escalas em gráficos - professores.uff.br · a função inversa f−1 de f é denominada função...
TRANSCRIPT
Pré-Cálculo
Humberto José Bortolossi
Departamento de Matemática Aplicada
Universidade Federal Fluminense
Parte 4
Parte 4 Pré-Cálculo 1
Escalas em Gráficos
Parte 4 Pré-Cálculo 2
Cuidado!
Se os eixos coordenados são desenhados com escalasdiferentes, distorções podem aparecer!
1 x
1
y
0 1 x
1
y
0
(escalas iguais para os eixos) (escalas diferentes para os eixos)
Parte 4 Pré-Cálculo 3
Cuidado!
Um círculo é desenhado como uma elipse.
1 x
1
y
0
Parte 4 Pré-Cálculo 4
Cuidado!
Um quadrado é desenhado como um retângulo.
1 x
1
y
0
Parte 4 Pré-Cálculo 5
Cuidado!
Ângulos são distorcidos.
1 x
1
y
0
Parte 4 Pré-Cálculo 6
Contudo, escalas diferentes podem ser necessárias!
y = f (x) = 1000 x2
1 x
1
y
0
Parte 4 Pré-Cálculo 7
Cuidado: escalas no PowerPoint
Parte 4 Pré-Cálculo 8
Cuidado: escalas no PowerPoint
Parte 4 Pré-Cálculo 9
Cuidado: TV widescreen
Parte 4 Pré-Cálculo 10
Transformações de Funções
Parte 4 Pré-Cálculo 11
Transformações de funções
Objetivo:
dado o gráfico de uma função y = f (x) e uma constante c,obter os gráficos das funções
y = f (x + c), y = f (x) + c, y = c · f (x), y = f (c · x),y = f (|x |) e y = |f (x)|.
Parte 4 Pré-Cálculo 12
Caso g(x) = f (x + c)
Parte 4 Pré-Cálculo 13
Transformações de funções: g(x) = f (x + c)
Se f está definida no intervalo [1, 3] e c = 5, qual é o domínio natural(efetivo) de y = g(x) = f (x + c) = f (x + 5)?
x ∈ domínio de g ⇔ x + c ∈ domínio de f ⇔ 1 ≤ x + c ≤ 3⇔ 1 − c ≤ x ≤ 3 − c ⇔ x ∈ [1 − c, 3 − c]⇔ x ∈ [−4,−2].
Se f está definida no intervalo [1, 3] e c = −3, qual é o domínionatural (efetivo) de y = g(x) = f (x + c) = f (x − 3)?
x ∈ domínio de g ⇔ x ∈ [1 − c, 3 − c] ⇔ x ∈ [4, 6].
Parte 4 Pré-Cálculo 14
Transformações de funções: g(x) = f (x + c)
(Ir para o GeoGebra)
Parte 4 Pré-Cálculo 15
Transformações de funções: g(x) = f (x + c)
(Ir para o GeoGebra)
Parte 4 Pré-Cálculo 16
MoralSomar uma constante c a variável independente x de uma função ftem o efeito geométrico de transladar horizontalmente para a direita(quando c < 0) ou para a esquerda (quando c > 0) o gráfico de f .
Parte 4 Pré-Cálculo 17
Caso g(x) = f (x) + c
Parte 4 Pré-Cálculo 18
Transformações de funções: g(x) = f (x) + c
Se f está definida no intervalo [1, 3] e c = 1, qual é o domínio natural(efetivo) de y = g(x) = f (x) + 1?
x ∈ domínio de g ⇔ x ∈ domínio de f ⇔ x ∈ [1, 3].
Parte 4 Pré-Cálculo 19
Transformações de funções: g(x) = f (x) + c
(Ir para o GeoGebra)
Parte 4 Pré-Cálculo 20
Transformações de funções: g(x) = f (x) + c
(Ir para o GeoGebra)
Parte 4 Pré-Cálculo 21
MoralSomar uma constante c a uma função f tem o efeito geométrico detransladar verticalmente para cima (quando c > 0) ou verticalmentepara baixo (quando c < 0) o gráfico de f .
Parte 4 Pré-Cálculo 22
Caso g(x) = f (c · x)
Parte 4 Pré-Cálculo 23
Transformações de funções: g(x) = f (c · x)
Se f está definida no intervalo [2, 4] e c = 0.4, qual é o domínionatural (efetivo) de y = g(x) = f (c · x) = f (0.4 · x)?
x ∈ domínio de g ⇔ c · x ∈ domínio de f ⇔ 2 ≤ c · x ≤ 4(c > 0)⇔ 2/c ≤ x ≤ 4/c ⇔ x ∈ [2/c, 4/c]⇔ x ∈ [5, 10].
Se f está definida no intervalo [2, 4] e c = 4, qual é o domínio natural(efetivo) de y = g(x) = f (c · x) = f (4 · x)?
x ∈ domínio de g (c > 0)⇔ x ∈ [2/c, 4/c] ⇔ x ∈ [1/2, 1].
Parte 4 Pré-Cálculo 24
Transformações de funções: g(x) = f (c · x)
(Ir para o GeoGebra)
Parte 4 Pré-Cálculo 25
Transformações de funções: g(x) = f (c · x)
(Ir para o GeoGebra)
Parte 4 Pré-Cálculo 26
MoralMultiplicar a variável independente de uma função f por uma constantenão-negativa c tem o efeito geométrico de alongar (para 0 < c < 1)ou comprimir (para c > 1) horizontalmente o gráfico de f .
Parte 4 Pré-Cálculo 27
Caso g(x) = c · f (x)
Parte 4 Pré-Cálculo 28
Transformações de funções: g(x) = c · f (x)
Se f está definida no intervalo [1, 3] e c = 2, qual é o domínio natural(efetivo) de y = g(x) = 2 · f (x)?
x ∈ domínio de g ⇔ x ∈ domínio de f ⇔ x ∈ [1, 3].
Parte 4 Pré-Cálculo 29
Transformações de funções: g(x) = c · f (x)
(Ir para o GeoGebra)
Parte 4 Pré-Cálculo 30
Transformações de funções: g(x) = c · f (x)
(Ir para o GeoGebra)
Parte 4 Pré-Cálculo 31
MoralMultiplicar uma função f por uma constante não-negativa c tem o efeitogeométrico de alongar (para c > 1) ou comprimir (para 0 < c < 1)verticalmente o gráfico de f .
Parte 4 Pré-Cálculo 32
Caso g(x) = −f (x)
Parte 4 Pré-Cálculo 33
Transformações de funções: g(x) = −f (x)Multiplicar uma função f por −1 tem o efeito geométrico de refletir comrelação ao eixo-x o gráfico de f . M M M M M M M M M M M M M M MM M M M M M M
Parte 4 Pré-Cálculo 34
Caso g(x) = f (−x)
Parte 4 Pré-Cálculo 35
Transformações de funções: g(x) = f (−x)Multiplicar a variável independente x de uma função f por −1 tem oefeito geométrico de refletir com relação ao eixo-y o gráfico de f . M MM M M M M M M M M M M M M M M M M M M M
Parte 4 Pré-Cálculo 36
Caso g(x) = |f (x)|
Parte 4 Pré-Cálculo 37
Transformações de funções: g(x) = |f (x)|
g(x) = |f (x)| ={
+f (x), se f (x) ≥ 0,−f (x), se f (x) < 0.
f (x) = x2 − 1 g(x) = |f (x)| = |x2 − 1|
Parte 4 Pré-Cálculo 38
Caso g(x) = f (|x |)
Parte 4 Pré-Cálculo 39
Transformações de funções: g(x) = f (|x |)
g(x) = f (|x |) ={
f (+x), se x ≥ 0,f (−x), se x < 0.
f (x) = x3 − 3 x2 + 2 x + 1 g(x) = f (|x |) = |x |3 − 3 |x |2 + 2 |x |+ 1
Parte 4 Pré-Cálculo 40
Exercício resolvido
Parte 4 Pré-Cálculo 41
Exemplo: esboce o gráfico de y = 4 − |x − 2|y = f (x) = |x | y = g(x) = f (x − 2) = |x − 2|
y = h(x) = −g(x) = −|x − 2| y = l(x) = h(x) + 4 = 4 − |x − 2|
Parte 4 Pré-Cálculo 42
Exemplo: esboce o gráfico de y = 4 − |x − 2|y = f (x) = |x | y = g(x) = −f (x) = −|x |
y = h(x) = g(x) + 4 = 4 − |x | y = l(x) = h(x − 2) = 4 − |x − 2|
Parte 4 Pré-Cálculo 43
A função raiz quadrada
Parte 4 Pré-Cálculo 44
A função raiz quadrada
f : [0,+∞) → [0,+∞)x �→ y = f (x) = x2
� Já demonstramos que f : [0,+∞) → [0,+∞) é injetiva.
� Já mencionamos que f : [0,+∞) → [0,+∞) é sobrejetiva (a prova destefato requer ferramentas de análise).
� Logo f : [0,+∞) → [0,+∞) é bijetiva e, portanto, inversível.
� A função inversa f−1 de f é denominada função raiz quadrada. Usaremosa notação √
x
para representarf−1(x).
� Note então que, se a ≥ 0, então√
a é o único número real ≥ 0 que, elevadoao quadrado, dá o número real a.
Parte 4 Pré-Cálculo 45
Explicando. . .Se a ≥ 0, então
√a é o único número real ≥ 0 que, elevado ao quadrado, dá o número
real a.
f : [0,+∞) → [0,+∞)x �→ y = f (x) = x2
f−1 : [0,+∞) → [0,+∞)x �→ y = f−1(x) =
√x
� a ≥ 0, pois como vamos calcular√
a = f−1(a), a deve estar no domínio de f−1, queé igual ao contradomínio de f , o qual, por sua vez, é igual ao intervalo [0,+∞).
�√
a é único, pois se não fosse único, f−1 não seria uma função.
�√
a ≥ 0, pois√
a = f−1(a) pertence ao contradomínio de f−1, que é igual aodomínio de f , o qual, por sua vez, é igual ao intervalo [0,+∞).
�√
a elevado ao quadrado é igual ao número real a, pois
(√
a)2 = (f−1(a))2 = f (f−1(a)) = (f ◦ f−1)(a) = a.
Parte 4 Pré-Cálculo 46
A função raiz quadrada
(Ir para o GeoGebra)
Parte 4 Pré-Cálculo 47
Propriedades
� ∀a ∈ R,√
a2 = |a|.
� ∀a, b ≥ 0,√
a · b =√
a ·√
b e ∀a, b ≤ 0,√
a · b =√−a ·
√−b.
� ∀a ≥ 0, ∀b > 0,√
ab=
√a√b
e ∀a ≤ 0, ∀b < 0,√
ab=
√−a√−b.
� A função raiz quadrada é crescente: ∀a, b ≥ 0, a < b ⇒ √a <
√b.
� ∀a, b ≥ 0,√
a + b ≤ √a +
√b.
Parte 4 Pré-Cálculo 48
Propriedade: demonstração
∀a ∈ R,√
a2 = |a|.
Demonstração. Considere o número p = |a|. Como vimos, p = |a| ≥ 0. Vale tambémque p2 = |a|2 = a2. De fato: se a ≥ 0, então |a|2 = |a| · |a| = a ·a = a2 e, se a < 0, então|a|2 = |a| · |a| = (−a) · (−a) = a2. Como
√a2 é o único número real ≥ 0 que elevado ao
quadrado é igual a a2, segue-se que√
a2 = p = |a|.
Parte 4 Pré-Cálculo 49
Propriedade: demonstração
∀a, b ≥ 0,√
a · b =√
a ·√
b e ∀a, b ≤ 0,√
a · b =√−a ·
√−b.
Demonstração. Considere o número p =√
a · √b. Note que p =√
a · √b ≥ 0 comoproduto de dois números ≥ 0. Vale também que p2 = (
√a · √b)2 = a · b. De fato:
p2 = (√
a ·√
b)2 = (√
a)2 · (√
b)2 = a · b.
Como√
a · b é o único número real ≥ 0 que elevado ao quadrado é igual a a · b, segue-se que
√a · b = p =
√a · √b. A demonstração de que ∀a, b ≤ 0,
√a · b =
√−a · √−bfica como exercício.
Parte 4 Pré-Cálculo 50
Propriedade: demonstração
∀a ≥ 0, ∀b > 0,√
ab=
√a√b
e ∀a ≤ 0, ∀b < 0,√
ab=
√−a√−b.
Demonstração. Considere o número p =√
a/√
b. Note que p =√
a/√
b ≥ 0 comodivisão de um número ≥ 0 por um número > 0. Vale também que p2 = (
√a/
√b)2 =
a/b. De fato:
p2 =
(√a√b
)2
=(√
a)2
(√
b)2=
ab.
Como√
a/b é o único número real ≥ 0 que elevado ao quadrado é igual a a/b, segue-se que
√a/b = p =
√a/
√b. ∀a ≤ 0, ∀b < 0,
√a/b =
√−a/√−b fica como exercício.
Parte 4 Pré-Cálculo 51
Propriedade: demonstração
A função raiz quadrada é crescente: ∀a, b ≥ 0, a < b ⇒ √a <
√b.
Demonstração. Sejam a, b ≥ 0 com a < b. Note que b > 0,√
b > 0, b − a > 0 e√b +
√a > 0. Uma vez que
(b − a) = (√
b −√a) · (
√b +
√a),
podemos escrever que √b −√
a =b − a√b +
√a.
Assim,√
b − √a > 0 como divisão de dois números > 0. Em particular,
√a <
√b.
Naturalmente, vale também que se 0 ≤ a ≤ b, então√
a ≤ √b.
Parte 4 Pré-Cálculo 52
Propriedade: demonstração
∀a, b ≥ 0,√
a + b ≤ √a +
√b.
Demonstração. Sejam a, b ≥ 0. Inicialmente, observe que a + b ≥ 0 e√
a +√
b ≥ 0como soma de dois números ≥ 0. Note também que
√a · √b ≥ 0 como produto de dois
números ≥ 0. Agora
0 ≤ √a ·
√b ⇒ 0 ≤ 2 · √a ·
√b ⇒ a + b ≤ a + 2 · √a ·
√b + b ⇒ a + b ≤ (
√a +
√b)2.
Como 0 ≤ a + b ≤ (√
a +√
b)2, usando a propriedade anterior, concluímos que
√a + b ≤
√(√
a +√
b)2.
Mas, pela primeira propriedade,√(√
a +√
b)2 = |√a +√
b| = √a +
√b.
Portanto, vale que√
a + b ≤ √a +
√b.
Parte 4 Pré-Cálculo 53
Propriedade: demonstração
∀a, b ≥ 0,√
a + b ≤ √a +
√b.
Observação. Note que, na expressão acima, nem sempre vale a igualdade! Tome, porexemplo, a = 9 e b = 16:
√a + b = 5 < 7 = 3+4 =
√a+
√b. Quando vale a igualdade?
Resposta:
a, b ≥ 0 e√
a + b =√
a +√
b ⇔ a = 0 ou b = 0.
Parte 4 Pré-Cálculo 54
Exercício
As funções f (x) =
√x − 1x − 2
e g(x) =√
x − 1√x − 2
são iguais?
Resposta. As funções não são iguais, pois possuem domínios diferentes. Note, porexemplo, que 0 pertence ao domínio de f , mas 0 não pertence ao domínio de g.Os domínios naturais (efetivos) das funções f e g são dadas, respectivamente, por:
Df = (−∞, 1] ∪ (2,+∞) e Dg = (2,+∞).
Note, contudo, que restritas ao conjunto A = Df ∩ Dg = (2,+∞), as duas funções sãoiguais:
f∣∣∣∣(2,+∞)
= g∣∣∣∣(2,+∞)
.
Parte 4 Pré-Cálculo 55
A distância euclidiana entre dois pontosno plano
Parte 4 Pré-Cálculo 56
A distância euclidiana entre dois pontos no plano
(Ir para o GeoGebra)
Parte 4 Pré-Cálculo 57
A equação do círculo no plano
Parte 4 Pré-Cálculo 58
A equação do círculo no planoO círculo de centro em (4, 3) e raio 1 é o conjunto de todos os pontos (x , y) noplano cuja distância até o centro (4, 3) é igual ao raio 1.
−2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1
2
3
4
5
0
x
y
1
(4, 3)
(x , y)
Parte 4 Pré-Cálculo 59
A equação do círculo no planoO círculo de centro em (4, 3) e raio 1 é o conjunto de todos os pontos (x , y) noplano cuja distância até o centro (4, 3) é igual ao raio 1.
d((x , y), (4, 3)) = 1 ⇔√(x − 4)2 + (y − 3)2 = 1
⇔(√
(x − 4)2 + (y − 3)2)2
= 12
⇔ (x − 4)2 + (y − 3)2 = 1.
Parte 4 Pré-Cálculo 60
Funções reais cujos gráficos sãosemicírculos
Parte 4 Pré-Cálculo 61
Funções reais cujos gráficos são semicírculos
Moral: o gráfico de y = f (x) =√
a2 − x2 é o semicírculo superior decentro na origem e raio |a|.
Parte 4 Pré-Cálculo 62
Funções reais cujos gráficos são semicírculos
Moral: o gráfico de y = f (x) =√
a2 − x2 é o semicírculo superior decentro na origem e raio |a|.
Parte 4 Pré-Cálculo 63
Funções reais cujos gráficos são semicírculos
Moral: o gráfico de y = f (x) =√
a2 − x2 é o semicírculo superior decentro na origem e raio |a|.
Parte 4 Pré-Cálculo 64
Funções reais cujos gráficos são semicírculos
Moral: o gráfico de y = f (x) =√
a2 − x2 é o semicírculo superior decentro na origem e raio |a|.
Parte 4 Pré-Cálculo 65
Funções reais cujos gráficos são semicírculos
Moral: o gráfico de y = f (x) =√
a2 − x2 é o semicírculo superior decentro na origem e raio |a|.
Parte 4 Pré-Cálculo 66
Funções reais cujos gráficos são semicírculos
Moral: o gráfico de y = f (x) =√
a2 − x2 é o semicírculo superior decentro na origem e raio |a|.
Parte 4 Pré-Cálculo 67
Funções da forma f (x) = xn, com n ∈ N
Parte 4 Pré-Cálculo 68
Funções da forma f (x) = xn, com n ∈ N
f : R → R
x �→ y = f (x) = xn
Importante: se n ∈ N, xn é uma notação para x · x · · · · · x︸ ︷︷ ︸n fatores
.
Propriedades:(1) ∀x ∈ R, ∀n,m ∈ N, xn · xm = xn+m.
Prova:xn · xm = x · x · · · · · x︸ ︷︷ ︸
n fatores
· x · x · · · · · x︸ ︷︷ ︸m fatores
= x · x · · · · · x︸ ︷︷ ︸n+m fatores
= xn+m.
(2) ∀x ∈ R, ∀n,m ∈ N, (xn)m = xn·m.Prova: exercício!
Parte 4 Pré-Cálculo 69
Funções da forma f (x) = xn, com n ∈ N
f : R → R
x �→ y = f (x) = xn , com n um número par.
(1) A função f é par.
(2) A função f é crescente em [0,+∞).Prova: use a identidade
an − bn = (a − b)(an−1 + an−2b + · · ·+ abn−2 + bn−1).
(3) A imagem de f é o intervalo [0,+∞). Prova: será feita nadisciplina de cálculo.
Parte 4 Pré-Cálculo 70
Funções da forma f (x) = xn, com n ∈ N
f : R → R
x �→ y = f (x) = xn , com n um número ímpar.
(1) A função f é ímpar.
(2) A função f é crescente em R = (−∞,+∞).Prova: use a identidade
an − bn = (a − b)(an−1 + an−2b + · · ·+ abn−2 + bn−1).
(3) A imagem de f é R = (−∞,+∞). Prova: será feita nadisciplina de cálculo.
Parte 4 Pré-Cálculo 71
Proposição
Seja f : R → R definida por
y = f (x) = xn, com n ∈ N.
(a) Se 0 < x < 1, então xn+1 < xn.(b) Se x > 1, então xn+1 > xn.
Demonstração. Se 0 < x < 1, então 0 · x < x · x < 1 · x , isto é,0 < x2 < x . Agora, se 0 < x2 < x , então 0 · x < x2 · x < x · x ,isto é, 0 < x3 < x2. Prosseguindo com este raciocínio, concluímosque 0 < xn+1 < xn, para todo n ∈ N. Isto demonstra a parte (a). Aparte (b) fica como exercício.
Parte 4 Pré-Cálculo 72
Revisão: funções da forma x elevado a n
Parte 4 Pré-Cálculo 73
A função raiz n-ésima
Parte 4 Pré-Cálculo 74
A função raiz n-ésima: caso n par
f : [0,+∞) → [0,+∞)x �→ y = f (x) = xn , com n par.
� Já demonstramos que f : [0,+∞) → [0,+∞) é injetiva.
� Já mencionamos que f : [0,+∞) → [0,+∞) é sobrejetiva (a prova destefato requer ferramentas de análise).
� Logo f : [0,+∞) → [0,+∞) é bijetiva e, portanto, inversível.
� A função inversa f−1 de f é denominada função raiz n-ésima. Usaremosas notações
n√
x e x1/n
para representarf−1(x).
� Note então que, se n é par e a ≥ 0, então n√
a é o único número real ≥ 0que, elevado a n, dá o número real a.
Parte 4 Pré-Cálculo 75
A função raiz n-ésima: caso n ímpar
f : (−∞,+∞) → (−∞,+∞)x �→ y = f (x) = xn , com n ímpar.
� Já demonstramos que f : (−∞,+∞) → (−∞,+∞) é injetiva.
� Já mencionamos que f : (−∞,+∞) → (−∞,+∞) é sobrejetiva (a provadeste fato requer ferramentas de análise).
� Logo f : (−∞,+∞) → (−∞,+∞) é bijetiva e, portanto, inversível.
� A função inversa f−1 de f é denominada função raiz n-ésima. Usaremosas notações
n√
x e x1/n
para representarf−1(x).
� Note então que, se n é ímpar e a ∈ R, então n√
a é o único número realque, elevado a n, dá o número real a.
Parte 4 Pré-Cálculo 76
A função raiz n-ésima
(Ir para o GeoGebra)
Parte 4 Pré-Cálculo 77
Cuidado!
Se n é par,o domínio de f (x) = n
√x = x1/n é [0,+∞).
Se n é ímpar,o domínio de f (x) = n
√x = x1/n é R.
Parte 4 Pré-Cálculo 78
Propriedades da função raiz n-ésima para n par
� Se n é par, ∀a ∈ R,n√
an = |a|.
� Se n é par, ∀a, b ≥ 0, n√
a · b = n√
a · n√
b e ∀a, b ≤ 0, n√
a · b = n√−a · n
√−b.
� Se n é par, ∀a ≥ 0, ∀b > 0, n
√ab=
n√
an√
be ∀a ≤ 0, ∀b < 0, n
√ab=
n√−an√−b
.
� A função raiz n-ésima é crescente (n par): ∀a, b ≥ 0, a < b ⇒ n√
a <n√
b.
� Se n é par, ∀a, b ≥ 0, n√
a + b ≤ n√
a +n√
b.
Parte 4 Pré-Cálculo 79
Propriedades da função raiz n-ésima para n ímpar
� Se n é ímpar, ∀a ∈ R,n√
an = a.
� Se n é ímpar, ∀a, b ∈ R,n√
a · b = n√
a · n√
b.
� Se n é ímpar, ∀a ∈ R, ∀b ∈ R− {0}, n
√ab=
n√
an√
b.
� A função raiz n-ésima é crescente (n ímpar): ∀a, b ∈ R, a < b ⇒ n√
a <n√
b.
� Se n é ímpar, ∀a, b ≥ 0, n√
a + b ≤ n√
a +n√
b.
Parte 4 Pré-Cálculo 80
Observações
� As demonstrações destas propriedades seguem basicamente as mesmastécnicas usadas na demonstração das propriedades da função raiz quadrada.Elas ficam, portanto, como exercícios. Na última propriedade, a fórmula dobinômio de Newton pode ser útil:
(a + b)n =n∑
i=0
(ni
)an−i bi .
� Mesmo para n ímpar, devemos colocar como hipótese que a e b sejammaiores do que ou iguais a zero na desigualdade n
√a + b ≤ n
√a + n
√b
da última propriedade. De fato: se a = −1, b = −1 e n = 3, então3√−1 − 1 = − 3
√2 > −2 = 3
√−1 + −3√−1.
Parte 4 Pré-Cálculo 81
Mais propriedades
� Se n é par e m ∈ N, então ∀x ≥ 0, n√
xm = ( n√
x)m.
� Se n é ímpar e m ∈ N, então ∀x ∈ R, n√
xm = ( n√
x)m.
� Se m é par ou n é par, então ∀x ≥ 0, n√
m√
x = n m√
x .
� Se m e n são ímpares, então ∀x ∈ R, n√
m√
x = n m√
x .
Parte 4 Pré-Cálculo 82