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“Escrever é traduzir. Mesmo quando estivermos a utilizar a nossa própria língua. Transportamos o que vemos e o que sentimos para um código convencional

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Page 1: Escrever é traduzir. Mesmo quando estivermos a utilizar a nossa própria língua. Transportamos o que vemos e o que sentimos para um código convencional

“Escrever é traduzir.

Mesmo quando estivermos a utilizar a nossa própria

língua. Transportamos o que vemos

e o que sentimos para um

código convencional de signos, a

escrita...”

Page 2: Escrever é traduzir. Mesmo quando estivermos a utilizar a nossa própria língua. Transportamos o que vemos e o que sentimos para um código convencional

“...e deixamos às circunstâncias e aos acasos da comunicação

a responsabilidade de fazer chegar à

inteligência do leitor,

não tanto a integridade da experiência que nos

propusemos transmitir,...”

Page 3: Escrever é traduzir. Mesmo quando estivermos a utilizar a nossa própria língua. Transportamos o que vemos e o que sentimos para um código convencional

“...mas uma sombra,

ao menos,do que no fundo do

nosso espírito sabemos bem ser intraduzível,por exemplo...”

Page 4: Escrever é traduzir. Mesmo quando estivermos a utilizar a nossa própria língua. Transportamos o que vemos e o que sentimos para um código convencional

“...a emoção pura de um

encontro, o

deslumbramento de uma

descoberta,

esse instante fugaz de

silêncio anterior àpalavra que vai ficar na memória como o rasto de um sonho que o tempo não apagará por completo.”José Saramago

Page 5: Escrever é traduzir. Mesmo quando estivermos a utilizar a nossa própria língua. Transportamos o que vemos e o que sentimos para um código convencional

“Muito universo, muito espaço

sideral, mas o mundo

é mesmo

uma aldeia.”José Saramago

Page 6: Escrever é traduzir. Mesmo quando estivermos a utilizar a nossa própria língua. Transportamos o que vemos e o que sentimos para um código convencional

“A expressão vocabular humana

não sabe ainda e

provavelmente não o saberá

nunca,

conhecer, reconhecer e comunicartudo quanto é

humanamente experimentável

e sensível.”José Saramago

Page 7: Escrever é traduzir. Mesmo quando estivermos a utilizar a nossa própria língua. Transportamos o que vemos e o que sentimos para um código convencional

“Penso que estamos cegos,

José Saramago

Cegos que vêem,

Cegos que, vendo, não

vêem.”

Page 8: Escrever é traduzir. Mesmo quando estivermos a utilizar a nossa própria língua. Transportamos o que vemos e o que sentimos para um código convencional

“Se podes

olhar, vê.

Se podes

ver, repara”.

(epígrafe do livro “Ensaio sobre a

Cegueira”)

Page 9: Escrever é traduzir. Mesmo quando estivermos a utilizar a nossa própria língua. Transportamos o que vemos e o que sentimos para um código convencional

“Somos a memória

que temos e a

responsabilidade que

assumimos.

Sem memória não existimos,

sem responsabilidade talvez não mereçamos

existir.”

José Saramago

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“Acho que na sociedade actual nos falta filosofia...”

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“Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar,

e parece-me que, sem idéias, não vamos a parte

nenhuma.”

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“Falamos muito ao longo destes últimos anos dos direitos humanos; simplesmente deixamos de falar de

uma coisa muito simples,...”

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“...que são os deveres humanos, que são sempre deveres em relação

aos outros, sobretudo. E é essa indiferença em relação ao outro, essa espécie de

desprezo do outro,...”

Page 14: Escrever é traduzir. Mesmo quando estivermos a utilizar a nossa própria língua. Transportamos o que vemos e o que sentimos para um código convencional

“...que eu me pergunto se tem algum sentido numa situação ou no quadro de existência de uma espécie que se diz racional.”

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“...que eu me pergunto se tem algum sentido numa situação ou no quadro de existência de uma espécie que se diz racional.”

“O egoísmo pessoal, o comodismo, a falta de generosidade, as pequenas

cobardias do quotidiano, tudo isto contribui para essa

perniciosa forma de

cegueira mental...”

Page 16: Escrever é traduzir. Mesmo quando estivermos a utilizar a nossa própria língua. Transportamos o que vemos e o que sentimos para um código convencional

“...que consiste em estar no

mundo e não ver o mundo ou só ver

dele o que, em cada

momento, for susceptível de

servir os nossos interesses.”

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“Temos que acreditar nalguma coisa e, sobretudo, temos de ter

um sentimento de responsabilidade

colectiva, segundo o qual cada um de

nós será responsável por todos os outros.”

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“A prioridade absoluta tem de

ser o ser humano.Acima dessa não

reconheço nenhuma outra

prioridade.”José

Saramago

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“Estou convencido de que é preciso continuar

a dizer não, mesmo que se

trate de uma voz pregando no deserto.”

José Saramago

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Certa vez, diante da cativa platéia e da efusão de beijos e abraços que se

seguiram, exclama:...

“Esta gente quer me matar de amor!”

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“Nem a juventude sabe o que pode, nem a velhice

pode o que sabe.”José Saramago

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José Saramago

mas cabe nela muito

mais do que somos

capazes de viver.”

“A vida é breve,

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José Saramago

“Fugir da morte pode tornar-se

num modo de fugir da

vida.”

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“O homem é o único

animal capaz de chorar.

É diante do mar que o

riso e a lágrima

assumem uma

importância absoluta.”

E de sorrir.

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“Dir-se-á que mais

profundamente a

assumiriam diante do universo,

mas esse, digo eu, está demasiado longe, fora do alcance

duma compreensão comum.”

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“O mar é o universo

perto de nós.”José Saramago

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“A vida é como uma vela

que vai ardendo,

quando chega ao fim lança uma chama mais forte

antes de se extinguir.”

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“Creio que estou

no período da última

chama...”,afirma

Saramago diante das crescentes limitações

impostas pela saúde frágil .

Page 29: Escrever é traduzir. Mesmo quando estivermos a utilizar a nossa própria língua. Transportamos o que vemos e o que sentimos para um código convencional

“...enganadora é sim a luz do

dia, faz da vida uma sombra apenas

recortada,só a noite é lúcida,porém o sono

a vence,...”

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“...talvez para nosso sossego e

descanso, paz à alma dos vivos.”

(em ‘O Ano da Morte

de Ricardo Reis’)

José Saramago

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Ele está aqui e não está, mas sorri.

“...o espírito não vai a lado nenhum sem as pernas do

corpo,

José Saramago(em ‘Todos os Nomes’)

e o corpo não seria capaz de

mover-se se lhe faltassem as

asas do espírito.”

Page 32: Escrever é traduzir. Mesmo quando estivermos a utilizar a nossa própria língua. Transportamos o que vemos e o que sentimos para um código convencional

No dia 18 de junho,

depois de uma noite serena

e tranquila,Saramago falece na sua residência

em Lanzarote, acompanhado de

Pilar e de sua família,

“despedindo-se de forma serena e

plácida.”

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“Dentro de nós há uma coisa que

não tem nome,essa coisa é

o que somos.” José Saramago

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“Ganhamos um amigo

e a fé me diz que ele agora

mergulhou naquele Mistério

de amor que sempre buscou.”

Leonardo Boff

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“Quando me for deste mundo, partirão duas

pessoas.

José Saramago

Sairei, de mão dada, com essa criança que fui”.

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