escola moderna do cavaquinho - henrique cazes

Upload: col-bernau

Post on 05-Jul-2015

8.988 views

Category:

Documents


5 download

TRANSCRIPT

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    1/64

    todos os acordes inclutr A......"-os dissonantes como tocar os vartos rttmosrno cavaquinho ' soloeacompanhamento mustcas cifradas

    : E , Lumiar Editora

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    2/64

    Escola Modernado Cavaqui 0aftnacoes: re-sol-st-re / re-sol-st-mt

    Henrique Cazes

    todos os acordes incluindo os dissonantes como tocar os varios ritmos no cavaquinho soloe acompanhamento musicas cifradas

    ~ Lumiar Editora

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    3/64

    Copyright Henrique CazesTodos os direitos reservados

    Capa:Bruno Libe ra ti

    JluscracaoeHaral da Caz es

    Revtsao de texto:J oao Max imo

    Arte-final:N elia A ug us to de M e llo e R ob son P ire s de A lm eida

    Corrrposfcao;1 . D . Santos

    Supervisao:Almir Ched iak

    Agradec imen to s e spec ia is a Ric ardo D ia s,M a rio J org e P as se s, K ats un ori T an ak a,K en ji H on da e S erg io Lim a N as cim en to.

    Este livro foi impressa nas oficinas graficasda Editora Vozes Ltda.,Rua Frei Luis. 100 - Petropolis, RJ.com filmes e papel fornecidos pelo editor.

    D ire ito s d e e dic ao p ar a 0B ras il: Lum iar Editora A v.N os sa S en hora de C op ac ab an a, 1 95 s ala 6 10 R io de J an eiro - B r as il- C EP 2 20 20- te le fone : 541 -9149

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    4/64

    A Radames Gn attali p ela li~iio dernusica e de vida que nos deu ec on tin ua a dar.

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    5/64

    Sensibilidade e corrrpetericta

    H en riq ue , v oce , alem de g ran de music o, e urn g ran de h er6 i e sua se nsib ilidade e c om peten ciame comovem muito. Voce , com e ste trab alho, e sta dig n if ic ando c ada v ez mais 0cavaquinho - ins tru -m en to tip icam en te b rasileiro - e q ue, ate b ern p ouc o tem po, e ra b astan te m arg in aliz ado, c omo foio v iolao urn dia. T en ho c erte za de q ue , a p artir de ag ora, os adep tos desse in strume nto serao mui-tos . M e us s in ce ros p arab en s a v oc e, p ela b ele za do trab alh o, e ao A lm ir C h ediak , p or te r ac re ditadoe e ditado e ste m an ual q ue e de fin itiv o. P re cisam os de m ais b rasileiros c omo v oces n este p ais.

    Beth Carvallio

    Carrrirabos brasileiros

    S ou urn g ran de adm irador do artista H en riq ue C aze s. M usic o serio, estudioso, com pan heiro eam ig o do n osso q uerido R adam es G nattali, p erte nc e ao g rup o dos q ue trab alh am c om p raze r e de-dic ac ao p ara q ue , s eg uin do c am in hos b ras ile iros , as n ossas arte s e vide nc iem, atrav es dos tempos,a c on tag ian te f orc a d e e xp re ss ao que a indo le do nos so povo ofe re ce em suas man ife stac oe s c ultu rais .Este m etodo de c av aq uin ho, elab orado c om muito crite rio p or urn in strum en tista con sc ien tee ob se rv ador, c om c erte za, e nriq ue ce ra os c on he cim en tos dos e studan te s (e tarn be rn de p rofissio-n ais ), p orque Henrique Caz es ag lutin ou com c lare za id eias p re dominan te s, d es en volv eu -as , c on se -guindo ap re se ntar novas opcoe s de in v ers ao d e acorde s, e sc alas , arp ejos , c elulas ritm ic as p ara acorn -p an hamen to, de dilh ados , in te re ssan te s p esq uisa s ob re afin ac ao, e vide nc ian do re fin arn en to e b oapostura.

    Rildo Hora

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    6/64

    Pareceres

    Her'rrreto Pascoal -E muito im pon an te q ue , p ela p rim eira v ez n o mun do, os m usicos te nh am a op ortun i-d ade d e c on h ec er 0c av aq uin ho em todos os s eus re curs os h arrn on ic os , m elodic os e ritm ic os . 0 c av aq uin ho e urnin strume nto que , ale rn do c ho ro , e ilim ita do ,

    Paulo Moura -E ste me to do s era s em duv id a b ern v in do p ara tod os aque le s q ue , a pre cian do 0e stil o da mus i-c a p op ular c arioc a, b us cam a op ortun idade de us ufruir das q ual ida d es do c av aq uin ho c omo in strum en to s olis ta.

    Pepeu Gomes -Es te m etodo in ov ador v ern p ar fim a uma an tig a de fic ie nc ia n o e ns in o do c av aq uin ho. Mo s-tra uma e norm e v arie dade de ac orde s dis son an te s, e xe rc ic ios de te cn ic a, le itura m elodic a e uma s erie de mus ic asd e var ie s auto re s . E im portan te fris ar q ue e ste trab alh o s erv e, tambe rn , aos q ue toc am guitarra b aian a c om afin a-< ; 1 3 . 0 de cavaqu inho .

    Abnir Chediak -Este trabalho e , scm duvida , 0mais import ante ja fe ito sobre 0 aprend izado do cavaqu inho .E sp ero que to do s o s c av aquin is tas amadore s e p ro fis sion ais p os sam tomar c on h ec ime nto d es ta marav ilh os a ob ra.Rafael Rabello -F in almen te , alg uem s e p re oc up a em v iab il iz ar 0e stud o do c av aquin ho. E ra u rn p ro blemaque afl ig ia o s in ic ia nte s n o in strume nto e , tamb em o s p ro fis sio nais . Ma s agora tu do e sta re so lv id o g ra cas a dedica-9 1 3 . 0 ' d es se mus ic o que te v e a p ac ie n cia d e o fe re ce r ao c av aquin ho e a omu sic is ta em gera l e ste me to do p io ne iro . B ravoHenrique!Ar-maridfriho (T rio Eletrico) - 0 cav aq uin ho, q ue te rn um a son oridade tao m arcan te n a m usica b rasileira ee tao pou co in c en tiv ad o no s eu a pre nd iz ad o, te rn a go ra u rn metodo c la ro , p ratic o e c omp le to . P ara be n s, H e n riq ue ,a MPB ag ra de ce .

    Joel do Nascimento -A nobreza, 0 fas cin io, a b ele za e a "mole cag em " do c av aq uin ho ag ora ja s e e nc on -tram n es te liv ro.

    Mauro Diniz -Estam os dian te de urn m etodo q ue realm en te ilustra tudo sob re 0 cavaquinho.Ex is tia uma c are nc ia muito g ran de n o q ue diz re sp eito ao ap re ndiz ado de ste in strum en to, p ais ate e ntao n aotin ham os c on hec im en to de n en hum a p ub licacao q ue p udesse n os fom ecer dados sufic ien tes p ara um a p esq uisarnai s profunda.E b astan te re com en dav el p ara q uem deseja ob ter um a b oa te cn ica e con seq iie ntem en te p ara q uem de seja seru rn born cavaquin is ta .A c ompete n cia d es te trab alh o j us tific a 0 titulo: Es cola Mo dema do C av aq uin ho.

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    7/64

    lND ICE

    .PARTE 1I - Resumo hist6rico 8II - 0 instrumento 9

    a) Estrutura 10b) Cordas e palhetas 11c) Afina~ao 11III - Extensao e notacao 11a) Extensao 11b) Notacao l2

    PARTE 2FundamentosI - Postura 12II - Arpejo 1 13III - Martelo Simples 14N - Escala Cromatica (duas oitavas) 15V - Leitura Me16dica 1 16VI - Estrutura e representacao dos acordes 20

    a) Acorde 20b) 0 acorde representado:1) Na pauta 2()

    2) No brace do cavaquinho 203) Cifras 20

    c) Formacao do acorde 221) Tnade 222) Tetrade 223) Acorde invertido 22

    d) Categoria dos acordes 22Vll - Acordes no cavaquinho 1 22

    a) Triade maior 22b) Triade menor 23c) Acorde com setima au de setima da dominante 24d) Acorde diminuto 25VIIJ - Acompanharnento cifrado com os acordes estudados, levando-se em oonta a conducao harmonica 26PARTE 31- Arpejo 2 27II - Martelo duplo 28III - Combinacao de mao esquerda 28IV - Exercicios de fortalecimento dos dedos 3 e 4 28V - Exercicio com nota fixa 28VI - Escala crornatica com repeticso 30VII - Leitura me16dica 2 31VIII - Celulas ntrnicas mais comuns no acompanhamento de cavaquinho 39IX - Acordes no cavaquinho 2 40a) Acorde com sexta 6 40

    b) Acorde menor com sexta m6 41c) Acorde de setirna e quarta l 42d) Acorde de setima com quinta diminuta 7(b5) 42e) Acorde de setima com quinta aumentada 7(#5) 43f) Acorde menor com setima m7 43g) Acorde menor com setima maior m(7M) 44h) Acorde menor com setima e quinta diminuta m7(bS) 44i) Acorde com setima maior 7M 4S

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    8/64

    PARTE4I-Arpejo 3 45II - Exercicios de fortalecimento e independencia dos dedos 3 e 4 (continuacao) 48III - Sugestao de tecnica minima diaria 48IV - Efeitos (notacao e execucao) 48a) Pizzicato 48b) Tremolo 49c) Harmonicos 49

    d) Segundasmenores 50V - Regrasbasicas de digitacao 50VI - Leitura mel6dica 3 (sugestces de repert6rio de solo)50VII - Acordes no cavaquinho 3 51a) Acorde de setima e nona 7(9) 51b) Acorde de setima e nona menor 7(b9) 51c) Acorde de setima e nona aumentada 7(#9) 52d) Acorde com setima maior e nona 7M(9)52e) Acorde com nona adicionada (add9) 52f) Acorde com sexta e nona ~ 52g) ACOIdemenor com setima e decima primeira m7(l1) S3h) Acorde de setima com decima primeira aumentada 7(#11) 53i) Acorde de setima com decima terceira 7(13) 53j) Acorde de setima com decimaterceira menor 7(b13) S3

    VIII - Musicaspopulares harmonizadas 54

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    9/64

    PARTE 1

    I - RESUMO HISTORICOExiste unanimidade entre autores como Oneyda Alvarenga, Mario de Andrade, Renato Almeida e Camara Cascudo sobre a

    origem portuguesa do cavaquinho. Afirma Cascudo que de Portugal 0 instrumento teria sido levado para a Ilha da Madeira ede la, apos absorver algumas modificacoes, vindo para 0 Brasil. Na verdade, 0 cavaquinho chegou nao s6 a Ilha da Madeira,mas, tambem, aos Acores, Havaf e Indonesia.No Havai, levado pelo madeirense Joao Fem.andes em 1879, foi rebatizado pelos habit antes locais como ukulele (pulgasaltadora), caiu no gosto da populacao e acabou se tomando simbolo da musica havaiana, Na Indonesia, ganhou 0 nome dekerotjong (ou viola de kerotjong ou ainda ukulele como no Havai), e participa do conjunto que toea 0 genero de rnesmonome, bern parecido com 0 conjunto de choro brasileiro. No livro I ns tr um e nt os P op ula re s P or tu gu es es encontramos a seguin-te descricao: "0 cavaquinho e urn cordofone popular de pequenas dimensoes, do tipo da viola de tampos chatos - e portantoda familia das guitarras europeias - caixa de duplo bojo e pequeno enfraque, e de quatro cordas de tripa ou metalicas -- con-forme os gostos, presas em cima nas cravelhas e embaixo no cavalete colado no meio do bojo inferior do tampo. Alern destenome, encontrarnos ainda, para 0mesmo instrumento ou outros com ele relacionados, as designacoes de machinho, machim,. machete, manchete ou marchete, braguinha ou braguinho, cavaco etc ... "Alern das coincidencias de forrnas e afinacoes do instrumento hi e aqui, vemos ainda que em ambos os casos 0 cavaquinhoesta ligado a manifestacoes populares, festas de rna, etc.

    Sobre os generos que 0 utilizam em Portugal, encontramos na mesrna publicacao 0 seguinte: "Como instrumento de ritmoe harmonia com seu tom vibrante e saltitante, 0 cavaquinho e como poucos.proprio para acompanhar viras, chulas, malh5es,c an as -v e rd es , v e rd eg ar es e prins",Alem dos generos em que e usado, outro detalhe marca a diferenca entre 0 cavaquinho no Brasil e em Portugal: a maneirade tocar, Enquanto aqui utilizamos a palheta para tanger as cordas, Ia sao usados os dedos da mao direita, geralmente fazendo

    rasgueado.No Brasil 0 cavaquinho desempenha importante funcao no acompanhamento dos mais variados estilos, desde generos rnu-sicais nrbanos como 0 samba e 0 chore, ate manifestacoes folcloricas diversas como folias de reis, burnba-meu-boi, pastoris,cheganca de marujos.o cavaquinho, com a flauta e 0 violao, formou 0 conjunto que deu origem ao chore como forma de tocar e mais tardecomo genero musical. Com 0 aparecimento do samba na decada de 10,0 cavaquinho ganhou 0 genero com 0 qual e mais iden-tificado, e no qual participa de todo tipo de evento, desde 0 samba de terreiro ate 0 desfile das escolas de samba, muitas vezes

    sendo 0unico instrumento harmonico.Ao longo deste seculo grandes instrumentistas marcararn 0 desenvolvirnento do cavaquinho, entre os quais podemos citarNelson Alves (Nelson dos Santos Alves - Rio de Janeiro - 1895-1960). Integrante do grupo de Chiquinha Gonzaga e funda-

    dor dos Oito Batutas, Autor de choros como Mistura e manda e Nem ela... nem eu. Canhoto (Waldiro Frederico Tramontano- Rio de Janeiro - 1908-1987). 0 mais marcante acompanhadorde cavaquinho. Tocou com Benedito Lacerda desde a deca-da de 30; em 1950 fundou seu proprio regional, marco dentro dessa formacao instrumental. Garoto (Anfbal Augusto Sardi-nha - Sao Paulo - SP - 28/6/1915 - Rio de Janeiro 03/05/1955). Inigualavel virtuose das cordas. Tocava banjo, cavaqui-nho, bandolim, viola:o tenor, guitarra havaiana, violao, etc. Foi 0 autor de musicas revolucionarias para a sua epoca como Duascontas e SiMI dos tempos. E sobretudo aquele que popularizou 0 cavaquinho como solista: Waldir Azevedo (Rio de Janeiro-27/01/1923-20/09/1980). Autor das rmisicas rnais executadas do repertorio de cavaquinho: Brasileirinho, Delicado e Pedaci-nhos do ceu, entre outras. Podemos ainda acrescentar que dentro dessa evolucao 0 acontecimento mais recente de relevo e aexperiencia camenstica que a. Camerata Carioca, idealizada pelo maestro Radames Gnattali, realiza; utilizando 0 cavaquinhopara tocar desde concertos de Vivaldi ate musicas de autores conternporaneos.Nos ultimos anos duas variacoes de forma do cavaquinho ganharam adeptos: a guitarra baiana (urn cavaquinho eletrico decorpo macico e forma de guitarra eletrica) instrumento solista dos trios eletricos, e 0 banjo-cavaquinho, que devido ao seusom alto, se equilibra melhor com os instrumentos de percussao usados nos chamados pagodes.

    8 Hen riq u e Ca ze s

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    10/64

    II - 0 INSTRUMENTO

    l

    a) Estrutura

    8. Cabeca (paleta, mao)__".-__ 7. Pestana (osso)

    7 A . Traste zero5A. Traste 6. Brace 3. Boca

    Escola Modema do Cavaquinho 9

    5 . Escala r:3A. Roseta (mosaico)

    2. Cavalete .

    tTampo~

    . \ 4. Faixa (ilharga)

    ~-- __ 4. Fundo

    FIGURA 1

    Os nomes entre parenteses sao tambem usados para cada parte.

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    11/64

    1. Tampo - material: Spruce (pinho sueco), cedro ou cedar.

    T rave ssas ,

    ~ __ -+ - Lequeharmonieo

    A relacao entre 0 material do tampo, a quantidade e os tipos de leques, 0material das faixas e fundo e as dirnensoes dacaixa e que vai determinar 0 timbre e 0 volume do instrurnento.Ex.: tampo mais duro '* cavaquinho mais agudo; caixa mais larga ~ realce da regiao medic-grave.

    FIGURA 2

    2. Cavalete - de jacaranda, imbuia, ebano, E a peca onde se prendem as cordas. E colado ao tampa e nele inserido 0 rasti-lho (2-A) que consiste em urna peca de osso (eventualmente plastico ou marfirn}, responsavel pela altura e tensao das cordas.Sabe-seque 0 timbre tambem sofre influencia do material do rastilho.3. Boca - orificio responsavel pelo equilfbrio das pressoes extema e interna. A roseta (3-A), alem da funcao decorativa,reforea as bordas da boca.4. Faixa e fundo - de jacaranda, caviuna, irnbuia, faia, platano, etc. Nos instrumentos pequenos como 0 cavaquinho, influibastaate no timbre a escolha da madeira.5. Escala - de ebano ou jacaranda. E uma placa de madeira colada sobre 0 brace, na qual estao fixados os trates (5-A). Aproporcao das distancias entre os trastese que vai dar 0 temperamento da escala, dividindo-a precisamente em semitons,6. Brace - de cedro ou m6gno. Sua forma e dimensoes deterrninarao maier ou menor conforto para 0 instrumentista.7. Pestana - de osso (eventualmente de plastico), Tern funcao semelhante ao rastilho e ainda divide as cordas equidistan-temente. I : ! muito cornum encontrannos no cavaquinho 0 traste zero (7-A), colocado junto a pestana e responsavel pela altura

    das cordas.

    8. Cabeca - costuma ter 0 desenho que caracteriza 0 fabricante e nela estao localizadas as mecanicas (S-A), cuja finalidadee fixar as cordas e controlar sua tensao, visando a afinacao.10 Henrique Cares

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    12/64

    b) Cordas e PalhetasA fabricacao de cordas para cavaquinho ainda se encontra em estagio bastante prirnitivo, e na falta de opcoes 0 que funcion a satisfatoriamente sao as cord as de aco para violao.Deve-se escolher 0 tipo de corda de acordo com 0 instrumento e 0 gosto do instrumentista, tomando 0 cuidado para naousar a quarta e a terceira cordas de calibre muito grande, ou seja, nso usar cordas muito grossas.Quando se coloca uma corda nova em urn cavaquinho, e aconse l have l subir a af inacao gradativamente ate a altura do diapasao, para evitar que a corda se rompa,A palheta costuma ser uma o pc ao p e ss oa l do instrumentista, mas podernos observar algumas caracterfsticas gerais: A palheta mole e mais barulhenta e desaconse l have l para solo. A palheta dura e mais versatil servindo tanto ao centro quanto ao solo. Quanto menor a palheta, menos ruido causa. As palhetas de plastico escuro costumam apresentar melhores resultados do que as de plastico colorido. Qualquer que seja 0 tipo de palheta, e importante que a superffcie que fara contato com a corda esteja polida, para evitar ruidosoUrn material bastante usado em palhetas e 0 casco de tartaruga, e os cavaquinistas que preferem este tipo costumam molda-las a seu gosto. As palhetas de tartaruga tern a vantagem de nao quebrar, apenas gastar.c) Afina9aoDesde 0 seu surgimento em algumas cidades portuguesas, 0 cavaquinho terri sido afmado de diversas maneiras das quais podemos citar (do grave para 0 agudo): Re-Sol-Si-Re - mais usado e que os madeirenses trouxeram para 0Brasil; Sol-Sol-Si-Re e La-La-D6-Mi; Re-Sol-Si-Mi - usada em Coimbra; Sol-Re-Mi-La - chamada de afinaeao para malhao e vira, na "Moda velha"; Sol-D6-Mi-La - usada na regiao de Barcelos.Existem ainda afinacoes em que a corda mais aguda e a terceira e nso a primeira.No Brasil a afinaeao mais usada e Re-Sol-Si-Re, sendo tambern encontrada a Re-Sol-Si-Mi e ate mesmo uma afinac;:aoemquintas (como no bandolim) - Sol-Re-La-Mi.Este metodo aborda as duas afinacoes mais comuns (Re-Sol-Si-Re e Re-Sol-Si-Mi) que daqui pra frente passamos a chamade: tradicional, a primeira, e natural, a segunda.Observacao: 0 nome natural procura seguir 0 criterio usado para denorninar as afinacoes da viola caipira (ou brasileira), oseja, a afinacao como a do violao fica com 0 nome de natural.Em materia de utilizacao para 0 acompanhamento, as afinacoes se equivalem. Para 0 solo, a afinacao natural e sem duvid

    mais rica, pois aumenta a extensao do cavaquinho.Qualquer que seja a afinacao utilizada e muito importante que 0 instrumentista adquira 0 habito de afinar na altura correta, dada pelo diapasao. Normalmente 0 diapasao da 0 La - 440 H z (a s vezes 442 H z) que deve corresponder ao La na 2~ cas

    da 3~ corda. Feito 0 acerto do La padrao, teremos a 3~ corda afinada e daf poderernos seguir diversos caminhos para afinar ademais, dos quais citamos abaixo 0mais comum: Sol C4 = Q) Si

    > C3 = C D Re (afinacao tradicional) =@)Re (oitava)Q) Si - - - CS = C D Mi (afinacan natural)Q) Sol C7 = @ Re.E muito comum apos urn procedimento como 0 apresentado acima, montannos urn acorde e este soar desafinado, devidoa s deficiencias na construcao do cavaquinho. Nestes casos e necessario fazermos aproximacoes para termos uma media de afn a ca o r az oa v el .Ultimamente, com 0 surgimento dos afinadores eletronicos, pode-se atingir uma media mais precisa na afinacao.

    Il1 - EXTEN SA O E N OT A

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    13/64

    A extensao usual e de duas oitavas, sendo que as notas que estao entre parenteses so sao alcancadas com facilidadequem usa afina~ao natural'.b ) No ta fl l" oNa notacao das partes de cavaquinho aparecem as seguintes indicacoes: @ ), , (i) , C D - numero dentro de urn cfrculo indica acorda que esta sendo tocada; 1,2, 3,4 - indicam oS dedos: indieador, medio, anular e mfnimo da mao esquerda, respectivamente, C 1, e2, etc. - indica a casa mais proxima da pestana em que vamos tocar urn trecho au montar urn acorde; t.j, - setas para cima e para baixo indicam 0 sentido da palhetada.

    PARTE 2I -POSTURAA postura que sera apresentada aqui segue a uma logica ffsica e anatomica, e pode se r descrita em tres pontes: Para manter a coluna vertebral em posicao ereta e toear sem problemas, em pe ou sentado, e necessario que se ernnhe 0 instrumento a altura do diafragma, com 0 bravo paralelo ao solo. 0 cavaquinho devera estar totalrnente firmerneio de urna pressao do antebraco direito sobre 0 lado direito do peito e do apoio do bravo do instrurnento sobre ameirajunta do dedo indicador da mao esquerda, Como precisamos de plena liberdade de movimentos para 0 pulso dneito, nso e aconselhavel apoia-lo sobre 0 tampocavaquinho nem apoiar 0 dedo mfnimo da mao direita logo abaixo da boca do instrumento, A mao direita deve sevimentar paralelamente ao tampo, Os dedos que nao seguram a palheta devem estar naturalmente unidos,

    FIGURA 3 FIGURA 4

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    14/64

    12 Henrique Cazes

    FIGURA 5 FIGURA 6 Os dedos indicador, medic, anular e mfnimo da mao esquerda, que vao apertar as cordas, devem ser arqueadas para queatuem perpendiculannente a escala.o polegar esquerdo que dad apoio para todos os movimentos deve atuar da maneira mais c6moda e eficiente possivel. Le -vando-se em conta que, devido as dimensoes reduzidas do instrumento, as variacoes de tamanho de mao do executante e de

    regiao a ser usada provocam variacao muito grande na posicao do polegar esquerdo, diferentemente do violao em que se tra-balha com postura de mao esquerda mais rigida.II -ARPEJOI

    o objetivo dos exercfcios que se seguem e fixar boa postura de mao direita e iniciar 0 desenvolvimento de uma nocao dedistancia entre as cordas, sem que para isso seja necessario olbar em que corda a palheta vai tocar.

    Escola M odem a do C avaqu inho 13

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    15/64

    Os sinais J~J indieam que a unidade de tempo e mantida durante todo 0 exercicio, ou seja: mudam as figuras de rit-mo, mas 0 andamen to permanecetnalterado. Isto implica em que devemos escolherandamento lento (per exemploJ = SO) para irmos sem problemas do inicio ao fim do exercfcio. h importante que se observe 0 sentido da palhetada, descrito pelas setas abaixo do pentagrama. Podemos observar ainda que 0 importante deste exercicio e 0 trabalho da mao direita. Sendo assim, nao e necessanotrabalhar com as cordas soltas. Podemos, par exemplo, abafar as cordas ou montar urn acorde. Para quem usa a afinacao natural (Re-Sol-Si-Mi) a exercfcio e exatamente igual, s6 que a 1~ corda em vez de Re, passaa ser Mi, ou seja, as notas do primeiro tempo do segundo compasso de cada tipo de exercicio, passarn a ser Mi.

    III- MARTELO S IMPLESo exercicio de martelo simples tern como objetivo fixar boa postura para a mao esquerda e iniciar 0 processo de fortaleci-mente e independencia dos dedos.A posicao correta e a mostrada na figura abaixo.

    FIGURA 7

    Partindo-se desta posicao, 0 exercfcio consiste em levantar cada urn dos dedos separadamente, mantendo os demaisna posiy.ao inicial ... 4@ ~ 1 : ] 5 jo; a J j~ ..f a l J f J j1 I b f 1 (r C f I E c E r E e g :

    1~f ~ I 4 , ! t Nao e necessario levantar muito cada dedo. 0 importante e levanta-los a uma mesma distancia da escala, mantendo 0arqueamento do dedo. Este exercfcio deve set executado em andamento lento para que haja atencao a todos os movimentos. Em caso da mao esquerda ficar muito tensa, parar e so reiniciar quando tiver voltado ao normal. Para quem usa a afinacso natural (Re-Sol-Si-Mi), a unica alteracao e no quarto compasso do exercicio: em vez de La-Refica Si-Mi. Ou seja, a pOsi~30 dos dedos e identica a de quem usa a afinacao tradicional.

    14 H enrique Cazes

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    16/64

    IV - ESCALA CROMATICA (2 oitavas)

    AFINA

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    17/64

    v ~ LEITURA M ELO DICA IAs rnusicas aqui apresentadas visam a desenvolver a pratica da leitura com 0 instrumento, bem como a associacao entre aaltura da nota e sua locallzacao no brace do cavaquinho.Como so trabalharemos com a regiao correspondents a s primeiras casas do instrumento, nao havera necessidade de indicara d ig i ta cao ,

    EXERCICIOS PREPARATORIOS (cordas soltas)4; ~ I j j I Jj I r A F J 3 . I J , I I : j r I 1 ~ ~J J j I J J I J : I F 5

    4 { ~ j f I d f I F J . F r I frJ If J f j I@ r f f I j J J f I r J . I j J f J I ~ J I IPara quem usa afinacao natural, trocar 0 R' < f a I'corda . t W - - - - - ; g pelo Mi ~ 6 ~ E ) t2~~II1@ i l l : 3 I F f I F r ! J

    @ J J I F F I E f l r2

    @ t J : r f i r F r I F16 H en riq ue Cazes F 1 r : 1 1 r I 1 j J

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    18/64

    @ J : J r I I T ' I f r l o J j I ; ~ . iJ I I3

    @ I!I I : L r r r I r J J lU 1j : I ! rE f I f F. 4 1 1 F F r i . r . r : I E : J . . J : j I J J J J I II : 14

    @ ~i L F ~ L r I f IJ I I J I J o J I r I@ ~ j J I F J I E J I j r I F (J} f'-----'". @ # r F . I F r i d J I J I I F .r'iE J~ . ~, # f F IFF Ifa F I r 4J 4 1 J II

    5 .@ f 1 ld I I : f r I T I F f L I F J F ~ r l r I J' * s F F F I F I T t I f r r J I r !~

    Fim

    @ ~ # J J . j I F F F I E f E F I I T ! : J6 t # . 4 J J I r r F I F r F r I r ! J : 1Escola Modema do Cavaquinho 17

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    19/64

    I r r I r r I r

    7@ 9 ir I I C t1 I r J I UF I j J l ' J J6 ~ J j I r . I i ) j. I J .) I J j4 ;9 (~r e l l C 1 C I n j I J F I ~' # i j j I r f I a U I r I r r I r F i n n I Wt @ # I : r r I r r I F F I d J I C C I r r I U ij ~@ - j :J I C C I C 1 t f I r I r r I F F In~ I W I I9t@ i r t l f p l r r l r I F r l r r I F f

    @ r : 1 1 1 : F i r r I r f i r I J r I f F@ C f I r : 1 1 1 : r tr I U Q r Ia e I0 C 118 Henrique Cares

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    20/64

    6 1 1 : c J E J I Ua I [ 1 O F I cJ r : 1 1 1 4 3 u l 0ij@ E J U lE t U I n s;i I00 I trBI F : 1 110

    " 1 ~ A c J I I { I E F v I r p I r r r I, ~ # t f c l ) iJ I ~J F v I r " 1 qin c J I F I~ . ~@ I f ; ! d m I F C IE E U lJ I J c r C f I f J r I J 1 1

    11 .~.'iJ I f r " v I r " m V I r ~ I f ~ I F " : ; , I- . 1~ 2~ . .# J ) I (_JJ J : I I J p i r I r1J I& U 0 (F UlE E ( } I F E U I D.O ], n fa I J I r ] 1 n I Iu 0 1 C e ell C r B I, U e IE R In t? I(73; J IIA O : f .1~@ ~ e r i l l v r H r IE r . r I H H r I F p r I

    H 2:J. f:\,

    @ ~ V F H J I r r r F I H H E I F r : l l f ~ I IEscola Modema do Cavaquinho 19

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    21/64

    VI - ESTRUTURA E REPRESENTA

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    22/64

    Dentro da liberdade que a notacao de cifra nos da, devemos usar alem do born gosto (quanto a unidade de estilo), umaconducao harmonica cornpatfvel com as possibilidades tecnicas do cavaquinho, alern de alguns fundamentos que garantam urnsom claro, como por exemplo: Toda triade (acorde de tres sons: fundamental, terca e quinta) deve conter a terca. Todo acorde de setima deve conter a terca e a setima. Toda nota alterada deve ser tocada. Ex.: (b5), (#5), (b9), etc ... A fundamental e a quinta justa sao dispensaveis, Duplicar ou triplicar so a fundamental e a quinta justa. (E no acorde dirninuto a terca), Nos est ados invertidos a nota do baixo tern que ser ouvida (para 0 cavaquinho nao e necessario),Observacao: Podemos verificar que a fundamental e a quinta justa tanto podern ser duplicadas, triplicadas, como suprimi-das. Isto sera muito importante para 0 cavaquinho quando estiver a frente de urn acorde com mais de quatro sons, e tiver queescolher uma ou mais notas para suprimir.Apesar do dobramento da terca resultar num certo prejuizo actistico, no cavaquinho e aceitavel e na pratica bastante uti-lizado,

    Quadro dos intervaIos e simbolos usados na cifragem dos acordes, tomando comoexemplo a nota fundamental 06

    NOTA S EN ARM ON IA IN TERV ALOS 51M BOLO NOM E

    D o 1 FundamentalReb 2m b9 NonamenorRe 2M 9 Nona (maior)Re# 2 aum. #9 Nona aumentadaEnarm6nicos Terca menorib 3m mMi 3M Terca maior

    4 Quarta (justa)Fa 4J Decima primeira (justa)1Ff1# 4 aum, #11 Decima prime ira aumentadaEnarmonicosSolb 5 dim. bS Quinta diminutaSol SJ Quinta (justa)Sol# 5 aum. #5 Quinta aumentada

    Enarmonicos b6 Sexta menorLab 6m bI3 Decima terceira menor6 Sexta (maior)La 6M Decima terceira (maior)nann6nicos 13

    Sibb 7 dim. o ou dim. Setima diminutaSib 7m 7 Setima (menor)Si 7M 7M Setima maior

    Na coluna (nome) os terrnos entre parenteses sao subentendidos quando se diz 0no-me de urn detenninado acorde.Ex. 1 - C~ Do com sexta e nona Ex. 2 -Dm7(9) R6 menor com setima e nona

    Enarmonia, s[o nomes diferentes para urn mesmo som.

    Este grdfico foi extratdo do livro =Harmonia e Improvisacdo " de Almir Chediak.

    Escola Modema do Cavaquinho 21

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    23/64

    c) Formacao do acorde1) Triade A triade maior e fonnada pela fundamental, terca maior e quinta justa, resultando na superposicao de uma tercamaior e uma menor. A triade menor e fonnada pela fundamental, terca menor e quinta justa, resultando na superposicao de uma tercamenor e maior. A triade diminuta e fonnada pela fundamental, terca menor e quinta diminuta, resultando na superposicao deduas tercas menores. A triade aumentada e fonnada pela fundamental, terca maior e quinta aumentada, resultando na superposicao deduas tercas maiores.

    Ex.: C Cmmaior menor

    co ou Cdimdiminuta

    C(#5)aumentada

    2) TetradeTetrade e 0 agrupamento de quatro sons.3) Acorde invertidoTern - se acorde invertido quando 0 baixo se encontra sobre a terca, quinta justa ou setima menor ou maior.Observaeao: Como no cavaquinho nao temos a nota do baixo sent indiferente.d) Categoria dos acordesBaseado no sistema tonal os acordes sao divididos em quatro categorias: maior, menor, setima dominante e diminuto.A categoria maior se caracteriza pela fundamental, terca maior e quinta justa e nunca possui setima menor.A categoria menor se caracteriza pela fundamental, terca menor e quinta justa.A categoria de setirna da dominante se caracteriza pela fundamental, teres maior e setima menor.A categoria dos acordes de setima dirninuta se caracteriza pela fundamental, terca menor, quinta diminuta e setirna dirni-

    nuta.Observacao: Na PARTE 2 deste metodo serao abordados os acordes basicos de cada uma dessas categorias.

    VII - ACORDES NO CAVAQUINHO 1Como temos quatro cordas e as triades tern tres sons diferentes, podemos dobrar urna dessas notas. 0 dobramento da fun-damental e da quinta justa resultam acusticamente melhor; 0 dobramento da terca maior ou menor e aceitavel e bastante uti-

    lizado na pratica,Apresentarnos os acordes a seguir, nas duas afinacoes (tradicional e natural) e nas regioes onde sao normalmente usados.a) Triades maiores

    A F IN A C ;A o T RAD lC IO NAL

    Montagem 1

    Dobrarnento da fundamental.

    E F~ ~

    A mesma montagemna casa 2 (C2) resulta noacorde de F# ou Gb; naC3 em G; na C4 em G#ou Ab; na C5 em A; naC6 em A# ou Bb; na C7em B e na C8 em C .

    22 Henrique Cazes

    Montagem 2

    Dobramento da tercamaior.

    C C# ou Db

    Montagem 3

    Dobrarnento da quintajusta.

    (cordas soItas)G G#ou Ab

    ,'"

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    24/64

    E (Mi maier)

    Montagem 1 Dobramento da fundamental.

    F

    OU

    G

    A F IN A

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    25/64

    c) Acorde de setima ou de setima da dorninanteOs acordes de setima da dominante sao conhecidos populannente como acordes preparat6rios e geralrnente pedem re

    y a O nurn acorde maior ou menor, cuja fundamental se encontra quarta justa ascendente ou quinta justa descendente.Ex.: G7 CMostraremos as montagens com todas as notas e em seguida algumas com dobramentos e supressoes. As montagensas quatro notas serao ordenadas pela mais aguda.

    Montagem 1 Fundamental na notamais aguda.7

    ~

    Montagem 1

    F7

    Fundamental como notamais aguda.7 F7

    Montagem 2

    ACORDES D E SET IM A

    AFINA

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    26/64

    AFINAyAo NATURAL

    A7

    2) Omitindo a fundamentale duplicando a setima menor.

    1) Omitindo a fundamentale duplicando a quinta justa.

    A7

    ~

    Exercfcio: Escrever no pentagrama alguns exemplos de acordes de setima nas montagens em que omitimos uma nota e du-plicamos outra. Localizar a fundamental e a quinta justa (se aparecerern), terca maior e setima menor, bern como a dupli-cacao.

    d) Acorde diminuto 0 ou 07Por questoes didaticas usa-se sirnbolo "0" para representar a tnade diminuta e "07" para as tetrades, Porem em termospraticos quando ternos uma cifra, por exemplo, Co trata-se de uma tetrade ja que a triade diminuta nao e usada.

    CO Ebo F#o AO@ ~'loej t~ I'~ I IPodemos perceber que os sons que formam estes quatro acordes sao os mesmos (mudando apenas a posicao das notas), e

    que a diferenca entre estes acordes esta no baixo.Como no cavaquinho 0 baixo de acorde nao existe efetivamente, podemos construir 0 seguinte quadro pratico:D#o F#o

    Para 0 cavaquinho: CO = = ou ou - AOEbo Gbo

    C#o A#oou = = EO GO = = ouDbo Bbo

    G#oDO - FO - ou BOAbOo sinal = = indica a equivalencia destes acordes, para 0 cavaquinho.Montagem (0 nome do acorde diminuto sera dado pela nota mais grave).

    ';

    AFINAyAo TRADICIONAL

    Temos ainda uma outramontagem:

    Escola Modema do Cavaquinho 25

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    27/64

    AF INA< " ;AONATURAL

    ,

    IIOs acordes de setima diminuta, devido a equivalencia mostrada no quadro acima, sao elementos chave na conducao de urnacompanhamento de cavaquinho.Deve-se utilizar uma montagem de urn dos acordes equivalentes, que esteja mais proximo ou sirva melhor de caminho para

    os acordes seguintes.VIII - A CO MP AN HA M EN TO C IFR AOO C OM OS A COR DES EST UD AOOS (Levando-se em conta a conducao harmonica)Para realizannos satisfatoriamente urn acompanhamento em qualquer instrumento harmonico, e necessario que haja con-ducao, ou seja, que n ao se mude aleatoriamente da montagem de urn acorde a do seguinte, mas que este movimento sugira urncaminho 16gico, normalmente por graus conjuntos.Os exemplos que se seguem dao a ideia do que seja urn acompanhamento bern conduzido, 0 que deve ser urn objetivo cons-

    tante. Na pratica, 0 musico recebe acompanhamento cifrado e 0 realiza de acordo com as possibilidades tecnicas do instru-rnento e seu gosto pessoaI.A F IN A yAO T R A DIC IO N AL

    2 C . A 7 Om EbO Em A 7 Om G 7 C1. 4 ) M 31 M l I M 3 I 4c/Ic I M l I M 4 I M2 1 M l /M 4 IM l llJ J3 G G 7 C Cm 07 ']. G 07 G2 . 4 ) M Il M I I M 2 M 3 I M 3 I M 4 1M 2 M 3 I M Ill2 0 F#7 Bm 07 G A 7 0 07 G3_ 4 ) M 21 M l I M 3 M 3 I M I I M 4 I M 21 M2 I Mil lG ~I 0 . B 7 E7 A 7 0C 3 M 3 I M l M 3 I M l I M 211

    A F INA< ;:AO NATURAL

    1. 2 C A 7 Om Ebo4 ) M Il M l I M 3 I 4c I2. 3 G G7 C Cm4) M d M I I M3 ! M3 I

    Em A 7 Om G 7 CM2 I Ml I M31 M l /M41M211J J07 '], G 07 GM2 I M3 I M1 M3 I M I l l

    3 _ 2 D P#7 Bm D7 . G A7 0 07 G G1fO4 ) M 31 M Il M 3 I M 3 I M I I M 4 I' M41 M 2 I M Il 3c IID B7 E7 A 7 0I M 31 M 4 I M 3 I M 2 I M I II

    R IT MO B A SIC OAos que nao tern pratica de acompanhamento, sugerimos 0 ritmo basico abaixo para ser utilizado na parte das sequencias,

    L L Uj J I ~ 1 Iii ' 1 1I ~ t j26 Henrique Cazes

    Esta "batida", uma das mais utilizadas 110 choro, pode servir como base para se adquirir firmeza na palhetada.

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    28/64

    PARTE 31-ARPEJO 2

    Os exercicios que se seguem tern 0mesmo objetivo dos arpejos 1, s6 que trabalharemos agora com cordas intercaladas (4~,2~,3~,1~).

    @ I l J . = JI I : J r J ' r : 1 1 1 : j J c : r+ t + t t@ e = J -.. 3' J = JI I : J {} J ] ] : 1 1 1 : r J J J JJ O r ~ F r ~ r J J j J e e r! t i ~ ~ , t + t

    J:f : 1 1

    Escolher urn andamento e mante-lo, do infcio ao fim do exercfcio e s6 passar a urn andamento mais rapido quando es-tiver executando perfeitamente 0 exercicio.

    Observar 0 sentido da palhetada. Para quem usa afinacao natural, s6 muda 04tempo dos compassos 4/4, que em vez de Re serao Mi.II - MARTELOS DUPLOSPartin do de uma posicao identica a usada para 0 exercicio de martelo simples, levantaremos agora dois dedos de cada vez.

    2@ i d d d J J J J J It Elf [I: 1 13' i~fr[r[ L [ r l : ! e f F f e F : 1 1

    Escola Modema do Cavaquinho 27

    Para tocannos simultaneamente em duas cordas, usamos a palheta na mais grave e a unha do dedo anular na mais aguda. :g importante que os dedos se movimentem sincronizados e atinjam uma mesma distancia do espelho. Para quem usa afinacao natural a (mica alteracao e que 0 dedo 4 em vez de to ear La-REitocara Si-Mi, mas a posicao dosdedos sera identica.

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    29/64

    III - C OM B IN A C;OES D E M A O ES QU ER D ASao uma serie de exercfcios em que realizamos todas as passagens possiveis de dedos da mao esquerda.Partiremos da posicao em que os dedos 1,2,3 e 4 ocupam quatro casas vizinhas em qualquer corda e regiao.1) Cornecando com 0 dedo 1:

    i: 1 1 1 1 r 1 1 1 : l l : r 1 1 1 1 1 I 1 : 1 1 : [ 1 1 1 1 1 1 . 1 : I I! 11 1 : 1 1 1 1 I ! 1 1 : 1 \ : I 1 I I ! 1 r 1 1 1 r I I I r I I I : n

    2) Cornecando com 0 dedo 2: 2134,2143,2314,2341,2413,2431.3) Comecando com 0 dedo 3: 3124,3142,3214,3241,3412,3421.4) Comecando com 0 dedo 4: 4123,4132,4213,4231,4312,4321.Ob s er v ac o es : 0 exercicio e valido para qualquer afinacao. Depois que estiver bern seguro, passe a fazer 0 mesmo exercicio com a seguinte posicao dos dedos:3 - C5; 4 - C7 em qualquer corda. 1-C2;2-C4;

    IV - EXER CIC IOS D E FOR T A LEC IM EN TO E IN DEPEN DN CIA D OS D ED OS 3 E 4

    1 1 ! 1 r 1 1 1 1 1 r 1 r 1 ! 1 : 1 1 Com os dedos em casas vizinhas, fazer uma vez 0 exercicio (com repeticao) em cada corda. Levantar os dedos da mao esquerda 0 minimo necessario, sem que eles saiam do arqueamento normal.

    v - EXERC fcIOS COM NOTA FIXANestes exercfcios, urn dos dedos da mao esquerda se fixa em uma nota sustentada, enquanto os demais atuam em outra

    corda.

    CD__ , C D ---l

    t w t it 44 JC D - - - . . J

    Idem com @ e Q) , . e @ )28 Henrique Cazes

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    30/64

    ___J

    @ @---'- Idem com G ) e @ , Q) e < D

    A F IN A e ,Q) e A segunda parte do exercfcio (ascendente) comeca identica ao da afinacao tradicional e s6 muda no ultimocompasso,

    mantendo porern a mecanica,

    _ B multo import ante que a nota fixa tenha a duracao indicada._ Os dedos que se movimentam devem se distanciar 0mfnimo necessario e nlio sair do arqueamento normal._ Observe rlgorosainente 0 sentido da palhetada.

    . Esco la M o dem a d o Cavaqu in ho - 29

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    31/64

    V I - AQUECIMENTO 2E SC A LA C ROMA T IC A COM R EPET It;A OAssim como a escala crornatica simples constitui urn valioso exercfcio de aquecimento, sendo muito usado tambem por

    violonistas.Os pulos ora com 0 dedo 2 (subindo), ora com 0 3 (descendo) na g corda, devem ser executados com perfeicso para quenao haja quebra no andamento.

    A F IN A t;A o T R AD IC IO NA L

    I i I It. ------------------~

    3 3 ~ 3~ 3 3 3 3 j Y t + C D ~ C D _~~._.!1__...._ _@ 2

    30 H enrique Cazes

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    32/64

    AFINA(:AO NATURAL3 3

    ~ ~#~ ~012123l r ~@ ) ---------------------

    ~ 1 ! ~ @ ------------f l

    C7----3 4 3~2 3 2 2

    I ri r41f ! # t i i

    4 4343232121! f ~---------@.@@ ---------~-------:II I

    Quando estamos subindo (em direcao ao agudo) e temos um grupo com notas em duas cordas, muda a palhetada para. J . . H . Fora estes casos a palhetada e sempre . J . . t . J . . .

    Devemos escolher urn andamento em que a escala seja tocada com perfeicao do infcio ao tim, por mais lento que esteseja.

    V II - LEITURA MEL6mCA 2As pecas que se seguem e a leitura melodica 1 desenvolvem a leitura com 0 instrumento. Utilizaremos agora urna extensaomaior,figuras de ritmo incluindo semicolcheia e escreverernos a digitacao, q~ando necessaria.

    Escola Mo dem a d o Cavaquinhoe 31

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    33/64

    AFINAt;AO TRADICIONAL

    1) Minueto J. S . Bach (1685 - 1750)

    -2~vez-~~~

    @ r I I : U E 1 U I c r 8 E 1 I c J 0 ' E 1 IC5 C6 C5-------d ( _ 3 3 f-l 21 2f 3 23 3!j! U un lE i tf U IU o r 0 = 1 !to'to@ C D C5-----'----.-i V-~ll ~~ ~5 1 r I C O t r f 0 I D E E t c 1 1 c . t t r alc tu I@ sfcrfJ I U c J C r t I E J E f E! I#n !1 ijl

    C6---

    f t I f # r i t I b U & J I j. : 1 1'V2) Pavane M. Ravel (1875 - 1917)C6---

    -----------CD 32 Henrique Cazes

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    34/64

    3) Valsa H. CazesC5---~--- : i . - ~ ~ TH1 2 1 1 2 3 4 36 j l l : a w = . : : t -g E m - ( I ( 1 I # l I T I g J E ~

    C5 l~vez-------' i ~ r r u l # U nUl r o = ~ g p l J o t t rC7 C4---

    C4-- -

    Iltt r tJ I J=~rJlj j r J IJ jD.C.Escola Modema do Cavaquinho 33

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    35/64

    4) Maxixe H. CazesU . . . , . 4 2 1 2 3 4;Ja~'jIi I @ . . ~ rst :I!r"u 1 tt'r;[ , Q r # C 1 1" 4 __ 6 do 1,

    5) Meu Amigo Tom Jobim (trechos) R. Gnattali (1906)

    C5- C6-C52/~b~ ~ L_ 3

    P I:J a r @-

    C4 C6--i I~ f 'O J I- t Ii j ~tQ i l , f ' !d34 Henrique Caze s

    C DC2~----

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    36/64

    C3------

    C7---

    C2 C----43 2 1 b~1 , . ~ ~ p E Y 1 t (J"W 1

    0--C2---

    244@ ~ t : i 1 tJ U 1 1 1 c J 1I j I IC D @ )

    2d ) , i!J q I t & t ; lf!f i j 10ijij j } 7 I -. .~JA F IN A

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    37/64

    C7-----3 1 2 1- J _ 0 1 ~ 2 ~_, 4: 3 4 ~ f-.O A2 12ijl 8' E J n I a E f r r 1 1 0 T 1 I & 1 jlcite

    4 rdCi rt r : J I a t) r J I c 1 (f u + c t E f 1 0 1- @ o f E ! p E a t E E J 1 U E t 0' I # n u @

    C4-~ ~.. 1 ~ tE @ t r EfLL = 1 G ( f l i D 1 e : 1 1 ~2) Pavane M. Ravel (1875- 1917)

    C4 C7----2r-----. 4 1 3~ f 1: ' ~ # er U l I f C F Utl I f IIfJ 1C7---- 3 4 1. "3 4 1-------- - - r ~ 3 1 3 ; _ ~ _ , 3 1 34 b ~ r f1 r~q I F D = f u r C J I I T - I

    C7 4

    1,,#? I36 Henrique Cazes

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    38/64

    3) Valsa H . C az es

    ,-lavez-

    ----, .----2~vez-

    4 . - . . . . 2-, 1- @ ~ n .n tf I J . V t c r T E f l I J a I c J tr E J S 83

    @ # E b ~ tJ I J-~ti1j I f F j IJ drail 0 1 D.C.

    4) Maxixe H. Cazes( ' 5

    E sco la M o dema d o C av aq uin ho 37

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    39/64

    5) Meu Amigo Tom Jobim R. Gnattali (1906)U ' r V I c : J H , r ' & V ,) & i,J " F 'bgado

    6 F 4 4. 1 Lr . , V I I 'U 0' fJ n Inn iP ~! I Ifcs----

    3 2 3r 1* to I t : ~ t ; J . f I! . " 1 . 1~ F V I ~ F ' e J I F E :~? 1 ' . ~ . , ::*: !rC3-------& C2--C--

    ~ 1 2 ~it; 2 1. 5 1 r J E T , C r i r e ; 1 7CS-------.143

    , l' ~(J 1 f i # f f l J I 7 C5--124f~ I r ' Jf 1~ t ; ; J :t. ~C7-----C2--

    38 Henrique Cazes

    I I

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    40/64

    V IU - CELULAS R ITM ICAS M AIS COM UNS NO ACOM P A NHAM ENTO DE CA V AQUIN HO

    - POLCA x x xLJJl j 1- SC HOT TlSC H

    X U X . _ . 1 1 Ex.: Am en o resed a (Ernesto Nazareth)! 1 F lo r amo ro sa (J. A. S. Calado)

    xr1~ j

    j

    - M AXIXE 24

    n ffV1l_jj- ~ I I :

    - CHORO ~ I I : 7 U 1 UI I

    - SAMBAx xU

    Ex.: Yara (Anacleto de Medeiros)

    ;

    - I I : U 1 . J : 1 1 Ex.: D orinh a, m eu a mo r(Jose F. de Freitas)I I : X b l l J

    j I t IEx.: D oce de coco(Jacob do Bandolim)Vou v iv en d o(Pixinguinha)

    ~ ,..-..X X X I X X X xx xWWu.J

    X~ i : 1 1!

    x x x

    UJI J t

    Ex.: Ai qu e sa uda de d a Am elia(Ataulfo Alves e Mario Lago)i J II

    a samba e um genero de rmisica em que se desenvolvem imimeras "batidas". Podemos considerar como base 0 ritmoacima,

    ,r-..U .: : 1 1 I I Ex.: Delicado (Waldir Azevedo)BAIAD 24 I I : lJ, I- FR EV O

    xI

    x x! ! Ex.: Gostosiio (Nelson Ferreira)Escola Modema do Cavaquinho 39

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    41/64

    I- MARCHA

    ~ I I : x x x x x x x X x x I Iu U WJ! I I t I ~I I Ex.: 0 teu cabelo ndo nega(Lamartine Babo e Irmaos Valenca)- VALSA - Existem diversos tipos dos quais podemos citar:

    Ex.: Branca (Zequinha de Abreu)

    VALSA BRASILEIRA TRADICIONAL

    VALSA TIPO ESPANHOLA

    x x xIUI I txII

    x xI IIxI : ] 1 Ex.: S an ta m o re na (Jacob do Bandolim)

    VALSA TIPO FRANCESA

    Ex.: Das rosas .. . (Dorival Caymmi)

    o xote ou xotis, encontrado na rmisica nordestina, e bern diferente do Schottisch que veio para a Brasil no seculo passadoe praticamente nao e mais executado. 0xote e binario e poderia ser resumido:

    xI x xU 1

    IX - A CORD ES N O C A VAQUINHO 2- ACORDES MAIORES E MENORES COM SEXTASao acordes de quatro sons, que alem das notas que formam as triades maiores au menores, tern a nota da sexta maior.a) Acorde com sextaAs montagens mais comuns destes acordes no cavaquinho sao aquelas em que a nota da sexta aparece como a mais aguda,

    embora existam outras que soem bern.40 Henrique Cazes

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    42/64

    F6

    A F INA {;AO T RAD IC IONAL(tendo a sexta como nota mais aguda)

    F#6 G6 G#6

    ~

    , I

    I If

    i

    Observe que 0 resultado sonoro destas duas montagens sao bern distintos e isto se deve ao fato de que na primeira aquinta justa e a sexta aparecerem na mesma oitava, e na segunda nao. Existe Dutra montagem bastante usada em que a quinta justa e a sexta aparecem nurna mesrna oitava, mas nao como no-tas mais agudas, Esta montagem cobre a regiao do 06 ate G6, que ainda nao havia sido coberta.

    D 6 D#6

    '"i,

    Outra montagem muitousada com a sexta "naponta" e:

    E comum aos que usam a afinacac tradicional, utilizar 0 relative rnenor em vel doacorde com sexta, como par exemplo:

    Em M2 em vez de G6 ..Este procedimento embora muito divulgado, empobrece a harmonia pelo fate doacorde aparecer incompleto (0 G6 aparece sem a quinta justa) e elirnina 0 intervalode segunda maier entre a quinta justa e a sexta que sea tao bern na regiao do cava-quinho.

    A FIN A

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    43/64

    Fin6 F#m6

    , ~ < : ~

    AFINA

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    44/64

    PARA CAVAQUINHO:C7(b9) =: F#7(b5),D7(bS) = = G#7(b5)E7(b5) = = A#7(b5)

    F7(b5) = = B7(b5).G7(b5) =: C#7(b5)A7(b5) =: D#7(b5)

    AFINA

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    45/64

    Em7

    Em7

    Fm7 Dm7

    I ~AFINAyAO TRADICIONALD#m7 Bm7 Cm7

    f--+---+--I

    Dm7

    IFm7

    ICm7

    F '~

    bom observar que estas montagens coincidem com as do relativo maior com sexta.

    Em7 Fm7

    Am1

    IAFINAyAO NATURAL

    D#m7 Bm7 G#m7

    I ~f' cr-------g) Acordes menores com setima maior m(7M)Aparecem constantemente em passagens do tipo: ~) Am I Am(7M) I Am7 I etc.E devemos portanto usar montagens em que fique realcado do caimento da setima, como por exemplo: (na afinacao tradi-clonal).

    A nota mais aguda descendo

    ou a nota mais grave descendo.

    '~I

    Amcs f >

    r>

    AmC S 1--+--+---1

    De qualquer forma 0 que importa e que haja conducao.

    Am(7M)C5 ~

    p

    Am7

    Partindo das quatro rnontagens completas do acorde menor com setima e elevando a setirna meio tom temos as opcoespara 0 acorde menor com setima maior.h) Acorde menor com setima e quinta diminuta m7(b5)t de bastante uso na music a tonal e podemos observar 0 seguinte:

    Se colocarmos a fundamental como a nota mais aguda passaremos a ter:

    44 Henrique Cazes

    Am(7M) Am7C S 1::-+--+---1

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    46/64

    que vern a ser 0 acoi ~m6. Podemos entao montar 0 seguinte quadro:PARA 0 CAVAQUINHO:Am7(b5) = = Cm6A#m7(bS) =: C#m6Bm7(bS) = = Dm6

    Cm7(bS) "" Ebm6C#m 7(bS) "" Em6Dm7(bS) = = Fm6

    D#m7(bS} :;; F#m6Em7(b5) = = Gm6Fm7(b5) = = Abm6

    F#m7(bS) =: Am6Gm7(bS) =: Bbm6G#m7(bS) =: Bm6

    Existe ainda a opcao de simplesmente suprirnir a fundamental restando uma tnade menor, ou seja: Am7(bS) -+Cm,Esta opcao e valida principalmente quando se toca junto com urn instrurnento que toque a nota do baixo (violao, piano,etc.).i) Acordes com setima maior 7M

    E7M,

    ~

    F7M

    F7M

    AFINA

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    47/64

    ESTUDO DE ARPEJOS N9 1, EM MI MENORPARA CAVAQUINHO SOLO

    Henrique CazesRio - 1982

    CO C5--~p,.~,n - n . n , ) J n n~n 3

    46 Henrique Caze s

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    48/64

    C4~----_

    C5--_

    @ ~ r n l : F - ~ 'r e i ~ , } 1 r ~ r n t r 4 r n ! r QgC7 C4----.-_

    Escola Modem a d o C ava qu in ho - 47

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    49/64

    II - EXERC IC IOS D E FORTA LEC IM EN TO E IN D EPEN D EN C IA DOS D EDOS 3 e 4 (Continuaeao)Trata-se do mesmo movimento vista no capitulo anterior, so que agora as dedos ficarao mais espacados.Comecan do na quarta corda:- 1, C2 12 , c 4 1 3, c 5 1 4, C7 (posicao dos dedos)Uma vez 0 e xe rc ic io , p assa para a t ercei ra, etc.- 1, c 4 1 2, C5 I 3, C7 I 4, C8Urna vez em cada corda e muda.

    III - SUG EST A o D E T EC N IC A MINIMA mARIAE uma forma logica de organizarmos os exercfcios de tecnica do rnetodo, de forma a montar um circuito eficiente.1. Arpejos ]2. Martelo simples3. Escala crornatica - 2 oitavas (5 vezes)4 . M a rte lo s duplos5 . Arpejos 26. Escala crornat ica com repet icao (5 vezes)7 . . C o rn b in a co e s de mao esquerda8. Exercicio com nota fixa9 . E sc alas (a vontade)10. Estudo de Arpejo n9 1 (com exercicio preparat6rio)11. Exercicios de fortalecimento e independencia dos dedos 3 e 4 (nas tres posicoes dadas)

    IV - EFEITOSa) P izzic ato - S e ob te rn ab afan do as c ordas sob re 0 rasti lho com a parte lateral da mao direita, conforme vemos na i lus-

    tracao abaixo.

    E urn efeito que funciona muito bem, em qualquer regiao docavaquinho.

    0 trecho a ser tocado em pizzicato normalmente aparece coma abreviatura PIZZo

    FIGURA 848 H en riq ue C aze s

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    50/64

    b) Trem olo - E a repeticao rapid a de urn som, para dar a impressao de continuidade. Como e muito comum no bandolim(que tern cordas duplas justamente por isso) 0tremolo se popularizou entre os solistas de cavaquinho, sendo muitas vezes depessimo gosto. Uma forma de estudar 0 tremolo e ir aumentando gradativamente 0 numero de palhetadas numa mesma nota.

    Ex.:

    ALTERNANDO SEMPRE 0 SENTIDO DA PALHETADA.As notas em tremolo normaImente sao riscadas tres vezes na haste.

    I ' I I Ie) H arm onicas - Assim como no violao, aparecem no cavaquinho dois tipos de harrnonicos: os simples e os oitavados.Os harmonic os simples sao obtidos na quinta, setima e decima segunda casas, abafando-se levemente a corda a ser tocada.

    Normalmente sao representados por:

    @ J @ Jou somente j 0HCIl H cu 0

    Os harmonicos oitavados sao obtidos abafando-se a corda a ser tocada com 0 indicador da mao direita, exatamente sobreo traste da easa eorrespondente a uma oitava acima da nota que queremos toear, conforme a figura:

    F IG URA . 9

    Sao normaImente representados por:

    1 11 I IEscola Modema do Cavaquinho 49

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    51/64

    d) Segundas Menores - E urn efeito rnuito usado principalmente no acompanhamento de samba, podemos exemplificarcom 0 trecho:

    I INormalmente este efeito nao e indicado, ficando a gosto do executante.

    v - REGRAS BAsICAS DE mGIT A

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    52/64

    AS oito batutas - maxixe - GUm a zero - choro - CVou vivendo - chow - GRadames Gnattali - Remexendo - choro - DVar ia ctie s s em tema para cavaquinho e pianoRubens Leal Brito - Modulando - choro - C (afinacao natural)Severino Araujo - Um rhorinho em aldeia - chow - C (afinacao natural)Silva Torres (J acare) - Galho seco - balso - GmJacare de saiote - frevo - DmWaldir Azevedo - B ra sile ir in h o - choro - G (afinacao tradicional) A (afinacao natural)

    Camundongo - choro - GC a rio qu in ha - choro - Dm0101'0 novo em d o - CDelieado - baiao - GPedacinho do ceu - choro - GQueira-me bem- choro -- GUm cavaquinho em serenata - choro - Dm

    Waldir Azevedo e Otaviano Pitanga - Ve se gostas - choro - GZequinha de Abreu - Tico-tico no fubd - cham - Em

    VII- ACORDES NO CAVAQUINHO 3 Neste topico apresentaremos os acordes de mais de quatro not as em que teremos que omitir uma au mais notas, de pre-ferencia a fundamental e/ou a quinta justa.a) Acorde de setima com nona 7(9)Os dois tipos de montagens mais comuns sao:

    AFINA

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    53/64

    c) Acorde de setima com nona aumentada 7(#9)

    Eh7(#9)

    t

    !

    AFINA~.Ao TRADICIONAL

    E7(#9)

    'tlI

    Bh7(#9)Ic I ) Acorde com setima maior e nona 7M(9)

    G7M(9)

    AFINAc;AO TRADICIONAL

    G#7M(9)

    Ii~~

    ,

    Eh7M(9)Ie) Acorde com nona adicionada add9

    Bh(add9)I

    , ' ! - >!

    I

    AFINAc;.AO TRADICIONALB(add9)

    'i!

    < . ,

    I

    G(add9)If) Acorde com sexta e nona ~

    ~~

    I

    AFINAc;.AO TRADICIONAL

    ~.

    52 Henrique Cazes

    G~I ,,

    B7(#9)

    E7M(9)

    G#(add9)

    G#~

    Eb7(#9)

    < .

    I

    G7M(9)

    ~

    Bb(add9}), F '

    I

    AFINAC;.AO NATURAL

    E7(#9)

    ~ I

    Bh7(#9)I i ~AFINA~AO NATURAL

    G#7M(9) I Eb7M(9) ~. AFINA~AO NATURALB(add9)

    r>

    B7(#9).~

    E7M(9)

    G(add9) G#(add9)I F 'AFINA~Ao NATURAL

    !' ~ , I G#~

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    54/64

    g) Acorde menor com setirna e decima primeira m7(11)Podemos usar as montagens dos acordes com quarta e setima.h) Acordes de setima com decima primeira aumentada 7(#11)Usamos as montagens correspondentes aos acordes de setima com quinta diminuta,i) Acordes de setima com decima terceira 7(13)

    A7(13)

    ~~

    A7(13)

    ~I I

    A#7(13)

    A#7(l3)

    ~

    A FIN A

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    55/64

    IX - MOSICAS POPULARES HARMONIZAOASAs musicas aqui apresentadas servirao de exercicio para 0 usa dos acordes e ritmos ensinados neste metodo.

    GUARDEI MINHA VIOLA

    Paulinho da Viola2 I ~la vai pro I A7 I~m 107 G74) Minha v i- fundo do ba- nao have-'f _ IC I G7 IC I A7 [ OmI f a rnais ilu- sao quero esque- cer ela nao deixa

    r-lavez ----..-l) vez --I - t . I G7 I '1 . I ~ao I G7 j I ~aol- guem que s6 me fez ingrati- mi- nha violaI C#o I I ? : I G7 I ~r I A7 I Omno carna- quero afas- as magoas que 0 meuI G7 I ~az I 'l , I E7 J ' I I A7samba nao des- pra facili- tar 0 meu de- sejoI i 10m . I G7 I ~aiS rninha vi- I G7 I Iuar- dei meu vio- lao nao toco ola

    LEVA MEU SAMBA

    Ataulfo Alves

    ~) G D7 I ?arnba G7 I Gb7 F7 I E7 '].Le- va meu meu mensa-I Am 'J . I ~s~ I ' / . IEm 'f.geiro te re- cadoI A7 '1 . 107 I 'j. I G7 I 'j Iara 0 meu arnor pri- meiro vai di- zer que elaI ~ a Cm6 I ~/B E7 I A7 07 I ~osso mais 1 - ; ) 7 " " ' )ra - zao dos meus rus nao nao-- 2'! vez --

    I ~ que pen- I I B7 I ' ] , I E m 1 ' / B7sava que po- dia te esque- cer mas qual 0 que aumen-1 ' / . I Ern I G7 I ~to no meu ! C#o G/ otou 0meu so- frer falou mais peito uma sau- dadej ~para 0 I D7 1 '1 I ~de I G7 C Iaso nao ha forca de yon- aquele samba foi praI C#o I G/D I E7 I A7 107 G "ver se como- via teu cora- 9ao onde eu di- zia "vim bus- car 0 meu per- dao"54 Henrique Cazes

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    56/64

    so QUERO UM XODODomiguinhos -- Anastacia

    'j I ~alta eu sinto I Em7 I Bm7 / " 1 I ~alta me faz I) Que de urn bern queD7 I ~6 I D7 I ~omo eu nao I Em7 I Bm7um xo- mas tenho nin- guern"I . I ~vo a vida as- I D7 I ~ II I Dm7eu sim tao eu s o quero" l- I ~or 1 ' 1 - I Dm7 I -I I A7urn a- que a- cabe meu so - frer'], I Em7 I A7 I Em7 I A7 I ~gre 0m xo- do pra mirn do meu jeito as- sim que a-D7

    I ~r II: Dm7 I G I Dm7 IG : / 1eu vi-G

    J ITREM DAS ONZE

    Adoniram Barbosa

    ~) II: Bm I Em/G F#7 BmNao posso fi- car nem mais urn mi- nuto com vo- ce

    II 1 ' 1 - I G7 F#7sinto muito arnor mas nao pode serJ B7(b9) B7 IEm I C#m7(b5) Bmmoro em Jaca- naIBm I ~em I - I . C#m7(b5)I seu eu perder esse que sai a- goras a s onzeI F#7 I C,#m7(b5) I F#7 Bmhoras so ama- nM de ma- nha.----- 1~ vez .---- 2~ vezI F#7 :~ Bm /1 B7 . 'J .~ nao posso fi - e alern disso "muie" tern outrasIEm II I C#7 - r ."coisa" minha mae nao dorme en- quanta eu nao che-I F#7 I F#7 B7 IEm G7 F#71gar sou fi- lhoIBm j F#7 I B m I F#7unico tenho minha casa para 0-IBm I F#7

    "lhar (eu nao posso fi- car) 55 Henrique Cazes

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    57/64

    FOLHAS SECASNelson Cavaquinho - Guilhenne de Brito

    2 D 1 ' / ' I C7 I B7 I Em7 1 ' /4) Quando eu piso em folhas se- cas caidas de uma man-\Gm6 IA7 1 Em7 IA7 I E7 IA7guei- ra penso na minha es- co- laID/F# IFO [Em7 I A7 I ~eira IIenos po- etas da minha esta- 9aO pri- nao sei quantasI ; ; IB7 I Em7 1 ' / I Gm6 IA7zes subi 0 morro can- tan- do[Em7 IA7 I E7 ! A7 I D Bm7 [Em7 A7 Isempre 0 sol me quei- man- do e assim vou me aca-I~ando II I I G#m7(b5) IC#7(b9) IF#m 1 '1quan- do tempo me avi- sar que[F#m7(bS) IB?(b9) [Em7 1 ' 1 I G~6 1 ' 1eu nao posso mais can- tar sei queID/A 1B7 I E7(9) 1 ' / ' I Gm6 IA7 IIou sentir sau- dades ao lado do meu vio- lao da minha moci- dade

    PART IDO ALTOChico Buarque

    2 E ~ :E7/D I A_ fC# 1 ~/~u duvi-) Diz que deu diz que deu diz que Deus da- raI ~ar 6 nega I E7 I ~a I G#7e se Deus nao como e que vai 5-1 ~r 6 nega I A r n / c I E/B 1 E7/G#diz que deu diz que da e se Deus ne-I :ar 6 nega ! G#7/B# \ A/c# I Am /Ce vou me indig- nar e chega , Deus dara Deus da-r----l~ez ' F " p u t

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    58/64

    ACONTECEMIMAlOR

    ~) IIE7M I GO IF#m7 I B7Es - quece 0 nosso a- mor v e se e s- que- e e por-IC#m7 IF#rn7 IB7 I E7M B/o# r E7~0mundo aeon- te - ce e aeon - te ee que ja n ao se i m3.1Sa-

    Cartola

    IE7Mque tudo no

    I A7M/C#marG7 IC7M C#ovai cho- ra r v ai s of re r I eom? G7 I C7M I B?voce nao me- Iee e rnais isso aeon - tec e aeon- II E?Mtec e que meu cora-lom7IGo! fa o f ic o u I F#m7fri- I B7o e I E7M B/D# I C#m7nosso n in ho de a- mor esta v a- I F#m7ZI- 0

    IB7ah!, E7 IA7Minda p ude sse fin - I Am6/Cgir que te am o IG#m7(bS)ah seu eu pu- IC#7desse mas nao I F#m7 Am6/C Ique ro nao devo fa-e eu a-)B7 IE7Mze-lo isso n ao ae on - t eee II

    SEACASO VOCE CHEGASSE Lupicfnio Rodrigues - Felisberto Mart ins

    ~) I I F )BO I F/c I C?/Bb I F/AS e a- c aso voce ch e - g ass e no meu chat,6 e en con - tras se a q ue la m ulh erD7 Gm IEb7 D7 IGm 1 ' / 1 C 7que vo' c e gostou se - ra que tin h as co- rag em de tro- c ar nossa am i-C7 Gm IC7 I~andonou IC7 I I ~alO p orq ue e ssaade por e la q ue ja !h e a- euArnIE F7/Eb IF7 Icm7 IF7 I Bb7Mdona j a mora no meu bar- raco :1 b e ira de u rn re - g ato e u rn bosque em florF7 Bb7M IEb7(9) IAm7

    107 I G mde diam e lav a a roupa de noite me b e ija a boca e as- s im n os v amos v i-I C7 F I Iendo de a- mor

    RECADOPaulinho da Viola - Casqu inha

    ~) Eb I Bb7 I Eb I '~. I Eb/G I C7 sa - Iev a urn re - cado . quem me deu tan to dis-IFm 1 C 7 IFm I Bb'Z I Eb 1 ' 1bor diz q ue eu v ivo b ern m e - Ihor as s im e que n o p as -I F7 j " f . I Bb7 I '1 I ~ m , B~7sado fui ur n . sofredor e agora Ja n aoI C7 I . / I F7 I Bb7 I Eb 1 ' 1 .so u o que pas- so u pas - so uIFm I Bb7 I Eb 1 ' / ' IFm I Bb7vai di z er a m inha ex-amada como e fe - l iz meuI C7 I - t . IFm I

    Bb7 I Eb I C7corar;ao mas que nas m inhas madru- g adas eu n ao m e e s-IFm I Bb7 IEb I Db7 IIuer;o de l a n ao

    Escola Modema do Cavaquinho - 57

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    59/64

    /'YOU FESTEJAR

    Dida, Neoci e Jorge Aragao

    ~) :Em 1 ' ] . I 'I. I '1 lAm 1 'I.Cho- ra nao vou Ii- garlAm , '1 I D7 II I 'I. I '1che- gou a hora vais me pa-

    r-- l~vez1 ~r 1 ' 1 I B7 1 '1 !Em I B7 : ]ode cho- rar pode cho- rar mas chorar--2~ vezI: I B7 I I ; 1 'I. I ' / . 1 ' 10 rneu cas-I ~#m7 1 ' / ' I 'l, 1 '1 , I B~7 I 'I,tl, go brio I gou co- mi- goIC#7 1 ' / IF#m7 1 ' ] , 1 Am6 I " / .em ter por que eu,I ." 1 '1 I~r 1 ' 1 I ~#7 1 ' 1vou feste- vou feste- Jar 0 teu so-I C7 1 ' / ' I B7 1 - / IEm I '].frer 0 teu pe - nar vo- ce pa-(;Am7 I D7 I ~ a o 1 C7M 1 F#7 1 B7gou com trai- a quem sempre lhe deu a

    ~l"yez ' F " =Em I E7 IIa o vo - ce pa- maoAGORA J ! CINZA Bide - Marcal

    ~) I I Bb7M I G7 I Cm7 ! F7 Icm7Vo- ce par- tiu na sau- dade me dei- xou, F7 I Bb7M 1 F7 F7/Eb I Bb/D I Dbo ,Cm7eu cho- rei o nosso a- mar foi uma chama1 ' / ' I F7 I ' / I Fm6/Ab , G7 Icm7que a sopro do pas- sado des- faz agora e cinzaIF7 , Bb6 G7 , Cm7 F7 1 Bb~ I F7 I I Bb6tudo aca- bado e nada mais vo- ce par-IG7 ICrn7 , . / . I F7 1 ' 1 , I Bb7Mtiu de madru- gada e nao me disse nada isso nao se fazI O m / A I Fm6/Ab I G7 I Cm7 I Eb EO I Bb/F Gm71me dei- xou cheio de sau- dades e pai- xao nao me con- forma com a1~:7 F7 IBb6 I F7(13) I Inarati- daoS8 Henrique Cazes

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    60/64

    SIb MAIORI I Bb7MA . Praca CastroIII do avi- IFm7la o

    I Gm7mundo na

    I G7Alves e doI Bb7I urn frevo

    lern7praqa manda a I '/gente sem2~vez

    I Bb7MI lao mete 0 i lGm7cotoI em7 I F7belo pra nao se per- der eI EOraca eu ehego 1 Bb/Fla e a-

    REMAIOR

    ~) OJ que foi so pe-

    I em7vela e val a-I '] ,tenninar so-IGm7qui nesta

    FREVONOVO

    I em7povoI Eb7Mnovo urn fre-I F7graca pro sa-1F7brindo ~a

    I Fm7zinho]Cm7praca que tudo val

    KID CA V AQUINHO

    I gar no cava-ID6 IIter mas se eu contar do que e que pode urn cava-I D6crer quando ele fere, fereI E7nhal quando ele invoca ate pa-I D6ralI ~nho! e., D7I E7quinhoI D6mundoI E7caloI D6 I Iala

    IIfinne e dol queI ' /rece um pega

    1'1sus-

    C7ve-

    I '] ,pais se eu to com

    1"/ puxo 0 cava-

    I I Dquinho"/ 'quinho as'l.nem

    I A7naGe- I I ~eSiO

    I A7tentaI B7nenoI A7ele

    se a l- I B7guemI A7quinho

    I 'Icomo 0I EOvo novo urn frevo

    1~vez

    I Bb7Mlao

    I Bb7MminhoI Bb7a tempo

    I

    Caetano Veloso

    I F7ceu eI Bb/I'novo todo

    a

    I Gm?pegue a meu caI Eb7Mpassamas na! F7ter que pin-

    Joao B osco - Aldyr Blanc

    A7pra nego ba-Ghome n ao v alB7pu'J .ge -Ia mulher do vi -'f.aquele v a g a -'J ,e com m eu cava-'J ,encaro todo' J ,pisa no meu'J ,pra cantar de

    Eseola Modema do Cavaquinho - S9

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    61/64

    BLOCO DO PRAZERMoraes Moreira - Fausto Nilo

    2) I I ::rtar meu " / . E7/G# "I . E74 Pra co rae;ao eu quero muito mais que 0 som da.J . Am - t . Em7(bS) " / . A7marcha lenta eu quero urn novo balance o bloco-I. Em7(bS) A7 Dm7 - t . G74do prazer que a multi- dao co- menta nao quero oitoG7 C7M "I. B7 - t . E7nem oi- tenta eu quero 0 bloco do prazer e quem nao 1 - Am I o f. E7/G# 1 - E7vai querer ma- rn a m am ae eu quero sim quero ser mandarim cheirandoo f. Am - t . Em7(bS) "I. A7gaso- Una na fina flor do meujardim assim co-.j. I Em7(bS) A7 Dm7 -f - G7 Imo 0 ear- mim na boca das me- ninas que a vida arrasa eG7 I C7M 1 - B7 "/ . E7 Ionta- mina 0 gas que embala 0 balan- cet. [: A7M -j. " / , F#7 I Bm7 Iern meu amor feito louca que a vida ta pouca e eu quero muitoE7 Bm7 'I. - t. E7 A7M E7 J Iais mais que essa dor que arre- benta a paixao vio- lenta oitenta carnavais /

    WAVETom Jobim

    REMAIOR2) I I :D7M4 Vou te eon- tar o,que os

    mareGOlD. DJ(9)o1hos ja nao podem vertudo que eu nso sei con- tar

    D7(9) D7(b9) G7Mcoisas que so 0 cora-sao coisas lindas que eu

    Gm6 F#7(13) F#7(b13) F#m7 B7(b9)vao pode enten- der fundamental etenho pra te dar vern de mansinho a-

    E1(9) E7(9) Gm7 A7(b13) Dm7(9) G7(l3)mesmo 0 amor e impos- sfvel ser feliz so- zinhovisa e me diz que e impos- sivel ser feliz so

    2 1 ! ve z

    o resto e zinhoDm7(9) G7(13) G7(b131Gm7

    da primeiraC/Bb Am7vez era c i- dadeA?(#S) D7Magora eu ja sei daGm6 F#7(13) C7(9)cemos de con- tar

    Dm7(9) G7(13)

    Dm7(9) G7(13) Dm7(9) G7(13)

    Dm7(9) Fm7 Bb/Ab Gm?da segunda ao eais a eterni- dade

    onda que se er- margueu do

    D7(9) D7(b9)trelas que esque-G7M

    e das es-

    Gm? A7(b13) I Om?(9) G7(13)veramor se deixa surpreender enquan- noite vern nos envol-to a60 Henrique Cazes

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    62/64

    B RA SIL P A ND EIR OAssis Valente

    S1MAIOR~) Chegou a I I 87M Co C#m7 F#7 87Mhora dessa gente bronze- ada mostrar seu va - lorB7 I F#m7 87 Eeu fui a Penha fui pedir a padro- eira para me aju- dar'j. I GO - t . F#7salve 0 Morro do Vin- tern, pendura a saia, eu quero" l- I C#m7 F#7 C#m7 F#7 B7Mver eu quero ver 0 tio Sam tocar pan- deiro para 0mundo sam- barF#7 87M Co C#_m7 F#7 B7Mo tio Sam esta querendo conhe- cer a nossa batu- cadaB7 F#m7 87 E

    andou di- zendo que molho da bai- ana melhorou seu prato'J . GO 'j. F#7vai en- trar no cus- c us , a ca ra - je e aba-"I . I C#m7 F#7 C#m7 F#7 87Mra naeasa branea ja dancou a batu- eada de ioio e ia- iaCo I C#m7 F#7 D#m7Bra- sil esquen- tai vossos pan- deiros ilurni-AO G#7 I C#m7 GO F#7 B7Mnai os ter- reiros que nos que- remos sam- barCo I C#m7 F#7 D#m7ha quem sambe dife- rente noutrasAO G#7 I C#m7 GO F#7 B7Mterras outra gente, numba- tuque de rna- tarCo I C#m7 F#7 D#m7batu- eada reu- nl vossos va- lores paste-AO G#7 I C#m7 GO F#7 F#m7rinhas e c an - tares expres- sees que nao tern par o meu BraB7 I ( ! 1 Em6 D#m7si l Bra esquen- tai vossos pan deiros .ilumi--lavezG#7 I C#m7 F#7 I F#m7nai os ter- reiros que nos que- re mo s s arn - barr---2~ezB7 ) B7M A7M I I : B7MBra bar 0 6 sam- bar 6A7M : 1 16 sam-

    Escola Modema do Cavaquinho - 61

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    63/64

    BIBLIOGRAFIAChediak, Almir. Dicioruirio de Acordes Cifrados - Harmonia Aplicada a Musica Popular, Irmaos Vitale Editores, Rio deJaneiro, 1985,360 paginas.

    Chediak, Alm.ir. Harmonia e Improvisacdo , Lumiar Editora, Rio de Janeiro, 1987,368 paginas (Vol. I), 292 paginas (Vol. II).Diciondrio de Musica, Zahar Editores S.A., Rio de Janeiro, 1985,00 paginas .Enciclopedia do Musica Brasileira: Erudita, folclorica e popular, Art. Editora, Sao Paulo, 1977,544 paginas (Vol. 1),646 pagi-

    nas (Vol. II).Veiga de Oliveira, Emesto. Instrumentos Populares Portugeses, Edicao da Fundacao C. Gulbenkian, Lisboa, 1981.Guest, Ian. Curso de Harmonia Aplicada a Musica Popular (manuscritos do autor}, Rio de Janeiro.Indice alfabetico das obras musicals populares inseridas no Escola Medema do Cavaquinho e respectivos titulares: Acontece Agora e cinza Bloco do prazer Brasil pandeiro Folhas secas F revo novo Guardei minha viola Leva meu samba Partido alto Recado Se acaso voce chegasse S6 quem urn xod6 Trem das onze Vou festej ar Wave K id cavaquinho

    Edicoes Musicais Marajoara Ltda.Irmaos VitaleS/ASempre Viva Edicao Musical Ltda.Irmaos Vitale S/AEditora Musical Arlequim Ltda.Edicoes Intersong Ltda.Edicoes Intersong Ltda.Editora Musical Arlequim Ltda.Editora Musical Arlequim Ltda.Edicoes Intersong Ltda.Irmaos Vitale SjAEdicoes Intersong Ltda.Irmaos Vitale S/ AEdicoes Intersong Ltda.Antonio Carlos JobirnEditora Musical R.C.A. Ltda.

    * As musicas inseridas neste livro foram autorizadas graciosamente pelas Editoras por tratar-se de obra didatica,

    62 H enrique Caze s

  • 5/6/2018 Escola Moderna Do Cavaquinho - Henrique Cazes

    64/64

    HENRIQUE CAZES (HENRIQUE LEAL CA-ZES - 1959) e carioca e comec;:oua tocar violiIocom seis anos. Aos 13, aprendeu 0 cavaquinho eo bandolim, sempre como autodidata. Em 1976foi convidado a inteqrar 0 recern-fundado con-junto Coisas Nossas, do qual faz parte ate hojecomo instrumentista, vocalista e arranjador. Em80 entrou para a Camerata Carioca, liderada pelobandolinista Joel Nascimento e musicalmenteapadrinhada par Radames Gnattali. Com a Ca-merata gravou quatro LPs. Excursionou comNara Leao e a Camerata par todo a Brasil e es-teve no Japao em 85.Tern trabalhado tarnbem como produtor dediscos e arranjador. Escreveu astrilhas das nove-las Helena e Carmem para a TV Manchete-R io eem seguida gravou seu prirneiro LP solo. e pro-fessor da Escola Brasileira de Musica e do cursode extensso em cavaquinho da Escola de Musicada UNI-RIO, coordenou a parte de cavaquinhodas Oficinas de Choro 84 e 85 (prornovidas pelaRio Arte) e rninistrou 0 curso de cavaquinho doI Sermnarin Brasileiro de Musica Instrumental(Ouro Preto-MG - 1986).