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RELATÓRIO 2019 Escola Profissional de Trancoso Área Territorial de Inspeção do Centro

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RELATÓRIO

2019

Escola Profissional de Trancoso

Área Territorial de Inspeção do Centro

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Escola Profissional de Trancoso

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No contexto da integração europeia e do desafio do desenvolvimento económico e social que urgia

promover, a qualificação dos recursos humanos do país, através da multiplicação da oferta de formação

profissional e profissionalizante, tornou-se um dos vetores da modernização da educação. Com a publicação

do Decreto-Lei n.º 26/89, de 21 de janeiro foram criadas as escolas profissionais e os cursos profissionais, da

iniciativa conjunta dos então Ministérios da Educação e do Emprego e da Segurança Social, em cooperação

com entidades públicas e privadas, apresentando-se como uma alternativa de formação após o 9.º ano de

escolaridade.

Em 2004-2005, com a reforma do Ensino Secundário, os cursos profissionais passam a fazer parte integrante

do nível secundário da educação, assistindo-se a um crescimento da oferta de formação inicial nas escolas

secundárias públicas. O ensino profissional deixa de ser uma modalidade especial de educação e passa a

integrar a diversidade de ofertas qualificantes de dupla certificação do ensino secundário de educação. A

sua generalização, em 2006-2007, a todas as escolas públicas, conjugada com a decisão de estabelecer 12

anos de escolaridade obrigatória, torna evidente que a elevação da qualificação dos portugueses continua a

ser uma prioridade nacional, desempenhando os cursos profissionais um importante contributo para a

concretização deste objetivo.

Perante esta realidade, a Inspeção-Geral da Educação e Ciência, no exercício das suas competências

consignadas no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de janeiro, está a desenvolver a atividade Cursos

Profissionais que tem como objetivos:

Promover uma escola que se mobiliza e organiza para proporcionar uma educação inclusiva, para

todos e cada um, tendo como referencial da sua ação educativa o Perfil dos Alunos à Saída da

Escolaridade Obrigatória;

Apreciar os procedimentos de operacionalização do currículo e de avaliação e certificação das

aprendizagens de modo a aferir o impacto do percurso formativo dos alunos na inserção no mercado

de trabalho ou no prosseguimento de estudos.

Assegurar o controlo da legalidade no âmbito da organização dos cursos profissionais;

Verificar a adequação do quadro normativo à realidade, identificando eventuais constrangimentos

com vista à elaboração de propostas de alteração.

O presente relatório apresenta as considerações finais e recomendações/sugestões de melhoria da atividade

cursos profissionais, relativamente à organização e funcionamento destes cursos, à gestão modular, à

avaliação das aprendizagens, aos resultados e à capacidade de melhoria da escola/agrupamento de escolas.

As considerações finais decorrem da análise documental, particularmente dos indicadores de sucesso dos

alunos/formandos, da observação dos contextos educativos e da realização de entrevistas.

Espera-se que este relatório constitua um instrumento de reflexão e debate da comunidade educativa e

contribua para a construção e aperfeiçoamento de indicadores para a melhoria e desenvolvimento da

formação profissional dos jovens.

A equipa regista a atitude de colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e

no decurso da intervenção.

ENQUADRAMENTO DA AÇÃO

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Decorrente da análise documental, dos contextos educativos e das entrevistas realizadas, a equipa de

inspetores formula as seguintes considerações:

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

1. A Escola Profissional de Trancoso, doravante designada por EPT, situada na Avenida Rainha Santa Isabel, em Trancoso, é um estabelecimento de ensino privado, cuja entidade proprietária é a Associação Promotora do Ensino Profissional da Beira Transmontana, que conta como associados a Câmara Municipal de Trancoso, a Associação Empresarial do Nordeste da Beira e a Encanta - Restauração e Serviços de Trancoso, Lda.

2. A Autorização Prévia de Funcionamento n.º 5, de 20 de agosto 1999, atribuiu à EPT uma lotação para 370 formandos, tendo sido alterada para 423 formandos (4.º aditamento, de 15.07.2004). É representada, junto do Ministério da Educação e Ciência, por Américo Carvalho Mendes.

3. A página da EPT na Internet disponibiliza informação relacionada com o desenvolvimento da sua atividade, o corpo docente, formadores e colaboradores, mas não apresenta, entre outros, a Autorização Prévia de Funcionamento.

4. A população escolar é presentemente constituída por 255 formandos (12 turmas) que frequentam os cursos profissionais de Animador Sociocultural; Técnico Comercial; Técnico de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade; Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos; Técnico Instalador de Sistemas Solares Fotovoltaicos; Técnico de Manutenção Industrial – variante Mecatrónica Automóvel; Técnico de Mecatrónica Automóvel; e Técnico de Turismo.

5. O corpo docente é formado por 33 trabalhadores: 11 professores que pertencem ao quadro, quatro contratados e 18 formadores externos. O pessoal não docente é constituído por sete assistentes técnicos/administrativos, nove assistentes operacionais, o diretor pedagógico e a psicóloga da Câmara Municipal de Trancoso que exerce funções na EPT dois dias por semana.

6. A EPT tem boas instalações e equipamentos, funcionando no edifício da antiga escola preparatória (que sofreu obras de remodelação e adaptação) e num outro edifício anexo. Possui biblioteca, embora não adaptada a formandos com mobilidade condicionada; um laboratório de Física e Química, que não está a ser devidamente rentabilizado; espaços oficinais/laboratoriais para as disciplinas da componente técnica; salas de aula específicas para as diversas áreas de formação; espaço de apoio educativo e de orientação profissional; espaços sociais e de convívio para formandos e professores; espaço de direção; auditório; gabinete de trabalho para os diretores de curso; bufete; cozinha e refeitório. Como não possui espaços desportivos, utiliza as piscinas municipais, o pavilhão gimnodesportivo e outros espaços da Câmara Municipal.

ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO DE EDUCAÇÃO

1.- Documentos Orientadores

1.1. Para a construção do projeto educativo (2019-2022), foram ouvidos a comunidade educativa e os parceiros locais, representados no conselho consultivo. Este documento está bem estruturado, define modos específicos de organização dos cursos profissionais e estabelece objetivos, estratégias e metas (manter o abandono escolar abaixo dos 4%, aumentar as taxas de conclusão para 90%, de empregabilidade para 70% e e o prosseguimento de estudos no ensino superior para 25%, entre outras) que visam melhorar o desempenho e os resultados dos formandos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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1.2. O plano anual de atividades (2018-2019) integra a programação de diversas ações, no âmbito dos cursos profissionais, que concretizam as metas definidas no projeto educativo, apresentando para cada uma das ações os indicadores de avaliação.

1.3. O regulamento interno estabelece a organização dos cursos profissionais, contemplando o funcionamento da coordenação pedagógica, a periodicidade das reuniões das equipas pedagógicas, os mecanismos de promoção do cumprimento dos planos de formação e da reposição das horas de formação, a promoção e organização de parcerias e de protocolos de colaboração e a assiduidade e a avaliação dos formandos. Existem regulamentos da formação em contexto de trabalho (FCT) e da prova de aptidão profissional (PAP), anexos ao regulamento interno.

2.- Oferta Formativa e sua divulgação

2.1. A oferta formativa está homologada pela Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares. Teve, em consideração as necessidades do setor empresarial e social (com a reabertura do curso de animador sociocultural, no presente ano letivo), as necessidades dos formandos e a adequabilidade de instalações e equipamentos associadas ao desenvolvimento das disciplinas da componente da formação técnica/tecnológica, nomeadamente dos cursos de Técnico de Manutenção Industrial – Variante Mecatrónica Automóvel, Técnico de Mecatrónica Automóvel e Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos.

2.2. A divulgação dos cursos e das qualificações profissionais é adequada, tendo como principal estratégia o contacto direto com a comunidade de origem dos formandos. Para além disso, difunde a sua atividade através de folhetos, cartazes, da participação em feiras e certames ligados ao ensino profissional de modo a incentivar a sua aceitação pela comunidade educativa.

2.3. O Serviço de Psicologia e Orientação (SPO) desenvolve atividades de proximidade que passam pela orientação vocacional e pelo apoio educativo e psicológico aos formandos. A Psicóloga faz parte da Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação Inclusiva da EPT e presta, também, apoio aos formandos que beneficiam de medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão.

2.4. A EPT não tem organizado ações de sensibilizaçã0 junto dos pais e encarregados de educação, no âmbito do ensino profissional e temáticas conexas.

2.5. Os mecanismos para monitorizar as exigências do mercado de trabalho e ajustar a oferta dos cursos profissionais que a EPT dispõe são, fundamentalmente, da auscultação dos representantes do tecido económico e social que integram o conselho consultivo.

3.- Constituição de turmas e gestão da carga horária dos cursos profissionais

3.1. As turmas em funcionamento, no presente ano letivo, estão constituídas do seguinte modo:

1.º ano (quatro turmas, com data de homologação de 13-08-2018): - Técnico de Manutenção Industrial – variante Mecatrónica Automóvel com 25 formandos; - Técnico de Manutenção Industrial – variante Mecatrónica Automóvel com 18 formandos que

agrega com a de Animador Sociocultural com 8 formandos; - Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos com 1o formandos que agrega com a de

Técnico Instalador de Sistemas Solares Fotovoltaicos com 14 formandos; - Técnico de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade com 10 formandos que

agrega com a de Técnico Comercial com 9 formandos.

2.º ano (quatro turmas, com data de homologação de 18-07-2017): - Técnico de Mecatrónica Automóvel (duas turmas) com 39 formandos; - Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos com 13 formandos que agrega com a de

Técnico Instalador de Sistemas Solares Fotovoltaicos com 9 formandos;

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- Técnico de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade com 13 formandos que agrega com a de Técnico Comercial com 12 formandos.

3.º ano (quatro turmas, com data de homologação de 06-10-2016): - Técnico de Mecatrónica Automóvel (duas turmas) com 35 formandos; - Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos com 17 formandos que agrega com a de

Técnico de Turismo com 6 formandos; - Técnico de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade com 13 formandos que

agrega com a de Técnico Comercial com 7 formandos.

3.2. As turmas dos 1.º e 2.º anos que integram mais do que dois formandos, cujos relatórios técnicos pedagógicos identificam, como medida de acesso à aprendizagem e à inclusão, a necessidade da respetiva integração em turma reduzida, estão devidamente autorizadas pelo conselho pedagógico.

3.3. Foram definidos os critérios gerais para a elaboração dos horários dos formandos.

3.4. A distribuição da carga horária global tem, no conjunto dos três anos, um número de horas igual ao previsto na matriz curricular. As 840 horas da FCT estão distribuídas equitativamente pelos 2.º e 3.º anos de formação e é ajustada ao funcionamento das entidades de acolhimento. Registaram-se situações, no ano letivo 2017-2018, em que os formandos cumpriram oito horas diárias. Contudo, esta situação não se verifica no presente ano letivo.

3.5. As aulas de Educação Física respeitam o intervalo de uma hora depois de findo o período definido para o almoço, sendo este superior a uma hora. Estão apenas previstos cinco minutos para a deslocação dos formandos entre a EPT e os espaços desportivos municipais, tempo que se revela insuficiente para o cumprimento dos 60 minutos de aula.

4.- Formação em contexto de trabalho

4.1. A EPT celebrou diversos protocolos com as entidades públicas e privadas que asseguram o desenvolvimento de atividades profissionais, no âmbito da FCT, compatíveis e adequadas ao perfil profissional dos cursos frequentados pelos formandos.

4.2. Foram elaborados planos de trabalho individuais, denominados Caderneta - Formação em Contexto de Trabalho, com a participação das partes envolvidas e assinados pela direção, pela entidade de acolhimento e pelo formando e/ou encarregado de educação.

4.3. O contrato de formação, subscrito entre a EPT e o formando, integra a Caderneta que identifica: os objetivos da formação, o conteúdo, a programação, o período, o horário e local das atividades e as formas de monitorização e acompanhamento. Porém, nada refere quanto aos direitos e deveres dos formados, da EPT e da entidade onde se realiza a FCT. Há Cadernetas que não indicam a(s) data(s) da(s) deslocação(ões) do orientador da FCT à empresa, pela omissão do registo na mesma.

4.4. A distribuição dos formandos pelas entidades de acolhimento que asseguram a FCT tem em conta as suas escolhas, formalizadas no documento FCT/Estágio - Identificação das Empresas pelo aluno. No entanto, os critérios de distribuição não se encontram formalizados no Regulamento da FCT.

5.- Serviço docente

5.1. A direção definiu critérios para a distribuição do serviço docente. A designação dos professores acompanhantes da PAP e dos orientadores da FCT está em conformidade com o normativo em vigor, sendo sempre docentes das disciplinas da componente técnica.

5.2. Não existem tempos comuns, marcados nos horários dos docentes/equipas pedagógicas, para a realização de trabalho colaborativo.

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5.3. Os horários estão elaborados de modo a permitir o acompanhamento regular dos formandos e as deslocações às entidades de acolhimento da FCT. São efetuadas, pelo menos, duas deslocações por período letivo.

5.4. No que se refere à formação contínua e qualificação dos recursos humanos, no âmbito dos cursos profissionais, regista-se que, no último triénio, todos os docentes frequentaram ações de formação contínua interna, enquanto que apenas 50% dos docentes frequentaram ações de formação continua acreditada. A EPT dinamiza todos os anos (mês de julho) uma ação de formação interna.

6.- Estruturas e cargos de coordenação pedagógica

6.1. O diretor pedagógico, em estreita articulação, com os diretores de curso e de turma, tem apoiado os docentes e formadores externos no que se refere à organização, planificação e utilização de materiais e recursos e na monitorização educativa dos processos e dos resultados. Contudo, a articulação e gestão modular na aplicação do currículo, ao longo do ciclo de formação, não têm sido asseguradas de forma sistemática por todos os diretores de curso.

6.2. O diretor de curso promove a articulação pedagógica entre as diferentes disciplinas da componente de formação técnica, organiza e coordena as atividades a desenvolver no âmbito da formação técnica e intervém no âmbito da orientação e acompanhamento da PAP, contribuindo para a realização e apresentação de projetos de qualidade, assim como garante a articulação entre a EPT e as entidades de acolhimento da FCT. Também tem acompanhado a avaliação do curso. Todavia, não assegura, de forma consistente, a articulação pedagógica entre as diferentes disciplinas da formação sociocultural e cientifica do curso.

6.3. O diretor de turma realiza um trabalho de muita proximidade com os formandos e as famílias e acompanha sistematicamente os seus progressos. Procede ao levantamento das necessidades educativas dos formandos e tem informado, pelo menos uma vez por período, os encarregados de educação sobre os progressos escolares alcançados, com base em parâmetros de avaliação qualitativa (1.º e 3.º períodos - os pais deslocam-se à EPT; 2º período - o diretor de turma e outro professor deslocam-se às sedes de concelho).

6.4. As condições logísticas necessárias à realização da FCT são asseguradas pelo professor orientador (em conjunto com o diretor de curso e o formado) que acompanha a execução do plano de trabalho individual (através das deslocações periódicas), controla a assiduidade (através dos registos diários efetuados pelo formando na Caderneta e devidamente monitorizados pelo tutor) e efetua a avaliação dos formandos em conjunto com o tutor.

6.5. O tutor da FCT acompanha os formandos de forma individualizada com vista à sua integração na entidade de acolhimento, aconselhando-os e orientando-os nas tarefas a desenvolver. A articulação com o professor orientador é realizada através de contactos frequentes (telefone, correio eletrónico) e das visitas regulares. Procede, em conjunto com o professor orientador, à avaliação dos formandos. De ressalvar que muitos dos tutores são diplomados da EPT.

6.6. O professor orientador da PAP informa os formandos dos critérios de avaliação, faz um adequado acompanhamento do desenvolvimento do projeto, visível pela qualidade dos relatórios finais analisados, decide se o relatório está em condições de ser apresentado e acompanha-os na preparação da apresentação ao júri da PAP.

7.- Parcerias e protocolos celebrados no âmbito dos cursos profissionais

7.1. As parcerias e protocolos firmados pela EPT com diferentes entidades públicas e privadas permitem assegurar o desenvolvimento da FCT através de atividades diferenciadas que concorrem para o fomento das competências sociais e profissionais dos formandos contribuindo, deste modo, para

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uma melhor convergência entre os interesses dos formandos e as necessidades do setor socioeconómico da região. As instituições locais e regionais reconhecem o bom desempenho dos formandos, pelo que há muitas empresas locais que os têm integrado nos seus quadros. Também estabeleceu parceria com a Associação de Defesa do Ambiente e Desenvolvimento Rural para jovens oriundos de S. Tomé e Príncipe (atualmente uma formanda do 3.º ano e dois formandos do 1.º ano).

8.- Organização dos processos individuais dos alunos / formandos dos cursos profissionais

8.1. Os processos individuais dos formandos estão bem organizados e encontram-se nos serviços administrativos, sendo respeitadas as normas de sigilo e de confidencialidade. Deles constam, entre outros: a identificação e a classificação de cada um dos módulos concluídos em cada disciplina; a classificação e o nome das empresas em que decorreu a FCT; a identificação e classificação da PAP e outros documentos do percurso escolar do formando (cópia dos certificados, diplomas).

GESTÃO CURRICULAR E AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS

1.- Gestão curricular

1.1. O planeamento pedagógico tem em consideração as saídas profissionais dos respetivos cursos e os respetivos perfis de desempenho.

1.2. A articulação entre as diferentes disciplinas e componentes de formação não é assegurada de forma sistemática e consistente, embora seja promovida nas disciplinas da componente técnica (e.g.: disciplinas de Desenho Técnico, e Práticas Oficinais, do curso Técnico Instalador de Sistemas Solares Fotovoltaicos) e, em alguns casos, nas disciplinas de Português e Inglês, da componente de formação sociocultural com as da componente de formação técnica.

1.3. As aprendizagens visadas na Caderneta da FCT têm em conta a aplicação dos conhecimentos adquiridos na componente técnica, a integração de saberes e capacidades transdisciplinares das várias componentes e o acréscimo de competências específicas na área de educação e formação e no âmbito da saúde e segurança no trabalho.

1.4. O processo referente à realização da PAP está bem delineado e planeado. Compreende, de acordo com o respetivo regulamento, a conceção do projeto (a escolha do tema), a entrega do anteprojeto, o seu desenvolvimento (sujeito a uma avaliação intermédia), a entrega do projeto e o relatório final (apresentação e defesa oral). O desenvolvimento do projeto é acompanhado pelo professor orientador (há treino da apresentação da PAP) e tem em conta os contextos de trabalho, a elaboração do relatório final, a autoavaliação do formando, as avaliações intermédias e a apresentação do relatório final. No ano letivo anterior as PAP apresentaram, como nota introdutória, um pensamento de um autor estudado na disciplina de Português. Regista-se a qualidade dos projetos apresentados (máquina de venda autónoma, alimentador de cães automático, reconstrução de um carro, rachador de lenha elétrico, triturador florestal para mini pá carregadora, entre outros).

1.5. As medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão educativas, são implementadas por forma a dar resposta às necessidades dos formandos com módulos em atraso (apoio da psicóloga e aulas de apoio semanais nas tardes de sextas-feiras). Estas medidas são ajustadas às necessidades dos formandos. Os professores de Português e de Matemática ministram aulas suplementares aos formandos que pretendem prosseguir estudos (as três alunas que realizaram exame nacional na disciplina de Português, no ano letivo 2017-2018, conseguiram notas superiores a 10 valores e ingressaram no ensino superior).

1.6. Os diversos projetos e atividades implementados pela EPT promovem a aquisição de conhecimentos, a autonomia, o espírito de iniciativa e de criatividade, o trabalho em equipa e a

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cooperação dos formandos. Salienta-se, no último triénio, as sessões de mecânica de diagnóstico realizadas pelos alunos do Curso de Manutenção Industrial - variante de Mecatrónica Automóvel, junto ao campo da feira, abertas a toda a população, cujo objetivo foi ajudar a preparar os veículos para o Inverno por via da verificação do estado dos pneus, escovas, luzes de nevoeiro e anti gelo, importantes para a segurança e bom funcionamento dos automóveis; as candidaturas ao concurso da 13.ª edição do Projeto Ciência na Escola, da Fundação Ilídio Pinho (Semáforo inteligente para deficientes visuais); ao concurso regional de Ideias boas escolas 2018 H2Ooptimum; ao concurso Júnior Achievement com o projeto Horta à Porta - Frescos da Vizinhança. De referir, também, a dinamização do Clube de Dança, a participação na promoção das Feiras da Castanha de Trancoso e de S. Bartolomeu, assim como no Projeto Somos Solidários (recolha de bens alimentares para o Banco Alimentar), em parceria com a Câmara Municipal de Trancoso.

2.- Avaliação das aprendizagens

2.1. Foram definidos critérios gerais de avaliação e as respetivas ponderações pelo conselho pedagógico, ouvidos os diretores de curso e de turma (domínio cognitivo 70%, atitudes e valores 30% - assiduidade 10%; pontualidade 10%; responsabilidade, comportamento e civismo 10%). Foram também definidos critérios específicos por disciplina, com indicação de descritores de desempenho. Ainda se registam, no domínio cognitivo, ponderações elevadas, nas disciplinas da componente técnica, para os testes/fichas de avaliação, em detrimento dos trabalhos práticos. Os critérios são divulgados aos formandos e encarregados de educação pelo diretor de turma, no primeiro dia de aulas, designado de Módulo Zero, aquando da sua receção.

2.2. A avaliação diagnóstica apesar de constar do planeamento pedagógico das várias disciplinas nem sempre é, de acordo com o registo dos sumários, efetuada no início de cada ano letivo, e não tem sido utilizada para adequar o planeamento aos ritmos de aprendizagem.

2.3. A avaliação formativa apresenta um caráter sistemático e contínuo e é utilizada para informar o formando e o encarregado de educação sobre os progressos, as dificuldades e os resultados obtidos e para a diferenciação pedagógica. São utilizados variados instrumentos de avaliação, nomeadamente trabalhos práticos, trabalhos individuais e em grupo e apresentações orais.

2.4. A classificação de cada módulo é registada em formato digital. Em reunião de conselho de turma, de final de período, são registadas em pauta as classificações do conjunto dos módulos concluídos, da FCT e da PAP. A0 formando, é entregue um relatório de avaliação qualitativa do seu perfil de progressão em conformidade com o diploma legal em vigor. Não se verificou, até ao momento, qualquer reclamação ou recurso.

2.5. Os critérios e a fórmula de apuramento da classificação final da FCT, incluindo o peso relativo a atribuir às suas diferentes etapas de concretização, bem como os critérios e ponderações para a avaliação do relatório (Estrutura, Organização, Conteúdos, Qualidade e Apresentação) constam do respetivo Regulamento. A classificação resulta da aplicação da fórmula: FCT= (50% avaliação do tutor + 25% do professor orientador + 25% do relatório), embora não tenha sido considerada obrigatória a entrega do relatório final para efeitos de aprovação na FCT. Existem procedimentos internos de registo de assiduidade, de avaliações finais do tutor e do orientador e da autoavaliação do formando. Não há registos formais das avaliações intermédias do tutor e do orientador, embora sempre que o orientador se desloca à empresa/instituição a mesma seja realizada. O instrumento de avaliação não está a ser preenchido da mesma forma por todos os intervenientes, constatando-se, em alguns casos, que a avaliação quantitativa não corresponde à qualitativa.

2.6. Em consequência do referido, detetou-se um erro no cálculo da classificação final da FCT de um formando que concluiu o curso de Técnico de Manutenção Industrial – variante Mecatrónica Automóvel em 2018, sem implicações no cálculo da média final de curso. A EPT sanou esta situação, durante o decorrer da atividade.

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2.7. Foram definidos critérios de classificação a observar pelo júri da PAP que constam de regulamento específico: avaliação intermédia 10%, projeto e relatório final (qualidade científica e técnica 50%, redação e organização do trabalho 15%, aspeto gráfico 5% e reflexão crítica 5%) e apresentação e defesa oral (poder de síntese, objetividade e clareza 5%; estratégias e recursos utilizados 5% e capacidade de resposta às questões colocadas 5%). A avaliação da PAP é realizada por um júri designado pela direção (diretor pedagógico, diretor de curso, diretor de turma, orientador do projeto, um representante das Associações Empresariais e uma personalidade de reconhecido mérito), em conformidade com o diploma legal.

2.8. Os certificados de qualificação emitidos indicam o nível de qualificação, a média final do curso e discriminam as disciplinas do plano de estudos e respetivas classificações finais, as disciplinas da componente de formação técnica, com indicação dos respetivos módulos, a designação do projeto e a classificação obtida na PAP, assim como a classificação da FCT.

2.9. Da análise realizada aos certificados de qualificação emitidos em 2018 detetou-se um erro no cálculo da classificação final de curso de um formando, do curso de Técnico de Manutenção Industrial - variante Mecatrónica Automóvel, que se apurou não ter prosseguido estudos. Do certificado de qualificação devia constar a classificação final de curso para efeitos de prosseguimento de estudos de 155 e não de 156 pontos. A direção, durante o decorrer da atividade, sanou a situação e enviou ao formando um ofício a dar conhecimento da retificação.

MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS E CAPACIDADE DE MELHORIA DA ESCOLA

1.- Resultados por curso e ciclo de formação

1.1. Procedeu-se à recolha e análise dos resultados disponibilizados, referentes aos cursos de Técnico de Manutenção Industrial – variante Mecatrónica Automóvel, em todos os ciclos em que foi ministrado (no ciclo 2010-2011 a 2012-2013 não funcionou), bem como de todos os outros cursos, cujos ciclos de formação foram concluídos em 2017 e 2018: Técnico de Comércio; Técnico de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade; Técnico de Energias Renováveis e Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos, tendo-se verificado que:

1.1.1. O curso de Técnico de Manutenção Industrial – variante Mecatrónica Automóvel regista

uma tendência ascendente nas taxas de conclusão, acompanhada por uma ligeira tendência ascendente das taxas de não conclusão por desistência e uma tendência descendente das taxas de não conclusão por módulos em atraso. As taxas de empregabilidade geral apresentam uma tendência descendente, embora apresentem valores elevados em alguns anos. Já no que se refere à empregabilidade na área de educação e formação do curso, apesar das taxas serem inferiores regista-se uma tendência ascendente. Considerando os 100 formandos que concluíram o curso apenas cinco (5%) optou por prosseguir estudos.

54,2%

62,5% 61,5% 62,5% 71,4%

60,0%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2010 2012 2014 2016 2018Ano de conclusão do ciclo de formação

Taxas de Conclusão - Técnico de Mecatrónica

Linha de Tendência

16,7% 16,7% 23,1%

37,5%

14,3% 17,1%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019Ano de conclusão do ciclo de formação

Taxas de Não Conclusão por Desistência Técnico de Mecatrónica

Linha de Tendência

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1.1.2. Os restantes cursos apresentam taxas de conclusão consideráveis verificando-se, no entanto, um ligeiro agravamento de 2017 para 2018. As taxas de não conclusão por desistência apresentam uma melhoria no mesmo período, enquanto as taxas de não conclusão por módulos em atraso sofreram um agravamento. Relativamente às taxas médias de empregabilidade e de prosseguimento de estudos, importa referir que do total dos 74 diplomados dos vários cursos, apenas nove (12,2%) ficaram empregados nas respetivas áreas de educação e formação dos cursos e 19 (25,7%) optaram por dar continuidade aos estudos.

29,2%20,8%

15,4% 0,0% 14,3%

22,9%

0%

20%

40%

60%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Ano de conclusão do ciclo de formação

Taxas de Não Conclusão por Módulos em Atraso Técnico de Mecatrónica

Linha de Tendência

92,3%100%

68,8% 66,7%

95,0% 85,7%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Ano de conclusão do ciclo de formação

Taxas de Empregabilidade - Técnico de Mecatrónica

Linha de Tendência

0,0%

73,3%

50,0%

0,0%

65,0%66,7%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019Ano de conclusão do ciclo de formação

Taxas de Empregabilidade na AEF Técnico de Mecatrónica

Linha de Tendência

0,0% 0,0%

18,8%

6,7%0,0%

4,8%0%

10%

20%

30%

40%

50%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019Ano de conclusão do ciclo de formação

Taxas de Prosseguimento de Estudos Técnico de Mecatrónica

Linha de Tendência

77,0% 75,0%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2015 2016 2017 2018 2019Ano de conclusão do ciclo de formação

Taxas de Conclusão - Outros cursos

2017 2018

23,0%

13,9%0%

20%

40%

60%

80%

100%

2015 2016 2017 2018 2019

Ano de conclusão do ciclo de formação

Taxas de Não Conclusão por Desistência - Outros cursos

2017 2018

0,0%

11,1%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

2015 2016 2017 2018 2019Ano de conclusão do ciclo de formação

Taxas de Não Conclusão por Módulos em Atraso Outros cursos

2017 2018

76,6%

40,7%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2015 2016 2017 2018 2019Ano de conclusão do ciclo de formação

Taxas de Empregabilidade - Outros cursos

2017 2018

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2.- Monitorização e avaliação dos resultados

2.1. A EPT não dispõe de equipa de autoavaliação. De relevar o profissionalismo do diretor pedagógico na gestão da organização e na monitorização dos resultados que constam do relatório (bem estruturado) de análise e avaliação, apresentado no final do ano, com base nos dados recolhidos: taxa de sucesso; número de módulos realizados e não realizados, número de formandos por turma com módulos em atraso, classificações da FCT e da PAP e o cumprimento dos planos curriculares. Relativamente aos formandos que concluem o ciclo de formação, apura a taxa de conclusão, por curso, e compara os resultados obtidos com as metas definidas no início do ano para as componentes da área sociocultural, cientifica, técnica e FCT. Estes dados são posteriormente objeto de análise e de reflexão em conselho pedagógico, antes de serem apresentados a todos os docentes, nas Jornadas Pedagógicas realizadas no final do ano.

2.2. A análise dos resultados, embora consistente, ainda não permitiu: identificar por curso as componentes curriculares onde se verificou sucesso ou insucesso; ponderar as causas das taxas de conclusão obtidas e identificar as variáveis que contribuíram para o sucesso dos formandos que concluem os cursos em três anos.

3.- Capacidade de melhoria

3.1. A EPT identificou pontos fortes (equipamentos e recursos físicos ajustados aos cursos; parcerias e protocolos com empresas da região, fortalecendo a ligação com o tecido empresarial e recursos humanos qualificados), pontos fracos (desgaste progressivo de alguns equipamentos), oportunidades e ameaças e estabeleceu prioridades (motivar os alunos para o sucesso escolar, melhorar a qualidade do serviço prestado, promover o espirito empreendedor e a capacidade de iniciativa, entre outras). Não delineou, contudo, planos de ação que visem a melhoria e funcionamento da organização e o sucesso dos formandos.

0,0%

33,3%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2015 2016 2017 2018 2019Ano de conclusão do ciclo de formação

Taxas de Empregabilidade na AEF - Outros cursos

2017 2018

17,0%

40,7%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

2015 2016 2017 2018 2019Ano de conclusão do ciclo de formação

Taxas de Prosseguimento de Estudos - Outros cursos

2017 2018

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Atentas as considerações finais e com o objetivo de contribuir para a correção/aperfeiçoamento de

procedimentos, tendo em vista a sua conformidade legal e a melhoria da qualidade da ação educativa, a

equipa inspetiva apresenta as seguintes recomendações/sugestões de melhoria.

ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO DE EDUCAÇÃO

1. Disponibilizar na página da Internet toda a informação relacionada com o desenvolvimento da atividade em conformidade com o estatuído no n.º 2, do artigo 22.º, do Decreto-Lei n.º 92/2014, de 20 de junho.

2. Rentabilizar o Laboratório de Física e Química, de forma a serem realizadas atividades práticas de cariz laboratorial e experimental.

3. Atualizar os documentos estruturantes com vista a integrar as recentes medidas definidas e previstas nos Decretos-Lei n.º 54/2018 e n.º 55/2018, de 6 de julho, no Despacho n.º 6478/2017, de 26 de julho e na Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, nomeadamente as respeitantes, à Flexibilidade Curricular e à Cidadania e Desenvolvimento, ao Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória e às regras e procedimentos da conceção e operacionalização do currículo dos cursos profissionais.

4. Organizar ações de sensibilização/informação junto dos pais e encarregados de educação, no âmbito do ensino profissional e temáticas conexas.

5. Garantir que o tempo de percurso que os formandos gastam no percurso para os espaços desportivos da edilidade, onde decorrem as aulas de Educação Física permitam o efetivo cumprimento da carga horária da disciplina, no cumprimento do definido no n.º 17.2, do Despacho n.º 14758/2004, de 23 de julho, alterado pelo Despacho n.º 9815-A/2012, de 19 de julho (doravante referido apenas o Despacho n.º 14758/2004, de 23 de julho), no n.º3, do artigo 7.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, com as alterações introduzidas pelas Portarias n.º 59-C/2014, de 7 de março, e n.º 165-B/2015, e no n.º 3 do artigo 7.º da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto (doravante referida apenas a Portaria n.º 74-A/2013, de 15 fevereiro), e no n.º 5, do artigo 7.º, da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, tendo em consideração a produção de efeitos prevista no seu artigo 48.º.

6. Providenciar para que o plano de trabalho individual, no âmbito da FCT, esteja devidamente preenchido pelo orientador da FCT aquando das deslocações à entidade de acolhimento; contemple as avaliações dos orientador e do tutor de forma quantitativa e que contemple os direitos e os deveres dos diversos intervenientes ou das partes envolvidas de acordo com o preconizado no n.º 6, do artigo 3.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e o n.º 7, do artigo 16.º, da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, tendo em consideração a produção de efeitos prevista no seu artigo 48.º.

GESTÃO CURRICULAR E AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS

1. Zelar para que as estruturas pedagógicas e todos os diretores de curso assegurem a sistematicidade da articulação pedagógica entre as diferentes disciplinas e componentes de formação, coordenem e acompanhem a avaliação do curso, nos termos do n.º 33 e das alíneas b) e h), do n.º 33.1, do Despacho n.º 14758/2004, de 23 de julho, do n.º 2, do artigo 8.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, dos n.ºs 4, 5, 6 e 7, do artigo 19.º, n.º 4, do artigo 21.º, e do n.º 2, do artigo 25.º, da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto.

RECOMENDAÇÕES/SUGESTÕES DE MELHORIA

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2. Providenciar para que sejam marcados nos horários dos docentes tempos comuns, de forma a promover o trabalho colaborativo e a articulação entre as diferentes disciplinas e componentes de formação do curso, de modo a ser cumprido o previsto na alínea a), do n.º 2, do artigo 8.º, da Portaria n.º 74-A/2013, 15 de fevereiro, nos n.ºs 5, 6 e 7, do artigo 19.º, da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto.

3. Implementar, com caráter sistemático e contínuo, a avaliação diagnóstica de modo a potenciar a diferenciação de estratégias e adequação do planeamento aos ritmos de aprendizagem dos formandos, promovendo o sucesso e reduzindo o número de desistências e de módulos em atraso, nos termos do n.º 2, do artigo 10.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, dos n.ºs 5 e 6, do artigo 19.º, dos artigos 20.º, 21.º, 22.º, 23.º, 24.º e 25.º, da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto.

4. Instituir procedimentos de controlo interno que garantam o correto apuramento da classificação final de curso e de acordo com os artigos 28.º e 29.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro e com o artigo 36.º, da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, tendo em conta a produção de efeitos prevista no seu artigo 48.º.

MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS E CAPACIDADE DE MELHORIA DA ESCOLA

1. Complementar os mecanismos de avaliação interna de análise de resultados de modo a identificar (i) as componentes curriculares por curso, onde se verificou sucesso ou insucesso e ponderar as razões explicativas, (ii) as variáveis que contribuíram para o sucesso obtido pelos formandos que concluíram o curso em três anos, (iii) identificar os fatores explicativos das desistências/abandono escolar em conformidade com previsto no artigo 14.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e no artigo 23.º, da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto.

2. Implementar um sistema de garantia da qualidade dos processos e dos resultados associado às práticas de avaliação interna já existentes, em articulação com o Quadro de Referência Europeu de Garantia da Qualidade para o Ensino e Formação Profissionais (EQAVET), no respeito pelo estatuído no artigo 60.º, na alínea b) do artigo 62.º, e no artigo 68.º, do Decreto-Lei n.º 92/2004, de 20 de junho.

3. Conceber planos de ação que visem a melhoria da organização, do funcionamento e do sucesso escolar dos formandos dos cursos profissionais e que contemplem as tarefas específicas a serem executadas em cada uma das ações delineadas, assim como os responsáveis por cada uma das tarefas, os indicadores da realização dos objetivos e das metas e a avaliação do seu impacto, divulgando-os e dando conhecimento do seu desenvolvimento à comunidade educativa, de acordo com o artigo 6.º, da Lei n.º 31/2002, de 20 de dezembro, conjugado com o artigo 60.º, a alínea b), do artigo 62.º e o artigo 68.º, do Decreto-Lei n.º 92/2014 de 20 de junho.

Trancoso 04-04-2019

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A equipa inspetiva

Beatriz Amaral

Rosa Menezes

Concordo.

À consideração do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência, para homologação.

A Chefe de Equipa Multidisciplinar da Área Territorial de Inspeção do Centro

Maria Cristina Lemos

2019-09-18

Homologo

O Subinspetor-Geral da Educação e Ciência

Por subdelegação de competências do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência – nos termos do Despacho n.º 10918/2017,

de 15 de novembro, publicado no Diário da República, 2.ª série,

n.º 238, de 13 de dezembro de 2017