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Esquemas-síntese da Crónica de D. João I, de Fernão Lop ESQUEMAS-SÍNTESE DA CRÓNICA DE D.JOÃO I, DE FERNÃO LOPES

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Esquemas-síntese da Crónica de D. João I, de Fernão Lop

Esquemas-síntese

da Crónica de D. João I,

de Fernão Lopes

ESQUEMAS-SÍNTESE DA

CRÓNICA DE D.JOÃO I,

DE FERNÃO LOPES

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Capítulo 11

«Do alvoroço que foi na cidade cuidando que matavom o Meestre,

e como aló foi Alvoro Paaez e muitas gentes com ele.» (pp. 93-94 do manual)

Três sequências do capítulo:

1.ª parte 2.ª parte 3.ª parte

Mobilização A multidão O Mestre

da população rodeia de Avis surge

da cidade pelos o Paço à janela

partidários e ameaça e dirige-se

do Mestre invadi-lo à multidão para

de Avis a pacificar

APELO MOVIMENTO CONFLUÊNCIA

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Iminente invasão do Paço.

Clímax do capítulo: aclamação do Mestre.

Iminente invasão do Paço

A multidão sente que a vida

do Mestre de Avis está em perigo

e deseja salvá-lo, invadindo o Paço

A multidão força

o aparecimento do Mestre

à janela

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Narrador:

mostra as emoções

das personagens

mostra as intenções

Omnisciente

das personagens

narra o plano da morte

do conde Andeiro

Plano da morte do Conde Andeiro ― percurso da mensagem

arquitetado por Álvaro Pais e pelos partidários do Mestre:

Ruas d Anúncio de que A multidão acorre

Pajem

Ruas de Lisboa

o Mestre corre perigo

ao Paço

e Lisboa

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Personagens: a multidão, «como viuva que rei nom tinha».

Multidão —

personagem coletiva

«as gentes», «todos»,

«a gente», «aquelas gentes»,

«as donas da cidade»

1.º momento: movimento indignação, revolta

de concentração e agressão

2.º momento: movimento alívio, serenidade

de dispersão e satisfação

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Personagens: o Mestre de Avis, figura carismática.

• Populista — aparece à janela, pois pretende obter o apoio da população; • Gentil — dirige-se à multidão com termos afáveis; • Humano — pretende salvar o Bispo de Lisboa; • Carismático — consegue liderar a revolta contra a fação castelhana; • Desejado — a população de Lisboa acorre para o salvar, pois associa-o ao seu

pai, D. Pedro I, e à ideia de independência.

Personagens: figuras do movimento de apoio à ação do Mestre de Avis.

Pajem e Álvaro Pais: cumprem o plano no exterior

Grupo de apoiantes

«todolos seus, e outros bõos da cidade […] e

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Dinamismo da narração: marcas linguísticas.

• Utilização de verbos de movimento; • Utilização de verbos declarativos; • Utilização do imperfeito do indicativo e do gerúndio; • Recurso ao discurso direto; • Emprego de advérbios expressivos; • Campo lexical relacionado com movimento ou ruído; • Descrição de espaços de forma gradual (rua, janela do Paço, rua, Paços

do Almirante).

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Capítulo 148

«Das tribulações que Lixboa padecia per mingua de mantimentos.»

(pp. 96-97)

Personagem principal: a cidade que sofre

as consequências do cerco castelhano.

Iluminura do Cerco de Lisboa de

1384, Chroniques de Jean Froissart

(1337-1405).

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Sequências narrativas que estruturam o capítulo:

1.ª parte 2.ª parte 3.ª parte 4.ª parte

Motivo das Consequências Consequências Consequências

dificuldades: económicas sociais do psicológicas

• Demasiada do cerco cerco do cerco

população; de Lisboa. de Lisboa. de Lisboa. • A população

das aldeias

em redor

recolheu-se à cidade.

5.ª parte

Conclusão emotiva do

cronista sobre o sofrimento da cidade:

• Interpelação ao leitor;

• Lamento

pelos que

sofreram.

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Repercussões do cerco na vida da capital:

Consequências económicas do cerco de Lisboa

Consequências sociais do cerco de Lisboa

Consequências psicológicas do cerco de Lisboa

• Falta de produtos alimentares (sobretudo trigo); • Inflação (produtos demasiado caros).

• Aumento de doenças devido ao mau regime alimentar; • Subnutrição e consequências na saúde da população;

• Pobreza e mendicância; • Aumento da taxa de mortalidade.

• Ambiente geral de tristeza e desespero; • Discussões;

• Desejo de morte; • O sofrimento quotidiano não impede que a população

se lance ao combate quando isso é necessário.

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Postura da população face às dificuldades:

Postura introvertida: Postura dirigida para o exterior:

as pessoas choram sozinhas os habitantes dialogam e queixam-se

e lamentam-se; por saberem que sofrem pelo facto de

preferem a morte à desgraça quotidiana. não se renderem aos castelhanos.

Reação do Mestre de Avis às circunstâncias em que a cidade se encontra:

Primeira referência: Segunda referência:

comoção com o sofrimento da população preocupação com a população

(o Mestre como um ser sensível (não se confirma o rumor de expulsar

e humano). de Lisboa quem já não tivesse pão).

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Recursos expressivos que realçam o tom patético do capítulo:

• Interrogação retórica; • Comparação; • Exclamação; • Hipérbole; • Metáfora.