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ESPÉCIES DE TRIBUTOS Segundo Eduardo Sabbag

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Page 1: ESPÉCIES DE TRIBUTOS Segundo Eduardo Sabbag. Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo

ESPEacuteCIES DE TRIBUTOS

Segundo Eduardo Sabbag

Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos taxas contribuiccedilotildees de melhoria empreacutestimo compulsoacuterio e contribuiccedilotildees) no atual sistema tributaacuterio constitucional brasileiro (teoria pentapartida)

No entanto o art 145 da CF na esteira do

art 5ordm do CTN indica a existecircncia de somente 03 tributos (impostos taxas e contribuiccedilotildees de melhoria)

IMPOSTOArt 145 I CF IMPOSTO eacute tributo cuja obrigaccedilatildeo tem por

fato gerador uma situaccedilatildeo independente de qualquer atividade estatal especiacutefica relativa agrave vida do contribuinte agrave sua atividade ou a seu patrimocircnio (art 16 CTN)

Eacute tributo natildeo vinculado agrave atividade estatalA CF prevecirc de modo taxativo as listas de

IMPOSTOS federais estaduais e municipais

IMPOSTOS FEDERAIS (ART 153 CF)

Imposto de Importaccedilatildeo (inc I)Imposto de Exportaccedilatildeo (inc II)Imposto de Renda (inc III)IPI (inc IV)IOF (inc V)ITR (inc VI)Imposto sobre Grandes Fortunas (inc VII)Imposto residuais (art 154 I)Imposto extraordinaacuterio (de Guerra) (art

154 II)

IMPOSTOS ESTADUAIS (art 155 CF) ITCMD (inc I) ICMS (inc II) IPVA (inc III)

IMPOSTOS MUNICIPAIS (art 156 CF) IPTU (inc I) ITBI (inc II) ISS (inc III)

Ressalte-se que as siglas anteriormeente indicadas natildeo equivalem na maioria dos casos a seus verdadeiros nomes Observea) II Imposto sobre importaccedilatildeo de produtos estrangeirosb) IE Imposto sobre exportaccedilatildeo para o exterior de produtos nacionais ou nacionalizadosc) IR Imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza

d) IPI Imposto sobre produtos industrializados

e) IOF Imposto sobre operaccedilotildees de creacutedito cacircmbio e seguro ou relativas a tiacutetulos ou valores mobiliaacuteriosf) ITR Imposto sobre propriedade territorial ruralg) IEG Imposto extraordinaacuterio de guerra h) ITCMD Imposto sobre transmissatildeo causa mortis e doaccedilatildeo de quaisquer bens ou direitosi) ICMS Imposto sobre operaccedilotildees relativas agrave circulaccedilatildeo de mercadorias e sobre prestaccedilotildees de serviccedilos de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicaccedilatildeo

j) IPVA Imposto sobre propriedade de veiacuteculos automotoresl) IPTU Imposto sobre propriedade territorial urbanam) ITBI Imposto sobre transmissatildeo inter vivos a qualquer tiacutetulo por ato oneroso de bens imoacuteveis por natureza ou acessatildeo fiacutesica e de direitos reais sobre imoacuteveis exceto os de garantia bem como cessatildeo de direitos a sua aquisiccedilatildeo n) ISS Imposto sobre serviccedilos de qualquer natureza

TAXAArt 145 II da CF cc os arts 77 a 79 do CTN

A TAXA eacute tributo vinculado agrave accedilatildeo estatal

Tem como fato gerador o exerciacutecio regular do poder de poliacutecia eou a utilizaccedilatildeo efetiva ou potencial de serviccedilo puacuteblico especiacutefico e divisiacutevel prestado ao contribuinte ou posto a sua disposiccedilatildeo (art 79 I II e III CTN)

Haacute dois tipos de taxa A TAXA DE POLIacuteCIA e a TAXA DE SERVICcedilO

TAXA DE POLIacuteCIA O art 78 caput do CTN estipula o conceito de

poder de poliacutecia ldquoConsidera-se poder de poliacutecia atividade da

administraccedilatildeo puacuteblica que limitando ou disciplinando direito interesse ou liberdade regula a praacutetica de ato ou a abstenccedilatildeo de fato em razatildeo de interesse puacuteblico concernente agrave seguranccedila agrave higiene agrave ordem aos costumes agrave disciplina da produccedilatildeo e do mercado ao exerciacutecio de atividades econocircmicas dependentes de concessatildeo ou autorizaccedilatildeo do Poder Puacuteblico agrave tranquumlilidade puacuteblica ou ao respeito agrave propriedade e aos direitos individuais ou coletivosrdquo

A TAXA DE POLIacuteCIA tambeacutem chamada de taxa de fiscalizaccedilatildeo seraacute exigida em razatildeo de atos de poliacutecia realizados pela Administraccedilatildeo Puacuteblica pelos mais diversos oacutergatildeos ou entidades fiscalizatoacuterias

Pagar-se-aacute tal TAXA em virtude do ldquoexerciacutecio regular do poder de poliacutecia administrativardquo tendente a limitar direitos ou liberdades individuais em benefiacutecio da coletividade

Exemplos de TAXA DE POLIacuteCIA (segundo Hugo Goes)

1048729 Taxa de inspeccedilatildeo sanitaacuteria ndash cobradas por exemplo de restaurantes bares etc em razatildeo da fiscalizaccedilatildeo realizada pelo poder puacuteblico

1048729 Taxa de obras em logradouros puacuteblicos1048729 Taxa de alvaraacute ndash cobrada em funccedilatildeo da

autorizaccedilatildeo que o Municiacutepio concede para que um estabelecimento possa se instalar em determinado local

1048729 Taxa de licenciamento de veiacuteculos1048729 Taxa de expediccedilatildeo de passaporte etc

TAXA DE SERVICcedilO Seraacute cobrada em razatildeo da prestaccedilatildeo estatal de um

serviccedilo puacuteblico especiacutefico e divisiacutevel Natildeo satildeo poucos os serviccedilos que preenchem os

requisitos ensejadores dessa taxa como serviccedilos de luz gaacutes esgotamento sanitaacuterio entre outros

Por conta dos requisitos essenciais agrave sua caracterizaccedilatildeo vaacuterios tributos ldquotentaramrdquo se enquadrarrdquo na categoria de TAXA DE SERVICcedilO quando deveriam ser custeados por impostos incorrendo na maioria das vezes em inconstitucionalidade Taxa de Seguranccedila Puacuteblica Taxa de Limpeza Puacuteblica Taxa de Iluminaccedilatildeo Puacuteblica

Exemplos de taxas cobradas em virtude da utilizaccedilatildeo de serviccedilos (segundo Hugo Goes)

1048729 Taxa de remoccedilatildeo de lixo domiciliar1048729 Taxa de coleta de esgoto1048729 Taxa judiciaacuteria

TAXA X TARIFAA TAXA natildeo se confunde com a TARIFA (ou

preccedilo puacuteblico) mesmo sendo ambas as prestaccedilotildees pecuniaacuterias tendentes a suprir de recursos os cofres estatais em face de serviccedilos puacuteblicos prestados

A TARIFA eacute o preccedilo de venda do bem exigido por empresas prestacionistas de serviccedilos puacuteblicos (concessionaacuterias ou permissionaacuterias) como se vendedoras fossem

Jaacute a TAXA eacute tributo imediatamente vinculado agrave accedilatildeo estatal

Se houver evidente vinculaccedilatildeo do serviccedilo com o desempenho de funccedilatildeo estatal teremos a TAXA

Por outro lado se houver desvinculaccedilatildeo deste serviccedilo com a accedilatildeo estatal inexistindo oacutebice ao desempenho da atividade por particulares teremos a TARIFA

Assim sempre que o serviccedilo especiacutefico e divisiacutevel deva ser prestado diretamente pela Administraccedilatildeo Puacuteblica por imposiccedilatildeo constitucional ou legal o regime seraacute o de TAXA

Nos casos em que a execuccedilatildeo do serviccedilo puder ser delegada a outra entidade puacuteblica ou privada o legislador poderaacute optar entre o regime de TAXA e o de TARIFA

Exemplos de TARIFAS a tarifa postal telegraacutefica de transportes telefocircnica de gaacutes de fornecimento de aacutegua e outras

V quadro esquemaacutetico pp 5859

PEDAacuteGIOA doutrina diverge quanto agrave natureza juriacutedica do

PEDAacuteGIO entendendo alguns trata-se de TAXA enquanto outros entendem trata-se de TARIFA

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo comumente exigida por concessionaacuterias isto eacute por pessoas juriacutedicas de direito privado que se colocam na condiccedilatildeo de ldquosujeitos ativosrdquo ndash um paradoxo inconcebiacutevel no campo da obrigaccedilatildeo tributaacuteria

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo instituiacuteda e reajustada por atos diversos de lei afastando a feiccedilatildeo tributaacuteria

Havendo a inexistecircncia de vias alternativas a exaccedilatildeo se torna compulsoacuteria aproximando-a de uma TAXA

Analisando a questatildeo pode-se dizer que caso a administraccedilatildeo da via puacuteblica objeto de cobranccedila do PEDAacuteGIO seja feita por oacutergatildeo da administraccedilatildeo direta (autarquia ou empresa controlada por Estado como DER) a exaccedilatildeo deve ser considerada uma TAXA

Por outro lado se a via for explorada por entidade particular (concessionaacuterias permissionaacuterias) poderaacute haver uma escolha da exaccedilatildeo pelo legislador ndash se PEDAacuteGIO-TAXA ou PEDAacuteGIO-TARIFA

Em conclusatildeo o PEDAacuteGIO pode ser TAXA ou PRECcedilO PUacuteBLICO (TARIFA) dependendo das circunstacircncias e da maneira como for exigido

Entretanto pela complexidade da mateacuteria e pela diversidade de entendimentos seraacute necessaacuterio aguardar novos julgamentos do STF para uma melhor definiccedilatildeo jurisprudencial sobre o tema

CONTRIBUICcedilAtildeO DE MELHORIA

Art 145 III da CFArt 81 do CTN Art 3ordm do DeC-LEI 19567O tributo CONTRIBUICcedilAtildeO DE

MELHORIA tem como buacutessola para sua cobranccedila a proporccedilatildeo do benefiacutecio efetivamente experimentado pelo contribuinte decorrente de obra puacuteblica realizada pelo Poder Puacuteblico

O sujeito passivo eacute o proprietaacuterio do imoacutevel que circunvizinha a obra puacuteblica geradora de sua valorizaccedilatildeo tributaacuteria

Eacute imperativo que a cobranccedila do tributo cinja-se agrave aacuterea de influecircncia ou zona de beneficiamento

O fato gerador da contribuiccedilatildeo de melhoria reside na valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria experimentada pelos imoacuteveis adjacentes a uma obra puacuteblica

Para ensejar sua cobranccedila deve haver uma relaccedilatildeo direta entre a obra puacuteblica construiacuteda e a valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria dela decorrente

A base de caacutelculo significa o quantum de valorizaccedilatildeo acrescido ao imoacutevel em funccedilatildeo da obra puacuteblica realizada pela Administraccedilatildeo

A cobranccedila da contribuiccedilatildeo de melhoria encontra limitaccedilotildees em dois aspectos- O LIMITE INDIVIDUAL aponta para uma tutela da valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria de cada proprietaacuterio- O LIMITE GLOBAL impotildee que arrecadaccedilatildeo natildeo pode se situar acima do gasto despendido com a obra

EMPREacuteSTIMO COMPULSOacuteRIO Art 148 da CF

ldquoA Uniatildeo mediante lei complementar poderaacute instituir empreacutestimos compulsoacuteriosI ndash para atender a despesas extraordinaacuterias decorrentes de calamidade puacuteblica de guerra externa ou sua iminecircnciaII ndash no caso de investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional observado o disposto no art 150 III bParaacutegrafo uacutenico A aplicaccedilatildeo dos recursos provenientes de empreacutestimo compulsoacuterio seraacute vinculada agrave despesa que fundamentou sua instituiccedilatildeordquo

Eacute um ldquotributo com claacuteusula de restituiccedilatildeordquo (Pontes de Miranda)

Eacute de competecircncia exclusiva da Uniatildeo Tem natureza temporaacuteria subsistindo sua

cobranccedila enquanto existe o fundamento constitucional

Tendo em vista que o paraacutegrafo uacutenico do art 148 da CF atrela a arrecadaccedilatildeo do empreacutestimo compulsoacuterio agrave despesa que o respaldou natildeo se admite a ldquotredestinaccedilatildeordquo (desvio de finalidade) na gestatildeo de seus recursos

Pressupostos autorizativos

A) despesas extraordinaacuterias (incI)- A1) calamidade puacuteblica (maremotos teremotos enchentes incecircndios secas tufotildees ciclones etc)- A2) guerra externa (a expressatildeo indica os conflitos externos cuja deflagraccedilatildeo tenha sido provocada por paiacutes estrangeiro)

B) investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional (inc II)

Os pressupostos autorizativos NAtildeO se confundem com seu fato gerador

Isso porque o legislador constituinte natildeo apontou expressamente o fato gerador do empreacutestimo compulsoacuterio ficando a cargo da lei complementar selecionar o fato imponiacutevel especiacutefico apto a gerar para o contribuinte o dever de pagar o gravame

Assim o legislador federal agrave luz da Constituiccedilatildeo goza de larga liberdade de escolha para a definiccedilatildeo do fato gerador

CONTRIBUICcedilOtildeES

Segundo o art 149 da CF haacute

a) contribuiccedilotildees federais de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (caput)

b)contribuiccedilotildees estaduais distritais e municipais de competecircncia dos Estados DF e Municiacutepios (sect 1ordm)

c) contribuiccedilotildees municipais de competecircncia dos municiacutepios e DF (art 149-A da CF)

As CONTRIBUICcedilOtildeES satildeo gravames cuja destinaccedilatildeo se revele no financiamento de gastos especiacuteficos no contexto de intervenccedilatildeo do Estado nos campos social e econocircmico no cumprimento de ditames da poliacutetica de governo

Para Fernando Maida ldquoas contribuiccedilotildees extrafiscais deveratildeo atender as necessidades na conduccedilatildeo da economia ou correccedilatildeo de situaccedilotildees sociais indesejadas ou mesmo possibilidade de fomento a certas atividades ou ramo de atividades de acordo com o preceituado na Constituiccedilatildeo Jaacute as contribuiccedilotildees parafiscais satildeo aquelas que se destinam exclusivamente ao custeio de atividades paralelas agrave administraccedilatildeo puacuteblica diretardquo

O art 149 caput da CF designa as seguintes contribuiccedilotildees

a) contribuiccedilotildees SOCIAIS

b) contribuiccedilotildees de INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

c) contribuiccedilotildees de INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

Tambeacutem chamadas de contribuiccedilotildees PROFISSIONAIS ou CORPORATIVAS satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo

Haacute dois bons exemplos deste tributo- a contribuiccedilatildeo-anuidade- a contribuiccedilatildeo sindical

Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Page 2: ESPÉCIES DE TRIBUTOS Segundo Eduardo Sabbag. Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo

Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos taxas contribuiccedilotildees de melhoria empreacutestimo compulsoacuterio e contribuiccedilotildees) no atual sistema tributaacuterio constitucional brasileiro (teoria pentapartida)

No entanto o art 145 da CF na esteira do

art 5ordm do CTN indica a existecircncia de somente 03 tributos (impostos taxas e contribuiccedilotildees de melhoria)

IMPOSTOArt 145 I CF IMPOSTO eacute tributo cuja obrigaccedilatildeo tem por

fato gerador uma situaccedilatildeo independente de qualquer atividade estatal especiacutefica relativa agrave vida do contribuinte agrave sua atividade ou a seu patrimocircnio (art 16 CTN)

Eacute tributo natildeo vinculado agrave atividade estatalA CF prevecirc de modo taxativo as listas de

IMPOSTOS federais estaduais e municipais

IMPOSTOS FEDERAIS (ART 153 CF)

Imposto de Importaccedilatildeo (inc I)Imposto de Exportaccedilatildeo (inc II)Imposto de Renda (inc III)IPI (inc IV)IOF (inc V)ITR (inc VI)Imposto sobre Grandes Fortunas (inc VII)Imposto residuais (art 154 I)Imposto extraordinaacuterio (de Guerra) (art

154 II)

IMPOSTOS ESTADUAIS (art 155 CF) ITCMD (inc I) ICMS (inc II) IPVA (inc III)

IMPOSTOS MUNICIPAIS (art 156 CF) IPTU (inc I) ITBI (inc II) ISS (inc III)

Ressalte-se que as siglas anteriormeente indicadas natildeo equivalem na maioria dos casos a seus verdadeiros nomes Observea) II Imposto sobre importaccedilatildeo de produtos estrangeirosb) IE Imposto sobre exportaccedilatildeo para o exterior de produtos nacionais ou nacionalizadosc) IR Imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza

d) IPI Imposto sobre produtos industrializados

e) IOF Imposto sobre operaccedilotildees de creacutedito cacircmbio e seguro ou relativas a tiacutetulos ou valores mobiliaacuteriosf) ITR Imposto sobre propriedade territorial ruralg) IEG Imposto extraordinaacuterio de guerra h) ITCMD Imposto sobre transmissatildeo causa mortis e doaccedilatildeo de quaisquer bens ou direitosi) ICMS Imposto sobre operaccedilotildees relativas agrave circulaccedilatildeo de mercadorias e sobre prestaccedilotildees de serviccedilos de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicaccedilatildeo

j) IPVA Imposto sobre propriedade de veiacuteculos automotoresl) IPTU Imposto sobre propriedade territorial urbanam) ITBI Imposto sobre transmissatildeo inter vivos a qualquer tiacutetulo por ato oneroso de bens imoacuteveis por natureza ou acessatildeo fiacutesica e de direitos reais sobre imoacuteveis exceto os de garantia bem como cessatildeo de direitos a sua aquisiccedilatildeo n) ISS Imposto sobre serviccedilos de qualquer natureza

TAXAArt 145 II da CF cc os arts 77 a 79 do CTN

A TAXA eacute tributo vinculado agrave accedilatildeo estatal

Tem como fato gerador o exerciacutecio regular do poder de poliacutecia eou a utilizaccedilatildeo efetiva ou potencial de serviccedilo puacuteblico especiacutefico e divisiacutevel prestado ao contribuinte ou posto a sua disposiccedilatildeo (art 79 I II e III CTN)

Haacute dois tipos de taxa A TAXA DE POLIacuteCIA e a TAXA DE SERVICcedilO

TAXA DE POLIacuteCIA O art 78 caput do CTN estipula o conceito de

poder de poliacutecia ldquoConsidera-se poder de poliacutecia atividade da

administraccedilatildeo puacuteblica que limitando ou disciplinando direito interesse ou liberdade regula a praacutetica de ato ou a abstenccedilatildeo de fato em razatildeo de interesse puacuteblico concernente agrave seguranccedila agrave higiene agrave ordem aos costumes agrave disciplina da produccedilatildeo e do mercado ao exerciacutecio de atividades econocircmicas dependentes de concessatildeo ou autorizaccedilatildeo do Poder Puacuteblico agrave tranquumlilidade puacuteblica ou ao respeito agrave propriedade e aos direitos individuais ou coletivosrdquo

A TAXA DE POLIacuteCIA tambeacutem chamada de taxa de fiscalizaccedilatildeo seraacute exigida em razatildeo de atos de poliacutecia realizados pela Administraccedilatildeo Puacuteblica pelos mais diversos oacutergatildeos ou entidades fiscalizatoacuterias

Pagar-se-aacute tal TAXA em virtude do ldquoexerciacutecio regular do poder de poliacutecia administrativardquo tendente a limitar direitos ou liberdades individuais em benefiacutecio da coletividade

Exemplos de TAXA DE POLIacuteCIA (segundo Hugo Goes)

1048729 Taxa de inspeccedilatildeo sanitaacuteria ndash cobradas por exemplo de restaurantes bares etc em razatildeo da fiscalizaccedilatildeo realizada pelo poder puacuteblico

1048729 Taxa de obras em logradouros puacuteblicos1048729 Taxa de alvaraacute ndash cobrada em funccedilatildeo da

autorizaccedilatildeo que o Municiacutepio concede para que um estabelecimento possa se instalar em determinado local

1048729 Taxa de licenciamento de veiacuteculos1048729 Taxa de expediccedilatildeo de passaporte etc

TAXA DE SERVICcedilO Seraacute cobrada em razatildeo da prestaccedilatildeo estatal de um

serviccedilo puacuteblico especiacutefico e divisiacutevel Natildeo satildeo poucos os serviccedilos que preenchem os

requisitos ensejadores dessa taxa como serviccedilos de luz gaacutes esgotamento sanitaacuterio entre outros

Por conta dos requisitos essenciais agrave sua caracterizaccedilatildeo vaacuterios tributos ldquotentaramrdquo se enquadrarrdquo na categoria de TAXA DE SERVICcedilO quando deveriam ser custeados por impostos incorrendo na maioria das vezes em inconstitucionalidade Taxa de Seguranccedila Puacuteblica Taxa de Limpeza Puacuteblica Taxa de Iluminaccedilatildeo Puacuteblica

Exemplos de taxas cobradas em virtude da utilizaccedilatildeo de serviccedilos (segundo Hugo Goes)

1048729 Taxa de remoccedilatildeo de lixo domiciliar1048729 Taxa de coleta de esgoto1048729 Taxa judiciaacuteria

TAXA X TARIFAA TAXA natildeo se confunde com a TARIFA (ou

preccedilo puacuteblico) mesmo sendo ambas as prestaccedilotildees pecuniaacuterias tendentes a suprir de recursos os cofres estatais em face de serviccedilos puacuteblicos prestados

A TARIFA eacute o preccedilo de venda do bem exigido por empresas prestacionistas de serviccedilos puacuteblicos (concessionaacuterias ou permissionaacuterias) como se vendedoras fossem

Jaacute a TAXA eacute tributo imediatamente vinculado agrave accedilatildeo estatal

Se houver evidente vinculaccedilatildeo do serviccedilo com o desempenho de funccedilatildeo estatal teremos a TAXA

Por outro lado se houver desvinculaccedilatildeo deste serviccedilo com a accedilatildeo estatal inexistindo oacutebice ao desempenho da atividade por particulares teremos a TARIFA

Assim sempre que o serviccedilo especiacutefico e divisiacutevel deva ser prestado diretamente pela Administraccedilatildeo Puacuteblica por imposiccedilatildeo constitucional ou legal o regime seraacute o de TAXA

Nos casos em que a execuccedilatildeo do serviccedilo puder ser delegada a outra entidade puacuteblica ou privada o legislador poderaacute optar entre o regime de TAXA e o de TARIFA

Exemplos de TARIFAS a tarifa postal telegraacutefica de transportes telefocircnica de gaacutes de fornecimento de aacutegua e outras

V quadro esquemaacutetico pp 5859

PEDAacuteGIOA doutrina diverge quanto agrave natureza juriacutedica do

PEDAacuteGIO entendendo alguns trata-se de TAXA enquanto outros entendem trata-se de TARIFA

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo comumente exigida por concessionaacuterias isto eacute por pessoas juriacutedicas de direito privado que se colocam na condiccedilatildeo de ldquosujeitos ativosrdquo ndash um paradoxo inconcebiacutevel no campo da obrigaccedilatildeo tributaacuteria

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo instituiacuteda e reajustada por atos diversos de lei afastando a feiccedilatildeo tributaacuteria

Havendo a inexistecircncia de vias alternativas a exaccedilatildeo se torna compulsoacuteria aproximando-a de uma TAXA

Analisando a questatildeo pode-se dizer que caso a administraccedilatildeo da via puacuteblica objeto de cobranccedila do PEDAacuteGIO seja feita por oacutergatildeo da administraccedilatildeo direta (autarquia ou empresa controlada por Estado como DER) a exaccedilatildeo deve ser considerada uma TAXA

Por outro lado se a via for explorada por entidade particular (concessionaacuterias permissionaacuterias) poderaacute haver uma escolha da exaccedilatildeo pelo legislador ndash se PEDAacuteGIO-TAXA ou PEDAacuteGIO-TARIFA

Em conclusatildeo o PEDAacuteGIO pode ser TAXA ou PRECcedilO PUacuteBLICO (TARIFA) dependendo das circunstacircncias e da maneira como for exigido

Entretanto pela complexidade da mateacuteria e pela diversidade de entendimentos seraacute necessaacuterio aguardar novos julgamentos do STF para uma melhor definiccedilatildeo jurisprudencial sobre o tema

CONTRIBUICcedilAtildeO DE MELHORIA

Art 145 III da CFArt 81 do CTN Art 3ordm do DeC-LEI 19567O tributo CONTRIBUICcedilAtildeO DE

MELHORIA tem como buacutessola para sua cobranccedila a proporccedilatildeo do benefiacutecio efetivamente experimentado pelo contribuinte decorrente de obra puacuteblica realizada pelo Poder Puacuteblico

O sujeito passivo eacute o proprietaacuterio do imoacutevel que circunvizinha a obra puacuteblica geradora de sua valorizaccedilatildeo tributaacuteria

Eacute imperativo que a cobranccedila do tributo cinja-se agrave aacuterea de influecircncia ou zona de beneficiamento

O fato gerador da contribuiccedilatildeo de melhoria reside na valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria experimentada pelos imoacuteveis adjacentes a uma obra puacuteblica

Para ensejar sua cobranccedila deve haver uma relaccedilatildeo direta entre a obra puacuteblica construiacuteda e a valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria dela decorrente

A base de caacutelculo significa o quantum de valorizaccedilatildeo acrescido ao imoacutevel em funccedilatildeo da obra puacuteblica realizada pela Administraccedilatildeo

A cobranccedila da contribuiccedilatildeo de melhoria encontra limitaccedilotildees em dois aspectos- O LIMITE INDIVIDUAL aponta para uma tutela da valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria de cada proprietaacuterio- O LIMITE GLOBAL impotildee que arrecadaccedilatildeo natildeo pode se situar acima do gasto despendido com a obra

EMPREacuteSTIMO COMPULSOacuteRIO Art 148 da CF

ldquoA Uniatildeo mediante lei complementar poderaacute instituir empreacutestimos compulsoacuteriosI ndash para atender a despesas extraordinaacuterias decorrentes de calamidade puacuteblica de guerra externa ou sua iminecircnciaII ndash no caso de investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional observado o disposto no art 150 III bParaacutegrafo uacutenico A aplicaccedilatildeo dos recursos provenientes de empreacutestimo compulsoacuterio seraacute vinculada agrave despesa que fundamentou sua instituiccedilatildeordquo

Eacute um ldquotributo com claacuteusula de restituiccedilatildeordquo (Pontes de Miranda)

Eacute de competecircncia exclusiva da Uniatildeo Tem natureza temporaacuteria subsistindo sua

cobranccedila enquanto existe o fundamento constitucional

Tendo em vista que o paraacutegrafo uacutenico do art 148 da CF atrela a arrecadaccedilatildeo do empreacutestimo compulsoacuterio agrave despesa que o respaldou natildeo se admite a ldquotredestinaccedilatildeordquo (desvio de finalidade) na gestatildeo de seus recursos

Pressupostos autorizativos

A) despesas extraordinaacuterias (incI)- A1) calamidade puacuteblica (maremotos teremotos enchentes incecircndios secas tufotildees ciclones etc)- A2) guerra externa (a expressatildeo indica os conflitos externos cuja deflagraccedilatildeo tenha sido provocada por paiacutes estrangeiro)

B) investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional (inc II)

Os pressupostos autorizativos NAtildeO se confundem com seu fato gerador

Isso porque o legislador constituinte natildeo apontou expressamente o fato gerador do empreacutestimo compulsoacuterio ficando a cargo da lei complementar selecionar o fato imponiacutevel especiacutefico apto a gerar para o contribuinte o dever de pagar o gravame

Assim o legislador federal agrave luz da Constituiccedilatildeo goza de larga liberdade de escolha para a definiccedilatildeo do fato gerador

CONTRIBUICcedilOtildeES

Segundo o art 149 da CF haacute

a) contribuiccedilotildees federais de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (caput)

b)contribuiccedilotildees estaduais distritais e municipais de competecircncia dos Estados DF e Municiacutepios (sect 1ordm)

c) contribuiccedilotildees municipais de competecircncia dos municiacutepios e DF (art 149-A da CF)

As CONTRIBUICcedilOtildeES satildeo gravames cuja destinaccedilatildeo se revele no financiamento de gastos especiacuteficos no contexto de intervenccedilatildeo do Estado nos campos social e econocircmico no cumprimento de ditames da poliacutetica de governo

Para Fernando Maida ldquoas contribuiccedilotildees extrafiscais deveratildeo atender as necessidades na conduccedilatildeo da economia ou correccedilatildeo de situaccedilotildees sociais indesejadas ou mesmo possibilidade de fomento a certas atividades ou ramo de atividades de acordo com o preceituado na Constituiccedilatildeo Jaacute as contribuiccedilotildees parafiscais satildeo aquelas que se destinam exclusivamente ao custeio de atividades paralelas agrave administraccedilatildeo puacuteblica diretardquo

O art 149 caput da CF designa as seguintes contribuiccedilotildees

a) contribuiccedilotildees SOCIAIS

b) contribuiccedilotildees de INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

c) contribuiccedilotildees de INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

Tambeacutem chamadas de contribuiccedilotildees PROFISSIONAIS ou CORPORATIVAS satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo

Haacute dois bons exemplos deste tributo- a contribuiccedilatildeo-anuidade- a contribuiccedilatildeo sindical

Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Page 3: ESPÉCIES DE TRIBUTOS Segundo Eduardo Sabbag. Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo

IMPOSTOArt 145 I CF IMPOSTO eacute tributo cuja obrigaccedilatildeo tem por

fato gerador uma situaccedilatildeo independente de qualquer atividade estatal especiacutefica relativa agrave vida do contribuinte agrave sua atividade ou a seu patrimocircnio (art 16 CTN)

Eacute tributo natildeo vinculado agrave atividade estatalA CF prevecirc de modo taxativo as listas de

IMPOSTOS federais estaduais e municipais

IMPOSTOS FEDERAIS (ART 153 CF)

Imposto de Importaccedilatildeo (inc I)Imposto de Exportaccedilatildeo (inc II)Imposto de Renda (inc III)IPI (inc IV)IOF (inc V)ITR (inc VI)Imposto sobre Grandes Fortunas (inc VII)Imposto residuais (art 154 I)Imposto extraordinaacuterio (de Guerra) (art

154 II)

IMPOSTOS ESTADUAIS (art 155 CF) ITCMD (inc I) ICMS (inc II) IPVA (inc III)

IMPOSTOS MUNICIPAIS (art 156 CF) IPTU (inc I) ITBI (inc II) ISS (inc III)

Ressalte-se que as siglas anteriormeente indicadas natildeo equivalem na maioria dos casos a seus verdadeiros nomes Observea) II Imposto sobre importaccedilatildeo de produtos estrangeirosb) IE Imposto sobre exportaccedilatildeo para o exterior de produtos nacionais ou nacionalizadosc) IR Imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza

d) IPI Imposto sobre produtos industrializados

e) IOF Imposto sobre operaccedilotildees de creacutedito cacircmbio e seguro ou relativas a tiacutetulos ou valores mobiliaacuteriosf) ITR Imposto sobre propriedade territorial ruralg) IEG Imposto extraordinaacuterio de guerra h) ITCMD Imposto sobre transmissatildeo causa mortis e doaccedilatildeo de quaisquer bens ou direitosi) ICMS Imposto sobre operaccedilotildees relativas agrave circulaccedilatildeo de mercadorias e sobre prestaccedilotildees de serviccedilos de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicaccedilatildeo

j) IPVA Imposto sobre propriedade de veiacuteculos automotoresl) IPTU Imposto sobre propriedade territorial urbanam) ITBI Imposto sobre transmissatildeo inter vivos a qualquer tiacutetulo por ato oneroso de bens imoacuteveis por natureza ou acessatildeo fiacutesica e de direitos reais sobre imoacuteveis exceto os de garantia bem como cessatildeo de direitos a sua aquisiccedilatildeo n) ISS Imposto sobre serviccedilos de qualquer natureza

TAXAArt 145 II da CF cc os arts 77 a 79 do CTN

A TAXA eacute tributo vinculado agrave accedilatildeo estatal

Tem como fato gerador o exerciacutecio regular do poder de poliacutecia eou a utilizaccedilatildeo efetiva ou potencial de serviccedilo puacuteblico especiacutefico e divisiacutevel prestado ao contribuinte ou posto a sua disposiccedilatildeo (art 79 I II e III CTN)

Haacute dois tipos de taxa A TAXA DE POLIacuteCIA e a TAXA DE SERVICcedilO

TAXA DE POLIacuteCIA O art 78 caput do CTN estipula o conceito de

poder de poliacutecia ldquoConsidera-se poder de poliacutecia atividade da

administraccedilatildeo puacuteblica que limitando ou disciplinando direito interesse ou liberdade regula a praacutetica de ato ou a abstenccedilatildeo de fato em razatildeo de interesse puacuteblico concernente agrave seguranccedila agrave higiene agrave ordem aos costumes agrave disciplina da produccedilatildeo e do mercado ao exerciacutecio de atividades econocircmicas dependentes de concessatildeo ou autorizaccedilatildeo do Poder Puacuteblico agrave tranquumlilidade puacuteblica ou ao respeito agrave propriedade e aos direitos individuais ou coletivosrdquo

A TAXA DE POLIacuteCIA tambeacutem chamada de taxa de fiscalizaccedilatildeo seraacute exigida em razatildeo de atos de poliacutecia realizados pela Administraccedilatildeo Puacuteblica pelos mais diversos oacutergatildeos ou entidades fiscalizatoacuterias

Pagar-se-aacute tal TAXA em virtude do ldquoexerciacutecio regular do poder de poliacutecia administrativardquo tendente a limitar direitos ou liberdades individuais em benefiacutecio da coletividade

Exemplos de TAXA DE POLIacuteCIA (segundo Hugo Goes)

1048729 Taxa de inspeccedilatildeo sanitaacuteria ndash cobradas por exemplo de restaurantes bares etc em razatildeo da fiscalizaccedilatildeo realizada pelo poder puacuteblico

1048729 Taxa de obras em logradouros puacuteblicos1048729 Taxa de alvaraacute ndash cobrada em funccedilatildeo da

autorizaccedilatildeo que o Municiacutepio concede para que um estabelecimento possa se instalar em determinado local

1048729 Taxa de licenciamento de veiacuteculos1048729 Taxa de expediccedilatildeo de passaporte etc

TAXA DE SERVICcedilO Seraacute cobrada em razatildeo da prestaccedilatildeo estatal de um

serviccedilo puacuteblico especiacutefico e divisiacutevel Natildeo satildeo poucos os serviccedilos que preenchem os

requisitos ensejadores dessa taxa como serviccedilos de luz gaacutes esgotamento sanitaacuterio entre outros

Por conta dos requisitos essenciais agrave sua caracterizaccedilatildeo vaacuterios tributos ldquotentaramrdquo se enquadrarrdquo na categoria de TAXA DE SERVICcedilO quando deveriam ser custeados por impostos incorrendo na maioria das vezes em inconstitucionalidade Taxa de Seguranccedila Puacuteblica Taxa de Limpeza Puacuteblica Taxa de Iluminaccedilatildeo Puacuteblica

Exemplos de taxas cobradas em virtude da utilizaccedilatildeo de serviccedilos (segundo Hugo Goes)

1048729 Taxa de remoccedilatildeo de lixo domiciliar1048729 Taxa de coleta de esgoto1048729 Taxa judiciaacuteria

TAXA X TARIFAA TAXA natildeo se confunde com a TARIFA (ou

preccedilo puacuteblico) mesmo sendo ambas as prestaccedilotildees pecuniaacuterias tendentes a suprir de recursos os cofres estatais em face de serviccedilos puacuteblicos prestados

A TARIFA eacute o preccedilo de venda do bem exigido por empresas prestacionistas de serviccedilos puacuteblicos (concessionaacuterias ou permissionaacuterias) como se vendedoras fossem

Jaacute a TAXA eacute tributo imediatamente vinculado agrave accedilatildeo estatal

Se houver evidente vinculaccedilatildeo do serviccedilo com o desempenho de funccedilatildeo estatal teremos a TAXA

Por outro lado se houver desvinculaccedilatildeo deste serviccedilo com a accedilatildeo estatal inexistindo oacutebice ao desempenho da atividade por particulares teremos a TARIFA

Assim sempre que o serviccedilo especiacutefico e divisiacutevel deva ser prestado diretamente pela Administraccedilatildeo Puacuteblica por imposiccedilatildeo constitucional ou legal o regime seraacute o de TAXA

Nos casos em que a execuccedilatildeo do serviccedilo puder ser delegada a outra entidade puacuteblica ou privada o legislador poderaacute optar entre o regime de TAXA e o de TARIFA

Exemplos de TARIFAS a tarifa postal telegraacutefica de transportes telefocircnica de gaacutes de fornecimento de aacutegua e outras

V quadro esquemaacutetico pp 5859

PEDAacuteGIOA doutrina diverge quanto agrave natureza juriacutedica do

PEDAacuteGIO entendendo alguns trata-se de TAXA enquanto outros entendem trata-se de TARIFA

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo comumente exigida por concessionaacuterias isto eacute por pessoas juriacutedicas de direito privado que se colocam na condiccedilatildeo de ldquosujeitos ativosrdquo ndash um paradoxo inconcebiacutevel no campo da obrigaccedilatildeo tributaacuteria

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo instituiacuteda e reajustada por atos diversos de lei afastando a feiccedilatildeo tributaacuteria

Havendo a inexistecircncia de vias alternativas a exaccedilatildeo se torna compulsoacuteria aproximando-a de uma TAXA

Analisando a questatildeo pode-se dizer que caso a administraccedilatildeo da via puacuteblica objeto de cobranccedila do PEDAacuteGIO seja feita por oacutergatildeo da administraccedilatildeo direta (autarquia ou empresa controlada por Estado como DER) a exaccedilatildeo deve ser considerada uma TAXA

Por outro lado se a via for explorada por entidade particular (concessionaacuterias permissionaacuterias) poderaacute haver uma escolha da exaccedilatildeo pelo legislador ndash se PEDAacuteGIO-TAXA ou PEDAacuteGIO-TARIFA

Em conclusatildeo o PEDAacuteGIO pode ser TAXA ou PRECcedilO PUacuteBLICO (TARIFA) dependendo das circunstacircncias e da maneira como for exigido

Entretanto pela complexidade da mateacuteria e pela diversidade de entendimentos seraacute necessaacuterio aguardar novos julgamentos do STF para uma melhor definiccedilatildeo jurisprudencial sobre o tema

CONTRIBUICcedilAtildeO DE MELHORIA

Art 145 III da CFArt 81 do CTN Art 3ordm do DeC-LEI 19567O tributo CONTRIBUICcedilAtildeO DE

MELHORIA tem como buacutessola para sua cobranccedila a proporccedilatildeo do benefiacutecio efetivamente experimentado pelo contribuinte decorrente de obra puacuteblica realizada pelo Poder Puacuteblico

O sujeito passivo eacute o proprietaacuterio do imoacutevel que circunvizinha a obra puacuteblica geradora de sua valorizaccedilatildeo tributaacuteria

Eacute imperativo que a cobranccedila do tributo cinja-se agrave aacuterea de influecircncia ou zona de beneficiamento

O fato gerador da contribuiccedilatildeo de melhoria reside na valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria experimentada pelos imoacuteveis adjacentes a uma obra puacuteblica

Para ensejar sua cobranccedila deve haver uma relaccedilatildeo direta entre a obra puacuteblica construiacuteda e a valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria dela decorrente

A base de caacutelculo significa o quantum de valorizaccedilatildeo acrescido ao imoacutevel em funccedilatildeo da obra puacuteblica realizada pela Administraccedilatildeo

A cobranccedila da contribuiccedilatildeo de melhoria encontra limitaccedilotildees em dois aspectos- O LIMITE INDIVIDUAL aponta para uma tutela da valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria de cada proprietaacuterio- O LIMITE GLOBAL impotildee que arrecadaccedilatildeo natildeo pode se situar acima do gasto despendido com a obra

EMPREacuteSTIMO COMPULSOacuteRIO Art 148 da CF

ldquoA Uniatildeo mediante lei complementar poderaacute instituir empreacutestimos compulsoacuteriosI ndash para atender a despesas extraordinaacuterias decorrentes de calamidade puacuteblica de guerra externa ou sua iminecircnciaII ndash no caso de investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional observado o disposto no art 150 III bParaacutegrafo uacutenico A aplicaccedilatildeo dos recursos provenientes de empreacutestimo compulsoacuterio seraacute vinculada agrave despesa que fundamentou sua instituiccedilatildeordquo

Eacute um ldquotributo com claacuteusula de restituiccedilatildeordquo (Pontes de Miranda)

Eacute de competecircncia exclusiva da Uniatildeo Tem natureza temporaacuteria subsistindo sua

cobranccedila enquanto existe o fundamento constitucional

Tendo em vista que o paraacutegrafo uacutenico do art 148 da CF atrela a arrecadaccedilatildeo do empreacutestimo compulsoacuterio agrave despesa que o respaldou natildeo se admite a ldquotredestinaccedilatildeordquo (desvio de finalidade) na gestatildeo de seus recursos

Pressupostos autorizativos

A) despesas extraordinaacuterias (incI)- A1) calamidade puacuteblica (maremotos teremotos enchentes incecircndios secas tufotildees ciclones etc)- A2) guerra externa (a expressatildeo indica os conflitos externos cuja deflagraccedilatildeo tenha sido provocada por paiacutes estrangeiro)

B) investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional (inc II)

Os pressupostos autorizativos NAtildeO se confundem com seu fato gerador

Isso porque o legislador constituinte natildeo apontou expressamente o fato gerador do empreacutestimo compulsoacuterio ficando a cargo da lei complementar selecionar o fato imponiacutevel especiacutefico apto a gerar para o contribuinte o dever de pagar o gravame

Assim o legislador federal agrave luz da Constituiccedilatildeo goza de larga liberdade de escolha para a definiccedilatildeo do fato gerador

CONTRIBUICcedilOtildeES

Segundo o art 149 da CF haacute

a) contribuiccedilotildees federais de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (caput)

b)contribuiccedilotildees estaduais distritais e municipais de competecircncia dos Estados DF e Municiacutepios (sect 1ordm)

c) contribuiccedilotildees municipais de competecircncia dos municiacutepios e DF (art 149-A da CF)

As CONTRIBUICcedilOtildeES satildeo gravames cuja destinaccedilatildeo se revele no financiamento de gastos especiacuteficos no contexto de intervenccedilatildeo do Estado nos campos social e econocircmico no cumprimento de ditames da poliacutetica de governo

Para Fernando Maida ldquoas contribuiccedilotildees extrafiscais deveratildeo atender as necessidades na conduccedilatildeo da economia ou correccedilatildeo de situaccedilotildees sociais indesejadas ou mesmo possibilidade de fomento a certas atividades ou ramo de atividades de acordo com o preceituado na Constituiccedilatildeo Jaacute as contribuiccedilotildees parafiscais satildeo aquelas que se destinam exclusivamente ao custeio de atividades paralelas agrave administraccedilatildeo puacuteblica diretardquo

O art 149 caput da CF designa as seguintes contribuiccedilotildees

a) contribuiccedilotildees SOCIAIS

b) contribuiccedilotildees de INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

c) contribuiccedilotildees de INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

Tambeacutem chamadas de contribuiccedilotildees PROFISSIONAIS ou CORPORATIVAS satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo

Haacute dois bons exemplos deste tributo- a contribuiccedilatildeo-anuidade- a contribuiccedilatildeo sindical

Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Page 4: ESPÉCIES DE TRIBUTOS Segundo Eduardo Sabbag. Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo

IMPOSTOS FEDERAIS (ART 153 CF)

Imposto de Importaccedilatildeo (inc I)Imposto de Exportaccedilatildeo (inc II)Imposto de Renda (inc III)IPI (inc IV)IOF (inc V)ITR (inc VI)Imposto sobre Grandes Fortunas (inc VII)Imposto residuais (art 154 I)Imposto extraordinaacuterio (de Guerra) (art

154 II)

IMPOSTOS ESTADUAIS (art 155 CF) ITCMD (inc I) ICMS (inc II) IPVA (inc III)

IMPOSTOS MUNICIPAIS (art 156 CF) IPTU (inc I) ITBI (inc II) ISS (inc III)

Ressalte-se que as siglas anteriormeente indicadas natildeo equivalem na maioria dos casos a seus verdadeiros nomes Observea) II Imposto sobre importaccedilatildeo de produtos estrangeirosb) IE Imposto sobre exportaccedilatildeo para o exterior de produtos nacionais ou nacionalizadosc) IR Imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza

d) IPI Imposto sobre produtos industrializados

e) IOF Imposto sobre operaccedilotildees de creacutedito cacircmbio e seguro ou relativas a tiacutetulos ou valores mobiliaacuteriosf) ITR Imposto sobre propriedade territorial ruralg) IEG Imposto extraordinaacuterio de guerra h) ITCMD Imposto sobre transmissatildeo causa mortis e doaccedilatildeo de quaisquer bens ou direitosi) ICMS Imposto sobre operaccedilotildees relativas agrave circulaccedilatildeo de mercadorias e sobre prestaccedilotildees de serviccedilos de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicaccedilatildeo

j) IPVA Imposto sobre propriedade de veiacuteculos automotoresl) IPTU Imposto sobre propriedade territorial urbanam) ITBI Imposto sobre transmissatildeo inter vivos a qualquer tiacutetulo por ato oneroso de bens imoacuteveis por natureza ou acessatildeo fiacutesica e de direitos reais sobre imoacuteveis exceto os de garantia bem como cessatildeo de direitos a sua aquisiccedilatildeo n) ISS Imposto sobre serviccedilos de qualquer natureza

TAXAArt 145 II da CF cc os arts 77 a 79 do CTN

A TAXA eacute tributo vinculado agrave accedilatildeo estatal

Tem como fato gerador o exerciacutecio regular do poder de poliacutecia eou a utilizaccedilatildeo efetiva ou potencial de serviccedilo puacuteblico especiacutefico e divisiacutevel prestado ao contribuinte ou posto a sua disposiccedilatildeo (art 79 I II e III CTN)

Haacute dois tipos de taxa A TAXA DE POLIacuteCIA e a TAXA DE SERVICcedilO

TAXA DE POLIacuteCIA O art 78 caput do CTN estipula o conceito de

poder de poliacutecia ldquoConsidera-se poder de poliacutecia atividade da

administraccedilatildeo puacuteblica que limitando ou disciplinando direito interesse ou liberdade regula a praacutetica de ato ou a abstenccedilatildeo de fato em razatildeo de interesse puacuteblico concernente agrave seguranccedila agrave higiene agrave ordem aos costumes agrave disciplina da produccedilatildeo e do mercado ao exerciacutecio de atividades econocircmicas dependentes de concessatildeo ou autorizaccedilatildeo do Poder Puacuteblico agrave tranquumlilidade puacuteblica ou ao respeito agrave propriedade e aos direitos individuais ou coletivosrdquo

A TAXA DE POLIacuteCIA tambeacutem chamada de taxa de fiscalizaccedilatildeo seraacute exigida em razatildeo de atos de poliacutecia realizados pela Administraccedilatildeo Puacuteblica pelos mais diversos oacutergatildeos ou entidades fiscalizatoacuterias

Pagar-se-aacute tal TAXA em virtude do ldquoexerciacutecio regular do poder de poliacutecia administrativardquo tendente a limitar direitos ou liberdades individuais em benefiacutecio da coletividade

Exemplos de TAXA DE POLIacuteCIA (segundo Hugo Goes)

1048729 Taxa de inspeccedilatildeo sanitaacuteria ndash cobradas por exemplo de restaurantes bares etc em razatildeo da fiscalizaccedilatildeo realizada pelo poder puacuteblico

1048729 Taxa de obras em logradouros puacuteblicos1048729 Taxa de alvaraacute ndash cobrada em funccedilatildeo da

autorizaccedilatildeo que o Municiacutepio concede para que um estabelecimento possa se instalar em determinado local

1048729 Taxa de licenciamento de veiacuteculos1048729 Taxa de expediccedilatildeo de passaporte etc

TAXA DE SERVICcedilO Seraacute cobrada em razatildeo da prestaccedilatildeo estatal de um

serviccedilo puacuteblico especiacutefico e divisiacutevel Natildeo satildeo poucos os serviccedilos que preenchem os

requisitos ensejadores dessa taxa como serviccedilos de luz gaacutes esgotamento sanitaacuterio entre outros

Por conta dos requisitos essenciais agrave sua caracterizaccedilatildeo vaacuterios tributos ldquotentaramrdquo se enquadrarrdquo na categoria de TAXA DE SERVICcedilO quando deveriam ser custeados por impostos incorrendo na maioria das vezes em inconstitucionalidade Taxa de Seguranccedila Puacuteblica Taxa de Limpeza Puacuteblica Taxa de Iluminaccedilatildeo Puacuteblica

Exemplos de taxas cobradas em virtude da utilizaccedilatildeo de serviccedilos (segundo Hugo Goes)

1048729 Taxa de remoccedilatildeo de lixo domiciliar1048729 Taxa de coleta de esgoto1048729 Taxa judiciaacuteria

TAXA X TARIFAA TAXA natildeo se confunde com a TARIFA (ou

preccedilo puacuteblico) mesmo sendo ambas as prestaccedilotildees pecuniaacuterias tendentes a suprir de recursos os cofres estatais em face de serviccedilos puacuteblicos prestados

A TARIFA eacute o preccedilo de venda do bem exigido por empresas prestacionistas de serviccedilos puacuteblicos (concessionaacuterias ou permissionaacuterias) como se vendedoras fossem

Jaacute a TAXA eacute tributo imediatamente vinculado agrave accedilatildeo estatal

Se houver evidente vinculaccedilatildeo do serviccedilo com o desempenho de funccedilatildeo estatal teremos a TAXA

Por outro lado se houver desvinculaccedilatildeo deste serviccedilo com a accedilatildeo estatal inexistindo oacutebice ao desempenho da atividade por particulares teremos a TARIFA

Assim sempre que o serviccedilo especiacutefico e divisiacutevel deva ser prestado diretamente pela Administraccedilatildeo Puacuteblica por imposiccedilatildeo constitucional ou legal o regime seraacute o de TAXA

Nos casos em que a execuccedilatildeo do serviccedilo puder ser delegada a outra entidade puacuteblica ou privada o legislador poderaacute optar entre o regime de TAXA e o de TARIFA

Exemplos de TARIFAS a tarifa postal telegraacutefica de transportes telefocircnica de gaacutes de fornecimento de aacutegua e outras

V quadro esquemaacutetico pp 5859

PEDAacuteGIOA doutrina diverge quanto agrave natureza juriacutedica do

PEDAacuteGIO entendendo alguns trata-se de TAXA enquanto outros entendem trata-se de TARIFA

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo comumente exigida por concessionaacuterias isto eacute por pessoas juriacutedicas de direito privado que se colocam na condiccedilatildeo de ldquosujeitos ativosrdquo ndash um paradoxo inconcebiacutevel no campo da obrigaccedilatildeo tributaacuteria

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo instituiacuteda e reajustada por atos diversos de lei afastando a feiccedilatildeo tributaacuteria

Havendo a inexistecircncia de vias alternativas a exaccedilatildeo se torna compulsoacuteria aproximando-a de uma TAXA

Analisando a questatildeo pode-se dizer que caso a administraccedilatildeo da via puacuteblica objeto de cobranccedila do PEDAacuteGIO seja feita por oacutergatildeo da administraccedilatildeo direta (autarquia ou empresa controlada por Estado como DER) a exaccedilatildeo deve ser considerada uma TAXA

Por outro lado se a via for explorada por entidade particular (concessionaacuterias permissionaacuterias) poderaacute haver uma escolha da exaccedilatildeo pelo legislador ndash se PEDAacuteGIO-TAXA ou PEDAacuteGIO-TARIFA

Em conclusatildeo o PEDAacuteGIO pode ser TAXA ou PRECcedilO PUacuteBLICO (TARIFA) dependendo das circunstacircncias e da maneira como for exigido

Entretanto pela complexidade da mateacuteria e pela diversidade de entendimentos seraacute necessaacuterio aguardar novos julgamentos do STF para uma melhor definiccedilatildeo jurisprudencial sobre o tema

CONTRIBUICcedilAtildeO DE MELHORIA

Art 145 III da CFArt 81 do CTN Art 3ordm do DeC-LEI 19567O tributo CONTRIBUICcedilAtildeO DE

MELHORIA tem como buacutessola para sua cobranccedila a proporccedilatildeo do benefiacutecio efetivamente experimentado pelo contribuinte decorrente de obra puacuteblica realizada pelo Poder Puacuteblico

O sujeito passivo eacute o proprietaacuterio do imoacutevel que circunvizinha a obra puacuteblica geradora de sua valorizaccedilatildeo tributaacuteria

Eacute imperativo que a cobranccedila do tributo cinja-se agrave aacuterea de influecircncia ou zona de beneficiamento

O fato gerador da contribuiccedilatildeo de melhoria reside na valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria experimentada pelos imoacuteveis adjacentes a uma obra puacuteblica

Para ensejar sua cobranccedila deve haver uma relaccedilatildeo direta entre a obra puacuteblica construiacuteda e a valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria dela decorrente

A base de caacutelculo significa o quantum de valorizaccedilatildeo acrescido ao imoacutevel em funccedilatildeo da obra puacuteblica realizada pela Administraccedilatildeo

A cobranccedila da contribuiccedilatildeo de melhoria encontra limitaccedilotildees em dois aspectos- O LIMITE INDIVIDUAL aponta para uma tutela da valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria de cada proprietaacuterio- O LIMITE GLOBAL impotildee que arrecadaccedilatildeo natildeo pode se situar acima do gasto despendido com a obra

EMPREacuteSTIMO COMPULSOacuteRIO Art 148 da CF

ldquoA Uniatildeo mediante lei complementar poderaacute instituir empreacutestimos compulsoacuteriosI ndash para atender a despesas extraordinaacuterias decorrentes de calamidade puacuteblica de guerra externa ou sua iminecircnciaII ndash no caso de investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional observado o disposto no art 150 III bParaacutegrafo uacutenico A aplicaccedilatildeo dos recursos provenientes de empreacutestimo compulsoacuterio seraacute vinculada agrave despesa que fundamentou sua instituiccedilatildeordquo

Eacute um ldquotributo com claacuteusula de restituiccedilatildeordquo (Pontes de Miranda)

Eacute de competecircncia exclusiva da Uniatildeo Tem natureza temporaacuteria subsistindo sua

cobranccedila enquanto existe o fundamento constitucional

Tendo em vista que o paraacutegrafo uacutenico do art 148 da CF atrela a arrecadaccedilatildeo do empreacutestimo compulsoacuterio agrave despesa que o respaldou natildeo se admite a ldquotredestinaccedilatildeordquo (desvio de finalidade) na gestatildeo de seus recursos

Pressupostos autorizativos

A) despesas extraordinaacuterias (incI)- A1) calamidade puacuteblica (maremotos teremotos enchentes incecircndios secas tufotildees ciclones etc)- A2) guerra externa (a expressatildeo indica os conflitos externos cuja deflagraccedilatildeo tenha sido provocada por paiacutes estrangeiro)

B) investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional (inc II)

Os pressupostos autorizativos NAtildeO se confundem com seu fato gerador

Isso porque o legislador constituinte natildeo apontou expressamente o fato gerador do empreacutestimo compulsoacuterio ficando a cargo da lei complementar selecionar o fato imponiacutevel especiacutefico apto a gerar para o contribuinte o dever de pagar o gravame

Assim o legislador federal agrave luz da Constituiccedilatildeo goza de larga liberdade de escolha para a definiccedilatildeo do fato gerador

CONTRIBUICcedilOtildeES

Segundo o art 149 da CF haacute

a) contribuiccedilotildees federais de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (caput)

b)contribuiccedilotildees estaduais distritais e municipais de competecircncia dos Estados DF e Municiacutepios (sect 1ordm)

c) contribuiccedilotildees municipais de competecircncia dos municiacutepios e DF (art 149-A da CF)

As CONTRIBUICcedilOtildeES satildeo gravames cuja destinaccedilatildeo se revele no financiamento de gastos especiacuteficos no contexto de intervenccedilatildeo do Estado nos campos social e econocircmico no cumprimento de ditames da poliacutetica de governo

Para Fernando Maida ldquoas contribuiccedilotildees extrafiscais deveratildeo atender as necessidades na conduccedilatildeo da economia ou correccedilatildeo de situaccedilotildees sociais indesejadas ou mesmo possibilidade de fomento a certas atividades ou ramo de atividades de acordo com o preceituado na Constituiccedilatildeo Jaacute as contribuiccedilotildees parafiscais satildeo aquelas que se destinam exclusivamente ao custeio de atividades paralelas agrave administraccedilatildeo puacuteblica diretardquo

O art 149 caput da CF designa as seguintes contribuiccedilotildees

a) contribuiccedilotildees SOCIAIS

b) contribuiccedilotildees de INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

c) contribuiccedilotildees de INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

Tambeacutem chamadas de contribuiccedilotildees PROFISSIONAIS ou CORPORATIVAS satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo

Haacute dois bons exemplos deste tributo- a contribuiccedilatildeo-anuidade- a contribuiccedilatildeo sindical

Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Page 5: ESPÉCIES DE TRIBUTOS Segundo Eduardo Sabbag. Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo

IMPOSTOS ESTADUAIS (art 155 CF) ITCMD (inc I) ICMS (inc II) IPVA (inc III)

IMPOSTOS MUNICIPAIS (art 156 CF) IPTU (inc I) ITBI (inc II) ISS (inc III)

Ressalte-se que as siglas anteriormeente indicadas natildeo equivalem na maioria dos casos a seus verdadeiros nomes Observea) II Imposto sobre importaccedilatildeo de produtos estrangeirosb) IE Imposto sobre exportaccedilatildeo para o exterior de produtos nacionais ou nacionalizadosc) IR Imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza

d) IPI Imposto sobre produtos industrializados

e) IOF Imposto sobre operaccedilotildees de creacutedito cacircmbio e seguro ou relativas a tiacutetulos ou valores mobiliaacuteriosf) ITR Imposto sobre propriedade territorial ruralg) IEG Imposto extraordinaacuterio de guerra h) ITCMD Imposto sobre transmissatildeo causa mortis e doaccedilatildeo de quaisquer bens ou direitosi) ICMS Imposto sobre operaccedilotildees relativas agrave circulaccedilatildeo de mercadorias e sobre prestaccedilotildees de serviccedilos de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicaccedilatildeo

j) IPVA Imposto sobre propriedade de veiacuteculos automotoresl) IPTU Imposto sobre propriedade territorial urbanam) ITBI Imposto sobre transmissatildeo inter vivos a qualquer tiacutetulo por ato oneroso de bens imoacuteveis por natureza ou acessatildeo fiacutesica e de direitos reais sobre imoacuteveis exceto os de garantia bem como cessatildeo de direitos a sua aquisiccedilatildeo n) ISS Imposto sobre serviccedilos de qualquer natureza

TAXAArt 145 II da CF cc os arts 77 a 79 do CTN

A TAXA eacute tributo vinculado agrave accedilatildeo estatal

Tem como fato gerador o exerciacutecio regular do poder de poliacutecia eou a utilizaccedilatildeo efetiva ou potencial de serviccedilo puacuteblico especiacutefico e divisiacutevel prestado ao contribuinte ou posto a sua disposiccedilatildeo (art 79 I II e III CTN)

Haacute dois tipos de taxa A TAXA DE POLIacuteCIA e a TAXA DE SERVICcedilO

TAXA DE POLIacuteCIA O art 78 caput do CTN estipula o conceito de

poder de poliacutecia ldquoConsidera-se poder de poliacutecia atividade da

administraccedilatildeo puacuteblica que limitando ou disciplinando direito interesse ou liberdade regula a praacutetica de ato ou a abstenccedilatildeo de fato em razatildeo de interesse puacuteblico concernente agrave seguranccedila agrave higiene agrave ordem aos costumes agrave disciplina da produccedilatildeo e do mercado ao exerciacutecio de atividades econocircmicas dependentes de concessatildeo ou autorizaccedilatildeo do Poder Puacuteblico agrave tranquumlilidade puacuteblica ou ao respeito agrave propriedade e aos direitos individuais ou coletivosrdquo

A TAXA DE POLIacuteCIA tambeacutem chamada de taxa de fiscalizaccedilatildeo seraacute exigida em razatildeo de atos de poliacutecia realizados pela Administraccedilatildeo Puacuteblica pelos mais diversos oacutergatildeos ou entidades fiscalizatoacuterias

Pagar-se-aacute tal TAXA em virtude do ldquoexerciacutecio regular do poder de poliacutecia administrativardquo tendente a limitar direitos ou liberdades individuais em benefiacutecio da coletividade

Exemplos de TAXA DE POLIacuteCIA (segundo Hugo Goes)

1048729 Taxa de inspeccedilatildeo sanitaacuteria ndash cobradas por exemplo de restaurantes bares etc em razatildeo da fiscalizaccedilatildeo realizada pelo poder puacuteblico

1048729 Taxa de obras em logradouros puacuteblicos1048729 Taxa de alvaraacute ndash cobrada em funccedilatildeo da

autorizaccedilatildeo que o Municiacutepio concede para que um estabelecimento possa se instalar em determinado local

1048729 Taxa de licenciamento de veiacuteculos1048729 Taxa de expediccedilatildeo de passaporte etc

TAXA DE SERVICcedilO Seraacute cobrada em razatildeo da prestaccedilatildeo estatal de um

serviccedilo puacuteblico especiacutefico e divisiacutevel Natildeo satildeo poucos os serviccedilos que preenchem os

requisitos ensejadores dessa taxa como serviccedilos de luz gaacutes esgotamento sanitaacuterio entre outros

Por conta dos requisitos essenciais agrave sua caracterizaccedilatildeo vaacuterios tributos ldquotentaramrdquo se enquadrarrdquo na categoria de TAXA DE SERVICcedilO quando deveriam ser custeados por impostos incorrendo na maioria das vezes em inconstitucionalidade Taxa de Seguranccedila Puacuteblica Taxa de Limpeza Puacuteblica Taxa de Iluminaccedilatildeo Puacuteblica

Exemplos de taxas cobradas em virtude da utilizaccedilatildeo de serviccedilos (segundo Hugo Goes)

1048729 Taxa de remoccedilatildeo de lixo domiciliar1048729 Taxa de coleta de esgoto1048729 Taxa judiciaacuteria

TAXA X TARIFAA TAXA natildeo se confunde com a TARIFA (ou

preccedilo puacuteblico) mesmo sendo ambas as prestaccedilotildees pecuniaacuterias tendentes a suprir de recursos os cofres estatais em face de serviccedilos puacuteblicos prestados

A TARIFA eacute o preccedilo de venda do bem exigido por empresas prestacionistas de serviccedilos puacuteblicos (concessionaacuterias ou permissionaacuterias) como se vendedoras fossem

Jaacute a TAXA eacute tributo imediatamente vinculado agrave accedilatildeo estatal

Se houver evidente vinculaccedilatildeo do serviccedilo com o desempenho de funccedilatildeo estatal teremos a TAXA

Por outro lado se houver desvinculaccedilatildeo deste serviccedilo com a accedilatildeo estatal inexistindo oacutebice ao desempenho da atividade por particulares teremos a TARIFA

Assim sempre que o serviccedilo especiacutefico e divisiacutevel deva ser prestado diretamente pela Administraccedilatildeo Puacuteblica por imposiccedilatildeo constitucional ou legal o regime seraacute o de TAXA

Nos casos em que a execuccedilatildeo do serviccedilo puder ser delegada a outra entidade puacuteblica ou privada o legislador poderaacute optar entre o regime de TAXA e o de TARIFA

Exemplos de TARIFAS a tarifa postal telegraacutefica de transportes telefocircnica de gaacutes de fornecimento de aacutegua e outras

V quadro esquemaacutetico pp 5859

PEDAacuteGIOA doutrina diverge quanto agrave natureza juriacutedica do

PEDAacuteGIO entendendo alguns trata-se de TAXA enquanto outros entendem trata-se de TARIFA

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo comumente exigida por concessionaacuterias isto eacute por pessoas juriacutedicas de direito privado que se colocam na condiccedilatildeo de ldquosujeitos ativosrdquo ndash um paradoxo inconcebiacutevel no campo da obrigaccedilatildeo tributaacuteria

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo instituiacuteda e reajustada por atos diversos de lei afastando a feiccedilatildeo tributaacuteria

Havendo a inexistecircncia de vias alternativas a exaccedilatildeo se torna compulsoacuteria aproximando-a de uma TAXA

Analisando a questatildeo pode-se dizer que caso a administraccedilatildeo da via puacuteblica objeto de cobranccedila do PEDAacuteGIO seja feita por oacutergatildeo da administraccedilatildeo direta (autarquia ou empresa controlada por Estado como DER) a exaccedilatildeo deve ser considerada uma TAXA

Por outro lado se a via for explorada por entidade particular (concessionaacuterias permissionaacuterias) poderaacute haver uma escolha da exaccedilatildeo pelo legislador ndash se PEDAacuteGIO-TAXA ou PEDAacuteGIO-TARIFA

Em conclusatildeo o PEDAacuteGIO pode ser TAXA ou PRECcedilO PUacuteBLICO (TARIFA) dependendo das circunstacircncias e da maneira como for exigido

Entretanto pela complexidade da mateacuteria e pela diversidade de entendimentos seraacute necessaacuterio aguardar novos julgamentos do STF para uma melhor definiccedilatildeo jurisprudencial sobre o tema

CONTRIBUICcedilAtildeO DE MELHORIA

Art 145 III da CFArt 81 do CTN Art 3ordm do DeC-LEI 19567O tributo CONTRIBUICcedilAtildeO DE

MELHORIA tem como buacutessola para sua cobranccedila a proporccedilatildeo do benefiacutecio efetivamente experimentado pelo contribuinte decorrente de obra puacuteblica realizada pelo Poder Puacuteblico

O sujeito passivo eacute o proprietaacuterio do imoacutevel que circunvizinha a obra puacuteblica geradora de sua valorizaccedilatildeo tributaacuteria

Eacute imperativo que a cobranccedila do tributo cinja-se agrave aacuterea de influecircncia ou zona de beneficiamento

O fato gerador da contribuiccedilatildeo de melhoria reside na valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria experimentada pelos imoacuteveis adjacentes a uma obra puacuteblica

Para ensejar sua cobranccedila deve haver uma relaccedilatildeo direta entre a obra puacuteblica construiacuteda e a valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria dela decorrente

A base de caacutelculo significa o quantum de valorizaccedilatildeo acrescido ao imoacutevel em funccedilatildeo da obra puacuteblica realizada pela Administraccedilatildeo

A cobranccedila da contribuiccedilatildeo de melhoria encontra limitaccedilotildees em dois aspectos- O LIMITE INDIVIDUAL aponta para uma tutela da valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria de cada proprietaacuterio- O LIMITE GLOBAL impotildee que arrecadaccedilatildeo natildeo pode se situar acima do gasto despendido com a obra

EMPREacuteSTIMO COMPULSOacuteRIO Art 148 da CF

ldquoA Uniatildeo mediante lei complementar poderaacute instituir empreacutestimos compulsoacuteriosI ndash para atender a despesas extraordinaacuterias decorrentes de calamidade puacuteblica de guerra externa ou sua iminecircnciaII ndash no caso de investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional observado o disposto no art 150 III bParaacutegrafo uacutenico A aplicaccedilatildeo dos recursos provenientes de empreacutestimo compulsoacuterio seraacute vinculada agrave despesa que fundamentou sua instituiccedilatildeordquo

Eacute um ldquotributo com claacuteusula de restituiccedilatildeordquo (Pontes de Miranda)

Eacute de competecircncia exclusiva da Uniatildeo Tem natureza temporaacuteria subsistindo sua

cobranccedila enquanto existe o fundamento constitucional

Tendo em vista que o paraacutegrafo uacutenico do art 148 da CF atrela a arrecadaccedilatildeo do empreacutestimo compulsoacuterio agrave despesa que o respaldou natildeo se admite a ldquotredestinaccedilatildeordquo (desvio de finalidade) na gestatildeo de seus recursos

Pressupostos autorizativos

A) despesas extraordinaacuterias (incI)- A1) calamidade puacuteblica (maremotos teremotos enchentes incecircndios secas tufotildees ciclones etc)- A2) guerra externa (a expressatildeo indica os conflitos externos cuja deflagraccedilatildeo tenha sido provocada por paiacutes estrangeiro)

B) investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional (inc II)

Os pressupostos autorizativos NAtildeO se confundem com seu fato gerador

Isso porque o legislador constituinte natildeo apontou expressamente o fato gerador do empreacutestimo compulsoacuterio ficando a cargo da lei complementar selecionar o fato imponiacutevel especiacutefico apto a gerar para o contribuinte o dever de pagar o gravame

Assim o legislador federal agrave luz da Constituiccedilatildeo goza de larga liberdade de escolha para a definiccedilatildeo do fato gerador

CONTRIBUICcedilOtildeES

Segundo o art 149 da CF haacute

a) contribuiccedilotildees federais de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (caput)

b)contribuiccedilotildees estaduais distritais e municipais de competecircncia dos Estados DF e Municiacutepios (sect 1ordm)

c) contribuiccedilotildees municipais de competecircncia dos municiacutepios e DF (art 149-A da CF)

As CONTRIBUICcedilOtildeES satildeo gravames cuja destinaccedilatildeo se revele no financiamento de gastos especiacuteficos no contexto de intervenccedilatildeo do Estado nos campos social e econocircmico no cumprimento de ditames da poliacutetica de governo

Para Fernando Maida ldquoas contribuiccedilotildees extrafiscais deveratildeo atender as necessidades na conduccedilatildeo da economia ou correccedilatildeo de situaccedilotildees sociais indesejadas ou mesmo possibilidade de fomento a certas atividades ou ramo de atividades de acordo com o preceituado na Constituiccedilatildeo Jaacute as contribuiccedilotildees parafiscais satildeo aquelas que se destinam exclusivamente ao custeio de atividades paralelas agrave administraccedilatildeo puacuteblica diretardquo

O art 149 caput da CF designa as seguintes contribuiccedilotildees

a) contribuiccedilotildees SOCIAIS

b) contribuiccedilotildees de INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

c) contribuiccedilotildees de INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

Tambeacutem chamadas de contribuiccedilotildees PROFISSIONAIS ou CORPORATIVAS satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo

Haacute dois bons exemplos deste tributo- a contribuiccedilatildeo-anuidade- a contribuiccedilatildeo sindical

Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Page 6: ESPÉCIES DE TRIBUTOS Segundo Eduardo Sabbag. Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo

Ressalte-se que as siglas anteriormeente indicadas natildeo equivalem na maioria dos casos a seus verdadeiros nomes Observea) II Imposto sobre importaccedilatildeo de produtos estrangeirosb) IE Imposto sobre exportaccedilatildeo para o exterior de produtos nacionais ou nacionalizadosc) IR Imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza

d) IPI Imposto sobre produtos industrializados

e) IOF Imposto sobre operaccedilotildees de creacutedito cacircmbio e seguro ou relativas a tiacutetulos ou valores mobiliaacuteriosf) ITR Imposto sobre propriedade territorial ruralg) IEG Imposto extraordinaacuterio de guerra h) ITCMD Imposto sobre transmissatildeo causa mortis e doaccedilatildeo de quaisquer bens ou direitosi) ICMS Imposto sobre operaccedilotildees relativas agrave circulaccedilatildeo de mercadorias e sobre prestaccedilotildees de serviccedilos de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicaccedilatildeo

j) IPVA Imposto sobre propriedade de veiacuteculos automotoresl) IPTU Imposto sobre propriedade territorial urbanam) ITBI Imposto sobre transmissatildeo inter vivos a qualquer tiacutetulo por ato oneroso de bens imoacuteveis por natureza ou acessatildeo fiacutesica e de direitos reais sobre imoacuteveis exceto os de garantia bem como cessatildeo de direitos a sua aquisiccedilatildeo n) ISS Imposto sobre serviccedilos de qualquer natureza

TAXAArt 145 II da CF cc os arts 77 a 79 do CTN

A TAXA eacute tributo vinculado agrave accedilatildeo estatal

Tem como fato gerador o exerciacutecio regular do poder de poliacutecia eou a utilizaccedilatildeo efetiva ou potencial de serviccedilo puacuteblico especiacutefico e divisiacutevel prestado ao contribuinte ou posto a sua disposiccedilatildeo (art 79 I II e III CTN)

Haacute dois tipos de taxa A TAXA DE POLIacuteCIA e a TAXA DE SERVICcedilO

TAXA DE POLIacuteCIA O art 78 caput do CTN estipula o conceito de

poder de poliacutecia ldquoConsidera-se poder de poliacutecia atividade da

administraccedilatildeo puacuteblica que limitando ou disciplinando direito interesse ou liberdade regula a praacutetica de ato ou a abstenccedilatildeo de fato em razatildeo de interesse puacuteblico concernente agrave seguranccedila agrave higiene agrave ordem aos costumes agrave disciplina da produccedilatildeo e do mercado ao exerciacutecio de atividades econocircmicas dependentes de concessatildeo ou autorizaccedilatildeo do Poder Puacuteblico agrave tranquumlilidade puacuteblica ou ao respeito agrave propriedade e aos direitos individuais ou coletivosrdquo

A TAXA DE POLIacuteCIA tambeacutem chamada de taxa de fiscalizaccedilatildeo seraacute exigida em razatildeo de atos de poliacutecia realizados pela Administraccedilatildeo Puacuteblica pelos mais diversos oacutergatildeos ou entidades fiscalizatoacuterias

Pagar-se-aacute tal TAXA em virtude do ldquoexerciacutecio regular do poder de poliacutecia administrativardquo tendente a limitar direitos ou liberdades individuais em benefiacutecio da coletividade

Exemplos de TAXA DE POLIacuteCIA (segundo Hugo Goes)

1048729 Taxa de inspeccedilatildeo sanitaacuteria ndash cobradas por exemplo de restaurantes bares etc em razatildeo da fiscalizaccedilatildeo realizada pelo poder puacuteblico

1048729 Taxa de obras em logradouros puacuteblicos1048729 Taxa de alvaraacute ndash cobrada em funccedilatildeo da

autorizaccedilatildeo que o Municiacutepio concede para que um estabelecimento possa se instalar em determinado local

1048729 Taxa de licenciamento de veiacuteculos1048729 Taxa de expediccedilatildeo de passaporte etc

TAXA DE SERVICcedilO Seraacute cobrada em razatildeo da prestaccedilatildeo estatal de um

serviccedilo puacuteblico especiacutefico e divisiacutevel Natildeo satildeo poucos os serviccedilos que preenchem os

requisitos ensejadores dessa taxa como serviccedilos de luz gaacutes esgotamento sanitaacuterio entre outros

Por conta dos requisitos essenciais agrave sua caracterizaccedilatildeo vaacuterios tributos ldquotentaramrdquo se enquadrarrdquo na categoria de TAXA DE SERVICcedilO quando deveriam ser custeados por impostos incorrendo na maioria das vezes em inconstitucionalidade Taxa de Seguranccedila Puacuteblica Taxa de Limpeza Puacuteblica Taxa de Iluminaccedilatildeo Puacuteblica

Exemplos de taxas cobradas em virtude da utilizaccedilatildeo de serviccedilos (segundo Hugo Goes)

1048729 Taxa de remoccedilatildeo de lixo domiciliar1048729 Taxa de coleta de esgoto1048729 Taxa judiciaacuteria

TAXA X TARIFAA TAXA natildeo se confunde com a TARIFA (ou

preccedilo puacuteblico) mesmo sendo ambas as prestaccedilotildees pecuniaacuterias tendentes a suprir de recursos os cofres estatais em face de serviccedilos puacuteblicos prestados

A TARIFA eacute o preccedilo de venda do bem exigido por empresas prestacionistas de serviccedilos puacuteblicos (concessionaacuterias ou permissionaacuterias) como se vendedoras fossem

Jaacute a TAXA eacute tributo imediatamente vinculado agrave accedilatildeo estatal

Se houver evidente vinculaccedilatildeo do serviccedilo com o desempenho de funccedilatildeo estatal teremos a TAXA

Por outro lado se houver desvinculaccedilatildeo deste serviccedilo com a accedilatildeo estatal inexistindo oacutebice ao desempenho da atividade por particulares teremos a TARIFA

Assim sempre que o serviccedilo especiacutefico e divisiacutevel deva ser prestado diretamente pela Administraccedilatildeo Puacuteblica por imposiccedilatildeo constitucional ou legal o regime seraacute o de TAXA

Nos casos em que a execuccedilatildeo do serviccedilo puder ser delegada a outra entidade puacuteblica ou privada o legislador poderaacute optar entre o regime de TAXA e o de TARIFA

Exemplos de TARIFAS a tarifa postal telegraacutefica de transportes telefocircnica de gaacutes de fornecimento de aacutegua e outras

V quadro esquemaacutetico pp 5859

PEDAacuteGIOA doutrina diverge quanto agrave natureza juriacutedica do

PEDAacuteGIO entendendo alguns trata-se de TAXA enquanto outros entendem trata-se de TARIFA

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo comumente exigida por concessionaacuterias isto eacute por pessoas juriacutedicas de direito privado que se colocam na condiccedilatildeo de ldquosujeitos ativosrdquo ndash um paradoxo inconcebiacutevel no campo da obrigaccedilatildeo tributaacuteria

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo instituiacuteda e reajustada por atos diversos de lei afastando a feiccedilatildeo tributaacuteria

Havendo a inexistecircncia de vias alternativas a exaccedilatildeo se torna compulsoacuteria aproximando-a de uma TAXA

Analisando a questatildeo pode-se dizer que caso a administraccedilatildeo da via puacuteblica objeto de cobranccedila do PEDAacuteGIO seja feita por oacutergatildeo da administraccedilatildeo direta (autarquia ou empresa controlada por Estado como DER) a exaccedilatildeo deve ser considerada uma TAXA

Por outro lado se a via for explorada por entidade particular (concessionaacuterias permissionaacuterias) poderaacute haver uma escolha da exaccedilatildeo pelo legislador ndash se PEDAacuteGIO-TAXA ou PEDAacuteGIO-TARIFA

Em conclusatildeo o PEDAacuteGIO pode ser TAXA ou PRECcedilO PUacuteBLICO (TARIFA) dependendo das circunstacircncias e da maneira como for exigido

Entretanto pela complexidade da mateacuteria e pela diversidade de entendimentos seraacute necessaacuterio aguardar novos julgamentos do STF para uma melhor definiccedilatildeo jurisprudencial sobre o tema

CONTRIBUICcedilAtildeO DE MELHORIA

Art 145 III da CFArt 81 do CTN Art 3ordm do DeC-LEI 19567O tributo CONTRIBUICcedilAtildeO DE

MELHORIA tem como buacutessola para sua cobranccedila a proporccedilatildeo do benefiacutecio efetivamente experimentado pelo contribuinte decorrente de obra puacuteblica realizada pelo Poder Puacuteblico

O sujeito passivo eacute o proprietaacuterio do imoacutevel que circunvizinha a obra puacuteblica geradora de sua valorizaccedilatildeo tributaacuteria

Eacute imperativo que a cobranccedila do tributo cinja-se agrave aacuterea de influecircncia ou zona de beneficiamento

O fato gerador da contribuiccedilatildeo de melhoria reside na valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria experimentada pelos imoacuteveis adjacentes a uma obra puacuteblica

Para ensejar sua cobranccedila deve haver uma relaccedilatildeo direta entre a obra puacuteblica construiacuteda e a valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria dela decorrente

A base de caacutelculo significa o quantum de valorizaccedilatildeo acrescido ao imoacutevel em funccedilatildeo da obra puacuteblica realizada pela Administraccedilatildeo

A cobranccedila da contribuiccedilatildeo de melhoria encontra limitaccedilotildees em dois aspectos- O LIMITE INDIVIDUAL aponta para uma tutela da valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria de cada proprietaacuterio- O LIMITE GLOBAL impotildee que arrecadaccedilatildeo natildeo pode se situar acima do gasto despendido com a obra

EMPREacuteSTIMO COMPULSOacuteRIO Art 148 da CF

ldquoA Uniatildeo mediante lei complementar poderaacute instituir empreacutestimos compulsoacuteriosI ndash para atender a despesas extraordinaacuterias decorrentes de calamidade puacuteblica de guerra externa ou sua iminecircnciaII ndash no caso de investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional observado o disposto no art 150 III bParaacutegrafo uacutenico A aplicaccedilatildeo dos recursos provenientes de empreacutestimo compulsoacuterio seraacute vinculada agrave despesa que fundamentou sua instituiccedilatildeordquo

Eacute um ldquotributo com claacuteusula de restituiccedilatildeordquo (Pontes de Miranda)

Eacute de competecircncia exclusiva da Uniatildeo Tem natureza temporaacuteria subsistindo sua

cobranccedila enquanto existe o fundamento constitucional

Tendo em vista que o paraacutegrafo uacutenico do art 148 da CF atrela a arrecadaccedilatildeo do empreacutestimo compulsoacuterio agrave despesa que o respaldou natildeo se admite a ldquotredestinaccedilatildeordquo (desvio de finalidade) na gestatildeo de seus recursos

Pressupostos autorizativos

A) despesas extraordinaacuterias (incI)- A1) calamidade puacuteblica (maremotos teremotos enchentes incecircndios secas tufotildees ciclones etc)- A2) guerra externa (a expressatildeo indica os conflitos externos cuja deflagraccedilatildeo tenha sido provocada por paiacutes estrangeiro)

B) investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional (inc II)

Os pressupostos autorizativos NAtildeO se confundem com seu fato gerador

Isso porque o legislador constituinte natildeo apontou expressamente o fato gerador do empreacutestimo compulsoacuterio ficando a cargo da lei complementar selecionar o fato imponiacutevel especiacutefico apto a gerar para o contribuinte o dever de pagar o gravame

Assim o legislador federal agrave luz da Constituiccedilatildeo goza de larga liberdade de escolha para a definiccedilatildeo do fato gerador

CONTRIBUICcedilOtildeES

Segundo o art 149 da CF haacute

a) contribuiccedilotildees federais de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (caput)

b)contribuiccedilotildees estaduais distritais e municipais de competecircncia dos Estados DF e Municiacutepios (sect 1ordm)

c) contribuiccedilotildees municipais de competecircncia dos municiacutepios e DF (art 149-A da CF)

As CONTRIBUICcedilOtildeES satildeo gravames cuja destinaccedilatildeo se revele no financiamento de gastos especiacuteficos no contexto de intervenccedilatildeo do Estado nos campos social e econocircmico no cumprimento de ditames da poliacutetica de governo

Para Fernando Maida ldquoas contribuiccedilotildees extrafiscais deveratildeo atender as necessidades na conduccedilatildeo da economia ou correccedilatildeo de situaccedilotildees sociais indesejadas ou mesmo possibilidade de fomento a certas atividades ou ramo de atividades de acordo com o preceituado na Constituiccedilatildeo Jaacute as contribuiccedilotildees parafiscais satildeo aquelas que se destinam exclusivamente ao custeio de atividades paralelas agrave administraccedilatildeo puacuteblica diretardquo

O art 149 caput da CF designa as seguintes contribuiccedilotildees

a) contribuiccedilotildees SOCIAIS

b) contribuiccedilotildees de INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

c) contribuiccedilotildees de INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

Tambeacutem chamadas de contribuiccedilotildees PROFISSIONAIS ou CORPORATIVAS satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo

Haacute dois bons exemplos deste tributo- a contribuiccedilatildeo-anuidade- a contribuiccedilatildeo sindical

Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Page 7: ESPÉCIES DE TRIBUTOS Segundo Eduardo Sabbag. Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo

e) IOF Imposto sobre operaccedilotildees de creacutedito cacircmbio e seguro ou relativas a tiacutetulos ou valores mobiliaacuteriosf) ITR Imposto sobre propriedade territorial ruralg) IEG Imposto extraordinaacuterio de guerra h) ITCMD Imposto sobre transmissatildeo causa mortis e doaccedilatildeo de quaisquer bens ou direitosi) ICMS Imposto sobre operaccedilotildees relativas agrave circulaccedilatildeo de mercadorias e sobre prestaccedilotildees de serviccedilos de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicaccedilatildeo

j) IPVA Imposto sobre propriedade de veiacuteculos automotoresl) IPTU Imposto sobre propriedade territorial urbanam) ITBI Imposto sobre transmissatildeo inter vivos a qualquer tiacutetulo por ato oneroso de bens imoacuteveis por natureza ou acessatildeo fiacutesica e de direitos reais sobre imoacuteveis exceto os de garantia bem como cessatildeo de direitos a sua aquisiccedilatildeo n) ISS Imposto sobre serviccedilos de qualquer natureza

TAXAArt 145 II da CF cc os arts 77 a 79 do CTN

A TAXA eacute tributo vinculado agrave accedilatildeo estatal

Tem como fato gerador o exerciacutecio regular do poder de poliacutecia eou a utilizaccedilatildeo efetiva ou potencial de serviccedilo puacuteblico especiacutefico e divisiacutevel prestado ao contribuinte ou posto a sua disposiccedilatildeo (art 79 I II e III CTN)

Haacute dois tipos de taxa A TAXA DE POLIacuteCIA e a TAXA DE SERVICcedilO

TAXA DE POLIacuteCIA O art 78 caput do CTN estipula o conceito de

poder de poliacutecia ldquoConsidera-se poder de poliacutecia atividade da

administraccedilatildeo puacuteblica que limitando ou disciplinando direito interesse ou liberdade regula a praacutetica de ato ou a abstenccedilatildeo de fato em razatildeo de interesse puacuteblico concernente agrave seguranccedila agrave higiene agrave ordem aos costumes agrave disciplina da produccedilatildeo e do mercado ao exerciacutecio de atividades econocircmicas dependentes de concessatildeo ou autorizaccedilatildeo do Poder Puacuteblico agrave tranquumlilidade puacuteblica ou ao respeito agrave propriedade e aos direitos individuais ou coletivosrdquo

A TAXA DE POLIacuteCIA tambeacutem chamada de taxa de fiscalizaccedilatildeo seraacute exigida em razatildeo de atos de poliacutecia realizados pela Administraccedilatildeo Puacuteblica pelos mais diversos oacutergatildeos ou entidades fiscalizatoacuterias

Pagar-se-aacute tal TAXA em virtude do ldquoexerciacutecio regular do poder de poliacutecia administrativardquo tendente a limitar direitos ou liberdades individuais em benefiacutecio da coletividade

Exemplos de TAXA DE POLIacuteCIA (segundo Hugo Goes)

1048729 Taxa de inspeccedilatildeo sanitaacuteria ndash cobradas por exemplo de restaurantes bares etc em razatildeo da fiscalizaccedilatildeo realizada pelo poder puacuteblico

1048729 Taxa de obras em logradouros puacuteblicos1048729 Taxa de alvaraacute ndash cobrada em funccedilatildeo da

autorizaccedilatildeo que o Municiacutepio concede para que um estabelecimento possa se instalar em determinado local

1048729 Taxa de licenciamento de veiacuteculos1048729 Taxa de expediccedilatildeo de passaporte etc

TAXA DE SERVICcedilO Seraacute cobrada em razatildeo da prestaccedilatildeo estatal de um

serviccedilo puacuteblico especiacutefico e divisiacutevel Natildeo satildeo poucos os serviccedilos que preenchem os

requisitos ensejadores dessa taxa como serviccedilos de luz gaacutes esgotamento sanitaacuterio entre outros

Por conta dos requisitos essenciais agrave sua caracterizaccedilatildeo vaacuterios tributos ldquotentaramrdquo se enquadrarrdquo na categoria de TAXA DE SERVICcedilO quando deveriam ser custeados por impostos incorrendo na maioria das vezes em inconstitucionalidade Taxa de Seguranccedila Puacuteblica Taxa de Limpeza Puacuteblica Taxa de Iluminaccedilatildeo Puacuteblica

Exemplos de taxas cobradas em virtude da utilizaccedilatildeo de serviccedilos (segundo Hugo Goes)

1048729 Taxa de remoccedilatildeo de lixo domiciliar1048729 Taxa de coleta de esgoto1048729 Taxa judiciaacuteria

TAXA X TARIFAA TAXA natildeo se confunde com a TARIFA (ou

preccedilo puacuteblico) mesmo sendo ambas as prestaccedilotildees pecuniaacuterias tendentes a suprir de recursos os cofres estatais em face de serviccedilos puacuteblicos prestados

A TARIFA eacute o preccedilo de venda do bem exigido por empresas prestacionistas de serviccedilos puacuteblicos (concessionaacuterias ou permissionaacuterias) como se vendedoras fossem

Jaacute a TAXA eacute tributo imediatamente vinculado agrave accedilatildeo estatal

Se houver evidente vinculaccedilatildeo do serviccedilo com o desempenho de funccedilatildeo estatal teremos a TAXA

Por outro lado se houver desvinculaccedilatildeo deste serviccedilo com a accedilatildeo estatal inexistindo oacutebice ao desempenho da atividade por particulares teremos a TARIFA

Assim sempre que o serviccedilo especiacutefico e divisiacutevel deva ser prestado diretamente pela Administraccedilatildeo Puacuteblica por imposiccedilatildeo constitucional ou legal o regime seraacute o de TAXA

Nos casos em que a execuccedilatildeo do serviccedilo puder ser delegada a outra entidade puacuteblica ou privada o legislador poderaacute optar entre o regime de TAXA e o de TARIFA

Exemplos de TARIFAS a tarifa postal telegraacutefica de transportes telefocircnica de gaacutes de fornecimento de aacutegua e outras

V quadro esquemaacutetico pp 5859

PEDAacuteGIOA doutrina diverge quanto agrave natureza juriacutedica do

PEDAacuteGIO entendendo alguns trata-se de TAXA enquanto outros entendem trata-se de TARIFA

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo comumente exigida por concessionaacuterias isto eacute por pessoas juriacutedicas de direito privado que se colocam na condiccedilatildeo de ldquosujeitos ativosrdquo ndash um paradoxo inconcebiacutevel no campo da obrigaccedilatildeo tributaacuteria

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo instituiacuteda e reajustada por atos diversos de lei afastando a feiccedilatildeo tributaacuteria

Havendo a inexistecircncia de vias alternativas a exaccedilatildeo se torna compulsoacuteria aproximando-a de uma TAXA

Analisando a questatildeo pode-se dizer que caso a administraccedilatildeo da via puacuteblica objeto de cobranccedila do PEDAacuteGIO seja feita por oacutergatildeo da administraccedilatildeo direta (autarquia ou empresa controlada por Estado como DER) a exaccedilatildeo deve ser considerada uma TAXA

Por outro lado se a via for explorada por entidade particular (concessionaacuterias permissionaacuterias) poderaacute haver uma escolha da exaccedilatildeo pelo legislador ndash se PEDAacuteGIO-TAXA ou PEDAacuteGIO-TARIFA

Em conclusatildeo o PEDAacuteGIO pode ser TAXA ou PRECcedilO PUacuteBLICO (TARIFA) dependendo das circunstacircncias e da maneira como for exigido

Entretanto pela complexidade da mateacuteria e pela diversidade de entendimentos seraacute necessaacuterio aguardar novos julgamentos do STF para uma melhor definiccedilatildeo jurisprudencial sobre o tema

CONTRIBUICcedilAtildeO DE MELHORIA

Art 145 III da CFArt 81 do CTN Art 3ordm do DeC-LEI 19567O tributo CONTRIBUICcedilAtildeO DE

MELHORIA tem como buacutessola para sua cobranccedila a proporccedilatildeo do benefiacutecio efetivamente experimentado pelo contribuinte decorrente de obra puacuteblica realizada pelo Poder Puacuteblico

O sujeito passivo eacute o proprietaacuterio do imoacutevel que circunvizinha a obra puacuteblica geradora de sua valorizaccedilatildeo tributaacuteria

Eacute imperativo que a cobranccedila do tributo cinja-se agrave aacuterea de influecircncia ou zona de beneficiamento

O fato gerador da contribuiccedilatildeo de melhoria reside na valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria experimentada pelos imoacuteveis adjacentes a uma obra puacuteblica

Para ensejar sua cobranccedila deve haver uma relaccedilatildeo direta entre a obra puacuteblica construiacuteda e a valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria dela decorrente

A base de caacutelculo significa o quantum de valorizaccedilatildeo acrescido ao imoacutevel em funccedilatildeo da obra puacuteblica realizada pela Administraccedilatildeo

A cobranccedila da contribuiccedilatildeo de melhoria encontra limitaccedilotildees em dois aspectos- O LIMITE INDIVIDUAL aponta para uma tutela da valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria de cada proprietaacuterio- O LIMITE GLOBAL impotildee que arrecadaccedilatildeo natildeo pode se situar acima do gasto despendido com a obra

EMPREacuteSTIMO COMPULSOacuteRIO Art 148 da CF

ldquoA Uniatildeo mediante lei complementar poderaacute instituir empreacutestimos compulsoacuteriosI ndash para atender a despesas extraordinaacuterias decorrentes de calamidade puacuteblica de guerra externa ou sua iminecircnciaII ndash no caso de investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional observado o disposto no art 150 III bParaacutegrafo uacutenico A aplicaccedilatildeo dos recursos provenientes de empreacutestimo compulsoacuterio seraacute vinculada agrave despesa que fundamentou sua instituiccedilatildeordquo

Eacute um ldquotributo com claacuteusula de restituiccedilatildeordquo (Pontes de Miranda)

Eacute de competecircncia exclusiva da Uniatildeo Tem natureza temporaacuteria subsistindo sua

cobranccedila enquanto existe o fundamento constitucional

Tendo em vista que o paraacutegrafo uacutenico do art 148 da CF atrela a arrecadaccedilatildeo do empreacutestimo compulsoacuterio agrave despesa que o respaldou natildeo se admite a ldquotredestinaccedilatildeordquo (desvio de finalidade) na gestatildeo de seus recursos

Pressupostos autorizativos

A) despesas extraordinaacuterias (incI)- A1) calamidade puacuteblica (maremotos teremotos enchentes incecircndios secas tufotildees ciclones etc)- A2) guerra externa (a expressatildeo indica os conflitos externos cuja deflagraccedilatildeo tenha sido provocada por paiacutes estrangeiro)

B) investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional (inc II)

Os pressupostos autorizativos NAtildeO se confundem com seu fato gerador

Isso porque o legislador constituinte natildeo apontou expressamente o fato gerador do empreacutestimo compulsoacuterio ficando a cargo da lei complementar selecionar o fato imponiacutevel especiacutefico apto a gerar para o contribuinte o dever de pagar o gravame

Assim o legislador federal agrave luz da Constituiccedilatildeo goza de larga liberdade de escolha para a definiccedilatildeo do fato gerador

CONTRIBUICcedilOtildeES

Segundo o art 149 da CF haacute

a) contribuiccedilotildees federais de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (caput)

b)contribuiccedilotildees estaduais distritais e municipais de competecircncia dos Estados DF e Municiacutepios (sect 1ordm)

c) contribuiccedilotildees municipais de competecircncia dos municiacutepios e DF (art 149-A da CF)

As CONTRIBUICcedilOtildeES satildeo gravames cuja destinaccedilatildeo se revele no financiamento de gastos especiacuteficos no contexto de intervenccedilatildeo do Estado nos campos social e econocircmico no cumprimento de ditames da poliacutetica de governo

Para Fernando Maida ldquoas contribuiccedilotildees extrafiscais deveratildeo atender as necessidades na conduccedilatildeo da economia ou correccedilatildeo de situaccedilotildees sociais indesejadas ou mesmo possibilidade de fomento a certas atividades ou ramo de atividades de acordo com o preceituado na Constituiccedilatildeo Jaacute as contribuiccedilotildees parafiscais satildeo aquelas que se destinam exclusivamente ao custeio de atividades paralelas agrave administraccedilatildeo puacuteblica diretardquo

O art 149 caput da CF designa as seguintes contribuiccedilotildees

a) contribuiccedilotildees SOCIAIS

b) contribuiccedilotildees de INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

c) contribuiccedilotildees de INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

Tambeacutem chamadas de contribuiccedilotildees PROFISSIONAIS ou CORPORATIVAS satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo

Haacute dois bons exemplos deste tributo- a contribuiccedilatildeo-anuidade- a contribuiccedilatildeo sindical

Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Page 8: ESPÉCIES DE TRIBUTOS Segundo Eduardo Sabbag. Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo

j) IPVA Imposto sobre propriedade de veiacuteculos automotoresl) IPTU Imposto sobre propriedade territorial urbanam) ITBI Imposto sobre transmissatildeo inter vivos a qualquer tiacutetulo por ato oneroso de bens imoacuteveis por natureza ou acessatildeo fiacutesica e de direitos reais sobre imoacuteveis exceto os de garantia bem como cessatildeo de direitos a sua aquisiccedilatildeo n) ISS Imposto sobre serviccedilos de qualquer natureza

TAXAArt 145 II da CF cc os arts 77 a 79 do CTN

A TAXA eacute tributo vinculado agrave accedilatildeo estatal

Tem como fato gerador o exerciacutecio regular do poder de poliacutecia eou a utilizaccedilatildeo efetiva ou potencial de serviccedilo puacuteblico especiacutefico e divisiacutevel prestado ao contribuinte ou posto a sua disposiccedilatildeo (art 79 I II e III CTN)

Haacute dois tipos de taxa A TAXA DE POLIacuteCIA e a TAXA DE SERVICcedilO

TAXA DE POLIacuteCIA O art 78 caput do CTN estipula o conceito de

poder de poliacutecia ldquoConsidera-se poder de poliacutecia atividade da

administraccedilatildeo puacuteblica que limitando ou disciplinando direito interesse ou liberdade regula a praacutetica de ato ou a abstenccedilatildeo de fato em razatildeo de interesse puacuteblico concernente agrave seguranccedila agrave higiene agrave ordem aos costumes agrave disciplina da produccedilatildeo e do mercado ao exerciacutecio de atividades econocircmicas dependentes de concessatildeo ou autorizaccedilatildeo do Poder Puacuteblico agrave tranquumlilidade puacuteblica ou ao respeito agrave propriedade e aos direitos individuais ou coletivosrdquo

A TAXA DE POLIacuteCIA tambeacutem chamada de taxa de fiscalizaccedilatildeo seraacute exigida em razatildeo de atos de poliacutecia realizados pela Administraccedilatildeo Puacuteblica pelos mais diversos oacutergatildeos ou entidades fiscalizatoacuterias

Pagar-se-aacute tal TAXA em virtude do ldquoexerciacutecio regular do poder de poliacutecia administrativardquo tendente a limitar direitos ou liberdades individuais em benefiacutecio da coletividade

Exemplos de TAXA DE POLIacuteCIA (segundo Hugo Goes)

1048729 Taxa de inspeccedilatildeo sanitaacuteria ndash cobradas por exemplo de restaurantes bares etc em razatildeo da fiscalizaccedilatildeo realizada pelo poder puacuteblico

1048729 Taxa de obras em logradouros puacuteblicos1048729 Taxa de alvaraacute ndash cobrada em funccedilatildeo da

autorizaccedilatildeo que o Municiacutepio concede para que um estabelecimento possa se instalar em determinado local

1048729 Taxa de licenciamento de veiacuteculos1048729 Taxa de expediccedilatildeo de passaporte etc

TAXA DE SERVICcedilO Seraacute cobrada em razatildeo da prestaccedilatildeo estatal de um

serviccedilo puacuteblico especiacutefico e divisiacutevel Natildeo satildeo poucos os serviccedilos que preenchem os

requisitos ensejadores dessa taxa como serviccedilos de luz gaacutes esgotamento sanitaacuterio entre outros

Por conta dos requisitos essenciais agrave sua caracterizaccedilatildeo vaacuterios tributos ldquotentaramrdquo se enquadrarrdquo na categoria de TAXA DE SERVICcedilO quando deveriam ser custeados por impostos incorrendo na maioria das vezes em inconstitucionalidade Taxa de Seguranccedila Puacuteblica Taxa de Limpeza Puacuteblica Taxa de Iluminaccedilatildeo Puacuteblica

Exemplos de taxas cobradas em virtude da utilizaccedilatildeo de serviccedilos (segundo Hugo Goes)

1048729 Taxa de remoccedilatildeo de lixo domiciliar1048729 Taxa de coleta de esgoto1048729 Taxa judiciaacuteria

TAXA X TARIFAA TAXA natildeo se confunde com a TARIFA (ou

preccedilo puacuteblico) mesmo sendo ambas as prestaccedilotildees pecuniaacuterias tendentes a suprir de recursos os cofres estatais em face de serviccedilos puacuteblicos prestados

A TARIFA eacute o preccedilo de venda do bem exigido por empresas prestacionistas de serviccedilos puacuteblicos (concessionaacuterias ou permissionaacuterias) como se vendedoras fossem

Jaacute a TAXA eacute tributo imediatamente vinculado agrave accedilatildeo estatal

Se houver evidente vinculaccedilatildeo do serviccedilo com o desempenho de funccedilatildeo estatal teremos a TAXA

Por outro lado se houver desvinculaccedilatildeo deste serviccedilo com a accedilatildeo estatal inexistindo oacutebice ao desempenho da atividade por particulares teremos a TARIFA

Assim sempre que o serviccedilo especiacutefico e divisiacutevel deva ser prestado diretamente pela Administraccedilatildeo Puacuteblica por imposiccedilatildeo constitucional ou legal o regime seraacute o de TAXA

Nos casos em que a execuccedilatildeo do serviccedilo puder ser delegada a outra entidade puacuteblica ou privada o legislador poderaacute optar entre o regime de TAXA e o de TARIFA

Exemplos de TARIFAS a tarifa postal telegraacutefica de transportes telefocircnica de gaacutes de fornecimento de aacutegua e outras

V quadro esquemaacutetico pp 5859

PEDAacuteGIOA doutrina diverge quanto agrave natureza juriacutedica do

PEDAacuteGIO entendendo alguns trata-se de TAXA enquanto outros entendem trata-se de TARIFA

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo comumente exigida por concessionaacuterias isto eacute por pessoas juriacutedicas de direito privado que se colocam na condiccedilatildeo de ldquosujeitos ativosrdquo ndash um paradoxo inconcebiacutevel no campo da obrigaccedilatildeo tributaacuteria

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo instituiacuteda e reajustada por atos diversos de lei afastando a feiccedilatildeo tributaacuteria

Havendo a inexistecircncia de vias alternativas a exaccedilatildeo se torna compulsoacuteria aproximando-a de uma TAXA

Analisando a questatildeo pode-se dizer que caso a administraccedilatildeo da via puacuteblica objeto de cobranccedila do PEDAacuteGIO seja feita por oacutergatildeo da administraccedilatildeo direta (autarquia ou empresa controlada por Estado como DER) a exaccedilatildeo deve ser considerada uma TAXA

Por outro lado se a via for explorada por entidade particular (concessionaacuterias permissionaacuterias) poderaacute haver uma escolha da exaccedilatildeo pelo legislador ndash se PEDAacuteGIO-TAXA ou PEDAacuteGIO-TARIFA

Em conclusatildeo o PEDAacuteGIO pode ser TAXA ou PRECcedilO PUacuteBLICO (TARIFA) dependendo das circunstacircncias e da maneira como for exigido

Entretanto pela complexidade da mateacuteria e pela diversidade de entendimentos seraacute necessaacuterio aguardar novos julgamentos do STF para uma melhor definiccedilatildeo jurisprudencial sobre o tema

CONTRIBUICcedilAtildeO DE MELHORIA

Art 145 III da CFArt 81 do CTN Art 3ordm do DeC-LEI 19567O tributo CONTRIBUICcedilAtildeO DE

MELHORIA tem como buacutessola para sua cobranccedila a proporccedilatildeo do benefiacutecio efetivamente experimentado pelo contribuinte decorrente de obra puacuteblica realizada pelo Poder Puacuteblico

O sujeito passivo eacute o proprietaacuterio do imoacutevel que circunvizinha a obra puacuteblica geradora de sua valorizaccedilatildeo tributaacuteria

Eacute imperativo que a cobranccedila do tributo cinja-se agrave aacuterea de influecircncia ou zona de beneficiamento

O fato gerador da contribuiccedilatildeo de melhoria reside na valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria experimentada pelos imoacuteveis adjacentes a uma obra puacuteblica

Para ensejar sua cobranccedila deve haver uma relaccedilatildeo direta entre a obra puacuteblica construiacuteda e a valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria dela decorrente

A base de caacutelculo significa o quantum de valorizaccedilatildeo acrescido ao imoacutevel em funccedilatildeo da obra puacuteblica realizada pela Administraccedilatildeo

A cobranccedila da contribuiccedilatildeo de melhoria encontra limitaccedilotildees em dois aspectos- O LIMITE INDIVIDUAL aponta para uma tutela da valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria de cada proprietaacuterio- O LIMITE GLOBAL impotildee que arrecadaccedilatildeo natildeo pode se situar acima do gasto despendido com a obra

EMPREacuteSTIMO COMPULSOacuteRIO Art 148 da CF

ldquoA Uniatildeo mediante lei complementar poderaacute instituir empreacutestimos compulsoacuteriosI ndash para atender a despesas extraordinaacuterias decorrentes de calamidade puacuteblica de guerra externa ou sua iminecircnciaII ndash no caso de investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional observado o disposto no art 150 III bParaacutegrafo uacutenico A aplicaccedilatildeo dos recursos provenientes de empreacutestimo compulsoacuterio seraacute vinculada agrave despesa que fundamentou sua instituiccedilatildeordquo

Eacute um ldquotributo com claacuteusula de restituiccedilatildeordquo (Pontes de Miranda)

Eacute de competecircncia exclusiva da Uniatildeo Tem natureza temporaacuteria subsistindo sua

cobranccedila enquanto existe o fundamento constitucional

Tendo em vista que o paraacutegrafo uacutenico do art 148 da CF atrela a arrecadaccedilatildeo do empreacutestimo compulsoacuterio agrave despesa que o respaldou natildeo se admite a ldquotredestinaccedilatildeordquo (desvio de finalidade) na gestatildeo de seus recursos

Pressupostos autorizativos

A) despesas extraordinaacuterias (incI)- A1) calamidade puacuteblica (maremotos teremotos enchentes incecircndios secas tufotildees ciclones etc)- A2) guerra externa (a expressatildeo indica os conflitos externos cuja deflagraccedilatildeo tenha sido provocada por paiacutes estrangeiro)

B) investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional (inc II)

Os pressupostos autorizativos NAtildeO se confundem com seu fato gerador

Isso porque o legislador constituinte natildeo apontou expressamente o fato gerador do empreacutestimo compulsoacuterio ficando a cargo da lei complementar selecionar o fato imponiacutevel especiacutefico apto a gerar para o contribuinte o dever de pagar o gravame

Assim o legislador federal agrave luz da Constituiccedilatildeo goza de larga liberdade de escolha para a definiccedilatildeo do fato gerador

CONTRIBUICcedilOtildeES

Segundo o art 149 da CF haacute

a) contribuiccedilotildees federais de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (caput)

b)contribuiccedilotildees estaduais distritais e municipais de competecircncia dos Estados DF e Municiacutepios (sect 1ordm)

c) contribuiccedilotildees municipais de competecircncia dos municiacutepios e DF (art 149-A da CF)

As CONTRIBUICcedilOtildeES satildeo gravames cuja destinaccedilatildeo se revele no financiamento de gastos especiacuteficos no contexto de intervenccedilatildeo do Estado nos campos social e econocircmico no cumprimento de ditames da poliacutetica de governo

Para Fernando Maida ldquoas contribuiccedilotildees extrafiscais deveratildeo atender as necessidades na conduccedilatildeo da economia ou correccedilatildeo de situaccedilotildees sociais indesejadas ou mesmo possibilidade de fomento a certas atividades ou ramo de atividades de acordo com o preceituado na Constituiccedilatildeo Jaacute as contribuiccedilotildees parafiscais satildeo aquelas que se destinam exclusivamente ao custeio de atividades paralelas agrave administraccedilatildeo puacuteblica diretardquo

O art 149 caput da CF designa as seguintes contribuiccedilotildees

a) contribuiccedilotildees SOCIAIS

b) contribuiccedilotildees de INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

c) contribuiccedilotildees de INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

Tambeacutem chamadas de contribuiccedilotildees PROFISSIONAIS ou CORPORATIVAS satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo

Haacute dois bons exemplos deste tributo- a contribuiccedilatildeo-anuidade- a contribuiccedilatildeo sindical

Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Page 9: ESPÉCIES DE TRIBUTOS Segundo Eduardo Sabbag. Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo

TAXAArt 145 II da CF cc os arts 77 a 79 do CTN

A TAXA eacute tributo vinculado agrave accedilatildeo estatal

Tem como fato gerador o exerciacutecio regular do poder de poliacutecia eou a utilizaccedilatildeo efetiva ou potencial de serviccedilo puacuteblico especiacutefico e divisiacutevel prestado ao contribuinte ou posto a sua disposiccedilatildeo (art 79 I II e III CTN)

Haacute dois tipos de taxa A TAXA DE POLIacuteCIA e a TAXA DE SERVICcedilO

TAXA DE POLIacuteCIA O art 78 caput do CTN estipula o conceito de

poder de poliacutecia ldquoConsidera-se poder de poliacutecia atividade da

administraccedilatildeo puacuteblica que limitando ou disciplinando direito interesse ou liberdade regula a praacutetica de ato ou a abstenccedilatildeo de fato em razatildeo de interesse puacuteblico concernente agrave seguranccedila agrave higiene agrave ordem aos costumes agrave disciplina da produccedilatildeo e do mercado ao exerciacutecio de atividades econocircmicas dependentes de concessatildeo ou autorizaccedilatildeo do Poder Puacuteblico agrave tranquumlilidade puacuteblica ou ao respeito agrave propriedade e aos direitos individuais ou coletivosrdquo

A TAXA DE POLIacuteCIA tambeacutem chamada de taxa de fiscalizaccedilatildeo seraacute exigida em razatildeo de atos de poliacutecia realizados pela Administraccedilatildeo Puacuteblica pelos mais diversos oacutergatildeos ou entidades fiscalizatoacuterias

Pagar-se-aacute tal TAXA em virtude do ldquoexerciacutecio regular do poder de poliacutecia administrativardquo tendente a limitar direitos ou liberdades individuais em benefiacutecio da coletividade

Exemplos de TAXA DE POLIacuteCIA (segundo Hugo Goes)

1048729 Taxa de inspeccedilatildeo sanitaacuteria ndash cobradas por exemplo de restaurantes bares etc em razatildeo da fiscalizaccedilatildeo realizada pelo poder puacuteblico

1048729 Taxa de obras em logradouros puacuteblicos1048729 Taxa de alvaraacute ndash cobrada em funccedilatildeo da

autorizaccedilatildeo que o Municiacutepio concede para que um estabelecimento possa se instalar em determinado local

1048729 Taxa de licenciamento de veiacuteculos1048729 Taxa de expediccedilatildeo de passaporte etc

TAXA DE SERVICcedilO Seraacute cobrada em razatildeo da prestaccedilatildeo estatal de um

serviccedilo puacuteblico especiacutefico e divisiacutevel Natildeo satildeo poucos os serviccedilos que preenchem os

requisitos ensejadores dessa taxa como serviccedilos de luz gaacutes esgotamento sanitaacuterio entre outros

Por conta dos requisitos essenciais agrave sua caracterizaccedilatildeo vaacuterios tributos ldquotentaramrdquo se enquadrarrdquo na categoria de TAXA DE SERVICcedilO quando deveriam ser custeados por impostos incorrendo na maioria das vezes em inconstitucionalidade Taxa de Seguranccedila Puacuteblica Taxa de Limpeza Puacuteblica Taxa de Iluminaccedilatildeo Puacuteblica

Exemplos de taxas cobradas em virtude da utilizaccedilatildeo de serviccedilos (segundo Hugo Goes)

1048729 Taxa de remoccedilatildeo de lixo domiciliar1048729 Taxa de coleta de esgoto1048729 Taxa judiciaacuteria

TAXA X TARIFAA TAXA natildeo se confunde com a TARIFA (ou

preccedilo puacuteblico) mesmo sendo ambas as prestaccedilotildees pecuniaacuterias tendentes a suprir de recursos os cofres estatais em face de serviccedilos puacuteblicos prestados

A TARIFA eacute o preccedilo de venda do bem exigido por empresas prestacionistas de serviccedilos puacuteblicos (concessionaacuterias ou permissionaacuterias) como se vendedoras fossem

Jaacute a TAXA eacute tributo imediatamente vinculado agrave accedilatildeo estatal

Se houver evidente vinculaccedilatildeo do serviccedilo com o desempenho de funccedilatildeo estatal teremos a TAXA

Por outro lado se houver desvinculaccedilatildeo deste serviccedilo com a accedilatildeo estatal inexistindo oacutebice ao desempenho da atividade por particulares teremos a TARIFA

Assim sempre que o serviccedilo especiacutefico e divisiacutevel deva ser prestado diretamente pela Administraccedilatildeo Puacuteblica por imposiccedilatildeo constitucional ou legal o regime seraacute o de TAXA

Nos casos em que a execuccedilatildeo do serviccedilo puder ser delegada a outra entidade puacuteblica ou privada o legislador poderaacute optar entre o regime de TAXA e o de TARIFA

Exemplos de TARIFAS a tarifa postal telegraacutefica de transportes telefocircnica de gaacutes de fornecimento de aacutegua e outras

V quadro esquemaacutetico pp 5859

PEDAacuteGIOA doutrina diverge quanto agrave natureza juriacutedica do

PEDAacuteGIO entendendo alguns trata-se de TAXA enquanto outros entendem trata-se de TARIFA

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo comumente exigida por concessionaacuterias isto eacute por pessoas juriacutedicas de direito privado que se colocam na condiccedilatildeo de ldquosujeitos ativosrdquo ndash um paradoxo inconcebiacutevel no campo da obrigaccedilatildeo tributaacuteria

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo instituiacuteda e reajustada por atos diversos de lei afastando a feiccedilatildeo tributaacuteria

Havendo a inexistecircncia de vias alternativas a exaccedilatildeo se torna compulsoacuteria aproximando-a de uma TAXA

Analisando a questatildeo pode-se dizer que caso a administraccedilatildeo da via puacuteblica objeto de cobranccedila do PEDAacuteGIO seja feita por oacutergatildeo da administraccedilatildeo direta (autarquia ou empresa controlada por Estado como DER) a exaccedilatildeo deve ser considerada uma TAXA

Por outro lado se a via for explorada por entidade particular (concessionaacuterias permissionaacuterias) poderaacute haver uma escolha da exaccedilatildeo pelo legislador ndash se PEDAacuteGIO-TAXA ou PEDAacuteGIO-TARIFA

Em conclusatildeo o PEDAacuteGIO pode ser TAXA ou PRECcedilO PUacuteBLICO (TARIFA) dependendo das circunstacircncias e da maneira como for exigido

Entretanto pela complexidade da mateacuteria e pela diversidade de entendimentos seraacute necessaacuterio aguardar novos julgamentos do STF para uma melhor definiccedilatildeo jurisprudencial sobre o tema

CONTRIBUICcedilAtildeO DE MELHORIA

Art 145 III da CFArt 81 do CTN Art 3ordm do DeC-LEI 19567O tributo CONTRIBUICcedilAtildeO DE

MELHORIA tem como buacutessola para sua cobranccedila a proporccedilatildeo do benefiacutecio efetivamente experimentado pelo contribuinte decorrente de obra puacuteblica realizada pelo Poder Puacuteblico

O sujeito passivo eacute o proprietaacuterio do imoacutevel que circunvizinha a obra puacuteblica geradora de sua valorizaccedilatildeo tributaacuteria

Eacute imperativo que a cobranccedila do tributo cinja-se agrave aacuterea de influecircncia ou zona de beneficiamento

O fato gerador da contribuiccedilatildeo de melhoria reside na valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria experimentada pelos imoacuteveis adjacentes a uma obra puacuteblica

Para ensejar sua cobranccedila deve haver uma relaccedilatildeo direta entre a obra puacuteblica construiacuteda e a valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria dela decorrente

A base de caacutelculo significa o quantum de valorizaccedilatildeo acrescido ao imoacutevel em funccedilatildeo da obra puacuteblica realizada pela Administraccedilatildeo

A cobranccedila da contribuiccedilatildeo de melhoria encontra limitaccedilotildees em dois aspectos- O LIMITE INDIVIDUAL aponta para uma tutela da valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria de cada proprietaacuterio- O LIMITE GLOBAL impotildee que arrecadaccedilatildeo natildeo pode se situar acima do gasto despendido com a obra

EMPREacuteSTIMO COMPULSOacuteRIO Art 148 da CF

ldquoA Uniatildeo mediante lei complementar poderaacute instituir empreacutestimos compulsoacuteriosI ndash para atender a despesas extraordinaacuterias decorrentes de calamidade puacuteblica de guerra externa ou sua iminecircnciaII ndash no caso de investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional observado o disposto no art 150 III bParaacutegrafo uacutenico A aplicaccedilatildeo dos recursos provenientes de empreacutestimo compulsoacuterio seraacute vinculada agrave despesa que fundamentou sua instituiccedilatildeordquo

Eacute um ldquotributo com claacuteusula de restituiccedilatildeordquo (Pontes de Miranda)

Eacute de competecircncia exclusiva da Uniatildeo Tem natureza temporaacuteria subsistindo sua

cobranccedila enquanto existe o fundamento constitucional

Tendo em vista que o paraacutegrafo uacutenico do art 148 da CF atrela a arrecadaccedilatildeo do empreacutestimo compulsoacuterio agrave despesa que o respaldou natildeo se admite a ldquotredestinaccedilatildeordquo (desvio de finalidade) na gestatildeo de seus recursos

Pressupostos autorizativos

A) despesas extraordinaacuterias (incI)- A1) calamidade puacuteblica (maremotos teremotos enchentes incecircndios secas tufotildees ciclones etc)- A2) guerra externa (a expressatildeo indica os conflitos externos cuja deflagraccedilatildeo tenha sido provocada por paiacutes estrangeiro)

B) investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional (inc II)

Os pressupostos autorizativos NAtildeO se confundem com seu fato gerador

Isso porque o legislador constituinte natildeo apontou expressamente o fato gerador do empreacutestimo compulsoacuterio ficando a cargo da lei complementar selecionar o fato imponiacutevel especiacutefico apto a gerar para o contribuinte o dever de pagar o gravame

Assim o legislador federal agrave luz da Constituiccedilatildeo goza de larga liberdade de escolha para a definiccedilatildeo do fato gerador

CONTRIBUICcedilOtildeES

Segundo o art 149 da CF haacute

a) contribuiccedilotildees federais de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (caput)

b)contribuiccedilotildees estaduais distritais e municipais de competecircncia dos Estados DF e Municiacutepios (sect 1ordm)

c) contribuiccedilotildees municipais de competecircncia dos municiacutepios e DF (art 149-A da CF)

As CONTRIBUICcedilOtildeES satildeo gravames cuja destinaccedilatildeo se revele no financiamento de gastos especiacuteficos no contexto de intervenccedilatildeo do Estado nos campos social e econocircmico no cumprimento de ditames da poliacutetica de governo

Para Fernando Maida ldquoas contribuiccedilotildees extrafiscais deveratildeo atender as necessidades na conduccedilatildeo da economia ou correccedilatildeo de situaccedilotildees sociais indesejadas ou mesmo possibilidade de fomento a certas atividades ou ramo de atividades de acordo com o preceituado na Constituiccedilatildeo Jaacute as contribuiccedilotildees parafiscais satildeo aquelas que se destinam exclusivamente ao custeio de atividades paralelas agrave administraccedilatildeo puacuteblica diretardquo

O art 149 caput da CF designa as seguintes contribuiccedilotildees

a) contribuiccedilotildees SOCIAIS

b) contribuiccedilotildees de INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

c) contribuiccedilotildees de INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

Tambeacutem chamadas de contribuiccedilotildees PROFISSIONAIS ou CORPORATIVAS satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo

Haacute dois bons exemplos deste tributo- a contribuiccedilatildeo-anuidade- a contribuiccedilatildeo sindical

Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Page 10: ESPÉCIES DE TRIBUTOS Segundo Eduardo Sabbag. Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo

TAXA DE POLIacuteCIA O art 78 caput do CTN estipula o conceito de

poder de poliacutecia ldquoConsidera-se poder de poliacutecia atividade da

administraccedilatildeo puacuteblica que limitando ou disciplinando direito interesse ou liberdade regula a praacutetica de ato ou a abstenccedilatildeo de fato em razatildeo de interesse puacuteblico concernente agrave seguranccedila agrave higiene agrave ordem aos costumes agrave disciplina da produccedilatildeo e do mercado ao exerciacutecio de atividades econocircmicas dependentes de concessatildeo ou autorizaccedilatildeo do Poder Puacuteblico agrave tranquumlilidade puacuteblica ou ao respeito agrave propriedade e aos direitos individuais ou coletivosrdquo

A TAXA DE POLIacuteCIA tambeacutem chamada de taxa de fiscalizaccedilatildeo seraacute exigida em razatildeo de atos de poliacutecia realizados pela Administraccedilatildeo Puacuteblica pelos mais diversos oacutergatildeos ou entidades fiscalizatoacuterias

Pagar-se-aacute tal TAXA em virtude do ldquoexerciacutecio regular do poder de poliacutecia administrativardquo tendente a limitar direitos ou liberdades individuais em benefiacutecio da coletividade

Exemplos de TAXA DE POLIacuteCIA (segundo Hugo Goes)

1048729 Taxa de inspeccedilatildeo sanitaacuteria ndash cobradas por exemplo de restaurantes bares etc em razatildeo da fiscalizaccedilatildeo realizada pelo poder puacuteblico

1048729 Taxa de obras em logradouros puacuteblicos1048729 Taxa de alvaraacute ndash cobrada em funccedilatildeo da

autorizaccedilatildeo que o Municiacutepio concede para que um estabelecimento possa se instalar em determinado local

1048729 Taxa de licenciamento de veiacuteculos1048729 Taxa de expediccedilatildeo de passaporte etc

TAXA DE SERVICcedilO Seraacute cobrada em razatildeo da prestaccedilatildeo estatal de um

serviccedilo puacuteblico especiacutefico e divisiacutevel Natildeo satildeo poucos os serviccedilos que preenchem os

requisitos ensejadores dessa taxa como serviccedilos de luz gaacutes esgotamento sanitaacuterio entre outros

Por conta dos requisitos essenciais agrave sua caracterizaccedilatildeo vaacuterios tributos ldquotentaramrdquo se enquadrarrdquo na categoria de TAXA DE SERVICcedilO quando deveriam ser custeados por impostos incorrendo na maioria das vezes em inconstitucionalidade Taxa de Seguranccedila Puacuteblica Taxa de Limpeza Puacuteblica Taxa de Iluminaccedilatildeo Puacuteblica

Exemplos de taxas cobradas em virtude da utilizaccedilatildeo de serviccedilos (segundo Hugo Goes)

1048729 Taxa de remoccedilatildeo de lixo domiciliar1048729 Taxa de coleta de esgoto1048729 Taxa judiciaacuteria

TAXA X TARIFAA TAXA natildeo se confunde com a TARIFA (ou

preccedilo puacuteblico) mesmo sendo ambas as prestaccedilotildees pecuniaacuterias tendentes a suprir de recursos os cofres estatais em face de serviccedilos puacuteblicos prestados

A TARIFA eacute o preccedilo de venda do bem exigido por empresas prestacionistas de serviccedilos puacuteblicos (concessionaacuterias ou permissionaacuterias) como se vendedoras fossem

Jaacute a TAXA eacute tributo imediatamente vinculado agrave accedilatildeo estatal

Se houver evidente vinculaccedilatildeo do serviccedilo com o desempenho de funccedilatildeo estatal teremos a TAXA

Por outro lado se houver desvinculaccedilatildeo deste serviccedilo com a accedilatildeo estatal inexistindo oacutebice ao desempenho da atividade por particulares teremos a TARIFA

Assim sempre que o serviccedilo especiacutefico e divisiacutevel deva ser prestado diretamente pela Administraccedilatildeo Puacuteblica por imposiccedilatildeo constitucional ou legal o regime seraacute o de TAXA

Nos casos em que a execuccedilatildeo do serviccedilo puder ser delegada a outra entidade puacuteblica ou privada o legislador poderaacute optar entre o regime de TAXA e o de TARIFA

Exemplos de TARIFAS a tarifa postal telegraacutefica de transportes telefocircnica de gaacutes de fornecimento de aacutegua e outras

V quadro esquemaacutetico pp 5859

PEDAacuteGIOA doutrina diverge quanto agrave natureza juriacutedica do

PEDAacuteGIO entendendo alguns trata-se de TAXA enquanto outros entendem trata-se de TARIFA

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo comumente exigida por concessionaacuterias isto eacute por pessoas juriacutedicas de direito privado que se colocam na condiccedilatildeo de ldquosujeitos ativosrdquo ndash um paradoxo inconcebiacutevel no campo da obrigaccedilatildeo tributaacuteria

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo instituiacuteda e reajustada por atos diversos de lei afastando a feiccedilatildeo tributaacuteria

Havendo a inexistecircncia de vias alternativas a exaccedilatildeo se torna compulsoacuteria aproximando-a de uma TAXA

Analisando a questatildeo pode-se dizer que caso a administraccedilatildeo da via puacuteblica objeto de cobranccedila do PEDAacuteGIO seja feita por oacutergatildeo da administraccedilatildeo direta (autarquia ou empresa controlada por Estado como DER) a exaccedilatildeo deve ser considerada uma TAXA

Por outro lado se a via for explorada por entidade particular (concessionaacuterias permissionaacuterias) poderaacute haver uma escolha da exaccedilatildeo pelo legislador ndash se PEDAacuteGIO-TAXA ou PEDAacuteGIO-TARIFA

Em conclusatildeo o PEDAacuteGIO pode ser TAXA ou PRECcedilO PUacuteBLICO (TARIFA) dependendo das circunstacircncias e da maneira como for exigido

Entretanto pela complexidade da mateacuteria e pela diversidade de entendimentos seraacute necessaacuterio aguardar novos julgamentos do STF para uma melhor definiccedilatildeo jurisprudencial sobre o tema

CONTRIBUICcedilAtildeO DE MELHORIA

Art 145 III da CFArt 81 do CTN Art 3ordm do DeC-LEI 19567O tributo CONTRIBUICcedilAtildeO DE

MELHORIA tem como buacutessola para sua cobranccedila a proporccedilatildeo do benefiacutecio efetivamente experimentado pelo contribuinte decorrente de obra puacuteblica realizada pelo Poder Puacuteblico

O sujeito passivo eacute o proprietaacuterio do imoacutevel que circunvizinha a obra puacuteblica geradora de sua valorizaccedilatildeo tributaacuteria

Eacute imperativo que a cobranccedila do tributo cinja-se agrave aacuterea de influecircncia ou zona de beneficiamento

O fato gerador da contribuiccedilatildeo de melhoria reside na valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria experimentada pelos imoacuteveis adjacentes a uma obra puacuteblica

Para ensejar sua cobranccedila deve haver uma relaccedilatildeo direta entre a obra puacuteblica construiacuteda e a valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria dela decorrente

A base de caacutelculo significa o quantum de valorizaccedilatildeo acrescido ao imoacutevel em funccedilatildeo da obra puacuteblica realizada pela Administraccedilatildeo

A cobranccedila da contribuiccedilatildeo de melhoria encontra limitaccedilotildees em dois aspectos- O LIMITE INDIVIDUAL aponta para uma tutela da valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria de cada proprietaacuterio- O LIMITE GLOBAL impotildee que arrecadaccedilatildeo natildeo pode se situar acima do gasto despendido com a obra

EMPREacuteSTIMO COMPULSOacuteRIO Art 148 da CF

ldquoA Uniatildeo mediante lei complementar poderaacute instituir empreacutestimos compulsoacuteriosI ndash para atender a despesas extraordinaacuterias decorrentes de calamidade puacuteblica de guerra externa ou sua iminecircnciaII ndash no caso de investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional observado o disposto no art 150 III bParaacutegrafo uacutenico A aplicaccedilatildeo dos recursos provenientes de empreacutestimo compulsoacuterio seraacute vinculada agrave despesa que fundamentou sua instituiccedilatildeordquo

Eacute um ldquotributo com claacuteusula de restituiccedilatildeordquo (Pontes de Miranda)

Eacute de competecircncia exclusiva da Uniatildeo Tem natureza temporaacuteria subsistindo sua

cobranccedila enquanto existe o fundamento constitucional

Tendo em vista que o paraacutegrafo uacutenico do art 148 da CF atrela a arrecadaccedilatildeo do empreacutestimo compulsoacuterio agrave despesa que o respaldou natildeo se admite a ldquotredestinaccedilatildeordquo (desvio de finalidade) na gestatildeo de seus recursos

Pressupostos autorizativos

A) despesas extraordinaacuterias (incI)- A1) calamidade puacuteblica (maremotos teremotos enchentes incecircndios secas tufotildees ciclones etc)- A2) guerra externa (a expressatildeo indica os conflitos externos cuja deflagraccedilatildeo tenha sido provocada por paiacutes estrangeiro)

B) investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional (inc II)

Os pressupostos autorizativos NAtildeO se confundem com seu fato gerador

Isso porque o legislador constituinte natildeo apontou expressamente o fato gerador do empreacutestimo compulsoacuterio ficando a cargo da lei complementar selecionar o fato imponiacutevel especiacutefico apto a gerar para o contribuinte o dever de pagar o gravame

Assim o legislador federal agrave luz da Constituiccedilatildeo goza de larga liberdade de escolha para a definiccedilatildeo do fato gerador

CONTRIBUICcedilOtildeES

Segundo o art 149 da CF haacute

a) contribuiccedilotildees federais de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (caput)

b)contribuiccedilotildees estaduais distritais e municipais de competecircncia dos Estados DF e Municiacutepios (sect 1ordm)

c) contribuiccedilotildees municipais de competecircncia dos municiacutepios e DF (art 149-A da CF)

As CONTRIBUICcedilOtildeES satildeo gravames cuja destinaccedilatildeo se revele no financiamento de gastos especiacuteficos no contexto de intervenccedilatildeo do Estado nos campos social e econocircmico no cumprimento de ditames da poliacutetica de governo

Para Fernando Maida ldquoas contribuiccedilotildees extrafiscais deveratildeo atender as necessidades na conduccedilatildeo da economia ou correccedilatildeo de situaccedilotildees sociais indesejadas ou mesmo possibilidade de fomento a certas atividades ou ramo de atividades de acordo com o preceituado na Constituiccedilatildeo Jaacute as contribuiccedilotildees parafiscais satildeo aquelas que se destinam exclusivamente ao custeio de atividades paralelas agrave administraccedilatildeo puacuteblica diretardquo

O art 149 caput da CF designa as seguintes contribuiccedilotildees

a) contribuiccedilotildees SOCIAIS

b) contribuiccedilotildees de INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

c) contribuiccedilotildees de INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

Tambeacutem chamadas de contribuiccedilotildees PROFISSIONAIS ou CORPORATIVAS satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo

Haacute dois bons exemplos deste tributo- a contribuiccedilatildeo-anuidade- a contribuiccedilatildeo sindical

Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Page 11: ESPÉCIES DE TRIBUTOS Segundo Eduardo Sabbag. Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo

A TAXA DE POLIacuteCIA tambeacutem chamada de taxa de fiscalizaccedilatildeo seraacute exigida em razatildeo de atos de poliacutecia realizados pela Administraccedilatildeo Puacuteblica pelos mais diversos oacutergatildeos ou entidades fiscalizatoacuterias

Pagar-se-aacute tal TAXA em virtude do ldquoexerciacutecio regular do poder de poliacutecia administrativardquo tendente a limitar direitos ou liberdades individuais em benefiacutecio da coletividade

Exemplos de TAXA DE POLIacuteCIA (segundo Hugo Goes)

1048729 Taxa de inspeccedilatildeo sanitaacuteria ndash cobradas por exemplo de restaurantes bares etc em razatildeo da fiscalizaccedilatildeo realizada pelo poder puacuteblico

1048729 Taxa de obras em logradouros puacuteblicos1048729 Taxa de alvaraacute ndash cobrada em funccedilatildeo da

autorizaccedilatildeo que o Municiacutepio concede para que um estabelecimento possa se instalar em determinado local

1048729 Taxa de licenciamento de veiacuteculos1048729 Taxa de expediccedilatildeo de passaporte etc

TAXA DE SERVICcedilO Seraacute cobrada em razatildeo da prestaccedilatildeo estatal de um

serviccedilo puacuteblico especiacutefico e divisiacutevel Natildeo satildeo poucos os serviccedilos que preenchem os

requisitos ensejadores dessa taxa como serviccedilos de luz gaacutes esgotamento sanitaacuterio entre outros

Por conta dos requisitos essenciais agrave sua caracterizaccedilatildeo vaacuterios tributos ldquotentaramrdquo se enquadrarrdquo na categoria de TAXA DE SERVICcedilO quando deveriam ser custeados por impostos incorrendo na maioria das vezes em inconstitucionalidade Taxa de Seguranccedila Puacuteblica Taxa de Limpeza Puacuteblica Taxa de Iluminaccedilatildeo Puacuteblica

Exemplos de taxas cobradas em virtude da utilizaccedilatildeo de serviccedilos (segundo Hugo Goes)

1048729 Taxa de remoccedilatildeo de lixo domiciliar1048729 Taxa de coleta de esgoto1048729 Taxa judiciaacuteria

TAXA X TARIFAA TAXA natildeo se confunde com a TARIFA (ou

preccedilo puacuteblico) mesmo sendo ambas as prestaccedilotildees pecuniaacuterias tendentes a suprir de recursos os cofres estatais em face de serviccedilos puacuteblicos prestados

A TARIFA eacute o preccedilo de venda do bem exigido por empresas prestacionistas de serviccedilos puacuteblicos (concessionaacuterias ou permissionaacuterias) como se vendedoras fossem

Jaacute a TAXA eacute tributo imediatamente vinculado agrave accedilatildeo estatal

Se houver evidente vinculaccedilatildeo do serviccedilo com o desempenho de funccedilatildeo estatal teremos a TAXA

Por outro lado se houver desvinculaccedilatildeo deste serviccedilo com a accedilatildeo estatal inexistindo oacutebice ao desempenho da atividade por particulares teremos a TARIFA

Assim sempre que o serviccedilo especiacutefico e divisiacutevel deva ser prestado diretamente pela Administraccedilatildeo Puacuteblica por imposiccedilatildeo constitucional ou legal o regime seraacute o de TAXA

Nos casos em que a execuccedilatildeo do serviccedilo puder ser delegada a outra entidade puacuteblica ou privada o legislador poderaacute optar entre o regime de TAXA e o de TARIFA

Exemplos de TARIFAS a tarifa postal telegraacutefica de transportes telefocircnica de gaacutes de fornecimento de aacutegua e outras

V quadro esquemaacutetico pp 5859

PEDAacuteGIOA doutrina diverge quanto agrave natureza juriacutedica do

PEDAacuteGIO entendendo alguns trata-se de TAXA enquanto outros entendem trata-se de TARIFA

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo comumente exigida por concessionaacuterias isto eacute por pessoas juriacutedicas de direito privado que se colocam na condiccedilatildeo de ldquosujeitos ativosrdquo ndash um paradoxo inconcebiacutevel no campo da obrigaccedilatildeo tributaacuteria

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo instituiacuteda e reajustada por atos diversos de lei afastando a feiccedilatildeo tributaacuteria

Havendo a inexistecircncia de vias alternativas a exaccedilatildeo se torna compulsoacuteria aproximando-a de uma TAXA

Analisando a questatildeo pode-se dizer que caso a administraccedilatildeo da via puacuteblica objeto de cobranccedila do PEDAacuteGIO seja feita por oacutergatildeo da administraccedilatildeo direta (autarquia ou empresa controlada por Estado como DER) a exaccedilatildeo deve ser considerada uma TAXA

Por outro lado se a via for explorada por entidade particular (concessionaacuterias permissionaacuterias) poderaacute haver uma escolha da exaccedilatildeo pelo legislador ndash se PEDAacuteGIO-TAXA ou PEDAacuteGIO-TARIFA

Em conclusatildeo o PEDAacuteGIO pode ser TAXA ou PRECcedilO PUacuteBLICO (TARIFA) dependendo das circunstacircncias e da maneira como for exigido

Entretanto pela complexidade da mateacuteria e pela diversidade de entendimentos seraacute necessaacuterio aguardar novos julgamentos do STF para uma melhor definiccedilatildeo jurisprudencial sobre o tema

CONTRIBUICcedilAtildeO DE MELHORIA

Art 145 III da CFArt 81 do CTN Art 3ordm do DeC-LEI 19567O tributo CONTRIBUICcedilAtildeO DE

MELHORIA tem como buacutessola para sua cobranccedila a proporccedilatildeo do benefiacutecio efetivamente experimentado pelo contribuinte decorrente de obra puacuteblica realizada pelo Poder Puacuteblico

O sujeito passivo eacute o proprietaacuterio do imoacutevel que circunvizinha a obra puacuteblica geradora de sua valorizaccedilatildeo tributaacuteria

Eacute imperativo que a cobranccedila do tributo cinja-se agrave aacuterea de influecircncia ou zona de beneficiamento

O fato gerador da contribuiccedilatildeo de melhoria reside na valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria experimentada pelos imoacuteveis adjacentes a uma obra puacuteblica

Para ensejar sua cobranccedila deve haver uma relaccedilatildeo direta entre a obra puacuteblica construiacuteda e a valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria dela decorrente

A base de caacutelculo significa o quantum de valorizaccedilatildeo acrescido ao imoacutevel em funccedilatildeo da obra puacuteblica realizada pela Administraccedilatildeo

A cobranccedila da contribuiccedilatildeo de melhoria encontra limitaccedilotildees em dois aspectos- O LIMITE INDIVIDUAL aponta para uma tutela da valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria de cada proprietaacuterio- O LIMITE GLOBAL impotildee que arrecadaccedilatildeo natildeo pode se situar acima do gasto despendido com a obra

EMPREacuteSTIMO COMPULSOacuteRIO Art 148 da CF

ldquoA Uniatildeo mediante lei complementar poderaacute instituir empreacutestimos compulsoacuteriosI ndash para atender a despesas extraordinaacuterias decorrentes de calamidade puacuteblica de guerra externa ou sua iminecircnciaII ndash no caso de investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional observado o disposto no art 150 III bParaacutegrafo uacutenico A aplicaccedilatildeo dos recursos provenientes de empreacutestimo compulsoacuterio seraacute vinculada agrave despesa que fundamentou sua instituiccedilatildeordquo

Eacute um ldquotributo com claacuteusula de restituiccedilatildeordquo (Pontes de Miranda)

Eacute de competecircncia exclusiva da Uniatildeo Tem natureza temporaacuteria subsistindo sua

cobranccedila enquanto existe o fundamento constitucional

Tendo em vista que o paraacutegrafo uacutenico do art 148 da CF atrela a arrecadaccedilatildeo do empreacutestimo compulsoacuterio agrave despesa que o respaldou natildeo se admite a ldquotredestinaccedilatildeordquo (desvio de finalidade) na gestatildeo de seus recursos

Pressupostos autorizativos

A) despesas extraordinaacuterias (incI)- A1) calamidade puacuteblica (maremotos teremotos enchentes incecircndios secas tufotildees ciclones etc)- A2) guerra externa (a expressatildeo indica os conflitos externos cuja deflagraccedilatildeo tenha sido provocada por paiacutes estrangeiro)

B) investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional (inc II)

Os pressupostos autorizativos NAtildeO se confundem com seu fato gerador

Isso porque o legislador constituinte natildeo apontou expressamente o fato gerador do empreacutestimo compulsoacuterio ficando a cargo da lei complementar selecionar o fato imponiacutevel especiacutefico apto a gerar para o contribuinte o dever de pagar o gravame

Assim o legislador federal agrave luz da Constituiccedilatildeo goza de larga liberdade de escolha para a definiccedilatildeo do fato gerador

CONTRIBUICcedilOtildeES

Segundo o art 149 da CF haacute

a) contribuiccedilotildees federais de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (caput)

b)contribuiccedilotildees estaduais distritais e municipais de competecircncia dos Estados DF e Municiacutepios (sect 1ordm)

c) contribuiccedilotildees municipais de competecircncia dos municiacutepios e DF (art 149-A da CF)

As CONTRIBUICcedilOtildeES satildeo gravames cuja destinaccedilatildeo se revele no financiamento de gastos especiacuteficos no contexto de intervenccedilatildeo do Estado nos campos social e econocircmico no cumprimento de ditames da poliacutetica de governo

Para Fernando Maida ldquoas contribuiccedilotildees extrafiscais deveratildeo atender as necessidades na conduccedilatildeo da economia ou correccedilatildeo de situaccedilotildees sociais indesejadas ou mesmo possibilidade de fomento a certas atividades ou ramo de atividades de acordo com o preceituado na Constituiccedilatildeo Jaacute as contribuiccedilotildees parafiscais satildeo aquelas que se destinam exclusivamente ao custeio de atividades paralelas agrave administraccedilatildeo puacuteblica diretardquo

O art 149 caput da CF designa as seguintes contribuiccedilotildees

a) contribuiccedilotildees SOCIAIS

b) contribuiccedilotildees de INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

c) contribuiccedilotildees de INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

Tambeacutem chamadas de contribuiccedilotildees PROFISSIONAIS ou CORPORATIVAS satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo

Haacute dois bons exemplos deste tributo- a contribuiccedilatildeo-anuidade- a contribuiccedilatildeo sindical

Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Page 12: ESPÉCIES DE TRIBUTOS Segundo Eduardo Sabbag. Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo

Exemplos de TAXA DE POLIacuteCIA (segundo Hugo Goes)

1048729 Taxa de inspeccedilatildeo sanitaacuteria ndash cobradas por exemplo de restaurantes bares etc em razatildeo da fiscalizaccedilatildeo realizada pelo poder puacuteblico

1048729 Taxa de obras em logradouros puacuteblicos1048729 Taxa de alvaraacute ndash cobrada em funccedilatildeo da

autorizaccedilatildeo que o Municiacutepio concede para que um estabelecimento possa se instalar em determinado local

1048729 Taxa de licenciamento de veiacuteculos1048729 Taxa de expediccedilatildeo de passaporte etc

TAXA DE SERVICcedilO Seraacute cobrada em razatildeo da prestaccedilatildeo estatal de um

serviccedilo puacuteblico especiacutefico e divisiacutevel Natildeo satildeo poucos os serviccedilos que preenchem os

requisitos ensejadores dessa taxa como serviccedilos de luz gaacutes esgotamento sanitaacuterio entre outros

Por conta dos requisitos essenciais agrave sua caracterizaccedilatildeo vaacuterios tributos ldquotentaramrdquo se enquadrarrdquo na categoria de TAXA DE SERVICcedilO quando deveriam ser custeados por impostos incorrendo na maioria das vezes em inconstitucionalidade Taxa de Seguranccedila Puacuteblica Taxa de Limpeza Puacuteblica Taxa de Iluminaccedilatildeo Puacuteblica

Exemplos de taxas cobradas em virtude da utilizaccedilatildeo de serviccedilos (segundo Hugo Goes)

1048729 Taxa de remoccedilatildeo de lixo domiciliar1048729 Taxa de coleta de esgoto1048729 Taxa judiciaacuteria

TAXA X TARIFAA TAXA natildeo se confunde com a TARIFA (ou

preccedilo puacuteblico) mesmo sendo ambas as prestaccedilotildees pecuniaacuterias tendentes a suprir de recursos os cofres estatais em face de serviccedilos puacuteblicos prestados

A TARIFA eacute o preccedilo de venda do bem exigido por empresas prestacionistas de serviccedilos puacuteblicos (concessionaacuterias ou permissionaacuterias) como se vendedoras fossem

Jaacute a TAXA eacute tributo imediatamente vinculado agrave accedilatildeo estatal

Se houver evidente vinculaccedilatildeo do serviccedilo com o desempenho de funccedilatildeo estatal teremos a TAXA

Por outro lado se houver desvinculaccedilatildeo deste serviccedilo com a accedilatildeo estatal inexistindo oacutebice ao desempenho da atividade por particulares teremos a TARIFA

Assim sempre que o serviccedilo especiacutefico e divisiacutevel deva ser prestado diretamente pela Administraccedilatildeo Puacuteblica por imposiccedilatildeo constitucional ou legal o regime seraacute o de TAXA

Nos casos em que a execuccedilatildeo do serviccedilo puder ser delegada a outra entidade puacuteblica ou privada o legislador poderaacute optar entre o regime de TAXA e o de TARIFA

Exemplos de TARIFAS a tarifa postal telegraacutefica de transportes telefocircnica de gaacutes de fornecimento de aacutegua e outras

V quadro esquemaacutetico pp 5859

PEDAacuteGIOA doutrina diverge quanto agrave natureza juriacutedica do

PEDAacuteGIO entendendo alguns trata-se de TAXA enquanto outros entendem trata-se de TARIFA

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo comumente exigida por concessionaacuterias isto eacute por pessoas juriacutedicas de direito privado que se colocam na condiccedilatildeo de ldquosujeitos ativosrdquo ndash um paradoxo inconcebiacutevel no campo da obrigaccedilatildeo tributaacuteria

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo instituiacuteda e reajustada por atos diversos de lei afastando a feiccedilatildeo tributaacuteria

Havendo a inexistecircncia de vias alternativas a exaccedilatildeo se torna compulsoacuteria aproximando-a de uma TAXA

Analisando a questatildeo pode-se dizer que caso a administraccedilatildeo da via puacuteblica objeto de cobranccedila do PEDAacuteGIO seja feita por oacutergatildeo da administraccedilatildeo direta (autarquia ou empresa controlada por Estado como DER) a exaccedilatildeo deve ser considerada uma TAXA

Por outro lado se a via for explorada por entidade particular (concessionaacuterias permissionaacuterias) poderaacute haver uma escolha da exaccedilatildeo pelo legislador ndash se PEDAacuteGIO-TAXA ou PEDAacuteGIO-TARIFA

Em conclusatildeo o PEDAacuteGIO pode ser TAXA ou PRECcedilO PUacuteBLICO (TARIFA) dependendo das circunstacircncias e da maneira como for exigido

Entretanto pela complexidade da mateacuteria e pela diversidade de entendimentos seraacute necessaacuterio aguardar novos julgamentos do STF para uma melhor definiccedilatildeo jurisprudencial sobre o tema

CONTRIBUICcedilAtildeO DE MELHORIA

Art 145 III da CFArt 81 do CTN Art 3ordm do DeC-LEI 19567O tributo CONTRIBUICcedilAtildeO DE

MELHORIA tem como buacutessola para sua cobranccedila a proporccedilatildeo do benefiacutecio efetivamente experimentado pelo contribuinte decorrente de obra puacuteblica realizada pelo Poder Puacuteblico

O sujeito passivo eacute o proprietaacuterio do imoacutevel que circunvizinha a obra puacuteblica geradora de sua valorizaccedilatildeo tributaacuteria

Eacute imperativo que a cobranccedila do tributo cinja-se agrave aacuterea de influecircncia ou zona de beneficiamento

O fato gerador da contribuiccedilatildeo de melhoria reside na valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria experimentada pelos imoacuteveis adjacentes a uma obra puacuteblica

Para ensejar sua cobranccedila deve haver uma relaccedilatildeo direta entre a obra puacuteblica construiacuteda e a valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria dela decorrente

A base de caacutelculo significa o quantum de valorizaccedilatildeo acrescido ao imoacutevel em funccedilatildeo da obra puacuteblica realizada pela Administraccedilatildeo

A cobranccedila da contribuiccedilatildeo de melhoria encontra limitaccedilotildees em dois aspectos- O LIMITE INDIVIDUAL aponta para uma tutela da valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria de cada proprietaacuterio- O LIMITE GLOBAL impotildee que arrecadaccedilatildeo natildeo pode se situar acima do gasto despendido com a obra

EMPREacuteSTIMO COMPULSOacuteRIO Art 148 da CF

ldquoA Uniatildeo mediante lei complementar poderaacute instituir empreacutestimos compulsoacuteriosI ndash para atender a despesas extraordinaacuterias decorrentes de calamidade puacuteblica de guerra externa ou sua iminecircnciaII ndash no caso de investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional observado o disposto no art 150 III bParaacutegrafo uacutenico A aplicaccedilatildeo dos recursos provenientes de empreacutestimo compulsoacuterio seraacute vinculada agrave despesa que fundamentou sua instituiccedilatildeordquo

Eacute um ldquotributo com claacuteusula de restituiccedilatildeordquo (Pontes de Miranda)

Eacute de competecircncia exclusiva da Uniatildeo Tem natureza temporaacuteria subsistindo sua

cobranccedila enquanto existe o fundamento constitucional

Tendo em vista que o paraacutegrafo uacutenico do art 148 da CF atrela a arrecadaccedilatildeo do empreacutestimo compulsoacuterio agrave despesa que o respaldou natildeo se admite a ldquotredestinaccedilatildeordquo (desvio de finalidade) na gestatildeo de seus recursos

Pressupostos autorizativos

A) despesas extraordinaacuterias (incI)- A1) calamidade puacuteblica (maremotos teremotos enchentes incecircndios secas tufotildees ciclones etc)- A2) guerra externa (a expressatildeo indica os conflitos externos cuja deflagraccedilatildeo tenha sido provocada por paiacutes estrangeiro)

B) investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional (inc II)

Os pressupostos autorizativos NAtildeO se confundem com seu fato gerador

Isso porque o legislador constituinte natildeo apontou expressamente o fato gerador do empreacutestimo compulsoacuterio ficando a cargo da lei complementar selecionar o fato imponiacutevel especiacutefico apto a gerar para o contribuinte o dever de pagar o gravame

Assim o legislador federal agrave luz da Constituiccedilatildeo goza de larga liberdade de escolha para a definiccedilatildeo do fato gerador

CONTRIBUICcedilOtildeES

Segundo o art 149 da CF haacute

a) contribuiccedilotildees federais de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (caput)

b)contribuiccedilotildees estaduais distritais e municipais de competecircncia dos Estados DF e Municiacutepios (sect 1ordm)

c) contribuiccedilotildees municipais de competecircncia dos municiacutepios e DF (art 149-A da CF)

As CONTRIBUICcedilOtildeES satildeo gravames cuja destinaccedilatildeo se revele no financiamento de gastos especiacuteficos no contexto de intervenccedilatildeo do Estado nos campos social e econocircmico no cumprimento de ditames da poliacutetica de governo

Para Fernando Maida ldquoas contribuiccedilotildees extrafiscais deveratildeo atender as necessidades na conduccedilatildeo da economia ou correccedilatildeo de situaccedilotildees sociais indesejadas ou mesmo possibilidade de fomento a certas atividades ou ramo de atividades de acordo com o preceituado na Constituiccedilatildeo Jaacute as contribuiccedilotildees parafiscais satildeo aquelas que se destinam exclusivamente ao custeio de atividades paralelas agrave administraccedilatildeo puacuteblica diretardquo

O art 149 caput da CF designa as seguintes contribuiccedilotildees

a) contribuiccedilotildees SOCIAIS

b) contribuiccedilotildees de INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

c) contribuiccedilotildees de INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

Tambeacutem chamadas de contribuiccedilotildees PROFISSIONAIS ou CORPORATIVAS satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo

Haacute dois bons exemplos deste tributo- a contribuiccedilatildeo-anuidade- a contribuiccedilatildeo sindical

Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Page 13: ESPÉCIES DE TRIBUTOS Segundo Eduardo Sabbag. Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo

TAXA DE SERVICcedilO Seraacute cobrada em razatildeo da prestaccedilatildeo estatal de um

serviccedilo puacuteblico especiacutefico e divisiacutevel Natildeo satildeo poucos os serviccedilos que preenchem os

requisitos ensejadores dessa taxa como serviccedilos de luz gaacutes esgotamento sanitaacuterio entre outros

Por conta dos requisitos essenciais agrave sua caracterizaccedilatildeo vaacuterios tributos ldquotentaramrdquo se enquadrarrdquo na categoria de TAXA DE SERVICcedilO quando deveriam ser custeados por impostos incorrendo na maioria das vezes em inconstitucionalidade Taxa de Seguranccedila Puacuteblica Taxa de Limpeza Puacuteblica Taxa de Iluminaccedilatildeo Puacuteblica

Exemplos de taxas cobradas em virtude da utilizaccedilatildeo de serviccedilos (segundo Hugo Goes)

1048729 Taxa de remoccedilatildeo de lixo domiciliar1048729 Taxa de coleta de esgoto1048729 Taxa judiciaacuteria

TAXA X TARIFAA TAXA natildeo se confunde com a TARIFA (ou

preccedilo puacuteblico) mesmo sendo ambas as prestaccedilotildees pecuniaacuterias tendentes a suprir de recursos os cofres estatais em face de serviccedilos puacuteblicos prestados

A TARIFA eacute o preccedilo de venda do bem exigido por empresas prestacionistas de serviccedilos puacuteblicos (concessionaacuterias ou permissionaacuterias) como se vendedoras fossem

Jaacute a TAXA eacute tributo imediatamente vinculado agrave accedilatildeo estatal

Se houver evidente vinculaccedilatildeo do serviccedilo com o desempenho de funccedilatildeo estatal teremos a TAXA

Por outro lado se houver desvinculaccedilatildeo deste serviccedilo com a accedilatildeo estatal inexistindo oacutebice ao desempenho da atividade por particulares teremos a TARIFA

Assim sempre que o serviccedilo especiacutefico e divisiacutevel deva ser prestado diretamente pela Administraccedilatildeo Puacuteblica por imposiccedilatildeo constitucional ou legal o regime seraacute o de TAXA

Nos casos em que a execuccedilatildeo do serviccedilo puder ser delegada a outra entidade puacuteblica ou privada o legislador poderaacute optar entre o regime de TAXA e o de TARIFA

Exemplos de TARIFAS a tarifa postal telegraacutefica de transportes telefocircnica de gaacutes de fornecimento de aacutegua e outras

V quadro esquemaacutetico pp 5859

PEDAacuteGIOA doutrina diverge quanto agrave natureza juriacutedica do

PEDAacuteGIO entendendo alguns trata-se de TAXA enquanto outros entendem trata-se de TARIFA

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo comumente exigida por concessionaacuterias isto eacute por pessoas juriacutedicas de direito privado que se colocam na condiccedilatildeo de ldquosujeitos ativosrdquo ndash um paradoxo inconcebiacutevel no campo da obrigaccedilatildeo tributaacuteria

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo instituiacuteda e reajustada por atos diversos de lei afastando a feiccedilatildeo tributaacuteria

Havendo a inexistecircncia de vias alternativas a exaccedilatildeo se torna compulsoacuteria aproximando-a de uma TAXA

Analisando a questatildeo pode-se dizer que caso a administraccedilatildeo da via puacuteblica objeto de cobranccedila do PEDAacuteGIO seja feita por oacutergatildeo da administraccedilatildeo direta (autarquia ou empresa controlada por Estado como DER) a exaccedilatildeo deve ser considerada uma TAXA

Por outro lado se a via for explorada por entidade particular (concessionaacuterias permissionaacuterias) poderaacute haver uma escolha da exaccedilatildeo pelo legislador ndash se PEDAacuteGIO-TAXA ou PEDAacuteGIO-TARIFA

Em conclusatildeo o PEDAacuteGIO pode ser TAXA ou PRECcedilO PUacuteBLICO (TARIFA) dependendo das circunstacircncias e da maneira como for exigido

Entretanto pela complexidade da mateacuteria e pela diversidade de entendimentos seraacute necessaacuterio aguardar novos julgamentos do STF para uma melhor definiccedilatildeo jurisprudencial sobre o tema

CONTRIBUICcedilAtildeO DE MELHORIA

Art 145 III da CFArt 81 do CTN Art 3ordm do DeC-LEI 19567O tributo CONTRIBUICcedilAtildeO DE

MELHORIA tem como buacutessola para sua cobranccedila a proporccedilatildeo do benefiacutecio efetivamente experimentado pelo contribuinte decorrente de obra puacuteblica realizada pelo Poder Puacuteblico

O sujeito passivo eacute o proprietaacuterio do imoacutevel que circunvizinha a obra puacuteblica geradora de sua valorizaccedilatildeo tributaacuteria

Eacute imperativo que a cobranccedila do tributo cinja-se agrave aacuterea de influecircncia ou zona de beneficiamento

O fato gerador da contribuiccedilatildeo de melhoria reside na valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria experimentada pelos imoacuteveis adjacentes a uma obra puacuteblica

Para ensejar sua cobranccedila deve haver uma relaccedilatildeo direta entre a obra puacuteblica construiacuteda e a valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria dela decorrente

A base de caacutelculo significa o quantum de valorizaccedilatildeo acrescido ao imoacutevel em funccedilatildeo da obra puacuteblica realizada pela Administraccedilatildeo

A cobranccedila da contribuiccedilatildeo de melhoria encontra limitaccedilotildees em dois aspectos- O LIMITE INDIVIDUAL aponta para uma tutela da valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria de cada proprietaacuterio- O LIMITE GLOBAL impotildee que arrecadaccedilatildeo natildeo pode se situar acima do gasto despendido com a obra

EMPREacuteSTIMO COMPULSOacuteRIO Art 148 da CF

ldquoA Uniatildeo mediante lei complementar poderaacute instituir empreacutestimos compulsoacuteriosI ndash para atender a despesas extraordinaacuterias decorrentes de calamidade puacuteblica de guerra externa ou sua iminecircnciaII ndash no caso de investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional observado o disposto no art 150 III bParaacutegrafo uacutenico A aplicaccedilatildeo dos recursos provenientes de empreacutestimo compulsoacuterio seraacute vinculada agrave despesa que fundamentou sua instituiccedilatildeordquo

Eacute um ldquotributo com claacuteusula de restituiccedilatildeordquo (Pontes de Miranda)

Eacute de competecircncia exclusiva da Uniatildeo Tem natureza temporaacuteria subsistindo sua

cobranccedila enquanto existe o fundamento constitucional

Tendo em vista que o paraacutegrafo uacutenico do art 148 da CF atrela a arrecadaccedilatildeo do empreacutestimo compulsoacuterio agrave despesa que o respaldou natildeo se admite a ldquotredestinaccedilatildeordquo (desvio de finalidade) na gestatildeo de seus recursos

Pressupostos autorizativos

A) despesas extraordinaacuterias (incI)- A1) calamidade puacuteblica (maremotos teremotos enchentes incecircndios secas tufotildees ciclones etc)- A2) guerra externa (a expressatildeo indica os conflitos externos cuja deflagraccedilatildeo tenha sido provocada por paiacutes estrangeiro)

B) investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional (inc II)

Os pressupostos autorizativos NAtildeO se confundem com seu fato gerador

Isso porque o legislador constituinte natildeo apontou expressamente o fato gerador do empreacutestimo compulsoacuterio ficando a cargo da lei complementar selecionar o fato imponiacutevel especiacutefico apto a gerar para o contribuinte o dever de pagar o gravame

Assim o legislador federal agrave luz da Constituiccedilatildeo goza de larga liberdade de escolha para a definiccedilatildeo do fato gerador

CONTRIBUICcedilOtildeES

Segundo o art 149 da CF haacute

a) contribuiccedilotildees federais de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (caput)

b)contribuiccedilotildees estaduais distritais e municipais de competecircncia dos Estados DF e Municiacutepios (sect 1ordm)

c) contribuiccedilotildees municipais de competecircncia dos municiacutepios e DF (art 149-A da CF)

As CONTRIBUICcedilOtildeES satildeo gravames cuja destinaccedilatildeo se revele no financiamento de gastos especiacuteficos no contexto de intervenccedilatildeo do Estado nos campos social e econocircmico no cumprimento de ditames da poliacutetica de governo

Para Fernando Maida ldquoas contribuiccedilotildees extrafiscais deveratildeo atender as necessidades na conduccedilatildeo da economia ou correccedilatildeo de situaccedilotildees sociais indesejadas ou mesmo possibilidade de fomento a certas atividades ou ramo de atividades de acordo com o preceituado na Constituiccedilatildeo Jaacute as contribuiccedilotildees parafiscais satildeo aquelas que se destinam exclusivamente ao custeio de atividades paralelas agrave administraccedilatildeo puacuteblica diretardquo

O art 149 caput da CF designa as seguintes contribuiccedilotildees

a) contribuiccedilotildees SOCIAIS

b) contribuiccedilotildees de INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

c) contribuiccedilotildees de INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

Tambeacutem chamadas de contribuiccedilotildees PROFISSIONAIS ou CORPORATIVAS satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo

Haacute dois bons exemplos deste tributo- a contribuiccedilatildeo-anuidade- a contribuiccedilatildeo sindical

Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Page 14: ESPÉCIES DE TRIBUTOS Segundo Eduardo Sabbag. Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo

Exemplos de taxas cobradas em virtude da utilizaccedilatildeo de serviccedilos (segundo Hugo Goes)

1048729 Taxa de remoccedilatildeo de lixo domiciliar1048729 Taxa de coleta de esgoto1048729 Taxa judiciaacuteria

TAXA X TARIFAA TAXA natildeo se confunde com a TARIFA (ou

preccedilo puacuteblico) mesmo sendo ambas as prestaccedilotildees pecuniaacuterias tendentes a suprir de recursos os cofres estatais em face de serviccedilos puacuteblicos prestados

A TARIFA eacute o preccedilo de venda do bem exigido por empresas prestacionistas de serviccedilos puacuteblicos (concessionaacuterias ou permissionaacuterias) como se vendedoras fossem

Jaacute a TAXA eacute tributo imediatamente vinculado agrave accedilatildeo estatal

Se houver evidente vinculaccedilatildeo do serviccedilo com o desempenho de funccedilatildeo estatal teremos a TAXA

Por outro lado se houver desvinculaccedilatildeo deste serviccedilo com a accedilatildeo estatal inexistindo oacutebice ao desempenho da atividade por particulares teremos a TARIFA

Assim sempre que o serviccedilo especiacutefico e divisiacutevel deva ser prestado diretamente pela Administraccedilatildeo Puacuteblica por imposiccedilatildeo constitucional ou legal o regime seraacute o de TAXA

Nos casos em que a execuccedilatildeo do serviccedilo puder ser delegada a outra entidade puacuteblica ou privada o legislador poderaacute optar entre o regime de TAXA e o de TARIFA

Exemplos de TARIFAS a tarifa postal telegraacutefica de transportes telefocircnica de gaacutes de fornecimento de aacutegua e outras

V quadro esquemaacutetico pp 5859

PEDAacuteGIOA doutrina diverge quanto agrave natureza juriacutedica do

PEDAacuteGIO entendendo alguns trata-se de TAXA enquanto outros entendem trata-se de TARIFA

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo comumente exigida por concessionaacuterias isto eacute por pessoas juriacutedicas de direito privado que se colocam na condiccedilatildeo de ldquosujeitos ativosrdquo ndash um paradoxo inconcebiacutevel no campo da obrigaccedilatildeo tributaacuteria

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo instituiacuteda e reajustada por atos diversos de lei afastando a feiccedilatildeo tributaacuteria

Havendo a inexistecircncia de vias alternativas a exaccedilatildeo se torna compulsoacuteria aproximando-a de uma TAXA

Analisando a questatildeo pode-se dizer que caso a administraccedilatildeo da via puacuteblica objeto de cobranccedila do PEDAacuteGIO seja feita por oacutergatildeo da administraccedilatildeo direta (autarquia ou empresa controlada por Estado como DER) a exaccedilatildeo deve ser considerada uma TAXA

Por outro lado se a via for explorada por entidade particular (concessionaacuterias permissionaacuterias) poderaacute haver uma escolha da exaccedilatildeo pelo legislador ndash se PEDAacuteGIO-TAXA ou PEDAacuteGIO-TARIFA

Em conclusatildeo o PEDAacuteGIO pode ser TAXA ou PRECcedilO PUacuteBLICO (TARIFA) dependendo das circunstacircncias e da maneira como for exigido

Entretanto pela complexidade da mateacuteria e pela diversidade de entendimentos seraacute necessaacuterio aguardar novos julgamentos do STF para uma melhor definiccedilatildeo jurisprudencial sobre o tema

CONTRIBUICcedilAtildeO DE MELHORIA

Art 145 III da CFArt 81 do CTN Art 3ordm do DeC-LEI 19567O tributo CONTRIBUICcedilAtildeO DE

MELHORIA tem como buacutessola para sua cobranccedila a proporccedilatildeo do benefiacutecio efetivamente experimentado pelo contribuinte decorrente de obra puacuteblica realizada pelo Poder Puacuteblico

O sujeito passivo eacute o proprietaacuterio do imoacutevel que circunvizinha a obra puacuteblica geradora de sua valorizaccedilatildeo tributaacuteria

Eacute imperativo que a cobranccedila do tributo cinja-se agrave aacuterea de influecircncia ou zona de beneficiamento

O fato gerador da contribuiccedilatildeo de melhoria reside na valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria experimentada pelos imoacuteveis adjacentes a uma obra puacuteblica

Para ensejar sua cobranccedila deve haver uma relaccedilatildeo direta entre a obra puacuteblica construiacuteda e a valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria dela decorrente

A base de caacutelculo significa o quantum de valorizaccedilatildeo acrescido ao imoacutevel em funccedilatildeo da obra puacuteblica realizada pela Administraccedilatildeo

A cobranccedila da contribuiccedilatildeo de melhoria encontra limitaccedilotildees em dois aspectos- O LIMITE INDIVIDUAL aponta para uma tutela da valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria de cada proprietaacuterio- O LIMITE GLOBAL impotildee que arrecadaccedilatildeo natildeo pode se situar acima do gasto despendido com a obra

EMPREacuteSTIMO COMPULSOacuteRIO Art 148 da CF

ldquoA Uniatildeo mediante lei complementar poderaacute instituir empreacutestimos compulsoacuteriosI ndash para atender a despesas extraordinaacuterias decorrentes de calamidade puacuteblica de guerra externa ou sua iminecircnciaII ndash no caso de investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional observado o disposto no art 150 III bParaacutegrafo uacutenico A aplicaccedilatildeo dos recursos provenientes de empreacutestimo compulsoacuterio seraacute vinculada agrave despesa que fundamentou sua instituiccedilatildeordquo

Eacute um ldquotributo com claacuteusula de restituiccedilatildeordquo (Pontes de Miranda)

Eacute de competecircncia exclusiva da Uniatildeo Tem natureza temporaacuteria subsistindo sua

cobranccedila enquanto existe o fundamento constitucional

Tendo em vista que o paraacutegrafo uacutenico do art 148 da CF atrela a arrecadaccedilatildeo do empreacutestimo compulsoacuterio agrave despesa que o respaldou natildeo se admite a ldquotredestinaccedilatildeordquo (desvio de finalidade) na gestatildeo de seus recursos

Pressupostos autorizativos

A) despesas extraordinaacuterias (incI)- A1) calamidade puacuteblica (maremotos teremotos enchentes incecircndios secas tufotildees ciclones etc)- A2) guerra externa (a expressatildeo indica os conflitos externos cuja deflagraccedilatildeo tenha sido provocada por paiacutes estrangeiro)

B) investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional (inc II)

Os pressupostos autorizativos NAtildeO se confundem com seu fato gerador

Isso porque o legislador constituinte natildeo apontou expressamente o fato gerador do empreacutestimo compulsoacuterio ficando a cargo da lei complementar selecionar o fato imponiacutevel especiacutefico apto a gerar para o contribuinte o dever de pagar o gravame

Assim o legislador federal agrave luz da Constituiccedilatildeo goza de larga liberdade de escolha para a definiccedilatildeo do fato gerador

CONTRIBUICcedilOtildeES

Segundo o art 149 da CF haacute

a) contribuiccedilotildees federais de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (caput)

b)contribuiccedilotildees estaduais distritais e municipais de competecircncia dos Estados DF e Municiacutepios (sect 1ordm)

c) contribuiccedilotildees municipais de competecircncia dos municiacutepios e DF (art 149-A da CF)

As CONTRIBUICcedilOtildeES satildeo gravames cuja destinaccedilatildeo se revele no financiamento de gastos especiacuteficos no contexto de intervenccedilatildeo do Estado nos campos social e econocircmico no cumprimento de ditames da poliacutetica de governo

Para Fernando Maida ldquoas contribuiccedilotildees extrafiscais deveratildeo atender as necessidades na conduccedilatildeo da economia ou correccedilatildeo de situaccedilotildees sociais indesejadas ou mesmo possibilidade de fomento a certas atividades ou ramo de atividades de acordo com o preceituado na Constituiccedilatildeo Jaacute as contribuiccedilotildees parafiscais satildeo aquelas que se destinam exclusivamente ao custeio de atividades paralelas agrave administraccedilatildeo puacuteblica diretardquo

O art 149 caput da CF designa as seguintes contribuiccedilotildees

a) contribuiccedilotildees SOCIAIS

b) contribuiccedilotildees de INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

c) contribuiccedilotildees de INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

Tambeacutem chamadas de contribuiccedilotildees PROFISSIONAIS ou CORPORATIVAS satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo

Haacute dois bons exemplos deste tributo- a contribuiccedilatildeo-anuidade- a contribuiccedilatildeo sindical

Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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TAXA X TARIFAA TAXA natildeo se confunde com a TARIFA (ou

preccedilo puacuteblico) mesmo sendo ambas as prestaccedilotildees pecuniaacuterias tendentes a suprir de recursos os cofres estatais em face de serviccedilos puacuteblicos prestados

A TARIFA eacute o preccedilo de venda do bem exigido por empresas prestacionistas de serviccedilos puacuteblicos (concessionaacuterias ou permissionaacuterias) como se vendedoras fossem

Jaacute a TAXA eacute tributo imediatamente vinculado agrave accedilatildeo estatal

Se houver evidente vinculaccedilatildeo do serviccedilo com o desempenho de funccedilatildeo estatal teremos a TAXA

Por outro lado se houver desvinculaccedilatildeo deste serviccedilo com a accedilatildeo estatal inexistindo oacutebice ao desempenho da atividade por particulares teremos a TARIFA

Assim sempre que o serviccedilo especiacutefico e divisiacutevel deva ser prestado diretamente pela Administraccedilatildeo Puacuteblica por imposiccedilatildeo constitucional ou legal o regime seraacute o de TAXA

Nos casos em que a execuccedilatildeo do serviccedilo puder ser delegada a outra entidade puacuteblica ou privada o legislador poderaacute optar entre o regime de TAXA e o de TARIFA

Exemplos de TARIFAS a tarifa postal telegraacutefica de transportes telefocircnica de gaacutes de fornecimento de aacutegua e outras

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PEDAacuteGIOA doutrina diverge quanto agrave natureza juriacutedica do

PEDAacuteGIO entendendo alguns trata-se de TAXA enquanto outros entendem trata-se de TARIFA

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo comumente exigida por concessionaacuterias isto eacute por pessoas juriacutedicas de direito privado que se colocam na condiccedilatildeo de ldquosujeitos ativosrdquo ndash um paradoxo inconcebiacutevel no campo da obrigaccedilatildeo tributaacuteria

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo instituiacuteda e reajustada por atos diversos de lei afastando a feiccedilatildeo tributaacuteria

Havendo a inexistecircncia de vias alternativas a exaccedilatildeo se torna compulsoacuteria aproximando-a de uma TAXA

Analisando a questatildeo pode-se dizer que caso a administraccedilatildeo da via puacuteblica objeto de cobranccedila do PEDAacuteGIO seja feita por oacutergatildeo da administraccedilatildeo direta (autarquia ou empresa controlada por Estado como DER) a exaccedilatildeo deve ser considerada uma TAXA

Por outro lado se a via for explorada por entidade particular (concessionaacuterias permissionaacuterias) poderaacute haver uma escolha da exaccedilatildeo pelo legislador ndash se PEDAacuteGIO-TAXA ou PEDAacuteGIO-TARIFA

Em conclusatildeo o PEDAacuteGIO pode ser TAXA ou PRECcedilO PUacuteBLICO (TARIFA) dependendo das circunstacircncias e da maneira como for exigido

Entretanto pela complexidade da mateacuteria e pela diversidade de entendimentos seraacute necessaacuterio aguardar novos julgamentos do STF para uma melhor definiccedilatildeo jurisprudencial sobre o tema

CONTRIBUICcedilAtildeO DE MELHORIA

Art 145 III da CFArt 81 do CTN Art 3ordm do DeC-LEI 19567O tributo CONTRIBUICcedilAtildeO DE

MELHORIA tem como buacutessola para sua cobranccedila a proporccedilatildeo do benefiacutecio efetivamente experimentado pelo contribuinte decorrente de obra puacuteblica realizada pelo Poder Puacuteblico

O sujeito passivo eacute o proprietaacuterio do imoacutevel que circunvizinha a obra puacuteblica geradora de sua valorizaccedilatildeo tributaacuteria

Eacute imperativo que a cobranccedila do tributo cinja-se agrave aacuterea de influecircncia ou zona de beneficiamento

O fato gerador da contribuiccedilatildeo de melhoria reside na valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria experimentada pelos imoacuteveis adjacentes a uma obra puacuteblica

Para ensejar sua cobranccedila deve haver uma relaccedilatildeo direta entre a obra puacuteblica construiacuteda e a valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria dela decorrente

A base de caacutelculo significa o quantum de valorizaccedilatildeo acrescido ao imoacutevel em funccedilatildeo da obra puacuteblica realizada pela Administraccedilatildeo

A cobranccedila da contribuiccedilatildeo de melhoria encontra limitaccedilotildees em dois aspectos- O LIMITE INDIVIDUAL aponta para uma tutela da valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria de cada proprietaacuterio- O LIMITE GLOBAL impotildee que arrecadaccedilatildeo natildeo pode se situar acima do gasto despendido com a obra

EMPREacuteSTIMO COMPULSOacuteRIO Art 148 da CF

ldquoA Uniatildeo mediante lei complementar poderaacute instituir empreacutestimos compulsoacuteriosI ndash para atender a despesas extraordinaacuterias decorrentes de calamidade puacuteblica de guerra externa ou sua iminecircnciaII ndash no caso de investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional observado o disposto no art 150 III bParaacutegrafo uacutenico A aplicaccedilatildeo dos recursos provenientes de empreacutestimo compulsoacuterio seraacute vinculada agrave despesa que fundamentou sua instituiccedilatildeordquo

Eacute um ldquotributo com claacuteusula de restituiccedilatildeordquo (Pontes de Miranda)

Eacute de competecircncia exclusiva da Uniatildeo Tem natureza temporaacuteria subsistindo sua

cobranccedila enquanto existe o fundamento constitucional

Tendo em vista que o paraacutegrafo uacutenico do art 148 da CF atrela a arrecadaccedilatildeo do empreacutestimo compulsoacuterio agrave despesa que o respaldou natildeo se admite a ldquotredestinaccedilatildeordquo (desvio de finalidade) na gestatildeo de seus recursos

Pressupostos autorizativos

A) despesas extraordinaacuterias (incI)- A1) calamidade puacuteblica (maremotos teremotos enchentes incecircndios secas tufotildees ciclones etc)- A2) guerra externa (a expressatildeo indica os conflitos externos cuja deflagraccedilatildeo tenha sido provocada por paiacutes estrangeiro)

B) investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional (inc II)

Os pressupostos autorizativos NAtildeO se confundem com seu fato gerador

Isso porque o legislador constituinte natildeo apontou expressamente o fato gerador do empreacutestimo compulsoacuterio ficando a cargo da lei complementar selecionar o fato imponiacutevel especiacutefico apto a gerar para o contribuinte o dever de pagar o gravame

Assim o legislador federal agrave luz da Constituiccedilatildeo goza de larga liberdade de escolha para a definiccedilatildeo do fato gerador

CONTRIBUICcedilOtildeES

Segundo o art 149 da CF haacute

a) contribuiccedilotildees federais de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (caput)

b)contribuiccedilotildees estaduais distritais e municipais de competecircncia dos Estados DF e Municiacutepios (sect 1ordm)

c) contribuiccedilotildees municipais de competecircncia dos municiacutepios e DF (art 149-A da CF)

As CONTRIBUICcedilOtildeES satildeo gravames cuja destinaccedilatildeo se revele no financiamento de gastos especiacuteficos no contexto de intervenccedilatildeo do Estado nos campos social e econocircmico no cumprimento de ditames da poliacutetica de governo

Para Fernando Maida ldquoas contribuiccedilotildees extrafiscais deveratildeo atender as necessidades na conduccedilatildeo da economia ou correccedilatildeo de situaccedilotildees sociais indesejadas ou mesmo possibilidade de fomento a certas atividades ou ramo de atividades de acordo com o preceituado na Constituiccedilatildeo Jaacute as contribuiccedilotildees parafiscais satildeo aquelas que se destinam exclusivamente ao custeio de atividades paralelas agrave administraccedilatildeo puacuteblica diretardquo

O art 149 caput da CF designa as seguintes contribuiccedilotildees

a) contribuiccedilotildees SOCIAIS

b) contribuiccedilotildees de INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

c) contribuiccedilotildees de INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

Tambeacutem chamadas de contribuiccedilotildees PROFISSIONAIS ou CORPORATIVAS satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo

Haacute dois bons exemplos deste tributo- a contribuiccedilatildeo-anuidade- a contribuiccedilatildeo sindical

Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Page 16: ESPÉCIES DE TRIBUTOS Segundo Eduardo Sabbag. Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo

Se houver evidente vinculaccedilatildeo do serviccedilo com o desempenho de funccedilatildeo estatal teremos a TAXA

Por outro lado se houver desvinculaccedilatildeo deste serviccedilo com a accedilatildeo estatal inexistindo oacutebice ao desempenho da atividade por particulares teremos a TARIFA

Assim sempre que o serviccedilo especiacutefico e divisiacutevel deva ser prestado diretamente pela Administraccedilatildeo Puacuteblica por imposiccedilatildeo constitucional ou legal o regime seraacute o de TAXA

Nos casos em que a execuccedilatildeo do serviccedilo puder ser delegada a outra entidade puacuteblica ou privada o legislador poderaacute optar entre o regime de TAXA e o de TARIFA

Exemplos de TARIFAS a tarifa postal telegraacutefica de transportes telefocircnica de gaacutes de fornecimento de aacutegua e outras

V quadro esquemaacutetico pp 5859

PEDAacuteGIOA doutrina diverge quanto agrave natureza juriacutedica do

PEDAacuteGIO entendendo alguns trata-se de TAXA enquanto outros entendem trata-se de TARIFA

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo comumente exigida por concessionaacuterias isto eacute por pessoas juriacutedicas de direito privado que se colocam na condiccedilatildeo de ldquosujeitos ativosrdquo ndash um paradoxo inconcebiacutevel no campo da obrigaccedilatildeo tributaacuteria

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo instituiacuteda e reajustada por atos diversos de lei afastando a feiccedilatildeo tributaacuteria

Havendo a inexistecircncia de vias alternativas a exaccedilatildeo se torna compulsoacuteria aproximando-a de uma TAXA

Analisando a questatildeo pode-se dizer que caso a administraccedilatildeo da via puacuteblica objeto de cobranccedila do PEDAacuteGIO seja feita por oacutergatildeo da administraccedilatildeo direta (autarquia ou empresa controlada por Estado como DER) a exaccedilatildeo deve ser considerada uma TAXA

Por outro lado se a via for explorada por entidade particular (concessionaacuterias permissionaacuterias) poderaacute haver uma escolha da exaccedilatildeo pelo legislador ndash se PEDAacuteGIO-TAXA ou PEDAacuteGIO-TARIFA

Em conclusatildeo o PEDAacuteGIO pode ser TAXA ou PRECcedilO PUacuteBLICO (TARIFA) dependendo das circunstacircncias e da maneira como for exigido

Entretanto pela complexidade da mateacuteria e pela diversidade de entendimentos seraacute necessaacuterio aguardar novos julgamentos do STF para uma melhor definiccedilatildeo jurisprudencial sobre o tema

CONTRIBUICcedilAtildeO DE MELHORIA

Art 145 III da CFArt 81 do CTN Art 3ordm do DeC-LEI 19567O tributo CONTRIBUICcedilAtildeO DE

MELHORIA tem como buacutessola para sua cobranccedila a proporccedilatildeo do benefiacutecio efetivamente experimentado pelo contribuinte decorrente de obra puacuteblica realizada pelo Poder Puacuteblico

O sujeito passivo eacute o proprietaacuterio do imoacutevel que circunvizinha a obra puacuteblica geradora de sua valorizaccedilatildeo tributaacuteria

Eacute imperativo que a cobranccedila do tributo cinja-se agrave aacuterea de influecircncia ou zona de beneficiamento

O fato gerador da contribuiccedilatildeo de melhoria reside na valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria experimentada pelos imoacuteveis adjacentes a uma obra puacuteblica

Para ensejar sua cobranccedila deve haver uma relaccedilatildeo direta entre a obra puacuteblica construiacuteda e a valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria dela decorrente

A base de caacutelculo significa o quantum de valorizaccedilatildeo acrescido ao imoacutevel em funccedilatildeo da obra puacuteblica realizada pela Administraccedilatildeo

A cobranccedila da contribuiccedilatildeo de melhoria encontra limitaccedilotildees em dois aspectos- O LIMITE INDIVIDUAL aponta para uma tutela da valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria de cada proprietaacuterio- O LIMITE GLOBAL impotildee que arrecadaccedilatildeo natildeo pode se situar acima do gasto despendido com a obra

EMPREacuteSTIMO COMPULSOacuteRIO Art 148 da CF

ldquoA Uniatildeo mediante lei complementar poderaacute instituir empreacutestimos compulsoacuteriosI ndash para atender a despesas extraordinaacuterias decorrentes de calamidade puacuteblica de guerra externa ou sua iminecircnciaII ndash no caso de investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional observado o disposto no art 150 III bParaacutegrafo uacutenico A aplicaccedilatildeo dos recursos provenientes de empreacutestimo compulsoacuterio seraacute vinculada agrave despesa que fundamentou sua instituiccedilatildeordquo

Eacute um ldquotributo com claacuteusula de restituiccedilatildeordquo (Pontes de Miranda)

Eacute de competecircncia exclusiva da Uniatildeo Tem natureza temporaacuteria subsistindo sua

cobranccedila enquanto existe o fundamento constitucional

Tendo em vista que o paraacutegrafo uacutenico do art 148 da CF atrela a arrecadaccedilatildeo do empreacutestimo compulsoacuterio agrave despesa que o respaldou natildeo se admite a ldquotredestinaccedilatildeordquo (desvio de finalidade) na gestatildeo de seus recursos

Pressupostos autorizativos

A) despesas extraordinaacuterias (incI)- A1) calamidade puacuteblica (maremotos teremotos enchentes incecircndios secas tufotildees ciclones etc)- A2) guerra externa (a expressatildeo indica os conflitos externos cuja deflagraccedilatildeo tenha sido provocada por paiacutes estrangeiro)

B) investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional (inc II)

Os pressupostos autorizativos NAtildeO se confundem com seu fato gerador

Isso porque o legislador constituinte natildeo apontou expressamente o fato gerador do empreacutestimo compulsoacuterio ficando a cargo da lei complementar selecionar o fato imponiacutevel especiacutefico apto a gerar para o contribuinte o dever de pagar o gravame

Assim o legislador federal agrave luz da Constituiccedilatildeo goza de larga liberdade de escolha para a definiccedilatildeo do fato gerador

CONTRIBUICcedilOtildeES

Segundo o art 149 da CF haacute

a) contribuiccedilotildees federais de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (caput)

b)contribuiccedilotildees estaduais distritais e municipais de competecircncia dos Estados DF e Municiacutepios (sect 1ordm)

c) contribuiccedilotildees municipais de competecircncia dos municiacutepios e DF (art 149-A da CF)

As CONTRIBUICcedilOtildeES satildeo gravames cuja destinaccedilatildeo se revele no financiamento de gastos especiacuteficos no contexto de intervenccedilatildeo do Estado nos campos social e econocircmico no cumprimento de ditames da poliacutetica de governo

Para Fernando Maida ldquoas contribuiccedilotildees extrafiscais deveratildeo atender as necessidades na conduccedilatildeo da economia ou correccedilatildeo de situaccedilotildees sociais indesejadas ou mesmo possibilidade de fomento a certas atividades ou ramo de atividades de acordo com o preceituado na Constituiccedilatildeo Jaacute as contribuiccedilotildees parafiscais satildeo aquelas que se destinam exclusivamente ao custeio de atividades paralelas agrave administraccedilatildeo puacuteblica diretardquo

O art 149 caput da CF designa as seguintes contribuiccedilotildees

a) contribuiccedilotildees SOCIAIS

b) contribuiccedilotildees de INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

c) contribuiccedilotildees de INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

Tambeacutem chamadas de contribuiccedilotildees PROFISSIONAIS ou CORPORATIVAS satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo

Haacute dois bons exemplos deste tributo- a contribuiccedilatildeo-anuidade- a contribuiccedilatildeo sindical

Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Page 17: ESPÉCIES DE TRIBUTOS Segundo Eduardo Sabbag. Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo

Assim sempre que o serviccedilo especiacutefico e divisiacutevel deva ser prestado diretamente pela Administraccedilatildeo Puacuteblica por imposiccedilatildeo constitucional ou legal o regime seraacute o de TAXA

Nos casos em que a execuccedilatildeo do serviccedilo puder ser delegada a outra entidade puacuteblica ou privada o legislador poderaacute optar entre o regime de TAXA e o de TARIFA

Exemplos de TARIFAS a tarifa postal telegraacutefica de transportes telefocircnica de gaacutes de fornecimento de aacutegua e outras

V quadro esquemaacutetico pp 5859

PEDAacuteGIOA doutrina diverge quanto agrave natureza juriacutedica do

PEDAacuteGIO entendendo alguns trata-se de TAXA enquanto outros entendem trata-se de TARIFA

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo comumente exigida por concessionaacuterias isto eacute por pessoas juriacutedicas de direito privado que se colocam na condiccedilatildeo de ldquosujeitos ativosrdquo ndash um paradoxo inconcebiacutevel no campo da obrigaccedilatildeo tributaacuteria

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo instituiacuteda e reajustada por atos diversos de lei afastando a feiccedilatildeo tributaacuteria

Havendo a inexistecircncia de vias alternativas a exaccedilatildeo se torna compulsoacuteria aproximando-a de uma TAXA

Analisando a questatildeo pode-se dizer que caso a administraccedilatildeo da via puacuteblica objeto de cobranccedila do PEDAacuteGIO seja feita por oacutergatildeo da administraccedilatildeo direta (autarquia ou empresa controlada por Estado como DER) a exaccedilatildeo deve ser considerada uma TAXA

Por outro lado se a via for explorada por entidade particular (concessionaacuterias permissionaacuterias) poderaacute haver uma escolha da exaccedilatildeo pelo legislador ndash se PEDAacuteGIO-TAXA ou PEDAacuteGIO-TARIFA

Em conclusatildeo o PEDAacuteGIO pode ser TAXA ou PRECcedilO PUacuteBLICO (TARIFA) dependendo das circunstacircncias e da maneira como for exigido

Entretanto pela complexidade da mateacuteria e pela diversidade de entendimentos seraacute necessaacuterio aguardar novos julgamentos do STF para uma melhor definiccedilatildeo jurisprudencial sobre o tema

CONTRIBUICcedilAtildeO DE MELHORIA

Art 145 III da CFArt 81 do CTN Art 3ordm do DeC-LEI 19567O tributo CONTRIBUICcedilAtildeO DE

MELHORIA tem como buacutessola para sua cobranccedila a proporccedilatildeo do benefiacutecio efetivamente experimentado pelo contribuinte decorrente de obra puacuteblica realizada pelo Poder Puacuteblico

O sujeito passivo eacute o proprietaacuterio do imoacutevel que circunvizinha a obra puacuteblica geradora de sua valorizaccedilatildeo tributaacuteria

Eacute imperativo que a cobranccedila do tributo cinja-se agrave aacuterea de influecircncia ou zona de beneficiamento

O fato gerador da contribuiccedilatildeo de melhoria reside na valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria experimentada pelos imoacuteveis adjacentes a uma obra puacuteblica

Para ensejar sua cobranccedila deve haver uma relaccedilatildeo direta entre a obra puacuteblica construiacuteda e a valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria dela decorrente

A base de caacutelculo significa o quantum de valorizaccedilatildeo acrescido ao imoacutevel em funccedilatildeo da obra puacuteblica realizada pela Administraccedilatildeo

A cobranccedila da contribuiccedilatildeo de melhoria encontra limitaccedilotildees em dois aspectos- O LIMITE INDIVIDUAL aponta para uma tutela da valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria de cada proprietaacuterio- O LIMITE GLOBAL impotildee que arrecadaccedilatildeo natildeo pode se situar acima do gasto despendido com a obra

EMPREacuteSTIMO COMPULSOacuteRIO Art 148 da CF

ldquoA Uniatildeo mediante lei complementar poderaacute instituir empreacutestimos compulsoacuteriosI ndash para atender a despesas extraordinaacuterias decorrentes de calamidade puacuteblica de guerra externa ou sua iminecircnciaII ndash no caso de investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional observado o disposto no art 150 III bParaacutegrafo uacutenico A aplicaccedilatildeo dos recursos provenientes de empreacutestimo compulsoacuterio seraacute vinculada agrave despesa que fundamentou sua instituiccedilatildeordquo

Eacute um ldquotributo com claacuteusula de restituiccedilatildeordquo (Pontes de Miranda)

Eacute de competecircncia exclusiva da Uniatildeo Tem natureza temporaacuteria subsistindo sua

cobranccedila enquanto existe o fundamento constitucional

Tendo em vista que o paraacutegrafo uacutenico do art 148 da CF atrela a arrecadaccedilatildeo do empreacutestimo compulsoacuterio agrave despesa que o respaldou natildeo se admite a ldquotredestinaccedilatildeordquo (desvio de finalidade) na gestatildeo de seus recursos

Pressupostos autorizativos

A) despesas extraordinaacuterias (incI)- A1) calamidade puacuteblica (maremotos teremotos enchentes incecircndios secas tufotildees ciclones etc)- A2) guerra externa (a expressatildeo indica os conflitos externos cuja deflagraccedilatildeo tenha sido provocada por paiacutes estrangeiro)

B) investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional (inc II)

Os pressupostos autorizativos NAtildeO se confundem com seu fato gerador

Isso porque o legislador constituinte natildeo apontou expressamente o fato gerador do empreacutestimo compulsoacuterio ficando a cargo da lei complementar selecionar o fato imponiacutevel especiacutefico apto a gerar para o contribuinte o dever de pagar o gravame

Assim o legislador federal agrave luz da Constituiccedilatildeo goza de larga liberdade de escolha para a definiccedilatildeo do fato gerador

CONTRIBUICcedilOtildeES

Segundo o art 149 da CF haacute

a) contribuiccedilotildees federais de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (caput)

b)contribuiccedilotildees estaduais distritais e municipais de competecircncia dos Estados DF e Municiacutepios (sect 1ordm)

c) contribuiccedilotildees municipais de competecircncia dos municiacutepios e DF (art 149-A da CF)

As CONTRIBUICcedilOtildeES satildeo gravames cuja destinaccedilatildeo se revele no financiamento de gastos especiacuteficos no contexto de intervenccedilatildeo do Estado nos campos social e econocircmico no cumprimento de ditames da poliacutetica de governo

Para Fernando Maida ldquoas contribuiccedilotildees extrafiscais deveratildeo atender as necessidades na conduccedilatildeo da economia ou correccedilatildeo de situaccedilotildees sociais indesejadas ou mesmo possibilidade de fomento a certas atividades ou ramo de atividades de acordo com o preceituado na Constituiccedilatildeo Jaacute as contribuiccedilotildees parafiscais satildeo aquelas que se destinam exclusivamente ao custeio de atividades paralelas agrave administraccedilatildeo puacuteblica diretardquo

O art 149 caput da CF designa as seguintes contribuiccedilotildees

a) contribuiccedilotildees SOCIAIS

b) contribuiccedilotildees de INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

c) contribuiccedilotildees de INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

Tambeacutem chamadas de contribuiccedilotildees PROFISSIONAIS ou CORPORATIVAS satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo

Haacute dois bons exemplos deste tributo- a contribuiccedilatildeo-anuidade- a contribuiccedilatildeo sindical

Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Page 18: ESPÉCIES DE TRIBUTOS Segundo Eduardo Sabbag. Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo

PEDAacuteGIOA doutrina diverge quanto agrave natureza juriacutedica do

PEDAacuteGIO entendendo alguns trata-se de TAXA enquanto outros entendem trata-se de TARIFA

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo comumente exigida por concessionaacuterias isto eacute por pessoas juriacutedicas de direito privado que se colocam na condiccedilatildeo de ldquosujeitos ativosrdquo ndash um paradoxo inconcebiacutevel no campo da obrigaccedilatildeo tributaacuteria

O PEDAacuteGIO eacute prestaccedilatildeo instituiacuteda e reajustada por atos diversos de lei afastando a feiccedilatildeo tributaacuteria

Havendo a inexistecircncia de vias alternativas a exaccedilatildeo se torna compulsoacuteria aproximando-a de uma TAXA

Analisando a questatildeo pode-se dizer que caso a administraccedilatildeo da via puacuteblica objeto de cobranccedila do PEDAacuteGIO seja feita por oacutergatildeo da administraccedilatildeo direta (autarquia ou empresa controlada por Estado como DER) a exaccedilatildeo deve ser considerada uma TAXA

Por outro lado se a via for explorada por entidade particular (concessionaacuterias permissionaacuterias) poderaacute haver uma escolha da exaccedilatildeo pelo legislador ndash se PEDAacuteGIO-TAXA ou PEDAacuteGIO-TARIFA

Em conclusatildeo o PEDAacuteGIO pode ser TAXA ou PRECcedilO PUacuteBLICO (TARIFA) dependendo das circunstacircncias e da maneira como for exigido

Entretanto pela complexidade da mateacuteria e pela diversidade de entendimentos seraacute necessaacuterio aguardar novos julgamentos do STF para uma melhor definiccedilatildeo jurisprudencial sobre o tema

CONTRIBUICcedilAtildeO DE MELHORIA

Art 145 III da CFArt 81 do CTN Art 3ordm do DeC-LEI 19567O tributo CONTRIBUICcedilAtildeO DE

MELHORIA tem como buacutessola para sua cobranccedila a proporccedilatildeo do benefiacutecio efetivamente experimentado pelo contribuinte decorrente de obra puacuteblica realizada pelo Poder Puacuteblico

O sujeito passivo eacute o proprietaacuterio do imoacutevel que circunvizinha a obra puacuteblica geradora de sua valorizaccedilatildeo tributaacuteria

Eacute imperativo que a cobranccedila do tributo cinja-se agrave aacuterea de influecircncia ou zona de beneficiamento

O fato gerador da contribuiccedilatildeo de melhoria reside na valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria experimentada pelos imoacuteveis adjacentes a uma obra puacuteblica

Para ensejar sua cobranccedila deve haver uma relaccedilatildeo direta entre a obra puacuteblica construiacuteda e a valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria dela decorrente

A base de caacutelculo significa o quantum de valorizaccedilatildeo acrescido ao imoacutevel em funccedilatildeo da obra puacuteblica realizada pela Administraccedilatildeo

A cobranccedila da contribuiccedilatildeo de melhoria encontra limitaccedilotildees em dois aspectos- O LIMITE INDIVIDUAL aponta para uma tutela da valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria de cada proprietaacuterio- O LIMITE GLOBAL impotildee que arrecadaccedilatildeo natildeo pode se situar acima do gasto despendido com a obra

EMPREacuteSTIMO COMPULSOacuteRIO Art 148 da CF

ldquoA Uniatildeo mediante lei complementar poderaacute instituir empreacutestimos compulsoacuteriosI ndash para atender a despesas extraordinaacuterias decorrentes de calamidade puacuteblica de guerra externa ou sua iminecircnciaII ndash no caso de investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional observado o disposto no art 150 III bParaacutegrafo uacutenico A aplicaccedilatildeo dos recursos provenientes de empreacutestimo compulsoacuterio seraacute vinculada agrave despesa que fundamentou sua instituiccedilatildeordquo

Eacute um ldquotributo com claacuteusula de restituiccedilatildeordquo (Pontes de Miranda)

Eacute de competecircncia exclusiva da Uniatildeo Tem natureza temporaacuteria subsistindo sua

cobranccedila enquanto existe o fundamento constitucional

Tendo em vista que o paraacutegrafo uacutenico do art 148 da CF atrela a arrecadaccedilatildeo do empreacutestimo compulsoacuterio agrave despesa que o respaldou natildeo se admite a ldquotredestinaccedilatildeordquo (desvio de finalidade) na gestatildeo de seus recursos

Pressupostos autorizativos

A) despesas extraordinaacuterias (incI)- A1) calamidade puacuteblica (maremotos teremotos enchentes incecircndios secas tufotildees ciclones etc)- A2) guerra externa (a expressatildeo indica os conflitos externos cuja deflagraccedilatildeo tenha sido provocada por paiacutes estrangeiro)

B) investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional (inc II)

Os pressupostos autorizativos NAtildeO se confundem com seu fato gerador

Isso porque o legislador constituinte natildeo apontou expressamente o fato gerador do empreacutestimo compulsoacuterio ficando a cargo da lei complementar selecionar o fato imponiacutevel especiacutefico apto a gerar para o contribuinte o dever de pagar o gravame

Assim o legislador federal agrave luz da Constituiccedilatildeo goza de larga liberdade de escolha para a definiccedilatildeo do fato gerador

CONTRIBUICcedilOtildeES

Segundo o art 149 da CF haacute

a) contribuiccedilotildees federais de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (caput)

b)contribuiccedilotildees estaduais distritais e municipais de competecircncia dos Estados DF e Municiacutepios (sect 1ordm)

c) contribuiccedilotildees municipais de competecircncia dos municiacutepios e DF (art 149-A da CF)

As CONTRIBUICcedilOtildeES satildeo gravames cuja destinaccedilatildeo se revele no financiamento de gastos especiacuteficos no contexto de intervenccedilatildeo do Estado nos campos social e econocircmico no cumprimento de ditames da poliacutetica de governo

Para Fernando Maida ldquoas contribuiccedilotildees extrafiscais deveratildeo atender as necessidades na conduccedilatildeo da economia ou correccedilatildeo de situaccedilotildees sociais indesejadas ou mesmo possibilidade de fomento a certas atividades ou ramo de atividades de acordo com o preceituado na Constituiccedilatildeo Jaacute as contribuiccedilotildees parafiscais satildeo aquelas que se destinam exclusivamente ao custeio de atividades paralelas agrave administraccedilatildeo puacuteblica diretardquo

O art 149 caput da CF designa as seguintes contribuiccedilotildees

a) contribuiccedilotildees SOCIAIS

b) contribuiccedilotildees de INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

c) contribuiccedilotildees de INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

Tambeacutem chamadas de contribuiccedilotildees PROFISSIONAIS ou CORPORATIVAS satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo

Haacute dois bons exemplos deste tributo- a contribuiccedilatildeo-anuidade- a contribuiccedilatildeo sindical

Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Page 19: ESPÉCIES DE TRIBUTOS Segundo Eduardo Sabbag. Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo

Havendo a inexistecircncia de vias alternativas a exaccedilatildeo se torna compulsoacuteria aproximando-a de uma TAXA

Analisando a questatildeo pode-se dizer que caso a administraccedilatildeo da via puacuteblica objeto de cobranccedila do PEDAacuteGIO seja feita por oacutergatildeo da administraccedilatildeo direta (autarquia ou empresa controlada por Estado como DER) a exaccedilatildeo deve ser considerada uma TAXA

Por outro lado se a via for explorada por entidade particular (concessionaacuterias permissionaacuterias) poderaacute haver uma escolha da exaccedilatildeo pelo legislador ndash se PEDAacuteGIO-TAXA ou PEDAacuteGIO-TARIFA

Em conclusatildeo o PEDAacuteGIO pode ser TAXA ou PRECcedilO PUacuteBLICO (TARIFA) dependendo das circunstacircncias e da maneira como for exigido

Entretanto pela complexidade da mateacuteria e pela diversidade de entendimentos seraacute necessaacuterio aguardar novos julgamentos do STF para uma melhor definiccedilatildeo jurisprudencial sobre o tema

CONTRIBUICcedilAtildeO DE MELHORIA

Art 145 III da CFArt 81 do CTN Art 3ordm do DeC-LEI 19567O tributo CONTRIBUICcedilAtildeO DE

MELHORIA tem como buacutessola para sua cobranccedila a proporccedilatildeo do benefiacutecio efetivamente experimentado pelo contribuinte decorrente de obra puacuteblica realizada pelo Poder Puacuteblico

O sujeito passivo eacute o proprietaacuterio do imoacutevel que circunvizinha a obra puacuteblica geradora de sua valorizaccedilatildeo tributaacuteria

Eacute imperativo que a cobranccedila do tributo cinja-se agrave aacuterea de influecircncia ou zona de beneficiamento

O fato gerador da contribuiccedilatildeo de melhoria reside na valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria experimentada pelos imoacuteveis adjacentes a uma obra puacuteblica

Para ensejar sua cobranccedila deve haver uma relaccedilatildeo direta entre a obra puacuteblica construiacuteda e a valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria dela decorrente

A base de caacutelculo significa o quantum de valorizaccedilatildeo acrescido ao imoacutevel em funccedilatildeo da obra puacuteblica realizada pela Administraccedilatildeo

A cobranccedila da contribuiccedilatildeo de melhoria encontra limitaccedilotildees em dois aspectos- O LIMITE INDIVIDUAL aponta para uma tutela da valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria de cada proprietaacuterio- O LIMITE GLOBAL impotildee que arrecadaccedilatildeo natildeo pode se situar acima do gasto despendido com a obra

EMPREacuteSTIMO COMPULSOacuteRIO Art 148 da CF

ldquoA Uniatildeo mediante lei complementar poderaacute instituir empreacutestimos compulsoacuteriosI ndash para atender a despesas extraordinaacuterias decorrentes de calamidade puacuteblica de guerra externa ou sua iminecircnciaII ndash no caso de investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional observado o disposto no art 150 III bParaacutegrafo uacutenico A aplicaccedilatildeo dos recursos provenientes de empreacutestimo compulsoacuterio seraacute vinculada agrave despesa que fundamentou sua instituiccedilatildeordquo

Eacute um ldquotributo com claacuteusula de restituiccedilatildeordquo (Pontes de Miranda)

Eacute de competecircncia exclusiva da Uniatildeo Tem natureza temporaacuteria subsistindo sua

cobranccedila enquanto existe o fundamento constitucional

Tendo em vista que o paraacutegrafo uacutenico do art 148 da CF atrela a arrecadaccedilatildeo do empreacutestimo compulsoacuterio agrave despesa que o respaldou natildeo se admite a ldquotredestinaccedilatildeordquo (desvio de finalidade) na gestatildeo de seus recursos

Pressupostos autorizativos

A) despesas extraordinaacuterias (incI)- A1) calamidade puacuteblica (maremotos teremotos enchentes incecircndios secas tufotildees ciclones etc)- A2) guerra externa (a expressatildeo indica os conflitos externos cuja deflagraccedilatildeo tenha sido provocada por paiacutes estrangeiro)

B) investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional (inc II)

Os pressupostos autorizativos NAtildeO se confundem com seu fato gerador

Isso porque o legislador constituinte natildeo apontou expressamente o fato gerador do empreacutestimo compulsoacuterio ficando a cargo da lei complementar selecionar o fato imponiacutevel especiacutefico apto a gerar para o contribuinte o dever de pagar o gravame

Assim o legislador federal agrave luz da Constituiccedilatildeo goza de larga liberdade de escolha para a definiccedilatildeo do fato gerador

CONTRIBUICcedilOtildeES

Segundo o art 149 da CF haacute

a) contribuiccedilotildees federais de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (caput)

b)contribuiccedilotildees estaduais distritais e municipais de competecircncia dos Estados DF e Municiacutepios (sect 1ordm)

c) contribuiccedilotildees municipais de competecircncia dos municiacutepios e DF (art 149-A da CF)

As CONTRIBUICcedilOtildeES satildeo gravames cuja destinaccedilatildeo se revele no financiamento de gastos especiacuteficos no contexto de intervenccedilatildeo do Estado nos campos social e econocircmico no cumprimento de ditames da poliacutetica de governo

Para Fernando Maida ldquoas contribuiccedilotildees extrafiscais deveratildeo atender as necessidades na conduccedilatildeo da economia ou correccedilatildeo de situaccedilotildees sociais indesejadas ou mesmo possibilidade de fomento a certas atividades ou ramo de atividades de acordo com o preceituado na Constituiccedilatildeo Jaacute as contribuiccedilotildees parafiscais satildeo aquelas que se destinam exclusivamente ao custeio de atividades paralelas agrave administraccedilatildeo puacuteblica diretardquo

O art 149 caput da CF designa as seguintes contribuiccedilotildees

a) contribuiccedilotildees SOCIAIS

b) contribuiccedilotildees de INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

c) contribuiccedilotildees de INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

Tambeacutem chamadas de contribuiccedilotildees PROFISSIONAIS ou CORPORATIVAS satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo

Haacute dois bons exemplos deste tributo- a contribuiccedilatildeo-anuidade- a contribuiccedilatildeo sindical

Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Page 20: ESPÉCIES DE TRIBUTOS Segundo Eduardo Sabbag. Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo

Em conclusatildeo o PEDAacuteGIO pode ser TAXA ou PRECcedilO PUacuteBLICO (TARIFA) dependendo das circunstacircncias e da maneira como for exigido

Entretanto pela complexidade da mateacuteria e pela diversidade de entendimentos seraacute necessaacuterio aguardar novos julgamentos do STF para uma melhor definiccedilatildeo jurisprudencial sobre o tema

CONTRIBUICcedilAtildeO DE MELHORIA

Art 145 III da CFArt 81 do CTN Art 3ordm do DeC-LEI 19567O tributo CONTRIBUICcedilAtildeO DE

MELHORIA tem como buacutessola para sua cobranccedila a proporccedilatildeo do benefiacutecio efetivamente experimentado pelo contribuinte decorrente de obra puacuteblica realizada pelo Poder Puacuteblico

O sujeito passivo eacute o proprietaacuterio do imoacutevel que circunvizinha a obra puacuteblica geradora de sua valorizaccedilatildeo tributaacuteria

Eacute imperativo que a cobranccedila do tributo cinja-se agrave aacuterea de influecircncia ou zona de beneficiamento

O fato gerador da contribuiccedilatildeo de melhoria reside na valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria experimentada pelos imoacuteveis adjacentes a uma obra puacuteblica

Para ensejar sua cobranccedila deve haver uma relaccedilatildeo direta entre a obra puacuteblica construiacuteda e a valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria dela decorrente

A base de caacutelculo significa o quantum de valorizaccedilatildeo acrescido ao imoacutevel em funccedilatildeo da obra puacuteblica realizada pela Administraccedilatildeo

A cobranccedila da contribuiccedilatildeo de melhoria encontra limitaccedilotildees em dois aspectos- O LIMITE INDIVIDUAL aponta para uma tutela da valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria de cada proprietaacuterio- O LIMITE GLOBAL impotildee que arrecadaccedilatildeo natildeo pode se situar acima do gasto despendido com a obra

EMPREacuteSTIMO COMPULSOacuteRIO Art 148 da CF

ldquoA Uniatildeo mediante lei complementar poderaacute instituir empreacutestimos compulsoacuteriosI ndash para atender a despesas extraordinaacuterias decorrentes de calamidade puacuteblica de guerra externa ou sua iminecircnciaII ndash no caso de investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional observado o disposto no art 150 III bParaacutegrafo uacutenico A aplicaccedilatildeo dos recursos provenientes de empreacutestimo compulsoacuterio seraacute vinculada agrave despesa que fundamentou sua instituiccedilatildeordquo

Eacute um ldquotributo com claacuteusula de restituiccedilatildeordquo (Pontes de Miranda)

Eacute de competecircncia exclusiva da Uniatildeo Tem natureza temporaacuteria subsistindo sua

cobranccedila enquanto existe o fundamento constitucional

Tendo em vista que o paraacutegrafo uacutenico do art 148 da CF atrela a arrecadaccedilatildeo do empreacutestimo compulsoacuterio agrave despesa que o respaldou natildeo se admite a ldquotredestinaccedilatildeordquo (desvio de finalidade) na gestatildeo de seus recursos

Pressupostos autorizativos

A) despesas extraordinaacuterias (incI)- A1) calamidade puacuteblica (maremotos teremotos enchentes incecircndios secas tufotildees ciclones etc)- A2) guerra externa (a expressatildeo indica os conflitos externos cuja deflagraccedilatildeo tenha sido provocada por paiacutes estrangeiro)

B) investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional (inc II)

Os pressupostos autorizativos NAtildeO se confundem com seu fato gerador

Isso porque o legislador constituinte natildeo apontou expressamente o fato gerador do empreacutestimo compulsoacuterio ficando a cargo da lei complementar selecionar o fato imponiacutevel especiacutefico apto a gerar para o contribuinte o dever de pagar o gravame

Assim o legislador federal agrave luz da Constituiccedilatildeo goza de larga liberdade de escolha para a definiccedilatildeo do fato gerador

CONTRIBUICcedilOtildeES

Segundo o art 149 da CF haacute

a) contribuiccedilotildees federais de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (caput)

b)contribuiccedilotildees estaduais distritais e municipais de competecircncia dos Estados DF e Municiacutepios (sect 1ordm)

c) contribuiccedilotildees municipais de competecircncia dos municiacutepios e DF (art 149-A da CF)

As CONTRIBUICcedilOtildeES satildeo gravames cuja destinaccedilatildeo se revele no financiamento de gastos especiacuteficos no contexto de intervenccedilatildeo do Estado nos campos social e econocircmico no cumprimento de ditames da poliacutetica de governo

Para Fernando Maida ldquoas contribuiccedilotildees extrafiscais deveratildeo atender as necessidades na conduccedilatildeo da economia ou correccedilatildeo de situaccedilotildees sociais indesejadas ou mesmo possibilidade de fomento a certas atividades ou ramo de atividades de acordo com o preceituado na Constituiccedilatildeo Jaacute as contribuiccedilotildees parafiscais satildeo aquelas que se destinam exclusivamente ao custeio de atividades paralelas agrave administraccedilatildeo puacuteblica diretardquo

O art 149 caput da CF designa as seguintes contribuiccedilotildees

a) contribuiccedilotildees SOCIAIS

b) contribuiccedilotildees de INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

c) contribuiccedilotildees de INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

Tambeacutem chamadas de contribuiccedilotildees PROFISSIONAIS ou CORPORATIVAS satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo

Haacute dois bons exemplos deste tributo- a contribuiccedilatildeo-anuidade- a contribuiccedilatildeo sindical

Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Page 21: ESPÉCIES DE TRIBUTOS Segundo Eduardo Sabbag. Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo

CONTRIBUICcedilAtildeO DE MELHORIA

Art 145 III da CFArt 81 do CTN Art 3ordm do DeC-LEI 19567O tributo CONTRIBUICcedilAtildeO DE

MELHORIA tem como buacutessola para sua cobranccedila a proporccedilatildeo do benefiacutecio efetivamente experimentado pelo contribuinte decorrente de obra puacuteblica realizada pelo Poder Puacuteblico

O sujeito passivo eacute o proprietaacuterio do imoacutevel que circunvizinha a obra puacuteblica geradora de sua valorizaccedilatildeo tributaacuteria

Eacute imperativo que a cobranccedila do tributo cinja-se agrave aacuterea de influecircncia ou zona de beneficiamento

O fato gerador da contribuiccedilatildeo de melhoria reside na valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria experimentada pelos imoacuteveis adjacentes a uma obra puacuteblica

Para ensejar sua cobranccedila deve haver uma relaccedilatildeo direta entre a obra puacuteblica construiacuteda e a valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria dela decorrente

A base de caacutelculo significa o quantum de valorizaccedilatildeo acrescido ao imoacutevel em funccedilatildeo da obra puacuteblica realizada pela Administraccedilatildeo

A cobranccedila da contribuiccedilatildeo de melhoria encontra limitaccedilotildees em dois aspectos- O LIMITE INDIVIDUAL aponta para uma tutela da valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria de cada proprietaacuterio- O LIMITE GLOBAL impotildee que arrecadaccedilatildeo natildeo pode se situar acima do gasto despendido com a obra

EMPREacuteSTIMO COMPULSOacuteRIO Art 148 da CF

ldquoA Uniatildeo mediante lei complementar poderaacute instituir empreacutestimos compulsoacuteriosI ndash para atender a despesas extraordinaacuterias decorrentes de calamidade puacuteblica de guerra externa ou sua iminecircnciaII ndash no caso de investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional observado o disposto no art 150 III bParaacutegrafo uacutenico A aplicaccedilatildeo dos recursos provenientes de empreacutestimo compulsoacuterio seraacute vinculada agrave despesa que fundamentou sua instituiccedilatildeordquo

Eacute um ldquotributo com claacuteusula de restituiccedilatildeordquo (Pontes de Miranda)

Eacute de competecircncia exclusiva da Uniatildeo Tem natureza temporaacuteria subsistindo sua

cobranccedila enquanto existe o fundamento constitucional

Tendo em vista que o paraacutegrafo uacutenico do art 148 da CF atrela a arrecadaccedilatildeo do empreacutestimo compulsoacuterio agrave despesa que o respaldou natildeo se admite a ldquotredestinaccedilatildeordquo (desvio de finalidade) na gestatildeo de seus recursos

Pressupostos autorizativos

A) despesas extraordinaacuterias (incI)- A1) calamidade puacuteblica (maremotos teremotos enchentes incecircndios secas tufotildees ciclones etc)- A2) guerra externa (a expressatildeo indica os conflitos externos cuja deflagraccedilatildeo tenha sido provocada por paiacutes estrangeiro)

B) investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional (inc II)

Os pressupostos autorizativos NAtildeO se confundem com seu fato gerador

Isso porque o legislador constituinte natildeo apontou expressamente o fato gerador do empreacutestimo compulsoacuterio ficando a cargo da lei complementar selecionar o fato imponiacutevel especiacutefico apto a gerar para o contribuinte o dever de pagar o gravame

Assim o legislador federal agrave luz da Constituiccedilatildeo goza de larga liberdade de escolha para a definiccedilatildeo do fato gerador

CONTRIBUICcedilOtildeES

Segundo o art 149 da CF haacute

a) contribuiccedilotildees federais de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (caput)

b)contribuiccedilotildees estaduais distritais e municipais de competecircncia dos Estados DF e Municiacutepios (sect 1ordm)

c) contribuiccedilotildees municipais de competecircncia dos municiacutepios e DF (art 149-A da CF)

As CONTRIBUICcedilOtildeES satildeo gravames cuja destinaccedilatildeo se revele no financiamento de gastos especiacuteficos no contexto de intervenccedilatildeo do Estado nos campos social e econocircmico no cumprimento de ditames da poliacutetica de governo

Para Fernando Maida ldquoas contribuiccedilotildees extrafiscais deveratildeo atender as necessidades na conduccedilatildeo da economia ou correccedilatildeo de situaccedilotildees sociais indesejadas ou mesmo possibilidade de fomento a certas atividades ou ramo de atividades de acordo com o preceituado na Constituiccedilatildeo Jaacute as contribuiccedilotildees parafiscais satildeo aquelas que se destinam exclusivamente ao custeio de atividades paralelas agrave administraccedilatildeo puacuteblica diretardquo

O art 149 caput da CF designa as seguintes contribuiccedilotildees

a) contribuiccedilotildees SOCIAIS

b) contribuiccedilotildees de INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

c) contribuiccedilotildees de INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

Tambeacutem chamadas de contribuiccedilotildees PROFISSIONAIS ou CORPORATIVAS satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo

Haacute dois bons exemplos deste tributo- a contribuiccedilatildeo-anuidade- a contribuiccedilatildeo sindical

Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Page 22: ESPÉCIES DE TRIBUTOS Segundo Eduardo Sabbag. Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo

O sujeito passivo eacute o proprietaacuterio do imoacutevel que circunvizinha a obra puacuteblica geradora de sua valorizaccedilatildeo tributaacuteria

Eacute imperativo que a cobranccedila do tributo cinja-se agrave aacuterea de influecircncia ou zona de beneficiamento

O fato gerador da contribuiccedilatildeo de melhoria reside na valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria experimentada pelos imoacuteveis adjacentes a uma obra puacuteblica

Para ensejar sua cobranccedila deve haver uma relaccedilatildeo direta entre a obra puacuteblica construiacuteda e a valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria dela decorrente

A base de caacutelculo significa o quantum de valorizaccedilatildeo acrescido ao imoacutevel em funccedilatildeo da obra puacuteblica realizada pela Administraccedilatildeo

A cobranccedila da contribuiccedilatildeo de melhoria encontra limitaccedilotildees em dois aspectos- O LIMITE INDIVIDUAL aponta para uma tutela da valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria de cada proprietaacuterio- O LIMITE GLOBAL impotildee que arrecadaccedilatildeo natildeo pode se situar acima do gasto despendido com a obra

EMPREacuteSTIMO COMPULSOacuteRIO Art 148 da CF

ldquoA Uniatildeo mediante lei complementar poderaacute instituir empreacutestimos compulsoacuteriosI ndash para atender a despesas extraordinaacuterias decorrentes de calamidade puacuteblica de guerra externa ou sua iminecircnciaII ndash no caso de investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional observado o disposto no art 150 III bParaacutegrafo uacutenico A aplicaccedilatildeo dos recursos provenientes de empreacutestimo compulsoacuterio seraacute vinculada agrave despesa que fundamentou sua instituiccedilatildeordquo

Eacute um ldquotributo com claacuteusula de restituiccedilatildeordquo (Pontes de Miranda)

Eacute de competecircncia exclusiva da Uniatildeo Tem natureza temporaacuteria subsistindo sua

cobranccedila enquanto existe o fundamento constitucional

Tendo em vista que o paraacutegrafo uacutenico do art 148 da CF atrela a arrecadaccedilatildeo do empreacutestimo compulsoacuterio agrave despesa que o respaldou natildeo se admite a ldquotredestinaccedilatildeordquo (desvio de finalidade) na gestatildeo de seus recursos

Pressupostos autorizativos

A) despesas extraordinaacuterias (incI)- A1) calamidade puacuteblica (maremotos teremotos enchentes incecircndios secas tufotildees ciclones etc)- A2) guerra externa (a expressatildeo indica os conflitos externos cuja deflagraccedilatildeo tenha sido provocada por paiacutes estrangeiro)

B) investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional (inc II)

Os pressupostos autorizativos NAtildeO se confundem com seu fato gerador

Isso porque o legislador constituinte natildeo apontou expressamente o fato gerador do empreacutestimo compulsoacuterio ficando a cargo da lei complementar selecionar o fato imponiacutevel especiacutefico apto a gerar para o contribuinte o dever de pagar o gravame

Assim o legislador federal agrave luz da Constituiccedilatildeo goza de larga liberdade de escolha para a definiccedilatildeo do fato gerador

CONTRIBUICcedilOtildeES

Segundo o art 149 da CF haacute

a) contribuiccedilotildees federais de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (caput)

b)contribuiccedilotildees estaduais distritais e municipais de competecircncia dos Estados DF e Municiacutepios (sect 1ordm)

c) contribuiccedilotildees municipais de competecircncia dos municiacutepios e DF (art 149-A da CF)

As CONTRIBUICcedilOtildeES satildeo gravames cuja destinaccedilatildeo se revele no financiamento de gastos especiacuteficos no contexto de intervenccedilatildeo do Estado nos campos social e econocircmico no cumprimento de ditames da poliacutetica de governo

Para Fernando Maida ldquoas contribuiccedilotildees extrafiscais deveratildeo atender as necessidades na conduccedilatildeo da economia ou correccedilatildeo de situaccedilotildees sociais indesejadas ou mesmo possibilidade de fomento a certas atividades ou ramo de atividades de acordo com o preceituado na Constituiccedilatildeo Jaacute as contribuiccedilotildees parafiscais satildeo aquelas que se destinam exclusivamente ao custeio de atividades paralelas agrave administraccedilatildeo puacuteblica diretardquo

O art 149 caput da CF designa as seguintes contribuiccedilotildees

a) contribuiccedilotildees SOCIAIS

b) contribuiccedilotildees de INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

c) contribuiccedilotildees de INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

Tambeacutem chamadas de contribuiccedilotildees PROFISSIONAIS ou CORPORATIVAS satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo

Haacute dois bons exemplos deste tributo- a contribuiccedilatildeo-anuidade- a contribuiccedilatildeo sindical

Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Page 23: ESPÉCIES DE TRIBUTOS Segundo Eduardo Sabbag. Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo

A base de caacutelculo significa o quantum de valorizaccedilatildeo acrescido ao imoacutevel em funccedilatildeo da obra puacuteblica realizada pela Administraccedilatildeo

A cobranccedila da contribuiccedilatildeo de melhoria encontra limitaccedilotildees em dois aspectos- O LIMITE INDIVIDUAL aponta para uma tutela da valorizaccedilatildeo imobiliaacuteria de cada proprietaacuterio- O LIMITE GLOBAL impotildee que arrecadaccedilatildeo natildeo pode se situar acima do gasto despendido com a obra

EMPREacuteSTIMO COMPULSOacuteRIO Art 148 da CF

ldquoA Uniatildeo mediante lei complementar poderaacute instituir empreacutestimos compulsoacuteriosI ndash para atender a despesas extraordinaacuterias decorrentes de calamidade puacuteblica de guerra externa ou sua iminecircnciaII ndash no caso de investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional observado o disposto no art 150 III bParaacutegrafo uacutenico A aplicaccedilatildeo dos recursos provenientes de empreacutestimo compulsoacuterio seraacute vinculada agrave despesa que fundamentou sua instituiccedilatildeordquo

Eacute um ldquotributo com claacuteusula de restituiccedilatildeordquo (Pontes de Miranda)

Eacute de competecircncia exclusiva da Uniatildeo Tem natureza temporaacuteria subsistindo sua

cobranccedila enquanto existe o fundamento constitucional

Tendo em vista que o paraacutegrafo uacutenico do art 148 da CF atrela a arrecadaccedilatildeo do empreacutestimo compulsoacuterio agrave despesa que o respaldou natildeo se admite a ldquotredestinaccedilatildeordquo (desvio de finalidade) na gestatildeo de seus recursos

Pressupostos autorizativos

A) despesas extraordinaacuterias (incI)- A1) calamidade puacuteblica (maremotos teremotos enchentes incecircndios secas tufotildees ciclones etc)- A2) guerra externa (a expressatildeo indica os conflitos externos cuja deflagraccedilatildeo tenha sido provocada por paiacutes estrangeiro)

B) investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional (inc II)

Os pressupostos autorizativos NAtildeO se confundem com seu fato gerador

Isso porque o legislador constituinte natildeo apontou expressamente o fato gerador do empreacutestimo compulsoacuterio ficando a cargo da lei complementar selecionar o fato imponiacutevel especiacutefico apto a gerar para o contribuinte o dever de pagar o gravame

Assim o legislador federal agrave luz da Constituiccedilatildeo goza de larga liberdade de escolha para a definiccedilatildeo do fato gerador

CONTRIBUICcedilOtildeES

Segundo o art 149 da CF haacute

a) contribuiccedilotildees federais de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (caput)

b)contribuiccedilotildees estaduais distritais e municipais de competecircncia dos Estados DF e Municiacutepios (sect 1ordm)

c) contribuiccedilotildees municipais de competecircncia dos municiacutepios e DF (art 149-A da CF)

As CONTRIBUICcedilOtildeES satildeo gravames cuja destinaccedilatildeo se revele no financiamento de gastos especiacuteficos no contexto de intervenccedilatildeo do Estado nos campos social e econocircmico no cumprimento de ditames da poliacutetica de governo

Para Fernando Maida ldquoas contribuiccedilotildees extrafiscais deveratildeo atender as necessidades na conduccedilatildeo da economia ou correccedilatildeo de situaccedilotildees sociais indesejadas ou mesmo possibilidade de fomento a certas atividades ou ramo de atividades de acordo com o preceituado na Constituiccedilatildeo Jaacute as contribuiccedilotildees parafiscais satildeo aquelas que se destinam exclusivamente ao custeio de atividades paralelas agrave administraccedilatildeo puacuteblica diretardquo

O art 149 caput da CF designa as seguintes contribuiccedilotildees

a) contribuiccedilotildees SOCIAIS

b) contribuiccedilotildees de INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

c) contribuiccedilotildees de INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

Tambeacutem chamadas de contribuiccedilotildees PROFISSIONAIS ou CORPORATIVAS satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo

Haacute dois bons exemplos deste tributo- a contribuiccedilatildeo-anuidade- a contribuiccedilatildeo sindical

Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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EMPREacuteSTIMO COMPULSOacuteRIO Art 148 da CF

ldquoA Uniatildeo mediante lei complementar poderaacute instituir empreacutestimos compulsoacuteriosI ndash para atender a despesas extraordinaacuterias decorrentes de calamidade puacuteblica de guerra externa ou sua iminecircnciaII ndash no caso de investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional observado o disposto no art 150 III bParaacutegrafo uacutenico A aplicaccedilatildeo dos recursos provenientes de empreacutestimo compulsoacuterio seraacute vinculada agrave despesa que fundamentou sua instituiccedilatildeordquo

Eacute um ldquotributo com claacuteusula de restituiccedilatildeordquo (Pontes de Miranda)

Eacute de competecircncia exclusiva da Uniatildeo Tem natureza temporaacuteria subsistindo sua

cobranccedila enquanto existe o fundamento constitucional

Tendo em vista que o paraacutegrafo uacutenico do art 148 da CF atrela a arrecadaccedilatildeo do empreacutestimo compulsoacuterio agrave despesa que o respaldou natildeo se admite a ldquotredestinaccedilatildeordquo (desvio de finalidade) na gestatildeo de seus recursos

Pressupostos autorizativos

A) despesas extraordinaacuterias (incI)- A1) calamidade puacuteblica (maremotos teremotos enchentes incecircndios secas tufotildees ciclones etc)- A2) guerra externa (a expressatildeo indica os conflitos externos cuja deflagraccedilatildeo tenha sido provocada por paiacutes estrangeiro)

B) investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional (inc II)

Os pressupostos autorizativos NAtildeO se confundem com seu fato gerador

Isso porque o legislador constituinte natildeo apontou expressamente o fato gerador do empreacutestimo compulsoacuterio ficando a cargo da lei complementar selecionar o fato imponiacutevel especiacutefico apto a gerar para o contribuinte o dever de pagar o gravame

Assim o legislador federal agrave luz da Constituiccedilatildeo goza de larga liberdade de escolha para a definiccedilatildeo do fato gerador

CONTRIBUICcedilOtildeES

Segundo o art 149 da CF haacute

a) contribuiccedilotildees federais de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (caput)

b)contribuiccedilotildees estaduais distritais e municipais de competecircncia dos Estados DF e Municiacutepios (sect 1ordm)

c) contribuiccedilotildees municipais de competecircncia dos municiacutepios e DF (art 149-A da CF)

As CONTRIBUICcedilOtildeES satildeo gravames cuja destinaccedilatildeo se revele no financiamento de gastos especiacuteficos no contexto de intervenccedilatildeo do Estado nos campos social e econocircmico no cumprimento de ditames da poliacutetica de governo

Para Fernando Maida ldquoas contribuiccedilotildees extrafiscais deveratildeo atender as necessidades na conduccedilatildeo da economia ou correccedilatildeo de situaccedilotildees sociais indesejadas ou mesmo possibilidade de fomento a certas atividades ou ramo de atividades de acordo com o preceituado na Constituiccedilatildeo Jaacute as contribuiccedilotildees parafiscais satildeo aquelas que se destinam exclusivamente ao custeio de atividades paralelas agrave administraccedilatildeo puacuteblica diretardquo

O art 149 caput da CF designa as seguintes contribuiccedilotildees

a) contribuiccedilotildees SOCIAIS

b) contribuiccedilotildees de INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

c) contribuiccedilotildees de INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

Tambeacutem chamadas de contribuiccedilotildees PROFISSIONAIS ou CORPORATIVAS satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo

Haacute dois bons exemplos deste tributo- a contribuiccedilatildeo-anuidade- a contribuiccedilatildeo sindical

Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Eacute um ldquotributo com claacuteusula de restituiccedilatildeordquo (Pontes de Miranda)

Eacute de competecircncia exclusiva da Uniatildeo Tem natureza temporaacuteria subsistindo sua

cobranccedila enquanto existe o fundamento constitucional

Tendo em vista que o paraacutegrafo uacutenico do art 148 da CF atrela a arrecadaccedilatildeo do empreacutestimo compulsoacuterio agrave despesa que o respaldou natildeo se admite a ldquotredestinaccedilatildeordquo (desvio de finalidade) na gestatildeo de seus recursos

Pressupostos autorizativos

A) despesas extraordinaacuterias (incI)- A1) calamidade puacuteblica (maremotos teremotos enchentes incecircndios secas tufotildees ciclones etc)- A2) guerra externa (a expressatildeo indica os conflitos externos cuja deflagraccedilatildeo tenha sido provocada por paiacutes estrangeiro)

B) investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional (inc II)

Os pressupostos autorizativos NAtildeO se confundem com seu fato gerador

Isso porque o legislador constituinte natildeo apontou expressamente o fato gerador do empreacutestimo compulsoacuterio ficando a cargo da lei complementar selecionar o fato imponiacutevel especiacutefico apto a gerar para o contribuinte o dever de pagar o gravame

Assim o legislador federal agrave luz da Constituiccedilatildeo goza de larga liberdade de escolha para a definiccedilatildeo do fato gerador

CONTRIBUICcedilOtildeES

Segundo o art 149 da CF haacute

a) contribuiccedilotildees federais de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (caput)

b)contribuiccedilotildees estaduais distritais e municipais de competecircncia dos Estados DF e Municiacutepios (sect 1ordm)

c) contribuiccedilotildees municipais de competecircncia dos municiacutepios e DF (art 149-A da CF)

As CONTRIBUICcedilOtildeES satildeo gravames cuja destinaccedilatildeo se revele no financiamento de gastos especiacuteficos no contexto de intervenccedilatildeo do Estado nos campos social e econocircmico no cumprimento de ditames da poliacutetica de governo

Para Fernando Maida ldquoas contribuiccedilotildees extrafiscais deveratildeo atender as necessidades na conduccedilatildeo da economia ou correccedilatildeo de situaccedilotildees sociais indesejadas ou mesmo possibilidade de fomento a certas atividades ou ramo de atividades de acordo com o preceituado na Constituiccedilatildeo Jaacute as contribuiccedilotildees parafiscais satildeo aquelas que se destinam exclusivamente ao custeio de atividades paralelas agrave administraccedilatildeo puacuteblica diretardquo

O art 149 caput da CF designa as seguintes contribuiccedilotildees

a) contribuiccedilotildees SOCIAIS

b) contribuiccedilotildees de INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

c) contribuiccedilotildees de INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

Tambeacutem chamadas de contribuiccedilotildees PROFISSIONAIS ou CORPORATIVAS satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo

Haacute dois bons exemplos deste tributo- a contribuiccedilatildeo-anuidade- a contribuiccedilatildeo sindical

Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Page 26: ESPÉCIES DE TRIBUTOS Segundo Eduardo Sabbag. Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo

Pressupostos autorizativos

A) despesas extraordinaacuterias (incI)- A1) calamidade puacuteblica (maremotos teremotos enchentes incecircndios secas tufotildees ciclones etc)- A2) guerra externa (a expressatildeo indica os conflitos externos cuja deflagraccedilatildeo tenha sido provocada por paiacutes estrangeiro)

B) investimento puacuteblico de caraacuteter urgente e de relevante interesse nacional (inc II)

Os pressupostos autorizativos NAtildeO se confundem com seu fato gerador

Isso porque o legislador constituinte natildeo apontou expressamente o fato gerador do empreacutestimo compulsoacuterio ficando a cargo da lei complementar selecionar o fato imponiacutevel especiacutefico apto a gerar para o contribuinte o dever de pagar o gravame

Assim o legislador federal agrave luz da Constituiccedilatildeo goza de larga liberdade de escolha para a definiccedilatildeo do fato gerador

CONTRIBUICcedilOtildeES

Segundo o art 149 da CF haacute

a) contribuiccedilotildees federais de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (caput)

b)contribuiccedilotildees estaduais distritais e municipais de competecircncia dos Estados DF e Municiacutepios (sect 1ordm)

c) contribuiccedilotildees municipais de competecircncia dos municiacutepios e DF (art 149-A da CF)

As CONTRIBUICcedilOtildeES satildeo gravames cuja destinaccedilatildeo se revele no financiamento de gastos especiacuteficos no contexto de intervenccedilatildeo do Estado nos campos social e econocircmico no cumprimento de ditames da poliacutetica de governo

Para Fernando Maida ldquoas contribuiccedilotildees extrafiscais deveratildeo atender as necessidades na conduccedilatildeo da economia ou correccedilatildeo de situaccedilotildees sociais indesejadas ou mesmo possibilidade de fomento a certas atividades ou ramo de atividades de acordo com o preceituado na Constituiccedilatildeo Jaacute as contribuiccedilotildees parafiscais satildeo aquelas que se destinam exclusivamente ao custeio de atividades paralelas agrave administraccedilatildeo puacuteblica diretardquo

O art 149 caput da CF designa as seguintes contribuiccedilotildees

a) contribuiccedilotildees SOCIAIS

b) contribuiccedilotildees de INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

c) contribuiccedilotildees de INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

Tambeacutem chamadas de contribuiccedilotildees PROFISSIONAIS ou CORPORATIVAS satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo

Haacute dois bons exemplos deste tributo- a contribuiccedilatildeo-anuidade- a contribuiccedilatildeo sindical

Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Page 27: ESPÉCIES DE TRIBUTOS Segundo Eduardo Sabbag. Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo

Os pressupostos autorizativos NAtildeO se confundem com seu fato gerador

Isso porque o legislador constituinte natildeo apontou expressamente o fato gerador do empreacutestimo compulsoacuterio ficando a cargo da lei complementar selecionar o fato imponiacutevel especiacutefico apto a gerar para o contribuinte o dever de pagar o gravame

Assim o legislador federal agrave luz da Constituiccedilatildeo goza de larga liberdade de escolha para a definiccedilatildeo do fato gerador

CONTRIBUICcedilOtildeES

Segundo o art 149 da CF haacute

a) contribuiccedilotildees federais de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (caput)

b)contribuiccedilotildees estaduais distritais e municipais de competecircncia dos Estados DF e Municiacutepios (sect 1ordm)

c) contribuiccedilotildees municipais de competecircncia dos municiacutepios e DF (art 149-A da CF)

As CONTRIBUICcedilOtildeES satildeo gravames cuja destinaccedilatildeo se revele no financiamento de gastos especiacuteficos no contexto de intervenccedilatildeo do Estado nos campos social e econocircmico no cumprimento de ditames da poliacutetica de governo

Para Fernando Maida ldquoas contribuiccedilotildees extrafiscais deveratildeo atender as necessidades na conduccedilatildeo da economia ou correccedilatildeo de situaccedilotildees sociais indesejadas ou mesmo possibilidade de fomento a certas atividades ou ramo de atividades de acordo com o preceituado na Constituiccedilatildeo Jaacute as contribuiccedilotildees parafiscais satildeo aquelas que se destinam exclusivamente ao custeio de atividades paralelas agrave administraccedilatildeo puacuteblica diretardquo

O art 149 caput da CF designa as seguintes contribuiccedilotildees

a) contribuiccedilotildees SOCIAIS

b) contribuiccedilotildees de INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

c) contribuiccedilotildees de INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

Tambeacutem chamadas de contribuiccedilotildees PROFISSIONAIS ou CORPORATIVAS satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo

Haacute dois bons exemplos deste tributo- a contribuiccedilatildeo-anuidade- a contribuiccedilatildeo sindical

Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Page 28: ESPÉCIES DE TRIBUTOS Segundo Eduardo Sabbag. Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo

CONTRIBUICcedilOtildeES

Segundo o art 149 da CF haacute

a) contribuiccedilotildees federais de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (caput)

b)contribuiccedilotildees estaduais distritais e municipais de competecircncia dos Estados DF e Municiacutepios (sect 1ordm)

c) contribuiccedilotildees municipais de competecircncia dos municiacutepios e DF (art 149-A da CF)

As CONTRIBUICcedilOtildeES satildeo gravames cuja destinaccedilatildeo se revele no financiamento de gastos especiacuteficos no contexto de intervenccedilatildeo do Estado nos campos social e econocircmico no cumprimento de ditames da poliacutetica de governo

Para Fernando Maida ldquoas contribuiccedilotildees extrafiscais deveratildeo atender as necessidades na conduccedilatildeo da economia ou correccedilatildeo de situaccedilotildees sociais indesejadas ou mesmo possibilidade de fomento a certas atividades ou ramo de atividades de acordo com o preceituado na Constituiccedilatildeo Jaacute as contribuiccedilotildees parafiscais satildeo aquelas que se destinam exclusivamente ao custeio de atividades paralelas agrave administraccedilatildeo puacuteblica diretardquo

O art 149 caput da CF designa as seguintes contribuiccedilotildees

a) contribuiccedilotildees SOCIAIS

b) contribuiccedilotildees de INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

c) contribuiccedilotildees de INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

Tambeacutem chamadas de contribuiccedilotildees PROFISSIONAIS ou CORPORATIVAS satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo

Haacute dois bons exemplos deste tributo- a contribuiccedilatildeo-anuidade- a contribuiccedilatildeo sindical

Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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As CONTRIBUICcedilOtildeES satildeo gravames cuja destinaccedilatildeo se revele no financiamento de gastos especiacuteficos no contexto de intervenccedilatildeo do Estado nos campos social e econocircmico no cumprimento de ditames da poliacutetica de governo

Para Fernando Maida ldquoas contribuiccedilotildees extrafiscais deveratildeo atender as necessidades na conduccedilatildeo da economia ou correccedilatildeo de situaccedilotildees sociais indesejadas ou mesmo possibilidade de fomento a certas atividades ou ramo de atividades de acordo com o preceituado na Constituiccedilatildeo Jaacute as contribuiccedilotildees parafiscais satildeo aquelas que se destinam exclusivamente ao custeio de atividades paralelas agrave administraccedilatildeo puacuteblica diretardquo

O art 149 caput da CF designa as seguintes contribuiccedilotildees

a) contribuiccedilotildees SOCIAIS

b) contribuiccedilotildees de INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

c) contribuiccedilotildees de INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

Tambeacutem chamadas de contribuiccedilotildees PROFISSIONAIS ou CORPORATIVAS satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo

Haacute dois bons exemplos deste tributo- a contribuiccedilatildeo-anuidade- a contribuiccedilatildeo sindical

Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Page 30: ESPÉCIES DE TRIBUTOS Segundo Eduardo Sabbag. Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo

O art 149 caput da CF designa as seguintes contribuiccedilotildees

a) contribuiccedilotildees SOCIAIS

b) contribuiccedilotildees de INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

c) contribuiccedilotildees de INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

Tambeacutem chamadas de contribuiccedilotildees PROFISSIONAIS ou CORPORATIVAS satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo

Haacute dois bons exemplos deste tributo- a contribuiccedilatildeo-anuidade- a contribuiccedilatildeo sindical

Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Page 31: ESPÉCIES DE TRIBUTOS Segundo Eduardo Sabbag. Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONOcircMICAS

Tambeacutem chamadas de contribuiccedilotildees PROFISSIONAIS ou CORPORATIVAS satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo

Haacute dois bons exemplos deste tributo- a contribuiccedilatildeo-anuidade- a contribuiccedilatildeo sindical

Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Contribuiccedilatildeo-anuidade

Busca prover de recursos os oacutergatildeos controladores e fiscalizadores das profissotildees (CREA CRM CRC etc)

Esses oacutergatildeos ou PARAFISCOS satildeo geralmente pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico que se revelam como sujeitos ativos de uma relevante contribuiccedilatildeo profissional ou corporativa

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Page 33: ESPÉCIES DE TRIBUTOS Segundo Eduardo Sabbag. Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo

Contribuiccedilatildeo sindical

Para o STF a contribuiccedilatildeo sindical eacute contribuiccedilatildeo PARAFISCAL ou especial na subespeacutecie ldquocorporativa ou profissionalrdquo sendo um tributo federal de competecircncia exclusiva da Uniatildeo que tem vulgarmente recebido o nome inadequado de ldquoimposto sindicalrdquo (RE 1299301991-SP)

Deteacutem inegaacutevel feiccedilatildeo tributaacuteria sujeitando-se agraves regras gerais de Direito Tributaacuterio torna-se compulsoacuteria aos trabalhadores celetistas integrantes da categoria sindicalizados ou natildeo que devem de modo obrigatoacuterio pagaacute-la anualmente ao sindicato montante equivalente agrave importacircncia de um dia de trabalho

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Page 34: ESPÉCIES DE TRIBUTOS Segundo Eduardo Sabbag. Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo

A contribuiccedilatildeo SINDICAL natildeo se mistura com a contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA (art 8ordm IV parte final CF) eacute desprovida de natureza tributaacuteria e portanto de obrigatoriedade

Eacute devida pelos filiados agrave entidade sindical respectiva (Suacutemula 666 STF)

Os membros da organizaccedilatildeo sindical tecircm a possibilidade de natildeo a pagar retirando-se do sindicato caso queiram e ainda assim mantecircm-se aptos a exercer a atividade profissional ou econocircmica

Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Portanto a contribuiccedilatildeo SINDICAL tem natureza tributaacuteria sendo legalmente prevista e cobrada de todos os trabalhadores filiados ou natildeo agrave organizaccedilatildeo sindical correspondente

A contribuiccedilatildeo CONFEDERATIVA natildeo deteacutem natureza tributaacuteria eacute estabelecida por Assembleacuteia Geral e eacute cobrada dos filiados ao respectivo sindicato para o custeio do sistema confederativo de representaccedilatildeo sindical

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Page 36: ESPÉCIES DE TRIBUTOS Segundo Eduardo Sabbag. Defende a maioria da doutrina que existem 05 tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo

CONTRIBUICcedilOtildeES DE INTERVENCcedilAtildeO NO DOMIacuteNIO ECONOcircMICO

Tambeacutem chamadas CONTRIBUICcedilOtildeES INTERVENTIVAS ou CIDEs satildeo de competecircncia exclusiva da Uniatildeo (art 149 sect 2ordm I II e III da CF)

O Brasil eacute um Estado intervencionista voltado a comandar a vida econocircmica dos cidadatildeos por meio de atuaccedilatildeo estatal

Nesse cenaacuterio eacute que satildeo cultivadas as CIDEs

Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Haacute atividades econocircmicas que necessitam sofrer intervenccedilatildeo do Estado Federal de modo a se provocar ora um controle fiscalizatoacuterio regulando o fluxo de produccedilatildeo ora uma atividade de fomento tendente agrave melhoria do setor beneficiado

Tecircm natureza EXTRAFISCAL

Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Aplicam-se agraves CIDEs as seguintes regras (art 149 sect 2ordm CF)

a) natildeo incidiratildeo sobre as receitas decorrentes de exportaccedilatildeob) incidiratildeo tambeacutem sobre a importaccedilatildeo de produtos estrangeiros ou serviccedilosc) obedeceratildeo a todos os princiacutepios constitucionais tributaacuterios ressalvado o caso da CIDE ndash Combustiacuteveld) poderatildeo incidir uma uacutenica vez

Haacute dois bons exemplos desse tributo- CIDE ndash Combustiacutevel- CIDE ndash Royalties

CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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CIDE ndash Combustiacutevel

A CIDE ndash Combustiacutevel recai sobre a importaccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo de petroacuteleo e gaacutes natural (e derivados) e sobre o aacutelcool etiacutelico combustiacutevel

Este tributo natildeo atende aos tributaacuterios princiacutepios da legalidade e anterioridade (anual) quanto agrave reduccedilatildeo e restabelecimento de aliacutequotas (art 149 sect 2ordm II e 177 sect 4ordm CF)

Sua aliacutequota poderaacute ser diferenciada em funccedilatildeo da natureza do produto

Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Satildeo contribuintes da CIDE ndash Combustiacutevel- o produtor- o formulador- o importador

Sua base de caacutelculo eacute a unidade de medida estipulada na lei para os produtos importados e comercializados no mercado interno enquanto as aliacutequotas satildeo especiacuteficas

Eacute arrecadada pela Secretaria da Receita Federal A reparticcedilatildeo de suas receitas eacute feita pela Uniatildeo

com Estados e DF no percentual de 29 Estes uacuteltimos devem repassar 25 (14) do que receberem da Uniatildeo aos Municiacutepios

CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

tecnologiardquo para fins de incidecircncia da CIDE ndash Royalties os contratos relativos agrave exploraccedilatildeo de patentes ou de uso de marca e os de fornecimento de tecnologia e prestaccedilatildeo de assistecircncia teacutecnica

Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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CIDE ndash Royalties

A CIDE ndash Royalties atende ao Programa de Estiacutemulo agrave Interaccedilatildeo Universidade-Empresa para o Apoio agrave Inovaccedilatildeo buscando estimular o desenvolvimento tecnoloacutegico brasileiro mediante fomento agrave pesquisa

A aliacutequota eacute de 10 Satildeo considerados ldquocontratos de transferecircncia de

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Cabe agrave administraccedilatildeo da Secretaria da Receita Federal do Brasil

CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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CONTRIBUICcedilOtildeES SOCIAIS

De acordo com o STF satildeo ldquocontribuiccedilotildees sociaisrdquo (parafiscais)

1 Contribuiccedilotildees Sociais Gerais (salaacuterio-educaccedilatildeo e sistema ldquoSrdquo)2 Contribuiccedilotildees de Seguridade Social (art 195 I a IV CF)3 Outras Contribuiccedilotildees Sociais (as ldquoContribuiccedilotildees Residuaisrdquo agrave luz do art 195 sect 4ordm)

Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Contribuiccedilotildees Sociais Gerais Satildeo de competecircncia da Uniatildeo Custeiam a atuaccedilatildeo do Estado em outros

campos sociais diversos daquele previstos no art 195 da CF quais sejam sauacutede previdecircncia e assistecircncia social pertencentes agrave Seguridade Social e financiados pelas correspondentes contribuiccedilotildees para a seguridade social

As Contribuiccedilotildees Sociais Gerais satildeo a contribuiccedilatildeo ao salaacuterio-educaccedilatildeo (art 212 sect 5ordm CF) e as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo (art 240 da CF)

As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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As Contribuiccedilotildees destinadas aos Serviccedilos Sociais Autocircnomos (Sistema ldquoSrdquo) satildeo destinadas agraves entidades privadas de serviccedilos sociais autocircnomos e de formaccedilatildeo profissional

Tais organismos ndash SENAI SESI SESC SEBRAE SENAC etc - pertencentes ao chamado Sistema ldquoSrdquo dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos no acircmbito social e econocircmico

Exigem-se as contribuiccedilotildees ao Sistema ldquoSrdquo dos empregadores destinando-se o recurso agraves entidades privadas mencionadas

A base de caacutelculo atrela-se agraves remuneraccedilotildees pagas aos empregados

As Contribuiccedilotildees do Sistema ldquoSrdquo satildeo recolhidas pela Receita Federal

Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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Contribuiccedilotildees de Seguridade Social

O orccedilamento da seguridade social eacute composto de receitas advindas de recursos dos entes puacuteblicos por meio dos impostos e de receitas oriundas das contribuiccedilotildees especiacuteficas

Sujeitam-se agrave anterioridade nonagesimal O art 149 sect 1ordm da CF destaca as contribuiccedilotildees

previdenciaacuterias estaduais distritais e municipais que podem ser cobradas dos servidores puacuteblicos estatutaacuterios para custear o regime proacuteprio de previdecircncia social

Aliacutequota natildeo inferior a 11

A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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A seguridade social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta (princiacutepio da solidariedade) mediante recursos da Uniatildeo dos Estados do DF e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais1ordf - importador (art 195 IV da CF)2ordf - receita de loterias (art 195 III da CF)3ordf - trabalhador (art 195 II da CF)4ordf - empregador e empresa (art 195 I da CF)

Tais fontes de custeio podem ser criadas por meio de lei ordinaacuteria ou ateacute mesmo por medida provisoacuteria exceto as contribuiccedilotildees residuais (por lei complementar)

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