esquema - remÉdios constitucionais
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Direitos e Garantias Fundamentais Remédios Constitucionais – art. 5º CF
- Remédios Constitucionais são espécies de garantias constitucionais, isto é, os denominados remédios são instrumentos à disposição do indivíduo para que ele possa atuar quando os direitos e as próprias garantias são violadas pela ilegalidade ou abuso do poder cometido pelo Poder Público. - Remédios JUDICIAIS (ações judiciais): Habeas Corpus (LXVIII), Mandado de Segurança (LXIX e LXX), Mandado de Injunção (LXXI), Habeas Data (LXXII), Ação Popular (LXXIII), Ação Civil Pública (129, III). - Remédios ADMINISTRATIVOS: Direito de Petição (XXXIV), Direito de Certidão (XXXIV). 1) HABEAS CORPUS - Art. 5º, LXVIII – “conceder-se-á "HABEAS-CORPUS" sempre que alguém sofrer OU se achar
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO, por
ilegalidade ou abuso de poder.” - Surgiu com a Magna Carta Inglesa de 1215 e com Habeas Corpus Act de 1679 - OBJETO (específico): direito de locomoção (ir, vir, permanecer) - ESPÉCIES: a) REPRESSIVO ou LIBERATÓRIO – “alguém sofrer”
b) PREVENTIVO (salvo-conduto) – “se achar ameaçado de sofrer” - QUEM? UNIVERSAL - (qualquer do povo, nacional ou estrangeiro, (legitimidade ativa) independentemente de capacidade civil, política ou profissional, de
idade, de sexo, profissão ou estado mental, pode ingressar com habeas corpus, inclusive pessoa jurídica em favor de pessoa física.)
- CONTRA QUEM? AUTORIDADE COATORA (legitimidade passiva) 1) pública ou privada 2) que age com ilegalidade ou abuso de poder - PAGA? Não – art. 5º, LXVII - PRECISA ADVOGADO? NÃO - (mas a regra que para se ingressar em juízo precise de
advogado por força do artigo 133 CF: “O advogado é
indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por
seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites
da lei”.) - ATENÇÃO!!!! Art. 142, §2º CF: “Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo
Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares,
organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema
do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos
poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
§ 2º - Não caberá "habeas-corpus" em relação a punições disciplinares
militares.”
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2) HABEAS DATA - Art. 5º, LXXII - conceder-se-á "HABEAS-DATA": a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
administrativo”
- Novidade da CF de 1988 - OBJETO (específico): direito à informação relativa à SUA pessoa (pessoa do impetrante). * direito de acesso aos registros * direito de retificação desses registros - REQUISITOS: REQUERIMENTO + NEGATIVA = HD Administrativo da autoridade administrativa de fornecimento da informação solicitada
Exceção ao princípio da inafastabilidade de jurisdição (Art. 5º, XXXV)
- QUEM? Ação personalíssima - (somente quem as informações se referem) (legitimidade ativa) - CONTRA QUEM? REGISTROS ou BANCOS DE DADOS (legitimidade passiva) 1) de entidades governamentais (Ex.: Receita Federal)
OU 2) de entidades privadas de caráter público (SPC/SERASA)
- PAGA? Não – art. 5º, LXVII - PRECISA ADVOGADO? SIM - ATENÇÃO!!!! 1) Art. 5º, XXXIII CF - dados protegidos por sigilo, em prol da segurança da sociedade e do Estado
2) Diferenças HABEAS DATA DIREITO DE CERTIDÃO DIREITO DE
INFORMAÇÕES Art. 5º, LXII Art. 5º, XXXIV Art. 5º, XXXIII informações relativas à sua pessoa
informações de interesse pessoal (próprio ou de 3º)
informações de interesse particular, coletivo ou geral
Mandado de Segurança Mandado de Segurança
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3) MANDADO DE SEGURANÇA - Art. 5º, LXIX - conceder-se-á MANDADO DE SEGURANÇA para PROTEGER DIREITO LÍQUIDO E CERTO /não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data”/ quando o
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública OU agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público” - OBJETO: DIREITO LÍQUIDO E CERTO � NATUREZA RESIDUAL - CONTRA: ATO DE AUTORIDADE (pública)
ILEGALIDADE ABUSO DE PODER
- ESPÉCIES: 1) Repressivo 1) Individual 2) Preventivo 2) Coletivo (art. 5º, LXX) - QUEM? 1) Individual – PF/PJ/MP/órgão e agentes públicos em defesa das suas prerrogativas 2) Coletivo a) Partido Político COM representação no Congresso Nacional b) Sindicato c) Entidade de classe d) Associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano em defesa dos interesses de seus membros ou associados; - CONTRA QUEM? AUTORIDADE COATORA Autoridade Pública (Adm. Direta, Indireta e pessoal da delegação) - PAGA? Sim - PRECISA ADVOGADO? SIM - ATENÇÃO!!!! PRAZO: 120 dias a contar da data que o interessado teve conhecimento oficial do ato a ser impugnado. 4) MANDADO DE INJUNÇÃO - Art. 5º, LXXI - conceder-se-á MANDADO DE INJUNÇÃO sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania”
- Novidade da CF de 1988
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- OBJETO: EXERCÍCIO dos direitos e liberdades constitucionais + prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania - CONTRA: OMISSÃO ABUSIVA do legislador ordinário
- QUEM? Titular do direito previsto na CF - qualquer pessoa que se sinta prejudicada pela falta de
norma regulamentadora - CONTRA QUEM? Pessoa Estatal que tem a obrigação de legislar (Ex.: art. 61 CF) - REQUISITOS: Norma Constitucional de Eficácia Limitada + Falta de Norma Regulamentadora * NÃO CABE: 1) Se já há norma regulamentadora do direito, ainda que defeituosa; 2) Diante da falta de norma regulamentadora de direito previsto em normas infraconstitucionais; - PAGA? Sim - PRECISA ADVOGADO? SIM - ATENÇÃO!!!! Efeitos da Decisão do Mandado de Injunção GERAL – erga omnes CONCRETISTA
Decisão (declara omissão + INDIVIDUAL – inter partes MI Concede o exercício do direito) NÃO-CONCRETISTA (apenas declara a mora/omissão do legislador) 5) AÇÃO POPULAR - Art. 5º, LXXIII - QUALQUER CIDADÃO é parte legítima para propor AÇÃO POPULAR que
vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o
AUTOR, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência”.
- instrumento da democracia direta (plebiscito, referendo e iniciativa popular) - participação popular no controle da gestão pública - OBJETO: ATO LESIVO *patrimônio público * moralidade administrativa * meio ambiente * patrimônio histórico e cultural - ESPÉCIES: a) REPRESSIVO – impedir o ato
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b) PREVENTIVO – já houve o dano - QUEM? SOMENTE O CIDADÃO Capacidade eleitoral ativa (art. 12, §1º CF) - ELEITOR - CONTRA QUEM?
ENTIDADE LESADA + AGENTE QUE PRATICOU O ATO (autoridades) + Beneficiário do ato/contrato (ilegal)
- PAGA? NÃO, salvo comprovada má-fé. - PRECISA ADVOGADO? SIM - ATENÇÃO!!!! MP – atua como fiscal da lei (custus legis), na forma do artigo 129, II CF