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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
PÓS-GRADUAÇÃO LATO-SENSU
PROJETO A VEZ DO MESTRE
ESQUEMA CORPORAL A PARTIR DE UMA VISÃO
FISIOTERÁPICA NUM ENFOQUE PSICOMOTOR
SUZANA JOSÉ
RIO DE JANEIRO, RJ JUNHO/2003
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
PÓS-GRADUAÇÃO LATO-SENSU
PROJETO A VEZ DO MESTRE
ESQUEMA CORPORAL A PARTIR DE UMA VISÃO
FISIOTERÁPICA NUM ENFOQUE PSICOMOTOR
Monografia apresentada à
Universidade Cândido Mendes como
requisito parcial para a obtenção do
título de especialista em
Psicomotricidade.
SUZANA JOSÉ
Orientador: Vilson Sérgio de Carvalho
Co-orientadora: Fátima Alves
RIO DE JANEIRO, RJ JUNHO/2003
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AGRADECIMENTOS
A todo o Corpo Docente do Projeto “A Vez do
Mestre” que direta ou indiretamente plantaram uma
semente de conhecimento na minha cabeça facilitando
hoje, a confecção deste meu trabalho.
À amiga Dirce, pela incansável colaboração.
Obrigada por você existir na minha vida.
4
DEDICATÓRIA
Dedico aos meus pais, que me ajudaram a tornar
possível, mais uma vez, o aprimoramento dos meus
estudos.
E também ao meu amor – Marcelo Dias – pela
ajuda e pela mudança que ele deu na minha vida.
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EPÍGRAFE
“Para ir ao encontro da linguagem do corpo é
preciso desenvolver todas as possibilidades do
movimento corporal, o que exige a desenvolver do
próprio corpo pela via da sua sensibilização, vivência e
conscientização, ou seja, perceber os aspectos físicos e
psíquicos do corpo e suas inter-relações”. (Lola
Brikman - Brikman apud. Alves, 2002, pág. 06).
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RESUMO
Este trabalho monográfico foi produzido, baseado a partir da vivência e do
conhecimento da Psicomotricidade para um Fisioterapeuta. Uma pesquisa um tanto
difícil e limitada visto que hoje a Psicomotricidade está muito mais ligada ao
processo educacional do que propriamente a reabilitação.
No mesmo, destaca-se a importância da Psicomotricidade para um
fisioterapeuta que pode ser muito útil desde que se a conheça bastante para então
poder aplicá-las numa reabilitação, no intuito de melhoria no desempenho das AVDs
(Atividades de Vida Diárias), através da confiança e conhecimento do seu próprio
corpo, sabendo seus limites, seus potenciais, aprimorando assim, sua auto-estima.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Psicomotricidade e Neuromotricidade 11
CAPÍTULO II - “O próprio” e o “Esquema Corporal” 15
CAPÍTULO III - Espaço, Tempo e Esquema Corporal. 21
CONCLUSÃO 33
BIBLIOGRAFIA 34
ÍNDICE 35
8
INTRODUÇÃO
O desenvolvimento motor é o resultado da maturação de certos tecidos
nervosos, aumento em tamanho e complexidade do sistema nervoso central,
crescimento dos ossos e músculos. São, portanto, comportamentos não aprendidos
que surgem espontaneamente desde que a criança tenha condições adequadas para
exercitar-se. Esses comportamentos não se desenvolverão caso haja algum tipo de
distúrbio ou doença. Podemos notar que crianças que ficam presas em seus berços
sem qualquer estimulação terão grandes dificuldades para desenvolver
adequadamente as áreas motoras, favorecendo assim alguma dificuldade nas funções
motoras, tais como: estruturação do esquema corporal que mostre a evolução da
apresentação da imagem do corpo, reconhecimento do próprio corpo, evolução de
preensão e da coordenação óculo-manual que nos proporciona a fixação ocular e
prensão e olhar e desenvolvimento da função tônico e da postura em pé e reflexos
arcaicos da estruturação espaço-temporal (tempo, espaço, distância e retina).
O desenvolvimento de nosso corpo ocorre não só ocorre mecanicamente, mas
também são aprendidos e vivenciados junto à família, onde a criança aprende a
formar a base da noção de seu 'eu corporal'.
As manifestações emocionais que implicam a problemática da emoção
pertencem a uma ordem de preocupações muito antiga da Psicologia Clássica. Toda e
qualquer emoção tem sua origem no domínio postural, como por exemplo, para uma
criança de 6 anos ao receber um grito de um adulto, fará com que ocorra um aumento
da tensão, por conseguinte desencadeará reações emocionais que são traduzidas
como mal-estar ou sentir-se meio mole, sem coordenação nas pernas.
A comunicação é uma função essencial na reeducação psicomotora, uma vez
que a psicomotricidade leva em conta o aspecto comunicativo do ser humano, através
do corpo, da gestualidade. Assim graças à língua, o homem vive num mundo de
significações, os gestos querem dizer alguma coisa, o corpo tem um sentido que ele
pode sempre interpretar e traduzir.
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Existem os comportamentos inatos que são manifestados desde o nascimento.
O grito, por exemplo, pode ser interpretado como dor, como fome...
Outro comportamento que devemos comentar seria as manifestações
primitivas tais como: bocejo, espirro, salivação que deverão ser orientadas e
educadas no sentido de controle das próprias modalidades do meio-familiar e social
da criança.
A personalidade do indivíduo muitas vezes ou na maioria delas é formada
através de comportamentos básicos, tais como a higiene pessoal e alimentação.
O bom desenvolvimento da criança tem uma importância fundamental para a
psicomotricidade. É preciso que a criança integre cada um de seus progressos antes
de adquirir um novo.
Assim sendo o presente estudo se desenvolveu da seguinte forma:
No primeiro capítulo, a autora aborda um estudo comparativo entre a
Psicomotricidade e a Neuromotricidade. Sabe-se que qualquer acidente no sistema
neuromotor irá comprometer a área neuromotora. Um comprometimento Psicomotor
seria a incapacidade do movimento do corpo humano em movimento, em sua relação
com seu mundo interno e externo.
No segundo capítulo, as principais abordagens são os do desenvolvimento
cognitivo, onde o objeto de construção e integração será o Esquema Corporal, o
próprio corpo. Um terapeuta tem por objetivo fazer com que a criança construa
noções do seu Corpo em relação ao mundo de forma harmoniosa, dinâmica e
construtiva. Com a construção do esquema Corporal, a criança é capaz de
desenvolver habilidades necessárias.
No terceiro capítulo, enfatiza-se as áreas Psicomotoras e algumas atividades
que podem ser desenvolvidas com as crianças com o objetivo de trabalhar o Esquema
Corporal, sempre respeitando os limites e as dificuldades próprias de cada criança.
Devemos sempre ressaltar que cada ser humano possui suas próprias
individualidades, não devemos como terapeutas, aprimorar essas dificuldades e sim,
10
trabalharmos para que estas sejam superadas. Uma avaliação periódica é sempre
muito interessante para podermos saber o prognóstico de cada criança.
Concluindo, o esquema corporal é estudado pela Psicomotricidade aonde
representa ser a imagem do corpo um intuitivo que a criança tem de seu próprio
corpo.
11
CAPÍTULO I
PSICOMOTRICIDADE E NEUROMOTRICIDADE
12
A Neuromotricidade, partindo de um prisma anátomo-fisiológico, considera o
movimento na fase efetuadora: desde o impulso do neurônio piramidal córtico-motor
até a contração muscular mobilizando as alavancas ósseas em torno das dobradiças
articulares.
No percurso se intercalam evidentemente os centros automáticos da medula e
do mesencéfalo onde o movimento será adaptado a cada instante, em função das
sensações trazidas por todas as vias sensitivas aferentes: visuais, labirínticas,
proprioceptivas etc.
A agressão deste sistema neuromotor, qualquer que seja o nível constitui uma
afecção neuromotora e não psicomotora. Vejamos alguns exemplos:
Agressão no neurônio motor = hemiplegia
Agressão dos centros automáticos = atetose
Agressão das vias aferentes (proprioceptivas) = tabes
Agressão do relé motor medula = poliomielite
Agressão do músculo = miopatia
A psicomotricidade partindo de um prisma psicológico considera um
movimento na sua fase de elaboração: representação mental, impulso psicológico,
controle do desenvolvimento do ato etc. Esta elaboração põe em jogo todos os
fatores conscientes ou inconscientes próprios ao indivíduo: percepção, inteligência,
memória, afetividade etc. Este movimento está, pois carregado, desde o início,
mesmo antes do seu desencadeamento pelos neurônios piramidais, de todo este
potencial psicológico.
Além disso, no mesmo decurso de sua execução, ele poderá ser modificado a
cada instante por impulso psicológico mais ou menos independente da vontade até
mesmo da consciência.
O movimento automático em si, na altura onde a elaboração inicial deste
automatismo necessitou o apoio da consciência, trará a marca do psiquismo. É
13
sempre delicado e pretensioso se querer consignar aos fenômenos psicológicos uma
localização anatômica precisa. Pode-se, entretanto pensar que a parte psicológica do
movimento se situaria na zona ideomotora do córtex, ligada à zona córtico-motora
pelos misteriosos praxis dos quais, sabe-se, tão pouco e aos centros automáticos
pelas conexões córtico-talâmicas, córtico-reticulares, córtico-estriadas, córtico-
cerebelosas, córtico-foliculares, etc., dos quais ignora-se muito.
Parece, que o hipotálamo desempenha um papel essencial de ligação entre o
psique e a neuromotricidade; Dickes e Gelhorn estabeleceram em particular seu
papel, na correlação entre os estados de ansiedade e o aumento do tônus muscular.
Acoplado com o rinencéfalo, ele teria uma grande influência nas modulações
adaptativas das atividades comportamentais complexas.
Qualquer que seja o caso, e mesmo fora de todos os substratos anatômicos
bem definidos, a distinção entre neuro e psicomotricidade é bastante nítida e
concebe-se que as afetações neuromotoras, situadas abaixo da época psicomotora,
não afetam esta em nada.
Um poliomelítico, por exemplo, pode muito bem – e tem em geral – uma
psicomotricidade normal. Se ele tem problemas psicológicos, são problemas
psicológicos puros e não psicomotores; esses são problemas afetivos induzidos por
uma enfermidade inestética ou invalidante, mas sem conexão direta com a agressão
neuromotora.
O déficit psicomotor, ao contrário, não se manifesta de uma maneira
específica e localizada. Ele perturba de maneira difusa tanto o comportamento motor
quanto o comportamento psíquico. O ponto de vista motor, ele se manifestará nas
atividades complexas; por exemplo, na coordenação estática e dinâmica, o equilíbrio,
o ritmo, a escrita, a leitura etc.
A diferenciação é muito mais difícil quando o déficit se relaciona ao mesmo
tempo, ao comportamento neuro psicomotor, diferenciação também muito difícil
para as pequenas perturbações de execução motora cuja origem parece ser
subcortical.
14
Tal dismetria é devida a uma má integração psicológica das noções espaciais
ou a uma deficiência anatômica da regulação motora anatômica?
Tal imperícia, tal rigidez é devida a fatores afetivos ou de uma perturbação da
regulação do tônus de origem puramente motora?
O mesmo acontece com as sincinesias, as hiper ou hipotonias mais ou menos
localizadas, etc.
É provável que toda regulação motora, inconsciente e involuntária, que
modela e modifica a cada instante o movimento no decurso mesmo de sua execução,
está comandada em grande parte pelos centros subcorticais. Esta regulação é
provocada e dirigida pelas diversas sensações (esteroceptivas, proprioceptivas,
interoceptivas e eventualmente nociceptivas) que são transmitidas pelos receptores
durante a execução do movimento.
Mas essas sensações modulam a ação dos centros subcorticais por duas vias
diferentes:
* elas lhe chegam diretamente (sem passar pelo córtex) sob forma de
sensações brutas pondo em jogo as montagens sensitivo-motoras automáticas;
* elas são percebidas e analisadas pelo córtex, modificada e completada pelos
efeitos psicológicos desta e chegam aos centros subcorticais sob forma de impulso
psicomotores.
Podemos concluir que Psico e Neuromotricidade terminam num só e mesmo
efetor: os centros subcorticas. Não sendo assim surpreendente que suas perturbações
possam se manifestar com uma só e mesma linguagem; a da sub-corticalidade.
15
CAPÍTULO II
“O PRÓPRIO” E O “ESQUEMA CORPORAL”
16
Representação mental que a criança faz de seu próprio corpo, a consciência
que ela tem de cada uma de suas partes, da sua situação respectiva e da unidade de
conjunto, a consciência enfim de sua identificação com esse eu corporal.
A noção de esquema corporal é ampla; a organização do corpo aqui não está
mais isolada, ela abrange as relações espaço-temporais desse corpo com o mundo
que o cerca.
2.1 - Dados Psiquiátricos
A patologia psiquiátrica que põe em evidência as dissociações maciças e
evidentes desse esquema corporal nos mostrará a importância dessa noção e nos
ajudará a compreender as perturbações mais discretas que se encontram na prática
corrente.
Certas doenças mentais, com efeito, realizam verdadeiras dissociações do eu
corporal. Vejamos alguns exemplos onde a dissociação foi em diferentes períodos,
conforme a importância da regressão.
* O período mais grave e a catatonia (o grau mais avançado da
esquizofrenia); o doente não diferencia mais seu próprio corpo; ele não tem mais
consciência de seus limites em relação ao mundo exterior.
* Em um grau um pouco menos avançado de esquizofrenia, o doente percebe
seu corpo como dispersado (desaparece a “unidade” do eu).
* Pode-se observar igualmente o desaparecimento da “identidade”: o doente
percebe seu corpo como estranho a ele mesmo; “eu tenho este corpo, mas não sou
este corpo” (Gantheret, 1897: 165).
* Em seguida, encontramos as exclusões parciais; um membro ou uma parte
do membro é percebido como estranha, ele está excluído do esquema corporal; o
doente o ignora e não se serve dele;
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As anestesias histéricas podem igualmente ser consideradas como uma
exclusão parcial, unicamente sensitiva. O “membro fantasma” constitui o fenômeno
inverso; o membro amputado continua a ser percebido como fazendo parte do corpo;
apesar do seu desaparecimento físico, ele persiste a existir no esquema corporal.
2.2 - Construção e Integração do Esquema Corporal
A primeira etapa parece ser a diferenciação do eu corporal, a percepção dos
limites do próprio corpo, dos limites do “eu” e do “não eu”.
A segunda etapa se resumiria na construção da imagem espacial do eu, por
referência a imagem do outro, que seria a “unicidade do eu corporal”: é o que Wallon
chama “o estágio do espelho” e Lacan a “captação da imagem especular”.
É aproximadamente na idade de seis meses que a criança tem a brusca
revelação de sua imagem no espelho e pode assim construir uma imagem espacial
coerente do eu, por referência à imagem do outro (e particularmente à imagem
preferencial da mãe).
Os dados proprioceptivos iniciais que permaneceram até então no estado de
sensações difusas não localizadas, não espacializadas, vão então se fundir com os
dados visuais e podem se organizar no espaço e no tempo.
É a primeira percepção consciente, o nascimento, através desta espacialização
do corpo, das primeiras noções de espaço e de tempo, que servirão de base a toda
organização perceptiva ulterior.
A terceira etapa é a identidade do eu corporal (aos 3 anos). A criança vai se
identificando pouco a pouco ao seu eu corporal; fala de início dele na terceira pessoa:
“O bebê faz isso...”, em seguida evita de falar num período de constrangimento e de
confusão que vai até ao terceiro ano. Nesta etapa, aos 6 anos, será a época na qual a
criança vai se afirmar como indivíduo distinto e aos 12 anos, ela se organizará e se
orientará em relação ao espaço exterior, como membro participante.
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2.3 – Espaço, Tempo e Esquema Corporal
O esquema corporal vai em seguida continuar a se organizar e a se orientar
em relação ao espaço exterior. Essa estruturação progressiva continuará até a idade
aproximada de 12 anos. Ela apela antes de tudo para as percepções espaciais:
diferenciação do espaço interno e externo, organização desse espaço interno, situação
dos objetos em relação ao eu, depois, por reversibilidade do pensamento, situação do
eu em relação aos objetos.
Somente após essa mediação do eu corporal que é possível se chegar à
organização das relações espaciais entre os objetos e eles mesmos.
A organização do eu corporal é, portanto, a base da noção de espaço e serve
de referência para todas as percepções espaciais. É isso que explica que as
perturbações do esquema corporal são a origem de todas as perturbações na
percepção geral do espaço.
A organização do tempo se fez igualmente através do esquema corporal, pois
a noção de tempo origina-se num movimento, percebido assim como uma
modificação mais ou menos durável e mais ou menos rápida das relações espaciais.
2.3.1 - Psicomotricidade, Esquema Corporal e Imagem Corporal
O esquema corporal se edifica pela posição em concordância das percepções
proprioceptivas e exteroceptivas, a proprioceptividade dando uma imagem interna
do eu e a exteroceptividade (percepções visuais, táteis e auditivas), uma imagem
externa.
Este posicionamento se estabelece no decorrer das experiências motoras e
particularmente das experiências da primeira infância, vividas através da preensão,
depois a conquista da locomoção. O movimento é, com efeito, percebido ao mesmo
tempo de maneira proprioceptiva, por todos os receptores internos, e exteroceptivas
pelas modificações das percepções sensorias que ele origina. É pela repetição dessas
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experiências psicomotoras que se estabelecerá e se fixará uma imagem coerente do
eu corporal, ao mesmo tempo separada e integrada no espaço circundante.
É igualmente no decorrer dessas experiências que se criarão as relações
“interperceptivas” que vão pouco a pouco se separar da motricidade para formar o
pensamento abstrato.
Essas experiências psicomotoras serão igualmente marcadas pelas relações
afetivas do prazer e do desprazer que as acompanham. Assim se forma, além do
esquema corporal racional e racionalizante, uma “imagem do corpo”, libidinosa e
irracional, que servirá de suporte aos fantasmas e à afetividade profunda.
É toda essa vivência corporal que é a base de referência em torno da qual se
organiza a psicomotricidade.
2.4 – Diferenciação em Detalhe do Esquema Corporal
É bem evidente que o esquema corporal será cada vez mais rico, e mais
diferenciado, à medida que as experiências perceptivomotoras são mais numerosas,
mais especializadas e mais conscientes.
Esquema corporal é o domínio de predileção da educação e da reeducação
psicomotora.
O esquema corporal só é percebido e criado, a partir do movimento.
Ele não é anatômico, é funcional.
O esquema corporal, num todo, pode permanecer bastante frusto, se ele se
limita à percepção de sinergias sensitivo-motoras globais.
A motricidade é então prisioneira dessas percepções sinergéticas. A
mobilidade voluntária e consciente de um segmento isolado só é possível se esse
segmento está diferenciado no esquema corporal e inversamente a diferenciação de
um segmento corporal não pode se fazer quando ele está dotado de uma mobilidade
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independente em relação aos segmentos vizinhos. Ainda não se tem consciência da
diferenciação anatômica da maioria dos nossos músculos porque não conseguimos
contraí-los individualmente.
Toda aprendizagem motora passa por uma diferenciação dos elementos do
esquema corporal. Essa diferenciação não pode se fazer pela repetição de
experiências motoras conscientes e localizadas, colocando pouco a pouco em
concordância as percepções próprio exteroceptivas.
Ao adquirir essa diferenciação, o movimento segmentar está então disponível
para se integrar em novas sinergias. A criança será, portanto mais rica em
possibilidades motoras e em possibilidades motoras e em possibilidades de adaptação
à medida que seu esquema corporal for mais diferenciado.
21
CAPÍTULO III
AS ÁREAS DA PSICOMOTRICIDADE
22
Para fins didáticos a psicomotricidade se subdivide em áreas que, embora
citadas isoladamente, agirão quase sempre vinculadas umas às outras; entenderemos
por "Prática Psicomotora" todas as atividades que visam estimular as várias áreas que
mencionaremos a seguir:
3.1 – Orientação
A orientação ou estruturação espacial/temporal é importante no processo de
adaptação do indivíduo ao ambiente, já que todo corpo, animado ou inanimado,
ocupa necessariamente um espaço em um dado momento.
A orientação espacial e temporal corresponde à organização intelectual do
meio e está ligada à consciência, à memória a às experiências vivenciadas pelo
indivíduo.
3.2 – Conhecimento Corporal e Lateralidade
A criança percebe seu próprio corpo por meio de todos os sentidos. Seu corpo
ocupa um espaço no ambiente em função do tempo, capta imagens, recebe sons,
sente cheiros e sabores, dor e calor, movimenta-se. A entidade corpo é centro, o
referencial. A noção do corpo está no centro do sentimento de mais ou menos
disponibilidade e adaptação que temos de nosso corpo e está no centro da relação
entre o vivido e o universo. É nosso espelho afetivo-somático ante uma imagem de
nós mesmos, do outro e dos objetos.
O esquema corporal, da maneira como se constrói e se elabora no decorrer da
evolução da criança, não tem nada a ver com uma tomada de consciência sucessiva
de elementos distintos, os quais, como num quebra-cabeça, iriam pouco a pouco se
encaixar uns aos outros para compor um corpo completo a partir de um corpo
desmembrado. O esquema corporal revela-se gradativamente à criança da mesma
forma que uma fotografia revelada na câmara escura mostra-se pouco a pouco para o
observador, tomando contorno, forma e coloração cada vez mais nítidos. A
23
elaboração e o estabelecimento deste esquema parecem ocorrer relativamente cedo,
uma vez que a evolução está praticamente terminada por volta dos quatro ou cinco
anos. Isto é, ao lado da construção de um corpo 'objetivo', estruturado e representado
como um objeto físico, cujos limites podem ser traçados a qualquer momento, existe
uma experiência precoce, global e inconsciente do esquema corporal, que vai pesar
muito no desenvolvimento ulterior da imagem e da representação de si.
O conceito corporal, que é o conhecimento intelectual sobre partes e funções;
e o esquema corporal, que em nossa mente regula a posição dos músculos e partes do
corpo. O esquema corporal é inconsciente e se modifica com o tempo.
Quando tratamos de conhecimento corporal, inserimos a lateralidade, já que é
a bússola de nosso corpo e assim possibilita nossa situação no ambiente. A
lateralidade diz respeito à percepção dos lados direito e esquerdo e da atividade
desigual de cada um desses lados visto que sua distinção será manifestada ao longo
do desenvolvimento da experiência.
Perceber que o corpo possui dois lados e que um é mais utilizado do que o
outro é o início da discriminação entre a esquerda e direita. De início, a criança não
distingue os dois lados do corpo; num segundo momento, ela compreende que os
dois braços encontram-se um em cada lado de seu corpo, embora ignore que sejam
"direito" e "esquerdo".
As atividades psicomotoras auxiliam a criança a adquirir boa noção de espaço
e lateralidade e boa orientação com relação a seu corpo, aos objetos, às pessoas e aos
sinais gráficos.
Por se tratarem de coisas interligadas, a lateralidade pode ser estudada como
parte da orientação espacial ou como parte do conhecimento corporal.
3.3 – Exercícios de Psicomotricidade
O movimento significa muito mais do que mexer partes do corpo ou deslocar-
se no espaço.
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À medida que a criança cresce, a aquisição de novas habilidades possibilita
que ela atue de maneira cada vez mais independente, ganhando assim maior
autonomia. O corpo é o ponto de referência que a criança possui para conhecer o
mundo, servindo-lhe de referência e de base para o desenvolvimento cognitivo e para
a aprendizagem de conceitos importantes como, por exemplo, os conceitos de
espaço: em baixo, em cima, ao lado, atrás, direita, esquerda, etc. Primeiramente, a
criança visualiza esse conceito através do próprio corpo e só depois consegue
visualizá-lo nos objetos entre si.
Esses conceitos, na Psicomotricidade podem ser desenvolvidos através de
Exercícios específicos para cada área cognitiva.
NOTA
Para aplicação desses exercícios, é preciso que o profissional lembre-se que
as crianças não conseguem trabalhar no início com excesso de informações e
explicações. Caso a criança não queira desenvolver alguma atividade, não se deve
obrigá-las. Deixar a criança buscar seus próprios recursos buscando soluções a seu
nível, permitindo que ela descubra e sinta satisfeita com suas próprias descobertas.
Usar sempre uma linguagem bem simples para que seja de fácil entendimento para
as crianças. Dê apenas o modelo de como se executa. Conversar sempre com a
criança sobre o que foi sentido, sobre as suas impressões a respeito dos movimentos
executados. Sempre que o exercício permitir orientar a criança a fazê-lo de olhos
fechados, favorecendo assim a interiorização do que foi vivido, exigindo maior
atenção e concentração.
Quando realizado um exercício, elogiar a todas as crianças igualmente, pois
aquelas que não atingiram o objetivo do exercício e que não foi elogiada podem
levá-la a um estado de ansiedade e frustração.
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3.3.1 - Esquema Corporal
Conhecimento intuitivo imediato que a criança tem do próprio corpo,
conhecimento capaz de gerar as possibilidades de atuação da criança sobre as partes
do seu corpo, sobre o mundo exterior e sobre os objetos que a cercam.
Exercício 1: Reconhecendo as partes essenciais do corpo - O profissional diz os
nomes das seguintes partes do corpo: cabeça, peito, barriga, braços, pernas, pés,
explorando uma parte por vez. A criança mostra em si mesma a parte mencionada
pelo profissional, respeitando o nome que designa.
Primeiramente o trabalho deverá ser realizado de olhos abertos, e a seguir de olhos
fechados.
Olhos abertos: Aprendizado.
Olhos fechados: Quando dominar as partes do corpo.
Exercício 2: A criança deverá reconhecer também as partes do rosto: nariz, olhos,
boca, queixo, sombrancelhas, cílios, trabalhar também com os dedos com a mão
apoiada sobre a mesa a criança deverá apresentar o pulso, o dedo maior e o dedo
menor, os nomes dos dedos são ensinados a criança pedindo que ela levante um a um
dizendo os respectivos nomes dos dedos.
Exercício 3: Trabalhar com os olhos - Em pé ou sentado a criança acompanha com
os olhos sem mexer a cabeça, a trajetória de um objeto que se desloca no espaço.
Exercício 4: Automatizando a noção de direita e esquerda.
Conhecendo a direita e a esquerda do próprio corpo mostrar a criança qual é a sua
mão direita e qual é a sua mão esquerda. Dominando este conceito, realizar o
exercício em etapas:
- fechar com força a mão direita;
- depois a esquerda;
- Levantar o braço direito;
26
- depois o esquerdo;
- bater o pé esquerdo;
- depois o direito;
- mostrar o olho direito;
- depois o esquerdo;
- mostrar a orelha direita;
- depois a esquerda;
- levantar a perna esquerda;
- depois a direita.
Trabalhar com os olhos abertos, e quando a criança estiver dominando o
exercício trabalhar com os olhos fechados.
Exercício 5: Localizando elementos na sala de aula. A criança deverá dizer de que
lado está a porta, a janela, a mesa da sala de aula, etc. em relação a si mesma.
Durante a realização do exercício, não deixar a criança cruzar os braços, pois isso
dificulta sua orientação espacial.
Exercício 6: Movimentos cruzados:
Tocar com uma mão determinada (direita ou esquerda), através de um pedido
verbal, uma parte determinada do corpo, situada a direita ou a esquerda.
Este exercício pode infinitamente ser variado. Podemos distinguir três
progressões superpostas:
a) Primeira progressão:
• Com uma única mão
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Tocar com a mão direita uma parte do corpo situada a esquerda (ombro,
cotovelo, punho, nádega, coxa, joelho, perna, tornozelo, pé, olho, bochecha, narina
etc).
• Com as duas mãos alternadamente
Mão direita, ombro esquerdo;
Mão esquerda, joelho direito;
Mão direita, olho esquerdo;
Mão esquerda, cotovelo direito.
• Com as duas mãos numa ordem variada e misturando movimentos cruzados e
homolaterais
Mão direita, joelho esquerdo;
Mão esquerda, ombro direito;
Mão esquerda, olho esquerdo; (cada vez mais rapidamente).
• Com as duas mãos simultaneamente
Tocar simultaneamente o pé direito com a mão esquerda e o ouvido esquerdo
com a mão direita.
• Combinação de três elementos
De pé sobre o pé direito, mão direita na orelha esquerda, mão esquerda no
ombro direito.
Ajoelhado sobre o joelho esquerdo, mão direita no olho direito; mão esquerda
no punho direito.
• Associação na diferenciação dos dedos
Em vez do solicitar tocar mão, solicitar tocar com o dedo. Como exemplo:
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- enunciados e demonstrados atrás dos alunos, em frente aos espelhos
(imitação direta);
- demonstrado nas mesmas condições, mas não enunciados;
- enunciado sem demonstração;
- enunciado e demonstrado em frente aos alunos (imitação cruzada);
- demonstrados em frente aos alunos e não enunciados;
- transcritos no quadro: “de costas”, “de frente”.
Quaisquer que sejam as condições iniciais esforçar-se-á ao máximo em deixar
que as crianças tomem as iniciativas na escolha das posições.
b) Segunda progressão:
Execução imediata; na medida em que vai se enunciando ou durante a
demonstração;
Execução diferida; durante o enunciado ou a demonstração.
As crianças permanecem imóveis sem esboçar nenhum gesto.
Executarão quando receberem ordem ou após um tempo prévio de “execução
mental” (olhos fechados); ou ao contrário, após um tempo de dispersão da atenção
(dando alguns saltinhos).
Execução diferida com associação de 2 ou 3 posições sucessivas: 2 ou 3
posições são enunciadas ou demonstradas sucessivamente. Tempos de pausa. Em
seguida o aluno se reproduz.
Orientação do esquema corporal, alguns exemplos:
a) Mão direita, orelha esquerda; mão esquerda, ombro direito;
b) Mão direita, olho esquerdo; mão esquerda, punho direito;
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c) Ajoelhado sobre o joelho direito: Mão esquerda sobre o joelho esquerdo; mão
direita, ombro esquerdo
Em 2 e 4 apoios:
Lançar simultaneamente:
- o braço direito e a perna direita para a frente;
- em seguida o braço esquerdo e a perna direita. Continuar alternando direita
e esquerda.
Variação progressiva:
* Movimento cruzado, alternar:
- braço direito, perna esquerda;
- braço esquerdo, perna direita.
(OBS: Movimento ritmado – ritmo de 2 tempos no metrônomo).
* Agora, na posição ereta. Elevar braço e perna lateralmente.
Movimentos Dissimétricos em 2 tempos.
Ex: Levar simultaneamente o braço direito para a frente e o braço esquerdo
para o lado. Abaixá-lo simultaneamente (de acordo com a necessidade, trabalhar
independentemente cada movimento antes de associá-los).
Variação:
Movimento alternativo em quatro tempos: mudar a cada movimento (cada
braço vai alternativamente para adiante e para o lado).
Esse exercícios requer Ritmo, metrônomo, 2 tempos, cada vez mais rápido.
Movimentos Dissimétricos em 4 tempos.
- Braço direito adquire sucessivamente as seguintes posições:
30
horizontal para frente;
vertical;
horizontal lateralmente;
ao longo do corpo.
- Braço esquerdo faz a mesma sucessão de movimentos, mas atrasado.
- Braço esquerdo; mãos no ombro, mãos na cabeça, mãos no ombro, braço pendente.
(OBS: A mesma seqüência, com o braço direito)
3.3.2 – Conhecimento Corporal
Exercício 1: Nomear partes do próprio corpo, do corpo dos colegas, do corpo de
bonecos.
Exercício 2: Juntar as partes de um boneco desmontável.
Exercício 3: Completar o desenho de uma figura humana com o que estiver faltando.
Exercício 4: Deixar o corpo cair, em bloco, sobre o colchão.
Exercício 5: Exercitar tensão e relaxamento no corpo (amolecer, murchar, endurecer,
etc.)
Exercício 6: Diante de um espelho, observar sua imagem e cantar músicas (como
exemplo: cabeça, ombro, joelho e pé, joelho e pé....) que falem sobre as partes do
corpo. Apontar as partes do corpo em si mesmo e no corpo do colega.
Exercício 7: Associar partes do corpo com roupas ou objetos montados pelo
educador. Ex: bola = mãos; blusa = tronco; meia = pés ...
Exercício 8: Explorar o próprio corpo com as mãos, de olhos abertos e fechados.
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Exercício 9: Exercitar tensão e relaxamento no corpo (amolecer, murchar, derreter,
endurecer, etc) a partir de solicitação.
“Finja que você é um boneco feito de sorvete. Algumas crianças fizeram você
e agora o deixaram aí parado e sozinho. Você tem cabeça, corpo, 2 braços esticados e
pernas duras.
A manhã está linda, o sol está brilhando. Logo o sol fica tão quente qe você
sente que está derretendo. Você começa a sentir a cabeça amolecendo, depois o
braço, depois o outro. Devagar, seu corpo começa a derreter todinho. Agora você é
uma poça de sorvete no chão....
3.3.3 – Organização e Estruturação Temporal
Esse mediador trabalha com noções importantes para o aprendizado da escrita
e particularmente da leitura, favorecem o desenvolvimento da atuação da memória. A
estruturação temporal fornecerá as possibilidades de alfabetizar-se.
Exercício 1: Reproduzindo ritmos com as mãos. O professor executa um
determinado ritmo, seguindo algumas estruturas rítmicas (.. ... ...) por exemplo,
batendo a mão sobre a carteira, durante um certo tempo, a criança apenas escuta,
depois reproduz o rítmico executado pelo professor, batendo a mão sobre a carteira
também. Variar o ritmo. Lento, normal e rápido.
Fazer o exercício inicialmente com os olhos abertos e em seguida, de olhos
fechados.
3.3.4 – Orientação Temporal
Exercício 1: Ouvir histórias, ou músicas que contenham histórias, e depois contar a
seqüência dos fatos.
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Exercício 2: Ordenar cartões com figuras e formas e recompor uma história com
início, meio e fim.
Exercício 3: Observar animais (mosca, lesma, lagartixa, gato, tartaruga, etc.) e dizer
quais são os mais velozes e os mais lentos.
Exercício 4: Mover carrinhos rápida e lentamente, seguindo instruções do professor.
Exercício 5: Plantar feijões e observar o seu crescimento. Posteriormente, o
professor e as crianças desenharão a história da vida do feijão, passando pelas etapas
do seu desenvolvimento, da semente até a planta adulta.
3.3.5 – Organização e Estruturação Espacial
Exercício 1: Deslocando um objeto no espaço, a criança coloca um objeto qualquer
ora a sua frente, ora atrás, ora a direita, ora a esquerda, segundo o comando do
professor.
3.3.6 – Orientação Espacial
Exercício 1: Andar pela sala explorando o ambiente e os objetos, inicialmente de
olhos abertos e depois de olhos fechados.
Exercício 2: Montar quebra-cabeças.
Exercício 3: Jogar amarelinha.
Exercício 4: Responder onde está o céu, o teto, o chão, a lâmpada, com palavras
como: em cima, atrás, etc.
Exercício 5: Andar pela sala e pelo pátio seguindo a direção indicada por setas
pintadas no chão.
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CONCLUSÃO
Não se pode esquecer de citar a importância dos sentimentos da criança na
fase do conhecimento de seu próprio corpo, pois um esquema corporal mal
estruturado pode determinar na criança um certo desajeitamento e falta de
coordenação, se sentindo insegura e isso poderá desencadear uma série de reações
negativas como: agressividade, mal humor, apatia que às vezes parece ser algo tão
simples poderá originar sérios problemas de motricidade que serão manifestados
através do comportamento.
A Psicomotricidade se situa, com efeito, na junção entre a capacidade entre a
concepção neurológica e a concepção psicológica e, até psicanalítica, do homem.
Atualmente o ponto de vista psicológico tende a tomar a dianteira da neurologia.
É possível definir o pensamento psicomotor como:
- todo movimento associado ao psiquismo, implica diretamente à personalidade;
Parece que o movimento é a primeira forma do pensamento, aquele que
condiciona o aparecimento do pensamento abstrato. Como exemplo, podemos nos
basear na evolução de toda criança onde as primeiras experiências motoras são
indispensáveis à aquisição das noções de espaço e de tempo, bases do
desenvolvimento da inteligência.
Diz-se que “o movimento é o pensamento em ação”.
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BIBLIOGRAFIA
AUDIR, Bastos. Psicomovimentar. SP, Ed. Papirus: 2002.
LASSUS, Elizabeth. Psicomotricidade – Retorno às Origens. RJ, Panamed editorial:
1984.
LAPIERRE, A. A Reeducação Física - Cinesiologia. SP, Editora Manole: 1998.
LAPIERRE, A. A Reeducação Física – Reeducação Psicomotora. SP, Editora
Manole: 2001.
KISNER, Carolyn, COLBY, Lynn Allen. Exercícios Terapêuticos – Fundamentos e
Técnicas. SP, Editora Manole, 1998.
WEBGRAFIA:
http://www.terravista.pt/aguaalto/5804/psicomotricidade1.htm em: 03/04/03 às 16:25
http://www.terravista.pt/aguaalto/5804/definições.htm em: 03/04/03 às 16:28
http://www.geocities.com/HotSprings/8915/psicomotr02.html dia 03 /04 às 16:45
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - PSICOMOTRICIDADE E NEUROMOTRICIDADE 11
CAPÍTULO II - “O PRÓPRIO” E O “ESQUEMA CORPORAL” 15
2.1 - Dados Psiquiátricos 16
2.2 - Construção e Integração do Esquema Corporal 17
2.3 - Espaço, Tempo e Esquema Corporal 18
2.3.1 - Psicomotricidade, Esquema e Imagem Corporal 18
2.4 - Diferenciação em Detalhe do Esquema Corporal 19
CAPÍTULO III - AS ÁREAS DA PSICOMOTRICIDADE 21
3.1 - Orientação 22
3.2 - Conhecimento Corporal 22
3.3 - Exercícios em Psicomotricidade 23
3.3.1 - Esquema Corporal 25
3.3.2 - Conhecimento Corporal 30
3.3.3 - Organização e Estruturação Temporal 31
3.3.4 - Orientação Temporal 31
3.3.5 - Organização e Estruturação Espacial 32
3.3.6 - Orientação Espacial 32
CONCLUSÃO 33
BIBLIOGRAFIA 34
ÍNDICE 35
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FOLHA DE AVALIAÇÃO
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PROJETO A VEZ DO MESTRE
Pós-Graduação “Lato-Sensu”
Título da Monografia: ESQUEMA CORPORAL - Uma visão fisioterápica num
enfoque Psicomotor
Data da Entrega: _______________
Avaliado por: ___________________________ Grau: _________________
Rio de Janeiro, ___ de _____________ de 2003.
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EVENTOS CULTURAIS
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