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C M Y K & DIÁRIO. MAIS QUE NOTÍCIAS. INTELIGÊNCIA. CONHECIMENTO. CURITIBA, 1º DE JANEIRO DE 2011 Ano XXXIV | Edição nº 8287 | EDIÇÃO ESPECIAL | WWW.ICNEWS.COM.BR Indústria Comércio Luiz Carlos Hauly Secretário da Fazenda do Paraná Hauly é um grande estudioso do ICMS e poderá contribuir muito, com propostas não só estadual, mas a nível federal. Hauly conti- nuará sendo um grande aliado para a defesa da reforma tributá- ria, mesmo ocupando o posto de secretário da Fazenda do Estado do Paraná.” Cláudio Antônio Vignatti, deputado federal (SC) Hauly faz parte de um pequeno grupo de parlamentares, de caráter pluripartidário, inte- grantes da Comissão de Finan- ças e Tributação da Câmara, que são a alma da Frente Parla- mentar das Micro e Pequenas Empresas.” Pepe Vargas, deputado federal (RS) Como parlamentar, o deputado carrega uma visão de quem teve a oportunidade de receber os anseios do setor, o que será importante em sua atuação no Confaz” Senador Aldemir Santana (Distrito Federal) Hauly é um dos parlamentares que mais conhecem o sistema tributário nacional na Câmara Federal. E por força disso prestou um grande serviço na defesa dos interesses das empresas nacionais, principalmente das micro e pequenas empresas.” Mauro César Kalinke, presidente do Sescap Nós tivemos juntos nesses últimos seis anos, dia a dia discutindo a Lei Geral da Micro Pequena Empresa. Ele é o “pai” junto com outros políticos desta Lei. O Estado do Paraná nunca esteve tão bem servido nessa área, com o Haully na pasta de Finanças.” Valdir Pietrobon, presidente da Fenacon Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas Apoio Institucional: www.fenacon.org.br

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Page 1: especial hauly

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&DIÁRIO. MAIS QUE NOTÍCIAS. INTELIGÊNCIA. CONHECIMENTO.

CURITIBA, 1º DE JANEIRO DE 2011

Ano XXXIV | Edição nº 8287 | EDIÇÃO ESPECIAL | WWW.ICNEWS.COM.BR

Indústria Comércio

Luiz Carlos HaulySecretário da Fazenda do Paraná

Hauly é um grande estudioso doICMS e poderá contribuir muito,com propostas não só estadual,mas a nível federal. Hauly conti-nuará sendo um grande aliadopara a defesa da reforma tributá-ria, mesmo ocupando o posto desecretário da Fazenda do Estadodo Paraná.”

Cláudio Antônio Vignatti,deputado federal (SC)

Hauly faz parte de um pequeno

grupo de parlamentares, de

caráter pluripartidário, inte-

grantes da Comissão de Finan-

ças e Tributação da Câmara,

que são a alma da Frente Parla-

mentar das Micro e Pequenas

Empresas.”

Pepe Vargas,

deputado federal (RS)

Como parlamentar, o deputadocarrega uma visão de quem tevea oportunidade de receber osanseios do setor, o que seráimportante em suaatuação no Confaz”

Senador Aldemir Santana(Distrito Federal)

Hauly é um dos parlamentares que

mais conhecem o sistema tributário

nacional na Câmara Federal. E por força

disso prestou um grande serviço na

defesa dos interesses das empresas

nacionais, principalmente das micro e

pequenas empresas.”

Mauro César Kalinke,

presidente do Sescap

Nós tivemos juntos nesses últimosseis anos, dia a dia discutindo a LeiGeral da Micro Pequena Empresa. Eleé o “pai” junto com outros políticosdesta Lei. O Estado do Paraná nuncaesteve tão bem servido nessa área,com o Haully na pasta de Finanças.”

Valdir Pietrobon,presidente da Fenacon

Federação Nacional das Empresas de ServiçosContábeis e das Empresas de Assessoramento,Perícias, Informações e Pesquisas

Apoio Institucional:

www.fenacon.org.br

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Luiz Augusto Juk

Para o presidente do SESCAP- Sin-dicato das Empresas de Serviços Con-tábeis e das Empresas de Assessora-mento, Perícias, Informações e Pes-quisas no Estado do Paraná, MauroCésar Kalinke, o “deputado Luiz Car-los Hauly é um dos parlamentares quemais conhecem o sistema tributárionacional na Câmara Federal. E por for-ça disso prestou um grande serviçona defesa dos interesses das empre-sas nacionais, principalmente das mi-cro e pequenas empresas. Graças à suaatuação, muitas mudanças ocorreramcomo a redução da carga tributária,desburocratização (ainda temos muitoa melhorar, mas houve avanços).”

Quanto participação do deputadofederal Hauly na Lei Geral da MicroEmpresa Mauro afirmou que foi fun-damental, “pois sua experiência par-lamentar e vivência junto ao mundoempresarial fizeram com que a legis-lação do Simples Nacional fosse real-mente muito benéfica às empresas.Com a diminuição da burocracia e dacarga tributária, muitos empregos fo-ram gerados, fazendo com que a eco-nomia se mantivesse estável na épo-ca da crise mundial e agora com umcrescimento considerável” lembrou.

Mais adiante, Kalinke salientouque o fato de o deputado Hauly, nacondição de secretário da Fazenda,integrar o Confaz trará inovações nasquestões tributárias. “Esta é a nossaexpectativa, pois com sua visão ma-cro, poderá fazer com que outros se-

“Hauly no Confaztrará inovações nasquestões tributárias”

Especial Indústria&Comércio | Curitiba, 1º de janeiro de 2011 | D2

GRUPO EDITORIAL INDÚSTRIA & COMÉRCIO - PARANÁ - FUNDADO EM 2 DE SETEMBRO DE 1976.

Rua Imaculada Conçeição, 205Rebouças - CuritibaFone: 41 3333.9800

www.icnews.com.br

EXPEDIENTE

Fundador

Odone Fortes Martins

[email protected]

Comercial: Edições Especiais

Janete Machado de Lima

[email protected]

Editor

Luiz Augusto Juk

[email protected]

Reportagem e entrevistas

Emelin Leszczynski e

Luiz Augusto Juk

Editoração Digital

Eliseu Tisato

Emelin Leszczynski

O Jornal Indústria & Comércioouviu deputados federais e senado-res que integraram a frente parla-mentar em defesa da Lei Geral daMicro e Pequena Empresa, que co-mentaram a indicação do deputa-do federal Luiz Carlos Hauly a fren-te da secretaria da Fazenda do go-verno Beto Richa. Hauly sempre foimuito atuante na Câmara dos De-putados. Integrou onze vezes a lis-ta dos “Cabeças” do Congresso Na-cional, elaborada pelo Departamen-to Intersindical de Assessoria Par-lamentar (Diap).

De acordo com o senador JoséBarroso Pimentel (CE), “embo-ra tenhamos di-vergências políti-cas em alguns te-mas, caminha-mos juntos du-rante todo o pro-cesso de discus-são e aprovaçãoda Lei Geral dasMicro e PequenasEmpresas”.

Para o deputadofederal CarlosMelles (MG) onovo governadordo Estado do Para-ná, Beto Richa,“está de parabénspela escolha doseu secretariado,em especial do de-putado Hauly para a secretaria deFazenda. Tanto o Hauly como eu,seguiremos unidos nessa luta emnossos estados e também no Con-gresso Nacional, pois tenho certe-za que mesmo como secretário oHauly não se ausentará das ques-tões do legislativo federal e se farápresente sempre que for preciso”.

Para o deputa-do federal Arnal-do Farias de Sá(SP), que traba-lhou como parla-mentar ao lado deHauly por váriosmandatos, “o Esta-do do Paraná ga-nhará um grande secretário, e nósperderemos um excelente deputado,que são poucos”.

Enquanto isso,o deputado federalCláudio Antô-nio Vignatti(SC), lembra que,“Hauly é um gran-de estudioso doICMS e poderácontribuir muito,com propostas não só estadual, masa nível federal. Hauly continuará sen-do um grande aliado para a defesa dareforma tributária, mesmo ocupan-do o posto de secretário da Fazendado Estado do Paraná”.

A participação do deputado fede-ral Hauly na Lei Geral da Micro Em-presa e sua ação na frente parlamen-tar, foi importante. O deputado Mel-les enfatiza, “o Hauly foi fundamen-tal para mostrar que a Lei Geral dasMicro e Pequenas Empresas não erasomente fiscalista. Era mais ampla, eele desarmou as opiniões contrári-as. Fizemos (Hauly, Melles, Pimentele Vignatti) a transformação para quea Lei Geral fosse tramitada e vitorio-sa no Congresso Nacional”.

De acordo com odeputado Pepe Var-gas (RS), o Hauly fazparte de um pequenogrupo de parlamenta-res, de caráter pluri-partidário, integran-tes da Comissão deFinanças e Tributa-

ção da Câmara, que são a alma daFrente Parlamentar das Micro e Pe-quenas Empresas. “É este grupo que,num diálogo fecundo com os Minis-térios da Fazenda, do Desenvolvi-mento, Indústria e Comércio, da Pre-vidência Social, com o SEBRAE, aFederação Nacional das EmpresasContábeis e as entidades de represen-tação das micro e pequenas empre-sas, vem sendo protagonista no pro-cesso de construção e aperfeiçoa-mento da Lei Geral da Micro e Pe-quena Empresa. Neste grupo o Hau-ly exerce liderança, pelo seu papelcomo formulador de propostas e ar-ticulador político”.

Já para o sena-dor Aldemir San-tana (DF) a atuaçãode Hauly “não se li-mita apenas à Câma-ra Federal, poismuitas vezes Haulyesteve também noSenado, articulan-do, defendendopontos de vista, objetivando a apro-vação da Lei Geral bem como suasalterações. Ele teve também, umaatuação permanente no ComitêGestor do Super Simples, demons-trando competência e foco em suaparticipação”.

Questionados sobre o trabalho dodeputado federal, Luiz Carlos Haulypor mudanças no sistema tributárionacional, os políticos também apon-taram diversas ações do parlamentarparanaense. Para Vignatti, “Haulysempre foi um grande parceiro noprocesso da construção das mudan-ças do sistema tributário nacional. Éuma pessoa que estuda, elabora inde-pendente de cor partidária. Foi umgrande participe da elaboração da LeiGeral da Micro e Pequena Empresa”.

Quanto à condição de Luiz CarlosHauly, integrar o Confaz, como secre-

tario da Fazenda para trazer inova-ções nas questões tributárias, o de-putado também foi fundamental, poisalém de experiência política, Hauly,também tem a tecnica. “A confiança ecredibilidade que ele tem nesse am-biente tributário, e naturalmente pelaexpressão do estado do Paraná, elefará uma grande diferença junto aoscompanheiros do Confaz e tambémna Receita Federal”, ressalva Melles.

O Confaz sempre foi o “calcanharde aquiles”, quanto a Micro e Peque-na Empresa, disse Vignatti. E pros-segue: “como exemplo, está o au-mento da alíquota no índice de fatu-ramento, fazendo com que, 600 milempresas sejam excluídas do regi-me da Lei geral”.

O senador Aldemir Santana diz queHauly vai facilitar o convencimentode seus pares no Confaz. “Como par-lamentar, o deputado carrega umavisão de quem teve a oportunidadede receber os anseios do setor, o queserá importante em sua atuação noConfaz”,enfatizou.

Arnaldo Farias acrescenta aindaque, “sem dúvida é preciso quebrar aespinha do Confaz, que sempre é con-tra tudo, e alguém dentro poderá seruma inovação fundamental”.

Já Pepe Vargas (RS), diz não ter amenor dúvida que a presença doHauly no Confaz será uma ponta delança da causa em favor do aprofun-damento da Lei Geral da Micro e Pe-quena Empresa. Falou ainda que, “Hauly aliará a visão do gestor de fi-nanças de um Estado com a impor-tância do Paraná com uma vista maisampla, do Brasil e de suas diferençasregionais, e o adequado pacto fede-rativo para fazer frente a estas com-plexidades. E são os desacertos dopacto federativo que vem dificultan-do a aprovação da reforma tributá-ria. Uma voz que fala em nome deum Estado, com a visão ampla que oHauly tem, poderá ajudar muito noprocesso de negociação de um novosistema tributário nacional”.

Sobre a questão de que a presen-ça de Hauly como secretário da Fa-zenda seria um facilitador para a re-forma tributária, Carlos Melles é en-fático: “mais que um facilitador eleserá um grande agente da reforma

O que deputados federais e senadores pensam de Hauly

tributária, pelos seus conhecimentose credibilidade, e pela sua visão dadistribuição e arrecadação no Brasil.Ele sabe que são cinco ou seis gran-des áreas que tributam e que dãopeso à receita tributária e sabe comodesonerar as outras áreas para querealmente o Brasil consiga a tão es-perada reforma. Ele será muito maisque um facilitador, será um grandeagente que dará muita força na cons-trução da reforma tributária”.

Já para Vignatti “Hauly sempre foium grande parceiro no processo daconstrução das mudanças do sistematributário nacional. É uma pessoa queestuda, elabora independente de corpartidária. Foi um grande participe daelaboração da Lei Geral da Micro ePequena Empresa”. O parlamentarArnaldo complementa, que Hauly “se-ria um indicador positivo. Mas Esta-dos envolvidos na guerra fiscal, pre-ferem complicar”.

O senador Pimentel ainda enfatizaque “graças ao trabalho supraparti-dário, considero que boa parte da re-forma Tributária foi resolvida, bene-ficiando os pequenos empreendedo-res e fortalecendo a economia brasi-leira. O sucesso desse trabalho podeser medido pela adesão ao SimplesNacional que saltou de 1.337.107empresas no antigo simples federalpara de 4,5 milhões de empresas op-tantes do Simples Nacional”.

E prossegue: “o deputado Luiz Car-los Hauly contribuiu muito com a Ca-mâra e tem um desafio grande pelafrente que é compatibilizar os recur-sos orçamentários do estado do Pa-raná com a natural demanda da po-pulação por serviços públicos cadavez melhores e eficientes”.

cretários fazendários fortaleçam avisão de que a legislação do SimplesNacional é importante para a gera-ção de empregos e distribuição derendas e não uma legislação arreca-dadora de tributos. A questão dasubstituição tributária, muito malé-fica para as empresas enquadradasno simples nacional, precisa ser mu-dada e temos certeza que o agora Se-cretário Hauly será um dos batalha-dores por esta mudança”, enfatizou.

Ao comentar sobre expectativacom relação ao governo Beto Richa,quanto ao sistema tributário fisco-contábil, o presidente do SESCAP-PRdisse que, “nossa expectativa é dasmelhores. Um administrador moder-no, com uma equipe de Secretáriosque são conhecedores de suas áreasde atuação, certamente dará umanova dinâmica no Estado do Paraná.”E enfatizou, “penso que muitas coisasdevam ser mantidas, como a isençãode ICMS para empresas que faturamaté R$ 30.000,00 mensais. Para asempresas que faturam acima destevalor, que seja mantida e redução daalíquota do ICMS. Que se mantenham,também, os critérios menos agressi-vos de fiscalização para as micro e pe-quenas empresas, pois elas são as prin-cipais geradoras de emprego e rendano Estado.”

Salientou que “2011 é o ano propí-cio para que a reforma tributáriaocorra, pois é o primeiro ano de man-dato da nova presidenta da Repúbli-ca. Será o ano de adequação e imple-mentação de novos mecanismos de

controles contábeis e fiscais, tendoem vista a informatização do setor,com a obrigatoriedade da adoção daNota Fiscal Eletrônica para várias ca-tegorias empresariais; o SPED - Siste-ma Público de Escrituração Digital; ainternacionalização das normas con-tábeis etc. Isso ajudará diminuir aburocracia no futuro”, acrescentou .

Ao abordar a atuação do SESCAP-PR para formalização dos prestado-res de serviços autônomos (M.E.I), opresidente da entidade destacou que“pelas projeções feitas pelo SistemaFenacon e outros órgãos envolvidosna formalização dos EmpreendedoresIndividuais, devem ser formalizadascerca de 1 milhão de Empresas.”

Mais adiante fez um breve balançodo sistema SESCAP em 2010 com re-lação à certificação digital, “a deman-da por certificação digital no SESCAP-PR foi maior em 2010 porque todasas empresas dos ramos atacadistas eindustriais foram obrigadas a adotara emissão da nota fiscal eletrônica.Com isso, a demanda foi maior, o quenão deverá ocorrer no próximo ano.Temos a certeza de que a CertificaçãoDigital é uma excelente ferramentapara a desburocratização e agilizaçãode procedimentos juntos aos fiscos.Com as Notas Fiscais Eletrônicas comassinatura digital há uma sensível di-minuição da sonegação de tributos euma facilidade dos fiscos acompanha-rem as movimentações fiscais e con-tábeis das empresas, fazendo, inclusi-ve, com que a concorrência seja maisjusta” finAlizou.

O deputado Luiz Carlos Haulyé um dos parlamentares que maisconhecem o sistema tributárionacional na Câmara Federal. E porforça disso prestou um grandeserviço na defesa dos interesses dasempresas nacionais, principalmentedas micro e pequenas empresas”

Mauro César Kalinke

“O Estado do Paranáganhará um grandesecretário, e nósperderemos umexcelente deputado”

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Valdir Pietrobon defendeparticipação técnica e diz que Haulyserá ponto de equilíbrio no Confaz

Hauly irá facilitar a vida dessas em-presas, liberando-as para que possamgerar emprego.

I&C - O fato do deputado, LuizCarlos Hauly, na condição desecretário da Fazenda integrar oConfaz, pode trazer inovaçõesnas questões tributárias?

Pietrobon: Com certeza, ele seráo ponto de equilíbrio no Confaz. Temconhecimento de toda legislação, tan-to federal quanto estadual e vai sabercomo pesar os benefícios, tanto parao lado do governo como para o contri-buinte. Como diz o deputado José Pi-mentel, na frente parlamentar, “vamosperder um grande deputado, mas va-mos ganhar uma pessoa fantástica noConfaz que vai poder nos ajudar a fazerconta”. Junto com o Hauly queremosmostrar no papel o que o Estado perdeou ganha com determinadas medidas.

I&C - Qual sua expectativacom relação ao governo BetoRicha, quanto ao sistema tribu-tário fisco contábil?

Pietrobon: Espero que ele faça umgrande governo, totalmente diferentedos últimos oito anos, que foi um go-verno truculento e o resultado está aí.Sempre achei o Requião um cara inte-ligente, mas não utiliza a inteligênciapara aquilo que deveria acontecer.Espero que o Beto Richa ouça mais asociedade. Tenho certeza que o Haulyna pasta de Fazenda, o Sebastiani nasecretaria da Administração e o Tani-guchi no Planejamento, são três pes-soas ligadas as entidades como a nossaFenacom. Com isso teremos oportu-nidade de mostrar as nossas reivindi-cações. Outro ponto importante queesperamos que aconteça é que o novogoverno indique pessoas técnicas prin-cipalmente no segundo escalão e dei-xem de lado o aspecto político.

Emelin Leszczynski e Luiz Augusto Juk

Valdir Pietrobon, presidente daFederação Nacional das Empresas seServiços Contábeis (Fenacon) fez ba-lanço sobre as atividades do setorcontábil de 2010 e projeções para2011. Também falou de sua expecta-tiva com relação ao governo Beto Ri-cha e destacou a participação do de-putado Luiz Carlos Hauly que estará àfrente da Secretaria da Fazenda. o se-crettado Luiz Carlos Hauly que serrti-cipaçe o Estado perde e ganho, semenrolar prejuizos em h

Segundo Valdir “Ele será o pontode equilíbrio no Confaz”. Disse tam-bém esperar que o novo Governo con-trate para o segundo escalão pessoaltécnico, deixando de lado as indica-ções políticas.

I&C - Qual a sua opinião sobreo trabalho do deputado federal,Luiz Carlos Hauly por mudançasno sistema tributário nacional?

Pietrobon: É um dos maiores de-putados que tem em Brasília, ele émuito respeitado nas áreas econômi-cas e tributaria. Nós estivemos juntosnesses últimos seis anos, dia-a-dia dis-cutindo a Lei Geral da Micro PequenaEmpresa. Ele é o “pai” junto com ou-tros políticos , desta Lei. O Estado doParaná nunca esteve tão bem servidonessa área.

I&C - Como o senhor entendeque será a participação do depu-tado federal Hauly, agora secre-tário da Fazenda, com relação asMicro Empresa e sua frente par-lamentar?

Pietrobon: Hoje, as micros e pe-quenas empresas representam 3% daarrecadação do Estado. Portanto, nãovale a pena você se preocupar comesta participação. Acreditamos que

I&C - A questão da desburo-cratização é imprescindível noParaná? Existe esse problema?

Pietrobon: Sim, existe o proble-ma. Nós fizemos um projeto para li-berar uma empresa em oito horas.Inicialmente fizemos contato com oprefeito Luciano Ducci que se mos-trou favorável, no que se diz respeitoà liberação de alvarás. Quanto ao Es-tado, a Junta Comercial do Paraná,não está totalmente integrada com aprefeitura do jeito como gostaríamos.Assim, estamos nos mobilizando paraque possamos influir na indicação depessoas para assumir a entidade. Que-remos que o Paraná seja “modelo”para abrir uma empresa em apenasoito horas. Que haja uma sincroniza-ção com todos os órgãos envolvidosno processo de abertura de uma em-presa e que tenha total liberdade paraatuar. Outro grande problema diz res-peito às prefeituras do interior. É onosso grande entrave.

I&C - Mas a Junta não está mo-dernizada?

Pietrobon: Não, está sucateada.Precisamos que ela tenha recursospróprios para reinvestir em seu be-nefício. Uma de nossas propostas éque a Junta Comercial passe a ser vin-culada à secretária da Fazenda. Já te-mos um projeto nesse sentido. Outroaspecto importante é quanto à quali-ficação dos colaboradores, que atual-mente é precária. Aliás, é necessáriauma total reformulação das pessoasenvolvidas na entidade, incluindo,por exemplo, os vogais, deixando delado as indicações políticas que só tra-zem prejuízos para a livre iniciativa.

I&C - Acredita na retomada dodiálogo entre empresários e ogoverno estadual?

Pietrobon: Esperamos que o novo

governo estadual seja ágil. Sem muitaenrolação. Que atenda as pessoas commais facilidade. Desburocratize o con-tato, principalmente quando vier demicros e pequenas empresas. No casoda Fazenda, por exemplo, o procedi-mento seria o de vigiar, orientar.

I&C - Voltando a economia, osenhor acredita na volta daCPMF?

Pietrobon: Já estamos trabalhan-do com um grupo em São Paulo paraacompanhar o processo. Na verdadeo que está sendo feito atualmente são“balões de ensaios”, para sentir a rea-ção da sociedade. A Fenacon é total-mente contra a volta deste imposto.Existe o risco sim, portanto precisa-mos estar atentos. Se esse dinheirofosse aplicado para os devidos finsexplícitos, seria uma coisa boa, masnão foi isso que aconteceu.

I&C - Sua entidade tem gran-de atuação para formalizaçãodos prestadores de serviços au-tônomos (M.E.I).

Pietrobon: A Fenacon estava semobilizando pela aprovação do Pro-jeto de Lei nº 591/10 que aperfeiçoa-va e propunha alterações na Lei Geralda Micro e Pequena Empresa. Porémnão foi aprovado. Isso significa que600 mil empresas sairão do simplesnacional e, consequentemente, terãoque arcar com maiores tributos.

I&C - Mas qual foi a participa-ção da Fenacon nesse processo?

Pietrobon: Não é de hoje que aFenacon luta pelo crescimento e for-talecimento das Micros e PequenasEmpresas. Ao longo dos oito anos dogoverno Lula foram varias conquis-tas. Como a criação e o aperfeiçoa-mento da Lei Geral. Porém ao apagardas luzes, quando poderia ter sido

deixado um legado indiscutível emprol deste segmento, todo o trabalhofeito é deixado de lado. Assim a partirde janeiro de 2011, nada mais, nadamenos que 18 % das empresas quehoje constituem o Simples Nacional,estarão fora do sistema.

I&C - O desemprego seria umadas conseqüências?

Pietrobon: Sim. A chance dessasempresas começarem a demitir seusfuncionários aumenta significativa-mente. Assim se cada empresa demi-tir ou deixar de contratar ao menosum funcionário, serão no mínimo 600mil postos de trabalho a menos no país.

I&C - Como a Fenacon vê o se-tor contábil frente às moderni-dades eletrônicas e de mudan-ças na legislação a partir de 2011?

Pietrobon: Esse quadro de mo-dernização é inevitável. Em algummomento teríamos que passar porisso. Por exemplo, quanto às leis nãoeram possível termos uma situaçãono Brasil de lucro de uma empresa eno exterior devido as leis locais apre-sentarem prejuízos. Então em deter-minando momento teria que aconte-cer uma unificação da legislação con-tábil. E é isso que acontecerá a partirde 2011. O que nos preocupa é essalegislação seja especifica, ou seja, nãomisturar obrigações de grandes em-presas com micros e pequenas. Pos-so adiantar que já mantivemos con-tato com o Conselho Regional de Con-tabilidade, para que as micros e pe-quenas empresas tenham um trata-mento diferenciado. A maioria dosprofissionais ainda não estão consci-entes das facilidades que estas ferra-mentas proporcionam. Acham que émais uma obrigação e não entendemos beneficiam que elas proporcionam,como tempo, agilidade, entre outros.

(Luiz Carlos Hauly) é umdos maiores deputados quetem em Brasília, ele émuito respeitado nas áreaseconômicas e tributaria.Nós tivemos juntos nessesúltimos seis anos, dia a diadiscutindo a Lei Geral daMicro Pequena Empresa.Ele é o “pai” junto comoutros políticos desta Lei.O Estado do Paraná nuncaesteve tão bem servidonessa área, com o Haullyna pasta da Fazenda.”

Queremos que oParaná seja “modelo”para abrir umaempresa em apenasoito horas. Queremosque haja umasincronização comtodos os órgãosenvolvidos noprocesso de aberturade uma empresa.”

EspecialCuritiba, 1º de janeiro de 2011 | D3 | Indústria&Comércio

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Especial Indústria&Comércio | Curitiba, 1º de janeiro de 2011 | D2

Hauly: "atrair novas empresas epromover a expansão das já existentes"

Emelin Leszczynski

Com uma experiência na vida pú-blica de quase 40 anos, o secretárioda Fazenda do Estado do Paraná, LuizCarlos Hauly já foi prefeito, vereador,deputado federal e até secretário daFazenda no governo Álvaro Dias, noano de 1977. Ao longo de sua carrei-ra, Hauly ficou consagrado, como umdos mais influentes políticos na cria-ção da Lei Geral da Micro e PequenaEmpresa. E agora, está à frente de umadas mais importantes secretarias doEstado: a Fazenda. Confira na íntegraa entrevista concedida ao I&C desseimportante nome que o governadorBeto Richa, chamou para fazer partede sua equipe.

I&C - Como está seu ânimo apóster sido há 20 anos Secretárioda Fazenda e retornar ao cargo?

Luiz Carlos Hauly - Sempre es-tou entusiasmado com o trabalho.Essa é uma característica da minhaformação. A convocação do gover-nador Beto Richa para assumir a Se-cretaria da Fazenda paranaense repre-senta um grande desafio. Por isso pro-curo montar uma equipe que tenha amesma visão e o mesmo entusiasmo,para juntos oferecermos o melhorpara o nosso Paraná.

I&C - Sua experiência comolegislador, deputado federal, po-derá gerar certezas de uma polí-tica de uma gestão inovadora?

Luiz Carlos Hauly - Tenho 38anos de vida pública e é essa experiên-cia acumulada utilizarei para criar po-líticas capazes de tornar mais eficienteo governo do Paraná. Adotar continu-adamente medidas inovadoras é umanecessidade e o governo, em qualquernível, necessita estar adptando-se àevolução da sociedade.

I&C - O senhor defendia comoDeputado Federal, a tese dosimpostos seletivos. Agora nocomando da mais importanteSecretaria do Estado, o que LuizCarlos Hauly defende?

LCH - Como Deputado, eleito peloParaná, sempre defendi a seletivida-de dos impostos até como princípioconstitucional, o que é adotado nosmelhores sistemas tributários do

a cada momento.

I&C - O senhor irá substituirum dos mais renomados tribu-taristas do Brasil, senhor HeronArzua. Quais as grandes linhas desua atuação que ainda não tenhasido implementada no Estado?

LCH - O Heron é um reconhecidotributarista e o considero muito. Ébom frisar que vamos implementaras prioridades estabelecidas pelo go-vernador Beto Richa, de acordo comos princípios firmados para esse novomomento do Paraná. Minha marca éa de um técnico (sempre estudioso dosistema fiscal e tributário), com a ex-periência de político que começoucomo vereador a ouvir todos os ato-res envolvidos em nossa sociedade.

setores para realmente formatar umabase tributária, capaz de atender aosconstantes desafios de nosso País.

I&C - Agora, experiente com avisão de Brasil, irá integrar oConfaz. Acredita que seus cole-gas secretários poderão nessesquatros anos alterar para cons-truir um sistema que possa substituir o ICMS?

LCH - Vamos aproveitar esse mo-mento para completar estudos e dis-cutir lado a lado com os maiores Esta-dos, como poderemos tornar o ICMSmais simples e também mais eficiente.

I&C - Qual sua visão sobre oIVA?

LCH - Os Estados Unidos tem umImposto sobre Valor Agregado, a UniãoEuropéia também tem IVA, ambos pos-suem um imposto seletivo. Enquantoisso no Brasil são cinco IVAs: ISS, ICMS,PIS, COFINS e IPI. Penso ser racionalque fique com a União o IVA e os Esta-dos o imposto seletivo.

I&C - Qual sua visão sobre acarga tributária, que hoje é de37% do PIB?

LCH - Não há um só momento emminha vida parlamentar que não te-nha denunciado a abusiva carga tri-butária que se pratica no país. Ela tiracompletamente a competitividade donosso setor produtivo em relação aosconcorrentes de outros países, por serabusiva. Nosso trabalho tem sido ár-duo para que seja simplificado o siste-ma tributário brasileiro. Defendo umareforma tributária com redução deimpostos e inclusão social.

I&C - Os instrumentos dispo-níveis como nota fiscal eletrô-nica e todo o sistema digital jáimplantado no país, poderá ge-rar uma redução de tributos,face a impossibilidade de qual-quer sonegação?

LCH - A experiência da Lei Geralmostra que é possível diminuir a quan-tidade de tributos e simplificar o sis-tema. A tecnologia de informação estáao nosso alcance para simplificar ain-da mais. Temos que criar mecanismospara que o empreendedorismo possafortalecer e crescer no Brasil, o querepresentará um ganho significante

para nossa economia.

I&C - O senhor pretende fazeruma campanha voltada aos con-tribuintes e ao sistema contábil,sobre a importância da nota fis-cal eletrônica, já que muitosprofissionais desconhecem estáferramenta?

LCH - Vamos nos empenhar paraampliar a divulgação da nota fiscaleletrônica como um instrumento parafortalecer a eficiência do sistema.

I&C - A substituição tributá-ria, como política permanentetem assegurado aumentos sur-preendentes de arrecadação.Como será sua política nessaárea?

LCH - A maior prova de que oICMS pode ser mais seletivo é a subs-tituição tributária que já existe e quefoi usada à exaustão nos últimos qua-tro anos. Acredito que a substituiçãotributária nos levará ao projeto doimposto seletivo.

I&C - A fiscalização na gestãoanterior ficou voltada aos mai-ores contribuintes. O senhor irácontinuar com está política?

LCH - É natural que a fiscalizaçãodas grandes empresas dê maior visi-bilidade, pois elas representam amaior parte do bolo da arrecadação.No nosso entendimento é naturalque cada contribuinte pague aquiloque lhe é devido, até por uma ques-tão de justiça.

I&C - O Conselho de Contribu-intes continuará prestigiadocomo uma das instâncias de de-fesa que o contribuinte dispõe?

LCH - O contribuinte será sempreprestigiado e respeitado. Vamos for-talecer o elo dos diversos setoresmantendo sempre um canal de diálo-go. As organizações regionais terãovoz e serão respeitadas.

I&C - O Paraná é praticamen-te um dos poucos Estados quedispõe de um instrumento mo-derno denominado “Código deDefesa do Contribuinte”. A suagestão continuará no aprimora-mento deste instituto?

LCH - Sem dúvida, o contribuinteterá sempre o seu direito respeitado epreservado. E estimularei aos meuscolegas do Confaz para ampliar o res-peito ao bom contribuinte.

I&C - O senhor acredita que a“guerra fiscal” ainda é um ins-trumento de atração para inves-timentos no Estado?

LCH - Infelizmente existe a guer-ra fiscal entre os Estados. Sempre fo-mos contra essa ação predatória.Mas, enquanto essa disputa não foreliminada, vamos trabalhar em de-fesa do Paraná.

I&C - Qual é a sua expectativapara a economia em 2011?

LCH - No momento os indicadoresnão são positivos no cenário interna-cional, no Brasil e também no Paraná,principalmente porque tem sido apon-tado um rombo importante. Porém,sempre acredito que com trabalho épossível vencer as dificuldades e esta-belecer um novo cenário. Sou otimis-ta e vamos trabalhar com muita deter-minação para ajudar o governadorBeto Richa a promover uma grandetransformação no Paraná.

A convocação do governador BetoRicha para assumir a Secretaria daFazenda paranaense representa umgrande desafio. Por isso procuromontar uma equipe que tenha amesma visão e o mesmoentusiasmo ...”

Tenho participado da discussão etambém da formulação eformatação de uma reformatributária para o País. Penso queneste momento seria importante apresidente Dilma Roussefpromover uma grande discussãocom Estados, Municípios,trabalhadores, empresários ... “

... o contribuinte terá sempre oseu direito respeitado e preservado.E estimularei aos meus colegas doConfaz para ampliar o respeito aobom contribuinte”.

mundo, como nos Estados Unidos etambém na União Européia. Já no pri-meiro ano de meu mandato comoparlamentar, em 1991, apresenteiuma proposta de Emenda Constituci-onal sobre Reforma Tributária. Comcerteza vamos aprofundar os estudospara avançar na adequação dos im-postos, com vistas à seletividade.

I&C - O senhor ao longo deseus mandatos acabou sendoconsagrado, como um dos maisinfluentes deputados na criaçãoda Lei Geral da Micro e PequenaEmpresa, ao ponto de algunscolegas e jornalistas o denomi-narem como “o pai” desse pro-grama. O que os empresáriosdevem esperar do futuro secre-tário da Fazenda?

LCH - Meu compromisso com asmicros e pequenas empresas foi rea-firmado com a votação que obtive noParaná - 116.165 votos, sempre de-fendendo os pequenos negócios, querepresentam 99% das empresas doPaís e contribuem com 70% da gera-ção de novos empregos. Fortalecer apequena empresa significa promoveruma classe média mais forte e tam-bém contribuir para o crescimento efortalecimento da economia brasilei-ra, incluindo novos empreendedores

O conhecimento técnico com a vivên-cia cotidiana tem sido a base da mi-nha atuação.

I&C - Diversos setores da eco-

nomia asseguram que o únicofato positivo do governo anteri-or, nos dois períodos, foram asdecisões no campo tributário.Seguirá em frente essa política?

LCH - Foram importantes sim, po-rém o nosso grande desafio é encon-trar alternativas para que o nosso Es-tado tenha maior capacidade de in-vestimento. São grandes as deman-das nas várias áreas, principalmenteinfraestrutura e procuraremos atrairnovas empresas e promover a expan-são das já existentes no Paraná. O re-conhecimento da qualidade das mar-cas ‘made in Paraná’ será nossa meta.

I&C - Qual a sua posição emrelação à reforma tributária, emque o relator é o deputado San-dro Mabel?

LCH - Tenho participado da dis-cussão e também da formulação e for-matação de uma reforma tributáriapara o País. Penso que neste momen-to seria importante a presidente Dil-ma Roussef promover uma grandediscussão com Estados, Municípios,trabalhadores, empresários e outros

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