especial em tempo 28 anos - 6 de setembro de 2015

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anos especial MANAUS, DOMINGO, 6 DE SETEMBRO DE 2015 Uma viagem pelo tempo do EM TEMPO Este é um dia histórico. O jornal Amazonas EM TEMPO completa 28 anos. Nesta edição especial, o leitor vai viajar um pouco pela história refletida nas páginas do jornal “P orque o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e humanizar mediante a confrontação descarnada com a realidade”. Assim o escritor colombiano Gabriel García Marquez co- meça a sua definição do jornalismo. E se há uma coisa com a qual o jornal Amazonas EM TEMPO pode se orgulhar nesses 28 anos completados neste domingo é de sua história. Era uma vez… Quando a primeira publicação do jornal Ama- zonas EM TEMPO chegou às bancas, no dia 6 de setembro de 1987, o Brasil e o mundo viviam um momento de profunda transição. O país não sabia o que era uma eleição direta há 27 anos, pois ainda vivia as últimas sombras da ditadura militar. A instabilidade política se refletia na economia. O desastroso governo Sarney castigava o bolso do cidadão. No esporte, já vivíamos uma seca de 17 anos sem títulos em Copa do Mundo. O mundo observava o começo do fim da Guerra Fria. A palavra “globalização”, que já começa a cair em desuso, nem ao menos era cogitada nessa data, visto que ainda tínhamos a polarização entre EUA e Rússia. A atual revolução da informática era algo ainda restrito aos filmes de ficção científica. A maior novidade no Estado do Amazonas seria a descoberta de petróleo no município de Coari, fato que teria reflexos significativos na economia e na política da região somente 20 anos depois. Em comparação com os dias atuais, nosso sau- doso Vivaldão ainda se enchia de torcedores para assistir a um clássico Rio-Nal. Um novo começo Em fevereiro 2007, o EM TEMPO passou pela sua maior mudança. O empresário Otávio Raman Neves assumiu o jornal, que passou por uma fase de profunda reformulação. Mais tarde, agregan- do rádio e TV, formaria o Grupo Raman Neves de Comunicação (GRN). “Foi muita coincidência. Sempre fui um empreendedor e sempre tive muita admiração pelo EM TEMPO. Em um jantar com a antiga dona do jornal, Hemengarda Junqueira, surgiu a oportunidade de adquiri-lo“, lembra. Para o empresário, se manter no mercado com qualidade é o maior desafio. “O jornal tem de con- corrrer com a internet, com a rádio e outras mídias e ainda se manter relevante junto ao público. Não é algo simples de se fazer e, sem dúvida, esse é o nosso grande desafio”, pondera. Crise Em meio à dificuldades enfrentadas pela impren- sa escrita, como as citadas pelo próprio Raman Neves, a economia brasileira mergulhou em uma grave crise política e financeira, algo que afetou todos os setores do país. “Sabemos dos problemas que o país está passando e também que não será passageiro. Por isso estamos tomando todos os cuidados para manter o equilíbrio financeiro do jornal e da TV”, garante. O futuro Apesar do atual quadro do país, o EM TEMPO segue firme. O próximo passo é garantir ainda mais credibilidade junto aos leitores e ao mercado por meio do Instituto Verificador de Circulação (IVC). O órgão esteve esta semana em trabalho de auditoria no jor- nal AGORA e a meta é executar o mesmo processo no EM TEMPO em 2016. Sabedor de que quem faz pulsar o EM TEMPO é a Redação e os demais colaboradores da casa, Otávio Raman faz referência e agradece a todos os funcionários. “Sou muito grato a toda a equipe que faz o EM TEMPO, a todos que diariamente colocam o jornal na rua com qualidade e presteza. Agradeço também aos leitores que prestigiam o trabalho que é feito com tanta dedicação e afinco”, finaliza. Até porque, como diz o final da definição jorna- lística de García Marquez, “a obra termina depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não concede um instante de paz enquanto não torna a começar com mais ardor do que nunca no minuto seguinte” FRED SANTANA Se manter no mercado com qualidade é difícil, mas seguimos firmes no propósito de fazer o me- lhor, sempre mantendo a credibilidade e a ousadia

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Especial EM TEMPO - Caderno especial de comemoração aos 28 anos do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Especial EM TEMPO 28 anos - 6 de setembro de 2015

anos

especialMANAUS, DOMINGO, 6 DE SETEMBRO DE 2015

Uma viagempelo tempo do

EM TEMPOEste é um dia histórico. O jornal Amazonas EM TEMPO

completa 28 anos. Nesta edição especial, o leitor vai viajarum pouco pela história refl etida nas páginas do jornal

“Porque o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e humanizar mediante a confrontação descarnada com a realidade”. Assim

o escritor colombiano Gabriel García Marquez co-meça a sua defi nição do jornalismo. E se há uma coisa com a qual o jornal Amazonas EM TEMPO pode se orgulhar nesses 28 anos completados neste domingo é de sua história.

Era uma vez…Quando a primeira publicação do jornal Ama-

zonas EM TEMPO chegou às bancas, no dia 6 de setembro de 1987, o Brasil e o mundo viviam um momento de profunda transição. O país não sabia o que era uma eleição direta há 27 anos, pois ainda vivia as últimas sombras da ditadura militar. A instabilidade política se refl etia na economia. O desastroso governo Sarney castigava o bolso do cidadão. No esporte, já vivíamos uma seca de 17 anos sem títulos em Copa do Mundo.

O mundo observava o começo do fi m da Guerra Fria. A palavra “globalização”, que já começa a cair em desuso, nem ao menos era cogitada nessa data, visto que ainda tínhamos a polarização entre EUA e Rússia. A atual revolução da informática era algo ainda restrito aos fi lmes de fi cção científi ca.

A maior novidade no Estado do Amazonas seria a descoberta de petróleo no município de Coari, fato que teria refl exos signifi cativos na economia e na política da região somente 20 anos depois. Em comparação com os dias atuais, nosso sau-doso Vivaldão ainda se enchia de torcedores para assistir a um clássico Rio-Nal.

Um novo começoEm fevereiro 2007, o EM TEMPO passou pela

sua maior mudança. O empresário Otávio Raman Neves assumiu o jornal, que passou por uma fase de profunda reformulação. Mais tarde, agregan-do rádio e TV, formaria o Grupo Raman Neves de Comunicação (GRN). “Foi muita coincidência. Sempre fui um empreendedor e sempre tive muita

admiração pelo EM TEMPO. Em um jantar com a antiga dona do jornal, Hemengarda Junqueira, surgiu a oportunidade de adquiri-lo“, lembra.

Para o empresário, se manter no mercado com qualidade é o maior desafi o. “O jornal tem de con-corrrer com a internet, com a rádio e outras mídias e ainda se manter relevante junto ao público. Não é algo simples de se fazer e, sem dúvida, esse é o nosso grande desafi o”, pondera.

CriseEm meio à difi culdades enfrentadas pela impren-

sa escrita, como as citadas pelo próprio Raman Neves, a economia brasileira mergulhou em uma grave crise política e fi nanceira, algo que afetou todos os setores do país. “Sabemos dos problemas que o país está passando e também que não será passageiro. Por isso estamos tomando todos os cuidados para manter o equilíbrio fi nanceiro do jornal e da TV”, garante.

O futuroApesar do atual quadro do país, o EM TEMPO

segue fi rme. O próximo passo é garantir ainda mais credibilidade junto aos leitores e ao mercado por meio do Instituto Verifi cador de Circulação (IVC). O órgão esteve esta semana em trabalho de auditoria no jor-nal AGORA e a meta é executar o mesmo processo no EM TEMPO em 2016. Sabedor de que quem faz pulsar o EM TEMPO é a Redação e os demais colaboradores da casa, Otávio Raman faz referência e agradece a todos os funcionários. “Sou muito grato a toda a equipe que faz o EM TEMPO, a todos que diariamente colocam o jornal na rua com qualidade e presteza. Agradeço também aos leitores que prestigiam o trabalho que é feito com tanta dedicação e afi nco”, fi naliza.

Até porque, como diz o fi nal da defi nição jorna-lística de García Marquez, “a obra termina depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não concede um instante de paz enquanto não torna a começar com mais ardor do que nunca no minuto seguinte”

FRED SANTANA

Se manter no mercado com qualidade é difícil, mas seguimos fi rmes no propósito de fazer o me-lhor, sempre mantendo a credibilidade e a ousadia

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A história

Nestas páginas estão profi ssionais que viram o EM TEMPO crescer e que cresceram dentro do jornal. Pessoas orgulhosas do trabalho que desempenham e que são respeitadas pelos colegas. Eles relatam um pouco da história, do trabalho, da convivência e do prazer de fazer parte destes 28 anos.

“Em 28 anos vivi mui-tas coisaS aqui dentro dessa redação e espero viver muito mais. Dizem

que alguns profi ssionais de imprensa trazem tinta correndo na veia, acho que sou um desses, que sempre con-sideraram o jornal um louco amor”. Foram essas palavras que o diretor de redação do EM TEMPO, Mário Adolfo, usou para defi nir a impor-tância do jornal em sua vida.

Colecionador de diversas honra-rias no jornalismo, como os prêmios Esso (1984 e 1997) e Caixa Eco-nômica e Revista Ecologia (2000); menção honrosa no prêmio Ayrton Senna (2002) e, mais recentemente, o prêmio da Confederação Nacional da Industria (2014), Mário Adolfo afi rma que o EM TEMPO já nasceu moderno, com manchetes ousadas em um tempo em que o costume era usar uma palavra só para a chamada da capa.

“O EM TEMPO foi o jornal que lan-çou pela primeira vez um caderno de Cultura, um de Economia e um roteiro da cidade, com restaurantes, bares, casas de shows e espetáculos. Antes, esses assuntos eram publicados na editoria de Cidades. Outro grande salto na modernização foi o jornal ser o primeiro em Manaus a sair completamente colorido. A época ,os concorrentes saíam apenas com a capa colorida”, recorda.

Conhecido por revelar grandes talentos para o jornalismo local, o Amazonas EM TEMPO se tornou a segunda casa de muitos funcionários que ajudaram a escrever a história do jornal durante esses 28 anos. O diagramador Rildo Carneiro é uma dessas fi guras que praticamente vi-raram patrimônio da casa.

Com 24 anos de serviços presta-dos à empresa, Rildo acompanhou de perto a evolução do jornalismo. Depois de desempenhar as funções de auxiliar de escritório, assistente comercial, desenhista e arte-fi na-lista, ele recorda da época em que a diagramação era feita manual-mente. “Comecei na época em que a diagramação era paste-up, quando tínhamos de colar matérias e fotos direto no papel. As matérias eram enviadas direto para a foto-com-posição e de lá mandavam para a diagramação, onde, com o produto adequado, nós pegávamos e co-lávamos nas páginas. Depois foi implantada, em 1996 mais ou menos, a diagramação eletrônica com tudo colorido. Foi a primeira vez que saiu a capa e a contracapa do jornal co-lorida. Foi a maior festa aqui, porque foi uma coisa que revolucionou o jornal”, conta o diagramador.

O montador Tomé Silva também participou da transição entre o an-tigo e o moderno. Com 27 anos de casa, ele recorda com detalhes a forma como o processo era reali-zado na hora de dar vida ao jornal.

contada porquem a escreveu

ANDRÉ TOBIAS

A história da chefe de reporta-gem, Michele Gouvêa, no Ama-zonas EM TEMPO começou em 2004. Contratada como estagi-ária após fazer e passar num teste para compor a editoria de Cidades, a jovem jornalis-ta conquistou seu espaço com muito trabalho e dedicação. Um ano depois, ela foi contratada como repórter.

“Fiquei durante mais de 4 anos como repórter de cidades, mas em um determinado momento o jornal passou por uma mu-dança e nessa nova formata-ção fui promovida à editora de suplementos, que compreendia os cadernos Elenco e Saúde. Cerca de 2 anos depois mais uma reformulação foi feita e fui promovida de novo, dessa vez a chefe de reportagem. O cargo de chefi a de reportagem não existia no EM TEMPO, foi cria-do e eu assumi o desafi o. Hoje sou responsável por coordenar, distribuir as pautas e orientar os repórteres com o auxílio dos editores e dos meus chefes dire-

tos, Jeane Glay e Mário Adolfo”, descreve Michele.

Orgulhosa e grata pelo cami-nho que trilhou dentro do EM TEMPO, a chefe de reportagem enaltece o clima e o ambiente vivido dentro da redação. Para ela, o bom relacionamento com os companheiros de jornal é base para o trabalho ser exe-cutado de forma agradável e prazerosa, apesar das adversi-dades que a produção de notí-cias demanda.

“Sempre foi meio que família, aqui você pode ser autêntica, me sinto muito em casa. As pessoas são muito próximas. É uma relação onde todos ge-ralmente se dão muito bem, há um clima harmônico. Claro que temos as nossas diferenças, mas qual o local em que isso não acontece? Na redação há um clima leve e tranquilo para trabalhar, as pessoas se con-sideram amigas, demonstram carinho e isso torna o dia a dia mais prazeroso”, enfatiza a chefe de reportagem.

Jornal valoriza as ‘pratas da casa’

“O EMTEMPO foi o

jornal que lan-çou pela primei-ra vez um cader-

no de Cultura, um de Economia e um roteiro da

cidade”

“Comecei na época em que a diagramação era paste-up, quando tínha-mos de colar

matérias e fotos direto no papel”

“Foi importante para mim vir para cá. É um jornal com me-nos regras pré-estabelecidas. A gente pode trabalhar com

mais liberdade”

“No dia em que eu sair daqui vou me sen-

tir abatido. Já passei por altos e baixos como todos, mas não

tenho do que me queixar”

MÁRIO ADOLFO

RILDO CARNEIRO

JOÃO BOSCO ARAÚJO

ARQUIMEDES FIGUEIRA

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especial

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A históriacontada por

quem a escreveu“Antigamente a gente montava no fotolito, gravava numa máquina e revelava numa esponja. Aí depois enxugava, retocava e levava para a impressão. Nesse período mais moderno a gente espera o diagra-mador enviar para cá, monta no computador, grava na chapa e leva para a impressora”, relata.

Se Rildo e Tomé são de uma época em que a impressão colorida era luxo, o também diagramador Adyel Vieira faz parte da nova geração do design editorial. Assim como o colega de setor, o universitário percorreu uma longa estrada até exercer a atual função. Ingressou no EM TEMPO como aprendiz em 2008, trabalhou como assistente administrativo e auxiliar de paginação.

“Comecei a ir para o setor da diagramação e aprender com quem trabalhava aqui. Quando completei um ano eles me contrataram como diagramador mesmo. Entrei na fa-culdade para me aperfeiçoar. Hoje sou responsável pela parte visual dos suplementos do jornal, o que para mim é um privilégio”, diz Adyel.

Para o diagramador, o jornal foi de vital importância durante todo o processo de aprendizagem na área de design gráfi co. “O EM TEMPO me proporcionou uma visão. Eu não sa-bia nem para onde ia a parte editorial de um jornal e hoje posso dizer que sou um diagramador e que aprendi bastante sobre esse universo. O que aconteceu aqui foi de grande contri-buição para o profi ssional que sou hoje”, destaca Adyel.

Baixinhos queridosFigura conhecida no jornal, o mo-

torista Arquimedes Figueira é uma verdadeira enciclopédia quando o assunto é Amazonas EM TEMPO. Com 27 anos de casa, ninguém tem mais história para contar sobre

tudo o que aconteceu na empresa do que ele. Querido por todos os funcionários, ele coleciona apelidos carinhosos pela redação e não há quem não o conheça.

“No dia em que eu sair daqui vou me sentir abatido. Minha passagem por aqui foi e está sendo muito boa. Já passei por altos e baixos como todos, mas não tenho do que me queixar. Fiz muitos amigos que levarei para a vida inteira”, afi rma Arquimedes.

Baixinho e invocado, Arquimedes sabe da importância do seu trabalho para a redação. Era ele o responsável por deixar todo o pessoal da diagra-mação e os rotistas em casa quando o jornal era produzido no fotolito. Bom de volante, ele não costuma perder pautas e os repórteres que saem com ele costumam ouvir boas histórias.

Tão querido quanto Arquimedes, é seo Jorge. Não aquele cantor de MPB, mas o responsável pelo setor de manutenção do EM TEMPO, Jorge Filho. Se acontecer algum tipo de problema na redação que não seja nos computadores, pode ter certeza que ele irá resolvê-lo. Com 25 anos de casa, ele trabalhou em várias áreas do jornal. “Com carteira assinada eu comecei na área de almoxarifado, foram quase 11 anos nessa fun-ção. Para mim, quando entrei, que não entendia nada de jornal, não sabia o que eram aqueles produtos para revelar foto na época, foi uma experiência diferente. Com o passar do tempo fui aprendendo com as pessoas que trabalhavam aqui den-tro naquela época. O jornal era em preto e branco, montado ainda. Era feito na colagem. O cara montava letra por letra, época do fotolito”, lembra Jorge.

Exemplo de profi ssional dedicado, ele veste a camisa da empresa.

Jornal valoriza as ‘pratas da casa’ Com mais tempo de casa do

que Michele – 22 anos no total -, Fernando Coelho é referência quando o assunto é colunismo social dentro da redação. Ele relembra um pouco da sua tra-jetória no começo de carreira, quando a população manauense tinha outras características.

“Eu entrei aqui numa Manaus diferente de hoje. Quando co-mecei a escrever no jornal, eu era um jovem colunista, que encontrou aqui outros grandes colunistas que eram pessoas brilhantes. Eu peguei uma so-ciedade diferente, bem mais tradicional do que é hoje. Mas eu vim para o EM TEMPO sendo apontado como a modernidade e realmente aqui eu virei uma página no formato de coluna social”, ressalta Fernando.

O colunista social considera o jornal sua segunda casa, já que passa mais tempo na redação do que em sua própria residência. “É como se fosse uma grande família. Eu tenho um prazer enor-me de trabalhar aqui. Conviver

com essas pessoas todas que convivo na redação”, fala.

AmadurecimentoPsicólogo e bacharel em fi lo-

sofi a, o diretor executivo João Bosco Araújo é o responsável por cuidar da linha editorial do jornal. Para ele, o futuro reserva coisas boas para a empresa e em breve o EM TEMPO deve atingir o ponto de maturidade e ocupar uma posição bem mais importante na cidade.

“Foi muito importante para mim vir para cá. Saí de um jornal maduro, que já tinha, na-quela altura, quase 50 anos e vim para um jornal que estava em formação. E mais ainda, um jornal que tinha saído das mãos de uma jornalista para um empresário. Para mim foi uma experiência boa, porque até hoje é um jornal que está em vias de maturação. É um jornal com menos regras rígidas pré-estabelecidas, a gente pode trabalhar com mais liberdade”, aponta Bosco.

“Sou muito grata por tudo o que aprendi e conquistei

estando no EM TEMPO. Aqui é para mim uma

escola profi ssio-nal”

“Eu não sabia nem para onde ia a parte editorial de um jornal e

hoje posso dizer que sou um dia-gramador e que aprendi sobre esse universo”

“A gente mon-tava no fotolito, gravava numa

máquina e reve-lava numa es-

ponja. Aí depois enxugava, reto-cava e ia para a

impressão”

“O jornal era em preto e branco, montado ain-

da. Era feito na colagem. O cara montava letra

por letra, época do fotolito”

JORGE FILHO

TOMÉ VIEIRA

ADYEL VIEIRA

MICHELE GOUVÊA

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Tão importantes quanto aqueles que escrevem as matérias são os respon-sáveis por fazer o jornal

chegar até você, leitor. Uma dessas fi guras fundamentais são os rotistas, profi ssionais que dei-xam os jornais nos pontos de venda da capital. Com um ano e três meses de EM TEMPO, Fran-cisco Feitosa é o responsável por distribuir os jornais na Zona Centro-Oeste de Manaus.

“Pego os jornais entre 3h30 e 4h e passamos de duas horas e meia a três horas distribuindo pelos bair-ros de São Jorge, Santo Antônio, São Raimundo, Glória, Matinha e no T1. Até 10h30, a gente faz a cobrança e recolhe os exempla-res que sobraram. Aos sábados e domingos nossa rotina é um pouco diferente, entre 15h e 16h a gente põe o jornal de domingo nas ruas”, explica Feitosa.

Quem também levanta de ma-drugada para fazer a notícia che-gar o mais rápido possível ao leitor é a promotora de vendas Adriana Silva. Com apenas nove meses de casa, ela aprendeu uma lição bási-ca para quem comercializa jornal no sinal: agilidade. “Troco umas palavras rápidas com o cliente, porque, se a gente perder muito tempo, o sinal abre e não vende

nada”, conta sorrindo.Com o mesmo tempo de casa

de Adriana, Eliene Santos tam-bém é promotora de vendas. Para ela, o fundamental na relação vendedor-cliente é o tato que se deve ter com as pessoas durante a abordagem. “É bom porque a gente conversa com o público, conhece pessoas diferentes. Isso acaba sendo um dos pontos po-sitivos nessa nossa profi ssão e isso também acaba infl uenciando na hora do cliente escolher qual jornal comprar”, aponta.

Assistente administrativo no se-tor de circulação, Carlisson Assis é o responsável por conferir os poucos exemplares que não são vendidos diariamente nas ruas e nas bancas. Em contato direto com os rotistas, é ele quem lança no sistema e controla as saídas dos jornais e faz a prestação de contas de tudo que foi vendido.

“Minha passagem aqui está sen-do excelente. É meu primeiro em-prego, estou crescendo aqui com a experiência. Estou aprendendo bastante com o conhecimento das pessoas que trabalham junto co-migo, principalmente em relação a planilhas e gráfi cos”, relata o jovem de 22 anos.

Jornal na porta de casaSe você quiser receber o EM

TEMPO na porta de casa, ligue

para o jornal e peça para falar com Francisca da Consolação. Com 10 anos de empresa, ela é a responsável pela comerciali-zação de assinaturas e, mais do que isso, a paraense de 52 anos fala com orgulho de sua relação com os clientes, a quem sempre procura atender bem.

“Eu também ligo para fazer a pós-venda, para saber se o assi-nante recebeu o jornal e se está satisfeito. Procuro sempre atender bem o assinante, o que é uma das coisas que os motivam a sempre fazerem a renovação também, por-que eles gostam do atendimento. Eu procuro sempre dar atenção para todos os assinantes. Desen-volvo esse trabalho há 10 anos aqui porque eu gosto, me sinto bem fazendo esse tipo de serviço”, declara, cheia de orgulho.

Além de vender assinaturas, Francisca também é responsá-vel pelas cobranças de quem atrasa os pagamentos. Identi-fi cada com o que faz, ela conta que já se aventurou em outros setores da empresa, contudo, não teve a mesma empatia. “Eu me sinto bem. Estou bem nesse trabalho e estou aqui porque eu gosto. É um trabalho que de-senvolvo aqui todo esse tempo porque foi com o que eu mais me identifi quei”, revela.

Conhecida por ser uma em-

presa que oportuniza chance de crescimento profi ssional aos fun-cionários, Elson Prado é mais um exemplo da valorização da prata da casa. Com 21 anos de vida e 1 ano e sete meses de casa, ele passou de encadernador para assistente de marketing.

“Surgiu a oportunidade de tra-balhar na encadernação por meio de um amigo. Eu já tinha experiên-cia por ter passado por um outro jornal. Quando eu descobri que o jornal dava bolsa para universi-dade, aproveitei a oportunidade. Foi muito bom poder trilhar esse caminho. Quando trabalhei lá (en-cadernação) tive a possibilidade de conhecer várias pessoas que me ajudaram a chegar até aqui”, diz Prado.

O caminho percorrido até al-cançar o atual cargo foi longo, mas, segundo o jovem, a convic-ção naquilo que sempre desejou foi fundamental para se tornar assistente de marketing. “O jornal me proporciona uma experiência que levarei para a vida toda, porque ele abre as portas do mercado. A experiência de estar aqui no marketing faz o mercado te ver com bons olhos. Eu sem-pre vivi nesse meio de jornal, eu respiro jornal. Foi meu primeiro emprego de carteira assinada e a grande oportunidade da minha vida”, pontua.

ANDRÉ TOBIAS

O trabalho dequem colocao jornal na rua

O trabalho começa ainda na madrugada. Tudo para fazer com que o jornal chegue até os leitores. Eles são os rotistas, os promotores e os jornaleiros, que atuam diariamente também por trás da notícia

O dia a dia dos jornaleiros começa antes do sol raiar e o sorriso é a maior arma na hora das vendas

Pioneirismo sustentável e

ambiental vira seloA edição de 28 anos também é histórica. O EM TEMPO é o primeiro impresso do país certifi cado

com o selo “Carbono Neutro”. Em contrapartida, patrocinará o refl orestamento de 2.196 hectares

O rotista Francisco é respon-sável pela distribuição dos jornais na Zona Centro-Oeste

Carlisson controla a saída dos jornais e faz a prestação de contas do que foi vendido

Segundo Coline, a parceria com o EM TEMPO e outros tem como meta benefi ciar 21 comunidades do Uatumã

Ao completar hoje 28 anos, o jornal Amazonas EM TEM-PO dá mais um grande passo para consolidar o

verde de sua marca, como o de uma empresa que preza pela sus-tentabilidade. Para tanto, o perió-dico patrocinará com 183 árvores o refl orestamento de uma área de 2.196 metros quadrados, na Reserva de Desenvolvimento Sus-tentável do Uatumã (RDS Uatumã), localizada entre os municípios de São Sebastião do Uatumã e Ita-piranga.

A iniciativa é uma forma de com-pensação às 66 toneladas de gases de efeito estufa (GEEs), como o dióxido de carbono (CO2), emitidas na atmosfera apenas com esta edição de aniversário. A ação faz parte do Programa Carbono Neu-tro, do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam), que garantiu ao EM TEMPO o status de primeiro jornal impresso do Brasil com o “Selo Carbono Neutro”.

De acordo com o gerente comer-cial do EM TEMPO, Gibson Araújo, há 3 anos o grupo realiza atividades sustentáveis que iniciaram numa parceria com o Manauara Shop-ping, na realização da Semana da Sustentabilidade. “Um evento que proporcionou uma cons-ciência ambiental ao público infanto-juvenil, por meio de atividades lúdicas que passavam conceitos básicos da sus-tentabilidade”, explica.

Neste ano, ele conta que surgiu em parceria com o Idesam a oportunidade de ter uma edição do jornal to-talmente certifi cada com o selo do “Carbono Neutro”. Antes do selo, ele conta que a empresa já buscava ações sus-tentáveis no processo produtivo, como a destinação dos resíduos descartados no processo produ-

tivo. “Não é algo que estamos

EMERSON QUARESMA fl ertando, já é algo concreto no grupo essas práticas sustentáveis. E é certo que nós vamos continuar fazendo compensação em outras datas, a veia sustentável veio para fi car”, afi rma.

O gerente do programa Carbo-no Neutro do Idesam, engenheiro fl orestal Flávio Cremonesi, explica que o cálculo sobre o CO2 emitido pelo EM TEMPO na edição deste domingo levou em consideração todas as atividades do processo produtivo. Entre elas a quantidade de energia elétrica, o montante de papel utilizado na impressão, a quantidade de motocicletas envol-vidas na rota de entrega em Ma-naus e o avião que leva exemplares para o município de Parintins (a 369 quilômetros de Manaus).

“Chegamos a 183 árvores, o que signifi ca 66 toneladas de carbono para uma tiragem 5.500 exempla-res produzidos neste domingo”, aponta o engenheiro fl orestal. Ele diz que o programa ganha a par-ceria com o EM TEMPO num mo-mento em que o noticiário aponta o aumento do volume de desmata-mento da fl oresta amazônica.

Segundo Cremonesi, o “Carbo Neutro”, além de buscar recu-perar áreas degradas, dá uma melhor segurança alimentar e de-senvolvimento social ambiental e econômico dos comunitários da RDS do Uatumã. O plantio é fei-to no Sistema Agrofl orestal (SAF), que é a

combina-

ção de espécies arbóreas (frutífe-ras e/ou madeireiras) com cultivos agrícolas.

“Não é um plantar por plantar, é uma recuperação de área de-gradada que resgata o carbono da atmosfera e garante seguran-ça alimentar e geração de ren-da para o comunitário que está fazendo o manejo diário desse refl orestamento”, conta o gerente do programa.

Cremonesi diz que o objetivo é aproximar mais os brasileiros da Amazônia com o Carbono Neutro e mostrar que todos podem cola-borar com o sequestro do carbono. “Desde o açougue da esquina a uma multinacional e até mesmo o Boi-Bumbá de Parintins podem colaborar e compensar com o se-questro de carbono. O EM TEMPO neste domingo terá uma come-moração dupla, os 28 anos e o selo do primeiro jornal impresso carboneutralizado, o que o tor-na ainda mais conectado com a Amazônia.

ControleO programa “Carbono Neutro”

nasceu a partir da necessidade que o Idesam sentiu de controlar as emissões de gases do efeito estufa, segundo explica o diretor executivo da entidade, engenheiro fl orestal Mariano Coline. Iniciado em 2011, com moradores de duas comunidades da RDS do Uatumã, o instituto percebeu que poderia am-pliar o volume de área refl orestada a partir de parceiros individuais e empresariais.

Segundo ele, praticamente to-das as atividades que as pessoas

desenvolvem hoje emitem carbo-no. Para começar, Coline conta que o Idesam começou reduzindo as nossas emissões no consumo de energia e no corte controle gastos com veículos nas viagens para a reserva.

“Mas, como é impossível ser uma pessoa que não emite carbono, nós passamos a fazer o inventário das nossas emissões e calcular quanto emitíamos de carbono nas nossas atividades e aquilo que não con-seguimos reduzir, nós passamos a compensar. Todo carbono que emitimos, nós sequestramos de volta plantando árvores”, explica o diretor.

Anualmente, Colina aponta que o Idesam trabalha com três co-munidades e já refl orestou, apro-ximadamente, 5 hectares. Com os parceiros como o EM TEMPO, pes-soas físicas e outras empresas, a entidade tem como meta até 2020 benefi ciar com o Carbono Neutro o total de 21 comunidades da RDS do Uatumã, com uma média anual de 5 a 10 hectares.

Nesses 4 anos, o diretor exe-cutivo do Idesam afi rma que já foram compensadas as emissões de eventos de atores como Mal-vino Salvador, Marcos Palmeira, de eventos como a Feira Literária de Pirenópolis, edições de livros como foi com a obra “Guerreiros da Amazônia” (Ronaldo Barcelos) e com outras Organizações Não Governamentais (ONGs). “Hoje es-tamos costurando uma parceria com a empresa do aplicativo 99 Táxis, presente em mais de dez Es-tados brasileiros, para neutralizar corridas de táxis”, conta.

Saiba mais sobre‘Carbono Neutro’

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Tão importantes quanto aqueles que escrevem as matérias são os respon-sáveis por fazer o jornal

chegar até você, leitor. Uma dessas fi guras fundamentais são os rotistas, profi ssionais que dei-xam os jornais nos pontos de venda da capital. Com um ano e três meses de EM TEMPO, Fran-cisco Feitosa é o responsável por distribuir os jornais na Zona Centro-Oeste de Manaus.

“Pego os jornais entre 3h30 e 4h e passamos de duas horas e meia a três horas distribuindo pelos bair-ros de São Jorge, Santo Antônio, São Raimundo, Glória, Matinha e no T1. Até 10h30, a gente faz a cobrança e recolhe os exempla-res que sobraram. Aos sábados e domingos nossa rotina é um pouco diferente, entre 15h e 16h a gente põe o jornal de domingo nas ruas”, explica Feitosa.

Quem também levanta de ma-drugada para fazer a notícia che-gar o mais rápido possível ao leitor é a promotora de vendas Adriana Silva. Com apenas nove meses de casa, ela aprendeu uma lição bási-ca para quem comercializa jornal no sinal: agilidade. “Troco umas palavras rápidas com o cliente, porque, se a gente perder muito tempo, o sinal abre e não vende

nada”, conta sorrindo.Com o mesmo tempo de casa

de Adriana, Eliene Santos tam-bém é promotora de vendas. Para ela, o fundamental na relação vendedor-cliente é o tato que se deve ter com as pessoas durante a abordagem. “É bom porque a gente conversa com o público, conhece pessoas diferentes. Isso acaba sendo um dos pontos po-sitivos nessa nossa profi ssão e isso também acaba infl uenciando na hora do cliente escolher qual jornal comprar”, aponta.

Assistente administrativo no se-tor de circulação, Carlisson Assis é o responsável por conferir os poucos exemplares que não são vendidos diariamente nas ruas e nas bancas. Em contato direto com os rotistas, é ele quem lança no sistema e controla as saídas dos jornais e faz a prestação de contas de tudo que foi vendido.

“Minha passagem aqui está sen-do excelente. É meu primeiro em-prego, estou crescendo aqui com a experiência. Estou aprendendo bastante com o conhecimento das pessoas que trabalham junto co-migo, principalmente em relação a planilhas e gráfi cos”, relata o jovem de 22 anos.

Jornal na porta de casaSe você quiser receber o EM

TEMPO na porta de casa, ligue

para o jornal e peça para falar com Francisca da Consolação. Com 10 anos de empresa, ela é a responsável pela comerciali-zação de assinaturas e, mais do que isso, a paraense de 52 anos fala com orgulho de sua relação com os clientes, a quem sempre procura atender bem.

“Eu também ligo para fazer a pós-venda, para saber se o assi-nante recebeu o jornal e se está satisfeito. Procuro sempre atender bem o assinante, o que é uma das coisas que os motivam a sempre fazerem a renovação também, por-que eles gostam do atendimento. Eu procuro sempre dar atenção para todos os assinantes. Desen-volvo esse trabalho há 10 anos aqui porque eu gosto, me sinto bem fazendo esse tipo de serviço”, declara, cheia de orgulho.

Além de vender assinaturas, Francisca também é responsá-vel pelas cobranças de quem atrasa os pagamentos. Identi-fi cada com o que faz, ela conta que já se aventurou em outros setores da empresa, contudo, não teve a mesma empatia. “Eu me sinto bem. Estou bem nesse trabalho e estou aqui porque eu gosto. É um trabalho que de-senvolvo aqui todo esse tempo porque foi com o que eu mais me identifi quei”, revela.

Conhecida por ser uma em-

presa que oportuniza chance de crescimento profi ssional aos fun-cionários, Elson Prado é mais um exemplo da valorização da prata da casa. Com 21 anos de vida e 1 ano e sete meses de casa, ele passou de encadernador para assistente de marketing.

“Surgiu a oportunidade de tra-balhar na encadernação por meio de um amigo. Eu já tinha experiên-cia por ter passado por um outro jornal. Quando eu descobri que o jornal dava bolsa para universi-dade, aproveitei a oportunidade. Foi muito bom poder trilhar esse caminho. Quando trabalhei lá (en-cadernação) tive a possibilidade de conhecer várias pessoas que me ajudaram a chegar até aqui”, diz Prado.

O caminho percorrido até al-cançar o atual cargo foi longo, mas, segundo o jovem, a convic-ção naquilo que sempre desejou foi fundamental para se tornar assistente de marketing. “O jornal me proporciona uma experiência que levarei para a vida toda, porque ele abre as portas do mercado. A experiência de estar aqui no marketing faz o mercado te ver com bons olhos. Eu sem-pre vivi nesse meio de jornal, eu respiro jornal. Foi meu primeiro emprego de carteira assinada e a grande oportunidade da minha vida”, pontua.

ANDRÉ TOBIAS

O trabalho dequem colocao jornal na rua

O trabalho começa ainda na madrugada. Tudo para fazer com que o jornal chegue até os leitores. Eles são os rotistas, os promotores e os jornaleiros, que atuam diariamente também por trás da notícia

O dia a dia dos jornaleiros começa antes do sol raiar e o sorriso é a maior arma na hora das vendas

Pioneirismo sustentável e

ambiental vira seloA edição de 28 anos também é histórica. O EM TEMPO é o primeiro impresso do país certifi cado

com o selo “Carbono Neutro”. Em contrapartida, patrocinará o refl orestamento de 2.196 hectares

O rotista Francisco é respon-sável pela distribuição dos jornais na Zona Centro-Oeste

Carlisson controla a saída dos jornais e faz a prestação de contas do que foi vendido

Segundo Coline, a parceria com o EM TEMPO e outros tem como meta benefi ciar 21 comunidades do Uatumã

Ao completar hoje 28 anos, o jornal Amazonas EM TEM-PO dá mais um grande passo para consolidar o

verde de sua marca, como o de uma empresa que preza pela sus-tentabilidade. Para tanto, o perió-dico patrocinará com 183 árvores o refl orestamento de uma área de 2.196 metros quadrados, na Reserva de Desenvolvimento Sus-tentável do Uatumã (RDS Uatumã), localizada entre os municípios de São Sebastião do Uatumã e Ita-piranga.

A iniciativa é uma forma de com-pensação às 66 toneladas de gases de efeito estufa (GEEs), como o dióxido de carbono (CO2), emitidas na atmosfera apenas com esta edição de aniversário. A ação faz parte do Programa Carbono Neu-tro, do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam), que garantiu ao EM TEMPO o status de primeiro jornal impresso do Brasil com o “Selo Carbono Neutro”.

De acordo com o gerente comer-cial do EM TEMPO, Gibson Araújo, há 3 anos o grupo realiza atividades sustentáveis que iniciaram numa parceria com o Manauara Shop-ping, na realização da Semana da Sustentabilidade. “Um evento que proporcionou uma cons-ciência ambiental ao público infanto-juvenil, por meio de atividades lúdicas que passavam conceitos básicos da sus-tentabilidade”, explica.

Neste ano, ele conta que surgiu em parceria com o Idesam a oportunidade de ter uma edição do jornal to-talmente certifi cada com o selo do “Carbono Neutro”. Antes do selo, ele conta que a empresa já buscava ações sus-tentáveis no processo produtivo, como a destinação dos resíduos descartados no processo produ-

tivo. “Não é algo que estamos

EMERSON QUARESMA fl ertando, já é algo concreto no grupo essas práticas sustentáveis. E é certo que nós vamos continuar fazendo compensação em outras datas, a veia sustentável veio para fi car”, afi rma.

O gerente do programa Carbo-no Neutro do Idesam, engenheiro fl orestal Flávio Cremonesi, explica que o cálculo sobre o CO2 emitido pelo EM TEMPO na edição deste domingo levou em consideração todas as atividades do processo produtivo. Entre elas a quantidade de energia elétrica, o montante de papel utilizado na impressão, a quantidade de motocicletas envol-vidas na rota de entrega em Ma-naus e o avião que leva exemplares para o município de Parintins (a 369 quilômetros de Manaus).

“Chegamos a 183 árvores, o que signifi ca 66 toneladas de carbono para uma tiragem 5.500 exempla-res produzidos neste domingo”, aponta o engenheiro fl orestal. Ele diz que o programa ganha a par-ceria com o EM TEMPO num mo-mento em que o noticiário aponta o aumento do volume de desmata-mento da fl oresta amazônica.

Segundo Cremonesi, o “Carbo Neutro”, além de buscar recu-perar áreas degradas, dá uma melhor segurança alimentar e de-senvolvimento social ambiental e econômico dos comunitários da RDS do Uatumã. O plantio é fei-to no Sistema Agrofl orestal (SAF), que é a

combina-

ção de espécies arbóreas (frutífe-ras e/ou madeireiras) com cultivos agrícolas.

“Não é um plantar por plantar, é uma recuperação de área de-gradada que resgata o carbono da atmosfera e garante seguran-ça alimentar e geração de ren-da para o comunitário que está fazendo o manejo diário desse refl orestamento”, conta o gerente do programa.

Cremonesi diz que o objetivo é aproximar mais os brasileiros da Amazônia com o Carbono Neutro e mostrar que todos podem cola-borar com o sequestro do carbono. “Desde o açougue da esquina a uma multinacional e até mesmo o Boi-Bumbá de Parintins podem colaborar e compensar com o se-questro de carbono. O EM TEMPO neste domingo terá uma come-moração dupla, os 28 anos e o selo do primeiro jornal impresso carboneutralizado, o que o tor-na ainda mais conectado com a Amazônia.

ControleO programa “Carbono Neutro”

nasceu a partir da necessidade que o Idesam sentiu de controlar as emissões de gases do efeito estufa, segundo explica o diretor executivo da entidade, engenheiro fl orestal Mariano Coline. Iniciado em 2011, com moradores de duas comunidades da RDS do Uatumã, o instituto percebeu que poderia am-pliar o volume de área refl orestada a partir de parceiros individuais e empresariais.

Segundo ele, praticamente to-das as atividades que as pessoas

desenvolvem hoje emitem carbo-no. Para começar, Coline conta que o Idesam começou reduzindo as nossas emissões no consumo de energia e no corte controle gastos com veículos nas viagens para a reserva.

“Mas, como é impossível ser uma pessoa que não emite carbono, nós passamos a fazer o inventário das nossas emissões e calcular quanto emitíamos de carbono nas nossas atividades e aquilo que não con-seguimos reduzir, nós passamos a compensar. Todo carbono que emitimos, nós sequestramos de volta plantando árvores”, explica o diretor.

Anualmente, Colina aponta que o Idesam trabalha com três co-munidades e já refl orestou, apro-ximadamente, 5 hectares. Com os parceiros como o EM TEMPO, pes-soas físicas e outras empresas, a entidade tem como meta até 2020 benefi ciar com o Carbono Neutro o total de 21 comunidades da RDS do Uatumã, com uma média anual de 5 a 10 hectares.

Nesses 4 anos, o diretor exe-cutivo do Idesam afi rma que já foram compensadas as emissões de eventos de atores como Mal-vino Salvador, Marcos Palmeira, de eventos como a Feira Literária de Pirenópolis, edições de livros como foi com a obra “Guerreiros da Amazônia” (Ronaldo Barcelos) e com outras Organizações Não Governamentais (ONGs). “Hoje es-tamos costurando uma parceria com a empresa do aplicativo 99 Táxis, presente em mais de dez Es-tados brasileiros, para neutralizar corridas de táxis”, conta.

Saiba mais sobre‘Carbono Neutro’

04 e 05 - ESPECIAL 28 ANOS.indd 4-5 05/09/2015 01:04:01

Page 6: Especial EM TEMPO 28 anos - 6 de setembro de 2015

6“Aos 28 anos, o EM TEMPO é um veículo de comunicação ma-duro. Ocupa lugar de destaque na imprensa amazonense e cumpre com louvor o papel de informar e registrar a

história contemporânea do Estado e do mundo. Parabéns aos empresá-rios e profi ssionais que

fazem parte des-sa caminhada. E cada vez mais

sucesso”

“O EM TEMPO é um grupo de comunicação que faz muito bem a

Manaus. Pelo equilíbrio, sensatez e pela atenção aos problemas reais da cidade. No plano políti-co, analisando com bas-tante isenção. No plano econômico, procurando apontar alternativas. No plano social, mos-

trando sensibili-dade. Portanto,

vida longa ao grupo Raman Ne-

ves”

“O EM TEMPO e sua equipe são parte de uma rede que atende ao que

chamo de uma necessida-de fundamental das pes-soas, informação. Sem

imprensa, sem o exercício da liberdade, por mais

que alguns a contestem, não seríamos cidadãos em sua plenitude. Pa-

rabéns a esse jornal de tradição e a todos os profi ssionais diretores que tocam o EM TEMPO”

“A democracia se fortalece junto com as instituições brasileiras por conta da liberda-de de imprensa. Neste contexto se insere um

veículo de comunicação que há 28 anos aju-

da na divulgação das informações essenciais

para a formação da opi-nião pública. Parabéns

ao EM TEMPO pelos 28 anos de uma sólida

história”

“Durante esses 28 anos, o jornal EM TEMPO tem feito esse trabalho de

maneira primorosa, ba-seado na ética e sempre na veracidade dos fatos. Com uma Redação for-mada por profi ssionais altamente qualifi cados, o jornal já está consa-grado como uma das melhores ferramentas

de comunicação do Amazonas. Parabéns ao Amazonas

EM TEM-PO”

José Melo

Equilíbrio é

Em meio à migração de leitores do impresso para o virtual, o EM TEMPO se reinventa com um jornalismo equilibrado e de credibilidade e segue mantendo e conquistando novos leitores, que o acampanham diariamente, há 28 anos

O jornalismo impresso tem sofrido, nas últi-mas décadas, uma per-da de leitores e anun-

ciantes. Para uns, uma perda irreparável, capaz de justifi car (e até mesmo obrigar) a migração do papel para a tela virtual, mais limpa e pasteurizada também. Para outros, é tão somente uma fase de transição de linguagem, mal absorvida pelos veículos do impresso. O que, no entanto, não

sofre abalo, mesmo nos períodos mais desabonadores da econo-mia, como o que se está viven-do, globalmente, no presente, é a credibilidade desse meio de comunicação.

Apesar de ser uma invenção da revolução industrial, na forma como o consumimos hoje, o jor-nal tem todas as virtudes que o mercado, o soberano defi nidor de destinos, jamais poderá assumir sem causar a própria extinção. Nesse sentido – que paradoxo! – o jornal é antimercado: ele pode se

a fórmula da credibilidade

ALDISIO FILGUEIRAS

“Uma sociedade sem liberdade de expressão, sem uma mídia livre não pode se desenvolver com igualdade e justiça. Na história da imprensa amazonense, o jornal Amazonas EM TEMPO não só contribui para

levar informação de qua-lidade aos seus leitores,

como se destaca com pro-jetos editoriais e gráfi cos inovado-

res. Parabéns à direção e aos

colaborado-res”

“Eu vejo o jornal Ama-zonas EM TEMPO com uma linha de atuação

muito equilibrada, serena e respeitando

sempre o contraditório. Essa é a marca e que

permitiu nesses últimos 28 anos que Manaus e o Amazonas sejam diaria-mente informados. Que-ro parabenizar a família

EM TEMPO pelos seus 28 anos de serviços

prestados ao Amazonas”

“O Amazonas EM TEM-PO é um símbolo da re-

sistência e da adaptação do veículo jornal aos novos tempos. Online, tablóide, rádio e TV.

O sonho de Marcílio e Hermengarda Jungueira sobrevive, como o ideal de liberdade que per-meia a imprensa como

um todo. Que tenha vida longa. Parabéns à

direção, admi-nistração e jor-

nalistas que fazem esta

casa”

“É com imensa alegria que felicito o EM TEMPO por seus 28 anos de exis-tência, ao longo dos quais acompanhou os principais

fatos que marcaram a história do Amazonas e

do Brasil. Por sua credibi-lidade junto à população e por seu compromisso em levar informação de qualidade, o EM TEMPO

merece o sucesso que vem colhen-do. Vida longa ao Amazonas EM TEM-PO!”

Governador do Estado do Amazonas

Arthur VirgílioPrefeito de

Manaus

Omar AzizSenador (PSD)

Deputadofederal (PMDB)

Marcos Rotta

Secretário de cultura do

Estado do Amazonas

Robério Braga

Presidente da Câmara

Municipal de Manaus

(PHS)

Wilker Barreto

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Page 7: Especial EM TEMPO 28 anos - 6 de setembro de 2015

especial

anosMANAUS, DOMINGO, 6 DE SETEMBRO DE 2015 7

“A importância da imprensa se avulta e se confi rma de acor-do com o momento histórico vivido por uma nação, por um

país. Legitimada não pelo voto, mas pela

audiência, pela tiragem e pela credibilidade de cada órgão de comu-nicação, a imprensa

funciona como o fi el da balança. Parabéns pe-los 28 anos

de circula-ção!”

“Acompanhamos a história desse jornal desde os primeiros

passos, ainda sob o co-mando de Hermengarda Junqueira. Muitos pro-fi ssionais qualifi cados escreveram a história de nosso Estado nas

manchetes deste impor-tante veículo. Desejo

que a atual diretoria do EM TEMPO con-tinue essa luta

em defesa do bom jorna-

lismo”

“O EM TEMPO escreve, a cada dia, o seu nome na história do Amazo-nas com a dedicação

dos seus profi ssionais e o compromisso da

sua direção em investir nesse projeto de grande

importância para o Estado. Nesse momento

em que o EM TEMPO completa 28 anos de

existência, meus parabéns e reco-nhecimento a

todos”

“A imprensa tem desem-penhado um papel crucial

no sentido de levar a informação para o povo. Além disso, é importante que existam instrumen-

tos como esse para que o gestor possa ser cobrado pela população de todas

as atribuições que a Constituição determina. Assim, gostaria de para-

benizar o Amazo-nas EM TEMPO e

seus dirigentes pelo seu ani-

versário”

“É de suma importân-cia ter um veículo de

comunicação imparcial, focado em apresentar e transcrever os fatos da forma mais verdadeira e não tendenciosa para

que o público desse veículo possa formar suas próprias opini-

ões. Parabéns pelos 28 anos do Amazonas EM

TEMPO”

Equilíbrio é a fórmula da credibilidade

corrigir amanhã, mas não pode trocar uma mentira por outra – não estava, está escrito e ponto. Mesmo no passado, está escrito É nessa perspectiva, também, que costuma ser invocado: como testemunha, não pode apenas ter estado presente, mas por perma-necer fi el ao fato, e ponto.

Ser testemunha é um pesado investimento, o que o mercado, principalmente em seu formato atual, não admite, pois descobriu o caráter hermafrodita do capi-tal, que se reproduz sem produzir. Esse é o grande risco que o jornal exige de quem o adota, como empresário, como profi ssional. O risco que o Amazonas EM TEMPO assumiu há 28 anos com Her-mengarda e Marcílio Junqueira e seus heróis da resistência, mal o país assumira o seu Estado de direito. O risco continuado por Otávio Raman Neves, que não resistiu avançar por mares nun-

ca dantes navegados. O jornal conecta com a vida.

Os depoimentos, nesta pági-na, sobre a experiência do EM TEMPO acrescentam ainda mais tempero à receita do produto entregue todos os dias ao leitor. À imparcialidade que nos reme-tem, preferimos, no entanto, o equilíbrio, essa fórmula quase impossível de convívio; à liber-dade que também louvamos, anexamos o direito de o outro também ser livre (outro impasse ainda mais difícil de superar). O homem bem informado vale mais – este é outro confronto do jornal com o mercado, que prefere a informação sem foco, impossibilitando a crítica. O EM TEMPO muda e tem mudado e continuará mudando, exceto quanto a sua cláusula pétrea, desde a fundação: a credibilidade. Respeito é bom e o EM TEMPO tem de montão.

“Uma sociedade sem liberdade de expressão, sem uma mídia livre não pode se desenvolver com igualdade e justiça. Na história da imprensa amazonense, o jornal Amazonas EM TEMPO não só contribui para

levar informação de qua-lidade aos seus leitores,

como se destaca com pro-jetos editoriais e gráfi cos inovado-

res. Parabéns à direção e aos

colaborado-res”

“Eu vejo o jornal Ama-zonas EM TEMPO com uma linha de atuação

muito equilibrada, serena e respeitando

sempre o contraditório. Essa é a marca e que

permitiu nesses últimos 28 anos que Manaus e o Amazonas sejam diaria-mente informados. Que-ro parabenizar a família

EM TEMPO pelos seus 28 anos de serviços

prestados ao Amazonas”

“O Amazonas EM TEM-PO é um símbolo da re-

sistência e da adaptação do veículo jornal aos novos tempos. Online, tablóide, rádio e TV.

O sonho de Marcílio e Hermengarda Jungueira sobrevive, como o ideal de liberdade que per-meia a imprensa como

um todo. Que tenha vida longa. Parabéns à

direção, admi-nistração e jor-

nalistas que fazem esta

casa”

“É com imensa alegria que felicito o EM TEMPO por seus 28 anos de exis-tência, ao longo dos quais acompanhou os principais

fatos que marcaram a história do Amazonas e

do Brasil. Por sua credibi-lidade junto à população e por seu compromisso em levar informação de qualidade, o EM TEMPO

merece o sucesso que vem colhen-do. Vida longa ao Amazonas EM TEM-PO!”

Ex-deputada federal

Rebecca Garcia

Senadora (PMDB)

Sandra Braga

Titular da Secretaria

de Infra-Estrutura

do Estado (Seinf)

Waldívia Alencar

Desembar-gadora,

Presidente do TJAM

Graça Figueiredo

Presidente da Assem-

bleia Legis-lativa do

Amazonas (Aleam)

Josué Neto

Procurador-geral do MP/AM

Fábio Monteiro

Presidente da Confede-ração das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam)

Wilson Périco

06 e 07 - ESPECIAL 28 ANOS.indd 7 05/09/2015 01:29:21

Page 8: Especial EM TEMPO 28 anos - 6 de setembro de 2015

8 especial

anosMANAUS, DOMINGO,

6 DE SETEMBRO DE 2015

‘OEM TEMPO somos nós’

Expediente

Edição Michele Gouvea | Elvis Chaves | Jeane Glay

Reportagem Aldisio Filgueiras | André Tobias Emerson Quaresma | Fred Santana

Revisão Dernando Monteiro | João Alves

Diagramação Mario Henrique

Fotografi a Ione Moreno | Diego Janata Raimundo Valentim | Márcio Melo

Tratamento de imagens Klinger Santiago

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