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ESCOLA SUPERIOR DE DESENVOLVIMENTO RURAL DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA RURAL Avaliação das Pequenas e Médias Empresas na Cidade de Matola no período de 2008 a 2013 Licenciatura em Economia Agrária Autor: Adérito Carlos Moiane Vilankulo, Junho de 2016

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ESCOLA SUPERIOR DE DESENVOLVIMENTO RURAL

DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA RURAL

Avaliação das Pequenas e Médias Empresas na Cidade de Matola no período de

2008 a 2013

Licenciatura em Economia Agrária

Autor:

Adérito Carlos Moiane

Vilankulo, Junho de 2016

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Adérito Carlos Moiane

Avaliação das Pequenas e Médias Empresas na Cidade de Matola no período de

2008 a 2013

Trabalho de Culminação de Curso

apresentado ao Departamento de

Sociologia Rural da Universidade

Eduardo Mondlane – Escola

Superior de Desenvolvimento

Rural para a obtenção do grau de

Licenciatura em Economia

Agrária.

Supervisor:

dr. Adriano Carlos Chihanhe

UEM - ESUDER

Vilankulo

2016

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DECLARAÇÃO

Declaro que este trabalho é da minha autoria e resultado da minha investigação pessoal,

estando indicados no texto e na bibliografia as fontes utilizadas. Esta é a primeira vez que o

submeto para obter o grau de licenciatura, nesta instituição pública de ensino superior.

Vilankulo, 23 de Junho de 2016

_________________________________________

(Adérito Carlos Moiane)

Aprovação do Júri

Este trabalho foi aprovado no dia ___ de Junho de 2016 por nós, membros do júri

examinador da Escola Superior de Desenvolvimento Rural da Universidade Eduardo Mondlane,

com a nota de ___ Valores.

______________________________

(Presidente do Júri)

______________________________

(Arguente)

______________________________

(Supervisor)

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais:

Carlos Sebastião Moiane

&

Helena António Mondlane

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ii

AGRADECIMENTOS

À Deus, primeiramente, pela oportunidade de viver e pela capacidade de aprender,

sempre.

Ao meu supervisor dr. Adriano Carlos Chihanhe pela dedicação, paciência e orientação

demonstrada durante a elaboração deste trabalho, endereço o meu profundo agradecimento.

Ao meu pai, Carlos Sebastião Moiane, e a minha mãe Helena António Mondlane, pelo

seu carinho, apoio e presença constante.

Aos meus irmãos que sempre souberam dar apoio moral e material, Nicolau Moiane,

João Moiane em memória, Clementina Moiane, Sebastião Moiane, Irondina Moiane e Alberto

Moiane.

À Fatina, por ter sido a pessoa que me confortou nos momentos mais difíceis e, com o

seu entusiasmo, paciência e carinho.

Ao meu filho, Daúde France Adérito Moiane, pelas facilidades oferecidas.

Aos meus sobrinhos, Belinha, Gina, Jessica, Lilinho, Cleo, Lucinha, Michael, Kiwane e

Douglas.

Aos meus cunhados, Agnaldo António e Emídio Beúla.

Aos gestores das empresas Fenix e Metalo-Macânico de Moçambique, votos de sucesso.

Aos colegas de curso, Abacar Ussene, António Biza, Alberto Simango, Idércio

Marrengula, Nércia Machir, Paulino Rodrigues, e Satismo Mahungane, pelo suporte

inestimável para a concretização desse trabalho.

Por último, a todos aqueles que directo ou indirectamente colaboraram na minha

formação em Economia Agrária mas que aqui não foram mencionados, vão os meus

profundos agradecimentos.

À todos muito obrigado!

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LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SIMBOLOS

ANMM Associação Nacional dos Municípios de Moçambique

DPICT Direcção Provincial da Indústria, Comércio e Turismo

EU União Europeia

EUA Estados Unidos de América

EDM Electricidade de Moçambique

FAO Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

INE Instituto Nacional de Estatística

INE-P Instituto Nacional de Estatística de Portugal

MIC Ministério da Indústria e Comércio

Mt Metical

OIT Organização Internacional do Trabalho

PIB Produto Interno Bruto

PME’s Pequenas e Médias Empresas

SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

S/d Sem Data

Sal Salário

T.c.m.a Taxa de crescimento médio anual

USAID Agência dos Estados Unidos da América para Desenvolvimento Internacional

% Percentagem

oC Graus Centigrados

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iv

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Lista de Figuras

Figura nº1: Mapa da Cidade de Matola .................................................................................... 13

Lista de Tabelas

Tabela nº1: Distribuição das Pequenas e Médias Empresas em Moçambique ......................... 12

Tabela nº2: Postos de emprego gerados pelas empresas FENIX e Metalo-Mecânico de

Moçambique na Cidade de Matola de 2008 a 2013 ................................................................. 20

Tabela nº3: Salários pagos pela FENIX e Metalo-Mecânico de Moçambique de 2008 a

2013….. .................................................................................................................................... 23

Tabela nº4: Constrangimentos das empresas FENIX e Metalo-Mecânico de Moçambique na

Cidade de Matola de 2008 a 2013 ............................................................................................ 25

Lista de Gráficos

Gráfico nº1: Evolução do número de empregos das empresas FENIX e Metalo -Mecânico de

2008 a 2013 .............................................................................................................................. 21

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v

LISTA DE APÊNDICES

Lista de Apêndices

Apêndice nº1: Formulas usadas no trabalho ................................................................................ I

Apêndice nº2: Cálculo da população empregada ........................................................................ I

Apêndice nº3: Guião de entrevista direccionado à Direcção Provincial da Indústria, Comércio

e Turismo ................................................................................................................................... II

Apêndice nº4: Guião de entrevista direccionado à FENIX e Metalo-Mecânico de

Moçambique. ............................................................................................................................ III

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vi

RESUMO

O presente trabalho avalia a contribuição das pequenas e médias empresas na geração

de emprego e renda na cidade de Matola de 2008 a 2013, tendo-se tomado como estudo de

caso as empresas FENIX e Metalo-Mecânico de Moçambique. Para a recolha de dados usou-

se como método a entrevista semi-estruturada que foi dirigida às duas empresas e à Direcção

Provincial da Industria, Comercio e Turismo, pesquisa bibliográfica que consistiu em

consultar boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico

etc. por fim usou-se pesquisa documental, que consistiu em ler documentos oficiais (políticas,

legislação e relatórios), referente as pequenas e médias empresas. Com base nos dados

colhidos constatou-se que a FENIX é pequena empresa e a Metalo-Mecânico de Moçambique

é média empresa; as empresas entrevistadas contribuem para a geração de emprego e renda,

sendo que em média absorveram cerca de 0.012% da população na cidade Matola e pagaram

salários acima do decretado pelo governo proporcionando desta feita maior beneficio (renda)

aos seus funcionários. No que se refere aos salários pagos durante o período em estudo,

verificou-se que a FENIX pagou salário mínimo no ano de 2008 no valor de 2,460.00Mt e um

salário máximo no ano de 2013 no valor de 16,410.00Mt. A Metalo-Mecânico de

Moçambique pagou salário mínimo no ano de 2008 no valor de 2,650.00Mt e um salário

máximo no ano de 2013 no valor de 70,810.00Mt.

Palavras-chave: Empresa, pequena e média empresa, emprego e renda.

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ÍNDICE

Conteúdo Páginas

I - INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1

1.1. Problema da pesquisa ....................................................................................................... 2

1.2. Justificativa ...................................................................................................................... 3

1.3. Objectivos ........................................................................................................................ 4

1.3.1. Geral ......................................................................................................................... 4

1.3.2. Específicos ................................................................................................................ 4

II - REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................................ 5

2.1.Conceitos básicos .............................................................................................................. 5

2.2. Classificação das Pequenas e Medias Empresas .............................................................. 6

2.3. Ramo de actividades das PMEs em Moçambique ........................................................... 6

2.4. Constrangimentos das Pequenas e Médias Empresas ...................................................... 7

2.5. Papel das Pequenas e Médias Empresas .......................................................................... 9

2.6. Pequenas e Médias Empresas no contexto Moçambicano ............................................. 11

III - METODOLOGIA ............................................................................................................. 13

3.1. Descrição da área de estudo ........................................................................................... 13

3.2. Métodos de pesquisa ...................................................................................................... 17

3.2.1. Estudo de caso ........................................................................................................ 17

3.2.2. Pesquisa Quantitativa ............................................................................................. 17

3.3. Recolha de dados ........................................................................................................... 17

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3.4. Análise e interpretação de dados.................................................................................... 19

3.5. Limitações do trabalho ................................................................................................... 19

IV - RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................................... 20

4.1 Descrição das empresas FENIX e Metalo-Mecânico de Moçambique .......................... 20

4.2. Empregos gerados pelas empresas FENIX e Metalo-Mecânico de Moçambique ......... 20

4.3. Renda per-capita dos empregados das empresas FENIX e Metalo-Mecânico de

Moçambique na Cidade de Matola de 2008-2013. ............................................................... 23

4.4. Constrangimentos das empresas FENIX e Metalo-Mecânico de Moçambique na Cidade

de Matola de 2008 a 2013 ..................................................................................................... 25

V- CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ........................................................................... 27

5.1. Conclusões ..................................................................................................................... 27

5.2. Recomendações ............................................................................................................. 28

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .......................................................................................... 29

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Avaliação das Pequenas e Médias Empresas na Cidade de Matola no período de 2008 a 2013

Adérito Carlos Moiane / UEM-ESUDER/ Licenciatura em Economia Agrária - 2016 Página 1

I - INTRODUÇÃO

As Pequenas e Médias Empresas representam cerca de vinte milhões de empresas no

espaço económico Europeu, constituindo uma fonte substancial de criação de empregos,

comportam também um desafio a competitividade, a sua capacidade da identificação de novas

necessidades, tanto dos consumidores finais como dos operadores industriais, o seu potencial

de absorção de novas tecnologias e sua contribuição para aprendizagem, a formação

profissional e o desenvolvimento local determinam, com efeito, os futuros ganhos de

produtividade do conjunto da União Europeia, (GUNTER, 2006).

Em Moçambique o sector empresariado é constituído maioritariamente pelas Pequenas e

Médias Empresas totalizando cerca de 78% do total do universo empresarial, sendo assim, o

comportamento e desempenho são fundamentais no desenvolvimento da economia

moçambicana (VALÁ, 2009).

Actualmente existem no país cerca de 28.474 Pequenas e Médias Empresas registadas

na base dos dados do Censo de Empresas realizado em 2004, com cerca de 129.225

trabalhadores, do total das empresas existentes no país, 98,6% são Pequenas e Médias

Empresas, o comércio é a actividade dominante, seguida pela indústria de hotelaria e de

processamento (manufactura), o comércio representa 57,4%, ou seja 16,357 empresas, do

número total no sector das Pequenas e Médias Empresas como um todo, o sector do

alojamento constitui 20,2% (5.793) e a manufactura totaliza 9,9% (2.828). A agricultura

representa apenas 2,17% (MIC, 2008 apud VALÁ, 2009).

A Cidade de Matola possui uma taxa de crescimento efectivo maior que Maputo,

evidenciando a aceleração do processo de crescimento urbano, possui ainda um parque

industrial significativo (ANMM, 2013). Ainda o mesmo autor afirma que o parque industrial

vai das agro-indústrias às confecções metalomecânica e ao material de construção.

As políticas de geração de emprego e renda constituem importante campo das políticas

públicas de qualquer país, e neste contexto que este estudo apresenta e explora diferentes

políticas de emprego e renda, apontando direcções que podem ser perseguidas para obterem

melhores resultados de redução do desemprego e na desigualdade de renda na Cidade de

Matola.

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Avaliação das Pequenas e Médias Empresas na Cidade de Matola no período de 2008 a 2013

Adérito Carlos Moiane / UEM-ESUDER/ Licenciatura em Economia Agrária - 2016 Página 2

1.1. Problema da pesquisa

A cidade da Matola possui o maior parque industrial do país que vai dos agro-

industriais às confecções metalo-mecânicas e aos materiais de construção. Conta com cerca de

500 estabelecimentos industriais de diversos ramos de actividade que dão emprego directo a

milhares de assalariados, e que tem um potencial de desenvolvimento e de impacto tributário

local significativo (ANMM, 2013).

Apesar da cidade possuir um parque industrial com uma larga dimensão, a cidade de

Matola ainda apresenta altas taxas de desemprego e pobreza. Segundo INE (2010), em 2008 a

cidade de Matola apresentava uma taxa de desemprego de 62,3%. No fim dos anos 90, cerca

de 20% da população encontrava-se numa situação de pobreza absoluta, para além dos 30%

que sofriam de indigência (OPPENHEIMER, S/d).

Foi este motivo que despertou interesse em estudar as eventuais contribuições da

Pequenas e Médias Empresas na geração de emprego e renda na cidade de Matola, tendo

como o caso de estudo as empresas FENIX e Metalo-Mecânico de Moçambique, a motivação

desta pesquisa pode ser assim descrita:

Qual é o contributo das Pequenas e Médias Empresas na geração de Emprego e Renda na

Cidade de Matola no período de 2008 à 2013?

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Avaliação das Pequenas e Médias Empresas na Cidade de Matola no período de 2008 a 2013

Adérito Carlos Moiane / UEM-ESUDER/ Licenciatura em Economia Agrária - 2016 Página 3

1.2. Justificativa

As Pequenas e Médias Empresas são o motor da economia moçambicana,

particularmente nas zonas rurais, constituindo uma fonte importante das nossas exportações,

contribuem decisivamente para a criação da riqueza e geram um elevado número de postos de

trabalho. Moçambique é, na verdade, um país de PME’s, pois elas representam o padrão do

nosso tecido produtivo.

No sector das PMEs, o comércio é a actividade dominante, seguida pela indústria de

hotelaria e de processamento (manufactura). Uma característica importante das PMEs é a

grande concentração de empresas no comércio. Com efeito, observa-se a concentração de

empresas nas actividades comerciais do sector das grandes empresas.

A escolha do tema deve-se ao facto da importância que as Pequena e Médias Empresas

vêm assumindo no desenvolvimento económico do País, na sua capacidade de criar riqueza,

fomentar emprego e renda. É nesta ordem de ideias que o estudo focalizou a FENIX e Metalo-

Mecânico de Moçambique porque ambas empresas estão no ramo da indústria manufactureira

por ser o ramo que desempenha um forte papel na economia do país.

O sector do comércio não é o maior em termos de volume de negócios. Apesar do número

elevado de empresas, o volume de negócios é inferior ao da indústria manufactureira. A

indústria manufactureira e de construção são as duas áreas que demonstraram um sinal

relativamente forte de desempenho empresarial.

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1.3. Objectivos

1.3.1. Geral

Avaliar o contributo das Pequenas e Médias Empresas (FENIX e Metalo-Mecânico de

Moçambique) na geração de Emprego e Renda no período de 2008 - 2013 na Cidade

de Matola.

1.3.2. Específicos

Descrever as Pequenas e Médias Empresas FENIX e Metalo-Mecânico de

Moçambique;

Identificar o número de Empregos gerados pelas Pequenas e Médias empresas FENIX

e Metalo-Mecânico de Moçambique na Cidade de Matola de 2008-2013;

Descrever a evolução da Renda per capita dos empregados das Empresas FENIX e

Metalo-Mecânico de Moçambique.

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Avaliação das Pequenas e Médias Empresas na Cidade de Matola no período de 2008 a 2013

Adérito Carlos Moiane / UEM-ESUDER/ Licenciatura em Economia Agrária - 2016 Página 5

II - REVISÃO DE LITERATURA

2.1.Conceitos básicos

a) Empresa

Entende-se por empresa qualquer entidade que, independentemente da sua forma

jurídica, exerce uma actividade económica. São, nomeadamente, consideradas como tal as

entidades que exercem uma actividade artesanal ou outras actividades a título individual ou

familiar, as sociedades de pessoas ou as associações que exercem regularmente uma

actividade económica, (JORNAL OFICIAL DA UNIÃO EUROPEIA, 2003).

b) Pequena e Média Empresa

A definição das Pequenas e Médias Empresas varia de acordo com a metodologia

adoptada por cada país, mais especificamente, pelo tamanho de cada mercado. Países de

economia desenvolvida como os Estados Unidos identificam-nas como tendo 500

funcionários ou menos.

Entretanto, segundo USAID (2014), em Moçambique, considera-se pequena empresa

aquela organização que possui entre 5 a 49 trabalhadores e média empresa aquela organização

que possui entre 50 a 100 trabalhadores.

c) Emprego

Em sentido amplo, é o uso do factor de produção por uma empresa e, estritamente, é a

função, o cargo ou a ocupação remunerada exercida por uma pessoa (SANDRONI, 1999).

d) Renda

A renda é a remuneração dos factores de produção: salários (remuneração do factor

trabalho), alugueis (remuneração do factor terra) juros e lucro (remuneração do factor capital)

segundo, (SANDRONI, 1999).

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2.2. Classificação das Pequenas e Medias Empresas

A Comissão Europeia define Pequena e Média Empresa como as empresas com menos

de 250 pessoas ao serviço, cujo volume de negócios anual não exceda 50 milhões de euros ou

cujo activo total líquido anual não exceda 43 milhões de euros (INE-P, 2010). Em países em

desenvolvimento, por sua vez, onde o tamanho do mercado e os indicadores de tamanho das

organizações são menores, os pontos de corte estão entre 100 trabalhadores e 250

trabalhadores (CAMPOS e NISHIMURA s/d).

Entretanto, segundo USAID (2014), em Moçambique, o Estatuto Geral das Pequenas e

Médias Empresas define-as de acordo com o número de trabalhadores e volume de negócios

anual, sendo que o volume de negócios é o factor prevalecente na classificação. A distinção é

feita da seguinte forma:

Pequena Empresa aquela que emprega entre 5 a 49 trabalhadores e um volume de

negócios entre 1.2 e 14.7 milhões de Meticais;

Média Empresa aqui emprega entre 50 a 100 trabalhadores e um volume de negócios

entre 14.7 e 29.97 milhões de Meticais.

2.3. Ramo de actividades das PMEs em Moçambique

Existem no país cerca de 28.474 Pequenas e Médias Empresas registadas na base dos

dados do Censo de Empresas realizado em 2004, com cerca de 129.225 trabalhadores. Do

total das empresas existentes no país, 98,6% são PME’s. O comércio é a actividade

dominante, seguida pela indústria de hotelaria e de processamento (manufactura). O comércio

representa 57,4%, ou seja 16,357 empresas, do número total no sector das PME’s como um

todo. O sector do alojamento constitui 20,2% (5.793) e a manufactura totaliza 9,9% (2.828).

A agricultura representa apenas 2,17% (MIC, 2008 apud VALÁ, 2009).

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Avaliação das Pequenas e Médias Empresas na Cidade de Matola no período de 2008 a 2013

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2.4. Constrangimentos das Pequenas e Médias Empresas

Os constrangimentos variam de acordo com o nível de desenvolvimento dos países, bem

como com a região. Segundo OIT (2015), Na África Subsariana, 22% das empresas,

independentemente da sua dimensão, identificaram como principal obstáculo o acesso à

electricidade. Na Ásia Oriental e no Pacífico, 17% das empresas identificaram o acesso ao

financiamento como sendo o seu principal constrangimento. Na Europa e Ásia Central, as

taxas de tributação são apontados como a principal preocupação (17%). Na América Latina e

Caraíbas, a informalidade foi identificada como o principal obstáculo (16%); na Ásia do Sul,

a principal preocupação prende-se com a instabilidade política (25%).

A (OIT, 2015) afirma que as políticas de apoio às PME abordam estas falhas do

mercado, tais como informação incompleta, falta de disponibilidade e o elevado custo de

determinados serviços, ou ainda problemas relacionados com bens públicos. Alguns dos

exemplos frequentemente referidos são:

a) Falta de acesso ao financiamento devido à incapacidade dos bancos para avaliar os riscos

associados à concessão de empréstimos às PMEs;

b) Falta de informação entre as PMEs sobre os benefícios de determinados serviços de

apoio, como formação ou consultadoria;

c) Falta de prestadores de determinados serviços, ou a sua relutância em reduzir os seus

serviços para responder à procura das empresas mais pequenas, devido à relação

desfavorável entre custos fixos e receitas; e

d) Relutâncias das empresas em investir na área de I&D, porque receiam a divulgação de

conhecimentos a outras empresas sem contrapartidas.

Apesar do seu grande papel como impulsionador da economia, as PMEs de maneira

geral possuem muitas limitações estruturais, caracterizam-se por possuir menos recursos

financeiros, baixa competência em gestão, são estruturalmente mais frágeis, evitam expor-se a

riscos, tem baixo nível de formalização, baixo grau de especialização e raramente são

capacitadas (HECKSHER e DUARTE, 2005 apud DIMANDE 2012).

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Avaliação das Pequenas e Médias Empresas na Cidade de Matola no período de 2008 a 2013

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A principal barreira encontrada à pequena e média empresa é o acesso à informação

sobre o potencial, seja por dificuldades de formação, seja por não conhecer os lugares onde

obtê-las. O conhecimento reduzido sobre os mercados externos adicionados à falta de controlo

sobre as actividades internacionais é os principais responsáveis pela baixa capacidade de

exportar das pequenas e médias empresas (JUNIOR, 2009).

Entretanto, em Moçambique são apontados como constrangimentos, segundo o

(INQUÉRITO ÀS EMPRESAS, 2008 apud BANCO MUNDIAL, 2009) a Prática de

concorrentes informais, roubo, desordem, transporte electricidade e corrupção. Tem reduzido

acesso às infra-estruturas económicas e sociais básicas, aos mercados e a tecnologias e

conhecimento, (VALÁ, 2009).

DIMANDE (2010), afirma que as PMEs tem baixo nível de formalização, baixo grau de

especialização e raramente são capacitadas. Tem dificuldades na gestão empresarial,

dificuldades no acesso a mercados; Falta de acesso a Informação, (MIC, 2013). No entanto, a

USAID (2014), afirma que as empresas consideram que os impostos são elevados e não são

adequados a jovens empresas em crescimento, instabilidade política, insuficiência de infra-

estruturas públicas os serviços públicos - energia eléctrica, abastecimento de água potável e

segurança pública, e as infra-estruturas de transporte – rodoviário, marítimo, ferroviário e

aéreo.

USAID (2014), O problema da fraca qualificação da mão-de-obra no mercado nacional

é uma preocupação expressa pela maioria das PMEs. Foi notado que as empresas têm como

prática a realização de relatório de contas, contudo, torna se crucial que as empresas garantam

a qualidade da informação financeira prestada. Algumas empresas identificam a falta de

fundos como entrave para crescerem, resultando numa fraca capacidade de investimento (em

capital fixo e inovação) e um modelo de funcionamento centrado no curto prazo. Existem

empresas já devidamente enquadradas no mercado e a terem a capacidade de gerar valor,

contudo, a maioria não desenvolve planeamento estratégico e determina as suas necessidades

de forma pouco organizada.

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2.5. Papel das Pequenas e Médias Empresas

Nos últimos anos, vem sendo crescente o interesse em torno das pequenas e médias

empresas, em todos níveis socioeconómico, industrial e político. Isto porque, em quase todo o

mundo a participação das PMEs na economia é altamente significativa. O potencial de

geração de empregos é altamente desejável num cenário em que o desemprego tornou se um

problema estrutural, por isso o fortalecimento das PMEs constitui uma preocupação de tadas

nações, devido a sua importância para o crescimento económico regional e global,

principalmente pela sua capacidade de absorção de mão-de-obra. (CÂNDIDO, 1998 apud

CASCAVEL, 2002).

Tradicionalmente, as Pequenas e Médias Empresas têm sido os principais instrumentos

de sustentação das economias modernas, incluindo as dos países mais desenvolvidos, não

apenas por participarem na redução do desemprego, mas também por se ajustarem às

necessidades das comunidades e, com isso, contribuírem, significativamente para a redução

da informalidade e da pobreza. As pequenas e médias empresas contribuem de forma muito

significativa para a criação de emprego e de rendimentos, sendo responsáveis por dois terços

do emprego em todo o mundo (OIT, 2015).

Na Europa as PMEs são responsáveis por grande parte da actividade económica e

profissional, na prática, representam dois terços da totalidade dos postos de trabalho do sector

privado europeu, o que significa que as pequenas empresas são, na verdade, os verdadeiros

gigantes da economia europeia. As PMEs europeias representam cerca de 23 milhões de

empresas, 75 milhões de postos de trabalho, 99% da totalidade das empresas europeias mais

de 80% dos postos de trabalho nalguns sectores industriais, como os produtos têxteis, a

construção e o mobiliário (CARVALHO, 2010).

Nos EUA, o sucesso das pequenas e médias empresas é crucial para a manutenção da

solidez da economia americana, noventa e nove por cento das empresas americanas são

PMEs, estas empresas fornecem cerca de 75% dos novos empregos líquidos gerados na

economia americana todos os anos, representam cerca de 99,7% de todos os empregadores.

As pequenas empresas empregam 50,1% da força de trabalho privada e são responsáveis por

40,9% das vendas do sector privado no país (JOURNAL USA, 2006).

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Em 2008, existiam 349 756 Pequenas e Médias Empresas (PME) em Portugal,

representando 99,7% das sociedades do sector não financeiro. As microempresas

predominavam, constituindo cerca de 86% do total de PME. O emprego nas sociedades do

sector não financeiro foi maioritariamente assegurado pelas PME (72,5%), as quais foram

ainda responsáveis por 57,9% do volume de negócios (INE-P, 2010).

Segundo (SEBRAE, 2012), no território Brasileiro, nos anos 2002 e 2012, as pequenas e

médias empresas criaram 6,6 milhões de empregos com carteira assinada, elevando o total de

empregos nessas empresas de 9,5 milhões de postos de trabalho em 2002 para 16,2 milhões

em 2012. Em todo o período, o crescimento médio do número de empregados nas PMEs foi

de 5,4% a.a. No período 2002-2007, foram gerados 2,7 milhões de postos de trabalho nas

PMEs, um crescimento médio anual de 5,2% a.a. Entre 2007 e 2012, esse movimento se

intensificou, resultando na geração de 3,9 milhões de novos postos de trabalho, um

crescimento médio anual de 5,7% a.a. O bom desempenho das PMEs no período analisado

confirmou a sua importância para a economia. Em 2012, as pequenas e médias empresas

foram responsáveis por 99% dos estabelecimentos, 51,7% dos empregos privados não

agrícolas formais no país e quase 40% da massa de salários.

O (BANCO MUNDIAL, 2003 apud CAMPOS, s/d), afirma que as pequenas e médias

empresas possuem pelo menos três contribuições para a economia:

a) A primeira refere-se à criação de novos postos de trabalho e por essa razão, como

ponto-chave para o emprego e redução da pobreza. Em especial, os trabalhos criados

pelas PMEs são mais consistentes em condições de relativa abundância de mão-de-

obra e deficiência de capital, característicos de países em desenvolvimento.

b) A segunda contribuição é que as mesmas são fonte de consideráveis actividades de

inovação, o que contribui para o desenvolvimento do talento empreendedor e

competitividade de exportação como base para uma futura expansão industrial.

c) Finalmente, elas adicionam uma maior flexibilidade à estrutura industrial e promovem

um grande dinamismo na economia.

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2.6. Pequenas e Médias Empresas no contexto Moçambicano

O sector empresarial Moçambicano é constituído maioritariamente pelas Pequenas

Médias Empresas, totalizando cerca de 78% do total do universo empresarial. Só no ramo

industrial, as Pequenas e Médias Empresas, totalizam cerca de 97.4% do total de empresas,

empregando aproximadamente 67% da força de trabalho (MIC, 2006). As Pequenas e Médias

Empresas (PMEs), constituem o centro de desenvolvimento de um país, na medida em que

contribuem para a geração de postos de trabalho, estimulam e disponibilizam produtos,

aumentando assim a competitividade da economia. Porém, a sua importância para uma

economia de uma nação tem quatro dimensões (CONSELHO DE MINISTROS, 2007).

a) As PMEs geram o emprego, Partindo do princípio que uma grande empresa e uma

pequena empresa produzem o mesmo artigo ao mesmo valor, a grande empresa tem a

característica de ser de capital intensivo, enquanto a pequena, de mão-de-obra intensiva.

Isto implica que as PMEs oferecem maiores oportunidades de emprego à força de trabalho

de um país, ao contrário das grandes empresas.

b) As PMEs são cruciais para a competitividade de um país, encorajam a concorrência e a

produção e inspiram inovações e o empreendedorismo. As PMEs são inerentemente

guiadas para o mercado, procurando capturar as oportunidades de negócio criadas pela

procura de mercado.

c) As PME diversificam as actividades, estimulam a inovação e a criatividade, diversificam

as actividades económicas oferecendo produtos e serviços que o mercado procura num

determinado momento, disponibilizando assim novas linhas de produtos e serviços que

ainda não foram introduzidos no mercado e estimulam a inovação e a criatividade.

d) As PMEs mobilizam recursos sociais e económicos. As PMEs são os agentes sociais que

mobilizam recursos sociais e económicos nacionais que ainda não tenham sido

explorados. Daí o papel chave desempenhado pelas PMEs no desenvolvimento

socioeconómico dos países.

Após a concretização dos primeiros objectivos macroeconómicos de criação de um

ambiente de estabilidade política, social e monetária propício ao crescimento económico,

foram realizados os grandes investimentos em Sectores Críticos de Actividade […] O

próximo passo é assegurar que a melhoria das condições de vida pelo emprego e pela

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satisfação e realização pessoal chega a todos e de forma equilibrada, pelo que o motor desse

processo, como em qualquer Economia desenvolvida do mundo, é o sucesso das Pequenas e

Médias Empresas (USAID, 2014).

Tabela nº1: Distribuição das Pequenas e Médias Empresas em Moçambique

Zona Sul do País Zona Centro do País Zona Norte do País

27% 34% 39%

Fonte: USAID, 2014

Das 11 províncias, a Cidade de Maputo e a província de Cabo Delgado possuem maior

número de PMEs e, consequentemente, do volume de negócios. A Província de Gaza também

revela uma concentração relativamente grande de PMEs, ultrapassada apenas por Cabo

Delgado. É de notar que existe um número relativamente inferior de PMEs a operarem na

Cidade de Maputo e na Província de Maputo, uma vez que elas representam apenas 7,8% do

total nacional. Pelo contrário, as grandes empresas situam-se nestas áreas. Sofala possui 33

grandes empresas, mas apenas 671 PMEs. Todavia, Cabo Delgado possui o maior número de

PMEs do país (7.887), (CONSELHO DE MINISTROS, 2007).

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III - METODOLOGIA

3.1. Descrição da área de estudo

a) Localização geográfica, superfície e população da cidade de Matola

Matola localiza-se na província de Maputo ao sul do país sendo um dos municípios que

conformam a região metropolitana da cidade de Maputo. É limitada a noroeste e norte por

Moamba; a oeste e sudoeste por Boane; ao sul por Catembe e a leste por Maputo e a noroeste

também faz fronteira com o distrito de Marracuene (MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO

ESTATAL, 2005). A Cidade de Matola tem uma superfície de 368 km2 e uma população de

796,263 habitantes, a Cidade tem uma densidade populacional de 2,167.2 hab/km2

(INE,

2011).

Na Cidade da Matola existe uma autarquia e ocupa um território com 373 Km2 de

superfície subdivide-se em três postos administrativos, nomeadamente: Posto Administrativo

da Matola Sede; Posto Administrativo da Machava e o Posto Administrativo do Infulene; De

acordo com os dados do último Censo Populacional de 2007, a Cidade da Matola tem 672.508

habitantes e alberga 55.7% da população total da Província de Maputo (INE, 2009).

Figura nº1: Mapa da Cidade de Matola

Fonte: INE (2007).

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b) Clima, Relevo e Hidrografia

O clima da Cidade de Matola é tropical a sub tropical, sendo mais húmido na zona

costeira e sub-árido no interior. Existem duas estações predominantes, sendo uma quente onde

se regista maior pluviosidade que vai de Outubro a Março, e outra fresca e seca que vai de

Abril a Setembro. A temperatura média anual da cidade é de aproximadamente 23°C. Durante

o verão, esporadicamente, ocorrem temperaturas na ordem dos 40°C e na época fresca,

raramente atingem níveis abaixo dos 10°C, excepto na cadeia dos Libombos, onde chegam a

descer abaixo de 5°C, mas nunca abaixo dos 0° (INE, 2009).

c) Principais Actividades Económicas

i) Indústria

A indústria é a base da economia da cidade de Matola, o qual possui maior parque

industrial do país, concentrando cerca de 60% da indústria nacional, conta com cerca de 500

unidades industriais que constituem este parque, têm um alto grau de diversificação, vai das

agro-indústrias às confecções metalo-mecânicas e ao material de construção. O

desenvolvimento da cidade esteve sempre ligado a relação comercial entre Moçambique e a

África do Sul, da qual são exemplos o complexo portuário da Matola e o corredor de Maputo,

rodo e ferroviário (ARAÚJO, s/d).

A fonte de rendimento mais importante nesta Cidade é a terra, sobre tudo destinado à

exploração industrial, comercial, agro-pecuária, entre outras, é importante mencionar que os

mercados informais constituem, juntamente à terra, a base para a captação de receitas para o

funcionamento do município, o município da Matola possui o maior parque industrial do país

que vai dos agro-industriais às confecções metalomecânicas e aos materiais de construção,

conta com cerca de 500 estabelecimentos industriais de diversos ramos de actividade

(MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO ESTATAL, 2005).

ii) Produção Agrícola

A agricultura e pecuária são as principais actividades que ocupam a maioria da

população economicamente activa da cidade de Matola, que se situa em 56.6% da população

total segundo o censo de 2007.A cidade de Matola possui cerca de 1.162.888 hectares de terra

arável e destes, na campanha agrícola 2008/2009 foram lavradas e semeadas cerca 306.605

hectares de diversas culturas.

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O rácio - população camponesa - área de cultivo, na província apresenta 1,2 hectares

por família camponesa, onde a população camponesa é estimada em cerca de 311.745

pessoas, de acordo com os dados do Sistema de Aviso Prévio. A safra de produção agrícola

obtida na cidade de Matola não só abastece o mercado interno bem como ao da Cidade de

Maputo. Em 2008/09 a cidade produziu em cereais 209.054,64 toneladas o que equivale a

0.091 toneladas/ano por habitante. Para o caso de cereais o recomendável de acordo com a

FAO é de 0.128 ton/ano por habitante (SITOE, 2008).

iii) Comércio

A Cidade de Matola vem conhecendo um aumento progressivo de unidades comerciais

em todos postos administrativos. A todas unidades do comércio geral a retalho,

compreendendo supermercados, mercearias, mini mercearias e não inclui o comércio a

grosso, abrangendo armazéns (ARAÚJO, s/d).

e) Infra-estruturas

i) Água

Percentagem de casas com água canalizada: 8.2% dos domicílios possuem água

canalizada dentro de casa; 44.8%, fora dela; 19.3% fontenária, 10.2%, por meio de poço/furo

protegido e 14.9% poço sem bomba (céu aberto). Os principais cursos de água são: do Rio

Incomati que, nasce na República de África do Sul e desagua no Oceano Índico, formando

várias Ilhas, sendo as principais: Ilha Josina Machel, Incanine e Bengalene, tendo como

afluentes: o Sábie, o Massintonto e o Uanéteze. O Rio Tembe, que nasce na Suazilândia,

atravessando a região de Maputo (Matutuine) e vai desaguar na baia de Maputo, tem como

afluente o pequeno Rio Changalane (INE, 2009).

ii) Energia Eléctrica

A cidade de Matola é a maior consumidora de energia eléctrica no nosso país, por

possuir o maior parque industrial. Esta cidade tem todos bairros electrificada, estando na fase

de electrificação dos postos administrativos, o que vai impulsionar mais o desenvolvimento

socioeconómica na província, principalmente, nas áreas de comunicação, indústria e agro-

pecuária (Revolução Verde). O sector de energia está subdividido em três áreas: Energia

Eléctrica, Combustíveis e Energias Novas Renováveis. A rede eléctrica da Província de

Maputo, está disposta em Linhas de Transporte de Alta Tensão, rede de distribuição

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(Media/Baixa Tensão) com as respectivas subestações e postos de transformação da

electricidade de Moçambique ou de privados (INE, 2009).

iii) Estradas

Actualmente a rede rodoviária da cidade de Matola, é constituída por 206 km de

estradas classificadas, sendo as primárias com 47Km as secundárias com 104 km, as terciárias

com 55 km, e as vicinais com 64 km. A esta rede, acresce-se a de estradas não classificadas e

que tem sido objecto de intervenção regular, constituída por cerca de 12 km de acessos a

zonas agrícola. A ligação rodoviária da Província de Maputo que liga as Cidades de Matola e

Maputo, assim como de outros pontos da província é estabelecida através de autocarros

públicos de passageiro que operam nos Distritos de Boane, Marracuene, Manhiça e os Bairros

de Nkobe e Tchumene ao nível da Cidade da Matola e alguns transportes semi-colectivos

vulgos “Chapas”. Também existem táxis, que operam ao nível da cidade de Matola assim

como a via ferroviária que liga Marracuene, Ressano, Manhiça e Magude. Existe ainda o

Transporte marítimo que liga Matola Rio ao Porto do Maputo, (INE, 2009).

iv) Saneamento

A percentagem de casas com saneamento dreno e fossa e ligação: latrina melhorada

(26.8%), latrina tradicional melhorada (17.6%) não melhorada (37.8%), ligada a fossa séptica

(16.3%) e 1.6% não possuem latrina (ANMM, 2013).

v) Habitação

A cidade de Matola conta com um total de 268.208 habitações que albergam

269.924agregados familiares. Do total de habitações as mais predominantes com 52% são as

de construção básica de material convencional com quartos e não tem casa de banho e

cozinha; seguido da “mista” com 32%, de material durável convencional e de origem vegetal

e por último palhota com 7% (JOCHEN, s/d).

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3.2. Métodos de pesquisa

3.2.1. Estudo de caso

Segundo (YIN, 2002 apud ALEGRE, 2012), o estudo de caso permite uma investigação

para se preservar as características holísticas e significativas dos eventos da vida real, tais

como ciclo de vida individuais, processos organizacionais, administrativos, mudanças

ocorridas em regiões urbanas, relações internacionais e a maturidade de alguns sectores.

Conforme afirma (PONTE, 2006 apud ARAUJO et al., 2008), é uma investigação que se

assume como particularistas, isto é, que se debruça deliberadamente sobre uma situação

específica que se supõe ser única ou especial, pelo menos em certos aspectos, procurando

descobrir a que há nela de mais essencial e característico e, desse modo, contribuir para a

compreensão global de um certo fenómeno de interesse.

Desta feita o estudo foi feito na empresa FENIX e Metalo-Mecânico com vista a se

apurar o seu contributo na geração de emprego e renda na cidade de Matola.

3.2.2. Pesquisa Quantitativa

O estudo do tema consistiu na pesquisa quantitativa que se caracteriza, tanto na fase de

colecta de dados quanto no seu tratamento, pela sua utilização de técnicas estatísticas em

estudos, o seu uso intensivo teve por objectivo garantir uma maior precisão de análise e

interpretação dos resultados, tanto, assim aumenta a margem de confiabilidade quanto as

inferências dos resultados encontrados (BAPTISTA e CUNHA, 2007). Investigações

quantitativas (estatísticas) devem ser apresentadas em forma de tabelas (laterais abertas), os

demais tipos de ilustrações que contenham dados qualitativos (mapas, gráficos, organogramas

e outros) devem estar expostos como quadros, ou seja, com as laterais fechadas por traços

verticais (FERRER, 2012).

3.3. Recolha de dados

Os instrumentos frequentemente usados para a colecta de dados são, a pesquisa

bibliográfica, a entrevista, a observação e os questionários (Gil, 2008). Quanto às técnicas de

pesquisa, o estudo tomou em conta três instrumentos, abrangendo a pesquisa bibliográfica, em

paralelo realizou-se a observação participante e as entrevistas semi-estruturadas

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a) Pesquisa bibliográfica

A pesquisa baseou-se na consulta de boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas,

monografias, teses, material cartográfico etc., de modo a obter um conjunto de informações

relevantes para a analisar e compreender o tema. A principal vantagem da pesquisa

bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de

fenómenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar directamente, esta

vantagem se torna particularmente importante quando o problema de pesquisa requer dados

muito dispersos pelo espaço (GIL, 2008).

b) Pesquisa Documental

A pesquisa documental baseou-se em consulta de documentos oficiais (Politicas,

Legislação e Relatórios), referentes as Pequenas e Médias Empresas. Esta é a fonte de colecta

de dados restrita a documentos, escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes

primárias, estas podem ser feitas no momento em que o fato ou fenómeno ocorre, ou depois

(MARCONI e LAKATOS, 2003).

Os documentos consultados são referentes aos relatórios do Ministério da Indústria e

Comércio, Instituto para Promoção das Pequenas e Médias Empresas da Direcção Distrital de

Actividades Económicas da Cidade de Matola, relatórios produzidos por entidades não-

governamentais, relatórios de trabalho de grupos de referência e a legislação à volta do

problema de estudo.

c) Entrevista Semi-Estruturada

Na entrevista semi-estruturada, o entrevistado respondeu as perguntas dentro de sua

concepção, mas, não se trata de deixá-lo falar livremente. Consiste em combinam perguntas

abertas e fechadas, onde o informante tem a possibilidade de discorrer sobre o tema proposto,

essa técnica, quase sempre produz uma melhor amostra da população de interesse (BONI e

QUARESMA, 2005).

As entrevistas foram aplicadas as individualidades que têm a ver com o tema em estudo,

nomeadamente: directores, gestores, trabalhadores e dirigentes afectos ao Serviço Distrital das

Actividades Económicas da Cidade de Matola e do Instituto para Promoção das Pequenas e

Médias Empresas.

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3.4. Análise e interpretação de dados

Para análise e interpretação de dados, o pesquisador recorreu a pacote estatístico MS

Excel com vista a analisar as variáveis em estudo e elaborar gráficos, tabelas de frequências e

produzir valores percentuais.

3.5. Limitações do trabalho

Constituíram limitações do presente estudo, a demora a responder a solicitação de

informação, a falta de disponibilidade dos representantes das Pequenas e Médias Empresas

facto que de certa forma corroborou na demora da aprovação da carta para o estágio. No acto

de trabalho de campo algumas questões causavam desconfiança por parte dos informantes

chaves por temerem que a informação disponibilizada pudesse ser usada contra eles. Constitui

também limitação do trabalho, a falta de base de dado organizada para que pudessem

responder de imediato as questões que são abordadas.

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IV - RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Descrição das empresas FENIX e Metalo-Mecânico de Moçambique

A FENIX é uma empresa que está localizada na cidade de Matola, dedica-se ao fabrico

de peças e estruturas metálicas, exerce sua actividade a 19 anos. Os seus produtos são

comercializados nos mercados internos e externo.

A Metalo-Mecânico de Moçambique está situada na cidade de Matola, cerca de 15km

da cidade capital Maputo, a empresas opera em todas províncias do país. Esta empresa tem

objectivos de oferecer serviços de engenharia mecânica, fabricação de aço, tanques de

combustível e sistema de distribuição. Actualmente a empresa actua em diversas áreas como

construção e aluguer de máquinas pesadas.

4.2. Empregos gerados pelas empresas FENIX e Metalo-Mecânico de Moçambique

Tabela nº2: Postos de emprego gerados pelas empresas FENIX e Metalo-Mecânico de

Moçambique na Cidade de Matola de 2008 a 2013

Ano

Número de Funcionários

FENIX Metalo-Mecânico

de Moçambique

Número Médio de

Funcionários

(2008-2013)

2008 19 50 11,5

2009 21 64 14,17

2010 17 90 17,83

2011 26 88 19

2012 29 68 16,17

2013 24 98 20,33

Média 22,67 76,33 99

Fonte: Elaborada pelo autor com base nos dados colhidos.

Segundo a tabela n° 2, a FENIX teve um mínimo de contratações em 2010 com cerca de

17 funcionários, e registou o máximo de contratações no ano de 2012 com cerca de 29

funcionários. Segundo a direcção da empresa, em 2011 estabeleceu ligações comercias com

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empresas sul-africanas que prestam serviços a Mozal, facto que condicionou a aumento de

funcionário no seu quadro pessoal devido a aumento da procura dos seus serviços.

A Metalo-Mecânico de Moçambique registou contratações mínimas no ano de 2008

com cerca de 50 funcionários e registou o máximo de contratações no ano de 2013 com cerca

de 98 funcionários. Actualmente a empresa está actuar em diversas áreas como de engenharia,

distribuição e montagem de estruturas, e desenvolveu as actividades de construção,

imobiliária e comércio.

Ainda na tabela acima pode-se observar que, segundo a classificação das Pequenas e

Médias empresas da USAID (2014), a empresa Metalo-Mecânico de Moçambique pode ser

considerada média pois verifica-se que, esta empresa empregou ao longo do período em

análise menos de 100 trabalhadores e a empresa FENIX pode se considerar pequena empresa

visto que o nível de empregabilidade esteve abaixo de 50 funcionários. A empresa FENIX e a

Metalo-Mecânico de Moçambique, dedicam-se ao mesmo ramo de actividade, sendo que estas

lidam com a manufactura.

Gráfico nº1: Evolução do número de empregos das empresas FENIX e Metalo-Mecânico

de 2008 a 2013

Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados colhidos.

Conforme o gráfico nº1, de 2008 a 2010 a empresa Metalo-Mecânico de Moçambique

aumentou o número de funcionários, verificando-se uma tendência crescente e posterior

decréscimo dos postos de trabalho a partir de 2011 e 2012, tendo se posteriormente registado

maior nível de empregabilidade no ano de 2013, sendo que a empresa contava com 98

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trabalhadores, devido a razões que segundo a Metalo-Mecânico de Moçambique houve

necessidade de aumento da produção porque a empresa expandiu suas actividades para

algumas províncias no caso de Tete. A empresa registou o pico no ano de 2013 e um mínimo

de contratações no ano de 2008.

Ainda segundo o gráfico nº1, note-se que houve uma quebra estrutural na tendência

crescente da empresa FENIX, no que concerne a geração de emprego no ano de 2010, devido

a redução da mão-de-obra e, a partir de 2011 até 2012, registou-se um cenário crescente

quanto ao nível de funcionários contratados tendo sido condicionado pela necessidade

aumento da produção. Comparativamente a 2012, em 2013 houve uma redução dos

funcionários na ordem de 5. A empresa teve o mínimo de contratações no ano de 2010 e

posteriormente atingiu seu pico de contratações no ano de 2012.

Em comparação com o número da população e a média de empregados de 2008 a 2013,

as duas empresas absorveram 0.012%1 da população na cidade Matola (vide o apêndice 2). De

2008 a 2013 a empresa FENIX e Metalo-Mecânico de Moçambique o emprego cresceu a

taxas médias anuais de 3.97% e 11.87% respectivamente. Elucidando que no igual período a

Metalo-Mecânico possuiu maior capacidade de absorção da população activa, igual

constatação é feita pelo BANCO MUNDIAL (2009), onde segundo este de forma

comparativa as médias empresas possuem maior taxa de crescimento de emprego quando

comparada às pequenas empresas.

1Calculado a partir do total da população segundo o INE (2011) e a média de empregados em ambas empresas.

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4.3. Renda per-capita dos empregados das empresas FENIX e Metalo-Mecânico de

Moçambique na Cidade de Matola de 2008-2013.

Tabela nº3: Salários pagos pela FENIX e Metalo-Mecânico de Moçambique de 2008 a

2013

Ano

Pequena empresa Média empresa Sal. Mínimo

decretado

(Mt)2

FENIX Metalo-Mecânico de

Moçambique

Sal. Mínimo

(Mt)

Sal. Máximo

(Mt)

Sal. Mínimo

(Mt)

Sal. Máximo

(Mt)

2008 2,460.00 15,100.00 2,650.00 23,421.00 1,975.00

2009 2,850.00 15,460.00 3,585.00 59,450.00 2,400.00

2010 3,150.00 15,900.00 3,826.00 60,000.00 2,607.40

2011 3,652.00 16,365.00 3,943.00 62,514.00 3,100.00

2012 3,925.00 16,385.00 4,400.00 63,514.00 3,585.00

2013 4,260.00 16,410.00 4,815.00 70,810.00 3,943.00

Var(13-08) 1.800,00

1.310,00

2.165,00

47.389,00

1.968,00

Média 3382.83 15936.67 3869.83 56618.17 2935.07

Tcma 9.58 1.40 10.47 20.25 12.21

Fonte: Elaborada pelo autor com base nos dados colhidos

Conforme a tabela 3, pode constatar-se que o crescimento expressivo da massa salarial3

ocorreu na empresa Metalo-Mecânico de Moçambique pois de 2008 a 2013, cresceu em

2.165,00Mt enquanto na empresa FENIX, no igual período cresceu em 1.800,00Mt, em

termos nominais. Em termos percentuais, houve um crescimento salarial de 9.58% e 10.57%

na empresa FENIX e Metalo-Mecânico de Moçambique respectivamente. Este facto é

constatado também pela OIT (2015), segundo a qual as empresas maiores pagam salários

mais elevados devido ao nível de produtividade e necessidade de maquinaria e trabalhadores

qualificados.

2 Salário mínimo segundo decreto do governo através do conselho de ministros.

3 A analise é feita segundo o salário mínimo praticado pelas empresas, dando observância o facto de que o

governo toma em referencia o salário mínimo para decretar o aumento salarial.

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E também segundo a tabela 3, note-se que a massa salarial cresceu anualmente devido

ao decreto ministerial do trabalho e também devido a compensações existentes nas

organizações pois se tomado em consideração os salários mínimos de 2008 e 2013 do sector

de indústria, 1,975.00Mt e 3,943.00Mt respectivamente, decretados pelo governo (Conselho

de Ministros) note-se que embora tenha havido uma evolução anual de 12.21%, se analisado o

salário mínimo da empresa FENIX e Metalo-Mecânico de Moçambique comparativamente ao

decretado pelo governo pode-se depreender que ambas empresas pagaram acima do salário

mínimo estipulado pelo governo, notando-se desta forma que as empresas cumpriram a lei no

que concerne ao pagamento salarial.

Ainda segundo a tabela 3, no período em avaliação o mínimo de pagamento salarial

ocorreu em 2008 em que a FENIX pagou 2,460.00Mt (salário mínimo) e 15,100.00Mt (salário

máximo) e a Metalo-Mecânico de Moçambique pagou um salário mínimo de 2,650.00Mt e

máximo de 23,421.00Mt e, o máximo de pagamento salarial registou-se em 2013 onde o

mínimo e máximo na FENIX foi 4,260.00Mt e 16,410.00Mt respectivamente e na Metalo-

Mecânico de Moçambique pagou-se um salário mínimo de 4,815.00Mt e máximo de

70,810.00Mt.

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4.4. Constrangimentos das empresas FENIX e Metalo-Mecânico de Moçambique na

Cidade de Matola de 2008 a 2013

Tabela nº4: Constrangimentos das empresas FENIX e Metalo-Mecânico de

Moçambique na Cidade de Matola de 2008 a 2013

Constrangimento

Empresa

FENIX Metalo-Mecânico de Moçambique

Energia eléctrica X X

Vias de acesso X X

Falta de Financiamento X -

Elevadas taxas tributárias - X

Roubo X -

Fonte: Elaborada pelo autor com base nos dados colhidos.

As empresas afirmaram que maior constrangimento constitui a energia eléctrica facto

que paralisa a realização das actividades dado o ramo de actividade a que as duas empresas se

dedicam e, seguido das condições das vias de acesso. O constrangimento referente a energia

eléctrica é também apontado pela USAID (2014), VALÁ (2009), e INQUÉRITO ÀS

EMPRESAS (2008), apud BANCO MUNDIAL (2009), como um dos entraves na

operacionalização das pequenas e médias empresas. A USAID (2014), refere que os cortes de

energia eléctrica impacta directamente o volume de negócios, o nível de produção das

empresas, o tempo de vida dos equipamentos e os custos de manutenção e reparação de

equipamentos danificados.

A empresa FENIX também apontou como constrangimento a falta de financiamento,

mesma constatação é feita por VERHEUGEN (2006), em que referi que o acesso ao capital é

um problema persistente que as PMEs enfrentam, em larga medida porque, muitas vezes, não

têm capacidade para dar as garantias exigidas pelos mutuantes tradicionais. Porém no que

tange ao financiamento estaria desta forma presente um outro constrangimento das PMEs

mencionado por MIC (2013), que é a falta de informação pois no país há diversos fundos a

que a empresa poderia aderir como é o caso do Fundo de Investimento Local (FIL), fundo de

desenvolvimento distrital (FDD), para além de que o IPEME está a interceder junto do

sistema financeiro nacional para que os bancos comerciais facilitem a concessão de crédito às

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Pequenas e Médias Empresas para a promoção das pequenas e médias empresas. A FENIX

ainda afirmou ter registado roubo e, o INQUÉRITO ÀS EMPRESAS (2008), apud

BANCO MUNDIAL (2009), reitera o roubo como um dos entraves, pois causa danos

avultados ao património da empresa.

A empresa Metalo-Mecânico de Moçambique mencionou ainda como constrangimento,

as elevadas taxas tributárias e este facto corrobora com a constatação da USAID (2014),

segundo a qual as empresas consideram que os impostos são elevados e não são adequados a

jovens empresas em crescimento.

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V- CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

5.1. Conclusões

O presente trabalho pretendia avaliar o contributo das pequenas e médias empresas na

geração de emprego e renda na cidade de Matola, tendo-se observado que:

Tendo em conta o critério de número de trabalhadores empregues no período de

2008 a 2013, a empresa FENIX classifica-se como pequena empresa atendendo que

empregou abaixo de 50 trabalhadores e a empresa Metalo-Mecânico de

Moçambique é média empresa pois empregou em igual período mais de 50

trabalhadores e menos de 100.

No período de 2008 a 2013 as empresas empresa FENIX absorveram 0.012% da

população na cidade Matola e, a Metalo-Mecânico de Moçambique teve maior

capacidade de absorção da população activa atendendo que o emprego cresceu a

taxas médias anuais de 11.87% enquanto a FENIX registou taxas médias anuais de

3.97%.

Crescimento expressivo da massa salarial ocorreu na empresa Metalo-Mecânico de

Moçambique pois de 2008 a 2013, cresceu em 2.165,00Mt enquanto na empresa

FENIX, no igual período cresceu em 1.800,00Mt, em termos nominais e, em termos

percentuais, houve um crescimento salarial de 9.58% e 10.57% na empresa FENIX

e Metalo-Mecânico de Moçambique respectivamente. As empresas FENIX e

Metalo-Mecânico de Moçambique não só geraram emprego bem como geraram

renda aos seus trabalhadores e pagaram acima do salário mínimo estipulado pelo

governo proporcionando deste modo maior benefício aos empregados.

Vários são os problemas que dificultam a operacionalização das empresas

entrevistadas, porém maior destaque foi dado a questões ligadas a energia eléctrica

(cortes) que dificulta a execução das actividades dado o ramo de metalo-mecânica

em que as empresas operam. Apontou-se também constrangimentos ligados as

condições das vias de acesso, financiamento, os roubos que afectam o activo das

empresas e em última estância apontou-se como constrangimento a carga tributaria

que segundo a Metalo-Mecânico de Moçambique as taxas são elevadas.

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5.2. Recomendações

As empresas devem montar grupo de geradores para uso em momentos em que

ocorre facto que irá permitir que não haja paragem das actividades;

As empresas devem recorrer ao IPEME para se informarem dos benefícios

existentes para as PMEs como é o caso da facilidade de ter crédito;

Sensibilizar os trabalhadores de que os roubos perpetrados por eles não só colocam

em causa a organização bem como colocam os postos de emprego e uma melhor

remuneração;

No que concerne às taxas tributárias sugere-se ao governo para que reveja as taxas

tributárias, reduzindo-as, principalmente para as PMEs pelo seu dinamizador da

economia;

Que as empresas expandam o seu processo produtivo de modo a participarem no

crescimento económico do país pela geração de emprego e renda.

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Apêndices

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I

Apêndice nº1: Formulas usadas no trabalho

(taxa de crescimento médio anual)

Apêndice nº2: Cálculo da população empregada

0.012%

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II

Apêndice nº3: Guião de entrevista direccionado à Direcção Provincial da Indústria, Comércio

e Turismo

As informações por si fornecidas são essenciais para este estudo. O objectivo é fazer um

levantamento de a avaliar o contributo das pequenas e médias empresas na geração de

emprego e renda. O pesquisador garante sigilo total e confidencial das informações que for a

fornecer e que se destinam a fins exclusivamente científicos e académicos.

1. Nome do entrevistado_____________________________________________________

2. Função_________________________________________________________________

3. Contacto________________________________________________________________

4. Quantas Pequenas e Médias Empresas existiam na Cidade de Matola?

_______________________________________________________________________

Ano Tipo de Empresa

Pequena Média

2008

2009

2010

2011

2012

2013

5. Que mudanças as Pequenas e Médias Empresas tem introduzido na Cidade de Matola?

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

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III

Apêndice nº4: Guião de entrevista direccionado à FENIX e Metalo-Mecânico de

Moçambique

As informações por si fornecidas são essenciais para este estudo. O objectivo é fazer um

levantamento de avaliar o contributo das pequenas e médias empresas na geração de emprego

e renda. O pesquisador garante sigilo total e confidencial das informações que for a fornecer e

que se destinam a fins exclusivamente científicos e académicos.

1. Nome do entrevistado: ____________________________________________________

2. Função: ________________________________________________________________

3. Contacto: _______________________________________________________________

4. Nome da Empresa: _______________________________________________________

5. Ramo de Actividade: ______________________________________________________

6. A quanto tempo a Empresa exerce esta actividade? _____________________________

7. Quantos Trabalhadores a Empresa tem? ______________________________________

8. Quantos trabalhadores contratados são da Cidade de Matola? ____________________

Ano Número de trabalhadores

2008

2009

2010

2011

2012

2013

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IV

9. Qual foi o Salário pago aos trabalhadores?

Ano Salário Mínimo Salário Máximo

2008

2009

2010

2011

2012

2013

10. A Empresa tem capacitado os trabalhadores?

Sim (__) Não (__)

11. Quando é que a empresa aumenta o salário?

a) Pelo aumento da produção (__)

b) Pelo decreto do Governo (__)

12. A Empresa exerce alguma actividade que visa desenvolver a Cidade de Matola?

Sim (__) Não (__)

a) Se sim, qual é essa actividade?

13. Quais são os constrangimentos que a empresa enfrenta?

a) Água (__) b) Energia (__) c) Vias de acesso (__) d) Financiamento (__)

e) Roubo (__) f) Taxas tributárias (__) g) Outros (__)

14. Observações

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________