escolas helenísticas

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Page 1: Escolas helenísticas

AS QUATRO ESCOLAS DO HELENISMO

Entre as novas tendências que surgiram devemos registrar a fundação de escolas filosóficas como:

* O estoicismo, de Zenão de Cítio I U6-263 a.C) – os representantes desta escola, conhecidos como estóicos,

defendiam uma atitude de completa austeridade física e moral, baseada na resistência do homem ante os

sofrimentos e os males do mundo. Seu ideal de vida, designado pelo termo grego apathéia (que

costuma ser mal traduzido por "apatia"), era alcançar uma serenidade diante dos acontecimentos

fundada na aceitação da "lei universal do cosmos", que rege toda a vida;

* O epicurismo, de Epicuro (324-271 a.C) – propunha a idéia de que o ser humano deve buscar o

prazer da vida. No entanto, distinguia, entre os prazeres, aqueles que são duradouros e aqueles que

acarretam dores e sofrimentos, pois o prazer estaria vinculado a uma conduta virtuosa. Para

Epicuro, o supremo prazer seria de natureza intelectual e obtido mediante o domínio das

paixões. Os epicuristas procuravam a ataraxia, termo grego que usavam para designar o estado

em que não havia dor, de quietude, serenidade, imperturbabilidade da alma. O epicurismo, posteriormente,

serviu de base ao hedonismo, filosofia que também defende a busca do prazer, mas que não diferencia os tipos

de prazeres, tal como faz Epicuro;

* O ceticismo (pirronismo), de Pirro de Élida (365-275 a.C) - segundo suas teorias, nenhum

conhecimento é seguro, tudo é incerto. O pirronismo defendia que se deve contentar com as

aparências das coisas, desfrutar o imediato captado pelos sentidos e viver feliz e em paz, em vez de se lan-

çar à busca de uma verdade plena, pois seria impossível ao homem saber se as coisas são

efetivamente como aparecem. Assim, o pirronismo é considerado uma forma de ceticismo, que professa

a impossibilidade do conhecimento, da obtenção da verdade absoluta;

* O cinismo - o termo cinismo vem do grego kynos, que significa "cão", e designa a corrente dos filósofos

que se propuseram a viver como os cães da cidade, sem qualquer propriedade ou conforto.

Levavam ao extremo a filosofia de Sócrates, segundo a qual o homem deve procurar

conhecer a si mesmo e desprezar todos os bens materiais. Por isso Diógenes, o pensador mais

destacado dessa escola, é conhecido como o “Sócrates demente”, ou o “Sócrates louco”, pois questionava os

valores e as tradições sociais e procurava viver estritamente conforme os princípios que

considerava moralmente corretos. Sãos inúmeras as histórias e acontecimentos na vida desse filósofo que

o tornaram uma figura instigante da história da filosofia.

Colado de <http://jaueras.blogspot.com/2010/01/as-quatro-escolas-do-helenismo.html>

Epicuro (341 – 270 a. C) Filósofo grego nascido em Samos foi favorável ao atomismo, doutrina desenvolvida originalmente por

Leucipo e Demócrito, que o influenciou quando começou a filosofar, aos catorze anos. Sua família era nobre,

mas ficou pobre. Seu pai foi um dos colonos que foram de Atenas para Samos. Quando criança acompanhava a

mãe no trabalho em casas de pobres, e assim conheceu as crenças populares. Não sofreu muita influência

dos filósofos que o precederam, pois não se dispôs a estudá-los. Em 325 a. C vai para Atenas

onde comprou um jardim estabeleceu sua escola. Os epicuristas, alunos desta escola filosófica podiam

ser homens ou mulheres, eram unidos entre si e com os professores. Atenas atravessava uma época difícil, mas

ele lá permaneceu. Existe um busto que nos dá a descrição de Epicuro: a cabeça é forte, o nariz acentuado, os

lábios espessos, a expressão calma e benevolente. Tinha muitos discípulos e amigos. O ponto básico de sua

doutrina é que o bem é o prazer, e acusam os epicuristas de terem se entregue aos excessos dos festins,

mas Epicuro comia muito pouco nas suas refeições diárias. Os atenienses eram atraídos pelo programa da sua

escola : "aqui vocês encontrarão-se bem, aqui reside o prazer. Os epicuristas tinham os estóicos como

adversários. Epicuro foi um dos grandes escritores da Antigüidade, compôs mais de trezentos tratados. Não

era muito científico, e suas conclusões são passíveis de críticas. Escreveu um tratado, Da Natureza, em trinta e

sete livros, no qual delineia a teoria atomística, os átomos são a explicação final das coisas, pontos últimos de

deslocando no vazio, nada existe a não ser isso, a alma é formada de átomos materiais, tudo acontece devido a

interação mecânica entre eles. O universo é corpo e espaço. Deve-se argumentar com aquilo que não é evidente

aos sentidos. Sempre existiu alguma coisa e os átomos tem variadas formas . Enquanto o prazer é o

Escolas helenísticassegunda-feira, 6 de junho de 201121:06

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aos sentidos. Sempre existiu alguma coisa e os átomos tem variadas formas . Enquanto o prazer é o

soberano bem, a dor é o soberano mal. É uma moral hedonista, e tem que se eliminar toda a

dor. A ataraxia (que é um estado da alma em que nada consegue perturbá-la, ela fica

impassível. Chega-se a ela atendendo os desejos naturais e ignorando os desejos supérfluos, o sábio feliz

contenta-se com o estritamente necessário. É o prazer estável que garante a felicidade. Devemos filosofar em

atos. Todo o incômodo desejo se dissolve no amor a filosofia. E o sábio não tema a morte, pois quando se vive

ela não existem não a sentimos e quando chega a morte, se deixa de ser.

Para Epicuro, o essencial para a felicidade é a nossa condição íntima. O desejo precisa ser

controlado, para que a serenidade nos ajude a suportar a dor. A vida se torna agradável com o

sábio raciocínio, que investiga a causa. A justiça não existe em si. Outra coisa interessante é o seu

conselho para vivermos em reclusão, ignorados.

Por ser um defensor do prazer, quiseram fazer de Epicuro e os Epicuristas defensores da volúpia, mas o próprio

fala contra isso, o prazer não é sensual.

Colado de <http://www.consciencia.org/epicuro.shtml>

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