era uma vez o avo mario 8 dez 2012

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8 de Dezembro 1922 a 2012

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8 de Dezembro 1922 a 2012

8 de Dezembro 1922 a 2012

Título: “Era uma vez o Avô Mário” Coordenação: Filipa, David e Milé Capa: Zé & David Textos: Neni, Cilinha e Milé Revisão: Diana Imagens: Mafalda, Mariana, David, Filipa e Milé Testemunhos: Tio Nando, Tio Jó, Carlos, Zé, Pedro, Neni, Cilinha, Milé, Nuno, Filipa, Filipe, David, Anita, Mafalda, Mariana, Diana e Margarida Edição e paginação: Filipe, Filipa e David Tiragem: 5 exemplares Data: 8 de Dezembro de 2012 Versão: 1.1

“Não há maior felicidade do que ver os outros felizes!” Azevedo, M.

Mário da Conceição Azevedo

8 de Dezembro 1922 a 2012

1922 “O Nascimento”

Vários acontecimentos históricos decorreram em 1922. Destaque para a data de 30 Março, em que Gago Coutinho e Sacadura Cabral completaram a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, ligando Lisboa a Rio de Janeiro.

O baptismo

Em Fevereiro, o Egipto tornou-se independente após declaração unilateral do Reino Unido. No mesmo país foi descoberto em Novembro o túmulo de Tutankhamon, no Vale dos Reis, escondido há 3 mil anos. Na Turquia, a abolição do sultanato em Novembro desse ano deu origem ao fim do Império Otomano ao fim de 623 anos. Em Dezembro deu-se a formação da URSS, liderada por Lenine após a vitória do partido comunista na revolução Bolchevique. Em Portugal, presidia António José de Almeida à «Nova República Velha», único presidente a cumprir integralmente o mandato, em 16 anos de 46 governos. Nasceu José Saramago, prémio Nobel da Literatura (1998), Yitzhak Rabin, prémio Nobel da Paz (1994) e Mário Azevedo prémio Nobel da Família (2012).

1925 “Conheceu a Avó Mica”

A mãe Hersilia foi colocada como chefe da estação dos Correios na Vila da Feira, pelo que a família se mudou para essa terra, ficando alojada na residência dos CTT, de dois pisos, de cujo terraço do 1º andar, a criança de 3 anos gostava de “regar” os transeuntes. Ainda hoje existe na Feira o prédio, junto `a Igreja Matriz com vista para o jardim de acesso ao Castelo. Uma das funcionárias dos Correios era a Tia Alzira, com quem a mãe estabeleceu uma relação de grande amizade. Através da Tia Alzira veio a conhecer a Micá e irmãos, muito longe de imaginar que um dia viria a integrar aquela família através do seu casamento.

Mário da Conceição Azevedo

8 de Dezembro 1922 a 2012

1926 “A infância no Porto”

A 1ª recordação: tinha 4 anos e veio a Lisboa. Lembra-se de descer do eléctrico no Terreiro do Paço e das pedras desalinhadas da calçada. As línguas de gato: em criança havia em sua casa de que gostava muito, no entanto durante a sua juventude e idade adulta nunca mais se lembrou desses biscoitos tendo esquecido os biscoitos. Já passados os oitenta anos voltou a reencontrá-los e a degustá-los, molhando-os no café (para delícia do avô e dos netos que quando vão aos Olivais atacam o recipiente de vidro das línguas de gato).

Traquinices de infância: andar nos telhados, passar a pé a ponte ferroviária de São Luís. Felizmente imprudências que nunca tiveram consequências nefastas. A poupar é que está o ganho: Enquanto criança a mãe dava-lhe algum dinheiro para o lanche e despesas com transportes. No entanto, poupava o máximo desse dinheiro que juntava para poder comprar livros. Paixão pelos livros que mantem até aos dias de hoje!

1938 “os CTT”

Com apenas 16 anos de idade, ingressou nos CTT, no Porto, com a categoria de “operador de reserva” e a partir daí nunca mais deixou de acumular funções…. Mais tarde, já em Lisboa, continuava a trabalhar nos CTT nos turnos da manhã e da noite, em simultâneo com a frequência do seu curso superior.

Mário da Conceição Azevedo

8 de Dezembro 1922 a 2012

1940 “Estudou no Porto”

Fez exame de admissão ao ICL e ao ISCEF e tendo entrando nas duas, optou pela segunda. Em Direito Internacional Privado, obteve a classificação de 19 valores e na cadeira de Direito Internacional Público, regida pelo Professor Visconde de Tinalhas, recebeu a classificação máxima de 20 valores, sendo incentivado pelo Professor a prosseguir os estudos, para obtenção do grau de doutoramento. Tinha, de facto, um grande interesse pelas matérias jurídicas e só não enveredou pela carreira diplomática por não dispor de fortuna pessoal para o efeito.

1942 “A tropa”

Pertenceu ao regimento de Cavalaria. Foi-lhe afecta uma garbosa égua, a Chiada, que deixou ao avô gratas recordações, como os passeios por Monsanto. Certo dia, tendo-se dirigido à Vila da Feira para se encontrar com a Maria do Carmo, cruzou-se com um colega da tropa que passeava a cavalo. Foi então que surgiu a ideia de pedir emprestado o animal (atenção que estamos a falar do equino e não do colega), com o intuito de convidar a namorada a monta-lo. Ela numa atitude corajosa aceitou o repto e agilmente subiu para o cavalo, seguindo atentamente as orientações do avô para segurar as rédeas. No entanto, a delicada pele das mãos feriu-se por ausência de luvas, o que motivou a recusa da continuação da experiência equestre, gorando-se assim os planos do Avô para um passeio romântico.

Mário da Conceição Azevedo

8 de Dezembro 1922 a 2012

1944 “O início do namoro”

Deu aulas na Escola Técnica de Aveiro antes de terminar o curso e onde alugou uma casa e utilizava a bicicleta como meio de deslocação para ir leccionar Matemática, num colégio em Vagos. Ia sempre vestido a rigor, usando uma cartola. Havia uma subida acentuada nessa estrada nacional de que ainda hoje se recorda, pelo cansaço. Apesar de lhe ter facultado a bicicleta, o colégio ficou a dever-lhe os últimos meses (ainda não dispunha de recursos financeiros suficientes para comprar automóvel) . Durante esse período, aos fins-de-semana e nas horas vagas, os seus passeios de bicicleta dirigiam-se frequentemente à Vila da Feira e prolongavam-se até à ria de Aveiro, com a companhia de Micá (está assim explicado o gosto que os descendentes têm pela bicicleta).

1945 “ISCEF” Logo após a conclusão da licenciatura, foi convidado pelo director do então ISCEF (Professor Doutor Gonçalves Pereira) para dirigir a Biblioteca daquele escola universitária. Uma das primeiras medidas que tomou foi criar um boletim mensal para divulgação dos novos livros, adquiridos ou recebidos no mês. Foi também convidado para professor auxiliar e efectuar o doutoramento, tendo recusado devido à sua modéstia. Uma das curiosidades que nos costuma contar é relativa à “grossura “dos livros do então professor e reitor interino da UTL, Doutor Moisés Amzalak.

Mário da Conceição Azevedo

8 de Dezembro 1922 a 2012

1946 “Ciências de Educação”

Tirou o Curso de Ciências de Educação na Universidade de Coimbra com a classificação de 14,8 valores. Conheceu o poeta Sebastião da Gama no eléctrico, de forma muito curiosa: Este interpelou-o no meio do eléctrico a perguntar-lhe como tinha corrido o exame... o avô um pouco contrariado lá lhe respondeu que tinha corrido razoavelmente. Sebastião da Gama tinha tanto de rude nas suas feições, para além do mais tinha marcas de bexigas, como era delicado e de fino trato a sua escrita.

Deu aulas nos Açores - Para se efectivar, poderia escolher uma escola num dos arquipélagos - da Madeira ou dos Açores. Optou pela escola que se situava nesta última região, por lhe proporcionar uma deslocação mais longínqua....

1952 “O Casamento”

Chegou atrasado à Vila da Feira por causa do mau tempo na viagem marítima para o Continente. Como nesse tempo as comunicações eram difíceis e limitadas, chegada a hora e dada a ausência do noivo, o casamento teve de ser adiado uns dias...

O que terá sucedido à comida confeccionada em casa para a boda??? O que terá sentido a noiva “abandonada”??? E os perplexos convidados a quem não foi possível avisar do adiamento do casamento??? Eis um “guião” perfeito para um filme!!! Quem conhece um realizador a quem se proponha esta história verídica????!!!!!

Mário da Conceição Azevedo

8 de Dezembro 1922 a 2012

1952 “A lua de Mel”

Após o casamento, viajaram de comboio para Lisboa, iniciando a lua-de-mel numa pensão nos Restauradores. Apanharam o navio “S. Miguel” para regressar aos Açores, tendo sido convidados a tomar as refeições na mesa do comandante - privilégio a que apenas passageiros ilustres poderiam aspirar receber. Nesse trajecto passaram pelo Funchal, a capital da Pérola do Oceano. Na aproximação à Ilha, a mesma apresentava-se como um enorme e belo cesto florido a flutuar no oceano, tão bonita que era vista do navio! Já as ilhas Açorianas, quando avistadas do navio, surgiam agrestes e escuras devido à sua natureza vulcânica, embora essa imagem se transformasse em beleza a partir do momento do desembarque, com a revelação das inúmeras lagoas, prados verdejantes e hortências.

1953 “Neni – 1ª filha”

O casal vivia numa zona central de Ponta Delgada, na Rua Coronel Chaves, nº 41. Após o nascimento, o pai babado pegou na filha e levou-a até à janela do quarto de onde se avistava a Serra da Água do Pau. Sendo uma Região altamente sísmica, sucediam-se frequentes tremores de terra. Quando aconteciam durante a noite, o que paralisava a Mãe Micá na cama, o Pai reagia prontamente, agarrando a alcofa com o bebé e levando-o rapidamente para rua, devido ao risco de desmoronamento. O baptizado foi na Igreja de São Pedro. Por motivos de saúde, o Bebé com 6 meses de idade veio para o Continente, acompanhado pela criada Isabel. Em Lisboa, esperavam-na no cais a Avó Hersília e o Tio Nando, tendo seguido posteriormente para casa dos Avós maternos.

Mário da Conceição Azevedo

8 de Dezembro 1922 a 2012

1955 “Cilinha – 2ª filha”

Gostava de andar com os sapatos de salto da mãe. Um dia fugiu de casa e foi encontrada já longe, com pouca roupa, mas orgulhosa dos seus saltos altos e carteira (isto com 2 a 3 anos de idade)!

1956 “Majó – 3º filho”

O orgulhoso pai festejou o nascimento do filho varão com uma cerveja de sabor inesquecível, num final de dia muito quente. Majó, sempre que conseguia fugir, escondia-se no galinheiro. Dizia que “quando fosse grande, queria ser galo para picar nas galinhas”.

Mário da Conceição Azevedo

8 de Dezembro 1922 a 2012

1959 “Colocado em Lisboa”

Foi professor na escola Ferreira Borges durante de um período superior a 15 anos. A escola situava-se no Alto de Santo Amaro e tinha uma Secção (desdobramento) na Junqueira, de que o Avô era o responsável máximo, por ter o cargo de subdirector da escola, enquanto que a sede estava a cargo do director, Dr. Fernando Costa.

ESCOLA CENTENÁRIA DESAPARECE A Escola Secundária/3 Ferreira Borges, no Alto de Santo Amaro, em Lisboa, vai receber, no próximo ano lectivo, todos os alunos, professores e funcionários da Escola Secundária/3 Rainha D. Amélia, na Junqueira. Mas não só. Recebe também o nome desta escola, apagando assim uma identidade de 107 anos. •30 Junho 2002

1961 “Aula de comércio ”

Escreveu uma brochura sobre a aula de comércio: AZEVEDO, Mário C. (1961) - A Aula do Comércio, Primeiro Estabelecimento de Ensino Técnico Profissional Oficialmente criado no Mundo, Lisboa: Edição da Escola Comercial Ferreira Borges. Testemunho da Milé: “Através de diversas pesquisas inclusive na torre do Tombo, o papá foi um dos primeiros a sugerir que foi em Portugal que nasceu o Primeiro Estabelecimento de Ensino Técnico Profissional oficialmente criado no Mundo”.

O ensino da contabilidade, em termos de ensino técnico profissional público, terá surgido, de acordo com o nosso autor, com a criação da Aula de Comércio e seus estatutos, em 1755. Recentemente a sua obra tem sido referenciada por vários autores em diversos artigos científicos e faz parte acervo na Biblioteca Nacional.»

Mário da Conceição Azevedo

8 de Dezembro 1922 a 2012

1962 “Casa dos Olivais”

Quando foi colocado em Lisboa, a família foi morar inicialmente para um 2º andar alugado em Campo de Ourique, na Rua Sampaio Bruno. Posteriormente, a família foi habitar uma vivenda adquirida nos Olivais. Aquando da mudança, os Olivais estavam muito afastados do centro da cidade e tal como o próprio nome indica, era uma zona com muitas oliveiras, cardos e poços, o que permitia aos filhos, crianças entre 5 os e 7 anos, brincar ao ar livre do campo, adquirindo belas e saudáveis cores rosadas, bem diferentes do aspecto característico das outras crianças citadinas. Só muito mais tarde é que vieram a ser construídos os múltiplos prédios que compõem actualmente os Olivais.

1964 “Milé – 4ª filha”

A “benjamim” nasceu prematura, com 8 meses de gestação, na Clínica de São Gabriel, em Lisboa, sendo a primeira dos irmãos a nascer fora de casa. Tinha, então, um tom de pele avermelhado, o cabelo escuro e muito espetado, indomável, a não ser por escassos momentos após o banho. Ao fim de 1 mês ficou carequinha e o cabelo, quando voltou a nascer, era fininho e tão louro que parecia branco. Devido à sua intolerância ao leite, bebia biberons com café de soja. Quando a refeição era tomada em público, frequentemente provocava a indignação noutras senhoras ao verem um bebé a ingerir, aparentemente, café.

Mário da Conceição Azevedo

8 de Dezembro 1922 a 2012

1967 “Casa de Santo António”

A entrada para a compra deste andar foi efectuada com o dinheiro que o Avô recebeu após o falecimento da sua mãe. Dada a sua localização junto à praia, tornou-se a casa de férias da família.

46º Exercício - 1972

Presidente da Assembleia

Geral

Alberto Machado

Conselho de Administração

Caetano Léglise da Cruz Vidal

Vítor Dias Francisco dos Reis

António Joaquim Soares

Eduardo de Almeida Catroga

Francisco Maria Gonçalves

José do Souto Teixeira

Mário da Conceição Azevedo

Rui dos Santos Grácio

Conselho Fiscal

José Pereira da Silva Brandão Alberto Borges dos Santos

Nuno Tavares

1970 “Caixa de Previdência”

Entre 1970 e 1974, o avô Mário integrou o Conselho de Administração da Caixa de Previdência em conjunto com as seguintes personalidades: Caetano Léglise da Cruz Vidal, Eduardo de Almeida Catroga (futuro ministro das Finanças), Alberto Marta Louro, etc.

45º Exercício - 971

Presidente da Assembleia Geral

Dr. Alberto Machado

Conselho de Administração

Caetano Léglise da Cruz Vidal

António Joaquim Soares

António Lourenço Tavares Taborda

Eduardo de Almeida Catroga

Francisco Maria Gonçalves

José do Souto Teixeira

Mário da Conceição Azevedo

Vítor Marques dos Santos

Conselho Fiscal

Teófilo Alves Pereira José Pereira da Silva Brandão

Nuno Tavares

48º Exercício - 1974

Presidente da Assembleia Geral

José Maria Myre Dores

Conselho de Administração

Caetano Léglise da Cruz Vidal

Vítor Dias Francisco dos Reis

Alfredo Pereira de Carvalho

Eduardo de Almeida Catroga

Francisco Maria Gonçalves

José do Souto Teixeira

Mário da Conceição Azevedo

Rui dos Santos Grácio

Conselho Fiscal

José Pereira da Silva Brandão Alberto Borges dos Santos

Nuno Tavares

44º Exercício - 1970

Presidente da Assembleia Geral

Carlos Proença

Conselho de Administração

Caetano Léglise da Cruz Vidal

António Joaquim Soares

António Lourenço Tavares Taborda

Eduardo de Almeida Catroga

Francisco Maria Gonçalves

José de Souto Teixeira

Mário da Conceição Azevedo

Vítor Marques dos Santos

Conselho Fiscal

Teófilo Alves Pereira José Pereira da Silva Brandão

Alberto Marta Louro 47º Exercício - 1973

Presidente da Assembleia Geral

Alberto Machado

Conselho de Administração

Caetano Léglise da Cruz Vidal

Vítor Dias Francisco dos Reis

Alfredo Pereira de Carvalho

Eduardo de Almeida Catroga

Francisco Maria Gonçalves

José do Souto Teixeira

Mário da Conceição Azevedo

Rui dos Santos Grácio

Conselho Fiscal

José Pereira da Silva Brandão Alberto Borges dos Santos

Nuno Tavares

Mário da Conceição Azevedo

8 de Dezembro 1922 a 2012

“Escola Veiga Beirão” Na sequência do período revolucionário associado ao 25 de Abril, o Avô teve de deixar a Escola Ferreira Borges, tendo sido colocado na Escola Veiga Beirão.

1974

1975 “Nuno – 1º neto”

O casal Manuela e Mário Jorge vivia em Oeiras. Após o nascimento do 1º filho, e de forma a mãe poder conciliar a maternidade e os seus estudos no Instituto Superior Técnico, o Nuno ficava entregue aos cuidados dos avós maternos, que viviam perto do Instituto, possibilitando a amamentação durante os intervalos das aulas.

Nuno sempre teve gosto por gelados “quentinhos” e tinha medo de borboletas. Era de tal forma sociável que certo dia desapareceu da casa da Costa para ser encontrado em amena cavaqueira com avantajados folgazões que comemoravam os dias quentes e solarengos, entre «comes e bebes», nas garagens vizinhas.

Mário da Conceição Azevedo

8 de Dezembro 1922 a 2012

1977 “Filipa – 2ª neta”

Em Agosto os pais estavam na casa de Santo António da Caparica. Quando se iniciou o trabalho de parto, foi o Zé Avelar quem levou a mãe da Filipa para a Clínica em Lisboa (Associação de Socorros dos Empregados no Comércio de Lisboa - a mesma onde já nascera o 1º filho).

Após o divórcio dos seus pais, a Filipa foi viver com os Avós paternos e tia Milé, na casa dos Olivais. A sua vivacidade enchia a casa de alegria , por vezes excessiva, levando aos castigos na cadeira do hall de entrada. O avô orgulhava-se dos caracóis louros da neta, recordando a infância dos seus filhos já crescidos.

1980 “Filipe – 3º neto”

Os pais anunciaram a gravidez aos Avós com uma adivinha: “tinham uma coisa nova, muito, mas muito pequenina, do tamanho de uma noz, adivinhem…» Fácil - um bebé - e vinha a caminho!

Mário da Conceição Azevedo

8 de Dezembro 1922 a 2012

1982 “David – 4º neto”

Nasceu numa sexta-feira Santa. Foi sempre uma criança muito sôfrega pela comida, chorando quando ouvia a colher a rapar o fundo do prato da sopa. Deu os primeiros passos para alcançar uma bola. A infância (até aos 7 anos) foi passada na casa de Santo António da Caparica.

1984 “Mafalda – 5ª neta”

Antes de seguir para a maternidade do hospital particular, foi entregue aos avós, o Filipe, com 3 anos. Foi assim que a Mafalda conheceu o irmão, na companhia dos avós maternos. Foi até agora a única neta a seguir Música, para grande satisfação do avô. Parte das férias foram passados na casa de Stº António, com o irmão, bem nutridos pelos cozinhados da avó Micá e vigiados pela tia Milé. Já os carnavais e páscoa eram passados com os avós na casa dos Olivais.

Mário da Conceição Azevedo

8 de Dezembro 1922 a 2012

1984 “Mariana – 6ª neta”

Nasceu numa sexta-feira 13 de um ano bissexto. Foi aos 5 dias que recebeu a primeira visita do Avô já em casa, em Santo António da Caparica. O Avô espreitou a filha e a neta através da janela do quarto, deparando-se com o acto de amamentação, estando a mãe sentada na cama e a ser aquecida por um raio de sol - um raio de sol no mês de Janeiro!

1986 “Casa de Espinho”

A casa de Espinho foi uma herança da Tia Zé deixada à Avó Micá. Para completar o último ciclo do liceu, a Avó Micá viveu em Espinho, em casa dos Tios, Maria José (Tia Zé) e Tio Elias. Desse convívio cimentaram-se laços de grande amizade e daí mais tarde a doação da casa, aquando do falecimento da Tia Zé. O Tio Elias morrera bastantes anos antes, e dele o Avô recebeu algumas colecções de livros da respectiva mini-biblioteca que tanto apreciava - e que hoje se encontram no escritório da casa dos Olivais, fazendo parte da biblioteca carinhosamente constituída pelo Avô ao longo da sua vida.

Mário da Conceição Azevedo

8 de Dezembro 1922 a 2012

1992 “Aposentação”

Na qualidade de Inspector do Ensino Universitário, efectuou trabalhos em diversas Universidades do Continente e das regiões Autónomas e foi no exercício dessas funções que passou à situação de aposentado.

Regressou ao seu gabinete de trabalho no dia 7 de Dezembro vindo de uma inspecção à Universidade da Madeira , tendo sido este o último trabalho antes da reforma.

Aquando da passagem à situação de reforma, e após um período de carência de cerca de um ano, exerceu actividade de consultadoria junto de algumas instituições de ensino universitário. No âmbito dessa colaboração, produzia relatórios com sugestões de melhorias nos procedimentos administrativos e pedagógicos para cumprimento da legislação do Sector

“O etc é o refúgio dos ignorantes e o descanso dos sábios.”

1993 “Diana – 7ª neta”

Antes mesmo de nascer, a Diana foi acompanhada pelo seu avô. Atendendo aos indícios de um parto prematuro, o avô dispôs-se a transportar a sua filha e futura neta até, Espinho, Vila do Conde e Póvoa do Varzim para que as classificações dos exames dos alunos da Milé pudessem ser lançadas atempadamente - uma vez mais a satisfação do dever cumprido. O avô Mário mais uma vez pode demonstrar os seus dotes de avô “ colo” tendo o condão de acalmar o sonoro vozeirão da Diana, que só admitia dois colos: da mãe e do avô, mais conhecido por «avô Partidas».

Nas primeiras semanas após o seu nascimento, a Diana foi acompanhada pelos avós no banho seco. Passou os seus primeiros anos de férias em Stº António da Caparica. Foi nessa praia que aos 9 meses deu os primeiros passos, assim como pronunciou a primeira palavra : «bo» de bola. Mais tarde, depois da aquisição da casa de Monte Gordo, aí ficava ao cuidado dos avós, regressando anafadinha com o tratamento do Stop 3…

Mário da Conceição Azevedo

8 de Dezembro 1922 a 2012

1996 “Casa de Monte Gordo”

Fruto das suas raízes Algarvias e profundo gosto pela praia, adquiriu um T0 com capacidade para acolher pelo menos 8 pessoas adultas (isto sem contar com o terraço e a banheira). Do terraço, onde o Avô gosta de cachimbar após o almoço, avista-se a ponte sobre o Rio Guadiana, as Matas Reais, o sapal, bem como o Oceano Atlântico. O apartamento situa-se a escassos metros da praia de Monte Gordo que é vigiada o ano inteiro. Que belas banhocas que toda a família tem dado lá!

1999 “Margarida – 8ª neta”

Após o nascimento da Margarida seguiu-se a «procissão» dos quatro avós para o famoso «banho seco» da neta «cassula» até à rua General Silva Freire. As primeiras férias da Margarida com apenas 3 mesinhos foram passadas na mansão de 6 assoalhadas de Monte Gordo. Houve tempo para comer a primeira papa, e até passear a Espanha com os avós. Ao contrário da mana, era um bebé tão calminho que mais tarde o avô Mário confessou a preocupação do casal dos avós quanto à normalidade do seu comportamento.

Mário da Conceição Azevedo

8 de Dezembro 1922 a 2012

2006 “Nunocas – 1ª bisneto”

Nasceu em Luanda. No Verão seguinte veio a Portugal conhecer a família.

“A medalha do Hermano” O Professor Hermano Saraiva era director da Escola D. João de Castro, escola esta que ficava próxima da Escola Ferreira Borges. Conheceram-se na qualidade de dirigentes de estabelecimentos de ensino. Contemporâneos, o avô recebeu, na qualidade de representante da sua escola, uma medalha das mãos Professor e historiador.

o ensinamento .. “… em cada período o pensamento, … em cada parágrafo a definição … em cada palavra a energia … em cada letra o rigor …”

o aprumo .. “..no pelotão, o alinhamento, na formatura, o rigor da esquadria, no fácies, a imobilidade geométrica, no olhar, o infinito concentrado, em cada prega, a gota do suor aprumado ! “

Expo 92!! .. “Objectivo demarcado .. Caminho traçado .. as adversidades naturais surgiram .. o calor sufocava .. nos cantos da boca a saliva empastava .. .. os passos prosseguiam com “teimosia” ! “ José Avelar

Mário da Conceição Azevedo

8 de Dezembro 1922 a 2012

“Construções A. Supico, SARL” Foi responsável pela gestão financeira dessa empresa na área de construção civil e obras públicas. O dono da empresa, Sr. Eng. Augusto Supico, vendo o volume de trabalho, mais de uma vez o convidou a dedicar-se apenas à empresa, com o compromisso de deixar o Ensino, compensando-o financeiramente da perda de vencimento de professor. No entanto, o gosto que tinha pela sua profissão fez com que recusasse o convite, mantendo-se ligado ao ensino até ao limite máximo da idade de reforma, 70 anos. Inicialmente foi professor, depois professor metodólogo responsável pela orientação do estágio de outros professores; por último integrou a carreira inspectiva numa 1ª fase efectuando inspecções às escolas no ensino secundário e mais tarde às universidades.

Resolução n.º 193/78

Considerando as informações prestadas pelos serviços

da Presidência do Conselho de Ministros e o parecer da

Junta Autónoma de Estradas;

O Conselho de Ministros, reunido em 2 de Novembro de 1978,

resolveu:

Autorizar a adjudicação da empreitada de construção da

estrada nacional n.º 18 (variante da Covilhã e acessos à

cidade) às firmas Tecnopul - Empresa Técnica de Obras

Públicas, Lda., e Construções A. Supico, S. A. R. L., pelo valor

de 428186828$00.

Presidência do Conselho de Ministros, 2 de Novembro de

1978. - O Primeiro-Ministro, Alfredo Jorge Nobre da Costa.

“Ministério das Corporações ” Ingressou neste Ministério após ter deixado de colaborar na empresa do sr. Eng. Supico por a mesma ter encerrado a actividade. O local de trabalho era em Xabregas, no extremo oposto à escola onde leccionava, na Ajuda ou Alto de Santo Amaro. Fazia diariamente cerca de 100km em deslocações entre Escola, casa e Ministério. Habitualmente tomava as refeições em casa, sendo que muitas delas de pé, não chegando a sentar-se à mesa para abreviar o tempo gasto com a refeição. Em consequência desta “azáfama”, havia dias que os filhos nem chegavam a vê-lo, pois saía de casa antes deles acordarem, e regressava a altas horas da noite, com eles já deitados. Não deixava, porém, de passar pelos quartos onde dormiam para, com carinho, os beijar....

“Todos os indivíduos devem cumprir

escrupulosamente os seus deveres sem detrimento dos

direitos legítimos.”

Azevedo, M.

Mário da Conceição Azevedo

8 de Dezembro 1922 a 2012

“90 ciclos solares” Chegados a 8 de Dezembro de 2012, o Avô Mário continua a marcar a família

com o seu legado! Alicerçado na sua longa experiência durante 90 ciclos solares (1170 luas),

conhecimento absorvido de tantos livros que foram,

é através do exemplo que as suas memórias

o perpetuarão…

2012

“Testemunhos”

«Salvé 8 de Dezembro de 2012 . 90 anos de vida! .

Como é bom lá chegar, pena é neste dia não ser possível juntar fisicamente todos os entes queridos que o tempo levou. Recordo com saudade o dia 30 de Dezembro de 1952, o grande dia do casamento do Mário e da Maria do Carmo! Parece que foi ontem e já lá vão 60 anos. Foi uma festa bonita, num dia de sol, partilhada pela família e algumas pessoas íntimas do nubente. Recordo algumas: a Tia Alzira, tia Zé, Tio Elias, Tio Carlos, Tia Céu, a Bina, o Loureiro, a Mimi e irmãos que levaram as alianças, a Rosália, colega da Maria do Carmo e outras que a memória já não lembra. O casamento realizado na igreja Matriz da Feira foi celebrado pelo padre beneditino D. Gonçalo, amigo da família. Foi servido na casa da Piedade o almoço de casamento que decorreu em grande confraternização de todos os presentes. No final da tarde, os noivos seguiram rumo ao sul em viagem de núpcias. Nesta evocação, constato que sobrevivem para além do Mário, eu, o Jorge, um irmão da Mimi, o Zé, e a Henriqueta (Quetinhas). Um abraço muito forte,

Fernando e Jorge» .

Mário da Conceição Azevedo

8 de Dezembro 1922 a 2012

“Testemunhos” «Sendo detentor de um elevadíssimo sentido do dever e de enorme capacidade de trabalho, o nosso Pai dedicou a “alma e coração” ao cumprimento das responsabilidades profissionais, delegando na esposa a função de acompanhamento do desenvolvimento dos filhos. Mesmo ao fim de semana, quando estava mais presente, encontrava no escritório o seu refúgio predilecto…. Não obstante, nunca duvidámos do profundo amor que nutria por nós. Recordo-me da semana anual de férias – período máximo de descanso a que se permitia, por acumular funções profissionais a tempo inteiro. Metia, então, toda a família no carro e percorria incansavelmente o País de “lés a lés”, mostrando-o aos filhos, num contra-relógio nem sempre compreendido e aceite por estes, por serem ainda bastante crianças.» Néni (a primogénita)

"Era fim de tarde de sábado em pleno Verão, em Sto. António da Caparica, A azáfama da semana levava-nos a um antecipado repousante fim de semana … Porem, nesse dia o Taunnus chegara mais tarde extenuado pelo calor e pelo carrego que trazia devido aos afazeres do seu dono .. Já lusco-fusco mas .. mas .. o tentador e irrecusável banho de praia me levou a acompanhar o mestre Mário nas suas curtas mas enérgicas braçadas mar-a-dentro .. De volta, a toalhita servia de abrigo à pele de galinha que se crispara !!!" Zé

“Testemunhos”

Sempre se soube que não tenho facilidade em transmitir pelas palavras ou pela escrita o que sinto, ou o que gostaria de dizer. O que para muitos pode parecer uma atitude menor, para mim nunca o foi, já que provavelmente existem sentimentos ou “coisas” que são mais fáceis de expressar do que de sentir. Esta característica, muito minha, passa a ser neste momento uma vantagem, já que tudo o que eu, ou todos, possamos dizer, não atinge, não demonstra, não significa o orgulho que tenho em poder dizer... ESTE SER MARAVILHOSO, SERÁ SEMPRE O MEU PAI. Cilinha ( a do meio)

«Homem de grande cultura De uma honestidade sem igual O abdicar de suas convicções não tem cura Sua paixão: família e Portugal. Que linda idade são os noventa Com belas recordações de vida Prazeres e alegrias que a saudade alimenta Desejos de muitas felicidades e amizade sentida! Um grande abraço, Carlos»

Mário da Conceição Azevedo

8 de Dezembro 1922 a 2012

“Testemunhos”

Testemunho e recordo um colo aconchegante em criança, a alegria genuína de o encontrar no intervalo apressado das suas obrigações profissionais devido ao facto de acumular dois empregos em “full time”, a satisfação de comer saladas de alface e a vivacidade dos seus banhos de mar. Tenho saudades dos nossos serões em Espinho e das visitas que me fazia na General Silva Freire. Recentemente apercebi-me que o imperativo categórico de Kant se não fosse abstracto poderia ser demonstrado através da vivência e considerações éticas do meu pai: O dever acima de tudo! Até o espanto sobre o universo nos seus noventa anos me faz pensar que continua um jovem, numa tentativa contínua de aprendizagem. Sinto que o meu pai tal como Kant poderia dizer o seguinte: “Duas coisas me enchem o ânimo de admiração e respeito: o céu estrelado acima de mim e a lei moral que está em mim”. (Crítica da Razão Pura) Milé

Para o Sogro Mário «Se fossem mais como o “patriarca”, Portugal estaria certamente melhor!»

Pedro Figueiredo

“Testemunhos”

"Para mim, o Avô Mário é uma fonte de inspiração a vários níveis: Integridade – independentemente da situação, toma decisões com base em princípios de vida e critérios bem definidos mesmo que com isso fique prejudicado a nível pessoal para bem do colectivo. Dedicação – dedicou a sua vida a criar as condições melhores possíveis para sua família, começando pela avó Micá até ao bisneto Nunocas. Sabedoria – melhor do que uma enciclopédia, sempre foi mais interessante perguntar ao avô. Qualquer que seja o assunto! Boa disposição – é incrível que independentemente das maleitas que tenha, recebe-nos sempre com um sorriso na cara e uma piada logo de seguida! Assim, pode-se dizer que “A integridade está na sabedoria do Avô Mário, sempre com dedicação e boa disposição!” Obrigado Avô …. David

Cada dia que passo com o avô Mário há uma autêntica aula de cultura! É fantástico como a memória não o atraiçoa ao fim de 90 anos. É um enorme prazer conhecê-lo e fazer parte da sua família como neta emprestada. Que a sua caminhada de vida representada nesta biografia seja exemplo para muitos. Anita

Mário da Conceição Azevedo

8 de Dezembro 1922 a 2012

“Testemunhos”

Não é qualquer um que se pode gabar de ser simultaneamente neto e afilhado do Avô Mário! O meu avô e padrinho representa para mim o símbolo da honestidade, seriedade, patriotismo e dedicação à família. Foi inquestionavelmente a pessoa que mais me incentivou a ir mais longe nos estudos. Foi por isso aquele a quem pensei em primeiro lugar quando tive a felicidade de ter sido aceite no MBA, e é a ti, avô Mário, a quem dedico esse curso de que me orgulho. Um grande beijinho do neto mais bonito. Filipe

Recordo-me com muita saudade das tardes de férias passadas em casa dos Olivais. Havia muita curiosidade e era até um desafio tentar entrar dentro do escritório onde o Avô passava longas horas. Eu e o Filipe fazíamos várias tentativas, todas em vão, de lá entrar sem sermos vistos mas quando pensávamos que a vitória estava breve logo se ouvia bem alto "rrrrrooooonnnnnnn"!!!!! Um Avô que não se cansa de dizer que se sente orgulhoso da sua família, hoje neste dia tão especial sou eu que digo OBRIGADA AVÔ por existir e por todas as boas ações que tem feito ao longo da sua vida. Mafalda

“Testemunhos”

Para mim o avô Mário é o Avô!! Aquela pessoa … … que me assustava com o seu “rooonnnnrrrooonnn” quando era miúda. … com a qual esclareci muitas dúvidas sobre diversos temas. … com quem me lembro de partilhar uns mergulhos na praia. … com a qual aprendi pequenas grandes informações (1ª mulher a acabar a universidade, “pormaiores” históricos, cronologia das universidades, e muitas mais informações…) … que tem sempre umas línguas de gato para me adoçar a boca. … que foi um dos meus companheiros na viagem de auto-caravana até França. … que é O Patriarca da Família!

Mariana

«Aprendi com o avô que “ deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer “por isso fiquei pequena... Um beijinho para ti, Avô, tenho muito orgulho em ser tua neta.» Filipa

Mário da Conceição Azevedo

Recordo-me que, durante a minha infância passada na casa dos Olivais, o avô Mário mantinha com bastante rigor os horários do jantar às 20h que todos nós sabíamos que era bastante importante respeitar. Ainda hoje gosto de jantar sempre á mesma hora, adoro ver as noticias e quando tenho família ou amigos em casa obrigo todos a comer á mesa juntos. O avô também me influenciou a estar atento às notícias. Recordo-me que depois do jantar o avô ia sempre ouvir as notícias da rádio no escritório. Tenho muitas e boas memórias do escritório dos Olivais, perecia que estava numa espécie de “lugar sagrado”! Nuno

8 de Dezembro 1922 a 2012

“Testemunhos”

O avô é um exemplo de perseverança e auto-disciplina que tento, mais nuns dias do que noutros, impor à minha vida. Muitos parabéns por estes 90 anos! Diana

«O avô é uma pessoa muito culta e sempre foi dedicado à família, ao trabalho e ao conhecimento. Relembro as visitas que fiz à casa dos Olivais e à casa de Monte Gordo, tal como os óptimos almoços de partilha de conhecimentos e histórias sobre a sua vivência de quase 90 anos. Parabéns avô Mário!» Margarida

Era uma vez o Avô Mário…

«INTITULO-ME COMO

MACRÓBIO OMNÍVORO»

Mário da Conceição Azevedo