escravidão na roma antiga

35
Escravidão em Roma

Upload: joao-nachtigall

Post on 13-Aug-2015

88 views

Category:

Education


5 download

TRANSCRIPT

Escravidão em Roma

Termos importantes

Servus & serva – escravoVernus & verna – escravo nascido em casaFugitivus & fugitiva- escravo fugitivoLibertus & liberta- homem livre/mulher livreLibertinus & libertina- filho de um escravo livreDominus & domina- senhor & senhoraManussimio – libertar um escravo (alforriar)Peculium – dinheiro guardado pelos escravos

para comprarem sua liberdadeFVG – abreviação de fugitivus, marcado na

testa dos escravos que fugiam de seus mestres

Pirâmide social romana

Patrícios

Plebeus

Homens livres

Escravos

Pirâmide social romana

Patrícios

Ricos donos de terra.Elite romana: Cônsules, Senadores e Pretores.

Descendentes dos ‘Pais Fundadores’.

Podiam vetar leis.

Plebeus

Classe baixa.Cidadãos comuns.Tinham que pagar impostos.Um trabalho comum dos plebeus era de lojista.

Não podiam liderar no governo.

Homens livres

Vários trabalhavam como artesãos e comerciantes

Haviam sido liberados da escravidão.

Tinham poucos direitos. Podiam possuir pequenas lojas e fazendas.

Quem eram os escravos?

Quem eram os escravos?

Novos escravos normalmente chegavam ao sistema através da guerra ou através de dívidas.

Esses escravos podiam ser de todas etnias e 0rigens econômicas. Por exemplo, funcionários e oficiais de inimigos conquistados podiam se tornar escravos.

Crianças nascidas de uma mãe escrava automaticamente se tornavam escravos, ainda que seus pais fossem livres.

Todos os escravos eram considerados propriedades, segundo a lei romana. Nenhum deles tinham direitos, pois não eram considerados pessoas jurídicas.

Levavam muitos anos para guardar dinheiro suficiente para sair da escravidão.

Como era a vida dos escravos

As piores condições de vida eram para os escravos sem habilidades, que trabalhavam em grandes fazendas ou (ainda pior) em minas ou em outros locais onde tinham uma expectativa vida baixíssima.

Mas os escravos gregos e romanos viviam em uma situação bem melhor do que muitas pessoas livres, porém em situações econômicas desfavoráveis.

Alguns escravos trabalhavam como professores, doutores, artistas, secretários, etc.

Alguns que trabalhavam para o Imperador ou para outras pessoas ricas e influentes se tornavam ricos também.

Origens da escravidão

A escravidão romana começou quando o legendário fundador Rômulo deu aos ‘pais romanos’ o direito de vender suas próprias crianças como escravos. A escravidão cresceu junto a expansão do Estado Romano.

A posse de escravos se difundiu a partir da Segunda Guerra Púnica (218-201 a.C.) até o século 4 d.C.

O colapso do Império Selêucida resultou num enorme comércio de escravos.

Origens da escravidão

As Doze Tabelas tinham breves referências a escravidão, o que indicava que a instituição já era de longa data.

A escravidão era um aspecto do ius gentium (lei das nações), segundo o jurista Ulpiano (2 d.C.).

Todos seres humanos nasciam livres (liberi) pela lei natural, mas a escravidão era prática comum a todas nações.

Após as guerras, a nação vitoriosa teria direito sob o ius gentium de escravizar a população derrotada.

A escravidão e a guerra

Grande parte dos escravos romanos eram adquiridos através das guerras.

Fontes antigas indicam que o número de escravos em cada guerra ia de centenas até dezenas de milhares.

Tais guerras incluem as grandes guerras de conquistas desde o período monárquico até o período imperial.

Os prisioneiros tomados ou retomados depois das três Guerras Servis Romanas (135-132, 104-100 e 73-71 a.C., respectivamente) também contribuíam para o fornecimento de escravos.

A escravidão e a guerra

As Guerras Servis

Primeira Guerra Servil: 135 a.C. – 132 a.C. na Sicília, liderada por Eunus e Cleon.

Segunda Guerra Servil: 104 a.C. – 100 a.C. na Sicília, liderada por Athenion e Tryphon.

Terceira Guerra Servil: 73 a.C. – 71 a.C. , liderada por Spartacus.

Primeira Guerra Servil

Essa guerra começou através de revoltas de escravos em Enna, na ilha da Sicília.

Foi liderada por Eunus, um antigo escravo que se dizia profeta, e por Cleon, um ciliciano, que se tornou comandante militar de Eunus.

Após algumas batalhas pequenas ganhas pelos escravos, um grande exército romano chegou a Sicília e derrotou os rebeldes.

Cerca de 200,000 pessoas se juntaram a rebelião, incluindo homens, mulheres e possivelmente crianças, segundo Diodorus Siculus.

Segunda Guerra Servil

O Cônsul Gaius Marius recrutava para sua eventual guerra contra os Cimbri. Ele pediu suporte para o Rei Nicomedes III da Bithynia.

As tropas adicionais dos aliados italianos não recebiam suprimentos, devido ao fato de que coletores romanos de impostos haviam escravizado italianos que não podiam pagar suas dívidas.

Marius decretou que todos italianos deveriam ser libertados, o que fez os escravos não-italianos se rebelarem.

Segunda Guerra Servil

Um escravo chamado Salvius seguiu os passos de Eunus, lutando por seus direitos e se tornou líder da rebelião. Ele assumiu o nome de Tryphon.

Ele juntou um exército de milhares de escravos treinados e equipados e seguiu para o oeste da Sicília.

O Cônsul romano Manius Aquillius reprimiu a revolta depois de muito esforço.

Terceira Guerra Servil

A terceira guerra servil também é conhecida como a Guerra dos Gladiadores ou como a Guerra de Spartacus.

Essa foi a única guerra servil a ameaçar o coração da Itália.

Haviam cerca de 120,000 escravos fugidos e gladiadores contra cerca de 3,000 membros de milícias e 8 legiões romanas.

A terceira rebelião acabou através de um concentrado esforço militar de um único comandante, Marcus Licinius Crassus, ainda que a rebelião continuasse a ter efeitos indiretos na política romana por muitos anos.

Terceira Guerra Servil

Terceira Guerra Servil

Terceira Guerra Servil

Terceira Guerra Servil

Terceira Guerra Servil

Piratas!

A pirataria tem uma longa história junto ao comércio de escravos.

Na Cilicia, piratas operavam impunemente, tendo como base diversas fortalezas.

Pompéia ‘erradicou’ a pirataria do Mediterrâneo em 67 d.C.

Porém, a pirataria continuou sob controle do Império Romano e continuou como uma instituição estável.

O sequestro através da pirataria continuou a contribuir imensamente para o fornecimento de escravos para Roma.

Economia e Comércio

Durante o período de expansão, durante o Império Romano, a escravidão transformou a economia.

Delos se tornou um dos maiores ‘mercados de escravos’, depois que se tornou um porto livre em 166 a.C.

Muitos escravos que chegavam a Itália eram comprados por donos de terra ricos que precisavam de muitos escravos para trabalhar em suas fazendas.

Tipos de trabalho

Os escravos podiam ter muitos trabalhos, que podiam ser divididos em cinco categorias: doméstico, público, artesanato, agricultura e mineração.

Servus publicus eram escravos que pertenciam não a pessoas, e sim ao povo Romano. Os escravos públicos trabalhavam em templos e outros prédios públicos.

Alguns desses escravos podiam adquirir reputação ou influência e diversas vezes foram alforriados (manumission).

Tipos de trabalho

Tipos de trabalho

Muitos escravos eram condenados a trabalhar nas minas ou pedreiras, onde as condições de vida eram brutais.

Damnati in metallum (‘aqueles condenados a mina’) eram presos que perderam suas liberdades como cidadãos (libertas) e se tornaram servi poenae, escravos como punição legal.

Estes escravos não podiam comprar sua liberdade, serem vendidos ou libertados. Eles deveriam viver e morrer nas minas.

Tipos de trabalho

Na República, metade dos gladiadores que lutavam nas arenas romanas eram escravos.

Gladiadores bem sucedidos eram ocasionalmente presenteados com suas liberdades.

Porém, gladiadores, sendo guerreiros treinados e tendo acesso a armas, eram os escravos mais perigosos.

Um bom exemplo de gladiador escravo era Spartacus, que liderou a Terceira Guerra Servil.

O aumento dos direitos dos escravos

Diversos imperadores começaram a garantir mais direitos aos escravos conforme o Império crescia:

Claudius anunciou que se um escravo era abandonado por seu mestre, ele se tornava livre.

Nero garantiu aos escravos o direito de denunciar seus mestres em corte.

E, graças a Antoninus Pius, um mestre que matasse seu escravos em justa causa poderia ser acusado de homicídio.

Emancipação

O ato de libertar um escravo era chamado de manussimio, que literalmente significa ‘enviar para fora da mão’.

A libertação do escravo era uma cerimônia pública, feita por algum tipo de oficial público, normalmente um juiz.

Uma touca de feltro chamada Pileus era dada para o antigo escravo como símbolo da sua liberdade recém adquirida.

Escravos libertados

Um escravo libertado era um libertus de seu antigo mestre, que se tornava seu patrono (patronus).

Como uma classe social, os antigos escravos eram chamados de libertinis. Os homens podiam votar e participar da política, mas não podiam concorrer a nenhum cargo e nem ser admitidos na classe senatorial.

Já os filhos dos antigos escravos tinham todos os direitos de um cidadão romano, sem restrições.

Muitos homens livres se tornaram muito poderosos. Vários deles tinham importantes papéis no governo romano.

Exemplos de escravos

Referências bibliográficas

THE WORLD OF THE ANCIENT ROMANS. Disponível em http://is.gd/TheWorldofAncientRomans. Acessado em 12 jun. 2015.

SLAVERY IN ANCIENT ROME. Disponível em http://is.gd/SlaveryInAncientRome. Acessado em 12 jun. 2015.

CICERO. Epistulae Ad Familiares.CICERO. Cartas para Atticus.CICERO. Cartas para amigos.ARNOLD. História Romana.SHAW, Brent. Spartacus e as Guerras Servis.LIVIUS, Titus. A História de Roma.PLUTARCO. A Vida de Crassus.