.2.13 Emissões

A caracterização das emissões, para a atmosfera em cada fonte fixa, efectuada por uma entidade independente, era realizada bianualmente até 2007. Considerando que as emissões da Bitzer Portugal não são significativas, solicitámos à autoridade competente o alargamento da periodicidade de monitorização previsto na legislação vigente para serem efectuadas apenas uma vez em cada 3 anos. Foi concedida a isenção de monitorização para a caldeira de aquecimento uma vez que esta funcio-na menos que 500 horas/ ano. No ano de 2007 a instalação funcionou menos de uma hora, para que pudessem ser efectuadas operações de manutenção e afinação, em 2008 registarem-se 301 horas de funcionamento. As próximas medições a efectuar serão em 2009. As monitorizações englobam as chaminés dos seguintes processos: Pintura • Cabina da pintura – local onde são pintadas diversas peça depois da montagem. Após várias investigações e alterações no

processo de pintura, ao longo dos últimos anos, nomeadamente na utilização de tintas com menos solventes os valores dos COT’s têm reduzido significativamente.

Aquecimento • Caldeira (aquecimento central) – Na caldeira, que é utilizada para o aquecimento das instalações, é queimado gás propano.

Tratamento de superfície • Máquina de lavagem de peças – No processo é utilizada água aquecida, com calor proveniente de uma caldeira (queimador

da máquina lavagem MTM) onde é queimado gás propano. As emissões desta máquina, são gases do processo de com-bustão e vapores que provêem da água que é aquecida.

Valores de emissão de 2004 até 2006 podem ser visualizados na Figura 27:

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18

6. Outros aspectos da gestão do ambiente

6.1 Ruído exterior

As instalações da Bitzer (Portugal) S.A. situam-se numa zona industrial que não consta no mapa de ruído segundo informação da Câmara Municipal de Castelo Branco. O ruído produzido pela Bitzer Portugal não causa qualquer influência sonora juntos aos receptores sensíveis porque as habitações mais próximas se encontram a cerca de 1.200m.

7 Aspectos ambientais – Levantamento Ambiental

7.1 Identificação e avaliação dos aspectos e impactos ambientais

De 2 em 2 anos, ou sempre que se verificarem alterações em algum processo, é efectuado um Levantamento Ambiental no qual são identificados e avaliados os aspectos e impactes ambientais.

Para efectuar esta avaliação, utiliza-se um procedimento interno que visa identificar, registar e avaliar os aspectos ambientais, das actividades da Bitzer e verificar o respectivo potencial de melhoria.

O último levantamento ambiental foi efectuado em finais de 2008 e foi concluída no início de 2009.

Na “Matriz de Identificação de Aspectos Ambientais” identificam-se, na(s) secção(ões) a avaliar, todas as entradas de materiais ou recursos, bem como todas as saídas, quer sejam voluntárias ou involuntárias efectuando-se na mesma tabela a correspondência com o respectivo aspecto e impacte ambientais.

Exemplo/ extracto de uma das secções da empresa:

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7.2 Critérios de avaliação dos aspectos

Esta matriz é usada para fazer uma apreciação dos aspectos ambientais com o intuito de avaliar os efeitos significativos e negativos para o ambiente.

Para os critérios do tipo A considerámos que os efeitos são significativos e negativos para o ambiente e seres humanos, devendo existir um compromisso de medidas preventivas essenciais.

Os aspectos avaliados com estes critérios são classificados como significativos.

Para os critérios do tipo B considerámos que os efeitos são negativos para o ambiente e seres humanos, devendo existir um compromisso de eventuais medidas preventivas.

Os aspectos avaliados com estes critérios são classificados como menos significativos.

Para os critérios do tipo C considerámos que os efeitos são negativos mas pouco significativos para o ambiente e seres huma-nos, tendo sido considerado que as medidas preventivas são desnecessárias.

Os aspectos avaliados com estes critérios são classificados como não significativos.

O Quadro que se segue é um exemplo dos critérios de avaliação e refere-se a Águas/ Solo e Resíduos. Existem também critérios de avaliação para o Ar (emissões gasosas, odores/ cheiros, ruído, vibrações e emissões de calor), Energia (eléctrica, gás, gasóleo e matérias primas e subsidiárias), Local de trabalho (ruído, vibrações, manuseamento de substâncias perigosas e aspectos visuais) e aspectos ambientais indirectos (avaliação de fornecedores de produtos ou serviços de gestão de resíduos, embalagem, contratos com fornecedores e matérias-primas e subsidiárias).

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7.3 Matriz de Avaliação dos Aspectos Ambientais Para a avaliação de aspectos ambientais utiliza-se o formulário “Matriz de avaliação dos aspectos ambientais” utilizando os critérios anteriormente referidos. Esta matriz é usada para fazer uma apreciação dos aspectos ambientais com o intuito de avaliar os efeitos significativos para o ambiente, bem como os Impactes Ambientais subsequentes. Exemplo/ extracto de uma matriz de avaliação de uma secção da empresa: A referida avaliação contempla ainda condições de operação em situações de Avaria e de Acidente/ Emergência. No caso apresentado, estas situações de Avaria, Acidente/ Emergência. No caso apresentado, estas situações de Avaria, Acidente/ Emergência. Emergência.

A referida avaliação contempla ainda condições de operação em situações de Avaria e de Acidente/ Emergência. No caso apresentado, estas situações de Avaria, Acidente/ Emergência.

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7.4 Potencial de melhoria

O potencial de melhoria dos aspectos ambientais identificados está interrelacionado entre as categorias A, B e C e a escala do potencial de melhoria que pode ser baixo, médio ou elevado. Com esta classificação podemos constatar que tipo de interven-ção podemos efectuar: melhorar significativamente caso o potencial seja elevado, melhorar de forma menos influente quando o potencial encontrado é médio e quando o potencial de melhoria é baixo nenhuma ou poucas acções podem ser implementa-das.

Através do resultado final obtêm-se inputs que serão considerados no Programa Ambiental que anualmente é revisto.

Na figura 29 podem ser verificados os aspectos ambientais identificados no Levantamento Ambiental, em situação normal, efectuado em 2008 e concluído em Fevereiro de 2009.

Figura 28

7.5 Aspectos ambientais identificados Do levantamento ambiental iniciado em Dezembro de 2008 e concluído em Fevereiro de 2009, que abrangeu todo o nosso processo produtivo, resultou como aspecto ambiental considerado bastante relevante para o ambiente em situações:

Situação Aspecto ambiental Impacto ambiental Acção a efectuar

Normal o recurso de energia eléctrica Utilização de recursos Elevado potencial de melhoria, minimi-zar tempos de utilização desnecessá-rios; promover acções de sensibiliza-ção; controlo de iluminação e outros.

Normal utilização de água na rega do jardim

Utilização de recursos Elevado potencial de melhoria, possibi-lidade de instalação de um sistema de rega automático.

Normal Resíduos de águas oleosas na Produção Mecânica

Contaminação do solo Médio potencial de melhoria, prolongar a vida útil das emulsões (novos óleos de refrigeração).

Normal Resíduos de embalagens conta-minadas com óleos

Contaminação do solo Médio potencial de melhoria, evitar, sempre que possível, que as matérias-primas sejam fornecidas com estas embalagens.

Normal Gás propano na máquina de lavagem MTM

Médio potencial de melhoria, efectuar manutenção/ afinação regularmente por forma a optimizar os consumos

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Normal Fornecedores com classificação “Não suficiente”

Médio potencial de melhoria, efectuar novas sensibilizações por forma a melhorar o desempenho ambiental dos fornecedores ou as suas avaliações para “Satisfatório”

em situação avaria

Não foi identificado nenhum aspecto ambiental

Não existe Não existem acções para implementar

em situação de acidente/ emergência

Não foi identificado nenhum aspecto ambiental

Não existe Não existem acções para implementar

Todas as acções dos aspectos ambientais identificados foram incluídos no Programa Ambiental de 2009/ 2011. 7.6 Aspectos ambientais relacionados com os produtos A destruição da camada de ozono na estratosfera e o efeito de estufa na atmosfera através das emissões de gases refrigeran-tes durante os últimos anos, levou a alterações profundas na indústria de refrigeração e climatização. Uma das principais alte-rações que teve relevantes impactos para todo o sector, foi a proibição de diversos gases refrigerantes tais como: R12, R22 e R503. Como líder em apoio à investigação, a BITZER comprometeu-se a apoiar a pesquisa e desenvolvimento de soluções alternati-vas para sistemas amigos do ambiente. As novas investigações tiveram como consequência o desenvolvimento de compressores adaptados para o futuro: • acabamento dos cilindros por forma a evitar mudanças de óleos de refrigeração após a rodagem do compressor; • aplicação de azoto, em alternativa aos gases refrigerantes, para ensaios internos; • os compressores são fornecidos e completamente produzidos sem gases refrigerantes; • preferência na selecção de materiais com menos impacte ambiental na escolha da matéria prima, p.ex. ferro fundido; • já na concepção dos produtos, são considerados os ciclos de vida dos produtos inclusive a possibilidade de reciclagem; • alta capacidade de compressão para diminuir o potencial de efeito de estufa indirecto; • redução da emissão de ruído; • baixas vibrações; • pulsações mais baixas na saída no compressor, através de canais de pulsação, diminuindo assim as probabilidades de

fuga na instalação; • altas estanqueidades através da construção e dos processos de fabricação para menos de 5 gramas de fuga por ano, mas

também através das conexões nas válvulas e aplicação de junções permanentes; • boas possibilidades de regulação da capacidade dos compressores, para que o compressor funcione somente consoante a

capacidade necessária da instalação e assim com mais eficiência; • boas possibilidades de desmontagem para a reparação dos compressores que possibilita um elevado grau de reutilização

dos componentes; • possibilidades de devolução de compressores defeituosos para um tratamento adequado através da Bitzer.

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8 Programa ambiental

8.1 Programa ambiental de 2009 até 2011

Objectivos do Ambiente/

Meios p/ atingir o objectivo Programa ambiental/ Acção/ Quantificação

Responsável Prazo *)

1. Consciencialização

1.1 Avaliação aos fornecedores/ Meios: Questionários de avalia-ção/ visitas

Concluir a avaliação de todos os fornece-dores (quando houver opção de escolha) nacionais

Gestão de Material 07/ 2009

1.2 Sensibilização aos fornecedores/ Meios: Questionários de avalia-ção/ visitas

(do Levantamento Ambiental 2008/ 2009)

Não comprar matéria-prima em fornece-dores nacionais com classificação “Não satisfatório”

Gestão de Material 12/ 2010

2. Emissões

2.1 Utilizar um esquema de pintura com baixo teor de solventes (menos 30% face ao ano 2004)

Direcção 05/ 2010

2.2 Redução do ruído emitido pelas furadeiras coluna Burkhardt&Weber e Bluthardt/ Meios: Redução da produção de ruído na fonte emissora ou na transmissão sonora

(do Levantamento Ambiental 2006)

Reduzir o ruído a que o trabalhador está exposto para 90db

Higiene e Segurança 10/ 2009

3. Energia

3.1 Redução das fugas de ar comprimido nos locais de consumo em toda a empresa

(do Levantamento Ambiental 2006 - reformulado)

Verificar trimestralmente os consumidores de ar comprimido em todas as secções, reduzir as fugas registadas em 50% em relação ao ano 2008

Responsável da secção 12/ 2009

3.2 Redução do consumo de gás granel na máquina de lavagem/ Meios: Manutenções externas e sensibilizações aos colaboradores

(do Levantamento Ambiental 2008-2009)

Efectuar manutenções anuais e sensibili-zações internas

Encarregado do Ambiente 01/ 2011

3.3 Redução do consumo de energia eléctrica/ Meios: Verificações e sensibilizações internas

(do Levantamento Ambiental 2008-2009)

Efectuar auditorias quadrimestrais inter-nas com o objectivo de reduzir locais de consumos desnecessários em 30%

Equipa de auditores 09/ 2010

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4. Água

4.1 Redução de descarga de água na pintura/ Meios: Ensaios, investi-mentos

Reduzir a descarga de água na pintura em 80% em relação ao ano 2004

Direcção 05/ 2010

4.2 Redução das águas oleosas vindas dos centros de processa-mento CNC/ Meios: Estudo de emulsões alternativas

(do Levantamento Ambiental 2008-2009)

Reduzir o resíduo “águas oleosas” (emul-sões) para um consumo inferior ao de 2005: 23 kg por tonelada de ferro fundido processado

Compras equipamento e serviço

01/ 2010

4.3 Redução das águas na rega do jardim/ Meios: Estudo de sistema de rega alternativo

(do Levantamento Ambiental 2008-2009)

Reduzir a duração da rega do jardim para uma redução em 10% do consumo total de água

Encarregado do Ambiente 01/ 2010

5. Solo

5.1 Redução do consumo de óleo de conservação em peças para expedição/ Meios: estudo das quantidades enviadas em 2006

(do Levantamento Ambiental 2006)

Efectuar estudo das quantidades de peças “oleadas” expedidas Reduzir o consumo de óleo de conserva-ção por tonelada de ferro fundido em 3%, usando como referência o ano 2006

Departamento de vendas 12/ 2009

6. Resíduos

6.1 Redução das embalagens conta-minadas com óleos/ Meio: Sensi-bilização aos fornecedores

(do Levantamento Ambiental 2008-2009)

Estabelecer contactos com os fornecedo-res para evitar resíduos industriais na Bitzer resultantes dos seus fornecimentos

Gestão de Material 05/ 2010

6.2 Redução dos custos de resíduos produzidos

(da análise dos custos dos resí-duos de 2008-01-18)

Analisar os custos dos resíduos 2007 por tipo de resíduo com objectivo de manter os custos por tonelada de ferro fundido processada de 2007.

Encarregado do Ambiente 07/ 2009

*) Prazo definido em meses do ano. Como “prazo” entende-se a conclusão e não o início.

Nota: No quadro apresenta-se um programa ambiental geral para toda a empresa, tendo os responsáveis das secções que definir as suas próprias metas e a forma de alcançar os objectivos. Ao longo do período estipulado para cada objectivo, os responsáveis das secções devem rever e acompanhar periodicamente os mesmos. O responsável pelo ambiente deve também efectuar regularmente um acompanhamento a todos os objectivos estipulados.

8.2 Objectivos do programa do ambiente 2008 até 2009 concluídos:

• Levantamento energético nos três pavilhões principais: Concluído em Maio de 2008. O Objectivo prevê redução de con-sumos energéticos;

• Redução do consumo de água na Produção Mecânica: Foi atingido o objectivo, com uma redução no consumo de 5,7%;

• Redução dos resíduos panos e absorventes na Produção Mecânica: Objectivo atingido com sucesso com redução de 71%.

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8.3 Objectivos do programa do ambiente 2008 até 2009 não concluídos:

Alguns objectivos de 2008 até 2009 não foram concluídos, pelo que transitaram para a 2ª revisão do programa do ambiente 2008 a 2009:

• Avaliar fornecedores: Falta concluir a avaliação ambiental a 3 fornecedores;

• Reduzir o ruído emitido pelas furadeiras de coluna Burkhardt&Weber: Não foi realizado, previsto para Outubro de 2009;

• Redução das fugas de ar comprimido nos locais de consumo em toda a empresa: Não foi atingido o objectivo, que foi reformulado.

• Reduzir águas oleosas vindas dos centros de processamento CNC: O Objectivo não foi atingido. As águas oleosas aumentaram em mais de 35%, pelo que se estabeleceu uma nova data para 01/2010.

• Reduzir o consumo de óleo de conservação em peças para expedição: O objectivo não foi realizado, visto que o con-sumo de óleo por tonelada vendida se manteve. Foi estabelecida nova data para 12/2009;

• Reduzir os custos de resíduos produzidos: Aumentou-se a sua utilização em mais de 7,5%. Foi estabelecida nova data para 07/2009;

• Reduzir os solventes e descarga de água na pintura: O investimento para uma nova instalação de pintura encontra-se actualmente congelado.

9 Outras informações Encarregado do Meio Ambiente Bitzer (Portugal) Sr. Manuel de Jesus Frade Zona Industrial, Rua G’ Correio electrónico: [email protected] Compressores para Frio, S.A. 6000-459 Castelo Branco Data da próxima Declaração: 2010 Tel. ++351 272 348 550 © BITZER Março 2009 Fax ++351 272 323 961 10 Verificador Ambiental A APCER - Associação Portuguesa de Certificação, Organismo de Verificação Ambiental acreditado com o número PT-V-0001, declara que a Declaração Ambiental da Bitzer (Portugal), Compressores para Frio, S.A., sita na Zona Industrial, Rua G', 6000-459 CASTELO BRANCO, cumpre o estabelecido no anexo III do Regulamento (CE) n.º 761/2001 do Parlamento Euro-peu (Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria - EMAS) no relativo à fiabilidade, credibilidade e exactidão dos dados e informações constantes. Esta validação é suportada na Declaração Ambiental autenticada com selo branco da APCER e no relatório de verificação n.º V2002.004/08 de 13 de Março de 2009. O processo de verificação foi realizado de acordo com o anexo V do Regulamento (CE) n.º 761/2001 do Parlamento Europeu, (Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria - EMAS) e com o documento público da APCER: Regulamento APCER para Verificação do Sistema de gestão ambiental e Validação da Declaração Ambiental, tendo sido assegurada a competência, isenção e independência da APCER no exercício das suas funções enquanto Verificador Ambiental. Leça da Palmeira, 13 de Março 2009 O Verificador Ambiental Engº José Leitão Engº Rui Russo dos Santos (CEO da APCER) (Auditor)

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