es p ec i a l · carro pela bicicleta. empresas es-tão disponibilizando chuveiros e vestiários...

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VITÓRIA, ES | DOMINGO, 26 DE OUTUBRO DE 2014 ESPECIAL Projeto de Marketing Mapa dos 47 km de ciclovias de Vitória > 6e7 Domingos com mais lazer e saúde > 5 Circuito de bike na Fonte Grande >12 INOVA COMUNICAÇÃO Vitória sobre duas rodas Novas ciclovias e ciclofaixas estão sendo implantadas para os capixabas, que usufruem cada vez mais das vantagens e dos prazeres da vida sobre a bicicleta. HERMAN, LUIZ CLAUDIO E LEONARDO trabalham na mesma empresa e elegeram a bicicleta como meio de transporte: “O grande diferencial foi a qualidade de vida”, afirma Herman

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Page 1: ES P EC I A L · carro pela bicicleta. Empresas es-tão disponibilizando chuveiros e vestiários para os funcionários tro-carem a vestimenta de ciclista por roupas de trabalho. Também

V I T Ó R I A , E S | D O M I N G O , 2 6 D E O U T U B R O D E 2 0 1 4

ES P EC I A LProjeto de Marketing

Mapa dos47 km deciclovias deVitória > 6 e 7

Domingoscom maislazer esaúde > 5

C i rc u i t ode bikena FonteGrande >12

INOVA COMUNICAÇÃO

Vitória sobreduas rodasNovas ciclovias e ciclofaixas estãosendo implantadas para os capixabas,que usufruem cada vez maisdas vantagens e dos prazeresda vida sobre a bicicleta.

HERMAN, LUIZ CLAUDIO E LEONARDO trabalham na mesma empresa e elegeram a bicicleta como meio de transporte: “O grande diferencial foi a qualidade de vida”, afirma Herman

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2 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, DOMINGO, 26 DE OUTUBRO DE 2014

Es p e c i a l

Capital com mais bicicletasCresce o número depessoas que transitamnas ruas da capital comsuas bicicletas, sejapara ir trabalhar oumesmo se divertir

Ana Paula Herzog

Os capixabas estão cada vezmais descobrindo as vanta-gens e os prazeres da vida

sobre duas rodas. Basta andar pe-las ruas para conferir o aumentodo número de bicicletas circulan-do, seja por lazer, atividade físicaou locomoção.

Quase todo mundo conhece umou mais casos de colegas de traba-lho ou vizinhos que trocaram ocarro pela bicicleta. Empresas es-tão disponibilizando chuveiros evestiários para os funcionários tro-carem a vestimenta de ciclista porroupas de trabalho.

Também não são raros os casosde pessoas antes sedentárias quemudaram de vida, perderam pesoe ganharam saúde e disposiçãocom a ajuda da “m a g re l a ”.

Não é de estranhar que o ciclis-mo esteja virando moda, no me-lhor sentido da palavra, na capitalcapixaba. Vitória é uma cidadecom muitas áreas de topografiaplana e repleta de belas paisagens.

Para incentivar cada vez mais autilização das bicicletas e facilitar oacesso dos capixabas aos seus des-tinos, a prefeitura investe na am-pliação da malha cicloviária de Vi-tória e são muitas obras em execu-ção e planejadas para o município.

O secretário municipal deTransportes, José Eduardo Olivei-ra, explica que a cidade já avançou

ANDRÉ SOBRAL/PMV

C I C LO FA I XAf a c i l i tacirculação deciclistas nosdomingos eferiados

Expediente PROJETO DE MARKETING: Diretoria de Marketing DIRETOR: Geraldo Schuller P R O D U ÇÃO : Dinâmica de Comunicação C O N TATO S : (27) 3232-5945 JORNALISTA RESPONSÁVEL: Fabiana PizzaniREPORTAGEM: Ana Paula Herzog COL ABORAÇÃO: Felipe Sena EDIÇÃO: Fabiana Pizzani, Flávia Martins e Kikina Sessa REVISÃO: Flávia Martins e Loreta Fagionato D I AG R A M AÇÃO : Miguel Leite

ANTONIO COSME - 22/09/2014

CICLISTA atravessa Ponte Florentino Avidos, que liga a capital a Vila Velha

ARMAZÉM BICICLETAS

VENDAS estão diversificadas entre transporte, lazer e esporte, diz Marcelo

Objetivo dodeslocamento:

7 9%U SA MB I C I C L E TASPARA IR AOTRABALHO

13%POR MOTIVOSP ESS OA I S

4%PARA LAZER

OS NÚMEROS

“Vitória temvocação para o

transporte multimodal etopografia adequadapara ciclovias”Rúbio Marx, engenheiro civil

muito na atual administração. “Vi -tória tinha 29 quilômetros de ci-clovias. Hoje, já são cerca de 47quilômetros de vias seguras paraciclistas com as ciclovias e ciclofai-xas que criamos, além das faixascompartilhadas e das obras queestão em curso”, informou.

Entre os projetos está a sinaliza-ção de trechos de compartilha-mentos em alguns pontos da Beira-Mar, por exemplo, onde a calçada éutilizada por ciclistas e pedestres.

Já concluída está a sinalização dafaixa compartilhada para bicicletase automóveis na avenida AdalbertoSimão Nader, ligando duas impor-tantes ciclovias, as das avenidas Fer-nando Ferrari e Dante Michelini.

E a cidade comporta ciclovias eciclofaixas em vários pontos, con-forme análise do engenheiro civilRúbio Antônio Freitas Vale Marx,coordenador da Câmara Especia-lizada de Engenharia Civil doCrea-ES. “Vitória tem vocação pa-ra o transporte multimodal. Temtopografia adequada para o trans-porte cicloviário e algumas rotasainda não teriam problemas de es-treitamento de pista”, comenta.

Ampliação> A CICLOVIA DA RUA MUNIR HILAL se -

rá ampliada com um novo trecho queirá do final da avenida até o bairro deFát i m a .

> A PREFEITURA DE VITÓRIA vai licitara construção do percurso.

> ESSE TRECHO será uma importanteligação para quem faz viagens de bi-cicleta de Vitória para a Serra, muni-cípio que representa 16,5% dos des-locamentos de bike para a capital,percentual menor apenas que o deCariacica.

Comércio comemoraaumento nas vendas

Não é só em Jardim Camburique o número de bicicletas tem au-mentado. Em todos os bairros dacapital há moradores adquirindonovas bicicletas e o comércio co-memora esse “boom” nas vendas.

Esse comércio contempla varia-dos tipos de público, incluindo jo-vens, adultos, pobres e ricos. Provaque o ciclismo não apenas se po-pularizou na cidade, como estámais democrático do que nunca.

O empresário Marcelo Abaurre,proprietário do Armazém das Bi-cicletas, uma das mais antigas lojasde bikes do município, comentaque por muitos anos a bicicleta foio transporte das pessoas mais po-bres e a maior parte das vendas erapara essas pessoas.

“Hoje, a questão da saúde pesamuito na decisão de compra daspessoas. A bicicleta virou um sím-bolo de vida saudável e impactouno aumento das vendas do setor”,avalia Marcelo.

O empresário afirma que as ven-

das estão diversificadas entretransporte, lazer e esporte e quetem muita gente que compra paraas três finalidades.

Há muitas opções de modelosdisponíveis no mercado, desde ascom marchas para as modalidadesesportivas de speed e mountain bi-ke, como as mais simples que, deacordo com Marcelo, atendem asnecessidades de quem quer circu-lar por Vitória.

Os preços são variados. Com R$400 é possível sair de uma lojacom uma bike. Mas existem mo-delos bem mais sofisticados e ca-ros para os mais exigentes. Osequipamentos de segurança e ascadeirinhas para crianças tambémestão em alta.

Marcelo Abaurre dá dicas doque observar na hora de escolheruma bicicleta. “A qualidade do ma-terial é importante. Mas a relaçãoentre o peso e altura da pessoacom o quadro e as rodas deve serlevada em conta.”

SAIBA MAIS

Principais trechosOs principais locais com ciclovia/ci-

clofaixa (mesmo que compartilhada)na cidade, são:> Avenida Serafim Derenzi> Avenida Marechal Mascarenhas de

Moraes (Beira-Mar)> Avenida Américo Buaiz> Ponte Ayrton Senna> Avenida Dante Michelini> Avenida Norte Sul> Avenida Fernando Ferrari> Avenida Professor Duarte Rabelo

RODRIGO GAVINI

C I C LOV I A vai ligar orla de Camburià Praia do Canto

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VITÓRIA, ES, DOMINGO, 26 DE OUTUBRO DE 2014 ATRIBUNA 3

Es p e c i a l

Capital do Estadose destaca no Brasilcom infraestrutura eplaneja ampliar malha,além de criar anel aoredor da Ilha

FOTOS: ANTONIO MOREIRA

Vitória é uma das cidades doPaís com mais ciclovias, com47 quilômetros implanta-

dos, e é a segunda capital na rela-ção entre ciclovias/malha viária. Acidade tem o quarto lugar na rela-ção habitantes/ciclovias, um totalde 12 mil pessoas por quilômetro.

Mas essas conquistas não sãosuficientes para o poder públicomunicipal, que quer investir maisem condições favoráveis para quecada vez mais moradores estejamcirculando de bicicleta.

Para isso é necessário muito pla-nejamento. E o município já estáelaborando um plano cicloviárioque vai apontar os melhores cami-nhos a seguir na ampliação das ro-tas com ciclovias em Vitória.

O plano está em elaboração e osecretário municipal dos Trans-portes, José Eduardo Oliveira, ex-plica que entre os primeiros pon-tos a serem analisados estão osprincipais caminhos percorridospelos ciclistas e as condições dasvias para receber ciclovias, ciclo-faixas e áreas compartilhadas.

A capital vem construindo umarede cicloviária que foi incorpo-rada ao Plano Diretor Urbano. Aideia é criar um anel ao redor dailha e ao longo dos importantescorredores da cidade, para que osciclistas tenham uma condição

Local adequado para deixar a magrelaQuem anda de bicicleta com cer-

teza tem um grande apego por suamagrela. Seja por necessidade oupor motivos pessoais, elas são benspreciosos e merecem cuidado.

Pensando nisso, a administraçãomunicipal vai instalar em Vitóriaparaciclos, que são suportes ondea bicicleta é presa para dar maissegurança contra roubos e outrosp ro b l e m a s.

Já houve uma licitação na moda-lidade pregão eletrônico para aqui-sição de até mil unidades para om u n i c í p i o.

A ata de registro de preços foi as-sinada e, inicialmente, foram ad-

ANA PAULA HERZOG

INSTALAÇÃO de paraciclos vai trazer mais segurança para os ciclistas

Mais de 23 milviagens todo dia

quiridas 284 peças para serem ins-taladas nos parques municipais,escolas e na sede da prefeitura.

O Palácio Municipal e a Secreta-ria Municipal de Assistência So-cial já receberam sete paracicloscada um e três foram colocados naSecretaria Municipal de Saúde.

PA R Q U ESEm seguida serão instalados 48

paraciclos nos parques naturais domunicípio como a Fonte Grande,Chácara Von Shilgen e Gruta daOnça. Locais estratégicos comgrande circulação de ciclistas tam-bém serão beneficiados.

Em função da popularização dasbicicletas, hoje grandes empresase áreas comerciais também estãooptando por instalar os paraciclospara clientes e funcionários. Épossível vê-los em shoppings, cen-tros comerciais, supermercados eaté em bancos.

“Os paraciclos são muito im-portantes, porque é horrível dei-xar a bicicleta em um lugar nãoadequado, mesmo com corrente eter que ficar o tempo todo preo-cupada”, comenta a caixa MilenaDias Machado, que já teve a bici-cleta danificada quando estavapresa a uma grade.

OS NÚMEROS

23 milviagens de bicicleta por diaem Vitória

355 milviagens de carro por diana capital

TODOS OS DIAS DE CASA PARA O TRABALHOCarro naga ra g e m

O encadernadorde books fotográfi-cos, Flávio Nasci-mentos dos San-tos, está começan-do a vida de ciclis-ta. Faz um mês queele decidiu deixar ocarro na garagempara pedalar deCariciacica até aavenida MarechalCampos, um traje-to de 16 quilôme-tros. “A saúde foi oque me levou a to-mar essa decisãoporque eu estavaprecisando fazeralguma atividadefísica”, comemora.

De Campo Grande até a Leitão da SilvaEsse é o percurso diário do mecânico de refrigeração Jo-

sé Darli da Silva. "Os motivos da opção pela bike como meiode transporte foram a comodidade e a agilidade", comentaJosé Darli, que faz questão de utilizar roupa especial paraciclismo e acessórios de segurança. Ao chegar na empresa,ele troca a roupa pelo uniforme.

Se n s a ç ã ode liberdade

O pintor auto-motivo Antônio Oli-veira Filho faz otrajeto de Cobilân-dia, em Vila Velha,até a Ilha de SantaMaria, em Vitória,onde trabalha, deb i c i c l e ta .

“Mesmo quandoestá chovendo pre-firo ir de bike para otrabalho, pois nãome acostumo maisa andar de ônibus.A bicicleta aindame dá uma sensa-ção de liberdade”,revelou Antônio.

T R A N S P O RT E

“É o meu meiode transporte”

O pedreiro José Ge-raldo Filho mora emCaratoíra e trabalhaem uma obra na Praçado Papa. Quando estáde folga, ele costumapedalar até o final dapraia de Camburi, detanto que gosta de es-tar sobre duas rodas.

“Quando me aperto,vendo minha bicicleta,mas assim que a si-tuação melhora com-pro uma nova. Nuncafico muito tempo semuma magrela, é o meumeio de transporte”,afirmou.

segura de circulação.Os dados da Secretaria Munici-

pal de Desenvolvimento da Cida-de, responsável pelo plano, mos-tram que em Vitória são realiza-das cerca de 23 mil viagens de bi-cicleta por dia, enquanto de carrosão 355 mil.

Para diminuir a relação entre onúmero de viagens entre essesdois modais de transporte, muitasalternativas serão avaliadas.“Uma das possibilidades, em fun-ção do grande fluxo na FernandoFerrari, é criar uma ligação comCamburi, passando por Jardim daPe nh a”, informa o secretário deTra n s p o r t e s.

Outra opção em estudo é a cria-ção de uma ciclovia na avenidaPaulino Muller, para ligar os tráfe-gos da Beira-Mar e da Avenida Vi-tória, que gerando deslocamentospor Bento Ferreira e Monte Belo.

“São muitas propostas para fa-zer ligações entre bairros e desafo-gar o trânsito, mas tudo tem queser muito bem planejado paraatingir os objetivos”, conclui JoséE d u a rd o.

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4 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, DOMINGO, 26 DE OUTUBRO DE 2014

Es p e c i a l

Segurança na Serafim DerenziLiberação de ciclofaixana rodovia atrai pessoasque raramente usavama bicicleta como meio detransporte por medo dainsegurança no trânsito

A ciclofaixa da rodovia Sera-fim Derenzi pode ser consi-derada um dos trechos mais

democráticos de circulação sobreduas rodas da capital capixaba.Moradores da região e pessoas quecirculam pelo trecho que liga aárea continental de Vitória a Ca-riacica se beneficiam da faixa ex-clusiva para bicicletas.

A segurança da ciclofaixa atraiuum público que antes raramenteusava a bicicleta como meio detransporte. Ângela Maia, porexemplo, comprou uma cadeiri-nha de criança adaptável à bicicle-ta para a filha. O equipamento épara a cuidadora levar a pequena àescola, o que antes Ângela não te-ria confiança em permitir.

O profissional da construção ci-vil Jeilton dos Santos Moreira mo-ra em Resistência e adotou a bici-cleta como meio de transporte. “Otempo gasto no trajeto é uma dascoisas que mais levo em conta”,ava l i a .

O diálogo intenso entre prefei-tura e moradores foi fundamentalpara a obtenção desses resultados

comemorados pelos usuários dos i st e m a .

A ciclofaixa da Serafim Derenzié uma antiga demanda dos cida-dãos de Vitória, mas enfrentou re-sistência quando foi implantada.

O inspetor da Guarda MunicipalDayvison Martins Pereira lembraque, depois de concluídas a sinali-zação e as intervenções da ciclo-faixa, foram dois meses de conver-sa com comerciantes, motoristas,com a comunidade e todos os en-vo l v i d o s.

Um dos maiores problemas iden-tificados foi o número de veículosde comerciantes e funcionários es-tacionados por um longo períodono local, diariamente mais de 100carros, de acordo com Dayvison.

“Fizemos uma intensa campanhade conscientização com uma comu-nicação aberta com os interessadospara ouvir as queixas e pondera-ções. Hoje, continuamos muito pre-sentes informando e ouvindo a co-munidade”, afirma Dayvison.

Ilcenir Marangoni é um dos co-merciantes que decidiu ceder embenefício da maioria. Ele é mora-dor de Maruípe e optou pelotransporte público.

“Eu só andava de ônibus quandoera criança e adolescente. Agoraestou voltando a usar. Quando pre-ciso ir de carro, deixo na garagemde um amigo e cliente. Mas, só eunão é o suficiente, outros têm demudar de postura também”, con-clui Ilcenir.

Oportunidades de negócios na rodoviaANA PAULA HERZOG

CARLOS abriu uma loja às margens da rodovia e viu o movimento aumentar

Sobre uma bicicleta tem aquelesque perdem peso, que ganhampreparo físico e qualidade de vida,que chegam mais rápido ao desti-no ou que não têm nenhuma pres-sa quando apreciam paisagens co-mo o canal da Ilha.

Na rodovia Serafim Derenzi, al-guns moradores compartilhamcom a bicicleta o sustento diário ecomemoram as novas oportunida-des de incrementar a renda.

É circulando com sua bike equi-pada com uma caixa de som que ojovem Daniel Mofardini garante oseu ganha-pão, fazendo anúnciosde estabelecimentos comerciaisque ficam no entorno da rodovia.

“Eu já trabalho com isso há mui-

tos anos, mas com a ciclofaixa me-lhorou muito e tem mais gentecontratando o meu serviço”, co-menta Daniel.

A venda e reparação de bicicle-tas na região, para alegria de CarlosSamorra Neves, também cresceu.Há mais de 20 anos nesse comér-cio, Carlos mudou o ponto de den-tro do bairro, para a rodovia onde omovimento aumentou muito.

Segundo ele, novos estabeleci-mentos como o dele estão surgin-do em vários locais nos bairros doentorno da Serafim Derenzi e osclientes também estão mais exi-gentes e procurando, além de bici-cleta, vários equipamentos, comoas cadeirinhas de crianças.

“Tanto como forma de locomo-ção quanto para opção de lazer, omovimento cresceu bastante. In-clusive, tem gente que não andavade bicicleta antes porque não sesentia seguro e hoje mudou deideia”, comemora o comerciante.

Gilberto Neves Junior, moradorda Ilha das Caieiras, comprou re-centemente uma bicicleta usadapara fazer reparos elétricos e hi-dráulicos no próprio bairro e arre-dores e gostou tanto do resultadoque pretende comprar uma nova.

“Antes eu ia de carro, mas mes-mo sendo perto tinha de rodarmuito para estacionar e gastavaboa parte do lucro com gasolina”,conta Gilberto.

VINÍCIUS YUNGTAY/PMV

CAMPANHA EDUCATIVA: trabalho de conscientização foi realizado

ANA PAULA HERZOG

SAÚDE E ECONOMIA

Maisra p i d e z

Para Jei lton dosSantos Moreira, quemora em Resistência, abicicleta como meio detransporte é uma op-ção antiga. “A saúde e aeconomia com a pas-sagem são importan-tes, mas o tempo gastono trajeto é uma dascoisas que mais levoem conta e diminui coma nova ciclofaixa fun-cionando bem”, avaliao profissional da cons-trução civil.

Para o inspetor da Guarda Mu-nicipal de Vitória, Dayvison Mar-tins Pereira, o fator segurança estárealmente ajudando a mudar há-bitos. Ele informa que depois que aciclofaixa da Serafim Derenzi pas-sou a funcionar corretamente,quase não houve registro de aci-dentes envolvendo ciclistas.

Mas a presença dos guardas mu-nicipais continua sendo importan-te para orientar os motoristas. Noprojeto Escola, os agentes organi-zam a chegada e saída de pais eresponsáveis nas escolas, e muitospassaram a transportar os filhos debicicleta. Os agentes percorremtodo o trecho de ciclovia, da Praci-nha de Joana D’arc a Inhanguetá.

ANA PAULA HERZOG

C O N F I A N ÇA

Transpor teda filha

Ângela Maia, mora-dora de São Pedro,comprou no comérciolocal uma cadeirinhade criança adaptávelà bicicleta para a filha.

O equipamento é pa-ra que a cuidadora pos-sa levar a pequena à es-cola, o que antes da ci-clofaixa na Serafim De-renzi Ângela não teriaconfiança em permitir.

“Hoje, está muitomais seguro e melhoroumuito porque não temmais quase nenhumcarro parado, o que per-mite melhor circulaçãodas bicicletas”, disse.

Agenteso r i e n ta mm o t o r i s ta se ciclistas

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VITÓRIA, ES, DOMINGO, 26 DE OUTUBRO DE 2014 ATRIBUNA 5

Es p e c i a l

Domingoscom maislazer e saúdeA criação da ciclofaixaaos domingos eferiados, das 7 às 15horas, ampliou asopções de lazerpara moradores

As bicicletas estão cada vezmais populares em Vitória.E um dos motivos do suces-

so das magrelas é, sem dúvida, a ci-clofaixa liberada aos domingos eferiados. Ela trouxe novos hábitosde lazer e diversão para famílias.

A faixa exclusiva para bikes libe-rada aos domingos e feriados foilançada no início do ano e percor-re um trecho de 15,7 quilômetros,ligando a orla de Camburi ao Tan-c re d ã o.

A galera do pedal aderiu logo ànovidade e a movimentação dos ci-clistas criou um novo visual para aorla da cidade aos domingos. Mui-tas bicicletas que estavam guarda-das em casa foram para as ruas.

Teve gente que decidiu investirna compra de mais bikes para

aproveitar a oportunidade. O serí-grafo Heberton Raimundo de Sou-sa já praticava ciclismo como es-porte, mas a ciclofaixa de domingofoi a chance de incluir a mulher,Vick Sousa Santos, e a filha Melinana atividade.

Para isso, o casal comprou maisuma bicicleta e uma cadeirinha e adiversão ficou garantida. A famíliafaz questão de chegar logo cedo,quando a faixa exclusiva começa afuncionar, para curtir ao máximo.

“Agora a gente pode sair deCamburi e ir até o Tancredão. Éum passeio incrível pela cidade”,comenta Heberton.

Para Vick, o melhor é estar fa-zendo uma atividade física juntocom a família. A pequena Melinaadora a movimentação e fica aten-ta a tudo à sua volta. O casal garan-te que a filha já está sendo incenti-vada a gostar do esporte.

A estimativa dos agentes de trân-sito é de que o número de bicicle-tas circulando, desde o lançamentoda ciclofaixa até agora, aumentouem mais de 50%.

Morador de Jardim da Penha, ocirurgião dentista Vinicius Franco

RODRIGO GAVINI

Ronda feita sobre duas rodasNão é só quem quer se divertir

na ciclofaixa dos domingos e feria-dos que está sobre duas rodas. Osagentes de trânsito da Guarda Mu-nicipal de Vitória também circu-lam de bicicleta para orientar amovimentação de ciclistas, pedes-tres, veículos, skatistas e patinado-res ao longo da ciclofaixa e nasruas de lazer.

Uma equipe de 20 agentes rece-beu um treinamento específicopara atuar sobre duas rodas. Aulaspráticas e teóricas fizeram partedo treino.

Aos domingos, quatro agentesfazem a ronda da faixa exclusiva,dois do Salesiano, na Beira-Mar,até o Tancredão, em Santo Antô-nio, e dois do Salesiano até Cam-buri.

Os agentes Ramon de Polo eKléber Falcão garantem que gos-tam muito do trabalho de bicicletae ambos já pedalavam antes, porlazer. Para Kléber, a bike é, inclusi-ve, um meio de locomoção. “Mo rona Glória, em Vila Velha, e utilizo oBike GV para ir até a Ilha de SantaMaria de bicicleta”, comentou oagente de trânsito.

Já Ramon ressaltou que a convi-vência entre os frequentadores daRua de Lazer e da ciclofaixa étranquila. Um dos problemas maiscomuns é que muitos motoristasnão respeitam a faixa exclusivados ciclistas.

“Nós procuramos orientar sobreas condutas e todos costumam sermuito receptivos. Respeitando as

RODRIGO GAVINI

SAIBA MAIS

Opção aos domingos e feriados

RODRIGO GAVINI

Pa ss e i o“Agora a gente pode sair de

Camburi e ir até o Tancredão. Éum passeio incrível pela cida-d e”, comenta o serígrafo He-berton Raimundo de Sousa.

Ele aproveita domingos e fe-riados para usar a ciclofaixaexclusiva na orla. O passeio in-clui a família toda: a mulher Vi-ck Sousa Santos e a filha Me-lina. “O melhor é estar fazendouma atividade física e, ainda,junto com a família”, diz Vick.

EM FAMÍLIA

achava inseguro andar de bicicle-ta. Mas, depois da primeira peda-lada na orla, aos domingos, ficoutranquilo e adorou a experiência.

Agora, ele está avaliando a possi-bilidade de usar a bicicleta tam-bém como meio de transporte. Vi-nicius disse que já teve até algu-mas experiências e gostou.

“Com a ampliação da rede ciclo-

viária do município, ficará aindamelhor usar a bicicleta como meiode transporte, já que as distânciassão curtas em Vitória.”

O cirurgião-dentista acrescen-ta que as pessoas deveriam andarmais de bicicleta. “Além de serbom para a saúde e bem-estar, émuito divertido. Faz bem para aspessoas e para a cidade.”

Pe d a l a d aO cirurgião-dentista

Vinicius Franco tinhareceio de acidentes,mas depois da primeirapedalada na orla deCamburi aos domingos,ficou tranquilo e ado-rou a experiência.

Ele mora em Jardimda Penha e sempre pra-ticou o ciclismo em gru-po, mas pensa agoraem usar a bike tambémcomo transporte. Vini-cius diz que fez algu-mas experiências egostou. “Acho muitoválido, porque as dis-tâncias são curtas emVitória”, disse.

EXPERIÊNCIA

A ciclofaixa funcionadas 7 às 15 horas> O TRECHO com faixa exclusiva para

bicicleta é de 15,7 quilômetros, doTancredão até o final de Camburi.

> A RUA DO LAZER acontece na aveni-da Dante Michelini, na orla de Cam-buri, e na avenida Marechal Masca-renhas de Moraes (Beira-Mar), entre

as ruas Marcelino Duarte e Desem-bargador José Vicente, no Centro.

> O FUNCIONAMENTO da Rua de Lazeré das 7 às 13 horas.

> SEGUNDO AGENTES de trânsito daGuarda Municipal de Vitória, o fluxode bicicletas aumentou em mais de50% desde que a faixa exclusiva foii m p l a n ta d a .

regras, todos podem se divertirmuito e curtir o domingo”, disseRamon.

É o que acontece com o assessorjurídico Jader Bicalho Santos. Eleencontra com um grupo de ami-gos de Jardim da Penha e, juntos,todos pedalam do Píer de Iemanjá

até o final de Camburi.“Depois, vamos até a Curva da

Jurema dar um mergulho e comerum peixe frito. É uma forma de di-versão barata e saudável e uma óti-ma maneira de se energizar para otrabalho na segunda-feira”, garan-te Santos.

RAMONE KLÉBERcirculam debicicleta paraorientar am ov i m e n ta ç ã ode ciclistas,p e d e s t re s ,ve í c u l o s ,s kat i s ta se patinadoresao longo daciclofaixa e naRua de Lazer

20AG E N T ESR EC E B E R A MT R E I N A M E N TOES P EC Í F I C OPARA ATUARSOBRE DUASR O DAS

OS NÚMEROS

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6 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, DOMINGO, 26 DE OUTUBRO DE 2014

Es p e c i a l

SANTALUÍZA

MARIAORTIZ

SANTAMARTHA

ITARARÉ

JOANAD’ARC

CONQUISTA

NOVAPALESTINA

SÃOPEDRO

COMDUSA

BELAVISTA

SANTOANTÔNIO

MÁRIOCYPRESTE VILA

RUBIM

ILHA DOPRÍNCIPE

PARQUEMOSCOSO

CENTRO

VITÓRIA

GURIGICA

PRAIADO SUÁ

JESUS DENAZAREH

BENTOFERREIRA

SANTALÚCIA

ILHA DASCAIEIRAS

GOIABEIRAS

Av. Fe

rnand

o Ferr

ari

Rod. Sera

fim Derenzi

Av. Beira-Mar

Av. Vitória

Av. Leitão da Silva

UFES

Circulando a ilha de bicicletaAnel cicloviário aoredor da capital e aolongo dos importantescorredores da cidadedará mais segurança aquem anda de bicicleta

ANDRÉ SOBRAL/PMV

47 KMDE CICLOVIASVITÓRIA TEM HOJE

Ciclovias de Vitória Novos projetos em andamento

79%DOS CICLISTAS USAMA BICICLETA PARATRABALHAR

Texto: Ana Paula HerzogIlustração: André Felix

A topografia plana em váriasáreas do município reforçaa vocação de Vitória para o

ciclismo. A cidade soma hoje 47quilômetros de ciclovias, o queestá motivando cada vez mais o

capixaba a ir às ruas sobre duasro d a s.

A capital vem construindo gra-dativamente uma rede cicloviária,que foi incorporada ao Plano Dire-tor Urbano.

A ideia é criar um anel ao redorda Ilha e ao longo dos importantescorredores da cidade, para que os

ciclistas tenham uma condição se-gura de circulação.

Vitória já contabiliza avanços,mas são muitos os projetos emexecução ou planejados para am-pliar a malha cicloviária da capi-tal, para facilitar o deslocamentodos capixabas pelo município, sejaos que utilizam a bicicleta como

meio de transporte ou os que pe-dalam por esporte ou lazer.

No Porto de Vitória está sendoimplantada uma ciclofaixa com800 metros de extensão e na Pon-te de Camburi está sendo cons-truída uma ciclovia de 650 me-tros, obras que serão finalizadasaté o final do ano.

APENAS 4%DOS CICLISTASutilizam a bicicletaexc l u s i va m e n t epara o lazer

C I C LO FA I X ANO PORTODE VITÓRIAObra em execuçãono entorno dosgalpões do Portode Vitória.

CICLOVIA ORLANO RO E ST EDuas ciclovias às margens da Baía de Vitó-ria, cortando 13 bairros, estão previstas noprojeto de revitalização da orla.

OS NÚMEROS

C I C LO FA I X ASERAFIMDERENZIDesobstrução, sina-lização e fiscaliza-ção da ciclofaixaexistente para o re-torno dos ciclistas.

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VITÓRIA, ES, DOMINGO, 26 DE OUTUBRO DE 2014 ATRIBUNA 7

Es p e c i a l

Ações da PMV

Projetado pelaPMV

Em obras

AntigaCiclovia

LEGENDA

BARROVERMELHOBARROVERMELHO

JARDIMDA PENHA

MATADA PRAIA

BAIRROREPÚBLICA

JARDIMCAMBURI

AEROPORTOSERRA

VILA VELHA

PRAIADO SUÁ

PRAIADO CANTO

ENSEADADO SUÁ

ILHADO BOI

ILHADO FRADE

Av. Adalberto Simão Nader

Av. Dante Michelini

Av. Norte-Sul

Av. Rio

Branc

o

Fo n t e : Plano Diretor de Transporte e Mobilida-de de Vitória.

Cariacica e Serra sãomaioria de outras cidades

ADRIANO HORTA – 24 / 0 1 / 2 0 1 4

CICLISTAS circulam pela ciclofaixa da avenida Adalberto Simão Nader

As avenidas Beira-Mar, Fernan-do Ferrari, Nossa Senhora da Pe-nha e Maruípe, além da Cinco Pon-tes, são os pontos com maior circu-lação de bicicletas em Vitória, se-gundo a Secretaria de Transportesdo município.

Os ciclistas de outros municípiosque circulam em Vitória são emsua maioria de Cariacica (26,6%).

Os da Serra são 16,5%, seguidos pe-los de Vila Velha (15,09%) e de Via-na (0,95%).

Os destinos dos ciclistas prove-nientes de Vila Velha e Cariacicasão o entorno da Baía de Vitória, oCentro e a Praia do Suá. Enquantoos da Serra buscam as zonas de trá-fego às margens da avenida Fer-nando Ferrari.

SAIBA MAIS

Ciclovias previstas1 Avenida Norte-Sul

2 Rua Deputado Otaviano deCarnalho

3 Rua Milton Manoel dos Santos

4 Rua Ruy Pinto Bandeira

5 Avenida Adalberto Simão Nader

6 Avenida Américo Buaiz

7 Avenida Rio Branco

8 Avenida Leitão da Silva

9 Avenida Elias Miguel eavenida Getúlio Vargas

10 Ta n c r e d ã o

ANDRÉ SOBRAL/PMV

ORL A de Camburi: obra para ligar à Praia do Canto

C I C LO FA I X ACO M PA RT I L H A DAFaixa dos dois lados da ave-nida Adalberto Simão Naderforam sinalizadas para ocompartilhamento entre car-ros e bicicletas.

ANDRÉ SOBRAL/PMV

CICLOFAIXA DE DOMINGO, que liga o Tancredão até Camburi

C I C LO FA I X AAOS DOMINGOSReserva aos ciclistas uma fai-xa das vias da orla entre Jar-dim Camburi e o Tancredão,com 15,7 km de extensão.

CICLOFAIXA DA AVENIDA MUNIR HILALConclusão da nova ciclovia de acesso a Jardim Camburi, que é in-terligada à ciclovia do calçadão da praia.

RUA DEP.OTAVIANO DECA RVA L H OA obra já está em lici-tação na SecretariaMunicipal de Obras( Se m o b) .

CICLOVIA NAPONTE DECA M BU R IObra em execução li-gando a ciclovia docalçadão de Camburi àPraça dos Namorados.

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8 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, DOMINGO, 26 DE OUTUBRO DE 2014

Es p e c i a l

“Agora vai ficarmuito melhor e

vou passar sem medo deacontecer um acidente”Aldina Tenório Sales

TRÊS INTERVENÇÕES

Novas obras> DO PÍER DE IEMANJÁ até a Ponte de

Camburi: construção de um muro dearrimo (muro de contenção) paraampliar a largura do calçadão exis-tente.

> PONTE DE CAMBURI: ponte terá acalçada lateral voltada para o marampliada, suspensa, reforçada poruma mão francesa.

> DA AVENIDA SATURNINO DE BRITOaté a Praça dos Namorados: será ne-cessário reduzir a largura da pista edo canteiro central.

Ciclofaixa no Porto de VitóriaCriação de faixa sópara ciclistas no lugarde estacionamentono Centro dá maissegurança a quemanda de bicicleta

RODRIGO GAVINI

CICLISTA NO CENTRO: serão 650 metros de ciclofaixa do Porto de Vitória até o final dos galpões, com tachões para a marcação da área dos ciclistas

A segurança dos ciclistas éuma prioridade no planeja-mento das novas ciclofaixas

e ciclovias de Vitória. No Centro,uma obra importante foi iniciadano último dia 16. Serão 800 metrosde faixa exclusiva para bicicletasdo começo da calçada alta do Por-to de Vitória até o final dos gal-pões, onde serão desativados osestacionamentos e serão coloca-dos tachões para a marcação daárea dos ciclistas.

A diarista Aldina Tenório Salesmora em São Torquato, Vila Velha,e trabalha na Enseada do Suá, emescritórios comerciais. Para ela, aciclofaixa no Centro é motivo dec o m e m o ra ç ã o.

“É um local de muito movimen-to, principalmente por volta das 8horas, quando eu vou para o traba-lho. Agora vai ficar muito melhor evou passar por ali com muito me-nos medo de acontecer um aci-dente”, afirmou Aldina.

Para adequar a ciclofaixa, 120vagas de estacionamento dos ladosdireito e esquerdo da avenida EliasMiguel foram extintas, com exce-ção do estacionamento do lado es-querdo que fica entre a rua 23 deMaio e a avenida República.

Ao todo, serão aproximadamente800 metros de faixa exclusiva paraciclistas, a partir da avenida EliasMiguel e avenida Getúlio Vargas,percorrendo toda a extensão da cal-çada alta do Porto de Vitória.

A ciclofaixa terá 2,5 metros delargura, conforme determina oCódigo de Trânsito Brasileiro.

A obra faz parte da meta da ad-ministração municipal de am-pliar a oferta de ciclovias para 61q u i l ô m e t ro s.

SAIBA MAIS

Diferença entreciclovia e ciclofaixa> AS CICLOVIAS são vias exclusivas

para ciclistas, separadas fisicamen-te das vias de veículos por canteiros,calçadas, muretas ou meio-fio. Nasciclovias é proibida a circulação decarros, motos e também de pedes-tres, garantindo que o ciclista pedalecom tranquilidade e segurança.

> AS CICLOFAIXAS também são áreasonde os ciclistas devem circular, se-paradas por sinalização horizontal outachões. Geralmente, as ciclofaixassão pintadas nas ruas e avenidas e di-videm espaço com os carros, dandoexclusividade ao ciclista.

Da Praia do Canto até a orla de CamburiUm antigo desejo dos ciclistas

capixabas está virando realidade.A ligação através de ciclovia doPíer de Iemanjá, em Camburi, àPraça dos Namorados, na Praia doCanto é uma reivindicação dequem circula por um dos pontosmais bonitos da capital.

A obra, que deve ser concluídaaté o fim do ano, permitirá que osciclistas transitem do Hortomer-cado, na Enseada do Suá, até Jar-dim Camburi usando somente ci-clovias em um trajeto de 10 km.Hoje, nos horários de maior con-centração, até 200 ciclistas por ho-ra dividem as calçadas e a Ponte deCamburi com os pedestres.

O secretário municipal dosTransportes, José Eduardo de Oli-veira, explicou que a obra da Pontede Camburi será entregue até o fi-nal deste ano.

A obra envolve uma série de inter-venções, como a construção de ummuro de arrimo próximo ao canal,para aumentar a largura do calça-dão, e a ampliação da calçada daPonte de Camburi.

Ao final, o trajeto terá uma cal-çada com 1,30 metro de largura,uma ciclovia de 2,50 metros de lar-gura e um canteiro com 80 centí-metros de largura. O canteiro temcomo finalidade criar uma barrei-ra entre a ciclovia e as faixas de ro-

YURI BARICHIVICH/PMV

OBRAS DAC I C LOV I A quevai ligar a Praiado Canto à orlade Camburi.Inter vençãopermitirá queo ciclistatransite doHor tomercado,na Enseada doSuá, até JardimCamburiusandosomenteciclovias, emum trajeto de10 quilômetros

lamento de veículos, garantindo asegurança dos ciclistas.

Além disso, do lado da Praia doCanto, para manter as três faixasde rolamento de veículos existen-tes na avenida Saturnino de Britosem alterar a velocidade médiapermitida para o local, será neces-sário reduzir a largura da pista e docanteiro central.

“Essa ciclovia é fundamental emuito importante, porque vai fa-zer a ligação entre os dois trechosdas maiores ciclovias já existentesna cidade”, disse o prefeito de Vi-tória, Luciano Rezende.

Uma nova iluminação será ins-talada para atender a ciclovia.

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VITÓRIA, ES, DOMINGO, 26 DE OUTUBRO DE 2014 ATRIBUNA 9

Es p e c i a l

Movimento nas ruasde Jardim CamburiA bicicleta se tornoumeio de transportepara os moradores dobairro realizarem suasatividades, como levaros filhos para a escola

No bairro mais populoso deVitória, Jardim Camburi, onúmero de bicicletas não

para de aumentar. Os motivos pe-los quais as pessoas estão andandomais sobre duas rodas são muitos.Entre os principais estão saúde,economia e mais rapidez para che-gar ao destino.

Mas nessa nova proposta no bair-ro, é notório que são muitas duplascirculando. Mais especificamentepais e filhos. Na ciclovia da avenidaMunir Hilal é fácil perceber o gran-de número de bikes com cadeiri-nhas especiais para crianças.

Para a engenheira civil FernandaMateidi, o bairro é bastante tran-quilo e a ciclovia também, o que fa-vorece esses passeios em família.

FOTOS: ANA PAULA HERZOG

A ENGENHEIRA CIVIL Fernanda Mateidi com o filho Fernandinho, em ciclovia do bairro Jardim Camburi

74,87% das viagens sãointermunicipais

81,4% das viagens são paraVitória

59% das viagens têm origemnos demais municípios

OS NÚMEROS

Mudança de hábito nas famílias

RODRIGO GAVINI

BONS EXEMPLOS

Com o filho Fernandinho, ela pe-dala da avenida Munir Hilal até aAdalberto Simão Nader, passandopela ciclovia da orla de Camburi.

“Para mim esse é um bom trechoe dá para ele se divertir. Temos quelevar em consideração que a ma-mãe não é assim uma atleta”, brin-ca a engenheira, mas lembra queesse exercício já lhe faz muito bem.“O Fernandinho já tem a bicicletadele e está aprendendo a andar. Embreve cada um vai na sua.”

Fernanda comenta que da suacasa até a praia existem trajetosmais próximos, mas ela opta pelaciclovia da Munir Hilal porque sesente bem mais segura.

Outra mamãe que usa a MunirHilal para levar o filho Pedro paraa escola é a pedagoga Lúcia Fer-nandes Maciel. “Tudo começouporque eu estava um pouco acimado peso e achei que seria uma boaopção”, comenta Lúcia.

Pedro, que já tem oito anos, vaina sua própria bicicleta e, na volta,como a mãe está no trabalho quemo busca é Ledir, que trabalha na ca-sa de Lúcia.

“O resultado tem sido ótimo e jáestou deixando algumas roupaspara trás. Agora, como é horário deverão, vou aproveitar o final da tar-de para dar mais umas pedaladas”.

A pedagoga comenta que não é aúnica que decidiu andar de bikepelo bairro. No seu prédio o núme-ro de unidades no bicicletário qua-se dobrou e o síndico já anuncioumudanças na garagem, em funçãodesse aumento.

“Eu tenho vizinhas que vão à pa-daria, ao supermercado, até ao sa-lão de bike. Algumas nem estão in-do mais à academia, pois acharammelhor o exercício ao ar livre”, co-menta Lúcia.

Quem passa pelas ruas e avenidasde Vitória, e percebe muito maispessoas andando de bicicleta, tal-vez não imagine que muito mais

que uma opção de esporte e lazer,essas bikes circulando pelas ruasrepresentam profundas mudançasde comportamento.

E o caso do engenheiro LuizPaulo Barreto, que há um ano emeio vendeu o carro e comprouuma bike, hoje seu principal meiode locomoção para ir ao trabalho.

Sua mulher, Bruna, diz que estárevendo sua postura em relação aocarro, e até a filha, Luiza, já é in-centivada a gostar de pedalar.

A empolgação de Luiz Pauloacabou convencendo amigos daempresa a aderirem à ideia. “Sã omuitas as vantagens, como menosestresse por poder apreciar as pai-sagens, em vez de se preocuparcom o trânsito, mais saúde e dispo-sição física e muito mais”, garante.

O engenheiro também fala daimportância de tirar alguns carrosde circulação.

BRUNA ELUIZ PAULOB A R R E TOPASS E I A MCOM A FILHA,LUIZA , na orlade Camburi.Ele tambémutiliza abicicleta para irao trabalhodiariamente

I n c e n t i vopara o filho

O empresário Walison Penaaproveita a ciclofaixa de domingopara motivar o filho, Emanuel, a pe-dalar. “Ele está começando aaprender, por isso, eu estou sem bi-

cicleta para ensiná-lo, mas quandoele já estiver mais seguro veremos afamília toda pedalando”, comentouWa l i s o n .

Morador da Praia do Canto, oempresário acha que a orla é idealpara a prática de esportes e um lo-cal para ensinar as novas geraçõesformas de diversão sadia.

Rapidez parair ao trabalho

O gerente de concessões e tari-fa da Secretaria de Transportesde Vitória, Fernando Gomes Bar-bosa, aderiu à bicicleta para ir aotrabalho todos os dias.

Ele mora em Cobilândia, Vila Ve-lha, e trabalha em Bento Ferreira,Vitória. No trajeto diário passa pelaPonte Florentino Avidos e percorre80% do trecho em ciclovias e áreascompartilhadas com carros.

Fernando gasta cerca de 25 mi-nutos no percurso, que de carro le-varia mais de 40 minutos.

Nova geraçãoconsciente

Nas ciclovias e calçadões sãomuitos os pequenos que aprendemque a bicicleta é uma forma detransporte e lazer. Lucas Correa, 4anos, comemora estar andandosem as rodinhas e mostra a vonta-

de de pedalar por muitos lugares.O avô, o portuário Carlos Cor-

rea, também gosta de andar debike e incentiva o neto a praticaro esporte. “Quem sabe assim,com a conscientização dascrianças, no futuro tenhamostransportes limpos, não poluen-tes, e um trânsito menos caóti-c o”, deseja Carlos.

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10 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, DOMINGO, 26 DE OUTUBRO DE 2014

Es p e c i a l

Integração com ônibus do TranscolO Bike GV ajudaciclistas a fazer otransporte de bicicletasentre Vitória e VilaVelha, passandopela Terceira Ponte

Um importante recurso estáampliando fronteiras paraquem quer mudar de vida e

circular de bicicleta. É o Bike GV,ônibus do Sistema Transcol quetransporta os ciclistas e suas bici-cletas nos trajetos entre Vitória eVila Velha.

O sistema está funcionando des-de novembro de 2013 e os usuárioscomemoram o fato de poderemsuperar a única barreira que sepa-rava os dois municípios – a Tercei-ra Ponte.

Agora quem trabalha em Vitóriae mora em Vila Velha, e vice-versa,faz o percurso em pouco tempo ecom total segurança. É o caso dobancário Bruno Cavalcanti, queapostou na qualidade de vida esaiu ganhando.

“Antes do Bike GV eu tinha umavida sedentária. Agora, eu me sintomuito melhor, com mais disposi-ção, saúde e energia para tudo”,comenta o bancário, que pedala deCoqueiral de Itaparica, onde mo-ra, até a alça da Terceira Ponte, eda Praça da Ciência até Jardim daPenha, trajeto que seria impossívelsem o Bike GV.

Outra vantagem apontada porBruno é a amizade que surge entreos ciclistas que compartilham nãoapenas os espaços do ônibus adap-

FOTOS: ANA PAULA HERZOG

BIKE GV

Ônibus para bicicletasPassagem custa R$ 1,25> O SERVIÇO f unc ion a todos os dias,

entre as 6 horas e 20h30, com saí-das da Praça da Ciência, em Vitória, eda avenida Carioca, ao lado do Ter-minal de Vila Velha.

> O BIKE GV começou a operar em no-vembro de 2103, realizando o trans-porte de ciclistas e suas bicicletas notrajeto entre Vitória e Vila Velha, cru-zando a Terceira Ponte.

> A TARIFA é equivalente a 50% do va-lor da tarifa do Transcol: R$ 1,25.

> NO PRIMEIRO mês de atuação, a mé-dia diária foi de 86 passageiros nosdias de semana e aproximadamente200 aos sábados e domingos.

> O BIKE GV registrou o transporte de2.674 ciclistas entre os dois municí-pios no primeiro mês de operação,com 23 viagens por dia e capacidadepara 17 veículos de cada vez.

Ajuda no preparo físico para pedalarDiante de tantos relatos bem-su-

cedidos de quem subiu na bicicletae mudou de vida, muita gente deveestar querendo também começar.

As vantagens são muitas e umaboa dica para quem quer dar asprimeiras pedaladas é passar nosmódulos do Serviço de Orientaçãoao Exercício (SOE), da SecretariaMunicipal de Saúde.

Os professores de Educação Fí-sica que trabalham nos módulosauxiliam com informações parainiciar as atividades sem ter pro-blemas físicos.

A professora de Educação FísicaLara Vasconcelos, que trabalha nomódulo do SOE na Praça dos De-LARA VASCONCELOS disse que o ciclismo ajuda a prevenir doenças

sejos, disse que é preciso verificarse a pessoa é sedentária, há quantotempo estava sem praticar exercí-cios e, assim, calcular o tempo e opercurso a pedalar.

“Ao final do exercício é indicadoque a pessoa retorne ao módulopara verificar o pulso e ver a fre-quência cardíaca, que é o que vainos mostrar se o ritmo que ela em-pregou foi adequado. Isso é impor-tante para definir a melhor formade aproveitar todos os benefíciosda atividade”, explicou Lara.

Para Lara, auxiliar os novos pra-ticantes é um prazer, já que elamesma, há anos tem a bicicleta co-mo sua forma de transporte e con-

tabiliza os bons resultados.O ciclismo é uma atividade aeró-

bica que trabalha bastante a ativi-dade cardiovascular, o que auxiliana prevenção de doenças, comodiabetes, hipertensão e outras. “Ogasto calórico também é muitobom e ajuda no processo de perdade peso”, ressaltou.

A professora de Educação Físicaainda garante que, seguindo ascondutas adequadas, como a utili-zação de equipamentos de segu-rança, o ciclismo não tem restri-ções, nem mesmo de idade, e cadavez mais pessoas na terceira idadepraticam as pedaladas em buscade boa forma.

tados, mas ideais e vontade de mu-dar realidades.

A integração entre municípios daRegião Metropolitana através daspedaladas também favorece quemquer lazer sobre duas rodas. O ca-sal Israel Costa e Betânia de LaiaCosta gosta de pedalar para relaxare curtir belas paisagens do litoral.

“Vitória tem um litoral lindo e,com as melhorias nas ciclovias, aregião virou uma ótima opção parapedalar ”, comenta o engenheiro.

O casal mora na Serra, mas apro-veitou o ônibus para dar um pas-seio por Vila Velha. Betânia, que éadministradora de empresas,achou válida a integração e a faci-lidade de locomoção.

A estudante de Moda RenataCarvalho de Alencar mora em VilaVelha e os pais em Vitória e agorautiliza a bike quando vai visitá-los.

“À noite, aproveito para dormirna casa deles, que é na Praia doSuá. Pela manhã, antes de voltarpara Vila Velha, aproveito para daruma pedalada pela orla de Cam-buri”, comenta Renata.

A estudante lembra que quandoia de carro visitar os pais era tudomais difícil, porque tinha poucoe st a c i o n a m e n t o.

“Agora só falta convencer meumarido a ir comigo porque esseexercício faz muito bem”, disse.

Qualidadede vida

O bancárioBruno Caval-canti apostouna qualidadede vida e saiuga n h a n d o .

“Antes do Bi-ke GV eu tinhauma vida se-dentária, agorame sinto muitomelhor, commais disposi-ção, saúde eenergia paratudo. É umamudança dehábito que temmuitas vanta-gens.”

Além disso, obancário co-memora asmuitas amiza-des consolida-das nos per-cursos.

BOM EXEMPLO

MORADORES DA SERRA,o casal Israel Costa eBetânia de Laia Costapedalam até Vitória eusam o ônibus para ir aVila Velha curtir o litoralpedalando

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VITÓRIA, ES, DOMINGO, 26 DE OUTUBRO DE 2014 ATRIBUNA 11

Es p e c i a l

Bike para irao trabalhosem estresseSão muitos osexemplos de pessoasque trocaram o carropela bicicleta e sedizem satisfeitas comos resultados obtidos

KADIDJA FERNANDES - 08/08/2014

C U I DA D O S

Dicas para evitar acidentes

Tendência é compartilhar as magrelas

INOVA COMUNICAÇÃO

MILE4

Pegar o carro, sair da garageme enfrentar o trânsito todosos dias é uma rotina que não

faz mais parte da vida do gerentegeral de Vendas e de Negócios daconstrutora Mazzini, HermanSchneider, que há dois anos e meiofaz o trajeto de casa para o traba-lho sobre duas rodas.

A bicicleta surgiu na vida doexecutivo como esporte em subs-tituição à corrida, depois de umacirurgia no pé. Daí para virar umaforma de transporte foram algunspassos, ou melhor, pedaladas.

Morador da Praia do Canto,Herman percorre cerca de três

quilômetros até a Mazzini, que fi-ca na Enseada do Suá. Mas o traje-tos de ida e volta também é feito nohorário de almoço.

Na empresa, o diretor de Negó-cios, Luiz Cláudio Mazzini, e o ge-rente da área de Planejamento eOperação, Leonardo Zon, são par-ceiros também quando o assunto ébike. Os três não só vão para o tra-balho de bicicleta, como tambémvão juntos a compromissos diver-sos, como reuniões em outras em-presas ou para visitar obras.

Como sempre praticou esportes,a opção pela magrela não mudoumuito a vida de Herman em ter-mos de saúde ou preparo físico. “Ogrande diferencial foi a qualidadede vida. Quando eu saio do traba-lho pedalando e vejo as pessoasparadas nos carros eu tenho a im-pressão de que elas pensam quegostariam de estar fazendo o mes-mo que eu”, comenta.

Outro bom exemplo que vem dosetor da construção capixaba é o

diretor presidente da M SantosConstrutora e Incorporadora,João Luiz Moura Santos, que mu-dou de Jardim Camburi para a En-seada do Suá para poder ir, todosos dias, de bicicleta para a empre-sa, que fica na Praia do Suá.

Hoje, João é um incentivadordos familiares e amigos que pen-sam em aderir a essa modalidadede transporte. Inclusive na empre-sa, João está providenciando vagaspara bikes e vestiário com chuvei-ro para funcionários que morammais longe, ou saem e vão diretopara a faculdade.

“A cidade avançou muito em ter-mos de ciclovias, principalmentecom a obra de construção do tre-cho na Ponte de Camburi, que eraum local crítico e vai melhorarmuito”, comenta o empresário.

Para João, hoje também há maisconsciência dos motoristas, dospedestres e dos próprios ciclistasem relação às regras de trânsito, oque facilita a convivência.

Nascido na década de 1960, emAmsterdã, o Bike Sharing só ga-nhou força na virada do século e,atualmente, já faz parte do sistema

de mobilidade europeu.No Brasil, as grandes capitais

têm investido nessa solução, poisela diminui o fluxo de automóveis

e contribui com a redução doscongestionamentos e da poluição.

O nome em inglês significa “bi -cicleta compartilhada”. Os condo-

mínios residenciais que dispõemdo recurso possuem bicicletaspróprias disponíveis aos morado-res, que podem usá-las sempreque quiserem.

O serviço se tornou tendência,pois incentiva o uso das bicicletas,o que ajuda a diminuir o fluxo deautomóveis nos bairros.

CONDOMÍNIOSEm Vitória, há opções de condo-

mínios com o recurso em bairroscomo Jardim Camburi, Praia doCanto e Jardim da Penha.

Um deles é o Facilità Camburi,lançado este mês pela construto-ra Lorenge. Com o Bike Sharing,os moradores poderão desfrutardas vantagens de estarem pertoda praia, shoppings, faculdades,entre outras opções de lazer e es-trutura de Jardim Camburi.

“Esse serviço virou tendência,pois, além de ser uma boa opçãopara facilitar a mobilidade, esta-

mos em fase de transição, na qualas pessoas se preocupam cada vezmais com recursos que trazemmais qualidade de vida para o seudia a dia através da sustentabilida-de”, afirma o presidente da Loren-ge, José Elcio Lorenzon.

O executivo ainda destacou queVitória tem potencial para aderir àtendência europeia.

“Inserir o serviço nos condomí-nios é uma vantagem não só paraos moradores, mas para toda a so-ciedade, que sofre menos com osimpactos”, disse Lorenzon.

A Pacífico Construções lançourecentemente o Up Jardim Studio,que também oferece Bike Sharingpara os condôminos.

Num dos bairros mais badaladosdo Estado, a Praia do Canto, umempreendimento de alto luxo, ocondomínio Riserva, da constru-tora San Juan, vai disponibilizarbicicletas que serão compartilha-das pelos seus moradores.

> P E DA L E no mesmo sentido que oscarros. Só pedale na contramão se asinalização assim obrigar.

> ANDE onde o motorista possa vê-lo.> ENTRE COM CUIDADO nos cruza-

mentos, esquinas ou saídas de esta-cionamentos.

> OLHE PARA TRÁS somente o temponecessário para perceber o trânsitono caso de necessidade de mudançade direção ou faixa. Preocupe-se

com o que vem pela frente.> AO PEDALAR, não fale ao celular.> PEDALE DE FORMA que seu compor-

tamento transmita segurança aosoutros.

> EM DESCIDAS, evite correr demais.> NÃO FORCE uma situação contra um

carro, moto ou ônibus.> NÃO use fone de ouvido.> SINALIZEsempre quando for trocar de

via para evitar dúvidas dos motoristas

CONDOMÍNIO RISERVA, na Praia do Canto, terá bike sharing disponibilizando bicicletas para os mora d o re s

HERMAN, LUIZ CLAUDIO E LEONARDO trabalham na mesma empresa e elegeram a bicicleta como veículo

M U DA N ÇA

C i c l ov i a s“A cidade avançou

muito em termos deciclovias, principal-mente com a constru-ção da ciclovia naPonte de Camburi, queera um local crítico evai melhorar muito”,comenta o empresárioJoão Luiz Moura San-tos, que mudou deJardim Camburi paraa Enseada do Suá pa-ra poder ir de bike pa-ra a empresa.

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12 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, DOMINGO, 26 DE OUTUBRO DE 2014

Es p e c i a l

Em trilhas do Parqueda Fonte Grande épossível apreciar asbelezas de Vitória epraticar esportesobre duas rodas

O Parque Natural da FonteGrande ganha um novoatrativo: um circuito para

ciclistas. O secretário municipal deMeio Ambiente, Cleber Guerra,lembra que até a consolidação docircuito, foram realizadas váriasreuniões e discussões com os prin-cipais grupos de cicloativistas,com técnicos ambientalistas e como Conselho Gestor do Parque, bus-cando estabelecer um consenso.

O objetivo era buscar alternati-vas para atender à demanda re-primida dos ciclistas, respeitandoa legislação ambiental e aprovei-tando as trilhas já consolidadas eas estradas existentes para esta

prática esportiva. "O circuito foiminuciosamente analisado. O re-latório final recebeu um parecertécnico favorável e, ao final, foiaprovado pelo Conselho Gestorda Unidade de Conservação",conta o secretário.

Foram estabelecidas algumascondicionantes para a aprovaçãodo circuito. Entre elas, está a neces-sidade da assinatura de um Termode Compromisso Ambiental(TCA), para eventos com potencialde impacto ambiental, como os queenvolvem maior número de parti-cipantes, entre a Secretaria Muni-cipal de Meio Ambiente (Sem-mam) e os organizadores. Além

“Quando é possívelpraticar o esporte

próximo à natureza é umganho significativo emqualidade de vida”Igor Pereira, atleta de mountain bike

YURI BARICHIVICH/PMV

VISTA DO PARQUE DA FONTE GRANDE: circuito foi elaborado para não causar impacto na unidade de conservação

disso, os eventos deverão ser pro-gramados com antecedência, ex-plicou o secretário.

Cleber Guerra ressaltou, por úl-timo, que está em curso a elabora-ção do Regimento Interno do par-que, envolvendo os representantesdos vários grupos de interesse dosciclistas, com vistas a normatizar ouso. O secretário destacou que aimplantação definitiva do circuitodeverá ser realizada até o final

deste ano.

MOUNTAIN BIKEO empresário Igor Sales Pereira

é atleta de mountain bike e consi-dera a Fonte Grande um dos me-lhores locais da cidade para prati-car o esporte. Segundo o esportis-ta, só subir o acesso ao parque já éum bom preparo.

Igor, que participa de competi-ções e dedica boa parte do seu tem-

po ao ciclismo, incentiva a todos aescolherem uma modalidade doesporte, que podem ser as mais ra-dicais ou apenas umas pedaladaspara ganhar qualidade de vida.

“Fazer ciclismo já faz muitobem para a saúde, para o preparofísico, mas quando é possível pra-ticar o esporte próximo à nature-za é um ganho significativo emqualidade de vida”, comentou oempresário e atleta.

Parque ganhacircuito parac i c l i s ta s