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ESCOLHA DE UM ERP ATRAVÉS DO MÉTODO PROMÉTHÉÉ Rodrigo Ferreira da Silva, João Ricardo Lopes de Almeida (IBMEC) Resumo: Sistema Integrado de Gestão (ERP) representa um avanço em termos de tecnologia da informação e seu uso é muito discutido na moderna gestão das empresas. A implantação de um ERP em uma empresa leva muito tempo, requer altas quantias financeiras, provoca fortes impactos organizacionais, mas as últimas décadas foram marcadas pela implantação de ERP nos diversos segmentos de negócios, seja público ou privado. Inúmeras empresas possuem banco de dados que as tornam a maior produtora de informação do país, este título foi alcançado pelas empresas de TI que aprenderam a sobreviver num mercado altamente competitivo e desafiador. Neste contexto, o setor de Tecnologia da Informação, buscando novas formas de administração e operação, também está se rendendo às capacidades do sistema ERP. O objetivo deste artigo é apresentar uma análise da escolha de ERP pelo método Prométhéé, como forma de melhoria da performance do sistema. Procura-se identificar neste trabalho alguns aspectos relacionados com a situação a ser vivenciada pela empresa com o projeto de implantação do ERP. Palavras-chaves: ERP; Sistema de Informação; Decisão Multicritério ISSN 1984-9354

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ESCOLHA DE UM ERP ATRAVÉS DO MÉTODO PROMÉTHÉÉ

Rodrigo Ferreira da Silva, João Ricardo Lopes de Almeida

(IBMEC)

Resumo: Sistema Integrado de Gestão (ERP) representa um avanço em termos de tecnologia da informação e seu uso é muito discutido na moderna gestão das empresas. A implantação de um ERP em uma empresa leva muito tempo, requer altas quantias financeiras, provoca fortes impactos organizacionais, mas as últimas décadas foram marcadas pela implantação de ERP nos diversos segmentos de negócios, seja público ou privado. Inúmeras empresas possuem banco de dados que as tornam a maior produtora de informação do país, este título foi alcançado pelas empresas de TI que aprenderam a sobreviver num mercado altamente competitivo e desafiador. Neste contexto, o setor de Tecnologia da Informação, buscando novas formas de administração e operação, também está se rendendo às capacidades do sistema ERP. O objetivo deste artigo é apresentar uma análise da escolha de ERP pelo método Prométhéé, como forma de melhoria da performance do sistema. Procura-se identificar neste trabalho alguns aspectos relacionados com a situação a ser vivenciada pela empresa com o projeto de implantação do ERP.

Palavras-chaves: ERP; Sistema de Informação; Decisão Multicritério

ISSN 1984-9354

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1. INTRODUÇÃO

O início do século XXI está associado à intensa competitividade entre as empresas

privadas e públicas. O entendimento de que as organizações são ordenadas em sistemas, o

reconhecimento de sua importância e, sobretudo, de como são interligados em vários subsistemas,

estes contidos num sistema ainda maior, faz com que as empresas passam a encarar seus

processos, seus recursos, como um potencial valor a ser explorado e valorizado dentro da

organização. Para tanto, mantê-los organizados sistematicamente para garantir a tempestividade e

confiabilidade das inúmeras informações que circundam o ambiente, reverencia a importância da

escolha e implantação bem sucedida de um sistema integrado de gestão.

Entretanto, tal implantação requer esforços muitas vezes imensuráveis que pode por em

risco todo o projeto. Podemos imaginar que, como em todo processo de mudança, o apoio da alta

administração é fundamental, assim como a participação ativa dos empregados. Porém, para que o

processo de implantação de ERP tenha bons resultados na gestão da organização, também é

necessário que os principais critérios de escolha sejam contemplados para que o retorno deste

investimento seja favorável para a empresa em termos de melhoria da performance para gestão

dos dados e informações veiculadas, mas também com reflexos em empregados utilizando o

máximo possível do que o sistema possa oferecer, maior interação entre os órgãos e ágil

fornecimento de informações para tomada de decisão.

O grande desafio para as empresas que decidem implantar ERP será fazer com que este

projeto ofereça bons retornos em todos os aspectos, buscando uma melhor posição relativa entre

as empresas bem sucedidas, e ao mesmo tempo resolver seus problemas seculares de mau

gerenciamento das informações, demora no atendimento das solicitações internas e externas em

geral, estagnação de organizações informais, empregados não motivados e retrabalho. A aceitação

de uma posição clara da importância de escolha de ERP, assumindo um caminho de implantação

supostamente responsável, baseado em metodologia singular, significa o avanço a favor da

competitividade e eficácia na gestão.

Segundo Filho(2004), ERP é a sigla de Enterprise Resource Planning, que deve ser

entendida como Sistema Integrado de Gestão. “Sistema” porque é um conjunto de elementos

interconectados, de modo a formar um todo organizado. “Integrada” porque possui todo um

mapeamento de processos interligados, que possibilita que as informações uma única vez

digitadas estejam disponíveis a todos os usuários envolvidos nos processos subseqüentes. “De

Gestão” porque operacionaliza de maneira automatizada todas as atividades da cadeia de valor das

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empresas e ainda fornece uma visão estratégica das informações para a tomada de decisão. Os

elementos são funcionalidades que representam as mais diversas transações executadas nos

diferentes departamentos (áreas funcionais) de uma organização. Essas funcionalidades são

desenvolvidas, implementadas e testadas dentro de um ERP e ao longo do tempo validadas como

melhores práticas de processo dentro de cada segmento de negócio. Em outras palavras um ERP

traz consigo todo um conjunto de regras de negócio, agrupadas em módulos, integrando as

diferentes áreas das empresas, seus clientes e fornecedores, considerando um fluxo de dados e um

mapeamento de processos otimizados e inseridos dentro da cadeia produtiva de cada empresa.

A adoção de um ERP constitui uma excelente oportunidade para modernização

tecnológica, o mesmo também traz benefícios como regras de negócio bem definidas e controle

mais rígido sobre pontos vulneráveis, padronização de processos e informações em tempo real.

Para obter os benefícios do ERP é preciso encará-lo como um projeto em evolução contínua e

tomar as medidas gerenciais necessárias para o seu sucesso.

Quanto a sua estrutura, o trabalho apresentará inicialmente uma abordagem das

características de um ERP, dos principais critérios utilizados quando da sua aquisição, instruído

numa extensa referência bibliográfica. Em seguida será realizada uma abordagem acerca da

metodologia escolhida para a aquisição de tal ativo. O tratamento e definição das alternativas,

critérios e parâmetros são realizados pela equipe de TI e de negócios da empresa, que dão suporte

à manutenção do sistema, e aos diversos empregados colaboradores que participam ativamente do

projeto de implantação do ERP.

Enfim, o trabalho permitirá concluir, com sua análise qualitativa, quais os critérios e seus

respectivos pesos que devem ser atribuídos no momento da escolha de um ERP, buscando apontar

o incremento na geração de valor no processo de tomada de decisão da empresa.

2. PROBLEMA

São encontradas algumas dificuldades na tomada de decisão para aquisição de ERP no que

diz respeito à escolha e priorização das alternativas a serem consideradas, quando se trata de

avaliações de aspectos subjetivos, tais como: preço do ERP, customização, experiência do

fornecedor, tratamento dos sistemas legados, suporte técnico, treinamento entre outros, os quais

influenciam na melhoria da eficiência operacional. Assim, percebe-se claramente ser um problema

multicritério e deve ser tratado como tal.

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3. OBJETIVO GERAL

Utilizar o método Prométhéé II como ferramenta de apoio à decisão para estabelecer uma

ordenação de preferência para aquisição de ERP.

4. revisão da literatura

SISTEMA DE INFORMAÇÃO

Segundo Padovese (2004, p.50), “sistema é um conjunto de elementos interdependentes,

ou um todo organizado, ou partes que interagem formando um todo unitário e complexo.” Numa

empresa é possível identificar diversos tipos de sistemas: sistema de pagamento, sistema de

faturamento, sistema de avaliação de desempenho, sistema de arrecadação, sistema de

informações, etc. Todos por sua vez se constituem subsistemas do sistema maior denominado

empresa. Dentre os diversos sistemas existentes numa empresa pode-se destacar o Sistema de

Informação, que corresponde ao conjunto de recursos (humanos, materiais, tecnológicos, etc) que

tem por fim gerar informações úteis ao processo decisório.

De acordo com Laudon & Laudon (2003, p.7), Um sistema de informação pode ser

definido como um conjunto de componentes inter-relacionados que coleta (ou recupera), processa,

armazena e distribui informações destinadas a apoiar a tomada de decisões, a coordenação e o

controle de uma organização.

Das definições acima se pode depreender que as informações resultam das diversas formas

como são relacionados os dados. A cada forma de relacionamento de dados pode-se gerar novas

informações. É importante, sobretudo, que a informação possua valor para os tomadores de

decisões.

Em face da importância de que se reveste a informação a ser prestada a qualquer usuário,

há necessidade de que sejam observadas as características essenciais da informação que em termos

de confiabilidade, tempestividade, compreensibilidade e comparabilidade. Podemos comprovar

tais requisitos através das Nomas Brasileiras de Contabilidade (NBC T1), mais especificamente

expressa pela Resolução CFC nº 785/95, as quais:

- confiabilidade: fundamenta-se na veracidade, completeza e pertinência do seu conteúdo;

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- tempestividade: refere-se ao fato de a informação contábil dever chegar ao conhecimento

do usuário em tempo hábil, a fim de que este possa utilizá-la para seus fins;

- compreensibilidade: deve ser exposta na forma mais compreensível ao usuário a que se

destine; e

- comparabilidade: deve possibilitar ao usuário o conhecimento da evolução entre

determinada informação ao longo do tempo, numa mesma Entidade ou em diversas Entidades, ou

a situação destas num momento dado, com vista a possibilitar-se o conhecimento das suas

posições relativas.

Logo, um ERP com plena capacidade refere-se aquele que permite a empresa garantir

todos os quesitos acima. Para tanto, o ERP deverá, de acordo com Karimi(2007), atender aos

escopos funcional(vários módulos), organizacional(ser implantado em várias áreas da empresa)e

geográfico(limites regionais de implantação). Neste trabalho, acrescentamos o escopo por

processo(a facilidade do ERP aderir as mudanças eventualmente ocorridas nos processos

existentes na empresa).

Sistema Integrado de Gestão

Conforme Padovese (2004, p.51) um Sistema Integrado de Gestão Empresarial “tem por

objetivo fundamental a consolidação e aglutinação de todas as informações necessárias para a

gestão do sistema empresa”. Os Enterprise Resourse Planning – ERP (Planejamento de Recursos

Empresariais) constituem soluções de Tecnologia de Informação – TI que integram os diversos

subsistemas de uma entidade, a partir de única base de dados, padronizando processos e

possibilitando uma visão do fluxo de informações dos diversos departamentos.

Esta solução tem sido adotada por diversas corporações em todo mundo. Conforme

Padovese (2000, p. 59), são três os fatores principais que têm levado as empresas a adotar esta

solução, como seguem:

a. o movimento da integração mundial das empresas transnacionais, exigindo tratamento

único e em tempo real das informações;

b. a tendência de substituição de estruturas funcionais por estruturas ancoradas em

processos; e

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c. a integração, viabilizada por avanços na tecnologia de informação, dos vários sistemas

de informação em um sistema único.

Pelos fatores citados por Padovese, constata-se que a boa gestão da empresa depende

fundamentalmente das informações tramitadas no ERP. Assim, um processo de implantação de

ERP bem estruturado e implementado é fator de sucesso que justificam a utilização desta solução

como base para uma Gestão mais transparente e eficaz.

De acordo com Buckhout et al. (1999), um ERP é um software de planejamento dos

recursos empresariais que integra as diferentes funções da empresa para criar operações mais

eficientes.

Na perspectiva de Araujo et al.(2005), o sistema ERP é um sistema que controla e fornece

o suporte a todos os processos operacionais, produtivos, administrativos e comerciais da empresa

que facilita o fluxo de informações único, contínuo e consistente por todo a empresa.

Para Silva e Fernandes (2005), o sistema ERP é um sistema de informação empresarial que

auxilia a empresa em seu planejamento, ao qual este é dedicado ao controle da maioria das

transações de uma empresa.

Vollmann et al. (2006) argumenta que o ERP é um termo utilizado para descrever um

sistema de software que integra programas de aplicação em finanças, produção, logística, vendas e

marketing, recursos humanos e outras funções dentro da organização. Essa integração, no entanto,

é feita através de uma base de dados compartilhada por todas as funções empresariais.

A fase de escolha do sistema ERP é decisiva para a obtenção do sucesso na utilização

desse tipo de sistema integrado, no momento da aquisição a empresa deve levar em conta as

características do sistema em relação a sua estratégia; deve-se adquirir um sistema que esteja o

mais próximo possível da estratégia empresarial (SILVA & FERNANDES, 2005).

Segundo Lima et al (2000), o sucesso na implantação depende do alinhamento entre o

software, cultura e objetivos da empresa. O princípio do sistema ERP é simples, contudo sua

implantação no contexto empresarial é complexo, levando alguns meses para seu completo

funcionamento na empresa.

Laurindo e Mesquita (2000) argumentam que de maneira geral os sistemas ERP

apresentam potencial para causar significativos impactos positivos nas empresas. Os autores

destacam os seguintes benefícios dos sistemas integrados de gestão para as empresas:

a) Possibilidade de integração e padronização das informações de diferentes unidades

geográficas;

b) Padronização dos processos das diferentes áreas da empresa;

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c) Melhor gestão dos processos;

d) Possibilidade de integração com fornecedores e clientes.

Os mesmos autores ressaltam em sua pesquisa os riscos que podem surgir na implantação

de sistemas integrados ERP, são eles:

a) Na maioria dos casos a empresa que deve se adequar às características do sistema

adotado;

b) Ao adotar um sistema ERP a empresa está implicitamente adotando uma solução

genérica, ao qual possui as melhores práticas de gerenciamento segundo a ótica do fornecedor do

sistema;

c) Existe para as empresas localizadas em várias unidades geográficas, a possibilidade de

perda de identidade organizacional, já que os processos ficarão engessados as práticas nativas do

sistema, ou no caso de uma customização, nas práticas da matriz.

5. METODOLOGIA PROMÉTHÉÉ

São encontradas algumas dificuldades na tomada de decisão para escolha de sistemas ERP

no que diz respeito à escolha ou priorização das alternativas a serem implantadas para a redução

de perdas, quando se trata de avaliações de aspectos subjetivos. Sendo um problema multicritério,

identifica-se a metodologia Prométhéé como aquela ideal para classificação e escolha da melhor

alternativa de aquisição pela empresa.

O apoio multicritério a decisão consiste em um conjunto de métodos para auxiliar pessoas

e organizações a tomarem decisões, esclarecendo o problema e avaliando as alternativas através de

múltiplos critérios, os quais são conflitantes na maioria dos casos (Gomes et al., 2002; Almeida &

Costa, 2003; Gomes et al., 2004). Segundo Vincke (1992), esses modelos e métodos seguem duas

principais vertentes: a Escola Americana, a qual consiste na agregação dos diferentes critérios em

uma única função de síntese (por exemplo, MAUT, AHP, TOPSIS); e, a Escola Francesa ou

Européia, a qual consiste em construir uma relação de sobreclassificação que representa as

preferências estabelecidas pelo decisor e explorá-las a fim de ajudar a resolver seu problema (por

exemplo, ELECTRE, PROMÉTHÉE).

A escolha do método a ser empregado depende do tipo de problema em análise, do

contexto estudado, dos atores envolvidos, da estrutura de preferência e do tipo de resposta que se

deseja alcançar, ou seja, qual a problemática de referência (Gomes et al., 2002). Dessa forma, o

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problema em questão, como já caracterizado anteriormente, visa uma priorização de alternativas,

sofrendo a influência de vários agentes de decisão por se tratar de investimento que vai refletir em

aspectos técnicos. Cada um desses aspectos será considerado como critério na avaliação, e,

portanto, requer uma informação intercritério que corresponda à sua importância relativa. Para

esses casos, freqüentemente faz-se uso dos métodos da Escola Francesa que utilizam a abordagem

outranking (existem traduções diferenciadas para o português, tais como: superação,

subordinação, prevalência e sobreclassificação) ou surclassement, da terminologia original em

francês (Roy, 1985).

Dentre os métodos baseados na relação de sobreclassificação, decidiu-se então, selecionar

o método PROMÉTHÉE II para trabalhar este problema, cuja problemática é a ordenação das

alternativas para aquisição de ERP, por sua vantagem em requerer uma informação adicional

muito clara, que pode ser facilmente obtida e gerenciada tanto pelo decisor como pelo analista.

Esta informação adicional, a noção de critério generalizado, é introduzida com a finalidade de

captar a amplitude das diferenças entre as avaliações de cada um dos critérios, enriquecendo a

estrutura de preferência. Além do mais, é um método flexível, oferecendo dois graus de liberdade

ao decisor: o primeiro é relativo à seleção do tipo de função de preferência e o segundo os limiares

a definir (Brans & Mareschal, 1994).

De forma geral o PROMÉTHÉE é de fácil entendimento, de modo que os conceitos e

parâmetros envolvidos em sua aplicação têm um significado físico ou econômico de rápida

assimilação pelo decisor. Assim, o método propicia a modelagem de preferência de forma simples

e de fácil compreensão, usando um paradigma diferente de outras abordagens que agregavam

critérios por meio de uma função aditiva. Além disso, os métodos de sobreclassificação não

admitem a compensação ilimitada de largas desvantagens e levam em conta o fato que pequenas

diferenças entre as avaliações das alternativas nem sempre são significantes (Vincke, 1992).

Este método foi proposto pela primeira vez em 1982 e desde então não deixou de ser

objeto de desenvolvimento e adaptações complementares (Brans et al., 1986), tendo sido aplicado

com sucesso em vários problemas de diferentes naturezas (Cavalcante & Almeida, 2005; Almeida

& Costa, 2002; Ülengin et al., 2001; Raju & Kumar, 1999). As seguintes implementações do

PROMÉTHÉE são descritas na literatura (Brans & Vincke, 1985; Brans et al., 1986; Taleb &

Mareschal, 1995):

PROMÉTHÉE I – estabelece uma pré-ordem parcial entre as alternativas, utilizado para

problemática de escolha.

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PROMÉTHÉE II – estabelece uma pré-ordem completa entre as alternativas, utilizado para

problemática de ordenação.

PROMÉTHÉE III – ampliação da noção de indiferença, com tratamento probabilístico dos

fluxos (preferência intervalar).

PROMÉTHÉE IV – estabelece uma pré-ordem completa ou parcial, utilizado para

problemática de escolha e ordenação destinadas às situações em que o conjunto de

soluções viáveis é contínuo.

PROMÉTHÉE V – nesta implementação, após estabelecer uma ordem completa entre as

alternativas, com o PROMETHEE II, são introduzidas restrições, identificadas no

problema, para as alternativas selecionadas; incorpora-se uma filosofia de otimização

inteira.

PROMÉTHÉE VI – estabelece uma pré-ordem completa ou parcial, utilizada para

problemática de escolha e ordenação. Destinado às situações em que o decisor não

consegue estabelecer um valor fixo de peso para cada critério.

PROMÉTHÉE – GAIA – extensão dos resultados do PROMETHEE, através de um

procedimento visual e interativo.

Como citado anteriormente, este modelo utilizará o método PROMÉTHÉE II, que objetiva

uma ordenação completa das alternativas evitando qualquer incomparabilidade, característica que

melhor se adequou à problemática considerada.

A utilização do PROMÉTHÉE II exige o conhecimento de alguns conceitos utilizados em

sua fase de construção da relação de sobreclassificação:

wj é o peso do critério j, significa a importância que o critério tem em relação aos outros

critérios.

gj(a) é o valor ou o desempenho da alternativa a no critério j.

q representa um limite de indiferença, o maior valor para [gj(a) – gj(b)] abaixo do qual

existe uma indiferença.

p representa o limite de preferência, o menor valor para [gj(a) – gj(b)] acima do qual existe

uma preferência estrita.

Fj(a,b) é a função de preferência, valor que varia de 0 a 1 e representa o comportamento ou

atitude do decisor frente as diferenças provenientes da comparação par a par entre as

alternativas, para um dado critério, indicando a intensidade da preferência da diferença

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gj(a) – gj(b) (Brans & Mareschal, 2002). Comumente, são apresentadas seis formais mais

utilizadas, conforme figura abaixo:

Π(a,b) é o grau de sobreclassificação de a em relação a b, também chamado de intensidade

de preferência multicritério. É calculado por:

Φ+(a) é chamado de fluxo de saída e representa a média de todos os graus de sobreclassificação de a, com respeito a todas as outras alternativas. É dado pela expressão:

Φ−(a) é chamado de fluxo de entrada, representa a média de todos os graus de

sobreclassificação de todas as outras alternativas sobre a. É dado pela expressão:

Φ(a) é chamado de fluxo líquido de sobreclassificação e representa o balanço entre o poder e a fraqueza da alternativa. Quanto maior Φ(a), melhor a alternativa. É dado pela expressão:

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6. TRATAMENTO DAS ALTERNATIVAS E CRITÉRIOS PELO GRUPO

Problemas de decisão nessa área normalmente envolvem vários decisores. Eles podem

representar diferentes departamentos de uma firma, diferentes organizações ou simplesmente

diferentes parceiros envolvidos em um projeto. Cada decisor usualmente tem seus objetivos

específicos (Cai et al., 2004).

De acordo com Macharis et al. (1998), em decisões em grupo os decisores devem ser

reunidos com um facilitador cuja função é conduzir o encontro e moderar discussões diretas entre

os decisores e dar assistência ao grupo a fim de obter uma decisão tão eficiente quanto possível.

Critérios individuais ou comuns são considerados. Os critérios comuns são aqueles que são

acordados por todos os decisores. Por exemplo, aumento dos benefícios ambientais e redução dos

impactos sociais são provavelmente critérios comuns para o problema de gerenciamento de

recursos naturais. Critérios individuais podem ser considerados por um ou vários decisores e não

necessariamente pelo grupo inteiro, pois, o gerente de uma concessionária de água não terá a

mesma avaliação de critérios que um líder comunitário.

Todos os critérios, comuns e individuais, são apresentados numa matriz de avaliação. Esta

matriz é apresentada a todos os decisores, os quais fazem seus julgamentos individuais.

Como a maioria dos métodos de apoio a decisão, o PROMÉTHÉE requer avaliações

numéricas. Dessa forma, escalas qualitativas terão que ser transformadas em escalas numéricas.

Uma vez identificadas as alternativas e a avaliação de cada critério, o processo para

agregação das informações pode ser iniciado. Para esta finalidade o método PROMÉTHÉE é

utilizado. Cada decisor precisa definir os pesos, sendo este a importância relativa entre os

critérios, e as funções de preferência para análise de cada critério.

Caso algum decisor considere que determinado critério não seja relevante, este será

avaliado com peso igual a zero. Isto significa que tais critérios não serão considerados na análise

pessoal desse decisor. Conseqüentemente, embora todos os decisores estejam avaliando a mesma

matriz, o número de critérios ativos considerados para cada um pode variar.

De acordo com o procedimento do PROMÉTHÉE, deve ser associada uma função de

preferência a cada critério para comparação por pares. Embora cada decisor esteja examinando os

mesmos critérios (podendo associar pesos diferentes), a seleção da função de preferência pode ser

de forma globalizada ou individual. A globalizada é feita em uma discussão aberta, onde todas as

funções de preferência são as mesmas para todos os decisores, e a individual, os decisores

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analisam o problema separadamente e podem escolher funções de preferência diferentes, cada uma

de acordo com o seu respectivo ponto de vista.

Neste contexto, apesar do conjunto de alternativas e de critérios serem idênticos para todos

os decisores, as avaliações podem ser completamente diferentes de acordo com as funções de

preferência e pesos distribuídos individualmente. Isto depende fortemente do interesse específico

dos decisores, que deverão considerar pesos maiores para os critérios que representam sua

preocupação no problema, sejam eles técnicos ou financeiros.

Ao final desse estágio, todos os decisores têm uma boa visão pessoal do problema e os

valores dos fluxos líquidos obtidos representam as preferências de cada decisor, sendo o maior

valor correspondente a melhor alternativa para aquele decisor. Assim, os rankings de cada um são

coletados e dispostos numa matriz de avaliação global. Então, dá-se início a um novo problema

multicritério com as mesmas alternativas, considerando como critérios os decisores. A Figura

abaixo ilustra esse procedimento.

7. APLICAÇÃO DO MÉTODO PROMÉTHÉÉ

A primeira pergunta e que, aparentemente, parece ser de maior importância é o item “Qual

é o melhor sistema e qual é o seu preço?”, porém, é preciso atentar a outros dois itens que são tão

importantes tanto quanto a escolha do sistema e o seu preço. Desta forma, podemos resumir todo o

processo em quatro tópicos:

1. Sistema: Qual sistema e como selecionar a melhor opção.

2. Investimento: Preço do sistema.

3. Fornecedor do Sistema: Um fornecedor confiável, com experiência e

qualidade no suporte técnico é mais importante do que o sistema em si.

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4. Processo de Implantação do Sistema: Planejar cuidadosamente o processo de

implantação, que é um item tão importante tanto quanto a escolha do sistema e do

fornecedor.

Estratégias que priorizam o fator preço a qualquer custo e que não consideram o

fornecedor e o processo de implantação do sistema se provaram ineficazes. A complexidade da

seleção e implantação de um sistema de gestão empresarial deve levar em conta diversos outros

fatores que precisam ser pesquisados e analisados antes que seja determinado um orçamento ou

prazo para implantação do projeto.

Abaixo, segue um pesquisa do autor Steve Hammett, realizada com várias empresas que

passaram pela experiência de selecionar e implantar um Sistema ERP e que revela fatos muito

interessantes e que são uma excelente base para quem está pensando em adotar o Sistema de

Gestão Empresarial. Algo que é único nesta pesquisa é que ela separa os usuários que estão

implantando o ERP pela primeira vez daqueles que já estão numa segunda tentativa, o que ajuda a

mostrar se a importância dada a cada critério se modificou após a primeira experiência.

Ainda sobre avaliação dos critérios, o quadro abaixo apresenta citações de critérios de

seleção e análise elaborada pelos autores da literatura existente sobre os critérios frequentemente

considerados para avaliações.

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Com base na análise dos dois acima e, considerando que o segundo quadro possui a

avaliação de seis referências literárias, consideramos como principais critérios aqueles mais bem

avaliados pela maioria dos autores e, posteriormente, verificamos a repetição destes principais

critérios no primeiro quadro (na coluna das empresas que implantaram o ERP pela segunda vez).

Vale lembrar que a avaliação constante no segundo quadro prevalece ao primeiro, este sendo

válido apenas como uma referência teórica. Desta forma, abaixo se encontram os critérios

definidos e suas respectivas definições:

Critério Definição

C1 Preço O preço de um ERP geralmente é muito alto. O custo total de

propriedade (TCO – Total Cost Ownership) do sistema deve incluir

além do preço das licenças, a sua manutenção e atualizações, os

demais software exigidos para que a aplicação possa trabalhar

eficazmente, o hardware, inclusive a rede, a consultoria, o

treinamento, a equipe de implantação e ainda outros custos.

C2 Qualidade

Técnica

O ERP é uma aplicação de SI/TI e as suas dimensões tecnológicas

assumem importância em ambientes de rápidas mudanças

tecnológicas e por isso deve estar atualizado nas tendências de

SI/TI, particularmente quanto aos sistemas gerenciadores de banco

de dados, ambiente cliente-servidor, hardware, sistema operacional,

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etc.

C3 Experiência do

fornecedor

As referências de vendas, a reputação, e a internacionalidade do

vendedor, com histórico de projetos bem sucedidos devem ser

considerados importantes critérios para o processo de seleção uma

vez que, pela esperada longevidade do sistema, a empresa

produtora deve estar preparada para suportá-lo por esse período.

C4 Funcionalidade

do sistema

Principais aspectos: 1) quais áreas funcionais o produto pode cobrir;

2) o quanto o produto é flexível quanto à adaptabilidade e abertura

e, 3) características específicas de alguns ERP.

Também foram definidos os sistemas integrados que deveriam ser considerados pela

empresa, estes sistemas têm sido analisados internamente pela equipe responsável pela

implantação na empresa, e aqui estes são denominados como sistema 1, sistema 2 e sistema 3. O

quadro abaixo apresenta uma descrição sucinta desses sistemas integrados.

Sistema Descrição

Sistema 1 Software com reconhecido prestígio no mercado, contudo este é

amplamente genérico e se destina aos mais variados segmentos

econômicos.

Sistema 2 Software destinado a empresas do segmento de distribuição e atacado.

Possui sucesso em diversas implantações pelo país.

Sistema 3 Software também de reconhecido prestígio no mercado e também

amplamente genérico. No entanto, possui alguns subprodutos de seu

software principal que se destinam a empresas de diversos segmentos

Diante disso, o problema em questão pode ser resumido conforme abaixo, a figura

representa o modelo estruturado de acordo com as opções dos tomadores de decisão:

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Figura 1 – Esquema do problema multicritério

Diante disso, ao elaborarmos, conjuntamente e com pesos de 1 a 9 para todos os critérios,

excluindo o critério preço, a matriz m x n observamos o seguinte:

Preço Qualidade Experiência Funcionalidade

Sistema 1 9.500.000 5 8 7

Sistema 2 8.600.000 4 5 8

Sistema 3 8.700.000 9 4 6

Pesos 4 2 2 2

CritériosAlternativas

Tabela 1 – Matriz de avaliação

Os parâmetros de minimização e maximização, assim como as funções de preferência e

limiares de preferência e indiferença são descritos abaixo:

Preço Qualidade Experiência Funcionalidade

Min/Max Minimizado Maximizado Maximizado Maximizado

Função Linear Usual Usual Usual

Parâmetrosp=1.500.000 q=375.000

- - -

AlternativasCritérios

Tabela 2 – Resumo dos parâmetros

O cálculo da tabela par de alternativas, de acordo com os parâmetros estabelecidos na fase

anterior é encontrado abaixo:

Par de alternativas Preço Qualidade Experiência Funcionalidade

1-2 - 1 1 -

1-3 - - 1 1

2-1 0,47 - - 1

2-3 0,00 - 1 1

3-1 0,38 1 - -

3-2 - 1 - - Tabela 3 – Par de alternativas

Sik 1 2 3 Ø+

1 0,40 0,40 0,80

2 0,39 0,40 0,79

3 0,35 0,20 0,55

Ø- 0,74 0,60 0,80

Ø 0,03 0,09 ‐0,12

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Tabela 4 – Matriz Sik

De acordo com a tabela acima, podemos concluir que o fluxo líquido da alternativa 2 é o

maior, com isso, a alternativa de escolha do sistema 2 deve ser priorizada.

8. CÁLCULO ATRAVÉS DO SISTEMA PROMÉTHÉÉ (RESULTADO)

Nas figuras abaixo podemos verificar o cálculo realizado através do método prométhéé,

evidenciando os critérios, pesos, funções de preferência e indiferença. O sistema 2 tem uma

preferência em relação ao sistema 1 e 3, enquanto o sistema 1 tem preferência em relação ao

sistema 3 e o sistema 3 não tem preferência. Portanto, ao selecionar o melhor sistema ERP para a

empresa, aquele contemplado como sistema 2 deverá ser priorizado.

Figura 2 – Tela do sistema Prométhéé

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Figura 3 – Resultado do sistema Prométhéé

9. CONCLUSÃO

O método Prométhéé II se mostrou adequado para utilização como ferramenta de apoio à

decisão para ordenamento das opções de compra de ERP. A utilização da ferramenta pode

oferecer ganhos relevantes para o processo de decisão pesquisada.

Com base no conjunto de informações expedidas pelos decisores foi possível concluir que

o sistema 2 é a melhor alternativa avaliada através dos passos preconizados pelo método

PROMÉTHÉÉ.

Embora esta alternativa tenha apresentado um desempenho menor que as outras à luz de

alguns critérios é fato que esta reúne um conjunto de características qualificadoras e que a reunião

deste conjunto tenha pesado de maneira importante para a sua escolha como o novo sistema

integrado de gestão da empresa.

10. LIMITAÇÕES E ESTUDOS FUTUROS

Embora as questões desenvolvidas neste trabalho foram utilizadas contemplando o

universo de uma única empresa, uma futura investigação poderá ser conduzida com experiências

de outras organizações que eventualmente passam ou passaram pelo mesmo processo.

Pesquisas futuras poderão evidenciar a utilização da metodologia Prométhéé e os critérios

escolhidos em empresas públicas, pois, em consonância com a Lei nº 8.666 e afins, estas empresas

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sentem-se limitadas a atender aos preceitos encontrados naquele ordenamento jurídico, o que pode

necessitar a aplicação de aquisições não pelo tipo de compra pelo menor preço, mas sim pelo tipo

de compra técnica e preço, podendo assim, serem determinados critérios técnicos como os

apresentados neste trabalho. Entretanto, estes critérios, pesos, assim como função de preferência e

indiferença devem ser exaustivamente arrolados no instrumento convocatório.

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11. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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JUNIOR, ALBERTO M. Classificação de critérios para seleção de ERP: um estudo

utilizando a técnica Delphi. Revista de Sistemas de Informação, v. 9, n. 1, artigo 1, 2010;

OLIVEIRA, LINDOMAR S. Um estudo sobre os principais fatores na implantação de

um sistema ERP. Ponta Grossa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR),

Campus Ponta Grossa, 2006;

Souza, César Alexandre. Sistemas ERP no Brasil; Sarcol, Amarolinda / ATLAS;

SOUZA, CESAR ALEXANDRE DE. Sistemas integrados de gestão empresarial: um

estudo de caso de implementação de sistemas ERP. São Paulo: FEA/USP, 2000;

Veira, Robson. A Influência do ERP na Liderança / GIZ EDITORIAL.