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ESCOLA ESTADUAL CONSTANTINO MAROCHI ENSINO FUNDAMENTAL Avenida Fritz Erwin Schmidt, 6209 - Itaqui – Campo Largo - PR Cep: 83604-220 – Fone/FAX: (41) 3399-3533 e-mail: [email protected] APRESENTAÇÃO O Projeto Político Pedagógico norteia o trabalho da Escola, pois o mesmo fundamenta e dá base ao processo ensino e aprendizagem. Planejar a educação é tema de extrema relevância para contribuir na direção da melhor organização do trabalho na Escola, para que esta atinja os fins que justificam sua existência: “Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente a determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e autores”. (GADOTTI, 1994). Devemos investir num ensino de qualidade e também numa educação que priorize a vida, a criatividade, o espaço de participação, o desenvolvimento do ser como um todo. Enfatizamos o relacionamento, a afetividade, e isto só é possível quando optamos pela formação integral do educando, que o torne um cidadão solidário, consciente, responsável, participativo e autônomo. O Projeto Político Pedagógico da escola é uma tarefa dela mesma, um processo que se constrói constantemente e se orienta com intencionalidade explícita, porque é prática educativa. Assim estará contribuindo na construção do conhecimento, para que educador e educando cumpram seu papel na sociedade de forma eficiente e produtiva. 4

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Page 1: ESCOLA ESTADUAL CONSTANTINO MAROCHI · principalmente dos arredores de Curitiba, como pouso de tropeiros gaúchos em ... usando técnicas de cultivos e conservação de alimentos

ESCOLA ESTADUAL CONSTANTINO MAROCHI

ENSINO FUNDAMENTAL

Avenida Fritz Erwin Schmidt, 6209 - Itaqui – Campo Largo - PR Cep: 83604-220 – Fone/FAX: (41) 3399-3533 e-mail:

[email protected]

APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico norteia o trabalho da Escola, pois o mesmo

fundamenta e dá base ao processo ensino e aprendizagem. Planejar a educação

é tema de extrema relevância para contribuir na direção da melhor organização do

trabalho na Escola, para que esta atinja os fins que justificam sua existência:

“Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se,

atravessar um período de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função

da promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o presente. Um

projeto educativo pode ser tomado como promessa frente a determinadas

rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível,

comprometendo seus atores e autores”. (GADOTTI, 1994).

Devemos investir num ensino de qualidade e também numa educação que

priorize a vida, a criatividade, o espaço de participação, o desenvolvimento do ser

como um todo. Enfatizamos o relacionamento, a afetividade, e isto só é possível

quando optamos pela formação integral do educando, que o torne um cidadão

solidário, consciente, responsável, participativo e autônomo.

O Projeto Político Pedagógico da escola é uma tarefa dela mesma, um

processo que se constrói constantemente e se orienta com intencionalidade

explícita, porque é prática educativa. Assim estará contribuindo na construção do

conhecimento, para que educador e educando cumpram seu papel na sociedade

de forma eficiente e produtiva.

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Para a elaboração deste Projeto Político Pedagógico, contamos com a

participação de todos os envolvidos no processo: professores, funcionários,

equipe pedagógica, alunos, direção e comunidade escolar. Fizemos vários

momentos de estudos de textos, análises e reflexões da prática educativa,

levantamento com a comunidade escolar através de questionários voltados à

qualidade de ensino, melhorias que gostariam, para que o PPP assegure a

efetivação das ações contidas nesta Proposta.

IDENTIFICAÇÃO / ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

A ESCOLA ESTADUAL CONSTANTINO MAROCHI – ENSINO

FUNDAMENTAL foi criada na gestão do Governador Estadual do Paraná Jaime

Lerner e do Prefeito Municipal de Campo Largo Newton Luiz Puppi, pela

Resolução nº 742/99 de 09 de março de 1.999. Oferta o Ensino Fundamental de

5ª a 8ª Séries.

Ato de reconhecimento da Escola: Resolução 1563/04 de 26 de maio de

2004 e renovação Resolução 4943/07 de 22 de janeiro de 2008.

Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escolar nº 86/2001 de 05 de

janeiro de 2001.

A Escola está situada na Avenida Fritz Erwin Schmidt, nº 6209, no bairro

Itaqui, CEP 83604-220, com fone/fax (41) 33993533, situando-se,

aproximadamente, a 5 Km da sede do município, sendo assim, sua localização é

urbana. E-mail: [email protected] . Código do Estabelecimento:

0131-7.

Pertence ao NRE – Núcleo Regional de Educação – Área Metropolitana

Sul. Código: 03. A distância da Escola do NRE é de aproximadamente 40 Km.

O prédio é de propriedade da FUNDEPAR, tem como entidade

mantenedora o Governo do Estado do Paraná e atende ao desejo dos pais de

deixarem seus filhos estudando na própria comunidade. Conta com apoio da

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APMF - Associação de Pais, Mestres e Funcionários, Conselho Escolar e Grêmio

Estudantil.

A Escola recebeu este nome em homenagem póstuma ao soldado

Constantino Marochi ID 2G-290451, Classe de 1921 do 6º Regimento de

Infantaria, que embarcou para além-mar em 30 de junho de 1944. Natural de

Campo Largo, Estado do Paraná, filho de Pedro Marochi e D. Catarina Barreto.

Tombou em batalha no dia 21 de setembro de 1944, em Vic Santini, Itália e foi

sepultado no Cemitério Militar Brasileiro de Pistóia. Foi agraciado com as

medalhas de campanha: Sangue do Brasil e Cruz de Combate de 2ª Classe. No

decreto que lhe concedeu esta última condecoração, lê-se: “Por uma ação de feito

excepcional na campanha da Itália”.

A Escola Estadual Constantino Marochi – Ensino Fundamental de 5ª a 8ª

Série, presta a sua homenagem, utilizando o seu nome.

HISTÓRICO DO MUNICÍPIO

CAMPO LARGO serviu, no início da colonização do PARANÁ, e

principalmente dos arredores de Curitiba, como pouso de tropeiros gaúchos em

trânsito para São Paulo e também para a criação de gado.

Desde essa época, ficou conhecida por este nome. O primeiro proprietário

das terras que hoje constitui o Município foi o português Coronel Antonio Luiz.

Sua residência era na Fazenda Nossa Senhora da Conceição, a mais antiga dos

Campos Gerais e que existe até hoje. Após seu falecimento, essas terras

passaram a pertencer a diversas pessoas e a povoação teve início em 1814.

Em 1819, o Capitão João Antonio da Costa, residente em Curitiba, doou as

terras para quem quisesse ali se estabelecer e ofereceu ao povoado uma imagem

de Nossa Senhora da Piedade, que mandara vir da Bahia, em 1816. Em 1821, foi

iniciada a construção da Igreja, com autorização do Bispo de São Paulo. Em 02

de fevereiro de 1826, a imagem de Nossa Senhora da Piedade, foi colocada na

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Igreja e a primeira missa foi celebrada pelo padre José Joaquim Ribeiro da Silva.

A construção da Igreja Primaz de Campo Largo, só foi concluída em 1828.

A Lei nº 219 de 02 de abril de 1870 criou o Município de Campo Largo da

Piedade, desmembrando de Curitiba. A instalação oficial do Município deu-se em

23 de fevereiro de 1871 e o primeiro Juiz de Direito da Comarca, foi o Dr. Antonio

Joaquim de Macedo Soares, que mais tarde, foi presidente do Supremo Tribunal

Federal.

Em 12 de outubro de 1918, foi iniciada a construção da Igreja Matriz atual,

pelo Pe. Otávio Júlio dos Santos e inaugurada em 1936, pelo Pe. Aloísio

Domanski, que mais tarde recebeu o título de Monsenhor.

Apesar do progresso que houve com os colonizadores pioneiros, o

desenvolvimento de Campo Largo foi mais intenso, com a chegada dos

imigrantes, principalmente italianos e poloneses, a partir de 1875.

Pela dedicação ao trabalho e espírito de luta, os imigrantes foram

cultivando a terra, produzindo alimentos, suas próprias ferramentas, vestuário,

utensílios domésticos, construindo casas. Aproveitaram e aprimoraram, aqui,

seus conhecimentos, usando técnicas de cultivos e conservação de alimentos.

Traziam consigo suas raízes, seus costumes, suas tradições e cultuavam a fé

religiosa, a moral e os bons costumes.

A influência dos imigrantes está presente nos alimentos, no artesanato, no

estilo das Igrejas, casas e utensílios domésticos, no vocabulário, nos hábitos

sociais e no lazer.

O município de Campo Largo faz parte da área metropolitana de Curitiba,

está localizado no 1º Planalto e a sede está situada a 32 Km de Curitiba.

• Superfície: l246 Km2.

• Limites: Ao norte, Castro; a nordeste, Itaperuçu; a leste, Almirante

Tamandaré; a sudeste, Balsa Nova; a oeste, Palmeira e a nordeste, Ponta

Grossa.

• Altitude: 956 m. acima do nível do mar.

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• População: mais de 105.000 habitantes.

Pontos Turísticos: Fonte da Saudade, Estância Mineral Ouro Fino, Lagoa

Grande, Museu do Mate, Parque Ecológico Cambuí, Museu Histórico de Campo

Largo. Contamos também com a Casa da Cultura, que tem por objetivo principal,

divulgar espetáculos artísticos e culturais, promover atividades de pesquisa e de

apoio às atividades cívicas e culturais e de resgatar a memória cultural do

Município. É usada para manifestações das artes, da descoberta de novos valores

e valorização da arte como lazer e cultura.

Campo Largo desenvolveu-se em todos os aspectos, tendo um complexo

industrial de grande importância e no comércio contamos com grandes lojas onde

podemos adquirir qualquer produto.

Na agricultura são cultivados: milho, feijão, batata, cebola, trigo, centeio,

legumes, verduras e frutas.

Na pecuária temos rebanhos bovinos para corte e produção de leite, suíno

e granjas de criação de frangos e galinhas, com grande produção de ovos.

O município é servido por rodovias estaduais como Estrada do Cerne, Mato

Grosso, Rodovia Metropolitana I, inúmeras estradas municipais, além da BR-277.

Como meios de comunicação temos os correios e telégrafos, telefone, fax,

televisão, rádio, além de jornais municipais, estaduais e nacionais.

A cidade conta com a Corporação de Bombeiros, Polícia Militar,

CIRETRAN, Fórum.

O município de Campo Largo, conhecido como “CAPITAL DA LOUÇA”, tem

como prefeito o Sr. Edson Basso.(2005- 2008).

ESTRUTURA DO CURSO

O Ensino Fundamental será ministrado de forma seriada e terá duração de

4 anos.

O Curso terá a carga horária de 800h para cada série e 200 dias letivos. A

carga horária total do Curso será de 3840 horas relógio ou 3200 Horas.

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Tem por finalidade atender ao disposto nas Constituições Estadual e

Federal – LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394, de 20

de dezembro de 1996.

O critério adotado para a distribuição de aulas no nosso estabelecimento é

feito seguindo a classificação enviada pela SEED, inclusive das aulas

extraordinárias.

A composição das turmas é feita de acordo com o número de alunos

estipulados pela SEED no Estado do Paraná. Quando temos problemas de

indisciplina em alguma turma, reunimos professores, equipe pedagógica, direção e

pais, para fazermos melhor redimensionamento das turmas, separando-os,

quando possível.

O Estabelecimento funciona:

Período da manhã: das 7:25 h. até 11:45 h.

Período da tarde: das 12:55h. até 17:15 h.

Temos 10 turmas ao todo, sendo 05 turmas de manhã e 05 turmas à tarde,

conforme quadro abaixo:

SÉRIE Nº DE TURMAS TURNO TOTAL DE

ALUNOS

5ª 1 Manhã 32

5ª 1 Tarde 29

6ª 1 Manhã 30

6ª 1 Tarde 31

7ª 1 Manhã 30

7ª 2 Tarde 51

8ª 2 Manhã 45

8ª 1 Tarde 22

Nossa escola em 2011, atende um total de 270 alunos.

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CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS DO ESTABELECIMENTO

RECURSOS FÍSICOS

RECURSOS MATERIAIS e

DIDATICO-TECNOLÓGICOS

05 salas de aula

01 pátio sem cobertura

01 cozinha

02 banheiros para alunos (Masc e Fem)

02 banheiros para professores

01 sala para estocar merenda escolar

01 sala de Direção e Equipe

Pedagógica

01 sala de secretaria

01 sala de professores

01 quadra de esportes

01 biblioteca

01 depósito

01 laboratório de informática

01 Fax – Sharp

16 computadores

08 mesas de computador

01 impressora HP 1510

02 impressoras Samsung

26 cadeiras estofadas

01 caixa amplificada

01 microfone

05 Aparelhos de televisão 29” (pen

drive)

02 Aparelho de televisão 20”

02 vídeos cassete

05 rádios gravadores com Cd

01 máquina de escrever

08 ventiladores

06 Aparelhos DVDs

04 armários de aço.

01 retroprojetor

03 mimeógrafos

01 microscópio

01 torso humano

03 globos

1 antena parabólica

1 Balança de Plataforma

1 Estadiometro Portátil

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01 bebedouro

01 Câmera fotográfica Digital

01 fragmentadora de papel

01 Projetor multimídia

RECURSOS HUMANOS

RELAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS

FUNCIONÁRIO FUNÇÃO FORMAÇÃOAna Cristina Beck Fontana Professora Licenciatura em Educação

ArtísticaClaus Giovani Andrade

Marchiori

Diretor Licenciatura Plena

Educação FísicaDirlei Ferreira Longato Professora Licenciatura Plena em

Matemática

Elaine Oliveira de Souza Professora Licenciatura Plena em

Letras/ Português

Rosilaine Terezinha Durigan Professora Licenciatura Plena em

Ciências BiológicasElisama da Silva Bueno Professora Licenciatura Plena em

Ciências BiológicasElizete Vieira Professora Licenciatura Plena em

Letras Português/InglêsJuliana Moraes Baena Professora Licenciatura Plena em

Letras/PortuguêsRaquel Maria de Oliveira Professora Licenciatura Plena em

HistóriaJacira Aparecida de Lima

Dalponte

Agente Educacional I Ensino Médio

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Bruna Nalepa Professora Licenciatura Plena em

Educação Artística

Jerson Ferraz Baena Professor Licenciatura Plena em

História

Simone Teixeira Professora Licenciatura Plena em

Educação Artística

Juliane Garcia Professora Licenciatura Plena em

Educação Física

Lice Helena da costa Secretaria Licenciatura plena em

PedagogiaLuciane Maria Bubniak Professora Licenciatura Plena em

GeografiaMarcia Cristina Kaminski Pedagoga Licenciatura Plena em

PedagogiaSuelen dos Santos Camilo

Professora Licenciatura Plena em

Letras Inglês-PortuguêsMaria de Fatima F. Lopes Agente Educacional II Ensino Médio

Matilde Batista Popovicz Agente Educacional I Ensino Médio

Mauro Marcio Rodak Professor Licenciatura Plena em

Educação FísicaRomilda Apª Durigan Agente Educacional II Ensino Médio

Sandra Aparecida

Campesi Bertoja

Professora Licenciatura Plena em

Geografia

Sheila Aparecida

Franquito

Professora Licenciatura Plena

em

Matemática

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OBJETIVOS GERAIS

O Ensino Fundamental da Escola Estadual Constantino Marochi tem por

objetivo proporcionar ao educando formação necessária ao desenvolvimento de

suas potencialidades para a qualificação do trabalho e do exercício pleno da

cidadania, de forma crítica, responsável, consciente, autônoma, onde ele seja

capaz de interagir no meio em que ele vive.

A Escola tem como finalidade, proporcionar um ensino de qualidade,

elevando o índice de aprovação e permanência na escola, desenvolvendo atitudes

de investigação e pesquisa, oportunizando ao educando momentos de estudo,

abrindo espaço para que haja maior participação do mesmo na construção de seu

próprio conhecimento. Para isso, é preciso que se ofereça condição de ações

entre a família, escola e a comunidade, contando com o envolvimento de toda

comunidade escolar: Conselho de Classe, APMF, Conselho Escolar, Grêmio

Estudantil, para apoiar, propor e discutir todas as ações discentes e docentes,

tendo em vista a valorização da educação voltada para a melhoria da qualidade de

ensino. Aos profissionais, são ofertadas oportunidades de formação continuada

por meio de capacitações oferecidas pela SEED, estudo nas horas atividades, e

outros cursos que são proporcionados na área educacional.

Assim, criamos um ambiente favorável, agradável à auto-realização,

desenvolvendo a consciência crítica, observando os princípios de igualdade,

justiça e participação para que cada educando se torne um agente transformador

da sociedade.

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MARCO SITUACIONAL

ANÁLISE DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

A Escola conta com o apoio de todos os envolvidos no processo: direção,

equipe pedagógica, funcionários, pais, alunos e professores para propiciar uma

aprendizagem significativa, com um ambiente agradável, seguro e favorável ao

desenvolvimento.

A maioria dos professores são habilitados na área em que atuam, mesmo

assim, todos temos necessidade de formação contínua para que conheçamos de

fato o PPP da escola, a realidade da clientela escolar e os pressupostos que

fundamentam esta Proposta. Portanto, estaremos em contínuo aperfeiçoamento,

participando de cursos, palestras, estudos pedagógicos, usando suas horas

atividades para a organização, planejamento de aulas, correção de provas,

projetos, atendimento aos pais e alunos, leitura de textos pedagógicos que

servirão de apoio as suas necessidades pedagógicas, pois 20% da hora atividade,

previsto em lei deve ser destinado a estudos que contribuam para sua formação, o

que o ajuda na prática docente.

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ANÁLISE DOS DADOS ESTATÍSTICOS DA ESCOLA

RENDIMENTO / MOVIMENTO ESCOLAR

Aprovação

Reprovação Abandono

Aprovação por

Conselho de

Classe

Ano 2008

84,40% 12,20% 3,20% 24,70%

Ano 2009

84,40% 14,50% 1,00% 3,08%

Ano 2010 88,11% 10,01% 1,00% 14,05%

Nos anos letivos de 2008 à 2010, observasse que a média da taxa de

aprovação nestes anos é de 84,4% à 88,11% o que é significativos em relação

às taxas de reprovação que ficam entre 2,20% e 14,50% e de abandono entre

3,20% e 1,00%. Esses resultados foram obtidos com o compromisso firmado

coletivamente com a educação, proporcionando um ambiente propício a

aprendizagem, à recuperação de conteúdos e de nota, ao trabalho coletivo de

todos os envolvidos preocupados com um currículo que assegure aos nossos

alunos aquisição de conhecimentos, desenvolvimento de valores, preparando-os,

dando condições aos nossos alunos para que superem as dificuldades impostas a

eles. A qualidade do trabalho tem relação direta com os resultados, e para que

isso aconteça, precisamos de algumas melhorias como: construção de um

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laboratório de Ciências, mais livros, espaço físico para que possamos ter pelo

menos uma sala de apoio aos alunos que apresentarem dificuldades e ou

defasagem de aprendizagem, etc. Os docentes, pedagogos, direção e

funcionários, devem estar ciente e assumir uma prática pedagógica através da

ação-reflexão-ação, da prática – teoria - prática, portanto se faz necessário

formação continuada adequada, aperfeiçoamento profissional e condições de

trabalho. A escola deve analisar sua estrutura organizacional e superar os

problemas e desafios. No enfrentamento das dificuldades a escola deverá

observar e considerar os fatores sociais que influenciam e interferem na

aprendizagem dos alunos, tais como: renda, escolaridade dos pais, distância de

casa à escola, tempo que dedicam aos estudos, incentivo, motivação, etc.

O IDEB é uma forma de análise e interpretação dos dados educacionais da

Escola, tendo como parâmetros, dados do Paraná e do Brasil.

Nos anos que se demonstram estes dados estatísticos, no quesito

reprovação, ainda há um reflexo do difícil alcance da média 6,0 (seis), como um

dos fatores de superação por uma parte dos alunos. No que compete sanar

problemas e superação de dificuldades em relação ao ensino e aprendizagem,

tanto a Equipe Pedagógica como o corpo docente não têm medido esforços e sim,

buscado alternativas incansáveis para obterem resultados cada vez melhores e

satisfatórios. Resultados estes, apresentados aos pais e responsáveis, das

dificuldades dos alunos em defasagem escolar.

Verificamos que a evasão escolar diminuiu com o passar dos anos,

significativamente, chegando ao patamar de menos de 1% de abandono, devido

ao trabalho diário de conscientização realizada pelo corpo docente e equipe

pedagógica deste Estabelecimento de Ensino. O abandono ainda existe, porém

numa porcentagem bem menor. Mesmo a Escola fazendo os encaminhamentos

devidos e necessários, no caso de faltas em excesso praticadas pelos discentes e

apoio do Conselho Tutelar.

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Os pais, através de amostras de tais dificuldades, apontadas pela Equipe

Pedagógica e corpo docente, comprometem e responsabilizam-se em sanar tais

problemas, porém os quadros mostram fatores muitas vezes contrários às

expectativas que a Escola pretende mostrar ao término de cada ano letivo, pois o

Projeto Político Pedagógico deve refletir as necessidades e aspirações de toda a

comunidade escolar, e a Escola tem feito sua parte, no que compete às suas

políticas educacionais nos seus parâmetros democráticos e igualitários. Sempre

que os pais comparecem à Escola, são orientados a limitarem um horário de

estudo aos filhos, incentivar a leitura, e a acompanhar o

rendimento/desenvolvimento escolar de seus filhos, vindo à escola sempre que

possível, e não somente quando são chamados/convidados.

Temos como objetivo melhorar os índices de aprovação, porém o principal

meta é diminuir a taxa de aprovação por Conselho de Classe, desenvolvendo para

isso estratégias para que no decorrer do ano letivo, os alunos alcancem os

resultados esperados, priorizando a aprendizagem com qualidade.

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INDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

IDEB

Ano Índice atingido Índice projetado

2005 4,1

2007 3,1 4,2

2009 4,4 4,3

2011 4,6

No quadro acima observasse que no ano de 2009 o IDEB atingido pela

escola superou o índice projetado pelo MEC,e a escola e subiu significativamente

em relação ao IDEB alcançado no ano de 2007.

PROVA BRASIL

Nota da Prova Brasil

Ano Matemática Ling. Portuguesa Nota Média Padronizada

2005 241,51 232,82 4,57

2007 206,47 196,17 3,38

2009 259,24 253,42 5,21

No quadro acima observasse que no ano de 2007 as notas das disciplinas

tiveram valor inferior ao de 2005, porém no ano de 2009 as notas atingidas pelos

alunos superam as de 2005 e de 2007.

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CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR

Após feito levantamento com a comunidade, constatamos que 67% dos

educandos de Ensino Fundamental, proveem de famílias com rendimento salarial

de 1 a 2 salários mínimos, com sérios problemas de desemprego, tendo 1,6% sem

rendimento nenhum (bolsa escola).

Possui uma boa estrutura familiar, pois 66% moram com os pais, 14%

moram apenas com as mães, 16% moram com mãe e padrasto, ou pai e

madrasta, 3% moram com avós, tios, esposo ou esposa e 1% moram somente

com o pai.

Moram em casa própria 80%, 12% em casa alugada e 8% em casa

emprestada. Algumas moradias, não tem estrutura necessária para uma boa

qualidade de vida.

As profissões dos pais dos alunos são diversificadas: operários de fábricas

existentes no bairro, ceramistas, motoristas, mecânicos, serventes, pedreiros,

comerciantes e autônomos. As mães na sua maioria são diaristas, algumas

empregadas domésticas e do lar.

Quanto ao grau de instrução, 66% dos pais cursaram apenas o Ensino

Fundamental incompleto (1ª a 4ª série), sendo que 20% cursaram o Ensino

Fundamental completo, 8,6% cursaram o Ensino Médio, 0,4% cursaram o Ensino

Superior e 5% não têm escolaridade, acarretando vários entraves na comunicação

entre a família e escola, por terem dificuldades para ler os comunicados, não

podendo acompanhar e orientar seus filhos como deveriam.

Nos momentos de lazer as famílias assistem TV, passeiam, praticam

esportes, poucos têm acesso a outras atividades culturais. Infelizmente a maioria

não cultiva o hábito de leitura de revistas, jornais, etc.

Temos 53% dos alunos que vêm de outros bairros, necessitando de

transporte escolar, vêm a Escola a pé, por volta de 38% e 9% outros (bicicleta,

ônibus de linha).

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As religiões de nossos alunos compreendem-se no seguinte: 73% católicos,

26% evangélicos, e 1% outros (Espírita, Testemunhas de Jeová, Luterana).

Os alunos desta Escola no geral possuem boa saúde. Alguns têm alergia

ocasionada pelo pó, cigarro, cobertor de lã, e picada de insetos, mas não usam

nenhum medicamento contínuo. Ocorrem também problemas de saúde como:

visão, fala, audição, onde já são tratados por especialistas.

Temos uma sociedade com muita desigualdade social, com alunos alheios

as informações mínimas e com ausência de valores, dificuldades para exporem

suas ideias.

Queremos uma sociedade que tenha uma distribuição de renda igualitária,

alunos que exerçam papel de críticos, participativos e conscientes, que busquem o

resgate de valores mínimos de educação, com valores e princípios éticos e

morais.

A escola deve trabalhar o processo de construção do conhecimento,

assimilação e transmissão, etc, combatendo a desigualdade no plano social e

cultural, assegurando posse do conhecimento na construção da cidadania.

Queremos uma escola transformadora, emancipadora, que desperte a

paixão pelo conhecimento, com uma educação de qualidade.

Valorizar a diversidade cultural, provocando uma reflexão crítica dos

valores, crenças da cultura que produzimos, inserindo-o no contexto

contemporâneo.

Uma gestão que estimule a participação de todos nas tomadas de decisões,

que seja descentralizada, com representatividade de todos os segmentos, com

uma avaliação contínua do processo.

Devemos constatar a realidade dos nossos alunos e comunidade.

Compreender a causa dos problemas, propondo alternativas para a solução dos

mesmos, respeitando as necessidades individuais, mas voltada para o

desenvolvimento do todo, através de projetos desafiadores, visando um resgate

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de valores e princípios que se perderam ao longo dos anos, instigando o aluno a

participar ativamente, mantendo um compromisso com os objetivos da escola.

PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA

A Formação continuada de todos os profissionais envolvidos no processo

escolar será feita através de grupos de estudos realizados na própria Escola, nas

horas atividades, participação em cursos, palestras e jornadas pedagógicas,

projetos como: Folhas, Fera, Com Ciência, capacitações de Informática

Pedagógica, uso do laboratório de informática para que possamos planejar aulas,

realizar comunicações instantâneas, sabendo que isto é primordial para a

educação nos dias atuais.

Todos deverão fazer estudos complementares para uma melhor atuação,

como também para crescimento profissional, para que possamos acompanhar as

rápidas mudanças que ocorrem no mundo. A formação continuada é um processo

de desenvolvimento permanente que envolve estudos, atualizações, discussões e

trocas de experiências para re-estruturações e complementações no PPP,

concepções pedagógicas, planejamentos da ação pedagógica, aplicação de

projetos que estão no PPP e construção de outros, motivação, avaliação,

metodologia, uso adequado dos recursos tecnológicos, fundamentos da

construção do conhecimento. Essas formações acontecerão na escola por meio

de estudos de textos, livros, fitas de vídeo da TV escola, palestras, etc.

Os professores serão incentivados e dentro do possível encaminhados para

participação em cursos ofertados pelo CETEPAR, Universidade do Professor,

TICs, Dia- a- Dia – Educação, Grupos de Estudos, Seminários, Palestras,

programados tanto pela Secretaria do Estado da Educação como pela própria

Escola.

Buscasse incentivar os profissionais, despertando seus interesses com

relação a Cursos de Extensão, Pós-graduação, Mestrado e até mesmo a

22

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complementação de Licenciatura, cursos estes que trarão maior qualidade para o

melhor desempenho do processo educativo.

CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE

A escola incorporou a divisão social do trabalho, a fragmentação, “a

desvinculação entre teoria e prática com feições próprias” onde o conhecimento

tem sido concebido como algo pronto e acabado, verdade absoluta, externa ao

aluno que deve ser nele inculcada para, depois de memorizada, ser reproduzida,

avaliada e utilizada. Buscando essa superação entre a realidade do discurso na

teoria e prática docente, a escola pretende:

• organizar a hora-atividade por área, dentro das possibilidades, visando a

troca de experiências, promovendo reflexão coletiva, favorecendo o diálogo;

• promover projetos que sejam desenvolvidos de forma interdisciplinar e

contextualizada, envolvendo atividades que articulem diferentes práticas de

ensino, com ações concretas aplicadas na comunidade, ocorrendo a

inserção de conteúdos com outras áreas, proporcionando a aprendizagem

com qualidade e compromisso de todos;

• acompanhar, percebendo as mudanças constantes nas famílias, na

economia, na política, na religião, entendendo que deve além de ensinar a

ler, escrever, contar, respeitar as diferenças culturais, para melhor conviver

com a diversidade cultural;

• construção coletiva de práticas de uma gestão democrática;

• frente a tantas mudanças e adaptações, lutar pela ampliação da hora

atividade junto a SEED;

• busca de recursos para efetivação dos projetos, junto as empresas, através

do Programa de Educação Fiscal;

• promover estudos na hora atividade;

• incentivo ao uso dos recursos disponíveis na escola.

23

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SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA ESCOLA

A avaliação será diagnóstica, cumulativa, identificando as dificuldades dos

alunos para que os professores possam intervir no processo ensino-

aprendizagem, não priorizando só o acúmulo de conhecimento, mas, respeitando

as dificuldades individuais.

A avaliação do aproveitamento escolar incidirá sobre o desempenho do

educando em diferentes experiências de aprendizagem, utilizando técnicas e

instrumentos diversificados, tais como: avaliações orais, escritas, questionários

com apoio e pesquisa, tarefas específicas, trabalhos, autoavaliação, observações

espontâneas e outras, a critério do professor. O professor deverá criar situações

concretas, tais como: interpretações de textos, produção de textos, elaboração de

materiais, experiências, trabalhos de campo, entre outros, para a avaliação e, com

critérios selecionados em função dos conteúdos, considerando o nível de

aquisição de conhecimentos já adquiridos pelo aluno em aprendizagens

anteriores. Os resultados de avaliação serão expressos através de notas numa

escala de 0 (zero) a 10 (dez) e computados através da média aritmética das

avaliações mensais, sendo vedada a avaliação em que os alunos são submetidos

a uma só oportunidade de aferição. A recuperação paralela terá como objetivo

proporcionar aos alunos que demonstrarem rendimento insuficiente, condições

próprias que lhe possibilitem a compreensão dos conteúdos básicos. A

recuperação será feita à todos os alunos que não atingirem 60% (sessenta por

cento) da nota, indiferente do meio avaliado, trabalhos, provas com consultas, etc.

Os resultados da avaliação trimestral serão entregues no final de cada

trimestre, colados na Agenda Escolar do aluno ou os pais serão convocados para

retirá-lo, ficando cientes do aproveitamento e freqüência do mesmo, para

interferência, em conjunto com a Escola.

O processo avaliativo da Escola está de acordo com o exposto no

Regimento Escolar e Legislação vigente, bem como, as diretrizes da Proposta

Pedagógica definida pela Secretaria de Estado da Educação.

24

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DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

A avaliação é entendida como um dos aspectos do ensino, pelo qual o

professor, estuda e interpreta os dados da aprendizagem e o seu próprio trabalho,

com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar a aprendizagem dos alunos, bem

como, diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.

A avaliação deve dar condições para que seja possível ao professor tomar

decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem.

A avaliação deve proporcionar dados que permitam ao Estabelecimento de

Ensino promover a reformulação do currículo com adequação dos conteúdos e

métodos de ensino.

A avaliação deve possibilitar novas alternativas para o planejamento do

Estabelecimento de Ensino e do sistema de ensino como um todo.

O professor acompanhará o desempenho do aluno nas diferentes situações

de aprendizagem, utilizando para tal, técnicas e instrumentos diversificados

(gincanas, festas, passeios, torneios, excursões, visitas, palestras, etc.), sendo

vedada uma única aferição. Como instrumentos e técnicas de avaliação serão

utilizados avaliações orais, escritas, trabalhos individuais e em grupo, pesquisas,

observações espontâneas ou dirigidas, debates, relatórios e outros.

A Avaliação deve utilizar procedimentos que assegurem a comparação com

os parâmetros indicados pelos conteúdos de ensino evitando-se a comparação

dos alunos entre si. (Verificação da evolução do processo ensino-aprendizagem,

no aluno).

Na avaliação do aproveitamento escolar deverão preponderar os aspectos

qualitativos da aprendizagem, considerada a interdisciplinaridade e

multidisciplinaridade dos conteúdos. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à

capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização. A avaliação

deverá obedecer à ordenação e a sequência do ensino e da aprendizagem, bem

como à orientação do currículo.

25

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Os resultados da avaliação serão expressos através de notas numa escala

de (0,0) zero a (10,0) dez, e, computados trimestralmente através de avaliação

somatória, sendo seus valores cumulativos em várias aferições, na sequência e

ordenação dos conteúdos.

O rendimento escolar mínimo exigido pela Escola para aprovação será (6,0)

seis por disciplina, calculado pela média aritmética. Será registrado em documento

próprio a fim de assegurar a regularidade e autenticidade da vida escolar do aluno.

As avaliações deverão ser registradas na ficha individual do aluno

elaborada pela Escola, onde deverá constar a modalidade da avaliação e também

a recuperação paralela.

A revisão dos resultados poderá ser requerida no prazo de 72 horas de dias

úteis, a partir da comunicação dos mesmos, pelos pais, responsáveis ou aluno,

quando maior de idade ou emancipado.

A Avaliação do ensino da Educação Física e de Arte, deverá adotar

procedimentos próprios, visando ao desenvolvimento formativo e cultural do aluno,

levando em consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua

participação nas atividades realizadas visando uma melhora na qualidade de vida

do educando, bem como, sua performance cultural artística.

DA RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A Recuperação é entendida como um dos aspectos da aprendizagem no

seu desenvolvimento contínuo e paralelo ao processo de construção do

conhecimento pelo aluno, a partir dos dados levantados durante a avaliação

sistemática.

A recuperação de estudos deve constituir um conjunto integrado ao

processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos.

A recuperação de estudos realizada durante o ano letivo será considerada

para efeito de documentação escolar, e dar-se-á com a turma inteira ou não.

26

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Os resultados da recuperação deverão incorporar aos das avaliações

efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do

aproveitamento escolar.

A recuperação de estudos será realizada por conteúdos durante o trimestre,

através de um acompanhamento do professor, verificando as dificuldades

apresentadas pelos alunos, adotando formas variadas, buscando obter a

recuperação do conteúdo expressa em nota superior ao valor anteriormente

alcançado, sendo aquela nota substituída.

A recuperação de estudos deve seguir a metodologia de ensino quanto à

avaliação, contida neste projeto político pedagógico, que deverá ser aprovado pelo

Núcleo Regional de Ensino.

DA PROMOÇÃO

A Promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do

aluno, expresso conforme critério e forma determinada pelo Estabelecimento

neste regime escolar e mais a apuração da frequência escolar.

Serão considerados aprovados, os alunos que apresentarem frequência

igual ou superior a 75%(setenta e cinco porcento) do total da carga horária anual e

média anual (soma das médias dos 3 trimestres divididos por 3) igual ou superior

a 6,0 (seis vírgula zero), conforme fórmula a seguir:

MF: 1º TRIM + 2º TRIM + 3º TRIM

3

Serão considerados reprovados os alunos que ao final do último trimestre

apresentarem:

a) frequência inferior a 75%(setenta e cinco porcento) do total de horas letiva,

independente da média anual;

a.o) aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75%(setenta e cinco

porcento) do total de horas letiva, com média anual inferior a 6,0 (seis vírgula

27

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zero), será levado ao Conselho de Classe e seu caso analisado com relação

ao desempenho escolar durante o período letivo, para a decisão da aprovação

ou não aprovação pelos membros do Conselho de Classe. Encerrado o

processo de avaliação o Estabelecimento registrará no histórico escolar do

aluno sua condição de aprovado ou não.

DA FREQUÊNCIA

O controle da frequência contabilizará a presença do aluno nas atividades

escolares programadas, sendo obrigatórias à participação em pelo menos 75% do

total de horas letivas previstas para aprovação.

DA MATRÍCULA EM REGIME DE PROGRESSÃO PARCIAL

A matrícula com progressão parcial é aquela por meio da qual o aluno,

reprovado em até três disciplinas da série, é permitido cursar o período

subsequente concomitantemente às disciplinas ou áreas nas quais reprovou.

A matrícula com progressão parcial não está prevista no Regimento deste

Estabelecimento.

O aluno oriundo de outro Estabelecimento de ensino que oferte a matrícula

em regime de Progressão Parcial será matriculado neste Estabelecimento na série

de destino, e cumprirá as dependências em até 03 (três) disciplinas sob a forma

de adaptação, com plano especial de estudos.

DO APROVEITAMENTO DE ESTUDOS

PRINCÍPIOS GERAIS

Havendo aproveitamento de estudos, o estabelecimento de destino

transcreverá no histórico escolar a carga efetivamente cumprida pelo aluno, nas

séries ou períodos concluídos com aproveitamento na escola de origem, para fins

de cálculo da carga horária total do curso.

28

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DA CLASSIFICAÇÃO

Classificação é o procedimento que o estabelecimento adota, segundo

critérios próprios, para posicionar o aluno em série, fase, período, ciclo ou etapa

compatível com a idade, experiência e desempenho, adquiridos pôr meios formais

e informais.

A classificação pode ser realizada:

I. pôr promoção, para alunos que cursaram com

aproveitamento, a série, etapa, ciclo, período ou fase anterior na

própria escola;

II. pôr transferência, para candidatos procedentes de outras

escolas do país ou do exterior, considerando a classificação na

escola de origem;

III. independentemente de escolarização anterior, mediante

avaliação feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento

e experiência do candidato e permita sua inscrição na série, ciclo,

período, fase ou etapa adequada.

Fica vedada a classificação para o ingresso na primeira série do Ensino

Fundamental.

A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e

exigem as seguintes medidas administrativas para resguardar os direitos dos

alunos, das escolas e dos profissionais:

I. proceder à avaliação diagnóstica documentada pelo

professor ou equipe pedagógica;

II. comunicar ao aluno ou responsável a respeito do

processo a ser iniciado para obter deste o respectivo

consentimento;

III. organizar comissão formada pôr docentes, técnicos e direção

da escola para efetivar o processo;

29

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IV. arquivar atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos

utilizados;

V. registrar os resultados no histórico escolar do aluno.

DA RECLASSIFICAÇÃO

Reclassificação é o processo pelo qual a escola avalia o grau de

desenvolvimento e experiência do aluno matriculado, levando em conta as normas

curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo ao período de estudos compatíveis com

sua experiência e desempenho, independentemente do que registre o seu

histórico escolar.

Ficam vedadas à classificação ou reclassificação para etapa inferior a

anteriormente cursada.

O resultado do processo de reclassificação realizado pela escola,

devidamente documentado, será encaminhado para SEED para registro.

Caberá ao órgão competente da SEED, acompanhar durante dois anos, o

aproveitamento escolar do aluno beneficiado por processo de reclassificação, nos

casos que julgar necessário.

DAS ADAPTAÇÕES

Adaptação de estudos é o conjunto de atividades didático-pedagógicas

desenvolvidas, sem prejuízo das atividades normais da série ou período, em que o

aluno se matricular, para que possa seguir, com proveito, o novo currículo.

A adaptação far-se-á pela base nacional comum.

A adaptação de estudos será realizada durante os períodos letivos ou entre

eles, a critério da escola.

Para efetivação do processo de adaptação, o setor responsável do

estabelecimento de ensino deverá comparar o currículo, especificar as adaptações

a que o aluno estará sujeito, elaborar a ata de resultados e registrá-los no

Histórico Escolar do aluno e no Relatório Final encaminhado a SEED.

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MARCO CONCEITUAL

FILOSOFIA DA ESCOLA

Formar alunos conscientes de seus direitos e deveres, críticos,

responsáveis, participativos, atuantes, conhecedores de sua identidade, tendo

autonomia.

Sujeito capaz de analisar, fazer síntese, reflexão, que tenha

posicionamento próprio, consciente dos seus limites, respeitando valores, com

capacidade de desenvolver seu intelecto cada vez mais. Para que possamos ter

uma sociedade igualitária que norteie seus princípios. A educação age na

sociedade fazendo com que os cidadãos sejam atuantes dentro dela.

A escola deve trabalhar o processo de construção do conhecimento,

assimilação e transmissão, combatendo a desigualdade no plano social e cultural,

assegurando posse do conhecimento na construção da cidadania.

Queremos uma escola transformadora, emancipadora, que desperte a

paixão pelo conhecimento, com uma educação de qualidade, valorizando a

diversidade cultural, provocando uma reflexão crítica dos valores, crenças da

cultura que produzimos, inserindo-o no contexto contemporâneo.

Uma gestão que estimule a participação de todos nas tomadas de decisões,

que seja descentralizada, com representatividade de todos os segmentos, com

uma avaliação contínua do processo.

Devemos constatar a realidade dos nossos alunos e comunidade.

Compreender a causa dos problemas, propondo alternativas para a solução dos

mesmos, respeitando as necessidades individuais, mas voltada para o

desenvolvimento do todo, através de projetos desafiadores, visando um resgate

de valores e princípios que se perderam ao longo dos anos, instigando o aluno a

participar ativamente, mantendo um compromisso com os objetivos da escola.

Obter efetivamente o conhecimento é de alguma forma, apropriar-se de

práticas humanas sintetizadas nesses conhecimentos num processo de

31

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humanização, que vai da ação a compreensão e da compreensão a ação, até a

síntese, que une teoria e prática, proporcionando o momento para análise crítica,

que levam do saber ao engajamento político. Devesse investir num ensino de

qualidade e também numa educação que priorize a vida, a criatividade, o espaço

de participação.

O Ensino Fundamental está fundamentado nos princípios éticos, políticos e

estéticos que inspiram a Constituição e a LDB.

O papel principal do professor é fazer com que os alunos tenham acesso

aos conteúdos, ligando-os com a experiência concreta, ele age como mediador

entre o aluno e o conhecimento, proporcionando condições para trocas de

informações, pois o aluno participa da busca da verdade no confronto com os

conteúdos apresentados pelo professor.

A escola como parte integrante de um todo social e agente de

transformação, deve garantir um bom ensino pela apropriação dos conteúdos

básicos sistematizados de forma organizada e unificados, favorecendo o acesso à

cultura, despertando o gesto do conhecimento levando-o a autonomia. A

contribuição específica da escola nesse processo de formação do educando

ocorre pela mediação dos conteúdos, conhecimentos, habilidades e atitudes,

possibilitando a passagem do conhecimento comum para o elaborado de forma

consciente e crítica.

Educação de qualidade que priorize a vida, a criatividade, a autonomia e o

espaço de participação, fundamentada nos valores de liberdade, igualdade,

responsabilidade, solidariedade humana, justiça, verdade, respeito mútuo e o

diálogo. Escola: espaço de desenvolvimento humano integral.

PRINCÍPIOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS

CONCEPÇÃO DE HOMEM

O homem é um ser biológico, psicológico, sócio cultural e histórico, que

possui necessidades materiais e espirituais. Ele faz parte de uma realidade

32

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natural, é o produto de sua evolução e expressão de suas leis, necessitando

alimentar-se, vestir-se e abrigar-se. Da mesma forma, participa da realidade

social, necessitando de companhia, de afeto de solidariedade e de esperança.

CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

A sociedade dentro da qual está inserido o indivíduo, possui alguns valores

norteadores das ações humanas. Assim sendo, o indivíduo necessita de

conceitos (valores) que fundamentem e orientem os seus caminhos como um

instrumento de manutenção ou transformação social. A educação é um meio de

transformação da sociedade e leva o indivíduo a adaptar-se à sociedade,

reforçando os laços sociais, promovendo a coesão social e garantindo a

integração de todos os indivíduos na sociedade.

CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

A educação deve ser considerada como meio de desenvolvimento humano

integral, o instrumento gerador de transformações sociais. É base para aquisição

da autonomia, fonte de visão prospectiva, fator de progresso econômico, político e

social. É o elemento de integração e conquista do sentimento e da consciência

da cidadania. Portanto, a finalidade da Educação é formar indivíduos capazes de

analisar, interpretar e transformar a realidade, visando o bem estar do homem,

pessoalmente e coletivamente.

CONCEPÇÃO DE ESCOLA

O ponto essencial de uma Escola é trabalhar com o processo de

transmissão, assimilação e análise do conhecimento com condição indispensável

para a leitura e compreensão da realidade. Na Escola, e educação é programada

à base de objetivos e estratégias metodológicas adequadas à realidade visando

desenvolver hábitos, atitudes e habilidades, com a participação integral do aluno

no processo ensino-aprendizagem.

33

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A atual situação do sistema educacional reflete uma realidade baseada na

ideologia do sistema capitalista. Pouco comprometimento político com a

educação, devido à falta de condições materiais e humanas adequadas, até a má

distribuição de verbas.

A função primordial de nossa Escola no processo de formação do

educando é garantir a formação do mesmo, tanto em conhecimento, quanto em

valores.

O papel do professor é de articulador e mediador, entre o senso comum e o

conhecimento científico, contextualizando os conteúdos, ajudando as novas

gerações a atribuírem um sentido ao mundo em que vivem, podendo ajudá-los a

entender as relações que estabelecem e as que estão submetidos, intervindo e

criando novas perspectivas de vida.

FUNDAMENTOS DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

As condições consideradas indispensáveis para a realização da

aprendizagem é que o aluno manifeste uma disposição para a aprendizagem

significativa, isto é, uma disposição para ir a fundo ao tratamento da informação

que se pretende, para estabelecer relações entre ela e o que já se sabe, para

esclarecer e detalhar conceitos. Forçar situações de aprendizagem, pois os alunos

dispõem de determinadas capacidades, instrumentos, estratégias e habilidades

gerais para completar o processo ensino-aprendizagem.

O aluno conta com determinadas capacidades cognitivas gerais, com certos

níveis de inteligência, raciocínio e memória que lhe permite um determinado grau

de compreensão e realização de tarefas. Também conta com determinadas

capacidades motoras de equilíbrio pessoal e de relação interpessoal. Portanto, o

aluno põe em jogo um conjunto de recursos de índoles diferentes que, de maneira

geral e estável, é capaz de utilizar em qualquer tipo de aprendizagem.

E, é através do processo educativo em conjunto, isto é, correlacionando

com os demais professores, disciplinas e órgãos de apoio, empregando métodos e

34

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técnicas operacionais adequadas e atuais, que conseguiremos a independência

de nossos alunos, levando-os a aprendizagem.

CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

A avaliação, diretamente ligada à questão dos conteúdos e metodologias,

deve ser diagnóstica, ou seja, ter como objetivo identificar as dificuldades dos

alunos para que o professor possa rever sua metodologia e intervir no processo

ensino-aprendizagem. Assim, não se fixará somente nos critérios de aquisição de

conhecimento pelo aluno, mas também possibilitará ao professor avaliar o seu

próprio desempenho, sua proposta pedagógica, seu plano de trabalho docente, o

que espera dos alunos e o que considera essencial em cada área do

conhecimento. O professor deverá criar situações concretas, tais como:

interpretações de textos, produção de textos, elaboração de materiais,

experiências, trabalhos de campo, entre outros, para a avaliação e, com critérios

selecionados em função dos conteúdos, considerando o nível de aquisição de

conhecimentos já adquiridos pelo aluno em aprendizagens anteriores. Portanto, a

Avaliação será um processo de apropriação de conhecimentos, pelo aluno,

considerando sua compreensão dos conteúdos e a aquisição do que conseguiu

empreender.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

A Escola Estadual Constantino Marochi – Ensino Fundamental, foi criada e

autorizada, conforme a Resolução 742/99 de 09 de março de 1999, e tem por

finalidade a atender ao disposto nas Constituições Estadual e Federal – LDB – Lei

de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394, de 20 de dezembro de

1996.

Diz: “O ensino Fundamental e Médio tem por objetivo geral proporcionar ao

educando a formação necessária ao desenvolvimento de suas potencialidades

como elemento de autorrealização, qualificação para o trabalho e preparo para o

exercício consciente da cidadania”.

35

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Texto da Lei nº 9.394 / 96:

Artigo 1º. A educação abrange os processos formativos que se

desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas

instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da

sociedade civil e nas manifestações culturais.

§ 1º - Esta lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve,

predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias.

§ 2º - A educação escolar deverá vincular – se ao mundo do trabalho e à

prática social.

Artigo 2º - A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos

princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana tem por finalidade o

pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e

sua qualificação para o trabalho.

Artigo 3º - O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I. igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o

pensamento, a arte e o saber;

III. pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

IV. respeito à liberdade e apreço à tolerância;

V. coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

VI. gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

VII. valorização do profissional da educação escolar;

VIII. gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da

legislação dos sistemas de ensino;

IX. garantia de padrão de qualidade;

valorização da experiência extraescolar;

vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais”.

De acordo com a LDB, o Ensino fundamental no Brasil tem por objetivo a

formação básica do cidadão mediante:

36

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• desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios

básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

• a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da

tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

• desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a

aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e

valores;fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade

humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

GESTÃO DEMOCRÁTICA

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases de 1996, a escola deve

apresentar uma gestão democrática onde cada sistema de Ensino definirá as

normas para essa gestão, o artigo 14 ressalta alguns itens para essa

democratização: que os profissionais da educação deverão participar da

construção da Proposta Pedagógica da Escola; e deverá ocorrer a participação da

comunidade escolar e local em Conselhos Escolares ou equivalentes.

A Gestão Democrática deve estar presente e ser atuante dentro do

espaço escolar. Ela se caracteriza como um processo político, onde as pessoas

envolvidas com a escola discutem, traçam projetos, buscam soluções para

problemas que a escola enfrenta. Todo processo é sustentado no diálogo entre

todos os representantes dos diferentes segmentos da comunidade escolar, para

que os sujeitos da escola tenham acesso às informações que eles acharem

necessárias.

Devemos ressaltar que ao realizarmos a Gestão Democrática acreditamos

que juntos temos mais chances de encontrar caminhos para atender as

expectativas da comunidade em relação à atuação da escola. E que quando pais

e professores se unem para discutir os aspectos da educação percebesse que

ambos estão aprendendo e, muitas vezes, mudando a prática pedagógica, para

que ela fique voltada para a realidade da comunidade local.

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A Constituição Federal, no artigo 205, diz que: “a educação, direito de todos

e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração

da sociedade(...)”. O artigo 208, reassegura o “atendimento educacional

especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de

ensino. Já a Lei Federal 7853 dispõe sobre o apoio aos deficientes e sua

integração social, definindo o preconceito como crime. Neste sentido, nenhuma

escola ou creche poderá recusar, sem justa causa, o acesso do deficiente à

instituição”.

O papel da educação consiste em favorecer que cada um, de forma livre e

autônoma reconheça aos demais a mesma esfera de direito que exige para si.

A prática da inclusão social se baseia em princípios diferentes do

convencional: aceitação das diferenças individuais, valorização de cada pessoa,

convivência dentro da diversidade humana, aprendizagem por meio da

cooperação.

Precisamos sensibilizar e treinar todos os funcionários do Estabelecimento,

pais, e também os não deficientes. Devemos desempenhar um papel ativo no

processo de inclusão. Importante citarmos todos os excluídos (indisciplinados,

rejeitados pelos pais, o negro, etc). Com isto os alunos que apresentam

alguma deficiência terão oportunidades de adquirir experiências diretas com a

variedade das capacidades humanas, aumentando a responsabilidade,

melhorando a aprendizagem através do trabalho em grupo, e por outro lado os

outros alunos preparam-se melhor para a vida adulta, desenvolvesse melhor a

cooperação e a tolerância, adquirindo senso de responsabilidade.

Precisamos de uma escola que se arrisque, que busque rumos inovadores,

necessários à inclusão.

É preciso estimular a generosidade, respeito, acolhimento, quebrando

preconceitos.

38

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De acordo com Gilmar de Carvalho Cruz, “assumir a presença de um aluno

com algum tipo de deficiência em uma escola regular, tendo como foco sua

aprendizagem escolar, é assumir a necessidade de evolução da própria escola.

O Projeto Político Pedagógico de nossa escola é de acordo com a Inclusão,

mas faltam vários itens para que ela aconteça de fato:

• Preparação de todos os profissionais da escola, através de cursos,

capacitando-os para que possam atuar de fato.

• Profissionais nas escolas (como psicólogos), para assessorar os

professores, que haja a verificação do rendimento/aproveitamento,

avanços, progressões com maior frequência.

• Adequar o espaço ao ambiente físico.

• Cobrar dos órgãos competentes, recursos, instalações para que se efetive

de fato o processo ensino-aprendizagem.

• Despertar maior participação da família, através de gincanas, reuniões,

momentos recreativos.

• Desenvolver trabalhos / projetos de conscientização com todos os alunos,

para que haja maior aceitação dos colegas.

Segundo Ferreira e Ferreira, “A escolarização na perspectiva da cidadania

tem como objetivo educacional a formação de um homem crítico e criador,

autônomo quanto aos processos de construção do conhecimento. Assim trata de

valorizar a curiosidade investigativa sobre os fenômenos da natureza, sobre os

processos sociais, sobre a interação entre eles; trata de desenvolver a

apropriação de linguagens do mundo contemporâneo como instrumentos de

socialização do conhecimento e ferramentas do pensamento; e trata de permitir a

expressão, a vivência de valores que tiram a máscara de neutralidade do

conhecimento para fazer dele fonte de transformação do sujeito e da vida em

sociedade”.

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Para que a escola consiga incluir de fato, deve possuir estrutura física e

material, na busca de criar um ambiente propício para a inclusão do aluno com

necessidades específicas.

Adaptar as metodologias e os conteúdos para que tenham como foco

principal à habilidade que ele apresenta e não a sua deficiência.

Desenvolver um espaço pedagógico que respeite e valorize a criança no

seu próprio tempo, e antes de tudo um ambiente espontâneo, seguro e desafiador,

onde será compreendida e acompanhada pelo professor e família, prontos a

ampará-la, e dar-lhe todo afeto e orientação necessária, assim sendo uma escola

para todos.

Concluímos que não é o aluno com necessidades especiais que tem que se

adaptar a escola, o ambiente educacional é que deve mudar.

MARCO OPERACIONAL

ATIVIDADES ESCOLARES E AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS

PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA ESCOLA – PDE ESCOLA

O PDE Escola é um dos programas do Governo Federal originalmente

ligado a um fundo especial de financiamento, gerido pelo FNDE - Fundo Nacional

de Desenvolvimento da Educação. As escolas utilizam instrumentos para

diagnosticar e avaliar coletivamente suas práticas e processos, com base nas

fragilidades evidenciadas, definir as prioridades que serão objeto de financiamento

deste programa.

O papel da SEED é orientar e acompanhar as escolas na elaboração de

todas as etapas do PDE-Escola, visando atender às escolas com maiores

dificuldades na implementação de ações que promovam o acesso e a

permanência ao ensino público de qualidade, com vistas a formação integral dos

alunos.

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OBJETIVO:

Aumentar a qualidade do ensino de Educação Básica, por meio de diversas

ações que envolvem pais, alunos, professores e gestores, em iniciativas que

buscam o sucesso e a permanência do aluno na escola. Ações pretendidas com o

programa:

• Promover condições de igualdade entre as diferentes escolas, de forma que

todas possam ofertar uma educação com qualidade;

• Conhecer os pontos críticos que necessitem de atenção, intervenção

imediata e prioritária por parte das Escolas, dos NREs e, SEED por meio de

dados para planejamento e desenvolvimento de ações nas escolas;

• Fornecer subsídios teóricos / práticos para professores, diretores e equipe

pedagógica para correção de rumos na condução do processo ensino-

aprendizagem e consequentemente no fluxo escolar

(aprovação/reprovação/abandono);

• Implementar ações de superação do quadro em que se encontram as

escolas.

• As escolas participantes tem os seguintes compromissos:

• Implementar ações que superem os problemas apresentados;

• Compartilhar com os NREs as experiências e ações na resolução dos

problemas;

• Inserir a Comunidade no desenvolvimento do Plano de Ação da Escola;

• Fortalecer as discussões com as instâncias colegiadas.

No ano de 2008, nossa escola foi informada que seríamos inseridos no

Programa a partir do ano de 2009, devido o baixo Índice da Educação Básica

(IDEB) 2007.

No início de 2009, foi aplicado o diagnóstico da realidade da Escola com

todos os segmentos. Posteriormente foi elaborado as Metas para o Plano de

Ação, tendo como objetivo maior, a melhor qualidade de ensino.

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Porém, não recebemos a verba destinada ao Programa em 2009. Em 2010

a verba foi liberada, sendo utilizada para: capacitação de todos os profissionais

envolvidos no processo, aquisição de livros técnicos, literários, materiais

pedagógicos, DVDs, aparelhos de som, contratação de serviços de transporte

para atividades extracurriculares, assinatura de revistas e periódicos e materiais

esportivos. Mediante o trabalho desenvolvido por todos, percebemos avanços na

busca da melhoria da qualidade do ensino.

FICHA DE COMUNICAÇÃO DO ALUNO AUSENTE - FICA

A Ficha de Comunicação do Aluno Ausente - FICA, é um dos

instrumentos colocados à disposição da escola e da sociedade, para a

sistematização de ações de combate à evasão escolar em todo o Estado do

Paraná.

No sistema de operacionalização da FICA, a atuação da escola é essencial,

pois além da família, as instituições educacionais também são responsáveis pelo

desenvolvimento pessoal e social da criança e adolescente. O principal agente

desse processo é o professor, na medida em que, constatada a ausência do

aluno por 05 (cinco) dias consecutivos ou, então 07 (Sete) dias alternados no

período de um mês, esgotadas as iniciativas a seu cargo, comunicará o fato à

equipe pedagógica da escola, que entrará em contato coma família, orientando e

adotando procedimentos que possibilitem o retorno do aluno.

Com este programa, a Secretaria busca confirmar a concepção democrática

de escola como direito de todos. Não apenas um direito legal, com a preocupação

com situações que impeçam a permanência ou o acesso de crianças e

adolescentes que tenham sido excluídos.

Em nossa escola, os representantes de turma fazem a chamada

diariamente. Esta pasta fica disponível na Equipe Pedagógica, para que possamos

fazer o acompanhamento da frequência de nossos alunos. Assim que detectamos

que tem aluno faltoso, entramos em contato com a família para saber o motivo das

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Page 40: ESCOLA ESTADUAL CONSTANTINO MAROCHI · principalmente dos arredores de Curitiba, como pouso de tropeiros gaúchos em ... usando técnicas de cultivos e conservação de alimentos

faltas. Quando necessário, convocamos os pais para vir até a Escola, para

deixarmos cientes da necessidade e importância do filho vir a Escola todos os

dias. Quando não temos a colaboração dos pais, fazemos o encaminhamento ao

Conselho Tutela. Desta forma, fazemos o enfrentamento à evasão, promovendo a

inserção, no sistema educacional, das crianças e dos adolescentes que por algum

motivo estejam fora da escola.

PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO

GESTÃO 2009/2011

Diretor: Claus Giovani Andrade Marchiori

O presente Plano de Ação objetiva nortear as ações da Direção da Escola

Estadual Constantino Marochi. Nos últimos anos nosso estabelecimento de ensino

vem conseguindo algumas melhorias devido ao maior apoio do governo estadual à

educação, porém tais melhorias acabam chegando até a escola de maneira

desordenada em sua implantação. Desta forma tais ações visam à melhoria do

espaço físico escolar para garantir um atendimento de qualidade à comunidade

escolar.

Ações na esfera patrimonial

• Restauro e manutenção do patrimônio físico já existente.

• Reforma da quadra poliesportiva com a melhoria das instalações da mesma

incluindo a colocação de torneiras próximas ao espaço da quadra para

facilitar a higiene dos alunos após a prática das atividades físicas.

• Construção de um espaço mais adequado para alocar a biblioteca da

escola, que ocupa até a presente data, uma parte da referida sala.

• Reforma do telhado.

• Construção de drenagem de captação de água pluvial;

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• Reforma e adequação da cozinha às normas sanitárias;

• Ampliação do depósito;

• Reforma da calçada externa;

• Reforma da rede elétrica e iluminação;

• Construção de cobertura entre os prédios para amenizar o problema de

transposição nos dias de chuva;

• Mudança da entrada principal da escola (como previsão da ampliação);

• Solicitar à Diretoria de Edificações Escolares - DED a ampliação do prédio;

• Ampliação da quadra poliesportiva para a prática de outras modalidades

esportivas;

• Reforma dos sanitários;

• Reforma da rede hidráulica e esgoto;

• Viabilização das obras anunciadas pelo Governo do Estado para este

estabelecimento;

Ações na esfera pedagógica

• Dar continuidade ao trabalho realizado nos anos anteriores (apoio

pedagógico, mostra científica e cultural, gincana, etc).

• Utilizar meios democráticos de gestão (consulta ao corpo docente e

discente), para elaboração de um diagnóstico da escola para identificação

das principais deficiências para traçar um plano emergencial para saná-las;

• Incentivar a participação dos alunos nos jogos escolares em mais

modalidades esportivas;

• Buscar parcerias com instituições de ensino de nível superior para a

realização de projetos voltados ao conhecimento, o resgate de valores e

atividades extraclasse.

• Incentivar e orientar participação dos alunos no Grêmio Estudantil para uma

melhor atuação;

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• Implementar definitivamente o laboratório de informática para que seja

usado como mais um recurso de aprendizagem à disposição dos alunos e

professores;

• Reorganizar a Biblioteca Escolar para que se torne um espaço atraente aos

alunos.

• Promover maior aproximação entre as Instâncias Colegiadas, Direção,

Equipe Pedagógica e Comunidade Escolar.

PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA

• Dinamizar e implementar as DCEs, visando a melhoria da qualidade do

ensino, discutindo durante as reuniões previstas em calendário a respeito

das dificuldades e do andamento da proposta Curricular nas turmas.

• Acompanhamento do desenvolvimento das atividades pedagógicas de

acordo com a proposta curricular: DCEs.

• Promover discussão dos aspectos filosóficos que direcionam a ação

pedagógica com vista a atingir a totalidade e unidade do processo ensino-

aprendizagem, utilizando documentos de apoio teórico, palestras, textos

que possam embasar as discussões do momento.

• Discussão sobre a importância dos conteúdos para a compreensão do

mundo e a necessidade do domínio com profundidade destes conteúdos

pelo professor, estudos que propiciem a relação entre conteúdo, forma e

avaliação.

• Aprofundamento sobre a avaliação através de estudos durante a hora

atividade.

• Auxiliar os professores na organização do material didático pedagógico, no

que se refere ao aprofundamento do conteúdo, durante todo ano letivo,

utilizando livros, revistas, vídeos, textos informativos.

• Incentivo de professores para participação em cursos e assessoramento,

visando a melhoria do desenvolvimento das atividades pedagógicas.

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• Buscar alternativas para diminuir o índice de repetência em todas as séries,

acionando o Conselho Tutelar quando necessário, tendo como parâmetro o

ano letivo anterior, facilitando a troca de experiências entre os professores,

fazendo encaminhamento de alunos com dificuldades e ou problemas para

especialistas quando necessário.

• Relatórios dos professores identificando o motivo do baixo rendimento,

atitudes tomadas pelo professor, sugestões para possíveis soluções.

• Realizar acompanhamento e assessoramento efetivo aos professores no

que se refere ao encaminhamento metodológico dado aos conteúdos,

através de constantes discussões.

• Informar aos pais a proposta da Escola, mostrando e conscientizando-os da

importância de sua participação na vida escolar de seu filho, através de

reuniões bimestrais.

• Discussão com os alunos sobre a preservação do ambiente escolar,

conservando plantas, o prédio e os materiais através de textos, conversas,

debates, palestras.

• Despertar nos alunos consciência voltada para a educação ambiental,

procurando valorizar uma relação coerente com a natureza e a satisfação

das necessidades, participando em atividades sobre o meio ambiente,

organizados pela Escola, em relação ao processo de reciclagem, seus

benefícios, propiciando aos alunos situações que desenvolvam a

cooperação, a participação, a corresponsabilidade e que ampliam a

compreensão das relações sociais que caracterizam a Escola e sociedade.

• Promover integração entre as turmas, valorizando seus trabalhos através

da exposição dos mesmos. A Mostra Científica e Cultural e a Gincana

interna com jogos desportivos servem para estimular, motivar e desenvolver

a criatividade dos alunos.

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• Manter em ordem as condições físicas e materiais da Escola, permitindo

um ambiente propício ao desenvolvimento de um trabalho competente e

organizado.

• Orientação e discussão entre os componentes da Escola, visando a

coerência na ação pedagógica, mensalmente.

• Fazer acompanhamento da vida escolar do aluno, conversando, orientando

e conscientizando-os sempre, para que a Escola seja um ambiente

agradável e favorável a aprendizagem.

• Proporcionar um ambiente seguro aos alunos, qualidade na merenda

escolar, higiene e meio ambiente da Escola.

• Orientação e acompanhamento nos livros registros, bem como fazer a

verificação.

• Planejar, organizar, coordenar, auxiliar em Conselhos de Classe, reuniões

pedagógicas e capacitações.

• Acompanhar e auxiliar todas as atividades desenvolvidas na Escola.

INSTÂNCIAS COLEGIADAS

APMF - ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS

A APMF - Associação de Pais, Mestres e Funcionários é o órgão destinado

a promover elo entre a família do aluno, professores, funcionários e direção,

propondo medidas que visem ao aprimoramento do ensino e assistência de modo

geral ao corpo discente. O funcionamento da A.P.M.F. será regido de acordo com

seu estatuto devidamente registrado, e as suas ações são determinadas de

acordo os objetivos e atribuições presentes no mesmo.

É vedada a interferência direta da Associação de Pais, Mestres e

Funcionários na administração do Estabelecimento.

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Sempre que necessário, a APMF será convocada para reuniões,

celebrações, encontros de famílias, estudos, atividades esportivas, etc. A escola

se incumbirá de comunicar aos Pais por escrito.

CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva,

deliberativa e fiscal, com o objetivo de estabelecer o Projeto Político Pedagógico

da Escola, critérios relativos a sua ação, organização, funcionamento e

relacionamento com a comunidade que constam no Estatuto, nos limites da

legislação em vigor e compatíveis com as diretrizes e política educacional

traçadas pela Secretaria de Estado da Educação.

O Conselho Escolar tem por finalidade promover a articulação entre os

vários segmentos organizados da sociedade e os setores da Escola, a fim de

garantir a eficiência e a qualidade do seu funcionamento.

Poderão participar do órgão colegiado de direção, representantes dos

segmentos sociais organizados comprometidos com a Escola Pública,

assegurando-se que sua representação não ultrapasse 1/5 do colegiado.

A Presidência do Conselho Escolar será exercida pelo Diretor do

Estabelecimento de Ensino na qualidade de membro nato.

O mandato dos integrantes do Conselho Escolar será de dois anos, não

coincidentes com o do Diretor.

CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe é um órgão colegiado, presente na organização da

escola, em que os vários professores das diversas disciplinas, juntamente com os

coordenadores pedagógicos, ou mesmo os supervisores e orientadores

educacionais, reúnem-se para refletir e avaliar o desempenho pedagógico dos

alunos das diversas turmas, séries ou ciclos.

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A participação de todos os profissionais se faz necessária, pois permitirá

que se analise e discuta o processo de trabalho de sala de aula que

concretamente se realiza, trazendo o rendimento do aluno em relação ao trabalho

desenvolvido, e assim, indiretamente a própria prática do docente é objeto de

reflexão.

O Conselho de classe é um espaço prioritário da discussão pedagógica e o

aluno é a figura central das discussões e avaliações. (Angela Dalben – 1992).

O Conselho de Classe que vem sendo realizado em nossa escola está de

acordo com a legislação vigente. Uma avaliação contínua e cumulativa do

desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os

quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas

finais.

A avaliação deve servir para que o professor conheça as necessidades

(seja do aluno, do professor, da escola ou do contexto), para trabalhar em direção

de sua superação. Para que interprete os dados da aprendizagem de seu próprio

trabalho com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de

aprendizagem dos alunos, diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.

Identificar o grau de apropriação dos conhecimentos atingidos pelo aluno. A

avaliação deve possibilitar ao professor a tomada de decisões quanto ao

aperfeiçoamento da aprendizagem, bem como possibilitar reformulação do

currículo e novas alternativas para o planejamento.

A individualidade do aluno no domínio dos conteúdos é assegurada nas

decisões no processo de avaliação.

A Recuperação também é contínua e acontece em vários momentos, com a

retomada dos conteúdos utilizando-se de diversas estratégias, re-elaboração dos

trabalhos conforme a orientação do professor, com utilização de pesquisas às

quais poderão ser apresentadas individualmente ou em grupo.

O Conselho de Classe conta com a participação dos professores, direção e

equipe pedagógica, para que se reflita o desempenho das turmas, analisando

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individualmente o porquê que o aluno não conseguiu atingir o objetivo e

discutimos a prática do docente, propondo outras formas de trabalho e ou

avaliação.

Os professores preenchem uma ficha de acompanhamento, onde relatam

as dificuldades de aprendizagem dos alunos, demonstrando o motivo do baixo

rendimento o que foi feito, atitudes tomadas durante o trimestre. Detectada a

dificuldade, os alunos são chamados e quando necessário, os pais também, para

que tomem conhecimento do desenvolvimento, da aprendizagem de seu filho e a

eles são dadas algumas sugestões, por exemplo, determinar um horário de estudo

diário para seu filho, principalmente nas disciplinas onde tem menor rendimento.

Quando possível e necessário os professores farão atendimento aos alunos

com dificuldades de aprendizagem nas horas atividades pelos professores.

A participação dos alunos no Conselho de Classe está prevista para o ano

de 2011, onde professores, alunos e pais serão orientados para esse processo,

por intermédio de estudos, para que se evitem conflitos.

GRÊMIO ESTUDANTIL

O Grêmio é a organização dos estudantes na escola. É formado apenas por

alunos, de forma independente, onde desenvolvem atividades culturais e

esportivas, organizando debates sobre assuntos de interesse dos estudantes, que

não fazem parte do Plano Curricular, e também organizando reivindicações, tais

como compra de livros para a biblioteca, transporte gratuito para estudantes e

muitas outras coisas.

Artigos que constam no Estatuto do Grêmio:

Art. 54 - O Grêmio Estudantil é o órgão escolar que congrega todos os

alunos do Estabelecimento com finalidade social, desportiva cultural, cívica e

espiritual.

PARÁGRAFO ÚNICO - O Grêmio da Escola Estadual Constantino Marochi

é composto pelos alunos do Ensino Fundamental e tem como sede o próprio

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Estabelecimento de Ensino. Funciona de acordo com a Lei Federal nº 7.398/85 e

com o acompanhamento do professor conselheiro.

Art. 55- A Diretoria do Grêmio é eleita anualmente, de acordo com as

normas emanadas do órgão competente.

Art. 56- As chapas que concorrem à eleição devem ser aprovados pela

Direção da Escola.

Art. 57 - A importância em dinheiro recolhida pelo Grêmio serão

depositadas em agência bancária, em conta oficial, movimentada pelo Professor

Conselheiro e pela Direção.

PARÁGRAFO ÚNICO - Todo o movimento financeiro do Grêmio deverá ser

autorizado pelo seu Presidente e 1º Tesoureiro.

Art. 58 - O Estabelecimento de Ensino não se responsabilizará pelas

dívidas ou por outros compromissos assumidos pelo Grêmio.

Art. 59 - O balanço anual do movimento financeiro do Grêmio deverá ser

apresentado à Direção do Estabelecimento de Ensino ao final de cada mandato.

Art. 60- Toda regulamentação complementar sobro o funcionamento do

grêmio deverá ser aprovada pela Direção da Escola.

Art. 61- Ao Grêmio Estudantil compete:

I. promover a integração dos alunos entre si e destes com o corpo docente,

funcionários e Direção do Estabelecimento;

II. promover atividades recreativas, literárias, artísticas, cívicas, sociais,

desportivas, assistenciais e culturais;

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III. defender os interesses dos alunos, apresentando à Direção, reivindicações

desde que em consonância com os objetivos do Estabelecimento;

IV. preservar as tradições estudantis zelando pelo bom nome do

Estabelecimento;

V. cumprir e fazer cumprir o Regimento Escolar do Estabelecimento, as

determinações emanadas da Assembleia Geral e das Reuniões do Grêmio;

VI. elaborar relatório anual das atividades e relatório final da Gestão;

VII.realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural educacional, cívico,

desportivo e social com entidades congêneres, assim como a filiação às

entidades gerais;

VIII. lutar pela democracia permanente na Escola, pela adequação do

Ensino às reais necessidades da juventude e do povo, bem como pelo

ensino público e gratuito;

IX. lutar pela independência e respeito às liberdades fundamentais do povo

sem distinção de raça, cor, sexo, nacionalidade, convicção política ou

religiosa;

X. as atividades do grêmio serão supervisionadas pelo Professor Conselheiro.

Art. 62 - Ao Professor Conselheiro compete:

I. acompanhar as atividades do grêmio, comparecendo a sua sede, no

mínimo uma vez por semana;

II. manter informado o Diretor sobre as atividades do Grêmio;

III. apresentar sugestões para o melhor funcionamento do Grêmio;

IV. comunicar com antecedência ao Diretor, seu afastamento, justificando.

CONCEPÇÃO CURRICULAR

O Plano Curricular é necessário, pois organiza e fundamenta o trabalho da

Escola. A Proposta Curricular que faz parte deste Projeto Político Pedagógico está

fundamentada nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental, bem

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como nas Diretrizes Curriculares do Paraná. Na Base Nacional Comum fazem

parte as áreas de conhecimento de Língua Portuguesa, Artes, Educação Física,

Matemática, Ciências, História, Geografia e Ensino Religioso (5ª e 6ª Séries, não

computadas na carga horária por ser facultativa ao aluno), e na Parte Diversificada

a Língua Estrangeira Moderna – Inglês.

A Proposta Curricular de cada disciplina é composta por: Apresentação da

disciplina / Objetivos gerais da disciplina / Conteúdos estruturantes: básicos e

específicos / Metodologia / Avaliação com critérios, instrumentos e recuperação /

Referências bibliográficas.

As Diretrizes têm o propósito de apontar indicativos teórico-metodológicos

para que cada escola organize a sua proposta curricular.

A escola deve propiciar flexibilidade do currículo escolar a fim de atingir

todas as esferas sociais, na concretização da construção da cidadania.

O Ensino Fundamental é universal garantindo educação para o aluno índio,

do campo, enfim, todas as etnias existentes, inclusive no Ensino Supletivo

garantido a alunos trabalhadores.

A elaboração das Diretrizes Curriculares busca um compromisso da escola

com o conhecimento, com a aprendizagem de todos os alunos, e a valorização da

experiência profissional dos professores da rede pública estadual. A escola deve

propiciar elos culturais, desafiando problemas e situações cotidianas sem perder

de vista a interação social de cada aluno.

A escola é um espaço de pesquisa, de construção e reconstrução do

conhecimento.

Para viabilizar um tratamento curricular mais complexo é necessário que o

professor se torne um pesquisador do conteúdo que ensina para subsidiar aos

alunos saberes que lhe permitam realizar uma leitura crítica de mundo e

compreendam que o presente é historicamente construído e passível de

mudanças.

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Deve sempre haver uma articulação entre as propostas educacionais e a

realidade social, para atender às diversidades dos alunos com vistas a inclusão de

todos no processo de ensino e de aprendizagem. Isso implica em comprometer-se

com todo o processo de escolarização formal, no sentido de conquistar as

condições básicas de proteção e direitos sociais, interferindo de modo positivo na

realidade.

A escola pública faz uma diferença significativa na vida da comunidade, tem

a responsabilidade política de contribuir para o enfrentamento das desigualdades

sociais. Ela deve atender os alunos com necessidades para que possam aprender

e beneficiar-se do processo educativo.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

ARTES

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

É possível afirmar que a Arte tem função no processo de educação do

homem, pois enquanto educação artística e alfabetização estética, o leva a

observar o meio que o cerca, reconhecendo a organização de suas formas. Deste

modo, a Arte tem como finalidade possibilitar os processos de percepção,

sensibilização, cognição, reflexão, expressão e criação, necessários ao

desenvolvimento global do homem, levando à construção de um leitor de mundo

mais crítico, sensível e eficiente em seus posicionamentos.

O enfoque dado a Arte no ensino, deve ser fundado nesta ideia, de que o

ser humano, ao transformar o mundo, também transforma a natureza e a si

mesmo. Assim, uma abordagem que contemple essa relação que se estabelece

na sociedade é fundamental no ensino da arte, de forma a garantir que se efetue a

formação integral e de qualidade de nossos alunos.

A escola constitui-se de um espaço privilegiado de educação, que dialoga

entre o particular e o universal. A disciplina de Arte também deve manter este

diálogo, estabelecendo relações de nossas experiências, nossa cultura e vivência

com a imagem, com os sons, com os gestos, com os movimentos e, nessa

perspectiva, educar nossos alunos esteticamente, ensinando-os a ver, a ouvir

criticamente, a interpretar a realidade, a fim de ampliar suas possibilidades de

fruição e expressão artística.

Sob esta ótica, uma proposta de ensino da Arte tem como função levar o

aluno a apropriação do conhecimento estético, contextualizando-o, e significando

a Arte dentro de um processo criador que transforma o real, produzindo novas

maneiras de ver e sentir o mundo.

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Segundo a história social da arte as formas artísticas não são

exclusivamente formas de consciência individual, mas também exprimem uma

visão de mundo. Em cada cultura e em cada momento histórico, as

transformações da sociedade determinam condições para uma nova atitude

estética.

Para que possamos compreender melhor o papel dos professores de Arte e

a posição que a arte-educação ocupa, ou deveria ocupar, na sociedade, é

importante entender como se deu a inclusão do ensino da arte nas escolas e

como ela vem sendo ensinada, quais são e como acontecem as relações com a

educação escolar e com o processo histórico-social.

As práticas educativas vinculam-se a uma pedagogia, ou teoria de

educação escolar, que é influenciada por ideologias e filosofias. No ensino da arte

isso não se dá de forma diferente. Nossa concepção de mundo embasa as

correspondências que estabelecemos entre as aulas de arte e as mudanças que

acreditamos prioritárias na sociedade. A educação escolar e o meio social

exercem ação recíproca e permanente um sobre o outro. Deste modo, o ensino da

arte passa por transformações referentes a cada momento histórico

No Brasil, no século XIX, pode-se definir o ensino e a aprendizagem de

Arte, na pedagogia tradicional, como uma metodologia que dava ênfase a um

fazer técnico, cientifico, reprodutivista e de preocupação fundamental no produto

do trabalho escolar.

Depois, a Escola Nova, contrária à educação tradicional, dá indícios de

seguir ao encontro de uma sociedade mais democrática onde as relações

interpessoais pudessem ser mais justas e satisfatórias, desde que a educação

escolar conseguisse adaptar os estudantes ao seu ambiente social. O princípio

mais adotado é o da função educativa da experiência, cujo centro não é nem a

matéria a ensinar, nem o professor, mas sim o aluno em crescimento ativo,

progressivo. No Brasil, Augusto Rodrigues, iniciou a divulgação do movimento

Educar pela Arte, criando em 1948, no Rio de Janeiro, a Escolinha de Arte do

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Brasil. A educação através da Arte no Brasil, buscou recuperar a valorização da

arte infantil e a concepção de arte baseada na expressão e na liberdade criadoras.

Mas para isso era necessário a total independência da criança, que deveria

produzir seus trabalhos sem a intervenção de um adulto, o que chamamos de

método da “livre expressão”. Depois dos anos 60, seguindo o método da livre

expressão sem grandes cuidados, muitos professores chegaram a extremos onde

tudo era permitido.

Já a tendência tecnicista aparece no momento em que a educação é

considerada ineficiente no preparo de profissionais, tanto de nível médio quanto

superior, para atender o mundo tecnológico em expansão. Essa tendência visava

um acréscimo de eficiência da escola, para a formação de indivíduos mais

competentes. No início dos anos 70, juntamente com o enraizamento dessa

pedagogia, é assinada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº

5692/71, que introduz a Educação Artística no currículo escolar de 1º e 2º graus.

Os professores de Arte (música, desenho, trabalhos manuais, canto coral e artes

aplicadas) viram esses saberes se transformarem em “meras atividades

artísticas”.

A partir dos anos 60, muitos educadores, preocupados com o rumo da

educação escolar, passam a discutir as reais contribuições da escola, sobretudo

da escola pública, pensando numa melhoria das práticas sociais. Essa tendência

foi chamada de Tendência Realista Progressista, e sustentou a finalidade sócio-

política da educação, funcionando como um instrumento de luta de professores ao

lado de outras práticas sociais. A partir desse pensamento, novas propostas

surgem e apontam para uma educação conscientizadora do povo, e para um

redimensionamento histórico do trabalho escolar público, democrático e de toda a

população. De acordo com o processo histórico seguem-se as pedagogias:

“libertadora”, “libertária”, “histórico-crítica” ou “crítico-social dos conteúdos” e

“sociopolítica”.

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Enfatizando a autogestão, a indiretividade e a autonomia vivenciadas por

alunos e professores, a Pedagogia Libertária, buscava focar o trabalho na

descoberta de respostas às necessidades e exigências da vida social. A

Pedagogia Libertadora, proposta por Paulo Freire, era calcada na busca da

transformação da prática social, através da igualdade entre professores e alunos

no diálogo em sala de aula, pretendendo entender a educação como ato político e

com função problematizadora e conscientizadora, levando à formação de um

indivíduo transformador da realidade.

Surgida no fim dos anos 70, a Pedagogia Sociopolítica objetivava

conquistar uma escola pública verdadeiramente democrática. Nesta linha, ainda,

surge nos anos 80, tendo como principais teóricos Demerval Saviani e José

Carlos Libâneo, a Pedagogia histórico-crítica ou Crítica Social dos Conteúdos, que

busca entender a escola, como uma instituição que não pode ser indiferente ao

que passa ao seu redor, e que tem na prática social seu ponto de partida. No

contexto dessa abordagem teórico-metodológica também é possível perceber

algumas questões importantes referentes à Metodologia do Ensino por Projeto,

visto que esta última valoriza a realidade vivenciada pelos alunos e busca a sua

formação integral como cidadãos críticos e autônomos na construção do

conhecimento.

No decorrer deste processo, o professor deverá considerar também

diferentes dimensões do ensino da arte – arte como mímeses e representação;

arte como expressão e arte como técnica – no sentido de contemplar, não uma

dimensão isolada, mas a complexidade de suas informações sempre que possível.

Pois os conteúdos, quando organizados a partir de uma análise histórica,

abordados por meio do conhecimento estético e da produção artística, acabam por

articular de forma mais efetiva os saberes necessários a uma formação integral e

de qualidade.

É pertinente, ainda, considerar que sejam contempladas as concepções:

Arte como forma de conhecimento; Arte como ideologia e Arte como trabalho

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criador. E, estas, também não devem ser consideradas de forma isolada, pois só

contribuem para que o processo de ensino e aprendizagem na arte ocorra

efetivamente, se trabalhadas de forma articulada. Nesta relação, uma concepção

depende da outra, pois se não houver a criação, não há conhecimento em arte, do

mesmo modo que se não houver, por trás da criação artística, uma representação

do modo de pensar, ou de se comportar, então essa criação não tem sentido.

A função do ensino de Arte, neste contexto, é de levar o aluno a

apropriação do conhecimento estético, contextualizando-o, significando a Arte

dentro de um processo criador que transforma o real, produzindo novas maneiras

de ver e sentir o mundo. Para isso, cabe ao professor verificar quais são os

métodos mais apropriados para cada realidade, de forma a permitir a efetivação

desse processo.

OBJETIVOS

• Desenvolver o olhar em relação à leitura das representações artísticas,

compreendendo-as como prática social;

• Entrar em contato com o conhecimento historicamente produzido sobre

Arte, para compreender como a sociedade se estrutura e de que maneira

se organizam as formas de produção artística, como necessidade de

expressão artística e cultural do homem, ao longo da história;

• Ampliar o utilizar conceitos, instrumentos e procedimentos nos trabalhos

pessoais identificando-os e interpretando-os tanto na produção quanto na

apreciação;

• Perceber, através da apreciação e produção, a importância, função e

integração das linguagens da arte, explorando os elementos básicos de

cada uma e propondo a integração entre eles;

• Interpretar obras de arte, bem como o contexto do qual fazem parte;

• Explorar e conhecer materiais, instrumentos e procedimentos artísticos nas

diversas linguagens da arte;

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• Compreender diversidade cultural e desigualdade social como questões

influenciadoras da arte;

• Desenvolver a sensibilidade e a criatividade;

• Ter uma visão crítica e saber argumentar seu ponto de vista dentro da

expressão plástica, cênica e musical;

• Perceber formas visuais, sonoras e gestuais, através do uso da percepção,

da imaginação e da articulação dos elementos na estrutura formal;

CONTEÚDOS

5ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ARTES VISUAIS, MÚSICA, TEATRO,

DANÇA.

MÚSICA

- ELEMENTOS FORMAIS

Altura, duração, timbre, intensidade e densidade

- COMPOSIÇÃO

Ritmo e melodia

Escalas: diatônica, pentatônica, cromática, improvisação

- MOVIMENTOS E PERÍODOS

Greco-Romana

Oriental

Ocidental

Africana

ARTES VISUAIS

- ELEMENTOS FORMAIS

Ponto, linha, forma, textura, superfície, cor, volume e luz

60

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- COMPOSIÇÃO

Bidimensional, figurativa, geométrica, simetria,

Técnicas: pintura, escultura, arquitetura, gravura

Gêneros: Cenas da mitologia

- MOVIMENTOS E PERÍODOS

Arte Pré-histórica

Arte Greco-Romana

Arte Oriental

Arte Africana

TEATRO

- ELEMENTOS FORMAIS

Personagem, expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Ação e espaço

- COMPOSIÇÃO

Enredo, roteiro, espaço cênico, adereços

Técnicas: Jogos teatrais, teatro direto e indireto, improvisação,

manipulação

Gênero: tragédia, comédia e circo

- MOVIMENTOS E PERÍODOS

Greco- Romana

Teatro Oriental

Teatro Medieval

Teatro no Renascimento

DANÇA

- ELEMENTOS FORMAIS

Movimento Corporal, tempo e espaço

- COMPOSIÇÃO

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Eixo, ponto de apoio, movimentos articulares, fluxo (livre e

interrompido)

Rápido e lento

Formação

Níveis: Alto, médio e baixo

Deslocamento: Direto e indireto

Dimensões: Pequeno e Grande

Técnicas: Improvisação

Gênero: Circular

- MOVIMENTOS E PERÍODOS

Pré-história

Greco-Romana

Renascimento

Dança clássica

6ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ARTES VISUAIS, MÚSICA, TEATRO,

DANÇA.

MÚSICA

- ELEMENTOS FORMAIS

Altura, duração, timbre, intensidade e densidade

- COMPOSIÇÃO

Ritmo, melodia, escalas

Gênero: folclórico, indígena, popular e étnico

Técnicas: vocal, instrumental e mista

Improvisação

- MOVIMENTOS E PERÍODOS

Música popular e étnica (ocidental e oriental)

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ARTES VISUAIS

- ELEMENTOS FORMAIS

Ponto, linha, forma, textura, cor, superfície, volume e luz

- COMPOSIÇÃO

Proporção

Tridimensional

Figura-fundo

Abstrata

Perspectiva

Técnicas: desenho, pintura, escultura, modelagem e

Gêneros: Paisagem, retrato e natureza-morta

- MOVIMENTOS E PERÍODOS

Arte Indígena

Arte Popular

Arte Brasileira e paranaense

Renascimento

Barroco

TEATRO

- ELEMENTOS FORMAIS

Personagem, expressões corporais, gestuais e faciais

Ação e espaço

- COMPOSIÇÃO

Representação, leitura dramática e sonografia

Técnicas: Jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas

Gêneros: Rua e arena

Caracterização

Máscara

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- MOVIMENTOS E PERÍODOS

Comédia Dell'Arte

Teatro popular

Brasileiro e Paranaense

Teatro Africano

DANÇA

- ELEMENTOS FORMAIS

Movimento corporal, tempo e espaço

- COMPOSIÇÃO

Ponto de apoio, rotação, coreografia, salto e queda, peso (leve e

pesado), fluxo (livre, interrompido e conduzido)

Lento, rápido e moderado

Níveis: alto, médio e baixo

Formação, direção, formação

Gênero: folclórica, popular e étnica

- MOVIMENTO E PERÍODOS

Dança popular

Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

7ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ARTES VISUAIS, MÚSICA, TEATRO,

DANÇA.

MÚSICA

- ELEMENTOS FORMAIS

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Altura, duração, timbre, intensidade e densidade

- COMPOSIÇÃO

Ritmo, melodia, harmonia

Tonal, modal e a fusão de ambos

Técnicas: vocal, instrumental e mista

- MOVIMENTOS E PERÍODOS

Indústria cultural, eletrônica,minimalista

Rap, Rock, Techno

ARTES VISUAIS

- ELEMENTOS FORMAIS

Ponto, linha, forma, cor, volume, textura, superfície, luz

- COMPOSIÇÃO

Semelhanças, contrastes, ritmo visual, estilização, deformação

Técnicas: desenho, fotografia, ausiovisual e mista

- MOVIMENTOS E PERÍODOS

Indústria Cultural

Arte no século XX

Arte Contemporânea

TEATRO

- ELEMENTOS FORMAIS

Personagem, expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Ação e espaço

- COMPOSIÇÃO

Representação no cinema e mídias

Teatro dramático

Maquiagem

Sonoplastia

Roteiro

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Técnicas: Jogos teatrais, sombra e adaptação cênica

MOVIMENTOS E PERÍODOS

Indústria cultural

Realismo

Expressionismo

Cinema novo

DANÇA

- ELEMENTOS FORMAIS

Movimento corporal, tempo e espaço

- COMPOSIÇÃO

Giro, rolamento, saltos,

Aceleração e desaceleração

Direções: frente, atrás, direita e esquerda

Improvisação

Coreografia

Sonoplastia

Gêneros: Indústria cultural e espetáculo

- MOVIMENTOS E PERÍODOS

Hip-Hop

Musicais

Expressionismo

Indústria cultural

Dança Moderna

8 ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ARTES VISUAIS, MÚSICA, TEATRO,

DANÇA.

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MÚSICA

- ELEMENTOS FORMAIS

Altura, duração, timbre, intensidade e densidade

- COMPOSIÇÃO

Ritmo, melodia, harmonia

Técnicas: vocal, instrumental e mista

Gênero: popular, folclórico e étnico

- MOVIMENTOS E PERÍODOS

Música engajada

Música Popular Brasileira

Música Contemporânea

ARTES VISUAIS

- ELEMENTOS FORMAIS

Linha, forma, volume, textura, superfície, cor e luz

- COMPOSIÇÃO

Bidimensional, tridimensional, figura- fundo, ritmo visual

Técnicas: pintura, grafitte, perfomance

Gêneros: paisagem urbana, cenas do cotidiano

- MOVIMENTOS E PERÍODOS

Realismo

Vanguardas

Muralismo

Arte latino-americana

Hip-hop (grafitte)

TEATRO

- ELEMENTOS FORMAIS

Personagem, expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

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Ação e espaço

- COMPOSIÇÃO

Monólogo, Jogos teatrais, direção, ensaio e teatro fórum

Dramaturgia, cenografia, sonoplastia, iluminação e figurino

- MOVIMENTOS E PERÍODOS

Teatro engajado

Teatro do absurdo

Teatro do oprimido

Teatro Pobre

Vanguarda

DANÇA

- ELEMENTOS FORMAIS

Movimento corporal, tempo e espaço

- COMPOSIÇÃO

Ponto de apoio, peso, fluxo, quedas, saltos, giros, rolamentos

Extensão (perto e longe)

Coreografia

Deslocamento

Gêneros: performance e moderna

- MOVIMENTOS E PERÍODOS

Dança contemporânea

Dança Moderna

Vanguardas

METODOLOGIA

• Exercícios de leituras de imagens, apreciação auidovisual ou sonora,

seguidas de dinâmicas, motivando o reconhecimento dos elementos das

diferentes linguagens, de forma a relacioná-las com o seu cotidiano;

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• Exercício da oralidade e da expressividade por meio de apresentações

individuais e coletivas, além da constante reflexão e discussão dos próprios

trabalhos e dos colegas;

• Apreciação de imagens de diferentes naturezas: produções artísticas,

fotografia, imagens publicitárias e televisivas, de maneira a contribuir

efetivamente para a construção do imaginário estético e ético da formação

dos alunos;

• Produção visual, audiovisual, sonora, cênica ou de movimento, com

pesquisa e exploração de procedimentos e materiais diversificados;

• Trabalho de pesquisa e produção teórica, com embasamento e

argumentação;

• Organização de exposições das produções dos alunos, em mostras

culturais;

• Criação de combinações rítmicas para expressar-se através do corpo,

explorando os sons de instrumentos musicais, como os de percussão, além

do próprio corpo como instrumento;

• Trabalho com expressão corporal através de exercícios de improvisação

teatral e jogos dramáticos;

AVALIAÇÃO

A avaliação, no sentido de rever a prática pedagógica de modo que leve ao

aluno a apropriação do conhecimento, assume caráter dinâmico, contínuo e

cooperativo da prática pedagógica e requer participação de todos os envolvidos no

processo.

É interessante, portanto, que seja avaliado o processo, ou seja, o domínio

que o aluno vai adquirindo dos modos de organização dos conteúdos para que ele

possa se expressar.

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A forma de acompanhamento do aprendizado deve refletir o trabalho

realizado, privilegiando os conteúdos já dominados pelo aluno ou aqueles que

foram ampliados ao longo do percurso.

De forma a não tornar a avaliação totalmente subjetiva, deve estar pautada

em critérios previamente estabelecidos, os quais constituem níveis de idealidade a

serem atingidos.

Este processo será contínuo, somando práticas em sala, trabalhos de

pesquisa, apresentações, seminários, entre outros, além de avaliações escritas e

do próprio acompanhamento sobre a organização e a participação ativa e crítica

do aluno em sala.

O processo de recuperação dos conteúdos acontecerá de forma paralela,

sendo que para as propostas práticas, será revisado o conteúdo em questão e

proposto ao aluno que reelabore o trabalho. Já para as propostas teóricas, um

novo instrumento de avaliação será utilizado, também após revisão dos

conteúdos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CALABRIA, Carla Paula B, Raquel Valle Martins. Arte, história & produção. São

Paulo: FTD, 1997 vol. 1 e 2.

CANTELE, Bruna Renata, Angela Cantele Leonardi. Arte linguagem Visual. São

Paulo: IBEP, s/ d.

COOL, César, Ana Teberosky. Aprendendo arte. São Paulo: Ática, 2000.

HADDAD, Denise A., Dulce Gonçalves Morbim. A arte de fazer arte. São Paulo:

Saraiva,2001, 2.ª ed.

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Page 68: ESCOLA ESTADUAL CONSTANTINO MAROCHI · principalmente dos arredores de Curitiba, como pouso de tropeiros gaúchos em ... usando técnicas de cultivos e conservação de alimentos

IAVELBERG, Rosa. Para gostar de aprender arte: sala de aula e formação de

professores. Porto Alegre: Artmed, 2003.

OTT, Robert William. Ensinando crítica nos museus. In: Arte-educação: leitura

de subsolo – Ana Mae Barbosa (org.) – São Paulo: Cortez, 1997.

PROENÇA, Graça. História da arte. São Paulo: Ática,1997

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CIÊNCIAS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento

científico que resulta da investigação da Natureza. Sendo que a Natureza legitima

o ensino desta disciplina, porém, o homem tem uma forte influência que determina

os fatores naturais. Permitindo a ele a dominação e a incorporação de técnicas

determinantes neste processo. Levadas por fortes influências políticas, sociais e

tecnológicas, envolvendo todos os fatores culturais.

A historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento

científico, mas também as técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido,

as tradições de pesquisa que o produzem e as instituições que as apóiam

(KNELLER, 1980). Nesses termos, analisar o passado da ciência e daqueles que

a construíram, significa identificar as diferentes formas de pensar sobre a

Natureza nos diversos momentos históricos.

Segundo Marandino (2005), o processo de socialização do conhecimento

científico caracteriza-se por grandes desafios e embates, principalmente no que

se refere à polêmica estabelecida a respeito dos objetivos do ensino de Ciências.

As necessidades de uma cultura científica a um público cada vez mais amplo,

como instrumento de cidadania, se contrapõe ao perigo de que a divulgação

científica possa assumir o papel de manter o “status quo” daqueles envolvidos na

produção do conhecimento, ou mesmo que a complexidade da ciência

impossibilitaria seu domínio pelo público ‘não-iniciado’ ” (MARANDINO, 2005, p.

162).

O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder

que se estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel

reservado à educação na socialização desse conhecimento e no conflito de

interesses entre antigas e recentes profissões, “frutos das novas relações de

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trabalho que se originaram nas sociedades contemporâneas, centradas na

informação e no consumo” (MARANDINO, 2005, p.162).

Os museus de história natural, juntamente com outras antigas instituições

como as universidades e os institutos de pesquisa, contribuíram para a

consolidação e institucionalização das Ciências Naturais no país ao longo do

século XIX. O Museu Nacional do Rio de Janeiro e, depois, o conjunto dos

museus brasileiros contribuíram tanto no que diz respeito à produção do

conhecimento científico quanto no ensino de Ciências.

Esses loci institucionais, constituídos especificamente com o fim de armazenar coleções e permitir o desenvolvimento dos estudos taxonômicos e sistemáticos, testemunharam que não só existiu atividade científica no Brasil no século XIX, no âmbito das ciências naturais, como também a quantidade, a qualidade e a continuidade de suas manifestações superaram as expectativas (LOPES, 1997, p.323).

Na Primeira República (1889-1930), as poucas instituições escolares que

existiam nas cidades, freqüentadas pelos filhos da elite, contratavam professores

estrangeiros dedicados a ensinar conhecimento científico em caráter formativo.

Aos filhos da classe trabalhadora, principalmente agricultores, era destinado um

ensino em que os professores não tinham formação especializada, trabalhavam

em várias escolas e ensinavam conhecimento científico sob caráter informativo

(GHIRALDELLI JR., 1991).

Então, o mesmo conhecimento produzido pela pesquisa científica era

organizado, selecionado e socializado de formas diferenciadas. Porém, a

organização curricular em disciplinas tem sido prática hegemônica na história do

currículo (MACEDO e LOPES, 2002).

Com relação à disciplina Ciências,

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Desde os estudiosos de química e física do iluminismo, herdeiros dos filósofos que tentaram explicar os fenômenos naturais na Antigüidade, aos naturalistas que se ocupavam da descrição das maravilhas naturais do novo mundo, passando pelos pioneiros do campo da medicina, todos contribuíram no desenvolvimento de campos de saber que acabaram reunidos, na escola, sob o nome de ciências, ciências físicas e biológicas, ciências da vida, ou ciências naturais (FERNANDES, 2005, p.04).

No entanto, o ensino de Ciências na escola não pode ser reduzido à

integração de campos de referência como a Biologia, a Física, a Química, a

Geologia, a Astronomia, entre outras. A consolidação desta disciplina vai além e

aponta para “questões que ultrapassam os campos de saber científico e do saber

acadêmico, cruzando fins educacionais e fins sociais” (MACEDO e LOPES, 2002,

p.84), de modo a possibilitar ao educando a compreensão dos conhecimentos

científicos que resultam da investigação da Natureza, em um contexto histórico-

social, tecnológico, cultural, ético e político.

Na cronologia da Ciência no Brasil, no ano de 1931 houve a consolidação

do currículo nas Escolas, com o objetivo de transmitir os conhecimentos científicos

provenientes de diferentes ciências naturais. Na década de 1940 o ensino

objetivava a preparação de uma “elite condutora” e para tal, “a legislação era

clara: a escola deveria contribuir para a divisão de classes e, desde cedo, separar

pelas diferenças de chances de aquisição cultural, dirigentes e dirigidos”

(GHIRALDELLI JR., 1991, p.86).

Em 1946 foi a criação do IBEC cujo objetivo era “promover a melhoria da

formação científica dos alunos que ingressariam no ensino superior. O Ibecc

proporcionou o desenvolvimento de pesquisas e treinamento de professores, bem

como a implantação de projetos que influenciaram a divulgação científica na

escola por meio de atividades como mostras de projetos em feiras, visitas a

museus e os campos de saber científico e da criação de Clubes de Ciências.

Desenvolveu, também, o projeto “Iniciação Científica” e produziu kits destinados

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ao ensino de Física, Química e Biologia para estudantes dos cursos primário e

secundário (BARRA e LORENZ, 1986).

Em meados da década de 1950, o contexto mundial acompanhava uma

tendência em que ciência e tecnologia foram reconhecidas como atividades

essenciais no desenvolvimento econômico, cultural e social (KRASILCHIK, 2000).

Esses movimentos, tanto internacionais quanto nacionais, refletiram diretamente

no ensino de Ciências interferindo, no caso brasileiro, nas atividades realizadas

pelo Ibecc.

A “Guerra Fria”contribuiu muito para se repensar o ensino de Ciências. Um

marco importante, nesse período histórico, foi o lançamento do satélite artificial

soviético que conferiu à URSS vitória parcial na corrida espacial.

Os EUA, naquele momento, passaram a se preocupar com a formação

escolar de base científica, pois buscavam explicações para a derrota parcial na

corrida espacial.

Os Estados Unidos buscavam culpados em 1957 por sua desvantagem na

corrida espacial. Um apareceu em evidência: a escola. Mais precisamente,

o ensino de Ciências ou, ainda mais, as deficiências do sistema educacional

estadunidense foram apontadas como responsáveis pelas desvantagens

tecnológicas (CHASSOT, 2004, p.24).

Com o apoio das sociedades científicas, das universidades e de

acadêmicos renomados, apoiados pelo governo dos EUA e da Inglaterra, foram

elaborados projetos que tiveram circulação no Brasil, mediados pelo Ibecc.

Esses projetos visavam à formação e a identificação de uma elite com

reflexos da política governamental, de uma concepção de ciência neutra e de uma

concepção de educação científica com base em aulas práticas. Tais ideias

atingiram a escola brasileira na década de 1960 pela necessidade de preparação

dos estudantes “mais aptos” para defesa do progresso, da ciência e da tecnologia

nacionais.

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As decisões políticas instituídas na LDB nº 4024/61 apontaram para o

fortalecimento e consolidação do ensino de Ciências no currículo escolar. Um dos

avanços em relação às reformas educacionais de décadas anteriores foi a

ampliação da participação da disciplina de Ciências Naturais no currículo escolar,

ampliando para todas as séries da etapa ginasial a necessidade do preparo do

indivíduo (e da sociedade como um todo) para o domínio dos recursos científicos

e tecnológicos por meio do exercício do método científico.

Esta mesma LDB revogou a obrigatoriedade das escolas adotarem

programas oficiais desenvolvidos pelo Ibecc, possibilitando mais liberdade na

escolha dos conteúdos numa tentativa de utilizar o livro didático como instrumento

de mudanças no ensino de Ciências. Nesse sentido, a nova lei propiciou ao Ibecc

o intercâmbio de livros didáticos elaborados e adotados em outros países, como

EUA e Inglaterra.

Os livros traduzidos e adaptados à realidade brasileira tinham como objetivo

maior preparar o cidadão para pensar lógica e criticamente, para que o mesmo

tivesse condições de tomar decisões com base em informações e dados.

Porém, o golpe militar de 1964 impôs mudanças no sentido de direcionar o

ensino como um todo, envolvendo dessa forma os conhecimentos científicos para

a formação do trabalhador, “considerado agora peças importante para o

desenvolvimento econômico do país” (KRASILCHIK, 2000, p.86).

As mudanças levaram ao ensino tecnicista, preparando o aluno para mão-

de-obra técnico-científica visando às necessidades do mercado de trabalho e do

desenvolvimento industrial e tecnológico do país, sob controle do regime militar.

Mesmo com a consolidação do ensino de Ciências naturais no currículo

escolar desde os anos de 1950, na década de 1980 o ensino de Ciências

orientava-se por um currículo “conteudista”.

Ao final da década de 1980 e início da seguinte, no Estado do Paraná, a

Secretaria de Estado da Educação propôs o Currículo Básico para o ensino de 1°

grau, construindo sob o referencial teórico da pedagogia histórico crítica. Este

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documento resultou de reflexões e discussões realizadas no Estado do Paraná,

visando debater os conteúdos e as orientações de encaminhamento metodológico.

Esse programa analisava as relações entre escola, trabalho e cidadania.

Com a promulgação da LDB nº 9394/96, que estabeleceu as Diretrizes e

Bases para a Educação Nacional, fora produzidos os Parâmetros Curriculares

Nacionais (PCN) que propunham uma nova organização curricular em âmbito

federal. O Currículo Básico foi desvalorizado e os PCN contribuíram para a perda

de identidade da disciplina de Ciências, pois parte de seus conteúdos mais

tradicionais foram englobados pelos Temas Transversais.

Entretanto, os conceitos científicos escolares que fundamentam o trabalho

com esses temas não eram enfatizados, ficavam em segundo plano. A ênfase no

desenvolvimento de atitudes e valores, bem como no trabalho pedagógico com os

temas transversais enfraqueceram o ensino dos conteúdos científicos na disciplina

de Ciências. Como não dava-se ênfase nos conceitos científicos o objeto de

estudo da disciplina havia ficado em segundo plano.

As Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que

resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por

Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda

sua complexidade. Ao Homem cabe interpretar racionalmente os fenômenos

observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais

como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida.

Um ponto importante a ser considerado na produção do conhecimento

científico diz respeito ao caminho percorrido pelos pesquisadores para formular

“descrições, interpretações, leis, teorias, modelos, etc., sobre uma parcela da

realidade” (FREIRE-MAIA,2000, p.18). Não se pode negligenciar, então, a

fragmentação que ocorre na produção do conhecimento científico que resulta da

investigação da Natureza, pois não existe nos dias atuais uma única ciência que

possa assegurar o estudo da realidade em todas as suas dimensões.

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A incursão pela história da ciência permite identificar que não existe um

único método científico, mas a configuração de métodos científicos que se

modificaram com o passar do tempo. Desde os pensadores gregos até o momento

histórico marcado pelo positivismo, principalmente com Comte, no século XIX,

observa-se uma crescente valorização do método científico, porém, com

posicionamentos epistemológicos diferentes em cada

momento histórico.

Contrário à clássica valorização do método científico, Bachelard afirma que

a ciência vive o método do seu tempo.

As discussões contemporâneas relativas à existência e à natureza do método científico são feitas, (...), num contexto menos ambicioso do que aquele que predominou algumas décadas atrás. Menos ambicioso, uma vez que é disseminada a tese que defende a impossibilidade de um mesmo método ser aplicável a todo e qualquer domínio de investigação científica. Contudo, além de menos ambicioso, parece-nos que as discussões atuais são igualmente menos abrangentes. Não apenas cada uma das áreas pode desenvolver e usar o seu próprio método, mas como também é possível que este último não seja singular, isto é, o mesmo domínio de investigação científica poderá dispor de mais de um recurso metodológico: o pluralismo metodológico é uma atitude amplamente adotada nos dias de hoje, seja por filósofos, seja por cientistas (VIDEIRA, 2006, p.39).

As etapas que compõem o método científico são determinadas

historicamente sob influências e exigências sociais, econômicas, éticas e políticas.

Acrescenta-se que, apesar de traços comuns poderem ser identificados nas

pesquisas realizadas dentre as especialidades das ciências naturais, por conta

dos diferentes métodos científicos, “o alcance e, simultaneamente, a limitação do

conhecimento científico” (DELIZOCOV e ANGOTTI, 1998, p.41), também podem

ser apontados como pontos importantes.

No ensino de Ciências, ao assumir posicionamento contrário ao método

único para toda e qualquer investigação científica da Natureza, faz-se necessário

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ampliar os encaminhamentos metodológicos para abordar os conteúdos escolares

de modo que os alunos superem os obstáculos conceituais oriundos de sua

vivência cultural.

Gaston Bachelard (1884-1962) contribuiu de forma significativa com

reflexões voltadas à produção do conhecimento científico, apontando caminhos

para a compreensão de que, na ciência, rompe-se com modelos científicos

anteriormente aceitos como explicações para determinados fenômenos da

natureza. Para esse autor existem três grandes períodos do desenvolvimento do

conhecimento científico:

O primeiro período, que representa o estado pré-científico, compreenderia tanto a Antigüidade clássica quanto os séculos de renascimento e de novas buscas, como os séculos XVI, XVII e até XVIII. O segundo período, que representa o científico, em preparação no fim do século XVIII, se estenderia por todo o século XIX e início do século XX. Em terceiro lugar, consideraríamos o ano de 1905 como o início da era do espírito científico, momento em que a Relatividade de Einstein deforma conceitos primordiais que eram tidos como fixados para sempre (BACHELARD, 1996, p.9).

O pensamento pré-científico representa, segundo Bachelard (1996), um

período marcado pela construção racional e empírica do conhecimento científico.

Este estado representa a busca da superação das explicações míticas, com

base em sucessivas observações empíricas e descrições técnicas de fenômenos

da natureza, além de intenso registro dos conhecimentos científicos desde a

Antiguidade até fins do séc. XVIII. Dentre inúmeras publicações Corpus

Aristotelicum, de Aristóteles, De Humani Corporis Fabrica, de Vesálius (1543),

Almagesto, de Ptolomeu (1515); Systema Naturae, de Lineu (1735), podem

representar muito bem este período, em que se registrava o conhecimento

científico em grandes obras que o divulgava.

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No estado pré-científico, foram formulados alguns modelos do

Geocentrismo, Heliocentrismo, entre outros modelos como organicismo, fixismo,

evolucionismo, mecanismo.

O século XIX foi, segundo Bachelard (1996), um período histórico marcado

pelo estado científico, em que um único método científico constitui-se para a

compreensão da Natureza. Isto não significa que no período pré-científico os

naturalistas não se utilizavam de métodos para a investigação da Natureza,

porém, tal investigação reduzia-se ao uso de instrumentos e técnicas isolados.

O método científico, como estratégia de investigação, é constituído por

procedimentos experimentais, levantamento e teste de hipóteses, axiomatização e

síntese leis ou teorias. Isso produz um conhecimento (científico) a respeito de um

determinado recorte da realidade, o que rompe com a forma de construção e

divulgação do conhecimento feita no período pré-científico.

No período do estado científico buscou-se a universalidade do método

cartesiano de investigação dos fenômenos da natureza, com maior divulgação do

conhecimento científico em obras caracterizadas por uma linguagem simples.

O período do estado científico foi marcado, também, por publicações de

cunho científico não-literárias, com linguagem menos apropriada à divulgação,

voltadas a uma elite intelectual que as acessava por meio dos cursos

universitários.

O estado do novo espírito científico configura-se também, como um período

fortemente marcado pela aceleração da produção científica e a necessidade de

divulgação, em que a tecnologia influenciou e sofreu influências dos avanços

científicos. Segundo Sevcenko (2001), mais de oitenta por cento dos avanços

científicos e inovações técnicas ocorreram nos últimos cem anos, destes, mais de

dois terços após a Segunda Guerra Mundial. Ainda, cerca de setenta por cento de

todos os cientistas, engenheiros, técnicos e pesquisadores formados desde o

início da ciência ainda estão vivos, continuam a contribuir com pesquisas e

produzir conhecimento científico.

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Ressalta-se que, se o ensino de Ciências na atualidade representasse a

superação dos estados pré-científico e científico, na mesma expressividade em

que ocorre na atividade científica e tecnológica, o processo de produção do

conhecimento científico seria mais bem vivenciado no âmbito escolar,

possibilitando discussões acerca de como a ciência realmente funciona (DURANT,

2002).

OBJETIVOS GERAIS

Os objetivos no ensino fundamental são concebidos para que o aluno

desenvolva competências que lhe permitam compreender o mundo e atuar como

indivíduo e como cidadão, utilizando conhecimentos de natureza científica e

tecnológica.

O ensino de Ciências Naturais deverá então se organizar de forma que, ao

final do ensino fundamental, os alunos tenham desenvolvido as seguintes

capacidades:

1. compreender a natureza e o ser humano como agente de

transformação, em relação aos demais seres vivos e outros

componentes do ambiente;

2. compreender a Ciência como um processo de produção de

conhecimento e uma atividade humana, histórica, associada a

aspectos de ordem social, econômica, política e cultural;

3. identificar relações entre conhecimento científico, produção de

tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em sua

evolução histórica, e compreender a tecnologia como meio para

suprir necessidades humanas, sabendo elaborar juízo sobre riscos e

benefícios das práticas científico-tecnológicas;

4. reconhecer que a humanidade sempre se envolveu com o

conhecimento da natureza, e que a Ciência é uma forma de

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desenvolver este conhecimento, relacionando-o com outras

atividades humanas;

5. valorizar o cuidado com o próprio corpo, com atenção para o

desenvolvimento da sexualidade e para os hábitos de alimentação,

de convívio e de lazer;

6. valorizar a vida em sua diversidade e a conservação dos ambientes;

7. elaborar perguntas e hipóteses, selecionando e organizando dados e

idéias para resolver problemas;

8. caracterizar os movimentos visíveis de corpos celestes no horizonte

e seu papel na orientação espaço-temporal hoje e no passado da

humanidade;

9. localizar a Terra no espaço;

10.definir astronomia;

11.conceituar o Universo;

12.entender os movimentos de rotação e translação;

13. relacionar os principais corpos celestes e suas características;

14.conhecer a importância da Astronáutica e da corrida espacial;

15.entender como e por que o homem conquistou a Lua;

16. reconhecer os instrumentos usados para estudos espaciais;

17.conhecer os projetos do futuro;

18.caracterizar as condições e a diversidade de vida no planeta Terra

em diferentes espaços, particularmente nos ecossistemas

brasileiros;

19. interpretar situações de equilíbrio e desequilíbrio ambiental

relacionando informações sobre a interferência do ser humano e a

dinâmica das cadeias alimentares;

20. identificar diferentes tecnologias que permitem as transformações de

materiais e de energia necessárias a atividades humanas essenciais

hoje e no passado;

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21.compreender a alimentação humana, a obtenção e a conservação

dos alimentos, sua digestão no organismo e o papel dos nutrientes

na sua constituição e saúde;

22.compreender e exemplificar como as necessidades humanas, de

caráter social, prático ou cultural, contribuem para o desenvolvimento

do conhecimento científico ou, no sentido inverso, beneficiam-se

desse conhecimento;

23.compreender as relações de mão dupla entre o processo social e a

evolução das tecnologias, associadas à compreensão dos processos

de transformação de energia, dos materiais e da vida;

24.valorizar a disseminação de informações socialmente relevantes aos

membros da sua comunidade;

25.confrontar as diferentes explicações individuais e coletivas,

reconhecendo a existência de diferentes modelos explicativos na

Ciência, inclusive de caráter histórico, respeitando as opiniões, para

reelaborar suas idéias e interpretações;

26.elaborar individualmente e em grupo relatos orais, escritos,

perguntas e suposições acerca do tema em estudo, estabelecendo

relações entre as informações obtidas por meio de trabalhos práticos

e de textos, registrando suas próprias sínteses mediante tabelas,

gráficos, esquemas, textos ou maquetes;

27.compreender como as teorias geocêntrica e heliocêntrica explicam

os movimentos dos corpos celestes, relacionando esses movimentos

a dados de observação e à importância histórica dessas diferentes

visões;

28.compreender a história evolutiva dos seres vivos, relacionando-a aos

processos de formação do planeta;

29.caracterizar as transformações tanto naturais como induzidas pelas

atividades humanas, na atmosfera, na litosfera, na hidrosfera e na

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biosfera, associadas aos ciclos dos materiais e ao fluxo de energia

na Terra, reconhecendo a necessidade de investimento para

preservar o ambiente em geral e, particularmente, em sua região;

30.compreender o corpo humano e sua saúde como um todo integrado

por dimensões biológicas, afetivas e sociais, relacionando a

prevenção de doenças e promoção de saúde das comunidades a

políticas públicas adequadas;

31.compreender as diferentes dimensões da reprodução humana e os

métodos anticoncepcionais, valorizando o sexo seguro e a gravidez

planejada.

A proposta de trabalhar questões de relevância social aponta para o

compromisso a ser partilhado por professores de todas as áreas, uma vez que é

preciso enfrentar os constantes desafios de uma sociedade, que se transforma e

exige continuamente dos cidadãos a tomada de decisões, em meio a uma

complexidade social crescente. Uma vez que o conhecimento não se desenvolve

a margem de variáveis afetivas e sociais, a capacidade de reflexão crítica é

forjada durante o processo de ensino e aprendizagem, ao lado da convivência

social.

A perspectiva não é o tratamento simultâneo de um mesmo tema

transversal por todas as áreas. Ou, ao contrário, uma abordagem apenas em

ocasiões extraordinárias. Para que se tornem significativos no processo

educacional, devem ser trabalhados em diferentes contextos, em níveis

crescentes de complexidade e articulados à escolha e tratamento dos conteúdos.

CONTEÚDOS

O tratamento dos conteúdos estruturantes e de seus desdobramentos- os

conteúdos específicos- numa abordagem crítica e histórica, pressupõe a utilização

de conhecimentos físicos, químicos e biológicos para o estudo dos fenômenos

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naturais. Para que isso se efetive, alguns conceitos científicos são fundamentais e

precisam ser estudados e constantemente retomados, para que os alunos

compreendam que o objeto de estudo da disciplina, permeia a sua prática social.

• Conceitos fundamentais: matérias, partícula, átomo, molécula, corpo/

objeto, massa de peso dos corpos, elemento químico; fenômenos físicos,

químico e biológico;

• Acidentes de trânsito relacionados ao uso de drogas ( álcool )- causas e

consequências; Tempo de reação e reflexo comparado entre um organismo

que ingeriu drogas ( álcool ) e um embriagado; Efeitos do álcool e outras

drogas no organismo; Prevenção de acidentes.

• Propriedades gerais da matéria: massa, inércia, impenetrabilidade,

compressibilidade, elasticidade, divisibilidade, indestrutibilidade.

• Propriedades específicas da matéria: organolépticas, físicas e químicas.

Como se pode perceber, os conteúdos específicos são desdobrados e

estabelecem relações com todos os conteúdos estruturastes, sob algum aspecto.

Cabe ressaltar que tanto nesse exemplo quanto em qualquer outro conteúdo

específico, as possibilidades de relações são inúmeras e devem ser estabelecidas

considerando-se as orientações destas diretrizes, a experiência profissional, a

caminhada pedagógica do professor e a discussão com seus pares.

Para todos os conteúdos específicos elencados nesta proposta, a relação

com o movimento é importante, pois é por meio desta inter-relação, também, que

os alunos poderão compreender a concepção de ciência, de tecnologia e de

sociedade adotadas, a intencionalidade de produção científica, a provisoriedade

da ciência, a sua aplicabilidade no cotidiano, a historicidade dos conhecimentos

científicos e a inter-relação destes com os outros saberes historicamente

produzidos.

Por meio dos conteúdos específicos da disciplina, esses aspectos

possibilitam uma análise mais ampla do contexto, pois, estendem a discussão

para além do conteúdo específico, alcançando diferentes instâncias da sociedade,

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as quais, embora não estejam explícitas, influenciam diretamente na prática social

do sujeito. Essa discussão, análise e reflexão é de fundamental importância, no

âmbito escolar, para que os alunos assumam uma postura crítica e

transformadora de suas pré-concepções e conceitos sobre a realidade.

5ª SÉRIE

ASTRONOMIA

• Universo

• Sistema Solar

• Movimentos Terrestres

• Movimentos Celestes

MATÉRIA

a.Constituição da Matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS

• Níveis de organização.

ENERGIA

• Formas de Energia

• Conversão de Energia

• Transmissão de Energia

BIODIVERSIDADE

• Organização dos Seres Vivos

• Ecossistema

• Evolução dos Seres Vivos

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6ª SÉRIE

ASTRONOMIA

• Astros

• Movimentos Terrestres

• Movimentos Celestes

MATÉRIA

III. Constituição da Matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS

III. Célula

IV. Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos

ENERGIA

XI. Formas de Energia

XII. Transmissão de energia

BIODIVERSIDADE

• Origem da Vida

• Organização dos Seres Vivos

• Sistemática

7ª SÉRIE

ASTRONOMIA

• Origem e Evolução do Universo

MATÉRIA

IV. Constituição da Matéria

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SISTEMAS BIOLÓGICOS

• Célula

• Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos

ENERGIA

• Formas de Energia

BIODIVERSIDADE

• Interações ecológicas

8ª SÉRIE

ASTRONOMIA

• Astros

• Gravitação Universal

MATÉRIA

• Propriedades da Matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS

• Mecanismo de Herança Genética

• Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos

ENERGIA

• Formas de Energia

• Conservação de Energia

BIODIVERSIDADE

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• Evolução dos seres vivos

METODOLOGIA

Durante muitos séculos, o ser humano se imaginou no centro do Universo,

com a natureza a sua disposição, a apropriou-se de seus processos, alterou seus

ciclos, redefiniu seus espaços, mas acabou deparando-se com uma crise

ambiental que coloca em risco a vida no planeta, inclusive a sua.

É fundamental entender e ver a Ciência como elaboração humana para

compreensão do mundo.

Sendo a Ciência utilizada como base nos diversos ramos do conhecimento

e na formação do indivíduo, a disciplina de Ciências desenvolverá seus conteúdos

fazendo a reflexão e contextualização com os temas das relações Étnicos-Raciais

e a História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena conforme a Lei nº 11645/08, com

a História do Paraná conforme a Lei nº 13381/0, Educação Sexual e Prevenção à

AIDS e DST conforme Lei nº 11733/97, e o Meio Ambiente, Lei nº 9795/99 que

inclui oficialmente no currículo a obrigatoriedade do ensino destas temáticas na

rede de ensino.

Selecionar os conteúdos a serem abordados, requer uma visão ampla das

necessidades do aluno e da comunidade na qual ele está inserido, deve-se levar

em consideração o conhecimento prévio que esse aluno nos trás e verificar seus

anseios.

Reconhecida e complexidade da Ciência, é preciso aproximá-la da

compreensão do estudante, favorecendo seu processo pessoal de constituição do

conhecimento científico e de outras capacidades necessárias à cidadania. É com

esta perspectiva e alguns critérios na seleção de conteúdos devem ser

destacados:

• os conteúdos devem favorecer a construção, pelos estudantes, de uma

visão de mundo como um todo formado por elementos inter-relacionados,

entre os quais o ser humano, agente de transformação. Devem promover

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as relações entre diferentes fenômenos naturais e objetos da tecnologia,

entre si e reciprocamente, possibilitando a percepção de um mundo em

transformação e sua explicação científica permanentemente reelaborada;

• os conteúdos devem ser relevantes do ponto de vista social, cultural e

científico, permitindo ao estudante compreender, em seu cotidiano, as

relações entre o ser humano e a natureza mediadas pela tecnologia,

superando interpretações ingênuas sobre a realidade a sua volta;

• Os conteúdos devem constituir em fatos, conceitos, procedimento, atitudes

e valores a serem promovidos de forma compatível com as possibilidades e

necessidades de aprendizagem do estudante, de maneira que ele possa

operar com tais conteúdos e avanças efetivamente nos seus

conhecimentos.

Devemos entender:

- o ensinar como a tarefa da escola de conduzir o aluno à produção de

pensamento criativos/autônomo;

- a aprendizagem, complexo que se dá no campo conceitual, algo mais

que assimilação do conteúdo.

Logo, a metodologia da ação didática deve pressupor os elementos

básicos: as situações, os procedimentos e as representações simbólicas.

Na aprendizagem significativa não se dissociam o pensar, o agir e o

concluir.

Tendo o fenômeno da vida como objetivo central dos “comos” e dos

“porquês”, a proposta de trabalhar com o processo ensino-aprendizagem de

ciências, pretende apresentar uma visão integrada das ciências, abordando os

fatos e fenômenos em suas especificidades, sem perder de vista seus aspectos

gerais.

As etapas metodológicas procuram contemplar os múltiplos elementos,

visam balizar o planejamento de intervenção do professor na trajetória da

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aprendizagem e deverão facilitar a articulação e a organização das idéias pela

formulação de hipóteses e conclusões.

Os alunos têm idéias, atitudes sobre este ou aquele fenômeno devido a sua

experiência na família, no seu meio sócio-cultural, sua formação incidental

reiterada que forma o senso comum.

Na primeira etapa, abordagem inicial, é apresentada a situação, fato ou

fenômeno. É quando se da o confronto entre conhecimento previamente

acumulado e o conhecimento/conteúdo a ser sistematizado de acordo com os

padrões de escolaridade.

As atividades propostas, nesta etapa, têm a característica de serem

questionastes e deverão permitir que o aluno se expresse livremente,

evidenciando o nível conceitual e outros aspectos da elaboração do

conhecimento. É quando inicia o diálogo pedagógico entre X- conhecimento do

aluno e Y- conhecimento do professor. Este momento oportuniza o professor

“ouvir de seus alunos quais os significados pessoais que dão para o que estão

estudando”, conhecer o “ponto de partida” do aluno, o que facilitará ao professor

elaborar sua intervenção problematizadora e de mais instrumentos de sua

mediação no processo de ensino-aprendizagem.

A segunda etapa, procedimentos didáticos para desenvolver o processo de

ensino-aprendizagem requer um trabalho prévio de análise da primeira etapa, isto

é, do nível de informação, compreensão e / ou conhecimento que o aluno tem

sobre o conteúdo a ser estudado. Este procedimento orientará a ação do

professor para que possa desenvolver atividades que possibilitem ao aluno

problematizar a leitura e a interpretação do mundo.

Para isso o conjunto das atividades constará ora de observação, ora de

experimentação, oportunizando ao aluno o contato direto (agir) com os fenômenos

naturais ou provocados, ou de elaboração de modelos.

Este momento é proposto entendendo a escola como o lugar privilegiado do

prazer de aprender, da alegria da criação, do desafio da dúvida, da elaboração e

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acolhimento de hipóteses, estímulo à vivência da superação da ignorância e não

das respostas prontas.

É importante garantir a oportunidade para a discussão, onde o professor

deverá agir como mediador, problematizar e promover a evolução conceitual, e

onde é o momento da ação do sujeito aluno.

A construção do conhecimento precisa de tempo para reflexão, perguntas,

respostas, conclusões.

A terceira etapa é a da posse, pelo aluno, da representação simbólica e

das fundamentações conceituais da ciência. Sem ignorar que, em todo o

processo, o ser humano lida com diversos, e igualmente legítimos, tipos de

linguagem.

AVALIAÇÃO

A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a

intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual

informa ao professor o que foi aprendido pelo estudante, e informa ao estudante

quais são seus avanços, dificuldades e possibilidades. Leva o professor a uma

reflexão sobre a eficiência de sua prática educativa e, desse modo, orienta o

ajuste de sua intervenção pedagógica para que o aluno aprenda. Possibilita

também à equipe escolar definir prioridades em suas ações educativas.

Segundo SAUL (1991):

“O processo avaliativo consiste, basicamente, na determinação do quanto os objetivos educacionais estão sendo atingidos por programas curriculares e instrucionais. (...) os objetivos visados traduzem certas mudanças desejáveis nos padrões de comportamento do aluno, a avaliação é o processo destinado a verificar o grau em que essas mudanças comportamentais estão ocorrendo. (...) A avaliação deve julgar o comportamento dos alunos, pois o que se

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pretende em educação é justamente modificar tais comportamentos”.

Longe de ser apenas um momento final do processo de ensino, a avaliação

se inicia quando os estudantes demonstram seu conhecimento prévio.

A avaliação deve ser:

• um processo contínuo e sistemático; portanto, ser constante e planejada,

fornecendo retorno ao professor e permitindo a recuperação do aluno;

• funcional, porque verifica se os objetivos previstos estão sendo atingidos;

• orientadora, pois permite ao aluno conhecer seus erros e corrigi-los;

• integral, considera o aluno como um todo e não apenas nos aspectos

cognitivos, como também comportamentais e a sua habilidade psicomotora.

É importante salientarmos que a avaliação não deve basear-se na

verificação somente do conteúdo aprendido, como destaca PAULO FREIRE

(1983, p.66):

O educador faz “depósitos” de conteúdos que devem ser arquivados pelos educandos. Desta maneira a educação se torna um ato de depositar, em que os educandos são os depositários e o educador o depositante. O educador será tanto melhor educador quanto mais conseguir “depositar” nos educandos. Os educandos,por sua vez, serão tanto melhores educados, quanto mais conseguirem arquivar os depósitos feitos.

Mas a avaliação deve também verificar as mudanças ocorridas no aluno.

Dessa forma não estaremos considerando nosso aluno como um banco de dados

e sim um transformador e multiplicador do conhecimento.

Em Ciências, são muitas as formas de avaliações possíveis: individual,

coletiva, oral e escrita. Os instrumentos de avaliação se comportam, por um lado,

a observação sistemática durante as aulas sobre as perguntas feitas pelos

estudantes, às respostas dadas, os registros de debates, de entrevistas, de

pesquisas, de filmes, de experimentos, feiras de Ciências, entre outros, por outro

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lado às atividades especificas de avaliação, como comunicações de pesquisa,

participação em debates, relatório de leitura, de experimentos e provas

dissertativas ou de múltipla escolha.

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

ABREU, D. C. de et.al. Concepções e tendências da educação e suas

manifestações na prática pedagógica escolar.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Avaliação, sociedade e escola:

fundamentos para reflexão.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo básico para a escola

pública do estado do Paraná.

TEIXEIRA, P. M. M. A educação científica sob a perspectiva da pedagogia

histórico- critica e do movimento C.T.S. no ensino de ciências.

SANTOS, C.S. dos Ensinos de ciências: abordagem histórico- crítica.

VALLE, Cecília. Coleção Manual do Professor.ª Edição – Curitiba - Nova Didática,

2004.

LEMBO, Antonio; MOISÉS, Hélvio & SANTOS, Thais. Coleção de ciências .1ª

Edição – São Paulo – Moderna,1992.

CRUZ, Daniel. Ciências e Educação Ambiental. Coleção livro do Professor. 23ª

Edição – São Paulo – Ática, 1998.

Diretrizes Curriculares de Ciências – Ensino Fundamental – 2008.

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EDUCAÇÃO FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Educação Física é a forma de expressão tanto biológica quanto cultural.

A linguagem corporal está no movimento cadenciado, traduz emoções, fantasias,

idéias e sentimentos; manifesta a alma da forma, seus hábitos, tradições e

costumes. É através do movimento que o homem exterioriza suas necessidades,

seus instintos e suas motivações. O corpo ganha cada vez mais importância na

configuração harmoniosa do sujeito. É a imagem externa do próprio sujeito, uma

vez que expressa determinados momentos históricos da sociedade.

É necessário procurar entender a dialética de desenvolvimento e

aperfeiçoamento do corpo na história e na sociedade brasileira, para que a

Educação Física saia de sua condição passiva de coadjuvante do processo

educacional, para ser parte integrante deste buscando conhecê-la em seu

verdadeiro espaço: o de área do conhecimento.

Dentro da tendência Histórico-crítica verificamos que a Educação Física em

sua ação pedagógica deve buscar elementos da ciência da motricidade humana.

A Educação Física deve trabalhar com corpo em movimento, à luz de uma

visão sócio-interacionista, rumo a uma sociedade pretendida, visto que o corpo em

movimento e suas diferentes formas de manifestação é o seu objeto de estudo.

Para tanto é necessário tomar como ponto de partida a concepção de corpo

que a sociedade tem produzido historicamente, levando os alunos a se situarem

na contemporaneidade, dialogando com o passado, visando o conhecimento do

seu corpo, proporcionando condições de análise e reflexão para a reelaboração do

saber e da consciência da cultura corporal.

A Educação Física consciente é aquela que contribui para a formação do

indivíduo através do ato educativo, que é resultado de um processo de ação

dinâmica, onde os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem estão

conscientes e exercitam a sua criticidade durante todo o processo.

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As primeiras sistematizações que o conhecimento sobre as práticas

corporais recebe em solo nacional ocorrem a partir de teorias oriundas da Europa.

Sob a égide de conhecimentos médicos e da instrução física militar, a então

denominada ginástica surgiu, principalmente, a partir de uma preocupação com o

desenvolvimento da saúde e a formação moral dos cidadãos brasileiros. Esse

modelo de prática corporal pautava-se em prescrições de exercícios visando ao

aprimoramento de capacidades e habilidades físicas como a força, a destreza, a

agilidade e a resistência, além de visar à formação do caráter, da autodisciplina,

de hábitos higiênicos, do respeito à hierarquia e do sentimento patriótico.

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

Propõe-se que a Educação Física seja fundamentada nas reflexões sobre

as necessidades atuais de ensino perante os alunos, na superação de

contradições e na valorização da educação. Por isso, é de fundamental

importância considerar os contextos e experiências de diferentes regiões, escolas,

professores, alunos e da comunidade.

Pode e deve ser trabalhada em interlocução com outras disciplinas que

permitam entender a Cultura Corporal em sua complexidade, ou seja, na relação

com as múltiplas dimensões da vida humana, tratadas tanto pelas ciências

humanas, sociais, da saúde e da natureza.

OBJETIVOS GERAIS

X. A Educação Física pretende refletir sobre as necessidades atuais de

ensino, superando uma visão fragmentada do homem.

XI. Buscar superar as concepções fundadas nas lógicas instrumentais,

anátomo funcional e esportivizada provenientes de outras matrizes

teórico-metodológicas fundadas, principalmente, no modelo de

inspiração positivista, originários das ciências da Natureza.

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XII. Permitir o entendimento do corpo em muito de sua complexidade, ou

seja, permitir uma abordagem biológica, antropológica, sociológica,

psicológica, filosófica e política das práticas corporais.

XIII. Promover, por meio de exercícios físicos, a aquisição de saúde do corpo

e hábitos saudáveis.

XIV. Contribuir para um bom desempenho de grupos musculares e o

aprimoramento das funções orgânicas, que resultam na melhoria da

performance.

XV. Superar a dimensão meramente motriz por uma dimensão histórica,

cultural, social, rompendo com a ideia de que o corpo se restringe

somente ao biológico, ao mensurável.

XVI. Identificar a diversidade cultural em termos corporais, com o intuito de

que os alunos possam respeitar as diferenças identificadas, bem como

se posicionarem frente a elas de modo autônomo, realizando opções,

pautadas nos conhecimentos relevantes apresentados pelo professor.

XVII. Através das práticas corporais, modificar as relações sociais.

XVIII. Aplicar o fenômeno esportivo com vistas à compreensão de sua

complexidade social, histórica e política, por meio de um diálogo-

problematizador que permita uma compreensão crítica das

manifestações esportivas.

XIX. Avançar na reflexão crítica dos signos sociais, expressos por meio do

preconceito racial e/ou étnico, da sexualidade, da diferenciação entre

gêneros, da violência simbólica, dos limites e possibilidades entre

outros.

XX. Atingir as necessidades de toda a turma, sejam elas de divertimento, de

prazer, de recreação superando as ideologias tidas como verdadeiras e

as normas e regras sociais estabelecidas.

XXI. Desmistificar a utilização da ginástica e suas variações mais modernas

adaptando o conhecimento ginástico à realidade da escola.

97

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XXII. Descobrir e reconhecer as possibilidades e limites do próprio corpo

permitindo a interação, o conhecimento, à partilha de experiências que

viabilizem a reflexão, a inserção crítica no mundo.

ELEMENTOS ARTICULADORES DOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA

A EDUCAÇÃO BÁSICA

• Cultura Corporal e Corpo;

• Cultura Corporal e Ludicidade;

• Cultura Corporal e Saúde;

• Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;

• Cultura Corporal e Desportivização;

• Cultura Corporal – Técnica e Tática;

• Cultura Corporal e Lazer;

• Cultura Corporal e Diversidade;

• Cultura Corporal e Mídia.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ESPORTES: origem dos diferentes esportes e sua mudança na história, o

esporte como fenômeno de massa, princípios básicos dos esportes, táticas e

regras, o sentido da competição esportiva, possibilidades dos arremessos,

deslocamentos passes e fintas, práticas esportivas: esportes com e sem

equipamentos.

A exacerbação e a ênfase na competição, na técnica, no desempenho

máximo e nas comparações absolutas e objetivas faz do esporte na escola uma

prática pedagógica potencialmente excludente, pois, desta maneira, só os mais

fortes, hábeis e ágeis conseguem viver o lúdico e sentir prazer na vivência e no

aprendizado desse conteúdo.

JOGOS E BRINCADEIRAS: a construção coletiva de jogos e brincadeiras:

por que brincar? Oficinas de construção de brinquedos; brinquedos e brincadeiras

98

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tradicionais, brinquedos cantados, rodas e cirandas, diferentes manifestações e

tipos de jogos, jogos e brincadeiras com e sem materiais, diferenças entre jogo e

esporte.

Os trabalhos com os jogos e as brincadeiras são de relevância para o

desenvolvimento do ser humano, pois atuam como maneiras de representação do

real através de situações imaginárias, cabendo, por um lado, aos pais e, por outro,

à escola fomentar e criar as condições apropriadas para as brincadeiras e jogos.

Não obstante, para que sejam relevantes, é preciso considerá-los como tal.

Tanto os jogos quanto as brincadeiras são conteúdos que podem ser

abordados, conforme a realidade regional e cultural do grupo, tendo como ponto

de partida a valorização das manifestações corporais próprias desse ambiente

cultural. Os jogos também comportam regras, mas deixam um espaço de

autonomia para que sejam adaptadas, conforme os interesses dos participantes

de forma a ampliar as possibilidades das ações humanas.

GINÁSTICA: origem da ginástica e sua mudança no tempo: diferentes tipos

de ginástica, práticas de ginástica, cultura da rua, cultura do circo, malabares,

acrobacia.

Como exemplo, além de ensinar os alunos a técnica do rolamento para

frente e para traz, o professor pode construir com eles outras possibilidades de

realizar o rolamento, considerando as individualidades e limitações de cada aluno,

fazendo relações com alguns animais, com movimentos do circo, relacionando

com formas geométricas ou objetos, entre outras.

LUTAS: São atividades essencialmente de ataque e defesa com base nas

artes marciais; são disputas em que os oponentes devem ser subjugados, com

técnicas e estratégias de desequilíbrio, confusão, imobilização ou exclusão de um

determinado espaço na combinação de ações de ataque e defesa. Caracterizam-

se por uma regulamentação específica a fim de punir atitudes de violência e de

deslealdade.

99

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Uma das possibilidades de se trabalhar com as lutas na escola é a partir

dos jogos de oposição, cuja característica é o ato de confrontação que pode

ocorrer em duplas, trios ou até mesmo em grupos. O objetivo é vencer o

companheiro de maneira lúdica, impondo-se fisicamente ao outro. Além disso,

deve haver o respeito às regras e, acima de tudo, à integridade física do colega

durante a atividade.

DANÇA: São atividades de manifestações da cultura corporal que tem

como características a intenção de expressão e comunicação por meio de gestos

e a presença de estímulos sonoros como referencia para o movimento corporal.

Trata-se principalmente de atividades ritmadas, como dança ou jogos musicais.

Na prática, o professor poderá aliar aos aspectos culturais e regionais

específicos, vivências desses diferentes estilos de dança, possibilitando a

liberdade de recriação coreográfica e a expressão livre dos movimentos.

MANIFESTAÇÕES ESTÉTICO CULTURAIS NA DANÇA E NO TEATRO: a

dança e o teatro como possibilidades de manifestações corporais, diferentes tipos

de dança, por que dançamos? Danças tradicionais e folclóricas, desenvolvimento

de formas corporais ritmo expressivas: mímica, imitação e representação,

expressão corporal com e sem materiais.

Nos eixos que norteiam a proposta de conteúdos a serem trabalhados no

Ensino Fundamental temos:

ESPORTE: Consideram-se esportes as práticas que adotam regras de

caráter oficial e competitivo, ou seja, envolvem disputa entre equipes e indivíduos,

tendo como critério de julgamento os pontos ou escores, dentro de uma prática

social que institucionaliza temas lúdicos da cultura corporal. De uma maneira

geral, na Educação Física, o esporte subdivide-se em coletivo e individual de

acordo com a atividade praticada.

100

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ESPORTES COLETIVOS: São atividades essencialmente de ataque e

defesa que se estruturam na disputa entre duas equipes com enfoque no grupo

dentro de uma organização técnica e tática.

ESPORTES INDIVIDUAIS: São atividades que se estruturam na disputa

entre jogadores com um mesmo objetivo e simultaneamente competem contra

uma variável externa (tempo e distância). Tem enfoque no individuo dentro de

uma organização técnico e tática.

GINÁSTICA: São atividades essencialmente acrobáticas com técnicas de

trabalho corporal que, de modo geral, assumem um caráter individualizado que,

com ou sem uso de aparelhos, abre a possibilidade de atividades que provoquem

valiosas experiências corporais, com o objetivo de preparar o aluno para as

atividades do cotidiano e também para outras atividades, como as recreativas,

esportivas e competitivas.

5ª SÉRIE

Esporte

Futebol

Handebol

Voleibol

Basquetebol

Atletismo

Tênis de mesa

Futsal

Xadrez

Jogos e brincadeiras

101

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Brincadeiras de rua

Brinquedos

Brincadeiras de roda

Jogos de tabuleiro

Jogos de estafeta

Jogos dramáticos e de interpretação.

Dança

Danças folclóricas

Atividades de expressão corporal

Cantigas de roda.

Ginástica

Ginástica artística

Atividades circences

Ginástica natural

Lutas

Judô

Karate

Taekwondo

Capoeira

6ª SERIE

Esporte

Futebol

102

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Handebol

Voleibol

Basquetebol

Atletismo

Tênis de mesa

Futsal

Xadrez

Jogos e brincadeiras

Brincadeiras de rua

Jogos dramáticos e de interpretação

Jogos de raquete e peteca

Jogos cooperativos

Jogos de estafetas

Jogos de tabuleiro

Dança

Hip hopbreak

Dança folclórica

Dança criativa

Ginástica

Atividades circences

Ginástica rítmica

Ginástica artística

Ginástica natural

103

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Lutas

Capoeira

Judô

Karate

Taekwondo

7ª SÉRIE

Esporte

Futebol

Handebol

Voleibol

Basquetebol

Atletismo

Tênis de mesa

Futsal

Xadrez

Jogos e brincadeiras

Jogos cooperativos

Jogos intelectivos

Jogos de raquete e peteca

Jogos de tabuleiros

Danças

Hip hop

104

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Danças folclóricas

Danças de rua

Danças de salão

Ginástica

Ginástica artística

Ginástica rítmica

Ginástica geral

Atividades circences

Lutas

Capoeira

Judô

Karate

Taekwondo

8ª SÉRIE

Esporte

Futebol

Handebol

Voleibol

Basquetebol

Atletismo

Futsal

Tênis de mesa

Xadrez

105

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Jogos e brincadeiras

Jogos cooperativos

Jogos de tabuleiro

Dança

Dança de salão

Dança folclórica

Ginástica

Ginástica artística

Ginástica rítmica

Ginástica de academia

Lutas

Taekwondo

Capoeira

Karate

Judô

Obs: Os conteúdos desenvolvidos nas 7ª e 8ª séries terão maior amplitude,

complexidade e aprofundamento. A consciência corporal e o nível da análise

crítica deverão estar numa fase de desenvolvimento mais elevada.

106

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METODOLOGIA

O professor de Educação Física, consciente de sua disciplina tem como

objeto o próprio corpo humano em movimento, buscará integrar o homem a seu

meio ambiente e a melhorar a qualidade de vida.

Portanto, é necessário tomar como ponto de partida a concepção de corpo

que a sociedade tem produzido historicamente, levando os alunos a se situarem

na contemporaneidade, dialogando com o passado, visando o conhecimento do

seu corpo (consciência corporal). Deverá considerar o tipo de sociedade onde

esse saber foi produzido proporcionando condições de análise e reflexão para a

reelaboração do seu saber e da consciência da cultura corporal.

Esta questão não se limita às questões do desenvolvimento motor e da

socialização do saber sistematizado, propomos a produção do conhecimento,

conduzindo o processo de ensino-aprendizagem determinados conteúdos,

desenvolvendo critérios metodológicos, fundamentados na ação do professor e

vivenciando o saber sistematizado coletivamente, transformando em momento de

aprendizagem: relação - sentir - pensar - agir - refletir.

A Educação Física com seu objeto de estudo, que é o corpo em movimento,

trabalhará a ginástica, a dança e os jogos numa perspectiva histórico-crítica, a

partir das relações sociais que permitirá ao educando analisar e refletir sobre

essas diferentes formas de manifestação cultural de cada sociedade, para que

tenham a possibilidade de conhecer e mudar as regras a partir da análise da

realidade brasileira, contribuindo na criação de novos jogos.

Desenvolver a motricidade significa questionar os pressupostos das

relações sociais tais como: comandos motores de base ou formas básicas de

movimentos; condutas neuromotoras; esquema corporal; ritmo; aprendizagem

objeto-motora.

Ao pensar o encaminhamento metodológico para as aulas de Educação

Física na Educação Básica, é preciso levar em conta, inicialmente, aquilo que o

aluno traz como referência acerca do conteúdo proposto, ou seja, é uma primeira

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leitura da realidade. Esse momento caracteriza-se como preparação e mobilização

do aluno para a construção do conhecimento escolar.

AVALIAÇÃO

A avaliação será um processo contínuo, permanente e cumulativo, onde o

professor organizará e reorganizará o seu trabalho visando às diversas

manifestações corporais evidenciadas nas formas da ginástica, dos esportes, dos

jogos, da dança e das lutas, possibilitando assim que os alunos reflitam e se

posicionem criticamente com o intuito de construir uma suposta relação com o

mundo.

Tradicionalmente, a avaliação em Educação Física tem priorizado os

aspectos quantitativos de mensuração do rendimento do aluno, em gestos

técnicos, destrezas motoras e qualidades físicas, visando principalmente à

seleção e à classificação dos alunos.

Com as transformações ocorridas no campo das teorizações em Educação

e Educação Física, principalmente a partir dos anos 80 e 90, a função da

avaliação começou a ganhar novos contornos, sendo profundamente criticadas as

metodologias que priorizam testes, materiais e sistemas com critérios e objetivos

classificatórios e seletivos. Esses estudos têm conduzido os professores à

reflexão e ao aprofundamento, buscando novas formas de compreensão dos seus

significados no contexto escolar.

Um dos primeiros aspectos que precisa ser garantido é a não exclusão, isto

é, a avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo

que permeie o conjunto das ações pedagógicas e não seja um elemento externo a

esse processo.

A avaliação deve, ainda, estar relacionada aos encaminhamentos

metodológicos, constituindo-se na forma de resgatar as experiências e

sistematizações realizadas durante o processo de aprendizagem. Isto é, tanto o

professor quanto os alunos poderão revisitar o trabalho realizado, identificando

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avanços e dificuldades no processo pedagógico, com o objetivo de (re)planejar e

propor encaminhamentos que reconheçam os acertos e ainda superem as

dificuldades constatadas.

A avaliação buscará:

• Verificar a aprendizagem do conjunto de regras esportivas dos vários

esportes através da avaliação escrita.

• Avaliar o desempenho no aprendizado da fundamentação técnica dos

vários esportes observando a evolução em relação ao início do conteúdo.

• Verificar o envolvimento do aluno no desenvolvimento das atividades de

expressão corporal e dramatização.

As provas e os trabalhos escritos podem ser utilizados para avaliação das

aulas de Educação Física, desde que a nota não sirva exclusivamente para

hierarquizar e classificar os alunos em melhores ou piores; aprovados e

reprovados; mas que sirva, também, como referência para redimensionar sua

ação pedagógica.

A recuperação será proporcionada a todos os alunos que não atingir o

mínimo de 60% da nota. É feita a retomada de conteúdos verificando assim as

dificuldades encontradas e sanando-as, após essa retomada ocorre a recuperação

de nota e conteúdo.

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Ensino Fundamental, 2008.

CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: a história que não se conta.

2.ed.Campinas: Papirus, 1991.

LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed. São Paulo:

Cortez,1995.

FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da educação

física.São Paulo: Scipione, 1992.

109

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ASSIS DE OLIVEIRA, Sávio. Reinventando o esporte: possibilidades da prática

pedagógica. Campinas: Autores Associados / CBCE, 2001.

110

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ENSINO RELIGIOSO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

No espaço escolar, o Ensino Religioso era tradicionalmente o ensino da

religião Católica Apostólica Romana, ensino este em um âmbito histórico, tendo se

iniciado com a vinda dos jesuítas ao Brasil e instituindo como religião oficial do

Império conforme determinava a constituição de 1824. Após a Proclamação da

República, o ensino passou a ser laico, público, gratuito e obrigatório, rejeitando,

portanto, a hegemonia católica que exercia até então o monopólio do ensino. A

partir da constituição de 1934, o Ensino Religioso passou a ser admitido como

disciplina na escola pública, porém, com matrícula facultativa.

Nas constituições de 1937, 1946 e 1967 o Ensino Religioso foi mantido

como matéria do currículo, de freqüência livre para o aluno, e de caráter

confessional de acordo com o credo da família.

Em meados da década de 60, surgiram grandes debates, retomando a

questão da liberdade religiosa, devido a pressão das tradições religiosas e da

sociedade civil organizada, que partiu de diferentes manifestações religiosas.

Nesse contexto, legalmente, o Ensino Religioso perdeu sua função

catequética, pois com a manifestação do pluralismo religiosa na sociedade

brasileira, o modelo curricular centrado na doutrinação passou a ser intensamente

questionado. Porém na prática as aulas continuavam a ser ministradas por

professores leigos e voluntários, o que resultava numa postura e encaminhamento

pedagógico com forte influência das tradições religiosas e de caráter proselitista,

ou seja, o seu objetivo era converter outros para sua própria religião.

Na LDB 4024/61, no Título “Disposições Gerais e Transitórias”, o Ensino

Religioso foi citado no Artigo 97, o que determina que essa disciplina deve ser de

matrícula facultativa, sem ônus para o poder público, e deve ser ministrado de

acordo com a confissão religiosa do aluno.

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Somente a partir das discussões da LDBEN 9394/96, incentivadas pela

sociedade civil organizada é que o Ensino Religioso passou a ser compreendido

como disciplina escolar. Em decorrência desse processo sua implementação nas

escolas públicas do país foi regulamentada.

No período entre 1995 e 2002, houve um esvaziamento do Ensino Religioso

na Rede Pública Estadual do Paraná, acentuado a partir de 1998. Nesse período,

marcado pela otimização dos recursos para educação, o Ensino Religioso, ainda

não havia sido regulamentado pelo Conselho Estadual de Educação e sua oferta

ficou restrita apenas às escolas onde havia professores efetivos na disciplina.

Na reorganização das Matrizes Curriculares do Ensino Fundamental,

realizada nesse período, o ensino Religioso foi praticamente extinto, mesmo

diante da exigência legal da LDBEN 9394/96.

Somente em 2002 o Conselho Estadual de Educação do Paraná aprovou a

Deliberação 03/02 que regulamenta o Ensino Religioso nas Escolas Públicas do

Sistema Estadual do Ensino do Paraná.

Com a aprovação dessa Deliberação a SEED elaborou a Instrução

Conjunta nº 001/02 do DEF/SEED, que estabeleceu as normas para essa

disciplina na rede pública do Paraná. Por volta de 2003, retomando a

responsabilidade sobre a oferta e a organização curricular da disciplina, no que se

refere à composição do corpo docente, metodologia, avaliação e formação

continuada de professores.

A função básica da escola é a construção e socialização do conhecimento

historicamente produzido e acumulado pela humanidade.

A escola é um espaço privilegiado de construção de conhecimentos,

expansão da criatividade, desenvolvimento da humanização, vivência de valores

universais, promoção do diálogo inter-religioso, valorização da vida e educação

para a paz. Sendo assim, não se pode ignorar a importância da disciplina de

Ensino Religioso como “parte integrante da formação básica do cidadão”. (LDB-

Art. 33)

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Segundo Costella (2004), três fatores ajudam a entender a necessidade de

um novo enfoque para o Ensino Religioso.

O primeiro é atribuído à pluralidade social, num Estado não confessional,

laico e que garante, por meio da Constituição, a liberdade religiosa.

O segundo fator, diz respeito à própria maneira de aprender o

conhecimento, devido às profundas transformações ocorridas no campo da

epistemologia, da educação e da comunicação.

O terceiro fator, traço característico da cultura ocidental, mostra uma

profunda reviravolta nas concepções, em especial no século XIX, que atinge seu

ápice na célebre expressão do filósofo alemão Friedrich Wilhelm Nietzsche ( l844-

100) “Deus está morto”. Ou seja, Nietzsche metaforiza o fato da sociedade não ser

capaz de crer numa ordenação cósmica Transcendente/ Imanente, o que a

conduz a uma repulsa dos valores absolutos e também à não crença em qualquer

valor ditado por uma ordem superior, o homem é levado a ser um criador de

valores. Segundo Nietzsche, isso leva a sociedade ao niilismo, a decadência

moral-religiosa vinculada a mantermos uma “sombra”, um lugar vazio, um local

reservado ao principio Transcendente/ Imanente e que fora destruído pela

sociedade e que essa mesma não pode mais voltar a ocupar. Isto provocou uma

reforma na sociedade européia que vinha sustentada em bases decadentes e

ultrapassadas.

A modernidade atribuía ao homem toda a responsabilidade sobre os

destinos da humanidade, pois tudo o que foi elaborado no século XIX

apresentava-se distante de uma explicação religiosa de mundo.

Pode-se acrescentar, ainda, que a globalização dos meios de comunicação

atinge todos os domínios da vida humana, repercutindo também nas

manifestações religiosas, nas crenças e na própria forma de interpretar o sagrado.

Destaca-se ainda que as chamadas tecnologias de comunicação, aliadas

aos estudos relativos à aprendizagem, têm ampliado as possibilidades de

compreensão dos processos de apropriação de novos saberes ao longo da vida,

113

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condição essencial para a vida em sociedade, marcada pelas exigências do

capitalismo.

Diante de uma análise breve do quadro apresentado, faz-se necessário a

superação de modelos lineares e fragmentados de compreensão da realidade e a

busca de outros referenciais que permitam uma análise mais complexa da

sociedade. É essa realidade que se coloca como desafio para a escola e, mais

especificamente, para o Ensino Religioso.

Assim, o processo de ensino e de aprendizagem visa à

construção/produção do conhecimento e que, por conseqüência, se caracteriza

pela promoção do debate, da hipótese divergente, da dúvida – real ou metódica –

do confronto de idéias, de informações discordantes e, também de exposição

competente de conteúdos formalizados.

As Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso expressam a necessária

reflexão em torno dos modelos de ensino e do processo de escolarização, diante

das demandas sociais contemporâneas, que exigem a compreensão ampla da

diversidade cultural, posta também no âmbito religioso entre os países e, de forma

mais restrita, no interior de diferentes comunidades. Nunca, como no presente, a

sociedade esteve consciente da unidade do destino do homem em todo o planeta

e das radicais diferenças culturais que marcam a humanidade.

Dentre os desafios para o Ensino Religioso na atualidade, pode-se destacar

a necessária superação das tradicionais aulas de religião e a inserção de

conteúdos que tratem da diversidade de manifestações religiosas, dos seus ritos,

das suas paisagens e símbolos, sem perder de vista as relações culturais, sociais,

políticas e econômicas de que são impregnadas.

Além disso, é necessário que o Ensino Religioso escolar adquira status de

disciplina escolar, a partir da definição mais consistente de seus conteúdos

escolares, da produção de referenciais didático-pedagógico e científicos, bem

como da formação dos professores.

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No ambiente escolar, as religiões interessam como objeto de conhecimento

a ser tratado nas aulas de Ensino Religioso, por meio do estudo das

manifestações religiosas que delas decorrem e as constituem. As diferenças

culturais são abordadas, de modo a ampliar a compreensão da diversidade

religiosa como expressão da cultura, construída historicamente e que, portanto,

são marcadas por aspectos econômicos, políticos e sociais.

Dessa forma, reafirma-se o compromisso da escola com o conhecimento,

sem excluir do horizonte os valores éticos que fazem parte do processo

educacional.

Em outras palavras, pode-se dizer que: Aquilo que para as igrejas é objeto

de fé, para a escola é objeto de estudo. Isto supõe a distinção entre fé/crença e

religião, entre o ato subjetivo de crer e o fato objetivo que o expressa. Essa

condição implica na superação da identificação entre religião e igreja, salientando

sua função social e o seu potencial de humanização das culturas. Por isso, o

Ensino Religioso na escola pública não pode ser concebido, de maneira nenhuma,

como uma espécie de licitação para as Igrejas (Costella, p. 97-107, 2004).

A partir dessas considerações, as Diretrizes Curriculares para o Ensino

Religioso, uma vez que o sagrado compõe o universo cultural humano, fazendo

parte do modelo de organização de diferentes sociedades.

Assim, o currículo dessa disciplina propõe-se a subsidiar os alunos, por

meio dos conteúdos à compreensão, comparação e análise das diferentes

manifestações do sagrado, com vistas à interpretação dos seus múltiplos

significados e, como nas escolas publicas, bem como na sociedade se efetivam

múltiplas crenças religiosas, há a necessidade de se resgatar o conhecimento

histórico atribuído a estas correntes religiosas, socializando-o a todos para que se

tenha a valorização da diversidade religiosa, da cultura e liberdade de crença.

A disciplina de Ensino Religioso subsidiará os educandos na compreensão

de conceitos básicos no campo religioso e na forma como a sociedade sofre

inferências das tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou negação do

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sagrado. Neste sentido, a escola propocionará ao educando através da disciplina

de Ensino Religioso a construção de uma visão critica pautada na diversidade

cultural e religiosa, reafirmando o seu compromisso com o conhecimento,

valorizando os valores étnicos e culturais tão importantes no processo

educacional.

Por fim, destaca-se que os conhecimentos relativos ao sagrado e as suas

manifestações são significativas para todos os alunos durante o processo de

escolarização, por propiciarem subsídios para a compreensão de uma das

interfaces da cultura e da constituição da vida em sociedade.

OBJETIVOS

XXIII. Promover aos educandos a oportunidade de processo de escolarização

fundamental para se tornarem capazes de entender os movimentos

religiosos específicos de cada cultura, possuir o substrato religioso, de

modo a colaborar com a formação pessoal e do grupo.

XXIV. Proporcionar o conhecimento dos elementos básicos que compõem o

fenômeno religioso, a partir das experiências religiosas percebidas no

contexto dos educandos.

XXV. Compreender os eixos organizadores do conteúdo de Ensino Religioso.

XXVI. Identificar as diferenças culturais e religiosas a partir da realidade sócio-

cultural dos alunos, desenvolvendo atitudes de respeito às diferenças e

superação de toda forma de preconceito.

XXVII. Analisar e compreender o sagrado como o cerne da experiência

religiosa do cotidiano que o contextualiza no universo cultural.

XXVIII. Compreender a presença do sagrado nas diferentes manifestações

religiosas, visando promover a fraternidade universal presentes em

todos os segmentos religiosos.

XXIX. Reconhecer que todos somos portadores de singularidades.

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XXX. Identificar os textos sagrados das diferentes Tradições Religiosas,

entendendo que são referencial de fé e orientação para a vida.

XXXI. Conhecer a importância da espiritualidade das diferentes religiões na

vida das pessoas, dos rituais e símbolos, mostrando que estes últimos

são formas de linguagens que por vezes definem os traços religiosos.

XXXII. Conhecer as diferentes idéias do transcendente construídas ao longo

do tempo, desenvolvendo uma atitude de respeito às diferentes

concepções sobre o Transcendente.

XXXIII. Reconhecer os limites éticos propostos pelas diferentes Tradições

Religiosas.

XXXIV. Promover um espaço de reflexão na sala de aula sobre valores

humanos e leis de qualidade de vida.

XXXV.Analisar as tradições religiosas e as estruturas que permeiam as

hierarquias no Oriente e Ocidente

XXXVI. Identificar os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos

como festas e datas comemorativas.

XXXVII. Analisar o histórico religioso no Brasil, visando a compreensão da

diversidade religiosa e cultural.

XXXVIII. Promover a discussão sobre a importância dos conceitos de vida e

morte presente nas tradições religiosas.

CONTEÚDOS

5ª SÉRIE

Ensino religioso na escola pública

• Orientações legais

• Objetivos

• Principais diferenças entre as aulas de Religião e o Ensino Religioso como

disciplina escolar.

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Respeito à diversidade religiosa

• Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira.

• Direito a professar fé e liberdade de opinião e expressão.

• Direitos Humanos e sua vinculação com o sagrado.

Lugares sagrados

b.Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de

culto, de rever6encia, principais práticas de expressão do sagrado nestes locais.

c.Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras etc.

d.Lugares construídos : Templos, cidades sagradas, etc.

Textos orais e escritos

• Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas

diferentes tradições religiosas.

• Literatura oral e escrita – cantos, narrativas, poemas, orações, etc.

Organizações religiosas

• No Oriente e no Ocidente

• Principais características de organização.

• Estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos, incluindo as religiões afro-

brasileiras e indígenas

• Diferentes formas de compreensão e de relações com o sagrado.

• Fundadores e/ou Líderes Religiosos.

• Estruturas hierárquicas

Símbolos Religiosos

• O universo simbólico: mitos, ritos cotidiano

118

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• Símbolos religiosos como linguagem que expressam sentidos

6ª SÉRIE

Temporalidade Sagrada

• Temporalidade da criação das diversas tradições religiosas

• Calendários e tempos sagrados

• Nascimento de lideres religiosos,

• Festas

• Datas de Rituais

Ritos

• Práticas celebrativas das tradições religiosas, formadas por um conjunto de

rituais

• Ritos de passagem

• Mortuários

• Propiciatórios

• Outros – danças, via sacra, festejo indígena de colheita, etc.

Festas religiosas

IV. Eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com diversos

objetivos: confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas

importantes.

V. Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas.

Vida e morte

V. Respostas elaboradas para a vida além da morte nas diversas tradições

religiosas e sua relação com o sagrado.

VI. O sentido da vida nas diferentes tradições religiosas.

VII. Reencarnação.

119

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VIII. Ressurreição.

IX. Além morte.

X. Ancestralidade.

XI. Outras interpretações.

Diversidade religiosa

XIII. A paisagem religiosa.

XIV. Influência das crenças religiosas na vida prática das pessoas.

XV. Princípios éticos das diversas tradições religiosas.

XVI. As diferentes espiritualidades das diferentes tradições religiosas do

mundo.

XVII. Religiões Afro-brasileiras e Indígenas

METODOLOGIA

O encaminhamento metodológico da disciplina de Ensino Religioso

pressupõe um constante repensar das ações que subsidiarão este trabalho. A

metodologia deve ser flexível e adequada a cada conteúdo ou tema a ser

desenvolvido, de modo a favorecer a interação, o diálogo, a participação ativa e o

compromisso com a vida.

O educador tem a liberdade de desenvolver o trabalho pedagógico de

acordo com o seu próprio método, desde que suas práticas pedagógicas

desenvolvidas respeitem às diversas manifestações religiosas, ampliando e

valorizando o universo cultural dos alunos.

Uma das inovações propostas por estas diretrizes é a abordagem dos

conteúdos de Ensino Religioso, tendo como objeto de estudo o sagrado, que será

a base da qual serão tratados todos os conteúdos de Ensino Religioso.

Dessa forma, pretende-se assegurar a especificidade dos conteúdos, sem

desconsiderar a sua aproximação com as demais áreas do conhecimento.

120

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Para que o Ensino Religioso contribua efetivamente com o processo de

formação dos educandos, foram indicados, a partir dos conteúdos estruturantes: a

paisagem religiosa, símbolos e textos sagrados a serem observados pelos

professores.

A forma de apresentação dos conteúdos específicos explicita a intenção de

partir de abordagens de manifestações religiosas ou expressões do sagrado, em

um primeiro momento respeitando o conhecimento do aluno sobre o conteúdo a

ser ministrado, mesmo que sejam desconhecidas ou pouco conhecidas dos

educandos, para posteriormente inserir os conteúdos que tratam de

manifestações religiosas mais comuns que já fazem parte do universo cultural da

comunidade.

Desse modo, convém destacar que todo conteúdo a ser tratado nas aulas

de Ensino Religioso contribuirá para a superação do preconceito à ausência ou à

presença de qualquer crença religiosa; de toda forma de proselitismo, bem como

da discriminação de qualquer expressão do sagrado.

Cabe ressaltar fundamentando se nas Diretrizes Curriculares, conforme a

lei n° 11645/08 a contextualização e a importância das tradições religiosas Afro-

brasileiras e Indígenas conforme a Lei n° 13381/01 e o Meio Ambiente conforme

Lei nº 9795/99, incluídas no currículo obrigatório na rede de ensino do Estado,

sendo estas portadoras de manifestações culturais em nossa sociedade.

Assim, os conteúdos a serem ministrados não têm o compromisso de

legitimar uma manifestação do sagrado em detrimento de outra, uma vez que a

escola não é um espaço de doutrinação, evangelização, de expressão de ritos,

símbolos, campanhas e celebrações.

A linguagem a ser utilizada deve ser pedagógica, adequada ao universo

escolar, capaz de traduzir e decodificar o conteúdo, facilitando a compreensão e

assimilação do conhecimento; dialógica, aberta ao diálogo, de forma a atender a

pluralidade e promover a troca de informações; questionadora, que facilite uma

reflexão crítica, sem pretender ser a verdade absoluta sobre os assuntos

121

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abordados; cativante , que desperte o interesse pelos conteúdos e o entusiasmo

em aprender e otimista , que estimule o encantamento pela vida e a

disponibilidade em construir um mundo de paz.

As reflexões e análises são procedimentos que acompanham todo o

processo e o professor pode encaminhar com questionamentos, diálogos,

problematizações que promovam a conscientização, o entendimento e a

decodificação do objeto de estudo. Essa decodificação progressiva permitirá ao

educando abrir sua visão, desarmar-se de preconceitos, discernir, perceber a

unidade na diversidade das tradições religiosas, como a defesa da vida, a busca

de sentido e a necessidade da transcendência.

Tendo em vista a diversidade de conteúdos e o necessário processo de

pesquisa a ser realizado pelo professor, recomenda-se que a seleção priorize as

produções de pesquisadores daquela manifestação do sagrado e, se necessário,

consultem produções oriundas da própria manifestação que se pretende tratar.

Este procedimento evitará o uso de fonte de informações e de pesquisa

comprometidas com os interesses de uma ou de outra tradição religiosa.

Enfim, a intencionalidade e a direção do processo ensino/aprendizagem

devem conduzir para a aquisição do conhecimento religioso e para a mudança

qualitativa, que se expressa no “saber em si, no saber em relação ao saber de si”

traduzidos em novas posturas de diálogo e reverência.

AVALIAÇÃO

Faz-se necessário destacar os procedimentos avaliativos a serem

adotados, uma vez que este componente curricular não tem a mesma orientação

que a maioria das disciplinas no que se refere a atribuição de notas e ou

conceitos, ou seja, o Ensino Religioso não se constitui como objeto de reprovação,

bem como não terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar, isso

se justifica pelo caráter facultativo da matrícula na disciplina.

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Mesmo com essas particularidades, a avaliação não deixa de ser um dos

elementos integrantes do processo educativo na disciplina de Ensino Religioso.

Assim, cabe ao professor a implantação de práticas avaliativas que permitam

acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela sala,

tendo como parâmetro os conteúdos tratados e os seus objetivos.

Para atender a esse propósito, o professor terá que elaborar instrumentos

que o auxiliem a registrar o quanto o aluno e a turma se apropriaram ou têm se

apropriado dos conteúdos estudados nas aulas. Nesse sentido, a apropriação do

conteúdo que fora antes trabalhado pode ser observado pelo professor em

diferentes situações de ensino e aprendizagem. Pode-se avaliar, por exemplo, em

que medida o educando expressa uma relação respeitosa com os colegas de

classe que têm tradições religiosas diferentes da sua; se aceita e respeita as

diferenças dos outros; se compreende que a idéia do Transcendente se constrói

de maneira diversa; se reconhece que o fenômeno religioso é um dado da cultura

e da identidade de cada grupo social; se entende que as verdades contidas nos

textos sagrados traçam as experiências místicas de um povo; se conhece as

diferentes respostas das Tradições Religiosas para a vida além morte e busca

respostas aos seus questionamentos existenciais, descobrindo e redescobrindo o

sentido de sua vida; se emprega conceitos adequados para referir-se às

diferentes manifestações do sagrado.

Diante da sistematização das informações provenientes dessas avaliações,

terá elementos para planejar as necessárias intervenções no processo de ensino

e aprendizagem, retomando as lacunas identificadas no processo de apropriação

dos conteúdos pelos alunos, bem como terá elementos para dimensionar os

níveis de aprofundamento a serem adotados em relação aos conteúdos que

desenvolverá posteriormente.

Nesta perspectiva terá também, a partir do processo avaliativo dos

educandos, indicativos importantes para realizar a sua auto-avaliação que

orientará a continuidade do trabalho.

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Mesmo que não haja aferição de notas ou conceitos que impliquem na

reprovação ou aprovação dos alunos, estas diretrizes orientam que o professor

proceda com o processo avaliativo, adotando instrumentos que permitam à

escola, ao aluno, aos seus pais ou responsáveis, identificarem os progressos

obtidos na disciplina.

Com essa prática os alunos, especificamente, terão a oportunidade de

retomar os conteúdos, como também poderão perceber que apropriação dos

conhecimentos lhes possibilita conhecer e compreender melhor a diversidade

cultural da qual a religiosidade é parte integrante, bem como possibilitará a

articulação dessa disciplina com os demais componentes curriculares, os quais

também abordam aspectos relativos à cultura.

A avaliação é processual, faz parte do processo de ensino e aprendizagem.

É um aspecto integrador entre a aprendizagem do educando e a atuação do

educador na construção do conhecimento, formação de valores e convívio social.

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

ASSINTEC/SEED/PR. Currículo básico para a Escola Pública do Estado do

Paraná, 1992.

BOFF, Íris. Novos Paradigmas para o Ensino Religioso. Ed. Corpo – Mente,

Curitiba, 2000.

BOWKER, John – Para entender as Religiões. São Paulo, Ática, 1997.

COSTELLA, Domênico. O Fundamento Epistemológico do Ensino Religioso.

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DURKHEIM, Émile. As formas elementares de vida religiosa. São Paulo: Ed.

Paulinas, 1989.

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ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano: A essência das Religiões. São Paulo:

Martins Fontes, 1992.

______________. Tratado de História das Religiões. 2ª Ed., são Paulo: Martins

fontes, 1998

FIGUEIREDO, Anísio de Paulo. O Ensino Religioso – Perspectivas,

Tendências e Desafios. Petrópolis, Vozes, 1996.

FÓRUM . Nacional Permanente do Ensino Religioso. Parâmetros Curriculares

Nacionais – Ensino Religioso. 2ª edição. São Paulo – Ave Maria,1997.

GIL FILHO & GIL A.H.C.F. Identidade Religiosa e Territorialidade do Sagrado:

Notas para uma teoria do fato religioso. In ROSENDAHL, Z. & CORRREA, R. L.

(Org.) Religião, Identidade e Território – Rio de Janeiro : EDUERJ, 2001

HINNELS, John R. Dicionário das Religiões. São Paulo: Cultrix , 1999.

JUNQUEIRA, Sérgio: WAGNER, Raul (Orgs.) O Ensino Religioso no Brasil.

Curitiba: Champagnat, 2004.

OTTO, R. O Sagrado. Lisboa: Ed. 70, 1992.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ensino

Religioso para a Educação Básica Curitiba, SEED, 2006

PIAZZA. W.O. Religião da Humanidade. São Paulo, Loyola, 1997.

125

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S.M.E. – Currículo Básico da Rede Municipal de Ensino de Curitiba. Gestão,

1997/2000.

126

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GEOGRAFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Ao longo dos anos, a Geografia vem passando por reformulações, onde novas

teorias e formas de pensamento tem contribuído para avanços que ocorreram no

interior dessa disciplina.

Até o século XVIII, A Geografia era utilizada apenas para desenhar caminhos e

roteiros de viagens

sendo identificada com a cartografia e a astronomia. Nesse contexto passa-se a

questionar qual seria a importância da Geografia, qual seu objetivo de estudo: a

paisagem, a Terra, os mapas, o sistema solar.

Após a segunda guerra mundial, as mudanças na análise da realidade

provocam um reflexão sobre a natureza da Geografia, reformulando seus

princípios científicos e filosóficos agindo como um estimulador de renovação das

concepções, métodos, posturas e objetivos, nos múltiplos setores da sociedade.

Surge então uma nova Geografia, tendo como alicerce interpretativo o espaço

geográfico produzido, espaço este composto por objetivos( naturais, culturais-

técnicos ) e ações ( relações sociais, culturais, políticas e econômicas )

interrelacionadas.

O ensino da Geografia visa despertar e possibilitar ao aluno a construção

de uma consciência crítica, coletiva e articulada, buscando a totalidade do

conhecimento acerca do espaço geográfico, permitindo aos alunos adquirir

hábitos e construir valores significativos da vida em sociedade.O objeto de estudo

é o Espaço Geográfico, salientando os conteúdos estruturantes: A Dimensão

Econômica da Produção do / no Espaço, A dimensão Socioambiental, A dinâmica

cultural Demográfica, A questão Geopolítica que se inter-relacionam e reúnem em

seus conteúdos específicos os grandes conceitos geográficos ( sociedade,

natureza, território, região, paisagem, lugar, entre outros),que somente inter-

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relacionados tornam-se significativos e contribuem para a compreensão do

Espaço Geográfico.

As relações com a natureza e com o espaço geográfico fazem parte das

estratégias de sobrevivência dos grupos humanos desde suas primeiras formas

de organização.

Na Antiguidade clássica muito se avançou na elaboração dos saberes

geográficos.

Estudos descritivos das áreas conquistadas e informações sobre a localização, o

acesso e as características das cidades e regiões dos Impérios eram

conhecimentos fundamentais para suas organizações políticas e econômicas.

Foi nesse contexto que se desenvolveram outros conhecimentos como os

relativos à elaboração de mapas; discussões a respeito da forma e do tamanho da

Terra, da distribuição de terras e águas, bem como a defesa da tese da

esfericidade da Terra; o cálculo do diâmetro do planeta, cálculos sobre latitude e

definições climáticas, entre outros.

A partir de então, a questão da distribuição das terras e das águas tornou-

se, cada vez mais, pauta de discussões e de pesquisas que alcançaram e

ultrapassaram o contexto das Grandes Navegações. Desde então, sobretudo a

partir do século XVI, as expedições terrestres passaram a descrever e representar

detalhadamente o espaço e também as relações homem-natureza em sociedades

distintas e desconhecidas até aquele momento.

Os saberes geográficos, nesse processo histórico, passaram a ser

evidenciados nas discussões filosóficas, econômicas e políticas, que buscavam

explicar questões referentes ao espaço e a sociedade.

As idéias geográficas foram inseridas no currículo escolar brasileiro no

século XIX e apareceram de forma indireta nas escolas de primeiras letras.

A institucionalização da Geografia no Brasil, no entanto, se consolidou

apenas a partir da década de 1930. Nesse contexto, as pesquisas desenvolvidas

buscavam compreender e descrever o ambiente físico nacional com o objetivo de

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servir aos interesses políticos do Estado na perspectiva do nacionalismo

econômico.

As mudanças que marcaram o período histórico do pós Segunda Guerra

Mundial, desencadearam tanto reformulações teóricas na Geografia, quanto o

desenvolvimento de novas abordagens para os campos de estudo desta ciência.

No Brasil, o percurso dessas mudanças foi afetado pelas tensões políticas doa

anos 60, que levaram a modificações no ensino de Geografia e na organização

curricular da escola.

A reorganização estrutural da produção e do mercado envolveu e afetou a

natureza, as culturas e as relações sócio-espaciais de alguns “espaços da

globalização”, situados em todos os continentes. Isso trouxe, definitivamente,

relevância para as questões sócio-ambientais e culturais como campos de estudo

da Geografia.

Ao retornar os estudos teóricos epistemológicos da disciplina de Geografia,

o professor pode reorganizar seu fazer pedagógico, com clareza teórico-

conceitual, restabelecendo as relações entre o objeto de estudo da disciplina e os

conteúdos a serem abordados.

As especificidades regionais como, por exemplo, os assuntos relacionados

a Geografia do Paraná, devem ser contempladas nos conteúdos curriculares da

disciplina matriz, neste caso a Geografia.

Essa reflexão, por sua vez, deverá ser ancorada num suporte teórico crítico,

que vincula o objeto da Geografia, seus conceitos, conteúdos e metodologia aos

determinantes sociais, econômicos, políticos e culturais ao atual contexto

histórico.

OBJETIVOS GERAIS

Para que o aluno amplie suas noções de espaço, o professor terá que

trabalhar com as relações entre as dimensões econômica, cultural e demográfica,

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política e socioambiental presentes no espaço geográfico, e ao final do processo

o aluno será capaz de:

• Conhecer a organização do espaço geográfico e o funcionamento da

natureza em suas múltiplas relações , de modo a compreender o papel das

sociedades em sua produção e construção;

• Identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas

conseqüências em diferentes espaços e tempos, de modo a construir

referenciais que possibilitem uma participação em questões sociais,

econômicas e ambientais;

• Compreender que as melhorias nas condições de vida , os avanços

tecnológicos e as transformações socioculturais são conquistas decorrentes

de conflitos e que estas não são ainda usufruídas por todos os seres

humanos, apesar dos seus esforços;

• Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa da Geografia para

compreender o espaço , a paisagem, o território e o lugar , seus processos

de construção , identificando suas relações, problemas e contradições.

• Fazer leituras de imagens, mapas , dados e documentos de diferentes

fontes de informação , de modo a interpretar, analisar e relacionar

informações sobre o espaço geográfico e as diferentes paisagens;

• Saber utilizar a linguagem cartográfica para obter informações e

representar a espacialidade dos fenômenos geográficos;

• Valorizar o patrimônio sociocultural e ambiental, reconhecendo como um

direito dos povos e indivíduos e um elemento de fortalecimento da

democracia;

• Respeitar as diferenças étnico-culturais dos diferentes povos que

contribuíram para a formação da sociedade brasileira e as diferentes

civilizações;

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• Identificar a importância que representa o uso dos recursos naturais para a

sociedade a qual encontra-se inserido e a necessidade de se preservar os

recursos ou fontes ainda disponíveis na natureza;

• Compreender que a organização do espaço geográfico mundial é fruto da

produção do trabalho humano, estando em constantes transformações.

CONTEÚDOS

5ª SÉRIE

1- DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:

- Setores da Economia

- Atividades Econômicas.

• Extrativismo vegetal, mineral e animal.

• Agricultura e pecuária.

• Comércio e Serviços

• Indústrias

- Sistemas de circulação e mercadorias,pessoas, capitais e informações.

- A sociedade e o trabalho.

2- DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:

- Estudo da paisagem.

- As camadas da Terra: litosfera, hidrosfera e atmosfera.

- As rochas e os minerais.

-.Agentes modificadores do relevo

- Problemas ambientais no campo.

-Problemas ambientais no espaço urbano.

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- Técnicas de plantio.

- Clima.

- Constituição da atmosfera.

- Distribuição dos climas.

- Efeito estufa, ilhas de calor, inversão térmica, camada de ozônio.

- A água no planeta e o ciclo da água.

- Os oceanos, mares e rios.

-A poluição das águas , chuvas ácidas.

3- DIMENSÃO CULTURAL DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:

- O trabalho Humano.

- Divisão social do trabalho.

- Organização social da vida do campo e da cidade.

- Questões relativas ao trabalho e renda dos afrodescendentes.

4- DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:

- Construção do Espaço geográfico.

- Estudo da paisagem.

- Lugares de vivência.

- Meios de orientação.

- A Terra como planeta.

- Os movimentos da Terra.

- Mapas: escalas, plantas,convenções cartográficas e coordenadas

geográficas.

6ª SÉRIE

1- DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:

132

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- Os setores da economia brasileira.

- Sistemas de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações no

Brasil.

- Sistemas de produção industrial brasileira.

- Agroindústria no Brasil.

- Comunicação e transporte no Brasil.

2- DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:

- Rios, bacias hidrográficas.

- Relevo, clima, vegetação, recursos minerais.

- Sistemas de energia brasileiro.

- Problemas ambientais no Brasil.

3- DIMENSÃO CULTURAL DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:

- A população brasileira.

- A identidade brasileira.

- Urbanização e favelização no Brasil.

- O êxodo rural no Brasil.

- Migração e emigração no Brasil.

- Desigualdade social no Brasil.

- Estrutura etária no Brasil.

- A questão étnico-racial no Brasil.

- O consumismo no Brasil.

- Movimentos sociais-brasileiros.

4- DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:

133

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- Brasil e sua localização

- A construção do espaço geográfico e a urbanização do Brasil

- A regionalização brasileira.

- Geografia no Paraná.

7ª SÉRIE

1- DIMENSÃO ECONÕMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:

- Capitalismo e Socialismo.

- Principais blocos econômicos.

- Economia do continente americano.

- Economia do continente africano.

- Dependência tecnológica no Continente Americano.

2- DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:

- Espaço mundial: características gerais continentes e oceanos.

- A geografia da diversidade de paisagens naturais.

- Aspectos naturais do continente americano: relevo, clima, vegetação,

hidrografia.

- Aspectos naturais do continente africano.

3- DIMENSÃO CULTURAL DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:

- Divisão histórica do Continente Americano

- Características populacionais – diversidade étnica e cultural do Continente

Americano.

- Indicadores econômicos (IDH).

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- A repartição do Continente Africano entre as potências européias

- Racismo e apartheid

- A fome africana e a disseminação das doenças.

- Modo de vida dos afrodescendentes no mundo.

4 – DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:

- Regionalização do espaço mundial.

- Países do 1º, 2º, 3º mundo.

- Países Capitalistas e Socialistas

- Países desenvolvidos e países subdesenvolvidos.

- Países do Norte e Países do Sul.

- Posição geográfica do Continente Americano.

- Divisão física do Continente Americano.

- Fronteiras coloniais e fronteiras de independência do Continente africano.

8ª SÉRIE

1 – DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:

• Desenvolvimento econômico da Europa.

• A União Européia.

• Situação socioeconômica da Ásia.

• Nova Zelândia e Austrália como países desenvolvidos.

2 – DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:

• Aspectos físicos do Continente europeu – relevo; clima; vegetação e

hidrografia.

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• Aspectos físicos do Continente asiático – relevo; clima; vegetação e

hidrografia.

• Aspectos físicos da Oceania – relevo; clima; vegetação e hidrografia.

• A atividade científica na Antártida e seus problemas ambientais.

• Questões ambientais mundiais e os danos no espaço geográfico: o

aquecimento global e suas consequências.

• A sociedade de consumo, a degradação ambiental em sua

configuração espacial.

3- DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:

-Conflitos nacionais na Europa.

-Características populacionais da Europa.

-Características populacionais da Ásia.

-Os conflitos étnicos, religiosos e econômicos na Ásia.

-Colonização, possessão e ocupação da Oceania.

4 – DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:

•Posição geográfica do Continente europeu.

•Divisão política do Continente europeu.

•Regionalização do Continente europeu.

•Antigas e novas fronteiras no Continente europeu.

•Posição geográfica do Continente asiático.

•Regionalização do Continente asiático.

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METODOLOGIA

O conceito adotado para o objeto de estudo da Geografia é o Espaço

Geográfico, entendido como o espaço produzido e apropriado pela sociedade,

composto por objetos ( naturais e técnicos) e ações ( relações sociais, culturais,

políticas e econômicas) inter-relacionados.

Assim, a espacialização dos conteúdos de ensino, bem como a explicação

das localizações relacionais dos eventos (objetos e ações) em estudo, são

próprios do olhar geográfico sobre a realidade.

De acordo com a concepção de Espaço Geográfico, torna-se necessário

compreender as escolhas das localizações e as relações políticas, sociais,

culturais e econômicas que as orientam. Para isso é preciso um referencial teórico

(conceitos geográficos) que sustente essa reflexão.

Pretende-se a formação de um aluno consciente das relações sócio-

espaciais de seu tempo, assume-se o quadro conceitual das teorias críticas da

Geografia, considerando os conflitos e as contradições sociais, econômicas,

culturais e políticas que constituem o espaço geográfico.Assim, o professor não

deve se limitar somente a definições conceituais, podendo aprofundá-las em

outras referências pertinentes.

Cabe ao professor ter uma postura investigativa de pesquisa, recusando

uma visão receptiva e reprodutiva de mundo, não somente de sua parte, mas em

conjunto com os alunos – tendo em vista sua função enquanto agente

transformador do ensino e da escola e, em decorrência disso, da própria

sociedade.

A partir do exposto, sobre a teoria e o ensino da Geografia, pode-se

acrescentar que a relevância dessa disciplina está no fato de que todos os

acontecimentos do mundo têm uma dimensão espacial, onde o espaço é a

materialização dos tempos da vida social. Portanto, há que se empreender um

ensino capaz de fornecer aos alunos conhecimentos específicos da geografia,

com os quais ele possa ler e interpretar criticamente o espaço, sem deixar de

137

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considerar a diversidade das temáticas geográficas e suas diferentes formas de

abordagem.

Esse contexto exige que o professor empreenda uma educação que

contemple a heterogeneidade, a diversidade, a desigualdade e a complexidade do

mundo atual em que a velocidade dos deslocamentos de indivíduos, instituições,

informações e capitais é uma realidade. Assim, se desenvolverá nesta disciplina

conteúdos que permeiem a reflexão e contextualismo com os temas das relações

Étnico-Raciais e a História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena conforme a Lei nº

11645/08, com a História do Paraná conforme lei nº 13381/01 e o Meio Ambiente,

lei nº 9795/99 que inclui oficialmente no currículo a obrigatoriedade do ensino

destas temáticas na rede de ensino.

A partir do exposto, a retomada do trabalho pedagógico a partir das teorias

críticas da educação e da Geografia. Considera-se que o campo das teorias

críticas possibilita o ensino de Geografia com base na análise e na crítica das

relações sócio-espaciais, nas diversas escalas geográficas, do local ao global,

retornando ao local.

Os conteúdos estruturantes são norteadores do trabalho com os conteúdos

específicos e, ambos devem ser tratados pedagogicamente a partir das categorias

de análise - relações espaço-temporais , relações sociedade-natureza – e do

quadro conceitual de referência.

Os conteúdos estruturantes, como dimensões geográficas da realidade,

fundamentam as abordagens dadas aos conteúdos específicos.Então, cada

conteúdo específico deve ser abordado nas dimensões econômica, cultural

demográfica, política e socioambiental, todas constituidoras do espaço geográfico.

Quanto as práticas pedagógicas para o ensino da geografia devemos

ressaltar que as aulas de campo, desde a locais próximos aos de maior distância

da escola, deverão proporcionar ao aluno a uma melhor compreensão da

realidade, não se limitando apenas a uma visita ao local almejado, mas atender a

um plano docente, contextualizando e atendendo a relação entre teoria e prática.

138

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A linguagem cartográfica resulta de uma construção teórico e prática, pois

apreender a utilizar os mapas é um processo lento, que deve ser desenvolvido em

diversas etapas, desde a representação feita pelo próprio aluno de espaços

vividos por ele, até a representação de mapas de realidades mais complexas

exigindo dele maior abstração.

Os recursos áudio visuais podem ser utilizados para a problematização dos

conteúdos da Geografia, baseando-se nos fundamentos teóricos-conceituais.Ao

exibir um filme, que estes recurso seja estimulador para a pesquisa sobre

assuntos provocados pelo filme.O uso de imagens pode auxiliar o trabalho com a

formação de conceitos geográficos, sendo o ponto de partida para atividades de

observação e descrição, e a partir daí propor pesquisas que levantem os aspectos

históricos, econômicos,sociais,culturais, naturais de paisagem e espaço em

estudo.

Para isso vários recursos serão utilizados no trabalho pedagógico de sala

de aula, como leitura de textos e interpretações, debates, uso de mapas, vídeos,

pesquisas, atividades com uso de revistas, jornais, reportagens e fotografias e

interpretações de gráficos.

A cultura Afro- brasileira será abordadda na 6ª e 7ª séries, através de

mapas, maquetes, textos, imagens, fotos, entre outros, que tragam

conhecimentos sobre: a população brasileira, a miscigenação dos povos,

distribuição da população afrodescendente no Brasil e no mundo, a contribuição

do povo africano no tempo e no espaço, a colonização da África pelos europeus,

discussões de práticas de segregação racial, entre outros.

AVALIAÇÃO

A avaliação faz parte do processo de ensino-aprendizagem e deve ser

formativa, diagnóstica e processual.

A avaliação em geografia deve ser oferecida ao aluno através de vários

instrumentos avaliativos (interpretação e produção de textos de geografia;

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interpretação de fotos , imagens, gráficos, tabelas e mapas; pesquisas

bibliográficas; relatórios de aula de campo; apresentação e discussão de temas

em seminários; construção, representação e análise do espaço através de

maquetes, entre outros.), considerando que cada aluno tenha o seu tempo de

aprendizagem , cabe ao professor possibilitar isso, almejando a aprendizagem e a

participação dos mesmos. Dessa maneira a avaliação não se restringe somente a

uma nota, mas a apropriação dos conteúdos e ao posicionamento crítico diante

dos diferentes contextos sociais. Isto tudo faz parte de avaliação formal, na qual o

professor deve observar que seus alunos formaram os conceitos geográficos e e

assimilaram as relações de compreensão de espaço nas diversas escalas

geográficas. E processual na medida que os registros demonstrem a continuidade

e diagnóstica quando se percebe os avanços obtidos e as dificuldades

encontradas no processo pedagógico.

Assim, a avaliação permite o acompanhamento da aprendizagem do aluno

quanto direciona o trabalho do professor. Ela permite a melhoria do processo

pedagógico somente quando se constitui numa ação reflexiva do fazer

pedagógico. Além de avaliar o aprendizado do aluno, permite também uma

reflexão das metodologias do professor, da seleção dos conteúdos, dos objetivos

estabelecidos e um referencial para trabalho do professor.A seguir alguns critérios

a serem observados pelo professor que permitam analisar se os conteúdos estão

sendo apropriados pelos alunos.

− Aproprie-se , forme e signifique os conceitos de região, território, paisagem,

natureza, sociedade e lugar;

− Localize-se e oriente-se no espaço através da leitura cartográfica.

− Identifique as formas de apropriação da natureza, a partir do trabalho e

suas consequências econômicas, socioambientais e políticas;

− Entenda o significado dos indicadores demográficos refletindo a

organização espacial e e suas implicações socioespaciais;

− Reconheça as diferentes formas de regionalização do espaço geográfico;

140

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A recuperação será proporcionada a todos os alunos que não atingir o

mínimo de 60% da nota, sendo realizada duas recuperações no decorrer do

trimestre (a cada 5,0 pontos). É feita a retomada de conteúdos verificando assim

as dificuldades encontradas e sanando-as, após essa retomada ocorre a

recuperação de nota e conteúdo.

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

1. Construindo a Geografia. Araújo,Regina; Guimarães, Raul Borges;

Ribeiro, Wagner Costa. Editora Moderna.

2. Geografia. Castellar, Sonia; Maestro, Walter. Quinteto Editorial.

3. Geografia. Melhem, Adas. Editora Moderna.

4. Trilhas da Geografia. Sene, Eustáquio de Moreira,João Carlos. Editora

Scipione.

5. Geografia Crítica. Vesentini,J. William; Vlach,Vânia. Editora Ática.

6. Construindo o espaço. Igor, Moreira. Editora Ática.Geografia – Projeto

Araribá. Editora Moderna.

7. Diretrizes Curriculares de Geografia para os anos finais do Ensino

Fundamental e para o Ensino Médio. SEED - 2009

141

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HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A História no estudo dos processos históricos relativos às ações e às

relações humanas praticadas no tempo, bem como o sentido cultural que os

sujeitos deram às mesmas, tem como desafio a consciência dessas ações

vivenciadas pelo sujeito, não sendo de maneira alguma uma disciplina que se

apresenta de maneira estática. Isso ocorre, pois as relações humanas produzidas

por estas ações podem ser definidas como estruturas sócio-históricas, ou seja,

são as formas de agir, de pensar ou de raciocinar, de representar, de imaginar, de

instituir, de se relacionar social, cultural e politicamente, que estão intimamente

ligadas, tão logo o ser humano é um ser em evolução, onde ele como sujeito ativo

em seu processo evolutivo alcançou o desenvolvimento mediante a práxis, criando

métodos de integração crítica a todos os demais sujeitos, avaliando a si, o meio

em que vive e suas atuais condições materiais.

São as relações humanas que condicionam as diversas possibilidades das

ações dos sujeitos de modo a demarcar como estes podem transformar

constantemente as estruturas sócio-históricas, culturais, familiares e pessoais.

Mesmo condicionadas, as ações dos sujeitos permitem espaços para suas

escolhas e projetos de futuro, pois um sujeito histórico é fruto do seu próprio

tempo. Esse sujeito histórico ao participar desse meio, necessita encontrar

maneiras de sobreviver e atuar em sociedade, sendo esta a função social da

escola. Deve-se considerar também como objeto de estudo as relações dos seres

humanos com os fenômenos naturais e com o meio ambiente, tais como as

condições geográficas, físicas e biológicas de uma determinada época e local, e a

sua transformação a partir das ações humanas, sem esquecer os aspectos

intelectuais, físicos, emocionais e sociais de nossos discentes.

A reflexão é base da educação. Sem ela nos tornamos escravos das

superstições e da falta de fundamentos e argumentos histórico-filosóficos. Neste

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sentido, o ensino de História vem procurando mostrar através dos tempos

alterações significativas do pensamento humano, seus costumes e perspectivas

que alteram parâmetros ou permanecem durante os séculos.

Devemos ao ensino de História a análise da ruptura destes paradigmas, as

permanências, os avanços e retrocessos da humanidade. É ela que nos traz a

consciência necessária para sermos diferentes, mesmo sendo tão iguais.

Estudar História significa buscar entendê-la como processo e identificando

sua dinâmica, sua historicidade e sua relação com a vida.

A problematização de situações relacionadas às dimensões econômico-

social, política e cultural leva a seleção de objetos históricos. Esses objetos são as

ações e as relações humanas no tempo, ou seja, articulam-se aos conteúdos

estruturantes propostos neste Plano Curricular respeitando e estabelecendo

ligação direta com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de História que

são, a saber: a dimensão política, a dimensão econômico-social, a dimensão

cultural, a dimensão artística, as relações de poder e trabalho. Nessa perspectiva

de educação democrática, em que os próprios agentes envolvem-se diretamente

com no ambiente escolar, possibilitam ao professor uma reflexão significativa que

explore os novos métodos de produção do conhecimento histórico e amplie as

possibilidades de analise dos valores humanos, da cultura como fruto da

construção social, de suas experiências como um todo, não somente de

problematização em relação ao passado, mas sim a analise de um passado

relacionado às transformações sociais ocorridas no mundo recente.

Sobre o conceito de cultura que norteia a prática da História, Roger Chartier

conceituou que:

(...) o conceito de cultura denota um padrão, transmitido historicamente, de significados corporizados em símbolos, um sistema de concepções herdadas, expressas em formas simbólicas, por meio das quais os homens comunicam, perpetuam e desenvolvem o seu

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conhecimento e as suas atitudes perante a vida. (1987, p.67)

Ainda assim, o ensino de História deve dar conta de superar os desafios de

desenvolver o senso critico, valorizando a interdisciplinaridade relacionada ao

conceito de contextualização sócio-histórica, reestruturando ideias previas de

estudantes e professores aos conceitos que estruturam a disciplina.

Percebe-se assim, a necessidade da valorização dos sujeitos históricos

não somente como objetos de analise historiográfica, mas como agentes que

buscam a construção do conhecimento através da reflexão e, portanto, da

produção conceitual, de sua prática vivencial e investigativa dentro do universo

escolar. Este é o caminho para a formação de uma consciência histórica no aluno

e no professor ao pensarem e repensarem sua própria experiência educativa

como seres sociais e cidadãos construtores de um espaço público realmente

democrático, produzido por uma ação conjunta entre os professores, funcionários,

pais e alunos.

Para que isto possa acontecer, torna-se relevante a defesa de referenciais

teóricos que possuam o caráter de compreensão do pensamento histórico dos

sujeitos, que levem em consideração as práticas dos alunos, funcionários, pais e

professores inseridos no cotidiano da comunidade escolar. Estes referenciais

devem permitir a seleção das informações advindas do mundo extra-escolar

através de uma conceitualização teórico-prática dos conteúdos estruturantes,

considerando assim, a forma com que estes sujeitos sócio-históricos entendem e

constroem a narrativa histórica. Christopher Lloyd possui um duplo argumento

sobre os referenciais teóricos na disciplina de História, que antes eram estáticos e

agora leva em conta a dinâmica das mudanças sociais do mundo contemporâneo:

“Primeiro, a sociedade não é o único sistema histórico. O universo inteiro, incluindo os planetas, a geologia da Terra, a biosfera e evolução das formas de vida são históricos no sentido de apresentar processos específicos de mudanças. Em segundo lugar, a ciência não se caracteriza

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necessariamente pelo objetivo de descobrir leis. A forma da racionalidade, a estrutura do raciocínio, a reflexibilidade e a autocrítica, bem como a objetividade empírica, são características (...) essenciais”. (LLOYD, 1995, p. 43).

As relações que condicionam os limites e as possibilidades das ações dos

sujeitos de modo a demarcar como estes podem transformar constantemente as

estruturas sócio-históricas, mesmo condicionadas, permitem espaços para suas

escolhas e projetos de futuro. Deve-se considerar também como objeto de estudo

as relações dos seres humanos com os fenômenos naturais, tais como as

condições geográficas, físicas e biológicas de uma determinada época e local, os

quais também se conformam a partir das ações humanas da comunidade em que

o aluno está inserido.

As estruturas sócio-históricas podem ser descobertas, interpretadas e

analisadas a partir de metodologias que se confrontam com dados empíricos. Este

confronto, dentro dos critérios realistas apontados por Lloyd, pode modificar as

metodologias e mesmo verificar a sua validade em relação aos fatos históricos

expressos nas fontes utilizadas ao abordar o objeto de estudo. Nessa concepção

as teorias e as metodologias não são somente formas discursivas, pois elas se

constituem a partir da realidade sócio-histórica do objeto de estudo (no caso, a

ação humana na formação das estruturas sócio-históricas que a limitam e a

modelam) enquanto elemento relativamente autônomo em relação à realidade

complexa e total. É neste espaço, portanto, que ocorre a tematização dos

conteúdos numa relação dialética e seletiva entre o aspecto empírico e o aspecto

teórico conceitual do conhecimento histórico.

Por fim,

... ensinar e aprender História requer de nós, professores, a retomada de uma velha questão: o papel formativo de História. Devemos pensar sobre a possibilidade educativa da História, ou

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seja, a História como saber disciplinar que tem um papel fundamental na formação da consciência histórica do homem, sujeito de uma sociedade marcada por diferenças e desigualdades múltiplas. Requer assumir o oficio de professor de História como uma forma de luta política e cultural. A relação ensino-aprendizagem deve ser um convite e um desafio para alunos e professores cruzarem ou mesmo subverterem as fronteiras impostas entre as diferentes culturas e grupos sociais entre a teoria e a prática, a política e o cotidiano, a história, a arte e a vida. (FONSECA, 2003, p. 37-38).

A investigação histórica pode detectar causalidades externas voltadas para

descobertas de relações humanas, e causalidades internas que buscam

compreender/interpretar os sentidos que os sujeitos atribuem às suas ações.

A finalidade da História é expressa no processo de produção do

conhecimento humano sob a forma da consciência histórica dos sujeitos. É

voltada para a interpretação dos sentidos do pensar histórico dos mesmos, por

meio da compreensão da provisoriedade deste conhecimento. Esta provisoriedade

não significa relativismo teórico, mas que, além de existirem várias explicações

e/ou interpretações para um determinado fato, algumas delas são mais válidas

historiograficamente do que outras. Esta validade é constituída pelo estado atual

da ciência histórica em relação ao seu objeto e a seu método. O conhecimento

histórico possui formas diferentes de explicar seu objeto de investigação,

construído a partir das experiências dos sujeitos.

A Nova História Cultural se utiliza das categorias de representação e

apropriação para a produção do conhecimento histórico. Representação,

considerada a pedra angular da Nova História Cultural, conceito superior ao de

mentalidade, é entendida como as diferentes formas através das quais as

comunidades, partindo de suas diferenças sociais e culturais, percebem e

compreendem sua sociedade e sua própria história.

A apropriação, por sua vez:

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“tem por objectivo [sic.] uma história social das interpretações, remetidas para as suas determinações fundamentais (que são sociais, institucionais e culturais) e inscritas nas práticas específicas que as produzem” (CHARTIER, 1987, p. 26.).

Ao optar pelas contribuições das correntes historiográficas identificadas

como Nova História Cultural e Nova Esquerda Inglesa como referenciais teóricos

das diretrizes curriculares de História, objetiva-se propiciar aos alunos, ao longo

da Educação Básica, a formação da consciência histórica. Nesta corrente

historiográfica a cultura é entendida de forma integrada aos modos de produção e

não como mero reflexo da infra-estrutura econômica de uma sociedade ou de

nossa atual sociedade capitalista. Nessa perspectiva, existiria uma relação

dialética entre a cultura e as estruturas sociais.

O ensino de História tem que estar em sintonia com as atuais correntes

historiográficas para que o aluno perceba a flexibilidade das ciências humanas,

em constante construção, por não serem exatas estão sujeitas a superação, a

novas formulações, tornando ainda mais complexas realidades sociais múltiplas,

conflituosas, descontinuas. Há um permanente debate e não existem

possibilidades que apontem para um consenso.

Temas sociais que no passado eram ignorados pela historiografia, hoje

ganham relevância, como a diversidade étnica, cultural e ideológica de populações

antes esquecidas pela História tradicional. A História do cotidiano valoriza e

possibilita novas percepções na vida das classes trabalhadoras, mulheres,

crianças, grupos étnicos, populações do campo, agricultores, ilhéus, negros e

negras, povos indígenas, movimentos estudantis, idosos, lésbicas, gays, travestis

e transexuais. Neste aspecto as fontes de pesquisa tornam-se mais abrangentes,

considerando textos, imagens, cartas pessoais, relatos orais, resquícios

arqueológicos, entre outros, possibilitando aos professores direcionamento de

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pesquisas envolvendo e valorizando os alunos como sujeitos de um contexto

amplo. Isso reforça e fortalece a posição de que as formas de estudar o passado

são plurais e estão relacionadas com o presente. Esta perspectiva dá à História

importância social de contribuir para a construção da identidade do aluno,

desenvolvendo um sentimento de pertencimento a nação de um mundo

globalizado.

Nesta perspectiva é valorizado o conceito de experiência, idéia que se

contrapõe ao pensamento dicotômico base/estrutura. Os historiadores dessa

corrente teórica consideram a subjetividade, as relações entre as classes e a

cultura. Defendem, ainda, que a consciência de classe se constrói nas

experiências cotidianas comuns, a partir das quais são tratados os

comportamentos, valores, condutas, costumes e culturas de comunidades

distantes e do entorno da comunidade escolar em que ele está inserido.

Outro conceito fundamental é o de poder, onde a Nova Esquerda Inglesa

busca superar a visão mecânica e reducionista de uma corrente tradicional

marxista, contrária ao capitalismo, que prescrevia uma História linear em direção a

uma revolução, e ainda uma História tradicional, calcada em fatos históricos

determinados e aliada a figuras de heróis. Os historiadores da Nova Esquerda

Inglesa procuraram analisar a concepção de poder de forma a apresentar outros

atores sociais e outros espaços de poder, que são os próprios sujeitos históricos

da sociedade: o povo em geral.

Os historiadores da Nova Esquerda Inglesa elegeram a classe

trabalhadora como personagem central de seus estudos. O conceito de classe

social e de luta de classes fundamentais para o pensamento marxista são

ampliados por essa historiografia, à medida que seus estudos não reduzem a

explicação histórica ao aspecto econômico. Nessa perspectiva percebem a classe

trabalhadora a partir do conceito de experiência, envolvendo dialeticamente o

econômico, o cultural e o social. Ao que se refere a conceitos fundamentais do

marxismo como o de luta de classes, esta corrente historiográfica amplia o seu

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significado, passando a considerar não só a luta entre classes, mas a luta dentro

de uma mesma classe.

Portanto, a aprendizagem caminhará de mãos dadas com o interesse em

relação a cada fato exposto, uma vez que o aluno deverá se colocar como agente

construtor da História.

OBJETIVOS

Busca-se no ensino da História a compreensão do processo histórico

relativo às permanências e às transformações temporais dos modelos culturais e

a compreensão da vida social em toda sua complexidade, para que o aluno tenha

a formação da consciência histórica, ajudando-o a ser um cidadão crítico e

participativo nas questões sociais e políticas do seu meio.

Essa concepção de História, enquanto experiência de homens e mulheres

e sua relação dialética com a produção material valorizam a possibilidade de luta

e transformação social. Justifica-se assim a concepção de História que se

pretende, a qual não se vincula às teorias deterministas da estrutura, nem às

teorias voluntaristas da consciência que reduzem a produção historiográfica à

categoria de ficção, mas sim de discussão a partir da realidade da escola, a

função deste espaço e o conhecimento de mundo que o aluno possui e aquele

que irá angariar ao passar da vida escolar.

Desta forma propõe-se estabelecer articulações entre abordagens teórico-

metodológicas distintas, resguardadas as diferenças e/ou diversidades, até a

oposição entre elas, por entender que esse é um caminho possível para o ensino

de História, uma vez que possibilita aos alunos compreender as experiências e os

sentidos que os sujeitos dão às mesmas.

Com essa compreensão social, o aluno junto à comunidade escolar e aos

conteúdos propostos com base nas DCEs terá o professor como mediador,

promovendo uma participação ativa dos educandos através das diversas linhas de

conhecimento histórico.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Para a disciplina de História no Ensino Fundamental os conteúdos

estruturantes agregados as DCEs são:

• Relações de Trabalho;

• Relações de Poder;

• Relações Culturais.

No conteúdo estruturante relativo às relações de trabalho temos expressa

as relações que os seres humanos ou agentes sociais produzem, os bens

materiais ou intelectuais destinados a manutenção de sua sobrevivência,

organizando-se de maneira materialista e economicista.

Neste contexto devem se encaixar estudos sobre os diversos modos de

produção que evoluíram gradativamente, assim como a análise do capitalismo

atual, meio pelo qual a sociedade se insere, e também a coexistência de sistemas

produtivos que ainda permanecem de alguma forma em nosso meio, como o

trabalho escravo, por exemplo.

As relações de poder permeiam a capacidade de agir e produzir efeitos

que se manifestam na sociedade, assim como aqueles sujeitos a que se

submetem a essa força, não só no aspecto político, mas nas relações culturais e

trabalho.

Importante notar que o saber também é poder, tendo nas instituições

sociais a manifestação de poder de poucos sobre muitos, de uma minoria sobre

uma maioria. Essa minoria determina regras, possui poder decisório, cria normas

e regras de conduta, cria leis através do interesse de seus legisladores. São

esses meandros que a História deve analisar e debater junto a seus alunos, para

apreensão do verdadeiro conhecimento de mundo.

As relações culturais talvez seja o conteúdo estruturante que mais contribui

com o questionamento do modo de pensar do ser humano social, atualmente

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enraizado no capitalismo. Na análise das questões da cultura comum podem-se

notar rupturas e permanências que são capazes de refletir a redução das

desigualdades e a aproximação das elites à cultura popular, e vice-versa.

CONTEÚDOS

5ª SÉRIE/6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

TEMÁTICA:

• Os Diferentes Sujeitos, Suas Culturas, Suas Histórias.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

• A Experiência Humana e o Tempo;

• Os Sujeitos e Suas Relações com o Outro no Tempo;

• As Culturas Locais e a Cultura Comum.

CONTEUDOS ESTRUTURANTES:

Relações de trabalho, poder e Cultura.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

• Produção do conhecimento histórico;

• O historiador e a produção do conhecimento histórico;

• Tempo e temporalidade;

• Conceito e tipos de fontes e documentos;

• Tipos e diferenças entre patrimônio material e imaterial;

• Pesquisa histórica.

Conteúdos Complementares:

• Humanidade e História: De onde viemos, quem somos, como sabemos?

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• Movimentos migratórios;

• Surgimento do homem na África;

• Desconstrução do conceito de Pré-História;

• Povos ágrafos, memória e história oral.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

• Arqueologia no Brasil:

e.Lagoa Santa: Luzia (MG);

f.Serra do Capivari (PI);

g.Sambaquis (PR).

Conteúdos Complementares:

- Surgimento e desenvolvimento da humanidade e grandes migrações:

- Teorias do surgimento do homem na América;

- Mitos e lendas da origem do homem.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

• Povos indígenas no Brasil, no Paraná e em Campo Largo.

VI. Ameríndios do território brasileiro;

VII. Kaingang, Guarani, Xetá e Xokleng.

Conteúdos Complementares:

XII. As primeiras civilizações da América:

XVIII. Olmecas, Mochicas, Tiwanacus, Maias, Incas e Astecas;

XIX. Ameríndios da América do Norte.

ABORDAGEM TEÓRICO METODOLÓGICA:

XX. A abordagem metodológica partindo da História local, para a História

do Brasil e, mais tarde, mundo;

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XXI. Considerar os contextos relativos às histórias local, da América

Latina, da África e da Ásia;

XXII. Os conteúdos que são ministrados e os materiais didáticos utilizados

pretendem desenvolver a análise das rupturas e permanências,

simultaneidades e recorrência nos períodos históricos.

OBJETIVOS:

• Compreender a utilidade da disciplina de História;

• Identificar os vários calendários;

• Conhecer a origem dos primeiros povoadores da América e o caminho usa-

do por eles para a chegada na América;

• Analisar o Brasil pré-conquista e as comunidades primitivas na América e

no Brasil;

• Perceber a composição étnica do Brasil atual;

• Observar junto ao encaminhamento da metodologia e Lei 13.381/01 da

“História do Paraná”, remissivo aos conteúdos propostos.

Conteúdos Complementares:

V. As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia:

• Mesopotâmia, Egito, Núbia, Gana e Mali;

• Fenícios, Hebreus, gregos e romanos.

ABORDAGEM TEÓRICO METODOLÓGICA:

• Confrontar diversas visões historiográficas e diversos documentos

históricos, permitindo assim que os estudantes formulem ideias históricas

próprias, demonstrando por meio de narrativas históricas.

OBJETIVOS

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• Analisar a importância da agricultura no processo de sedentarização do ho-

mem;

• Relacionar a importância dos grandes rios para o surgimento das civiliza-

ções;

• Descrever as principais características socioeconômicas, políticas e sociais

das civilizações;

• Compreender a importância dos fenícios relativa ao surgimento da escrita;

• Analisar os legados culturais dos gregos e romanos;

• Compreender o surgimento e a importância da escravidão desde os primei-

ros tempos da civilização romana;

• Destacar o pensamento medieval no Feudalismo, as relações de trabalho, o

papel da Igreja a contribuições para a posteridade;

• Compreender a importância da Igreja Católica no mundo medieval e suas

contribuições – rupturas e permanências.

Conteúdos Complementares:

• Europa Medieval.

• Feudalismo.

OBJETIVOS

- Destacar o pensamento medieval e o feudalismo, enfatizando relações de

trabalho, o papel da Igreja, o imaginário feudal.

- Destacar aspectos e contribuições do período cultural da Idade Média.

• Compreender as razões da Igreja Católica ter se tornado a instituição mais

poderosa da Europa Medieval.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

• A Chegada dos europeus na América:

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• Encontros e desencontros entre culturas;

• Resistência e dominação;

• Escravidão;

• Catequização.

OBJETIVOS

- Compreender o relativo desinteresse de Portugal pelo Brasil nos primeiros

anos de nossa história.

- Analisar e compreender o comportamento social econômico na época do

Brasil colonial e sua influência cultural no Brasil atual.

- Reconhecer as práticas e lógicas do sistema colônia, entendendo a sua

economia, diversidade e realidade da sociedade brasileira.

- Saber porque deu o início à colonização do Brasil.

- Caracterizar o modo de vida indígena.

- Caracterizar a escravidão do africano no Brasil e avaliar a importância do

tráfico negreiro para a adoção dessa forma de trabalho.

- Assinalar que no Brasil colonial, os jesuítas atuaram como defensores da

escravidão do negro e como desestruturadores da sociedade indígena;

- Debater, entender e compreender a Lei 9.795/99 sobre o “Meio Ambiente”,

fazendo uma comparação com o desrespeito à flora e fauna nacional no tempo do

Pacto Colonial.

Conteúdos Complementares:

• Península Ibérica nos séculos XIV e XV: cultura, sociedade e política:

• Península Ibérica nos séculos XV e XVI: Cultura, sociedade e política;

• Reconquista do território;

• Diferentes religiões: judaísmo, cristianismo e islamismo;

• Comércio entre África, América e Europa.

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OBJETIVOS:

• Compreender o desinteresse inicial e posterior interesse de Portugal em re-

lação ao Brasil;

• Analisar e compreender o comportamento sócio-econômico no Brasil Colô-

nia;

• Reconhecer as práticas e lógicas do sistema colonial e o Mercantilismo;

• Entender a razão do início da colonização do Brasil;

• Caracterizar a escravidão do africano no Brasil e avaliar a importância do

tráfico negreiro no Brasil Colônia e do tratamento dos jesuítas em relação

ao índio;

• Comentar e debater a importância do negro na constrição do Brasil, refe-

rente a Lei 10.639/03, que argúi sobre “História e Cultura Afro”.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

- Formação da sociedade brasileira e americana:

• América Portuguesa;

• América Espanhola;

• América Franco-Inglesa;

• Capitanias Hereditárias;

• Manifestações culturais, organização social;

• Escravização de Indígenas e Africanos;

• Ciclos econômicos do Brasil Colonial.

OBJETIVOS:

• Perceber a composição étnica do Brasil atual;

• Descrever a forma de como se deu o sistema de capitanias hereditárias no

Brasil e a exploração do pau-brasil, cana de açúcar e mineração;

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• Explicar a participação holandesa na empresa açucareira montada no Brasil

e as consequências da União Ibérica para o Brasil;

• Reconhecer a importância da terra para o indígena, do pau brasil para o eu-

ropeu, da cana de açúcar para Portugal e da mineração para os ingleses;

• Ressaltar a participação do escravo negro na economia do Brasil Colônia;

• Perceber a subordinação do negro ao branco desde o período colonial;

• Conhecer as principais manifestações culturais e artísticas das sociedades

africanas.

Conteúdos Complementares:

• Os reinos e sociedades africanas e contatos com a Europa;

• Songai, Benin, Ife, Congo, Mozomotapa (atual Zimbabue) e outros;

• Uso de tecnologias: engenho e construção civil;

• O comércio;

• Organização política e administrativa do Brasil da época;

• Manifestações culturais e organização social;

• Uso de tecnologias: engenho, bateia, construção civil, escola de artes fran-

cesa...

• A diáspora africana e o comercio de escravos no Brasil (observar a Lei

10.639/03).

OBJETIVOS

- Estimular a reflexão sobre a organização social, administrativa, econômica

das sociedades africanas.

- Compreender que a cultura colonial brasileira compõe-se da fusão das

culturas indígena, africana européia.

- Conhecer as principais manifestações culturais e artísticas das sociedades

africanas.

157

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6ª SÉRIE/7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

TEMÁTICA:

• A Constituição Histórica do Mundo Rural e a Formação da Propriedade em

Diferentes Tempos e Espaços

CONTEÚDOS BÁSICOS:

• As Relações de Propriedade;

• A Constituição Histórica do Mundo do Campo e do mundo da Cidade;

• As relações Entre Campo e Cidade;

• Conflitos e Resistências e Produção Cultural entre Campo e Cidade.

CONTEUDOS ESTRUTURANTES:

Relações de Trabalho, Poder e Cultura.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

• Expansão, consolidação e colonização do território;

• Missões;

• Bandeiras;

• Invasões estrangeiras.

OBJETIVOS:

- Evidenciar os fatores que levaram à expansão territorial brasileira.

- Caracterizar o movimento das bandeiras.

- Reconhecer as bandeiras como expedições para o apresamento dos

indígenas.

- Mostrar como as bandeiras passaram a se dedicar à procura do ouro;

158

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-Debater, entender e compreender a Lei 9.795/99 sobre o “Meio Ambiente”,

fazendo uma comparação com o desrespeito à flora e fauna nacional no tempo da

Expansão do Território Português no Brasil.

Conteúdos Complementares:

• Consolidação dos Estados Nacionais europeus;

• Reforma Pombalina;

• Reforma Protestante e Contra-Reforma Católica.

OBJETIVOS:

- Identificar a política pombalina em relação ao Brasil.

- Conceituar nação.

- Identificar os principais meios que os reis usaram para o fortalecimento do

poder.

- Caracterizar o Estado Absolutista.

- Conhecer as correntes de pensadores para explicar a origem do Estado

Absolutista.

- Relacionar a crise da Igreja com a Reforma Religiosa.

- Conhecer as principais idéias de Lutero, Calvino.

- Identificar como se processou o movimento reformista na Inglaterra: a

religião Anglicana.

− Conhecer como se processou a Reforma da Igreja Católica.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

− Colonização do território paranaense – História do Paraná:

• Economia;

• Organização social;

• Manifestações culturais;

• Organização político-administrativa.

159

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OBJETIVOS:

- Entender como se deu a colonização do Paraná.

- Estimular a reflexão sobre a organização social, administrativa, econômica

do território paranaense.

- Conhecer as principais manifestações culturais e artísticas da sociedade

paranaense;

- Observar junto ao encaminhamento da metodologia e Lei 13.381/01 da

“História do Paraná”, remissivo aos conteúdos propostos.

Conteúdos Específicos:

• Movimentos de Contestação (quilombos e irmandades);

• Revoltas nativistas;

• Inconfidência Mineira;

• Conjuração Baiana;

• Revolta da cachaça;

• Guerra dos mascates.

OBJETIVOS:

- Compreender as razões das revoltas crescente dos brasileiros contra o

domínio português.

- Caracterizar as principais rebeliões coloniais, distinguindo os movimentos

nativistas dos movimentos de libertação colonial.

- Mostrar como os escravos negros resistiam à escravidão.

− Entender a importância dos quilombos para o negro africano.

Conteúdos Complementares:

− Independência das treze colônias inglesas da América do Norte.

− Revolução Francesa.

160

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OBJETIVOS

- Conhecer os fatores que levaram as Treze Colônias a romperem com a

Metrópole.

- Conhecer como se deu a Independência dos EUA e caracterizar a Consti-

tuição Norte Americana;

- Caracterizar a sociedade francesa do século XVIII e os fatores que leva-

ram à Revolução;

- Conhecer e entender a importância da Revolução Francesa para a socie-

dade brasileira.

Conteúdos Complementares:

• Comuna de Paris e influência na Inconfidência Mineira e Baiana.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

− Chegada da família real ao Brasil:

− Missão artística e científica francesa;

− Invasão Napoleônica da Península Ibérica;

− Constituição de 1824;

− Revoltas Regenciais;

− Processo de Independência das Américas: Haiti e Colônias Espanholas.

Conteúdos Complementares:

− Invasão Napoleônica na Península Ibérica.

OBJETIVOS

• Perceber a relação entre a vinda da família real e a Independência do Bra-

sil;

• Esclarecer por que a corte portuguesa veio ao Brasil;

161

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• Conhecer como se deu a resistência contra o jugo português no Brasil;

• Saber como se deu o processo de independência do Brasil e identificar a

importância dos principais movimentos sociais de contestação.

• Identificar os fatores que favoreceram a independência dos países da Amé-

rica espanhola;

• Caracterizar a sociedade espanhola;

• Reconhecer o papel dos criollos no movimento da independência;

• Identificar as transformações ocorridas após a independência nos países da

América espanhola.

7ª SÉRIE/8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

TEMÁTICA:

• O Mundo do Trabalho e os Movimentos de Resistência

CONTEÚDOS BÁSICOS:

• As Relações de Trabalho e Propriedade;

• O Trabalho e a Vida em Sociedade;

• O Trabalho e as Contradições da Modernidade;

• Os Trabalhadores e as Conquistas de Direito.

CONTEUDOS ESTRUTURANTES:

Relações de Trabalho, Poder e Cultura.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

− A Construção da Nação (Segundo Reinado):

• Papel político de D. Pedro II.

● O café e a extinção do tráfico negreiro; abolição.

• Lei dos Sexagenários, Ventre Livre e Lei Áurea.

162

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• Lei de Terras, Lei Euzébio de Queirós – 1850;

• Início da imigração européia;

• A queda do Império;

• Movimento e proclamação da República;

• Questão Militar, questão religiosa e a questão abolicionista.

OBJETIVOS

• Reconhecer a importância da extinção do tráfico de escravos;

• Conhecer como foi a campanha abolicionista e como se deu a emancipa-

ção dos escravos;

• Conhecer o processo de imigração para o Brasil;

• Conhecer como se processou a antecipação da maioridade de D. Pedro II;

• Analisar criticamente a Proclamação da República;

• Caracterizar as etapas da Revolução Industrial;

• Destacar a importância da Revolução Industrial para a humanidade e os fa-

tores que determinaram a Revolução Industrial;

• Entender os objetivos dos movimentos operários e as doutrinas que surgi-

ram durante a Revolução Industrial;

• Comentar e debater a importância do negro na constrição do Brasil, refe-

rente a Lei 10.639/03, que argúi sobre “História e Cultura Afro”.

Conteúdos Complementares:

- Revolução Industrial e relações de trabalho (séc. XIX e XX):

- Luddismo; Socialismos; Anarquismo.

- Relacionar: taylorismo, fordismo e toyotismo.

OBJETIVOS:

- Caracterizar as etapas da Revolução Industrial.

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- Destacar a importância da Revolução Industrial para a humanidade.

- Conhecer os fatores que favoreceram a Revolução Industrial.

- Analisar as transformações tecnológicas.

- Entender o porque dos movimentos operários.

− Analisar as doutrinas que surgiram durante a Revolução Industrial

decorrentes dos problemas sociais;

− Debater, entender e compreender a Lei 9.795/99 sobre o “Meio

Ambiente” relativos aos problemas causados pelo forte desenvolvimento

industrial.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

• História da Emancipação Política do Paraná – 1853.

• Economia, organização social, política – ouro, café, erva mate;

• Manifestações culturais;

• Organização Político Administrativa;

• Vinda dos Escravos Africanos.

OBJETIVOS

- Entender como se deu a emancipação política do Paraná.

- Estimular a reflexão sobre a organização social, administrativa, econômica

do território paranaense.

- Conhecer as principais manifestações culturais e artísticas da sociedade

paranaense.

- Ressaltar a participação do negro africano na sociedade paranaense;

- Comentar e debater a importância do negro na constrição do Brasil,

referente a Lei 10.639/03, que argúi sobre “História e Cultura Afro”;

- Observar junto ao encaminhamento da metodologia e Lei 13.381/01 da

“História do Paraná”, remissivo aos conteúdos propostos;

- Debater, entender e compreender a Lei 9.795/99 sobre o “Meio Ambiente”.

164

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Conteúdos Complementares:

• Imperialismo europeu do séc. XIX: colonialismo e neocolonialismo;

• Imperialismo da África e na Ásia.

OBJETIVOS:

- Conhecer os motivos que levaram ao colonialismo do século XIX.

- Caracterizar neocolonialismo.

- Identificar dos domínios europeus na África e na Ásia.

- Conhecer os efeitos do imperialismo.

− Justificar os motivos da expansão

Conteúdos Complementares:

− A Independência dos Estados Unidos.

- Os Estados Unidos no século XIX.

- A Guerra de Secessão.

- A expansão territorial.

− Os Estados Unidos no final do século XIX e sua política imperialista.

OBJETIVOS

- Caracterizar a Segunda Guerra de Independência.

- Conhecer as razões que levaram ao estabelecimento da Doutrina Monroe.

- Conhecer os motivos que geraram a Guerra de Secessão.

- Analisar o processo de expansão territorial americano.

- Reconhecer os efeitos da expansão para os povos indígenas.

− Caracterizar a política imperialista dos Estados Unidos.

− Carnaval na América Latina: entrudo, musga e candomblé.

165

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

− Os Primeiros anos da República:

• Idéias positivistas;

• República da Espada.

• República Velha.

• Oligarquia, coronelismo.

• Movimentos messiânicos;

• Revolta de Vacina e urbanização do Rio de Janeiro;

OBJETIVOS

- Analisar as bases econômicas, políticas e sociais da chamada República

Velha.

- Analisar a queda da Monarquia.

- Analisar a consolidação do regime republicano.

- Caracterizar a sociedade brasileira no período da República Velha.

- Conhecer e caracterizar as rebeliões de caráter messiânico.

− Conhecer os motivos que levaram à revolta da Vacina.

Conteúdos Específicos:

− A Revolução Mexicana.

OBJETIVOS:

- Caracterizar o contexto revolucionário latino-americano, a partir das

primeiras décadas do século XX.

Conteúdos Complementares:

− Primeira Guerra Mundial.

OBJETIVOS:

166

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- Identificar os motivos que levaram à Primeira Guerra Mundial.

- Reconhecer a política expansionista da Alemanha como um importante

fator para a guerra.

- Caracterizar os períodos da I guerra.

- Identificar os efeitos da guerra.

− Entender os interesses expostos no Tratado de Versalhes e suas

principais consequências.

Conteúdos Complementares:

− Revolução Russa.

OBJETIVOS:

- Caracterizar a Rússia antes da Revolução de 1917.

- Conhecer a luta do povo por uma Constituição e a reação do governo que

resultou no Domingo Sangrento.

- Identificar o governo liberal burguês.

− Conhecer a política de Lênin e Stálin.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

− A Guerra do Contestado.

OBJETIVOS:

− Analisar a Guerra do Contestado e a Revolução Federalista e suas

consequências para o Paraná.

− Observar junto ao encaminhamento da metodologia e Lei 13.381/01 da

“História do Paraná”, remissivo aos conteúdos propostos.

8ª SÉRIE/9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

TEMÁTICA:

167

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• Relações de Dominação e Resistência: a Formação do Estado e das Insti-

tuições Sociais

CONTEÚDOS BÁSICOS:

• A Constituição das Instituições Sociais

• A Formação do Estado

• Sujeitos, Guerras e Revoluções

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

• A Semana da Arte Moderna de 1922 e o repensar da nacionalidade;

• Economia;

• Organização social;

• Organização político-administrativa

• Manifestações culturais;

• Coluna Prestes.

OBJETIVOS:

- Identificar São Paulo como o principal centro industrial do Brasil.

- Caracterizar o movimento que gerou a Semana da Arte Moderna e o seu

significado.

- Caracterizar o poder político e econômico dos coronéis.

- Entender a política de valorização do café.

- Conhecer o significado da cafeicultura para a economia da República

Oligárquica.

- Conhecer os motivos que abalaram o poder da República Oligárquica.

- Conhecer os motivos que levaram ao nascimento do Tenentismo.

- Caracterizar o Tenentismo.

- Saber o que foi a Coluna Prestes.

168

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− Conhecer os fatores que levaram à Revolução de 1930, que derrubou a

República Oligárquica.

− A Primeira Guerra Mundial. (Este conteúdo será trabalhado de forma

mais resumida, para os alunos entenderem o porque ocorreu a Crise de

1929).

OBJETIVOS:

- Identificar os motivos que levaram à Primeira Guerra Mundial.

− Identificar os efeitos da Guerra.

Conteúdos Complementares:

• Crise de 29.

OBJETIVOS:

- Identificar a situação dos Estados Unidos após a Primeira Guerra Mundial.

- Analisar a crise de 1929.

- Identificar os fatores que levaram à Queda da Bolsa de Valores de Nova

York.

- Reconhecer os efeitos da crise no mundo.

- Entender e explicar como a crise de 29 influiu na economia brasileira e as

conseqüências para o Brasil.

− Caracterizar a política norte-americana para a recuperação econômica.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

• A Revolução de 30 e o período Vargas (1930-45):

• Democracia populista no Brasil;

• Getúlio Vargas, JK, Jânio Quadros e João Goulart.

• Leis trabalhistas;

169

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• Voto feminino;

• Ordem e disciplina no trabalho;

• Mídia e divulgação do regime;

• Criação do SPHAN, IBGE;

• Futebol e carnaval;

• Contestações à ordem;

• Integralismo.

OBJETIVOS:

- Conceituar populismo.

- Analisar a Revolução Constitucionalista de 1932.

- Identificar fatores que possibilitaram a instalação do Estado Novo.

- Identificar as características econômicas, sociais e políticas do Estado

Novo.

- Analisar o processo eleitoral e suas conseqüências após a queda de

Vargas.

- Compreender a difícil trajetória da democracia de 1945 a1964.

− Refletir e analisar que o Brasil é muito mais que samba, futebol e

carnaval.

Conteúdos Complementares:

- Ascensão dos regimes totalitários na Europa.

• O Fascismo na Itália.

• O Nazismo na Alemanha.

OBJETIVOS:

- Caracterizar o regime fascista.

- Conhecer como Mussolini subiu ao poder na Itália.

- Caracterizar o fascismo italiano.

170

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- Conhecer os fatores que levaram ao nazismo.

- Caracterizar o governo de Hitler

− Diferenciar o fascismo italiano do nazismo.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

- Movimentos populares na América Latina.

• Cárdenas – México;

• Perón – Argentina.

OBJETIVOS:

- Destacar a forma de governo o período, as oposições e fatos que deram

origem aos movimentos.

− Comparar o peronismo argentino com o populismo de Vargas.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

− Segunda Guerra Mundial:

− Participação do Brasil na II Guerra Mundial.

OBJETIVOS:

- Conhecer os motivos que levaram à Segunda Guerra Mundial.

- Identificar os blocos de países que participaram da guerra.

- Conhecer os resultados da guerra.

- Caracterizar os acordos da guerra.

- Caracterizar os acordos de paz.

- Perceber as transformações do mundo pós-guerra.

- Identificar os fatores que levaram o Brasil a participar na Segunda Guerra

Mundial.

Conteúdos Complementares:

171

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− A Descolonização da África e da Ásia.

OBJETIVOS:

- Caracterizar o movimento de descolonização.

- Conhecer o processo de descolonização dos países asiáticos e africanos.

− Analisar a China Contemporânea.

− Analisar o contexto histórico do Oriente Médio.

Conteúdos Complementares:

− Guerra Fria.

− Os Estados Unidos – a grande potência mundial.

− A expansão da União Soviética.

− O bloqueio de Berlim.

− Os principais conflitos da Guerra Fria.

OBJETIVOS:

- Definir Guerra Fria.

- Conhecer os blocos de países.

− Identificar os principais conflitos da Guerra Fria.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

- Construção do Paraná Moderno:

− Governos de: Manoel Ribas, Moysés Lupion, Bento Munhoz da Rocha, Ney

Braga.

− Frentes de colonização do Estado, criação da estrutura administrativa da

COPEL, Codepar, Banestado, Sanepar...

− Movimentos culturais;

− Movimentos sociais no campo e na cidade.

172

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OBJETIVOS:

• Caracterizar os governos de Manoel Ribas até Ney Braga;

• Observar junto ao encaminhamento da metodologia e Lei

13.381/01 da “História do Paraná”, remissivo aos conteúdos

propostos.

Conteúdos Específicos:

• O Regime Militar no Brasil e no Paraná:

• Golpe de 64.

• Repressão e censura, uso ideológico dos meios de comunicação;

futebol, cinema, teatro.

• Itaipu, Sete Quedas e a questão da terra.

OBJETIVOS:

I. Analisar o Golpe Militar de 64.

II. Entender as circunstâncias que levaram ao golpe militar e a manutenção

da ditadura por mais de 20 anos.

III. Debater, entender e compreender a Lei 9.795/99 sobre o “Meio

Ambiente”, denotando os impactos diretos e indiretos da construção da

Usina de Itaipu para a sociedade local e a posteridade como um todo.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

− Movimentos de Contestação no Brasil:

• A resistência armada;

• Tropicalismo;

• Jovem Guarda;

• Sindicalismo;

• O movimento estudantil.

173

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OBJETIVOS:

IV. Analisar a situação econômica e política do período.

V. Entender que motivos deram origem aos movimentos e em que

influenciaram a sociedade como um todo.

Conteúdos Complementares:

• Movimentos de contestação no mundo:

• Maio de 68 – França;

• Movimento negro;

• Movimento hippie;

• Movimento homossexual;

• Movimento feminista;

• Movimento punk;

• Movimento ambiental.

• Paraná no contexto atual – década de 90 e início do século XXI;

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

− Redemocratização;

• Constituição de 1988;

• Movimentos populares rurais e urbanos;

• MST, MNLM (Movimento Nacional de Luta pela Moradia), CUT (Central

Única dos Trabalhadores), Marcha Zumbi dos Palmares, etc..

• Mercosul e ALCA.

OBJETIVOS:

- Analisar a abertura política.

- Analisar a transição para a Democracia.

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- Relatar e debater sobre o Impeachment de Collor.

− Fazer breve balanço dos governos de Itamar Franco e Fernando

Henrique Cardoso.

− Debater e analisar os pontos positivos e negativos relativo ao governo

Luis Inácio Lula da Silva.

Conteúdos Complementares:

− Fim da bipolarização mundial.

• Desintegração do bloco socialista;

• Neoliberalismo;

• Globalização;

• 11 de setembro – EUA.

• África e América Latina no contexto atual.

OBJETIVOS:

- Caracterizar os fatores que contribuíram para a crise do sistema socialista.

- Conhecer as transformações sociais geradas com a crise do socialismo e

fim da URSS.

- Relacionar as grandes mudanças tecnológicas de impacto, que consolidou

a globalização da economia.

- Caracterizar diversos blocos econômicos do mundo atual.

- Reconhecer a influência do imperialismo dos EUA nos países em

desenvolvimento.

− Analisar as conseqüências da globalização na sociedade atual.

Conteúdos Complementares:

− O Brasil no Contexto atual.

• A comemoração dos “500 anos do Brasil”- análise e reflexão.

175

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OBJETIVOS:

- Analisar o processo de formação da sociedade brasileira.

- Identificar e refletir sobre algumas mudanças culturais, educacionais e

econômicas, ocorridas nos 500 últimos anos de nossa história.

- Solicitar pesquisas sobre esporte, economia, trabalho da mulher,

educação e cultura.

- Refletir as semelhanças e diferenças, mudanças e permanências,

relações entre o passado e o presente.

METODOLOGIA

A proposta curricular do Ensino de História propõe-se a estabelecer

articulações entre abordagens teórico-metodológicas distintas, resguardadas as

diferenças e até a oposição entre elas, uma vez que possibilita aos alunos

compreender as experiências e os sentidos que os sujeitos dão às mesmas. Por

exemplo, a macro-história e a micro-história são abordagens que podem ser

combinadas: uma história das experiências ligadas ao sofrimento e à miséria,

sempre injustos, de uma localidade, de uma família, de um indivíduo mostra

pontos de vista e ações de um determinado passado que permitem uma

reavaliação dialética das explicações macro-históricas, as quais analisam e

propõem ações que visam à superação das condições de vida dos sujeitos do

presente, apontando para expectativas futuras.

Entende-se que a consciência histórica é uma condição da existência do

pensamento humano, pois sob esta perspectiva os sujeitos se constituem a partir

de suas relações sociais, em qualquer período e local do processo histórico, ou

seja, a consciência histórica é inerente à condição humana em toda a sua

diversidade.

Por meio do encaminhamento metodológico se busca a formação de uma

consciência histórica, tendo como conteúdos estruturantes as dimensões política,

176

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econômica, social e cultural, bem como a ênfase na História do Brasil como

conteúdos específicos.

No processo da aprendizagem o aluno deverá ter estímulo para discernir

limites e possibilidades de atuação na permanência ou transformação,

comparando presente e passado e percebendo-se como agente transformador da

sociedade.

Dentro da disciplina de História, o professor deve desenvolver no aluno a

capacidade de observar, de extrair informações e interpretar algumas

características da realidade em seu entorno, de estabelecer relações e

confrontações entre informações atuais e históricas de forma crítica e reflexiva, de

datar e localizar as suas ações e as de outras pessoas no tempo e no espaço e,

em certa medida, poder relativizar questões específicas de sua época,

confrontando opiniões e possibilitando-o a ter acesso as novas informações.

O ensino de História na Educação Básica, pode se beneficiar da corrente

historiográfica, na medida em que esta valoriza a diversificação dos documentos

(imagens, canções, objetos arqueológicos, entre outros), na construção do

conhecimento histórico, permitindo também relações interdisciplinares com outras

áreas do conhecimento.

Da mesma forma, a abordagem local, assim como os conceitos de

representação, prática cultural, apropriação, por um lado, e circularidade cultural e

polifonia, por outro lado, possibilitam aos alunos e aos professores, tratarem esses

documentos através de problematizações mais complexas em relação à história

tradicional, desenvolvendo uma consciência histórica que leve em conta a

diversidade das práticas culturais dos sujeitos, sem abandono do rigor do

conhecimento histórico.

Através de atividades variadas (individuais ou em grupos) os alunos

realizarão análise e sínteses de textos, filmes, artigos de jornais, revista,

documentários. As estratégias têm que voltar-se para estimular o trabalho docente

177

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transformando-se mais atraente, dinâmico suscitando a criatividade, o confronto

de idéias e o espírito crítico do aluno.

Haverá muito incentivo à pesquisa como forma de despertar no aluno o

gosto pela leitura e por novas descobertas, o interesse em adquirir novos

conhecimentos além dos adquiridos em sala de aula. Estudo do meio (visitas a

museus, fábricas, cidades históricas, reservas biológicas, bibliotecas), procurando

comparar o conhecimento teórico com os dados obtidos em campo.

Os educandos farão leituras críticas dos conteúdos vinculados pelo texto

básico, trabalho de reflexão e produção de comentários, a partir de imagens

(mapas, fotos, desenhos, obras de arte), produção de textos conceituais, poéticos

e narrativos, a respeito e temas históricos, confecção de jornais e histórias em

quadrinhos para estimular a criatividade do aluno além de utilizar debates em

duplas e em equipes para maior engrandecimento do assunto.

Através do uso contínuo de diversas fontes históricas o educando poderá

compreender melhor a sociedade contemporânea e nela situar-se, de modo a

perceber-se como agente transformador da sociedade, atuante, participativo e

consciente.

No Ensino Fundamental deve-se fazer o encaminhando metodológico

partindo-se da “problematização dos conhecimentos” utilizando-se da produção

historiográfica e as várias linguagens de história como caricaturas, imprensa e

outros, para que ao chegar ao Ensino Médio, o aluno tenha condições de discutir a

produção do conhecimento histórico de forma crítica.

Os conteúdos de história devem partir de uma visão tridimensional da

história – a história vivida aquela que é vivida por todos os homens no passado e

presente. A História enquanto produto dos historiadores que é o conhecimento

histórico acumulado. A História como disciplina curricular, conteúdos

sistematizados cientificamente pela sociedade, sempre baseado nos importantes

conteúdos estruturantes, referencial da educação histórica: as relações de

trabalho, poder e culturais.

178

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Estudar História significa buscar entendê-la como processo e identificando

sua dinâmica, sua historicidade e sua relação com a vida.

A problematização de situações relacionadas às dimensões econômicas,

sociais, políticas e culturais leva a seleção de objetos históricos. Esses objetos

são as ações e relações humanas no tempo, ou seja, articulam-se aos conteúdos

estruturantes propostos neste Plano Curricular: a dimensão política e o poder, a

dimensão econômico-social relativas ao trabalho e a dimensão cultural. A

abordagem dos conteúdos, nessa perspectiva possibilita que o professor explore

os novos métodos de produção do conhecimento histórico e amplie as

possibilidades: de recortes temporais, do conceito de documento, de sujeitos e de

suas experiências, de problematização em relação ao passado. Além disso,

permite que o aluno elabore conceitos que o permitam pensar historicamente,

superando também a idéia de história como algo dado, como verdade absoluta.

Em relação ao Ensino Fundamental, o encaminhamento metodológico deve

ainda ter coerência de desenvolver os conteúdos de forma crítica e reflexiva,

levando o aluno a perceber-se como peça importante no processo histórico

reconhecendo-se como agente transformador da história. Para isso, o aluno fará

as atividades individuais, em duplas ou em grupos o que possibilitará analises e

sínteses de textos, filmes, artigos de jornais, revistas, documentários, etc. O

método de trabalho focará o incentivo a pesquisa como forma de despertar no

aluno o gosto pela leitura, por novas descobertas e o interesse em adquirir novos

conhecimentos conseguidos em fontes como imagens, livros, jornais, histórias em

quadrinhos, fotografias, pinturas, gravuras, museus, filmes, músicas, aulas de

campo, o livro didático, a TV multimídia, o DVD Player, quadro de giz, os livros

paradidáticos, são documentos que podem ser transformados em materiais

decisivos na constituição do conhecimento histórico.

Dentro dessa concepção, o uso de documentos em sala de aula

proporciona a produção de conhecimento histórico quando usado como fonte na

qual se buscam respostas para as problematizações anteriormente formuladas.

179

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Assim os documentos permitem a criação de conceitos sobre o passado e o

questionamento dos conceitos já construídos.

Na nova perspectiva junto às DCEs de inclusão, diversidade e Direito

Ambiental dá-se ampla visão, discussão e debate sobre a História do Paraná junto

a Lei 13.381/01, observação da diversidade e da História da Cultura Afro com a

Lei 10.639/03 e a proteção ao meio ambiente junto a Lei 9.795/99, levando a

recortes históricos e comparativos à consciência formadora de uma nova

comunidade escolar, mais ativa, presente, crítica e ética.

AVALIAÇÃO

A avaliação no ensino de História objetiva-se favorecer a busca da

coerência entre a concepção de História defendida e as práticas avaliativas que

integram o processo de ensino de aprendizagem. Nesta perspectiva, a avaliação

deve estar colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que

permeie o conjunto das ações pedagógicas, e não como um elemento externo a

este processo, já que a avaliação é um processo de ensino-aprendizagem.

Através da avaliação, o professor identifica as apreensões de conteúdo,

conceitos e atitudes, como conquistas dos alunos, comparando o antes, o durante,

e o depois, sua visão crítica dos conteúdos ministrados e seu crescimento como

um todo. Assim, este caráter diagnóstico possibilita ao professor se auto-avaliar

como docente, refletindo sobre as intervenções metodológicas e buscando outras

possibilidades para atuação no processo de aprendizagem dos alunos, jamais

esquecendo das manifestações culturais dos alunos como promoção destas

abordagem.

Para que as decisões tomadas a partir da avaliação diagnóstica sejam mais

bem implementadas na continuidade do processo de ensino e aprendizagem, faz-

se necessário que sejam realizadas a partir do diálogo entre alunos e professores,

envolvendo questões relativas aos critérios adotados, a função da avaliação a

180

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partir da tomada de decisões e da constatação da compreensão dos estudantes

da experiência humana, suas relações com o tempo histórico, a comparação de

suas relações culturais com a de outros povos, analisado na avaliação de forma

individual ou coletiva. Assim, a aprendizagem e a avaliação poderão ser

compreendidas como um fenômeno compartilhado, que se dará de modo

contínuo, processual, e diversificado, permitindo uma análise crítica das práticas

que devem ser constantemente retomadas pelo professor e pelos alunos.

Retomar a avaliação com os alunos permite ainda situá-los como parte de

um coletivo, onde a responsabilidade pelo professor e pelo grupo seja assumida

com vista aprendizagem de todos.

Como os alunos possuem ritmos e outras características diferenciadas,

também temos que diversificar esses instrumentos de avaliação, pois existem

alunos que são portadores de necessidades especiais e merecem uma avaliação

diferenciada.

Para o desenvolvimento do pensamento crítico, a avaliação deverá propor

situações que permitam aos alunos estabelecerem relações entre sociedades

estudadas, detectando as semelhanças e diferenças, exercitando assim a reflexão

acerca das mudanças e permanências que se estabelecem entre temporalidades

distintas.

A seguir alguns critérios a serem observados pelo professor que permitam

analisar se os conteúdos e conceitos históricos estão sendo apropriados aos

alunos:

- compreender que o conhecimento histórico é produzido com base em um

método de problematização de diferentes fontes documentais, a partir das quais o

pesquisador produz a narrativa histórica;

- evoluir o conhecimento histórico a partir de vários métodos e instrumentos

avaliativos, como seminários, debates, trabalhos, discussões, avaliações escritas,

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- explicitar o respeito da diversidade étnico-racial, religiosa, social e

econômica, a partir do conhecimento dos processos históricos que os

constituíram;

- compreender a História como prática social, da qual participam como

sujeitos históricos de seu tempo;

- verificar a compreensão que os alunos obtiveram na análise dos

documentos históricos apresentados em sala de aula e se estes refletiram sobre a

relação entre passado e presente e, principalmente, documentos produzidos por

eles mesmos;

- reconhecer que o conceito de tempo foi construído de forma a permitir o

estudo das diferentes dimensões e contextos históricos propostos para este nível

de ensino;

- realizar confronto de documentos de diferentes naturezas, mitos, lendas,

parlendas, cultura popular, festas populares e religiosas para ampliar o

conhecimento histórico e as relações culturais.

Os critérios de avaliação seguem a divisão em dois ciclos, com valor 50

pontos cada, gerando 100 pontos ao final de cada trimestre.

Todas as atividades avaliativas serão retomadas após a primeira nota

parcial (em bloco de 50 pontos) para reavaliação, dependendo das necessidades

de cada aluno.

O índice de notas durante as avaliações trimestrais respeita a seguinte

escala:

• 1º Ciclo de avaliações: 2 relatórios ou trabalhos com peso 10 ponto

cada.

1 avaliação sem consulta ao material com peso

30.

Total: 50 pontos

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Recuperação do 1º Ciclo de Avaliações com

peso 50.

• 2º Ciclo de avaliações: 2 relatórios ou trabalhos com peso 10 ponto

cada.

1 avaliação sem consulta ao material com peso

30.

Total: 50 pontos

Recuperação do 2º Ciclo de Avaliações com

peso 50.

Media Final do Trimestre: nota do 1º Ciclo + nota do 2º Ciclo = Nota

trimestral final (peso 100).

A recuperação será proporcionada a todos os alunos que não atingir o

mínimo de 60% da nota, sendo realizada a qualquer tempo como direito do aluno

retomar os conteúdos perdidos por quaisquer razões. É feita a retomada de

conteúdos verificando as dificuldades encontradas e sanando-as. Somente após a

retomada de conteúdos ocorre a recuperação da nota.

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

FONSECA, Selva Guimarães. Didática e Prática de Ensino em História. São

Paulo: Papirus, 2003.

JÚNIOR, Alfredo Boulos Júnior. História Geral: Moderna e Contemporânea. São

Paulo, Ed. Renovada: FTD, 1997.

JÚNIOR, Alfredo Boulos Júnior. História Geral: Antiga e Medieval. São Paulo, Ed.

Renovada: FTD, 1997.

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Page 181: ESCOLA ESTADUAL CONSTANTINO MAROCHI · principalmente dos arredores de Curitiba, como pouso de tropeiros gaúchos em ... usando técnicas de cultivos e conservação de alimentos

LLOYD, Christopher. As Estruturas da História. São Paulo: Zahar, 1995.

MOCELLIN, Renato. Para Compreender a História. São Paulo, Ed. Do Brasil,

1997.

ORDONEZ, Marlene. História Moderna e Contemporânea. São Paulo, IBEP, 1999.

PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes curriculares da

educação fundamental da rede de educação básica do estado do Paraná – ensino

fundamental – História. Curitiba, 2008.

PROJETO ARARIBÁ. História/obra coletiva – concebida e produzida pela Editora

Moderna; responsabilidade Maria Raquel Apolinário Melani. 1ª Edição, São Paulo,

Ed. Moderna, 2006.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e

bases da educação nacional. Diário Oficial da União, 23 de dezembro de 1996.

BRASIL. Lei n. 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental,

instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.

BRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de

dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para

incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática

"História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências.

PARANÁ. Lei n. 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no

ensino fundamental e médio da rede pública estadual de ensino, conteúdos

184

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da disciplina história do Paraná. Diário Oficial do Paraná , Brasília, n. 6134, 18

dez. 2001.

185

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LÍNGUA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Língua Portuguesa é uma língua românica, flexiva que se iniciou na

Galiza e no norte de Portugal. Originou-se do latim vulgar que foi introduzido no

oeste da península Ibérica há cerca de dois mil anos, tem um fundo

Céltico/Lusitano resultante da língua nativa dos povos pré-romanos que

habitavam a parte ocidental da península Ibérica (Galaicos, Lusitanos, Célticos e

Cónios). Seu processo de formação, na Península Ibérica, deu-se através do

contado do latim com outras línguas, no século II a.C.

O idioma chegou a outros locais do mundo nos séculos XV e XVI, devido a

colonização e o comercio português (1415-1999) que se difundiu no Brasil, na

América, a Goa, na Ásia (Índia, Macau na China e Timor-Leste ). Também surgiu

na África e no Caribe.São entorno de 260 milhões de falantes dessa língua, sendo

a quinta mais falada no mundo. Ela também se tornou oficial em Angola, Cabo

Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e,

desde 13 de julho de 2007, na Guiné Equatorial, sendo também falado nos

antigos territórios da Índia Portuguesa (Goa, Damão, Ilha de Angediva, Simbor,

Gogolá, Diu e Dadrá e Nagar-Aveli) e em pequenas comunidades que faziam

parte do Império Português na Ásia como Malaca, na Malásia e na África

Oriental como Zanzibar, na Tanzânia. Possui estatuto oficial na União

Europeia, no Mercosul, na União Africana, na Organização dos Estados

Americanos, na União Latina, na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa

(CPLP) e na Associação dos Comités Olímpicos de Língua Oficial Portuguesa

(ACOLOP).

Historicamente, o processo de ensino de Língua Portuguesa no Brasil

iniciou-se com a educação jesuítica. Essa educação era instrumento fundamental

na formação da elite colonial ao mesmo tempo em que se propunha a “alfabetizar”

e “catequizar” os indígenas(MOLL, 2006, p. 13). A concepção de educação e o

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trabalho de escolarização dos indígenas estavam vinculados ao entendimento de

que a linguagem reproduzia o modo de pensar. Ou seja, pensava-se, segundo

uma concepção filosófica intelectualista, que a linguagem se constituía no interior

da mente e sua materialização única revelava o pensamento.

Com o processo da colonização portuguesa em 1532, a língua portuguesa

e trazida para o Brasil. Aqui ela tem um contado num novo espaço-tempo, com

povos que falam outras línguas, as línguas indígenas, e acaba por tornar-se nessa

nova geografia, a língua oficial e nacional do Brasil. Estabelecendo um marco

situacional histórico brasileiro, que tem quatro fases distintas.

A primeira fase surge com o início da colonização e vai até a saída dos

holandeses do Brasil, em 1654. Nesse período há um convívio das línguas

indígenas, gerais e holandesa. As línguas gerais eram línguas tupis faladas pela

maioria da população. O português, como língua oficial, era a língua usada em

documentos oficiais e utilizada por aqueles que estavam responsáveis pela

administração da colônia.

Nessa fase, não havia uma educação institucionalizada, partia-se de

práticas pedagógicas restritas à alfabetização, que visavam manter os discursos

hegemônicos da metrópole e da Igreja. O sistema jesuítico de ensino organizava-

se, então, a partir de dois objetivos: primeiro, uma pedagogia que por meio da

catequese indígena visava a expansão católica e a um modelo econômico de

subsistência da comunidade. Segundo, esse sistema objetivava a formação de

elites subordinadas a metrópole, “favorecendo o modelo de sociedade

escravocrata e de produção colonial destinada aos interesses do país colonizador”

(LUZ-FREITAS, 2007 s/p).

Quanto ao ensino da Língua Portuguesa, limitava-se, nessa época, às

escolas de ler e escrever, mantidas pelos jesuítas.

A segunda fase iniciou com a chegada da família real portuguesa no Rio de

Janeiro, em 1808. Essa fase caracteriza-se por ser aquela em que Portugal

intensifica o processo de colonização, toma também medidas diretas e indiretas

187

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que derrubam as línguas gerais. A população do Brasil, que era

predominantemente de índios, passa a receber um número crescente de

portugueses assim como de negros que vinham para o Brasil como escravo. As

línguas africanas dos escravos e o português passam a fazer parte da língua no

Brasil. Aumenta também o número de falantes específicos do português. No

entanto os portugueses que vêm para o Brasil não vêm da mesma região de

Portugal.

Consequentemente acontecem dois fatos de grande relevância. Um deles o

império português contra ataca diretamente o uso da língua geral nas escolas. É

uma atitude política de Portugal para tornar o português a língua mais falada do

Brasil. Outra mais conhecida é o estabelecimento do Diretório dos Índios (1757),

por iniciativa do Marquês de Pombal, ministro de Dom José I, que proibia o uso da

língua geral na colônia. Essa atitude juntamente com o aumento da população

portuguesa no Brasil, terá um efeito específico que ajuda a levar ao declínio

definitivo da língua geral no país.

A terceira fase do português no Brasil começa com a vinda da família real

em 1808, como consequência da guerra com a França, e termina com a

independência. Tendo como marco 1826, pois é nesse ano que se formula a

questão da língua nacional do Brasil no parlamento brasileiro.

A chegada da família real terá dois aspectos importantes. O primeiro é um

aumento, em curto espaço de tempo, da população portuguesa no Brasil. O

segundo o Rio de Janeiro torna-se capital do Império que tem como resultado

novos aspectos para as relações sociais em território brasileiro, incluindo também

a questão da língua. Dom João VI de começo criou a imprensa no Brasil e fundou

a Biblioteca Nacional, mudando o estilo da vida da cultural brasileira, e dando à

língua portuguesa aqui um instrumento direto de circulação, a imprensa.

No Rio de Janeiro, só em 1837 a disciplina Língua Portuguesa é introduzida

nos currículos escolares com as disciplinas Retórica, Gramática e Poética

188

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(incluindo Literatura), com uma gramática normativa e trechos de autores

consagrados para uma pequena camada da população, filhos da burguesia.

A partir 1950, com as modificações sociais e culturais no Brasil, as

camadas populares começam a reivindicar o direito à escolarização,

democratizando-se as escolas.

O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até

meados do século XX, quando se iniciou, no Brasil, a partir da década 1960, um

processo de expansão do ensino primário público, que incluiu, entre outras ações,

a ampliação de vagas e eliminação dos chamados exames de admissão

(FREDERICO E OSAKABE, 2004). Como consequência desse processo, a

multiplicação de alunos, as condições escolares e pedagógicas, as necessidades

e as exigências culturais passaram a ser outras bem diferentes.

A partir dos anos 60 incluiu-se nos currículos de formação de professores o

estudo de teorias na área das ciências lingüísticas (Lingüística, Sociolingüística) e

mais recentemente a Lingüística Aplicada, a Psicolingüística, a Lingüística

Textual, a Pragmática, a Análise do Discurso. TRAVAGLIA (2002) explica a

Lingüística da Enunciação, como sendo as correntes e teorias tais como a

Lingüística Textual, a Teoria do Discurso, a Análise do Discurso, a Análise da

Conversação, a Semântica Argumentativa e todos os estudos de alguma forma

ligados à Pragmática, o que tem ajudado a direcionar o Ensino da Língua

Portuguesa.

A proposta de Língua Portuguesa consolida-se numa prática de ensino em que o

ponto de partida e chegada é o uso da linguagem. Por meio da linguagem dela

que operamos no mundo, e ela nasce de uma necessidade social e histórica, que

marca o grupo social e a época em que vivemos.

O domínio da linguagem, como atividade discursiva e cognitiva e o domínio

da língua são condições de possibilidade de plena participação social, pois pela

linguagem os homens se comunicam desde os primórdios, é assim que têm

acesso às informações, expressam e defendem pontos de vista produzindo

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cultura. O objetivo do trabalho para a aquisição da língua escrita é a formação de

um sujeito-cidadão que não apenas conheça seus direitos e deveres para com a

sociedade, mas que, sobretudo se aproprie de instrumentos tecnológicos,

científicos e intelectivos, para compreender e interferir nas relações sociais na

qual está inserido, Alberto Manguel salienta:

“Todos lemos a nós e ao mundo à nossa volta para vislumbrar o que somos e

onde estamos. Lemos para compreender, ou para começar a compreender. Não

podemos deixar de ler. Ler, como respirar, é nossa função essencial”.

Os Desafios Contemporâneos (drogadição, violência, educação ambiental

entre outros) estão integrados nos conteúdos de Língua Portuguesa porque

possibilitam o uso da palavra viva em sala de aula por tratar de questões sociais

contemporâneas que levarão a análise e a reflexão sobre os valores e

concepções da sociedade para o exercício da cidadania. Assim, sua competência

ao lidar com as questões práticas da vida em sociedade se desenvolverá junto à

sua competência linguística.

A condição básica para a aprendizagem do conhecimento é a linguagem,

pois ela permite o desenvolvimento da intertextualidade do ser humano, através

da atenção, memória, inferência, abstração e generalização. É preciso ter clareza

quanto ao fato dessa mesma intelectualidade ser demonstrada/comprovada pela

própria linguagem e que isso se dá de duas maneiras: oral e por escrito.

Interagir pela linguagem significa realizar uma atividade discursiva, dizer

alguma coisa a alguém, de uma determinada forma, num determinado contexto e

em determinada circunstância de interação, isto quer dizer que quando um sujeito

interaja verbalmente com outro, o discurso se organiza a partir da finalidade e

intenção do interlocutor, dos conhecimentos que acredita que o interlocutor

possua sobre o assunto. Isso determina as escolhas do gênero no qual o discurso

se realizará, em função das intenções comunicativas e uso social.

190

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Podemos afirmar que o discurso quando produzido, manifesta-se

linguisticamente por meio de textos que são organizados dentro de certas

restrições de natureza temática, composicional e estilística, caracterizando-os

como pertencentes a este ou aquele gênero. Assim a noção de gênero é também

tomada como objeto de ensino, e portanto, contemplada nas atividades de ensino

em função da sua relevância social e pelo fato de serem organizados de

diferentes formas.

O texto nessa proposta do ensino da língua será portador de sentido,

veiculador de idéias e desvelador de formas de ver o mundo, possibilitando o

refletir simultâneo de sua forma e conteúdo, colaborando para a ampliação da

competência linguística e para o desenvolvimento intelectivo do aluno.

O sócio-interacionalismo é o parâmetro norteador nessa perspectiva de

trabalho e a aprendizagem é compreendida pela interação entre objeto do

conhecimento (a língua escrita), o aluno e o professor que organiza e media o

conhecimento ao aprendiz. A língua escrita enquanto objeto do conhecimento

será contemplada em sua dimensão social e em uso, numa determinada situação,

não serão exercícios repetitivos e mecânicos que devem povoar a sala de aula. É

trabalhando com a linguagem como um todo que chegaremos ao ponto desejado:

o domínio das atividades com a escrita, para que os alunos possam compreender

todo o material escrito disponível e também produzir textos significativos.

Tomando-se o texto como unidade de ensino, a linguagem como atividade

discursiva e a noção de gramática como relativa ao conhecimento que o falante

tem de sua linguagem, as atividades de Língua Portuguesa em sala de aula

corresponderão a uma prática constante da oralidade e leitura de textos escritos,

de produções de textos orais e escritos que permitirão por meio de análise e

reflexão dos aspectos da língua ali envolvidos, a expansão e construção da

competência discursiva do aluno.

Devemos considerar o percurso histórico da disciplina de Língua

Portuguesa na educação básica brasileira e confrontando esse percurso com a

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situação de analfabetismo funcional, de dificuldade de leitura compreensiva e

produção de textos apresentada, hoje, pelos alunos da educação básica, segundo

os resultados de avaliações em larga escala e, mesmo de pesquisas acadêmicas,

procurando novos posicionamentos em relações práticas de ensino, seja pela

discussão crítica dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores

na construção de alternativas.

O discurso, na linguagem, é a interação entre enunciado e enunciação e entre

sujeitos (interlocutores), que através da linguagem e da influência de

conhecimentos sócio-históricos, exercem a função comunicativa.

Enunciado é o ato de enunciar, de exprimir, transmitir pensamentos, sentimentos.

Para a efetivação da comunicação deve ocorrer a interação, uma ação

entre o emissor e o receptor. O emissor coloca a informação em um código; o

receptor descodifica, transformando a linguagem escrita (código) em informação,

ocorrendo a enunciação “que é regulado por uma exterioridade sócio-histórica e

ideológica que determina as regularidades lingüísticas e seu uso, função”

(TRAVAGLIA, 2002). Para o texto fazer sentido depende de toda a ação

comunicativa e do conhecimento cognitivo que o leitor já tem: os lingüísticos, que

correspondem ao vocabulário e regras da língua e seu uso; os textuais, que

englobam o conjunto de noções e conceitos sobre o texto; e os de mundo, que

correspondem ao acervo pessoal do leitor. Numa leitura satisfatória, ou seja, na

qual a compreensão do que se lê é alcançada, esses diversos tipos de

conhecimento estão em interação. Logo, percebemos que a comunicação é um

processo interativo.

Segundo Travaglia (2002), entre os três tipos de ensino (prescritivo, descritivo e

produtivo), devemos priorizar o ensino produtivo (o que objetiva ensinar novas

habilidades lingüísticas de forma mais eficiente, sem alterar padrões que o aluno

já adquiriu, mas aumentando as potencialidades de sua língua, em todas as

diversas situações em que tem necessidade), pois é a mais adequada à

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consecução de ensino de língua materna, ou seja, desenvolver a competência

comunicativa para o domínio da norma culta e o da variante escrita da língua.

O trabalho em sala de aula deve quebrar o tradicionalismo e direcionar-se

ao domínio de falar, ler e escrever.

Conforme Geraldi: defende o ensino deve ser em uma abordagem com as

unidades básicas de ensino de português (leitura, produção textual e análise

lingüística), tendo como embasamento o texto.

A aprendizagem com uma interação de tipologias textuais, auxilia no

desempenho da capacidade comunicativa

Bakhtin (2003) defende uma concepção que todo discurso se constitui pela

relação com outros, pois surge num momento histórico e num meio social

determinados. O discurso é construído por outros discursos, sendo heterogêneo.

Em seus estudos, Bakhtin (2003) expõe que a qualidade e a diversidade dos

gêneros do discurso são infinitas, pois são infinitas as maneiras da multiforme da

atividade humana e porque, cada campo dessa atividade, é integral o repertório

de gênero do discurso, que cresce e se diferencia à medida que se desenvolve e

se complexifica um determinado campo. Bakhtin (1999) também coloca uma

concepção histórico-discursiva de sujeito, para ele, a interação verbal forma a

realidade fundamental da língua. O aprendizado está relacionado sempre à

interação com outros indivíduos e a interferência direta ou indireta deles. Uso da

linguagem no contexto e não em frases soltas. Segundo Widdowson (2005, p. 39),

“o comportamento lingüístico normal não consiste na produção de frases isoladas,

mas no uso de frases para a criação do discurso”.

Nas DCE enfatiza-se uma pedagogia de uma língua viva, dialógica, em

constante movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva. Levando a uso

da linguagem como foco principal do trabalho. Também proporcionar que os

alunos participem de diferentes práticas sociais.

Segundo a Constituição Brasileira “Todos somos iguais perante a Lei.” Essa

igualdade material, ou seja, aquela que considera as desigualdades substanciais

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de cada indivíduo, a que se refere a Carta Maior, pode ser instrumentalizada por

intermédio da educação. Nesse processo, cumpre ao educador, através do

processo educativo nas aulas de Língua Materna, a inserção desses alunos,

tornando-os personagens ativos no ambiente que integram. Dessa forma a

desigualdade será suprimida, ou pelo menos, amenizada.

O objeto de ensino da disciplina de Língua Portuguesa/Literatura é a

Língua. Buscando os conhecimentos linguísticos e discursivos relacionados às

praticas sociais de linguagem, para que o aluno desenvolva-se na prática

comunicativa, de forma coerentemente e satisfatoriamente nas mais variadas

situações de comunicação.

OBJETIVOS GERAIS

Domínio da língua oral:

Desenvolver a expressão oral no sentido da adequação da linguagem ao

assunto, ao objetivo e aos interlocutores.

A oralidade é uma forma de comunicação mais antiga e a mais importante,

pois possui uma forma natural, espontânea, que todos usam no dia-a-dia, estando

relacionada à fala. No entanto exista esse relacionamento a oralidade extrapola

esse âmbito, uma vez que o suporte específico onde ancora-se é o corpo humano

que é capaz de expressar-se, de comunicar-se através de características próprias

de uma situação social.

Para Goffmam (1989), em uma situação social em que os atores se

encontram face a face, eles sofrem, em suas ações, influência recíproca uns dos

outros. A autora fala da importância dos princípios próprios dos autores de

determinada comunicação social para a caracterização desse dado.

De acordo com Marcuschi (1997), a fala é uma atividade muito mais central

do que a escrita no dia-a-dia da maioria das pessoas.

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Cagliari (1996), diz que a escrita é algo com o qual nós, adultos, estamos

tão envolvidos que nem nos damos conta de como vive alguém que não lê e não

escreve, de como a criança encara estas atividades, de como de fato funciona

esse mundo caótico e complexo que nos parece tão familiar e de uso fácil [...]

Domínio da escrita:

Desenvolver a noção de adequação na produção de textos, reconhecendo

a presença do interlocutor e as circunstâncias da produção, fazendo uso da

linguagem padrão.

A escrita se faz a partir da produção de diferentes gêneros, por meio das

experiências sociais, tanto singular quanto coletivamente vividas.

É o que está presente na comunicação usada em contextos sociais da vida

cotidiana e juntamente com a oralidade. Como na comunicação pela Internet, nos

bate-papos. Também no trabalho, na escola, nas atividades intelectuais, sendo a

escrita contextualizada e empregada em gêneros textuais diversos.

MARCUSCHI 18 – A escrita (enquanto manifestação formal do letramento), em

sua faceta institucional, é adquirida em contextos formais: na escola. Daí também

seu caráter mais prestigioso como bem cultural desejável.

PRÁTICA DA LEITURA

Entende-se a leitura como uma prática que busca a intertextual e a

dialógica.

Segundo Kleiman (1995) “A aprendizagem da criança na escola está

fundamentada na leitura [...] a qual assume um papel vital na formação do

individuo como um ser dialógico.

A prática da leitura deve acontecer na totalidade, observando os modos de

produção e percepção, os códigos, as normas lingüísticas e estéticas, os

conteúdos, as relações extra/ intra e intertextuais. É uma atividade entre leitor e

autor, onde se adquire, se transforma, se faz interferência com o conhecimento,

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sendo um fato social, onde o aluno tem a oportunidade de interagir com as

informações que estão presentes nos mais variados gêneros textuais, textos

literários e não-literários, modernos e antigos, podendo melhorar a compreensão

do mundo que os cerca nos mais variados campos do saber.

Segundo MAGNANI 49, a leitura não é um ato isolado de um indivíduo

diante do escrito de outro indivíduo. Implica não só a decodificação de sinais, mas

também a compreensão do signo lingüístico enquanto fenômeno social. Significa

o encontro de um leitor com um escrito que foi oficializado (pela intervenção de

instâncias normativas como a escola, por exemplo) como texto (e como literário)

em determinada situação histórica e social. E nessa relação complexa interferem

também as histórias de leitura do texto e do leitor bem como os modos de

percepção aprendidos como normas, em determinada época e por determinado

grupo.

Souza (1992) afirma:

Leitura é, basicamente, o ato de perceber e atribuir significados através de

uma conjunção de fatores pessoais com o momento e o lugar, com as

circunstâncias. Ler é interpretar uma percepção sob as influências de um

determinado contexto. Esse processo leva o indivíduo a uma compreensão

particular da realidade.

ANÁLISE LINGUÍSTICA E AS PRÁTICAS DISCURSIVAS

O discurso, quando produzido, manifesta-se lingüisticamente por meio de

textos e todo discurso se relaciona com outros, fazendo a intertextualidade. Em

muitos momentos precisamos transmitir, o que foi absorvido, em outro gênero,

fazendo as adaptações, como da escrita para a oralidade, e MARCUSCHI 47 –

coloca que há nestas atividades de retextualização um aspecto geralmente

ignorado e de uma importância imensa. Pois para dizer de outro modo, em outra

modalidade ou em outro gênero o que foi dito ou escrito por alguém, deve ser

compreendido o que foi que esse alguém disse ou quis dizer. Portanto antes de

196

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qualquer atividade de transformação textual, ocorre uma atividade cognitiva

denominada compreensão.

È importante um trabalho de conscientização lingüística critica, mas para

isso o professor deve criar condições para que o aluno possa ir desenvolvendo

sua capacidade de perceber a relação entre a função do elemento textual e a

intencionalidade. Reconhecendo que a linguagem tem funções diferentes

(referencial, poética, expressiva, social, interpessoal) que fornecem recursos para

a análise e compreensão.

KLEIMAN 100 enfoca o trabalho com a leitura nos aspectos globais do

texto: por um lado, e estrutura que dá suporte à concatenação de informações

locais, e por outro, à intencionalidade, que, sendo constitutiva da interação,

desenvolve à atividade sua característica social essencial, permitindo ao aluno

uma reflexão e análise criticas sobre o uso de sua língua materna.

CAGLIARI 46 Nos estudos lingüísticos da Análise do Discurso, entram não

apenas aspectos semânticos e literários, mas tudo o que um lingüista pode utilizar

em termos de som, significado e estrutura para analisar um texto.

Nas atividades de sala de aula, os alunos têm a oportunidade de conhecer,

reconhecer, refletir e empregar os aspectos discursivos da Língua, associando

língua e pensamento, com os elementos estruturais, extraverbais e gramaticais,

de forma contextualizada. DCE (parafraseei) Então, ao se fazer a análise

lingüística, faz-se a interação entre a leitura, a escrita e a oralidade, as três

práticas relacionando-se, como é, na verdade, o uso da linguagem no cotidiano.

OBJETIVOS GERAIS

Seguindo a concepção de TRAVAGLIA 68, que discurso é visto como

qualquer atividade produtora de efeitos de sentido entre interlocutores, portanto

qualquer atividade comunicativa (não apenas no sentido de transmissão de

informação, mas também no sentido de interação), engloba os enunciados

produzidos pelos interlocutores e o processo de sua enunciação, que é regulado

197

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por uma exterioridade sócio-histórica e ideológica que determina as regularidades

lingüísticas e seu uso, sua função, No processo ensino-aprendizagem da

disciplina de Língua Portuguesa/Literatura têm-se como objetivos levar os alunos

a:

• fazer uso das linguagens em diferentes situações e contextos, de forma

adequada;

• perante um texto, ter autonomia suficiente para atuar desde a decodificação

da mensagem, até o estabelecimento com o conjunto de relações

estruturais, contextuais, entre leitor/autor, entre textos e com o mundo;

• utilizar a Língua de modo variado, produzindo diferentes efeitos de sentido

e adequando o texto a diferentes situações de interlocução e de escrita;

• ampliar o seu repertório linguístico;

• reestruturar o seu texto ou de outros autores, de forma que aproxime ao

máximo do gênero trabalhado, no emprego dos elementos de coesão,

clareza nas idéias e outros;

• produzir textos (orais/escritos – verbal/não-verbal)) respeitando os

elementos da produção: o objetivo, o gênero, os intelocutores e outros;

• familiarizar-se com a gramática relacionando ao conhecimento lingüístico;

• desenvolver melhor a prática da leitura e da escrita;

• ampliar o contato com textos literários e não-literários, aprimorando o

conhecimento dos gêneros discursivos, como também relacionado com o

mundo atual, desenvolvendo a visão critica e argumentativa;

• fazer reflexão crítica sobre os textos que encontra nas mídias;

• ampliar o contato com os mais variados textos;

• proporcionar situações em que o acesso à linguagem escrita se faça

necessário em diversos aspectos da pratica social e de motivação

individual;

198

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• construir discurso próprio, no estilo adequado com clareza e fluência de

idéias, com argumentos consistentes;

• reconhecer as especificidades de cada discurso;

• ler com fluência, entonação, postura adequada;

• na produção oral: adequar o vocabulário aos objetivos do texto e ao

interlocutor; participar de debates, expondo suas idéias com clareza e

coerência através de situações de uso diferentes, de forma coerente com o

texto seus interlocutores;

• na produção escrita: fazer as adequações da linguagem aos interlocutores,

aos objetivos, à contextualidade e outros;

• reconhecer a importância de saber mais sobre a história e cultura indígena,

e afro-brasileira, sobre a História do Paraná e o Meio Ambiente;

• na prática da leitura: reconhecer e fazer referência ao gênero textual, ler

com fluência, entonação, ritmo, percebendo as informações implícitas e

explicitas;

• na prática da análise lingüística: reconhecer as informações implícitas e as

explícitas, a idéia central, a argumentação, a finalidade, relacionando com

outros textos, se posicionando de forma reflexiva, argumentativa e crítica,

observando as intenções do autor o contexto em que aparecem e outros;

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

O domínio da Língua Portuguesa durante uma época era exclusivamente

da classe dominante. Tendo como um sistema acadêmica/escola, o qual não

chegou a almejar o domínio da forma culta. Com a tentativa de modificar essa

situação, no Brasil, foi implantadas pedagógicas pautando-se na concepção

interacionista de linguagem para o ensino/aprendizagem de Língua Materna.

Portando entende-se como Conteúdo Estruturante, em todas as disciplinas,

o conjunto de saberes e conhecimentos de grande dimensão, os quais identificam

199

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e organizam uma disciplina escolar. A partir dele, provêm os conteúdos a serem

trabalhados no dia-a-dia da sala de aula.

A seleção do Conteúdo Estruturante está relacionada com o momento his-

tórico-social. Na disciplina de Língua Portuguesa, assume-se a concepção de lin-

guagem como prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, sendo as-

sim, o Conteúdo Estruturante da disciplina que atende a essa perspectiva é dis-

curso como prática social.

ENSINO FUNDAMENTAL 5ª SÉRIE / 6º ANOGEM

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguísti-

ca serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme

suas esferas sociais de circulação.

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Léxico;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de lingua-

gem.

ESCRITA

• Tema do texto;

200

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• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Argumentatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Divisão do texto em parágrafos;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação,recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de lin-

guagem;

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Argumentetividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos:entonação, pausas, gestos...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursossemânticos.

ENSINO FUNDAMENTAL 6ª SÉRIE/ 7º ANO

GÊNEROS DISCURSIVOS

201

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Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise lingüísti-

ca serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas

feras sociais de circulação.

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Aceitabilidade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Informações explícitas e implícitas;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Repetição proposital de palavras;

• Léxico;

• Ambiguidade;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto,pontuação, recursos gráficos (como aspas,travessão, negrito), figuras de lin-

guagem.

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

202

Page 200: ESCOLA ESTADUAL CONSTANTINO MAROCHI · principalmente dos arredores de Curitiba, como pouso de tropeiros gaúchos em ... usando técnicas de cultivos e conservação de alimentos

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas,travessão, negrito), figuras de lingua-

gem;

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Semântica.

ENSINO FUNDAMENTAL 7ª SÉRIE/ 8º ANO

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita,oralidade e análise linguística

serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas

esferas sociais de circulação.

LEITURA

Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Intencionalidade do texto;

203

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• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

• Semântica:

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Intencionalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

• Concordância verbal e nominal;

204

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• Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

sequenciação do texto;

• Semântica:

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- significado das palavras;

- sentido conotativo e denotativo;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Elementos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

ENSINO FUNDAMENTAL 8ª SÉRIE/ 9OANO

GÊNEROS DISCURSIVOS

205

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Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguísti-

ca serão adotadas como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme

suas esferas sociais de circulação.

LEITURA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade Intencionalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Discurso ideológico presente no texto;;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial no texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

• Semântica:

• - operadores argumentativos;

- polissemia;

- sentido conotativo e denotativo;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA

• Conteúdo temático;

206

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• Interlocutor;

• Intencionalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial no texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;

• Sintaxe de concordância;

• Sintaxe de regência;

• Processo de formação de palavras;

• Vícios de linguagem;

• Semântica:

- operadores argumentativos;

- modalizadores;

- polissemia.

ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

207

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• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;

• Semântica;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

METODOLOGIA

Para garantir a apropriação dos variados aspectos da Língua Portuguesa, é

imprescindível uma metodologia que tenha o texto como unidade de trabalho,

contemplando atividades em sala de aula que garantam a sistematização dos

conteúdos, por meio da oralidade, prática de leitura, produção de textos, análise

linguística e reescrita de textos.

Cada sala de aula ou cada aluno é um caso diferente e os problemas de

linguagem dos textos de cada aluno e de cada turma deverão direcionar o

conteúdo a ser sistematizado nas aulas de língua. A partir dos problemas

diagnosticados, o professor intervém para melhorar a qualidade da linguagem do

aluno. Essa é a finalidade da produção e da reescrita de textos, um trabalho que

deve ser feito entre professor e aluno, visando o aperfeiçoamento da escrita, não

só no nível melhor das palavras e sentenças, mas na dimensão maior do texto

coerente e coeso, buscando temas contemporâneos.

Aprender a pensar e falar sobre a própria linguagem, realizar uma atividade

reflexiva pela análise linguística, supõem o planejamento de situações sobre os

diferentes recursos expressivos do autor do texto, as condições de produção de

texto, o gênero, para ir construindo paradigmas próprios da fala de sua

comunidade, observando similares, regularidades e diferenças de forma e uso

208

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linguísticos, levantando-se hipóteses sobre as condições contextuais e estruturais

em que se dão.

A proposta de produção textual deverá ser sempre orientada pelo mediador

do conhecimento: o professor, somente após o efetivo trabalho com determinada

tipologia que se solicitar à produção daquele gênero. Se tomarmos as situações

reais do uso da língua para aprendê-la, a proposta de produção do texto também

deverá ser com função social e de uso.

A produção de texto poderá ser individual ou coletiva e devera sempre ter o

retorno com a reescrita que pode acontecer individual ou coletivamente buscando-

se neste processo a autonomia do aluno em relação a sua própria revisão textual.

A linguagem oral deve ocorrer em situações didáticas planejadas e não

casuais, pois pretende-se que o aluno seja um usuário competente da linguagem

no exercício da cidadania e para isso há de se criar momentos de apresentações

públicas pelos alunos através de realização de entrevistas, debates, seminários,

palestras, apresentações teatrais e outros.

Os textos a serem trabalhados serão de diferentes tipologias e as que

aparecem com maior freqüência na realidade social, sendo que a leitura destes

serão, orientadas heterogeneamente em função de sua finalidade.

Como os conteúdos de Língua Portuguesa têm uma relação com os usos

efetivos da linguagem socialmente construídos nas diferentes práticas

discursivas, isso significa que também são conteúdos dessa área os modos de

como a sociedade constrói suas representações a respeito do mundo.

Os textos literários terão um tratamento de reconhecimento de

singularidades e propriedades desse tipo particular de linguagem. Ele não será

tomado como pretexto para questões morais ou gramaticais, mas para a

formação de leitores capazes de reconhecer as sutilezas, as particularidades, os

sentidos, a extensão e a profundidade das construções literárias.

Faz-se necessário também abordar temas relativos à “História e Cultura

Afro-Brasileira e Indígena”, de acordo com a lei nº 11.645/08 e, de igual forma,

209

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conteúdos relacionados aos temas contidos nas leis nº 13.381/01 e n° 9.795/99

que instituem o ensino respectivamente da “História do Paraná” e “Meio

Ambiente”. Tais temas serão abordados com uma metodologia diferenciada, por

meio de textos que busquem evidenciar a importância, bem como a preservação

do meio ambiente e, com relação aos povos e culturas, a valorização das

diferenças e dos contrastes existentes na sociedade em que vivemos e da qual

fazemos parte. Entendemos que o aluno deve incorporar a língua ao seu dia-a-

dia e não ter diante de si algo estático e distante.

O trabalho metodológico com a Língua Portuguesa será realizado por meio

de:

LEITURA

• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;

• Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

• Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertex-

tualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade;

• Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;

• Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos,

fotos, imagens, mapas, e outros;

• Relacione o tema com o contexto atual;

• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;

• Instigue a identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras

e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões

que denotam ironia e humor;

• Promova a percepção de recursos utilizados para determinar causa e conse-

qüência entre as partes e elementos do texto.

ESCRITA

210

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• Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do

gênero, da finalidade;

• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;

• Acompanhe a produção do texto;

• Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temáti-

ca, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;

• Estimule o uso de figuras de linguagem no texto;

• Incentive a utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e

elementos do texto;

• Proporcione o entendimento do papel sintático e estilístico dos pronomes na

organização, retomadas e sequenciação do texto;

• Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos

elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma notícia, observar se o

fato relatado é relevante, se apresenta dados coerentes, se a linguagem é

própria do suporte (ex. jornal), se traz vozes de autoridade, etc.).

• Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais,

estruturais e normativos.

ORALIDADE

• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em conside-

ração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;

• Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos

alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e conseqüência entre as partes

e elementos do texto;

• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

• Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade

em seu uso formal e informal;

211

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• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos

extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e

outros;

• Propicie análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes

como jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a ideo-

logia dos discursos dessas esferas;

• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como ce-

nas de desenhos, programas infantojuvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.

AVALIAÇÃO

Na avaliação, como professores, criaremos situações em que o aluno

demonstre e expresse sua aprendizagem. Por este motivo devemos avaliar

continuamente, auxiliando o aluno no processo de ensino e aprendizagem.

De acordo com LUCKESI:

“A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem-sucedida. A condição necessária para que isso aconteça é de que a avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de autoridade, que decide sobre os destinos do educando, e assuma o papel de auxiliar o crescimento” (2005).

A avaliação é válida quando nós, professores, acompanhamos o

crescimento do nosso aluno, verificando o processo e não o produto. A função da

avaliação é diagnóstica, sendo rigorosa a observância dos critérios pré-

estabelecidos por nós mesmos. Sendo dinâmica, cabe a nós registrar as

observações, em relação ao processo de ensino e aprendizagem evitando:

generalidades de encaminhamentos e orientações, distância do desenvolvimento

do aluno, necessidade de prova, desconhecimento da dinâmica do processo da

212

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aprendizagem da turma. Com atividades racionalmente definidas, dentro de um

encaminhamento político e decisório a favor da competência de todos, a fim de

desenvolver a participação democrática da vida social.

Todo e qualquer material explorado e trabalhado dentro e fora de sala de

aula deve ser considerado no processo de avaliação, inclusive aspectos da

história dos alunos, da comunidade e da cultura local.

Como professores, devemos ter em mente a concepção de que a prática

educacional deve estar voltada para a transformação, e que teremos em cada

passo do processo, decisões claras, explícitas do que estamos fazendo e para

onde estamos encaminhando os resultados de nossas ações. Abordando sempre

aspectos da comunicação, que centram-se em funções da linguagem, extraídas

de contextos culturalmente significativos e reais mais amplos.

A avaliação aqui, será contínua e acumulativa, onde serão analisadas as

progressões do aluno: na expressão oral e escrita; através de leituras;

interpretação e tradução de diversos tipos de textos, músicas; resolução de

exercícios escritos e orais; pesquisas em equipes; produção de textos;

participação direcionada e verificada nas atividades em sala de aula (oral e

escrita), e outras que ocorrerem no percurso das aulas, tendo sempre como foco

os conteúdos estruturantes de Língua Portuguesa. A avaliação deve ser

compreendida como conjunto de ações organizadas com a finalidade de obter

informações sobre o que o aluno aprendeu, de que forma e em quais condições.

Deve funcionar como instrumento que possibilite ao professor analisar

criticamente sua prática educativa bem como instrumento que possibilite ao aluno

a possibilidade de saber sobre seus avanços, dificuldades e possibilidades. Nesse

sentido, deve ocorrer durante todo o processo de ensino e aprendizagem, e não

apenas em momentos específicos, caracterizados como fechamento de grandes

etapas de trabalho.

A avaliação precisa acontecer num contexto em que seja possibilitada ao

aluno a reflexão tanto sobre os conhecimentos construídos – o que sabe -, quanto

213

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os processos pelos quais isso ocorreu - como conseguiu aprender. Ao identificar o

que sabe, o aluno tem a possibilidade de descobrir que podem existir outros

modos de aprender, conhecer e fazer.

Ao se avaliar, deve buscar informações não apenas referentes ao tipo de

conhecimento que o aluno construiu, mas também e sobretudo, responder a

questões sobre por que os alunos aprenderam e o que deixaram de aprender.

Para isso o professor precisa buscar maneiras diferentes de registro, das que tem

utilizado tradicionalmente.

A avaliação será feita através de produções textuais verificando se o aluno

realiza leitura compreensiva do texto, localiza as informações do mesmo, emita

opiniões a respeito do que leu, ampliando assim seu horizonte. Resumos de livros

literários. Avaliações gramaticais (linguísticas). Oralidade: verificando se o aluno

tem clareza na exposição de ideias diante aos colegas. Interpretações de textos:

verificando se o aluno utiliza o discurso de acordo com a sua produção (formal ou

informal), apresenta clareza e coesão de ideias.

A recuperação será proporcionada a todos os alunos que não atingir o

mínimo de 60% da nota, sendo realizada duas recuperações no decorrer do

trimestre (a cada 5,0 pontos). É feita a retomada de conteúdos verificando assim

as dificuldades encontradas e sanando-as, após essa retomada ocorre a

recuperação de nota e conteúdo.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

LEITURA

Espera-se que o aluno:

• Realize leitura compreensiva do texto;

• Localize de informações explícitas e implícitas no texto;

• Posicione-se argumentativamente;

• Amplie seu horizonte de expectativas;

• Amplie seu léxico;

214

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• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

• Identifique a idéia principal do texto;

• Analise as intenções do autor;

• Identifique o tema;

• Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no

texto;

• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expres-

sões no sentido conotativo e denotativo;

• Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;

• Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência

entre as partes e elementos do texto.

ESCRITA

Espera-se que o aluno:

h.Expresse suas idéias com clareza;

i.Elabore textos atendendo:

- às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);

- à continuidade temática;

j.Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

k.Utilize recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc.;

l.Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do

artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, etc;

m.Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;

n.Entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas

e sequenciação do texto;

o.Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos, bem como os recursos de causa e conseqüência entre as partes e

elementos do texto.

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ORALIDADE

Espera-se que o aluno:

• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);

• Apresente ideias com clareza;

• Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;

• Compreenda os argumentos no discurso do outro;

• Exponha objetivamente seus argumentos;

• Organize a sequência da fala;

• Respeite os turnos de fala;

• Analise os argumentos dos colegas em suas apresentações e/ou nos gêne-

ros orais trabalhados;

• Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc.;

• Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e

entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.

• Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-

juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

CEREJA, Willian Roberto. MAGALHAES, Thereza Cochar. Português –

Linguagens. 2ª edição. São Paulo. Atual, 2002.

BARTHES, Roland. O rumor da língua. São Paulo. Martins Fontes, 2004.

FARACO, Carlos Alberto. Questões de política de língua no Brasil - Problemas e

implicações. São Paulo. Educar em revista, 2002.

SILVA, Ezequiel Theodoro da. A produção da leitura na escola – Pesquisas x

Propostas. São Paulo. Ática, 2005.

216

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ZILBERMAN, Regina. Leitura em crise na escola – as alternativas do professor.

Porto Alegre, Mercado Aberto, 1982.

SODRÉ, Nelson Werneck. Síntese de história da Cultura Brasileira. São Paulo:

DIFEL, 1984

ILLARI, Rodolfo. Linguística e Ensino da Língua Portuguesa com língua materna.

(UNICAMP). Artigo disponível em: <www.estacaodaluz.org.br> (Museu da Língua

Portuguesa).

DCE – Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental –

2009 - SEED.

Lei 11645/08 – História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena

Lei 13381/01 – História do Paraná

Lei 9795/99 – Educação Ambiental

217

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MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

As capacidades de comunicação, de resolver problemas, tomar decisões,

fazer inferências, criar, aperfeiçoar conhecimentos e valores, trabalhar

cooperativamente, são cada vez mais exigidas.

O homem faz uso da matemática, independente do conhecimento escolar,

nas mais diversas atividades humanas, isto é, utiliza-se da matemática não

sistematizada. Nem sempre esta “matemática” permite solucionar e compreender

todos os problemas, sendo, em muitas situações, necessários conhecimentos

sistematizados. Sistematizar o conhecimento é papel da escola. Junto com as

outras áreas do conhecimento, esta ciência ajuda a humanidade a pensar sobre a

vida, revendo a história para compreender o presente e pensar o futuro.

“Os anos escolares são, no todo, o período ótimo para o aprendizado de operações que exigem consciência e controle deliberado; o aprendizado dessas operações favorece enormemente o desenvolvimento das funções psicológicas superiores enquanto ainda estão em fase de amadurecimento. Isso se aplica também ao desenvolvimento dos conceitos científicos que o aprendizado escolar apresenta à criança”. (VYGOTSKY, 1989, p. 90)

A matemática tem valor formativo quando ajuda estruturar o pensamento e o

raciocínio dedutivo, desenvolvendo processos de pensamento e aquisição de

atitudes gerando hábitos de investigação, proporcionando confiança e

desprendimento para analisar e enfrentar situações novas.Tem como objeto de

estudo a quantidade e o estudo a quantidade e o espaço e é através desses

conhecimentos que o homem quantifica, geometriza, mede e organiza

informações, pois é impossível não reconhecer o valor educativo da matemática

para resolução e compreensão de diversas situações do cotidiano.

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O conhecimento matemático, quando significativo para o aluno contribui

para o desenvolvimento do senso crítico, na medida em que proporciona as

condições necessárias para uma análise mais apurada das informações da

realidade que o cerca, e na medida em que esse conhecimento se inter-relaciona

com as demais áreas do conhecimento. Como escreveram NUNES e BRYANT

(1997, p. 32).

A matemática é uma construção das relações do homem com o mundo em

que vive e de suas relações sociais. Portanto, o professor ao ensinar Matemática

deve levar em conta que a escola não é um mundo isolado, mas faz parte da

sociedade, tendo como referencial a construção da história da matemática,

principalmente no Brasil.

No Brasil, na metade do século XVI, os jesuítas instalaram colégios católicos

com uma educação de caráter clássico-humanista. A educação jesuítica contribuiu

para o processo pelo qual a Matemática viria a ser introduzida como disciplina nos

currículos da escola brasileira. Entretanto, o ensino de conteúdos matemáticos

como disciplina escolar, nos colégios jesuítas, não alcançou destaque nas

práticas pedagógicas (VALENTE, 1999).

Com a chegada da Corte Portuguesa ao Brasil, em 1808, implementou-se

um ensino de Matemática por meio de cursos técnico-militares, nos quais ocorreu

a separação dos conteúdos em Matemática elementar e Matemática superior,

ensinados na escola básica (atual educação básica) e nos cursos superiores,

respectivamente.

No final do século XIX e início do século XX, o ensino da Matemática foi

discutido em encontros internacionais de matemáticos, nos quais se elaboraram

propostas pedagógicas que contribuíram para legitimar a Matemática como

disciplina escolar e para vincular seu ensino com os ideais e exigências advindos

das transformações sociais e economicas dos últimos séculos.

Essas discussões chegaram ao Brasil por intermédio de integrantes do corpo

docente do Imperial Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, criado desde 1837, como

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modelo para a escola secundária no país. Pela regulamentação institucional ,

nesse colégio, o ensino da Matemática era desdobrado em quatro disciplinas:

Aritmética, Geometria, Álgebra e Matemática. A disciplina de Matemática, nesse

período,incorporava apenas a Trigonometria e a Mecanica .

Entre os professores de Matemática do Colégio Pedro II atentos a essas

discussões, Euclides de Medeiros Guimarães Roxo promoveu as discussões rumo

às reformas nos programas de Matemática ao solicitar ao Governo Federal a

junção das disciplinas Aritmética, Álgebra, Geometria e Trigonometria numa única

denominada Matemática. O parecer favorável do Departamento Nacional de

Ensino e da Associação Brasileira de Educação foi fundamental para o Governo

Republicano aprovar a solicitação dos professores.

Em 15/01/1929, foi publicado o decreto 18.564, oficializando o aceite da

proposta encabeçada por Roxo. Tal mudança foi repassada a todos os

estabelecimentos de ensino secundário do país, pela reforma Francisco Campos

(VALENTE, 1999). O início da modernização do ensino da Matemática no país

aconteceu num contexto de mudanças que promoviam a expansão da indústria

nacional, o desenvolvimento da agricultura, o aumento da população nos centros

urbanos e as idéias que agitavam o cenário político internacional, após a Primeira

Guerra Mundial.

Assim, as novas propostas educacionais caracterizavam reações contra uma

estrutura educacional artificial e verbalizada (MIORIM, 1998, p. 89).

As idéias reformadoras do ensino da Matemática compactavam discussões

do movimento da Escola Nova, que propunha um ensino orientado por uma

concepção empírico-ativista ao valorizar os processos de aprendizagem e o

envolvimento do estudante em atividades de pesquisa, atividades lúdicas,

resoluções de problemas, jogos e experimentos.

Além de contribuir para a caracterização da Matemática como disciplina,

esta tendência do escolanovismo orientou a formulação da metodologia do ensino

da Matemática na Reforma Francisco Campos, em 1931. Nas décadas seguintes,

220

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de 1940 até meados da década de 1980, essa tendência influenciou a produção

de alguns materiais didáticos de Matemática e a prática pedagógica de muitos

professores no Brasil. Outras tendências, concomitantemente ao empírico-ativista

(escolanovista), influenciaram o ensino da Matemática em nosso país. Muitas

fundamentam o ensino de Matemática até hoje.

Deve-se então, considerar que:

• deve-se ensinar não apenas para preparar para estudos posteriores, mas

para a aquisição de competências básicas necessárias ao cidadão;

• o papel do aluno deve ser ativo no processo de construção do seu

conhecimento;

• é necessário dar ênfase na solução de problemas, como forma de

aplicação e contextualização do conhecimento adquirido;

• é necessário levar o aluno a compreender e acompanhar o uso e a

renovação da tecnologia.

Dessa forma, professores e alunos desenvolverão um trabalho que

permitirá a todos o acesso ao conhecimento matemático, como condição para

participarem e interferirem na sociedade em que vivem.

Segundo consta no Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná

lançado em 1990,

“... aprender matemática é muito mais do que manejar fórmulas, saber fazer contas ou marcar x na resposta correta, é interpretar, criar significados, construir seus próprios instrumentos para resolver problemas, estar preparado para perceber estes mesmos problemas, desenvolver o raciocínio lógico, a capacidade de conceber, projetar e transcender o imediatamente sensível”. (PARANÁ, 1992, p. 66).

A matemática deve ter como objetivo transmitir seu patrimônio cultural

adquirido através da história às novas gerações (BICUDO 2003, p. 40).

O ensino da matemática tem como objetivos levar o aluno a:

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• Ler, interpretar e utilizar textos e representações matemáticas, usando

corretamente a linguagem simbólica.

• Utilizar corretamente instrumentos de medição e desenho.

• Identificar, selecionar e interpretar informações relativas a problemas

selecionando estratégias para a solução e interpretando e criticando os

resultados obtidos.

• Resolver situações – problema utilizando conceitos e procedimentos

matemáticos, bem como instrumentos tecnológicos disponíveis,

reconhecendo suas limitações e potencialidades.

• Identificar os conhecimentos matemáticos para compreender e transformar

o mundo à sua volta.

• Interagir de forma cooperativa e coletiva na sua busca de soluções para

problemas, aprendendo continuamente, em um processo não mais solitário.

• Compreender conceitos me procedimentos matemáticos usados para tirar

conclusões e fazer argumentações, para agir como cidadão crítico no meio

onde está inserido.

• Criar hábitos de investigação, proporcionando confiança e desprendimento

para analisar e enfrentar situações novas.

• Expressar-se oral, escrita e graficamente em situações matemáticas.

• Reconhecer a matemática como construção histórica e relacionar a história

da matemática com a evolução da humanidade.

• Analisar informações, provenientes de divisar fontes, utilizando a

matemática como ferramenta para formar uma opinião própria sobre

problemas da matemática, das outras áreas do conhecimento e da

atualidade.

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CONTEÚDOS

5ª SÉRIE

NÚMEROS E ÁLGEBRA

- Sistema de Numeração: Romano e Egípcio

- Sistema de Numeração indo-árabico

- Conjuntos dos números naturais e Operações básicas (adição, subtração,

multiplicação e divisão)

- Potenciação e Radiciação

- Resolução de problemas

- Divisibilidade: divisores e múltiplos

- Critérios de divisibilidade

- Divisores, fatores e múltiplos de um número

- Números primos

- Decomposição em fatores primos

- Mínimo Múltiplo Comum

- Conjuntos dos números racionais e Operações básicas

- Forma fracionária dos números racionais: Idéia de fração; Comparação de

frações; Frações equivalentes.

- Operações com números racionais: adição, subtração, multiplicação, divisão,

potenciação e radiciação

- Frações e porcentagem

- Resolução de problemas

- Forma decimal dos números racionais:

- Representação decimal

- Propriedade geral

- Operações com os números decimais: adição, subtração, multiplicação, divisão,

potenciação e radiciação.

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GEOMETRIA

- Ponto, reta e plano

- Reta: posições de uma reta em relação ao chão

- Posições relativas de uma reta em um plano

- Semi-reta

- Segmento de reta

- Polígonos: polígonos convexos

- Denominação dos polígonos

- Triângulos e quadriláteros

GRANDEZAS E MEDIDAS

- Medidas de comprimento

- Transformação das unidades

- Perímetro de um polígono

- Medidas de superfície

- Transformação das unidades

- Medidas agrárias

- Áreas das figuras geométricas planas

- Medidas de capacidade

- Transformação das unidades

- Volume do paralelepípedo retângulo

- Medidas de massa

- Transformação das unidades

− Medidas de ângulos

− Sistema Monetário

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

− Coleta, organização e descrição de dados por meio de tabelas, listas,

diagramas, quadros e gráficos.

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− Porcentagem

6ª SÉRIE

NÚMEROS E ÁLGEBRA

- Conjunto de números inteiros

- Conjunto dos números racionais (introdução)

- Conjunto dos números racionais (6 operações)

- Equações do 1º grau

− Noções de inequações do 1º grau

- Razões

- Proporções

- Números diretamente e inversamente proporcionais

- Regra de três simples

GEOMETRIA

- Construções e representações no espaço e no plano

- Classificação de poliedros e corpos redondos, polígonos e círculos

− Planificação de sólidos geométricos – Desenho geométrico com o uso de

réguas e compasso

− Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na resolução

de problemas algébricos

− Geometria Não – Euclediana – Compreenda noções topológicas através do

conceito de interior, exterior, fronteira, vizinhança, conexidade, curvas e

conjuntos abertos e fechados.

GRANDEZAS E MEDIDAS

- Medidas de temperatura

- Ângulos e arcos-unidades, fracionamento e cálculo

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TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

- Coleta, organização e descrição de dados

- Leitura, interpretação e descrição de dados por meios de tabelas, listas,

diagramas, quadros e gráficos

- Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores, de curvas e histogramas

− Média Aritmética

− Moda e mediana

− Juros simples

7ª SÉRIE

NÚMEROS E ÁLGEBRA

- Números racionais e sua representação decimal

- Números irracionais

- Números reais

- As quatro operações: adição, subtração, divisão e multiplicação estudadas em

números Q e possíveis em reais

- Raiz quadrada exata de um número real racional

- Raiz quadrada aproximada de um número racional

- Expressões algébricas

- Frações algébricas

- Reconhecimento dos valores que anulam os denominadores de equação

fracionária e não pertencem ao conjunto solução da equação

- Monômios e Polinômios

- Produtos notáveis

- Fatoração

- Resolução de uma equação fracionária de 1º grau com uma incógnita

- Equações literais do 1º grau na incógnita x

- Equações fracionárias e Literais

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- Equações do 1º grau com duas incógnitas

- Verificação de um par ordenado ( x,y ) ou não – uma das soluções de equação

do 1º grau com duas incógnitas

- Sistemas de equações de 1º grau com duas variáveis

- Resolução de um sistema de duas equações de 1° grau com duas incógnitas

GEOMETRIA

- Ângulos e triângulos

- Polígonos

- Ângulos interno, externo

- Diagonais e perímetro

- Interpretação geométrica de equações, inequações e sistemas de equações

- Representação geométrica dos produtos notáveis

- Representação cartesiana e confecção de gráficos

- Padrões entre bases, faces e aresta de pirâmides e prismas

− Geometria não – Euclediana – Conheça os fractais através da visualização e

manipulação de materiais.

GRANDEZAS E MEDIDAS

− Medida de comprimento

− Medida de área

− Medidas de ângulos

− Medidas de volume

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

- Coleta, organização e descrição de dados

- Leitura, interpretação e descrição de dados por meio de tabelas, listas,

diagramas, quadros e gráficos

- População e amostra

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8ª SÉRIE

NÚMEROS E ÁLGEBRA

- Números Reais

- Radicais

- Cálculo de radicais

- Raiz enésima de um número real

- Radical e suas propriedades

- Simplificação de radicais

- Introdução de fatores no radicando

- Adição algébrica, multiplicação e divisão de radicais

- Potenciação de expressões com radicais

- Racionalização de denominadores

- Simplificação de expressões com radicais

- Potências com expoente racional

- Equações do 2º grau

- Equação completa e equação incompleta

- Escrita da equação do 2º grau na forma normal

- Resolução de equações incompletas

- Resolução de equações completas

- Resolução de problemas

- Estudo das raízes da equação do 2º grau

- Relação entre as raízes e coeficientes da equação ax² + bx+c =0

- Escrita da equação do 2º grau quando conhece as duas raízes

- Equações biquadradas

- Equações irracionais

- Resolução de equações biquadradas

- Equações irracionais

- Resolução de equações irracionais

- Sistemas de equações do 2º grau

228

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- Resolução de sistemas de equações

- Resolução de problemas

- Teorema de Pitágoras

- Aplicação do Teorema de Pitágoras na resolução de problemas

- Regra de três composta

GEOMETRIA

- Segmentos Proporcionais

- Razão e proporção - propriedades

- Razão de dois segmentos

- Segmentos proporcionais

- Feixes de paralelas

- Propriedade do feixe de paralelas

- Teorema de Tales

- Teorema de Tales nos triângulos

- Teorema da bissetriz interna de um triângulo

- Triângulos Semelhantes

- Propriedade dos triângulos semelhantes

- Teorema fundamental de semelhança de triângulos

- Relações Métricas no triângulo retângulo

- Estabelecimento das relações métricas a partir da semelhança de triângulos

- Resolução de problemas

- Relações trigonométricas no triângulo

- Aplicação das relações trigonométricas na resolução de problemas

- Lei dos senos

- Lei dos cossenos

- Áreas de algumas figuras geométricas

- Cálculo da área do: retângulo, quadrado, triângulo, paralelograma, losango,

trapézio, do polígono regular, de regiões circulares

229

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- Resolução de problemas que envolvam áreas das figuras geométricas

- Geometria Não- Euclediana – Analisar e discutir a auto-similaridade e a

complexidade infinita de um.

GRANDEZAS E MEDIDAS

- Triângulo retângulo- relações métricas e Teorema de Pitágoras

− Trigonometria no Triângulo Retângulo

FUNÇÕES

− Noção intuitiva de Função Afim

− Noção intuitiva de Função Quadrática

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

- Coleta, organização e descrição de dados

- Leitura e interpretação e representação de dados por meio de tabelas

- Lista, diagramas, quadros e gráficos

− Noções de probabilidade

− Noções de Análise Combinatória

− Juros Compostos

METODOLOGIA

A escola é a instituição incumbida da transmissão do conhecimento

científico. São as relações que se estabelecem entre professor – aluno –

matemática em seu contexto social, que fundamentam uma educação matemática

no contexto escolar.

Deve-se levar em conta que se aprende matemática fazendo matemática, e

que esta aprendizagem está ligada a apreensão e atribuição de significados,

devendo reconhecer e registrar questões de relevância social que produzem

230

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conhecimento matemático (etnomatemática) sendo um importante campo de

investigação, priorizando um ensino que valoriza a história do aluno através do

reconhecimento e respeito de suas raízes culturais. D’ Ambrósio afirma que

“reconhecer e respeitar as raízes de um indivíduo não significa ignorar e rejeitar as

raízes do outro, mas num processo de síntese reforçar suas próprias raízes”.

Portanto deve-se considerar que: a capacidade de resolver problemas deve ser

considerada como um eixo organizador do ensino de matemática, pois possibilita

aos alunos mobilizar conhecimentos e gerenciar as informações que estão ao seu

alcance. É fundamental compreender que os problemas não são um conteúdo e

sim uma forma de trabalhar os mesmos, propondo a valorização do aluno no

contexto social, procurando levantar problemas que sugerem questionamentos

sobre situações da vida (modelagem matemática).

A história da matemática deve ser utilizada como um elemento importante na

elaboração de atividades, na criação de situações-problema,na busca de

referências para compreender os conceitos matemáticos, fazendo uma inter-

relação aos dias atuais, levando o educando a entender que todo conhecimento é

construído historicamente já que a matemática é uma construção das relações do

homem com o mundo, promovendo assim a articulação entre o processo de

ensinar e aprender.

É necessário abordar nas aulas a investigação matemática que motiva e

instiga o aluno a buscar diferentes formas de apresentar, compreender, solucionar

o objeto a ser investigado.

Na investigação matemática o aluno é chamado a agir como um matemático,

não apenas porque é solicitado a propor questões, mas principalmente, porque

formula conjecturas a respeito do que está investigando. Assim, “as investigações

matemáticas envolvem, naturalmente, conceitos, procedimentos e representações

matemáticas,mas o que mais fortemente as caracteriza é este estilo de conjectura-

teste-demonstração” ( PONTE; BROCARDO; OLIVEIRA, 2006,p.10 )

231

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Os recursos tecnológicos devem ser utilizados como meios facilitadores e

Incentivadores do espírito de pesquisa,favorecendo as experimentações

matemáticas e potencializando formas de resolução de problemas.

Os jogos são uma forma interessante de propor problemas e devem ser

utilizados sempre que possível, pois permitem que problemas sejam apresentados

de forma atrativa e que favoreçam a criatividade na busca de soluções.

A promoção de atividades em grupo deve acontecer sempre que possível,

pois estimula a discussão e confrontação de idéias, levando o aluno a respeitar o

modo de pensar dos colegas, aprendendo com eles.

A matemática é utilizada como base nos diversos ramos do conhecimento

e na formação do indivíduo, é aplicada aos fenomenos do mundo real. Assim, a

disciplina de Matemática desenvolverá seus conteúdos fazendo a reflexão e

contextualismo com os temas das relações Étnico-Raciais e a História e Cultura

Afro-Brasileira e Indígena conforme a Lei nº 11645/08, com a História do Paraná

conforme lei nº 13381/01 e o Meio Ambiente, lei nº 9795/99 que inclui oficialmente

no currículo a obrigatoriedade do ensino destas temáticas na rede de ensino.

Não existe um caminho como único e melhor para o ensino da

matemática, mas conhecer e utilizar diversas possibilidades de trabalho é

fundamental para que o professor construa sua prática.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve levar o aluno a tomar consciência de seu próprio

caminhar. Já para o professor deverá servir para controlar e melhorar sua prática

pedagógica.

A aprendizagem da Matemática é um processo dinâmico e a avaliação deve

levar em conta os caminhos percorridos pelo aluno, as suas tentativas de

solucionar os problemas propostos e, a partir do diagnóstico de suas dificuldades,

ampliar o seu domínio sobre os conteúdos em estudo.

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Dessa forma a avaliação em Matemática não deve priorizar a verificação

da memorização de regras e esquemas, mas sim a compreensão dos conceitos, o

de desenvolvimento de atitudes e procedimentos, a criatividade nas soluções, que

se refletem no modo de enfrentar e resolver soluções – problema.

O resultado não é o único elemento a ser observado numa avaliação, mas

sim o processo de construção do conhecimento. Assim, os erros não devem ser

apenas constatados. É necessário explorar e trabalhar as possibilidades

decorrentes desses erros, pois eles resultam de uma visão parcial que o aluno

possui no conteúdo.

Portanto a avaliação deve informar sobre:

− O conhecimento e compreensão de conceitos e procedimentos.

− A capacidade de resolver problemas do cotidiano.

− As habilidades de análise, generalização e raciocínio.

− A perseverança e o cuidado na realização de tarefas e a compreensão nos

trabalhos em grupo e participação.

O importante é que sirvam para fornecer ao professor e aos alunos os

progressos e dificuldades no desenvolvimento do trabalho para que sua

continuidade seja feita da melhor forma possível.

A cada 5,0 pontos avaliados será feita a recuperação no valor citado,

sendo assim haverá duas recuperações por trimestre.

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

BICUDO, M. A. V. (org). Filosofia da educação matemática: concepções e

movimento. Brasília - Plano Editora, 2003.

VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo, 1989.

NUNES T. BRYANT, P. Crianças fazendo matemática. Porto Alegre. Artes

Médicas, 1997.

Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental, 2009.

SEED.

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O aluno errou? Revista Nova Escola. Nº149,p.40-41.São Paulo.março/2004

Parametros curriculares nacionais. Revista Nova Escola. São Paulo, edição

especial, p.49 – 60

− www.mundonegro.com.br

− www.unidadenadiversidade.org.br

− www,diadiaeducação.pr.gov.br.

234

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LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A aprendizagem de uma Língua Estrangeira é uma possibilidade de

aumentar a percepção do aluno como ser humano e como cidadão. Por isso, ela

vai centrar-se no engajamento discursivo do aluno, ou seja, em sua capacidade de

se engajar e engajar outros no discurso, de modo a poder agir no mundo social.

Segundo HENRY A. GIROUX:

“...aprender uma língua estrangeira é um empreendimento essencialmente humanístico e não uma tarefa afecta às elites ou estritamente metodológica e a força de sua importância deve decorrer da relevância de sua função afirmativa emancipadora e democrática” (2004).

A inclusão de uma área disciplinar no currículo deve ser determinada, entre

outros fatores, pela função que desempenha na sociedade. Com relação a uma

Língua estrangeira no Brasil, no caso o Inglês, o número de pessoas que utilizam

o conhecimento das habilidades orais da língua em situação do trabalho está em

progressão. Deste modo, o uso de uma Língua Estrangeira parece estar mais

vinculado à leitura de literatura técnica ou de lazer. Nota-se também, que os

únicos exames formais em Língua Estrangeira (no caso do vestibular e admissão

a cursos de pós-graduação), requerem o domínio da habilidade de leitura, que

atende, por outro lado, as necessidades da educação formal, e, por outro, é a

habilidade que o aluno pode usar em seu contexto social imediato. A leitura tem

função primordial na escola e aprender a ler em outra língua pode colaborar no

desempenho do aluno como leitor em sua língua materna. As DCEs apresentam a

seguinte visão de língua:

“a língua se apresenta como espaço de construções discursivas, de produção de sentidos indissociável dos contextos em que ela adquire sua materialidade, inseparável das comunidades interpretativas que a constroem e são construídas por ela” (2004).

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Deve-se considerar também o fato de que as condições na sala de aula da

maioria das escolas brasileiras podem inviabilizar o ensino das quatro habilidades

(ouvir, falar, ler e escrever).

“A Língua Estrangeira também pode ser propiciadora da construção das identidades dos alunos como cidadãos ao oportunizar o desenvolvimento da consciência sobre o papel exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade brasileira e no panorama internacional, favorecendo ligações entre a comunidade local e a planetária” (Res. CEB n.2, Art. III, inciso V).

Pela linguagem, o homem não só consolida seus laços societários e

acumula conhecimentos – transmitindo informações – como também produz a

possibilidade da consciência propriamente humana.

RAJAGOPALAN destaca que

“o verdadeiro propósito do ensino de línguas estrangeiras é formar indivíduos capazes de interagir com pessoas de outras culturas e modos de pensar e agir. Significa transformar-se em cidadãos do mundo” (2003).

O objeto de estudo da disciplina de Língua Estrangeira deve concentrar

ideologia e sujeito, língua e cultura, discurso e identidade, a fim de que ela tenha

função social na Educação Básica.

OBJETIVOS GERAIS

Em se tratando de decodificação, BAKHTIN esclarece que o sentido da

linguagem está no contexto de interação verbal e não no seu sentido lingüístico:

“O essencial na tarefa de decodificação não consiste em reconhecer a forma lingüística utilizada, mas compreendê-la num contexto concreto preciso, compreender sua significação numa enunciação particular. Em suma, trata-se de perceber seu caráter de novidades e não somente

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sua conformidade à norma. Em outros termos, o receptor, pertencente à mesma comunidade lingüística, também considera a forma lingüística utilizada como signo variável e flexível e não como um sinal imutável e sempre idêntico a si mesmo” (1992).

Baseando-se neste principio, a Língua Estrangeira deve objetivar-se por:

• Expandir a visão de mundo dos alunos, contribuindo para que se tornem

cidadãos mais críticos e reflexivos;

• Atuar no mundo dos discentes pelo discurso, além daquela que a língua

materna oferece;

• Propiciar a distinção das variantes lingüísticas;

• Desencadear o vocabulário que melhor reflita a idéia que se pretende

transmitir;

• Fazer o aluno utilizar aspectos como coerência e coesão na produção em

língua estrangeira (oral e/ou escrita);

• Demonstrar estratégias verbais que entram em ação, para compensar as

falhas na comunicação (como o fato de não ser capaz de recordar,

momentaneamente, uma forma gramatical ou lexical), e para favorecer a

efetiva comunicação e alcançar o efeito pretendido (falar mais lentamente,

ou enfatizando certas palavras, de maneira proposital, para obter

determinados efeitos retóricos, por exemplo);

• Levar os alunos a comparar sua própria língua com a Língua Estrangeira

estudada;

• Conduzir os alunos a refinar a percepção de sua própria cultura por meio de

conhecimento da cultura de outros povos;

• Demonstrar, através de textos de diversas tipologias, a presença, a

colaboração e a importância da raça negra nas culturas americana e

inglesa.

237

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Como as DCEs propõem que os conteúdos na sua forma totalitária, sejam

trabalhados enquanto discurso como prática social, faz-se necessário que haja um

envolvimento dos mesmos, considerando os inúmeros gêneros discursivos

existentes:

“Para que os alunos percebam a interdiscursividade, as condições de produção dos diferentes discursos, das vozes que permeiam as relações sociais e de poder, é preciso que os níveis de organização lingüística – fonético-fonológico, léxico-semântico e de sintaxe – sirvam ao uso da linguagem na compreensão e na produção verbal e não verbal.”(DCE-2008 p.27)

5ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL.

GÊNEROS DISCURSIVOS A SEREM TRABALHADOS: história em quadrinho,

piada, poemas, exposição oral (diálogos), comercial de TV, diário, quadrinhas,

bilhetes, fotos, horóscopo, carta, textos midiáticos, e-mail, cartaz, lista de

compras, avisos, música, etc.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

LEITURA

• Identificação do tema, do argumento principal;

• Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e

intertextualidade do texto;

• Linguagem não verbal.

ORALIDADE

• Variedades lingüísticas.

238

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• Intencionalidade do texto.

• Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em

diferentes países.

ESCRITA

Adequação ao gênero:

• Elementos composicionais, elementos formais e marcas lingüísticas;

• Clareza de idéias.

Temas propostos:

• A importância dos meios de comunicação para a inserção do

indivíduo na sociedade;

• A importância do respeito às diferenças culturais, étnico-raciais e

afrodescendentes como comportamento ético e expressão de

cidadania;

• Vida e respeito em família;

• A preservação da natureza e as conseqüências do desequilíbrio no

meio ambiente.

ANÁLISE LINGÜÍSTICA

• Coesão e coerência;

• Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras interrogativas,

substantivos, preposições, verbos, concordância verbal e nominal e outras

categorias como elementos do texto;

• Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

• Vocabulário;

• Temas abordados em diferentes textos orais ou escritos: objetos escolares,

objetos de sala de aula, países e nacionalidades, profissões, família,

239

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numerais cardinais(de 0 a 100), animais, alimentação, cores e meios de

transportes;

• Gramática contextualizada:

• Greetings(saudações/cumprimentos)

• Introductions(apresentações)

• Personal Pronouns(pronomes pessoais)

• The English Alphabet(o alfabeto inglês)

• Verb TO BE – Present Tense – affirmative, interrogative and

negative forms

• Articles – A, AN – THE (artigos definidos)

• Demonstratives Pronouns – Singular and Plural forms(pronomes

demonstrativos – singular e plural)

• Numbers(cardinais)

• Questions(what, where,…)

• Possessive Pronouns(pronomes possessivos)

• Vocabulary about family, countries and nationalities, colors,

candies, school objects, jobs, animals and means of

transport(vocabulário sobre a família, países e nacionalidades,

cores, doces, objetos escolares, profissões, animais e meios de

transporte).

6ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL.

GÊNEROS DISCURSIVOS A SEREM TRABALHADOS: entrevista, notícia,

música, tiras,textos midiáticos, propaganda, charges, provérbios, diário, cartoon,

narrativa, música, etc.

240

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

LEITURA

• Identificação do tema, do argumento principal;

• Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e

intertextualidade do texto;

• Linguagem não verbal.

ORALIDADE

• Variedades lingüísticas.

• Intencionalidade do texto.

• Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em

diferentes países.

ESCRITA

Adequação ao gênero:

• Elementos composicionais, elementos formais e marcas lingüísticas;

• Clareza de idéias;

• Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.

• Temas propostos:

1. A pluralidade cultural representada pelos países que usam o inglês

como língua oficial;

2. Correspondência em inglês com outros estudantes através da

Internet;

3. A importância da prática de atividades físicas e destaques no

esporte;

4. Respeito aos direitos e deveres de cada indivíduo;

5. As diferenças entre o sistema educacional brasileiro e americano.

241

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ANÁLISE LINGÜÍSTICA

• Coesão e coerência;

• Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras interrogativas,

advérbios, preposições, verbos, substantivos, substantivos contáveis e

incontáveis, concordância verbal e nominal e outras categorias como

elementos do texto.

• Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

• Vocabulário;

• Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

• Temas abordados em diferentes textos orais ou escritos: disciplinas

escolares, dias da semana, meses do ano, numerais ordinais, datas, horas,

estrangeirismos na sociedade brasileira;

• Gramática contextualizada:

• Penpals(correspondentes estrangeiros)

• Personal Informations(informações pessoais)

• Months of the year(meses do ano)

• Days of the week(dias da semana)

• Ordinal numbers(números ordinais)

• Plural of Nouns(plural de nomes)

• Dates(datas)

• Verb CAN

• School Subjects(disciplinas escolares)

• Prepositions(in-on-at)

• Time(horas)

• Imperative(imperativo)

• Review – TO BE(Revisão do TO BE)

• Interrogative Pronouns(pronomes interrogativos)

• Verb HAVE

242

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• Genitive Case(caso genitivo)

• Possessive Pronouns(pronomes possessivos)

• Simple Present X Present Continuous – Affirmative, Negative

and Interrogative forms

• Vocabulary about sports, clothes, shoes, accessories, house

and furniture(vocabulário sobre esportes, roupas, sapatos,

acessórios e mobília)

7ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL.

GÊNEROS DISCURSIVOS A SEREM TRABALHADOS: reportagem,

slogan,sinopse de filme, textos midiáticos, anúncio publicitário, outdoor, blog, etc.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

LEITURA

• Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários;

• Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e

intertextualidade do texto;

• Linguagem não verbal.

ORALIDADE

• Variedades lingüísticas.

• Intencionalidade do texto.

• Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em

diferentes países.

ESCRITA

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Adequação ao gênero:

• Elementos composicionais, elementos formais e marcas lingüísticas;

• Clareza de idéias;

• Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.

• Temas propostos:

• A valorização de outras culturas como no aspecto da formação da

cidadania;

• A influência de outros povos na formação da cultura brasileira;

• Os cuidados com a saúde e as conseqüências com o uso de drogas;

• As principais ações para a saúde e as conseqüências do uso de

drogas;

• As primeiras ações para preservar o equilíbrio ecológico.

ANÁLISE LINGÜÍSTICA

• Coesão e coerência;

• Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, verbos, preposições,

advérbios, locuções adverbiais, palavras interrogativas,substantivos,

substantivos contáveis e incontáveis, question tags, falsos cognatos,

conjunções, e outras categorias como elementos do texto.

• Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

• Vocabulário;

• Temas abordados em diferentes textos orais ou escritos: descrição

física(partes do corpo), metereológica, convites, viagem/localização,

descrição de lugares visitados;

• Gramática contextualizada:

• Imperative form(forma imperativa)

• Verb THERE TO BE – Present Tense(Affirmative, Negative and

Interrogative forms)

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• Vocabulary about SERVICES(vocabulário sobre serviços)

• Physical Description(descrição fisica)

• Simple Present – Affirmative, Negative and Interrogative forms

• Adjectives(adjetivos)

• Simple Past X Past Continuous – Affirmative, Negative and

Interrogative forms

• Regular and Irregular verbs(verbos regulares e irregulares)

• Vocabulary about: HEALTHY PROBLEMS and PARTS OF THE

BODY(problemas de saúde e partes do corpo)

• Future Tense – Future with WILL and BE GOING TO

• Plans for the future – AGENDA

• Prepositions: IN, ON, AT

• Adverbs – frequency(advérbios de frequência)

8ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL.

GÊNEROS DISCURSIVOS A SEREM TRABALHADOS: reportagem oral e

escrita, textos midiáticos, histórias de humor, músicas, charges, entrevistas,

depoimentos, narrativa, imagens, etc.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

LEITURA

• Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários;

• Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e

intertextualidade do texto;

• Linguagem não verbal;

245

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• Realização de leitura não linear de diversos textos.

ORALIDADE

• Variedades lingüísticas.

• Intencionalidade do texto;

• Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em

diferentes países;

• Finalidade do texto oral;

• Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos.

ESCRITA

Adequação ao gênero:

• Elementos composicionais, elementos formais e marcas lingüísticas;

• Paragrafação;

• Clareza de idéias;

• Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.

• Temas propostos:

• Pluralidade cultural para que se focalize a questão representada

pelos países que usam o inglês como língua oficial;

• A importância da alimentação para o desenvolvimento humano(físico

e intelectual);

• Saúde – o desempenho das atividades cotidianas na promoção e na

recuperação do indivíduo;

• Discutir a questão do meio ambiente pela análise de dados

levantados nas regiões mais industrializadas, observando a

qualidade de vida e as diferenças nas condições de vida.

ANÁLISE LINGÜÍSTICA

246

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• Coesão e coerência;

• Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, verbos, preposições,

advérbios, locuções adverbiais, palavras interrogativas, substantivos,

substantivos contáveis e incontáveis, question tags, falsos cognatos,

conjunções, e outras categorias como elementos do texto;

• Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

• Vocabulário;

• Temas abordados em diferentes textos orais ou escritos: vocabulário

referente à alimentação(comida e bebida), histórias de suspense, viagens,

turismo, lugares e paisagens(aspectos geográficos); experiências pessoais

e estado psicológico das pessoas;

• Gramática contextualizada:

• Modal Verbs – CAN, COULD, WOULD and MAY(modais)

• At the Restaurant(situação de um restaurante)

• Vocabulary about FRUIT, VEGETABLES, DRINK and

FOOD(vocabulário sobre frutas, vegetais, bebidas e comidas)

• Review Simple Past – Affirmative, Negative and Interrogative forms

• Review: Regular and Irregular verbs

• Interrogative Pronouns: WHO, WHAT and HOW(pronomes

interrogativos)

• Plural of Nouns(plural dos substantivos)

• Comparative form – superiority, inferiority and equality (formas

comparativas)

• The Superlative(o superlativo)

• Vocabulary about ADJECTIVES(vocabulário sobre adjetivos)

• Adverbs – place, time, manner and frequency(advérbios – lugar,

tempo, modo e freqüência)

• Relative Pronouns(pronomes relativos)

247

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• Prepositions(preposições)

METODOLOGIA

Atualmente, com a presença da Língua Estrangeira nos meios de

comunicação de massa, TV, rádio, lojas etc., falar, ler e escrever em Inglês,

tornou-se indispensável a todos que aspiram a uma condição profissional de

destaque. Cabe, portanto, uma atenção especializada à língua, enquanto

disciplina integrante do Ensino Fundamental.

Diante desse quadro, nossa proposta é fazer com que o aluno do Ensino

Fundamental tenha uma visão da língua como instrumento vivo, de modo que ele

– aluno – possa desempenhar um papel atuante, vivenciando o aprendizado de

fato. Uma língua não é o conjunto de regras gramaticais a ser decorado,

memorizado para provas bimestrais, sem jamais ser utilizado de forma adequada

fora da sala de aula. Uma língua é algo em constante transformação, geralmente

utilizada por um ou mais povos, e por isso, deve ser abordada em toda sua

amplitude e complexidade.

Conforme BAKHTIN, “um discurso nasce de outros discursos e se produz

para um outro sujeito, sendo que esse outro é construído imaginariamente pelo

sujeito-autor” (2004).

Além dos conteúdos acima mencionados faz-se necessário abordar ainda

temas relativos à “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, de acordo com a

lei nº 11.645/08 e, de igual forma, conteúdos relacionados aos temas contidos nas

leis nº 13.381/01 e n° 9.795/99 que instituem o ensino respectivamente da

“História do Paraná” e “Meio Ambiente”. Tais temas serão abordados com uma

metodologia diferenciada, por meio de textos que busquem evidenciar a

importância, bem como a preservação do meio ambiente e, com relação aos

povos e culturas, a valorização das diferenças e dos contrastes existentes na

sociedade em que vivemos e da qual fazemos parte.

248

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Entendemos que o aluno deve incorporar a língua ao seu dia-a-dia e não ter

diante de si algo estático e distante. Optamos, portanto, por um ensino dinâmico e

envolvente, em que as culturas dos países de língua inglesa são constantemente

comparadas à brasileira, possibilitando ao aluno através de uma análise

contrastante, uma visão crítica do modo em que vive:

“A educação nesta perspectiva, teria o papel de informar, mostrar, desnudar, ensinar as regras do jogo não apenas para que sejam seguidas, mas principalmente para que possam ser modificadas. Esse é o sentido da pedagogia da possibilidade, ou seja, o ensino/aprendizagem de maneiras de falar, escrever, visualizar, agir e incorporar que, como resultado de determinadas constelações de capacidades/formas, são materialmente possíveis e recebem ‘encorajamento coercivo’ em conseqüência de não serem marcadas nem como desviantes, nem como patológicas, nem como Inadequadas, inaceitáveis ou anormais”.(SIMON, 1992).

Sendo assim, o nosso trabalho metodológico com a Língua Estrangeira se

efetivará por meio de:

• Exposições de textos através de folhas digitadas, xerografadas etc.;

• Textos atuais com temas de interesse real do aluno;

• Dramatizações, histórias em quadrinhos, jogos lúdicos etc.

• Uso de recursos disponíveis no ambiente escolar como o vídeo, o DVD, o

rádio, livros didáticos, dicionários, livros paradidáticos, CD-ROM, internet,

TV pendrive etc.;

• Apreciação de filmes que se utilizem da Língua Inglesa para apreciação,

tradução e compreensão da linguagem apresentada nos mesmos.

• Atividades lúdicas (músicas cantadas pelos alunos, jogos, palavras

cruzadas, caça-palavras etc), que contribuam para o processo do ensino e

da aprendizagem;

249

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• Atividades que visam o ensino da gramática e do vocabulário – interando-

se com os conteúdos estruturantes e a construção de significados do léxico.

AVALIAÇÃO

Na avaliação, como professores, criaremos situações em que o aluno

demonstre e expresse sua aprendizagem. Por este motivo devemos avaliar

continuamente, auxiliando o aluno no processo de ensino e aprendizagem.

De acordo com LUCKESI:

“A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem-sucedida. A condição necessária para que isso aconteça é de que a avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de autoridade, que decide sobre os destinos do educando, e assuma o papel de auxiliar o crescimento” (2005).

A avaliação é valida quando nós, professores, acompanhamos o

crescimento do nosso aluno, verificando o processo e não o produto. A função da

avaliação é diagnóstica, sendo rigorosa a observância dos critérios pré-

estabelecidos por nós mesmos. Sendo dinâmica, cabe a nós registrar as

observações, em relação ao processo de ensino e aprendizagem evitando:

generalidades de encaminhamentos e orientações, distância do desenvolvimento

do aluno, necessidade de provas bimestrais, desconhecimento da dinâmica do

processo da aprendizagem da turma. Com atividades racionalmente definidas,

dentro de um encaminhamento político e decisório a favor da competência de

todos, a fim de desenvolver a participação democrática da vida social.

Todo e qualquer material explorado e trabalhado dentro e fora de sala de

aula deve ser considerado no processo de avaliação, inclusive aspectos da

história dos alunos, da comunidade e da cultura local.

250

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Como professores, devemos ter em mente a concepção de que a prática

educacional deve estar voltada para a transformação, e que teremos em cada

passo do processo, decisões claras, explícitas do que estamos fazendo e para

onde estamos encaminhando os resultados de nossas ações. Abordando sempre

aspectos da comunicação, que centram-se em funções da linguagem, extraídas

de contextos culturalmente significativos e reais mais amplos.

A avaliação aqui, será contínua e acumulativa, onde serão analisadas as

progressões do aluno: na expressão oral e escrita; através de leituras;

interpretação e tradução de diversos tipos de textos, músicas; resolução de

exercícios escritos e orais; pesquisas em equipes; produção de textos, maquetes;

participação direcionada e verificada nas atividades em sala de aula (oral e

escrita), e outras que ocorrerem no percurso das aulas, tendo sempre como foco

os conteúdos estruturantes de Língua Estrangeira.

CRITÉRIOS AVALIATIVOS

Leitura:

Espera-se que o aluno:

• Realize leitura compreensiva do texto;

• Identifique o tema com ajuda das figuras;

• Diferencie e reconheça cada gênero pela sua estrutura;

• Amplie seu vocabulário;

• Deduza os sentidos das palavras ou expressões a partir do contexto;

Escrita:

Espera-se que o aluno:

251

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• Expresse suas ideias com clareza;

• Utilize vocabulário próprio de cada gênero;

• Use recursos textuais como coesão e coerência;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, artigos,

pronomes e numerais;

• Elabore textos diferenciando o gênero, finalidade, interlocutor;

Oralidade:

Espera-se que o aluno:

VI. Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, quando necessários

em língua materna.

VII. Apresente suas ideias com clareza, coerência;

VIII. Analise argumentos apresentados pelos colegas nos gêneros orais

trabalhados;

IX. Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos, etc.

A recuperação será proporcionada a todos os alunos que não atingir

o mínimo de 60% da nota, sendo realizada a recuperação. É feita a

retomada de conteúdos verificando assim as dificuldades encontradas e

sanando-as, após essa retomada ocorre a recuperação de nota e conteúdo.

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

AZEVEDO, Dirce Guedes de & GOMES, Ayrton de Azevedo. Blow Up. FTD: São

Paulo. Books 5, 6,7,8. 1998.

Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para a Educação Básica.

2009.

252

Page 250: ESCOLA ESTADUAL CONSTANTINO MAROCHI · principalmente dos arredores de Curitiba, como pouso de tropeiros gaúchos em ... usando técnicas de cultivos e conservação de alimentos

GUÉRIOS, Floriano & HASSE, Marta & CORTIANO, Edson. Planet English. NOVA

DIDÁTICA: São Paulo. Books 5, 6,7,8. 1997-1999.

http://www.seed.pr.gov.br/diaadia. Portal Dia-a-dia Educação. Educadores.

Disciplinas. Inglês. Conteúdos Básicos de Inglês - 2008.

LAPORTA, Edgar. A Practical English course. COMPANHIA EDITORA

NACIONAL: São Paulo. Workbooks 1, 2, 3, 4. 2000.

MICHAELIS. Dicionário Prático Inglês-Português e Português-Inglês.

MELHORAMENTOS: São Paulo. 1987.

ROCHA, Analuiza Machado & FERRARI, Zuleica Águeda. Take your time.

MODERNA: São Paulo. Books 5, 6, 7, 8. 2002.

SANTOS, Manuel C. R. dos. English Everywhere. EDITORA AO LIVRO

TÉCNICO: São Paulo. Books 1, 2, 3, 4. 1998.

253

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AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

De acordo com o Projeto Político Pedagógico, o Estabelecimento atende

seus alunos de forma a conduzi-los ao exercício de sua cidadania, atuantes na

sociedade, conhecedores de seus direitos e deveres, tornando-os críticos,

capazes de lutar pelos seus objetivos.

A Escola busca formar um “elo” com a comunidade, já que a presença dos

pais na vida escolar do aluno, resulta num melhor desempenho e aproveitamento,

objeto principal no processo ensino aprendizagem.

A Escola para maior qualidade no processo avaliativo adota um sistema de

integração “Família – Escola”, acompanhando diariamente o desenvolvimento dos

alunos nas suas atividades escolares, detectando possíveis dificuldades no

processo educacional.

A avaliação sistemática do curso da Escola será feita no final da 8ª série do

Ensino Fundamental pelo Programa de Avaliação de Rendimento Escolar,

vinculado a SEED, pela SAEB.

A avaliação interna da Escola será feita em momentos de reflexão entre

direção, equipe pedagógica, professores, funcionários, alunos e comunidade

escolar, através de questionários e reuniões trimestrais e ou quando necessárias,

levando sempre em consideração aspectos positivos, negativos e sugestões,

quanto a: conteúdos, materiais e recursos didáticos utilizados, domínio e

desenvolvimento das aulas, avaliações, relacionamento entre professor – aluno.

Relato por escrito dos professores e alunos quanto ações pedagógicas: ensino,

aprendizagem, e outras necessidades e ou dificuldades detectadas no decorrer do

trimestre.

Reuniões com a APMF e o Conselho Escolar para que possam

acompanhar as ações da escola, organizarem e aplicarem os recursos desta e de

outros recursos próprios destinados pela SEED: Fundo Rotativo, PDDE, Cota de

Merenda Complementar e PDE.

254

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

APP – SINDICATO, LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –

Lei 9394/96. Curitiba-PR. Secretaria de Imprensa e Divulgação da APP –

Sindicato

BRZEZINSKI, Iria. LDB Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. São

Paulo: Cortez, 1997.

CHIAPPINI, Lígia. Aprender e ensinar com textos. São Paulo: Cortez, 1997.

COLL, C.; MARTIN, E.; MAURI, T.; MIRAS, M.; ONRUBIA,J.; SOLÉ,I.; ZABALA,

A. O Construtivismo na Sala de Aula. São Paulo: Ática, 1997.

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE. A

Construção do Projeto de Ensino e a Avaliação. São Paulo: Editora Cortez,

1995. (texto).

LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia de Educação. São Paulo: Cortez, 1994.

LUCKESI, Cipriano. Avaliação de aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez.

(texto)

PARÂMETROS Curriculares Nacionais (5ª a 8ª séries). Brasília: MEC SEF, 1998.

PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Currículo Básico para a Escola

Pública do Paraná. Curitiba-PR. SEED.1990.

PILETTI, Claudino. Filosofia da Educação. São Paulo: Ática, 1997.

Filosofia e História da Educação. São Paulo: Ática, 1991.

REVISTA DE EDUCAÇÃO. AEC, v. 24, n. 94, jan.- mar./95

REVISTA DE EDUCAÇÃO. AEC, v. 24, n. 97, out.- dez./95.

VASCONCELLOS, Celso dos S. Cadernos Pedagógicos do Libertad –

2/Construção do Conhecimento/Em sala de aula.(texto).

Cadernos Pedagógicos do Libertad – 3/Avaliação Dialética- Libertadora do

Processo De Avaliação Escolar (texto).

DALBEN, Ângela. Texto: O que é o Conselho de Classe?

DCEs – Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de

Educação Básica do Estado do Paraná.

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KRAMER, Sonia. Texto: O que é básico na escola básica?

VEIGA, Ilma Passos. Texto: Perspectivas para reflexão em torno do Projeto

Político-pedagógico.

SAVIANI, Demerval. Texto: A filosofia na formação do educador

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Sumário

APRESENTAÇÃO......................................................................................................................4

IDENTIFICAÇÃO / ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR...............................................5

HISTÓRICO DO MUNICÍPIO......................................................................................................6

ESTRUTURA DO CURSO..........................................................................................................8

CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS DO ESTABELECIMENTO..........................................11

RECURSOS HUMANOS..........................................................................................................12

RELAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS...........................................................................................12

OBJETIVOS GERAIS...............................................................................................................14

MARCO SITUACIONAL...........................................................................................................15

ANÁLISE DA PRÁTICA PEDAGÓGICA...................................................................................15

ANÁLISE DOS DADOS ESTATÍSTICOS DA ESCOLA...........................................................16

INDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA.................................................19

CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR...............................................................20

PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA.................................................................................22

CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE...........................23

SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA ESCOLA.................................................................................24

DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM....................................................................................25

DA RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS........................................................................................26

DA PROMOÇÃO.......................................................................................................................27

DA FREQUÊNCIA.....................................................................................................................28

DA MATRÍCULA EM REGIME DE PROGRESSÃO PARCIAL................................................28

DO APROVEITAMENTO DE ESTUDOS..................................................................................28

DA CLASSIFICAÇÃO...............................................................................................................29

DA RECLASSIFICAÇÃO..........................................................................................................30

DAS ADAPTAÇÕES.................................................................................................................30

MARCO CONCEITUAL............................................................................................................31

FILOSOFIA DA ESCOLA..........................................................................................................31

PRINCÍPIOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS............................................................................32

CONCEPÇÃO DE HOMEM..................................................................................................32

CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE..........................................................................................33

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CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO...........................................................................................33

CONCEPÇÃO DE ESCOLA.................................................................................................33

FUNDAMENTOS DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM .......................34

CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO...........................................................................................35

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL................................................................................................35

GESTÃO DEMOCRÁTICA........................................................................................................37

EDUCAÇÃO INCLUSIVA..........................................................................................................38

MARCO OPERACIONAL.........................................................................................................40

ATIVIDADES ESCOLARES E AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS......................................40

PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA ESCOLA – PDE ESCOLA..........................................40

FICHA DE COMUNICAÇÃO DO ALUNO AUSENTE - FICA...................................................42

PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO.............................................................................................43

PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA.......................................................................45

INSTÂNCIAS COLEGIADAS ...................................................................................................47

APMF - ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS..........................................47

CONSELHO ESCOLAR............................................................................................................48

CONSELHO DE CLASSE.........................................................................................................48

GRÊMIO ESTUDANTIL............................................................................................................50

CONCEPÇÃO CURRICULAR..................................................................................................52

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ..........................................................................55

ARTES......................................................................................................................................55

CIÊNCIAS.................................................................................................................................72

EDUCAÇÃO FÍSICA.................................................................................................................95

ENSINO RELIGIOSO..............................................................................................................111

GEOGRAFIA...........................................................................................................................127

HISTÓRIA...............................................................................................................................142

LÍNGUA PORTUGUESA.........................................................................................................186

MATEMÁTICA.........................................................................................................................218

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS...................................................................235

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO...........................254

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................255

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CAPA