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1 EQUIPAS DE NOSSA SENHORA 2006 LOURDES

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EQUIPAS DE NOSSA SENHORA

2006LOURDES

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Mensagem do Papa Bento XVI

ÍndiceÍndice

Acção de Graças

ENVIO - Celebração de encerramento do Encontro

Apontamentos de Lourdes

Os números do Encontro

Equipas de Nossa Senhora no seu berço natal

ENS — X Encontro Internacional

Olá

ENS no Santuário de Lourdes

Relatório sobre o 10.º Encontro Internacional das ENS

Sessão de Formação Internacional - Lourdes 2006

Só avaliando podemos melhora no futuro

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Relatório da participação no X Encontro Internacional das ENS

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Senhora, Senhor,

Informado a respeito do 10.º Encon-tro Internacional das Equipas deNossa Senhora, que terá lugar emLourdes entre os dias 16 e 21 de Se-tembro próximos, o Santo Padreune-se pelo pensamento e pela ora-ção a todos os participantes.

O tema escolhido para esse encontro:“As Equipas de Nossa Senhora, co-munidades vivas de casais, reflexosdo amor de Cristo”, convida os mem-bros do vosso Movimento a assumi-rem plena consciência das suas res-ponsabilidades eclesial e missionáriano mundo de hoje. O Papa encoraja--os, pois, a tornarem-se, cada vezmais, testemunhas do Cristo ressus-citado, deixando transparecer, pelasua vida de casal, a graça, por elesrecebida no sacramento de matri-mónio, de serem sinais do amor deCristo. Possam eles, assim, contri-buir para que se conheça melhor, nasociedade de hoje, a verdade da men-sagem cristã sobre a família, que éum convite para se descobrir, de for-ma cada vez mais plena, a dignidadeda pessoa humana criada à imagemde Deus, vivendo a alegria de rela-ções verdadeiramente humanas porserem fundadas sobre o amor mútuo,à imagem do amor divino! O Santo

Padre convida ainda os membrosdas Equipes de Nossa Senhora aaproximarem-se das pessoas quepassam por dificuldades na sua vidaconjugal e, por vezes, enfrentam oseu aparente fracasso, para auxiliá-los a retomar forças graças a umacaminhada de ajuda mútua fraternae a redescobrir a esperança que nãoengana (cf. Rm 5, 5). Que o exemploda Virgem Maria, que acolhe semreservas o dom de Deus e se entregatotalmente ao seu Senhor, seja paraos membros das Equipes de NossaSenhora, um sustento e um guia nasalegrias e também nas dificuldadesdo testemunho quotidiano.

Ao invocar sobre os organizadores esobre todos os participantes desteEncontro Internacional a maternaprotecção de Nossa Senhora de Lour-des, Sua Santidade concede-lhes, detodo o coração uma especial BênçãoApostólica, assim como a todos osmembros das Equipes de Nossa Se-nhora, dispersos pelo mundo.

Feliz por poder transmitir estamensagem da parte do Santo Padre,peço que recebam meus cordiais ededicados cumprimentos em nossoSenhor.

Vaticano, 13 de Julho de 2006

Mensagemdo

Papa Bento XVI

Mensagemdo

Papa Bento XVI

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1. Introdução

Caros amigos,

É com muita emoção que tomamos apalavra no momento em que trans-mitimos a Carlo e Maria Carla o ser-viço das Equipas de Nossa Senhora.

É claro que nossas palavras não es-tarão à altura dos sentimentos que onosso coração e a nossa alma gosta-riam de expressar.

Recebemos tanto que não seria possí-vel, diante de vós, dar conta das Gra-ças de que fomos cumulados.

Queremos partilhar convosco, nestaspoucas palavras e com algumas ima-gens, o que sentimos após todos estesanos que passamos servindo o casal, ocasamento no seio das Equipas deNossa Senhora: encontros, convicções,dúvidas, certezas...

2. O nosso encontrocom o Padre Caffarel

e os casais do Movimento

Em Saint Ouen, nessa bela manhã,fomos pela primeira vez responsá-veis de nossa jovem equipa e partici-

LOURDES 21 de Setembro de 2006

pamos num Encontro. Um homen-zinho, vestido inteirinho de preto,sobe ao palco, tem um aspecto tãofrágil, mas em apenas alguns instan-tes passa a ocupar a totalidade dogrande palco e invade o imenso au-ditório onde se sentam 3.500 pessoas.Pelos cochichos, entendemos que setrata do Padre Caffarel, Fundador doMovimento. Ficamos intrigados e,mais ainda, impressionados, com asua palavra segura e com o momen-to em que leva todos os participan-tes à oração de meditação, num si-lêncio impressionante. Este homem égrande!

Não sabíamos, então, que o encon-traríamos em várias ocasiões. Noano seguinte, durante oito dias naescola de oração: para nós, existe oantes e o depois da escola de medi-tação. Em Chantilly, onde pronuncia,diante dos regionais da Europa, pa-lavras tão fortes e tão actuais quedesejamos a todos que possam estu-dá-las.

Enfim, em várias ocasiões encontra-mo-nos com ele, sós ou com outrosno seu escritório, para conversas quenos marcaram, porque o encontrocom este homem é muito intenso, elerespira Deus e sopra o Seu Espírito.

GÉRARD E MARIE-CHRISTINE DE ROBERTY

deAcção

Graçasde

Acção

Graças

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Somos definitivamente marcadospela presença de Cristo nesse sacer-dote que nos diz: “Sejam exigentes!Vocês nunca estarão enganando!” Essapalavra é um choque eléctrico para anossa vida, para a nossa fé; ela nuncanos deixou e vivemos dela desde en-tão na nossa vida de cada dia, nosnossos compromissos, na nossa vidaconjugal e familiar.

Damos graças pelo Padre Caffarele pelos casais que ele conduziu eorientou; cruzamos com eles nanossa caminhada e eles permiti-ram-nos que nos déssemos e queservíssemos seguindo a estradaque Jesus nos mostra quando diz:“Vem e segue-me”

3. Transmitir nossa fé no casale no casamento

É impressionante ver-vos daqui, ca-sais de todos os países, marido e mu-lher juntos um do outro e, para aque-les que não têm ou não têm mais afelicidade de estar junto com o outro,sentimos bem presente o vosso amore estamos agradecidos por esse teste-munho ainda mais forte.

Olhem em volta e entenderão como éentusiasmante, num mundo onde éreal a crise do casal, num mundo queprega o indivíduo, com as suas von-tades imediatas, os seus desejos epi-dérmicos, combater este combate doamor ao serviço do casal e do matri-mónio com as únicas armas que te-mos, que são as do amor.

Assim como Deus criou o homem e amulher à sua imagem e semelhança,ele quis que o casal que vive o seumatrimónio seja imagem e seme-lhança da aliança de seu filho, JesusCristo com a Igreja.

Essa aliança fortalece-nos na ideia deque o casal sólido é a base de umafamília sólida e de um mundo deconcórdia. Com frequência, quandoas pessoas nos dizem família, nós,equipistas, devemos retorquir comcasal – casamento.

Caros amigos, no final deste períodode serviço, estamos ainda mais con-vencidos da nossa responsabilidadepara com todos os casais, aquelesque conhecem o matrimónio e aque-les a quem devemos anunciá-lo.Nosso Movimento não deve fazer“bravatas” diante dos fracassos domatrimónio, mas mais do que nuncadevemos anunciar, a tempo e contra-tempo, a beleza deste caminho desantidade que o casal toma na uniãoconjugal.

De que estamos à espera para dizerda nossa alegria por fazermos partedeste maravilhoso Movimento dasEquipas de Nossa Senhora? Não são60.000 mas centenas de milhares quedeveríamos ser.

O que estamos esperando para ir,dois a dois, evangelizar os casaistão numerosos que negligenciam asustentação do “Sim” do seu casa-mento?

Damos graças por todos os casaisfelizes que encontramos ao longo

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destes anos e que nos dão vontadede transmitir a alegria do casal edo matrimónio a todos aqueles que,apesar de crises por vezes graves,prosseguem com esta bela aven-tura.

4. A família e a evangelização

Aí estão eles, em equipas, em volta deuma refeição trazida numa sacola,celebram em família o fim do ano. Ascrianças correm, os maiores estãonum canto partilhando as suas des-cobertas de adolescentes, os pais dãogargalhadas enquanto aguardam acontinuação do passeio iniciado pelamanhã. Eles vivem em família!

A família é destinada a ser uma “co-munidade de amor e de vida”, à ima-gem da Santíssima Trindade, comoafirmou o Papa Bento XVI, quando aIgreja celebrou em Junho passado afesta da Santíssima Trindade.

A família é destinada a ser uma co-munidade de amor e de vida, na qualas diversidades devem confluir paraformar uma “parábola de comu-nhão”.

Graças ao Espírito Santo podemosconhecer de certa forma a própriaintimidade de Deus e descobrir queEle não é solidão infinita, mas comu-nhão de luz e de amor, vida dada erecebida num diálogo eterno entre oPai e o Filho, no Espírito Santo –“Amante, Amado e Amor”, retomandoo que disse Santo Agostinho.

Neste mundo, ninguém pode verDeus, mas Ele mesmo deu-se a conhe-cer, de forma que podemos afirmar,com o apóstolo João: “Deus é amor,nós reconhecemos e cremos que o amorde Deus está entre nós”.

A nossa tarefa de esposos cristãos, defamília cristã, de equipistas, é fazercom que aconteça esse encontro comCristo para que cada casal, cada fa-mília entre numa relação de amizadee assim, beneficiando da comunhãotrinitária, O acolha em sua casa, Eleque vem com o Pai para ficar con-nosco.

Damos graças pela nossa família,por todas as famílias que encon-tram noutras famílias a alegria deesperar e de testemunhar, e amigospara as amparar.

5. As Equipas de Nossa Senhora:um movimento para amanhã

Como é bonito o ambiente de Lour-des nestes dias: todos os casais quepasseiam nesta cidade santa, demãos dadas. Até parece um vento deamor soprando nas margens do RioGave.

A explicação desta alegria comuni-cativa: “Vede como eles se amam”.Apesar das dificuldades que encon-tramos, é o que traduz o nosso entu-siasmo por viver os Estatutos dasEquipas.

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Desde que aqui chegamos, a maioriade nós tem experimentado diaria-mente o que é a leitura da palavra deDeus, a oração conjugal, a meditação,a ruptura das nossas actividadespara ficarmos disponíveis à escutado Senhor. Fizemos o nosso dever dese sentar e talvez tenhamos assumi-do, nessa ocasião, uma nova regrade vida.

Só a oração constante e a atençãodada aos outros nos permitem en-trever uma solução: abandonar-seem Cristo, por ele e com ele.

Vivemos também, aqui, as alegriasda vida de equipe, por meio do auxí-lio mútuo fraterno e sobretudo espi-ritual, pela partilha e pela escuta dosoutros. Encontramos muitas equipasfelizes e às vezes equipistas insatis-feitos com a sua equipe mas semprepreocupados em viver bem a suavida de equipista.

Sabemos por experiência que conta-mos com a ajuda dos que partilhamdo nosso ideal e se comprometem emfazer “equipa” porque conhecem adificuldade de viverem como cris-tãos e porque têm consciência da suafraqueza e da insuficiência dos seusesforços.

Ficamos felizes por encontrar nonosso movimento de espiritualidadeconjugal casais que crêem no ideal domatrimónio cristão e que querem:

· Permanecerem fiéis aos compro-missos do seu baptismo;

· Colocar Cristo no centro de suasvidas;

· Fazer do Evangelho o fundamentode sua vida conjugal e familiar;

· Procurar conhecer melhor a vonta-de de Deus sobre o homem e a mu-lher, para cumpri-la;

· Testemunhar, por sua vida, o amorde Deus;

· Levar ao mundo a mensagem deCristo;

· Dar testemunho dos valores cris-tãos na sua vida social e profissional;

· Dar suporte activo à Igreja, aos bis-pos e aos padres nas nossas diocesese paróquias;

· Fazer das suas actividades umacolaboração com Deus e um serviçoaos outros;

· Promover o casamento e a vida dafamília na sociedade.

Então o que esperamos para prosse-guir nas nossas casas o que começa-mos aqui?

Damos graças por estes Estatutose por este Movimento que nospermitem prosseguir na nossa vidade casal no caminho bem conhecidodo Amor, da Felicidade e da San-tidade.

Damos graças por todas essasequipas encontradas pelo mundo,preocupadas com o bem comum ecom a correcção fraterna, sempreprontas a dar suporte uns aos ou-tros na dificuldade e a congratu-larem-se pela felicidade vivida.

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6. A certeza de que o serviçoe a responsabilidade

levam a crescer na unidade

Eles reúnem-se periodicamente nosquatro cantos do mundo e põem emcomum, partilham as descobertasespirituais, oram juntos e trabalhampelo futuro de seu sector, da sua re-gião, do movimento. Formam umaverdadeira equipa que se reúne emespírito de serviço e de auxílio mú-tuo, que é o que os caracteriza a to-dos e que é também o espírito da suavida de casal.

Eles aceitaram responder ao apelopara servir os seus irmãos por umtempo e para viver a Colegialidadeentre eles, porque, mais do que ummétodo, é, para as Equipas de NossaSenhora, um estado de espírito quevivemos para juntos encontrarmos avontade de Deus.

O serviço é um meio eficaz e profun-do para ter em conta o máximo de ri-quezas de cada um e de levar a cres-cer, da melhor forma possível, ostalentos que temos para manifestarcom força à luz do dia a beleza domatrimónio cristão e da família, naescuridão do mundo. Sejamos os ser-vos que dão a todos os casais, a todosos filhos e a todos os jovens da terrao desejo de viver a felicidade dura-doura, fiel, livre e fecunda do matri-mónio que leva em conta a realidadedo que vivem todos os casais.

O serviço e a responsabilidade parti-lhados num exercício de verdadeirafraternidade são realmente o dina-mismo missionário dos nossos ca-

sais, das nossas famílias, das equipase da Igreja.

Viemos de todos os horizontes daterra, as nossas culturas são diferen-tes e no entanto somos habitados porum mesmo Espírito e uma mesmaespiritualidade. Os nossos encontroslevam-nos a melhor nos conscien-cializarmos que o carisma das Equi-pas de Nossa Senhora, a espirituali-dade conjugal, é um dom de Deus. Anossa fidelidade pessoal e colectiva aeste carisma, mais do que grandesdiscursos, são a fonte da nossa uni-dade vivida hoje ao serviço da uni-versalidade.

Damos graças pela vida de equipa,da nossa equipe de base, daquelaque nos iniciou no serviço do Mo-vimento, da equipa França com aqual servimos durante vários anose desta equipa ao serviço da vidainternacional. Damos graças pelaenergia dedicada de muitos pararesponder ao apelo do Senhor, quenos convida a segui-lo e a arrastaratrás de nós todos aqueles queestão apaixonados por transmitir aboa nova do casamento.

7. A vida em Igreja e com a Igreja,a vida no mundo e com o mundo...

Eles participaram dos grandes acon-tecimentos na nossa Igreja: Pente-costes 98, Jubileu do ano 2000, Stutt-gart 2004, Valência 2006 e muitasoutras ocasiões de encontro.

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São testemunhas da amizade que nosune a nossos amigos de outros mo-vimentos católicos de apostolado dosleigos e da família, da fé que nos unea nossos irmãos de outras Igrejascristãs, Protestantes, Anglicanos,Ortodoxos.Eles emocionam-se ao partilhar con-nosco o seu humilde e discreto tra-balho naquele bairro pobre, naquelasfavelas, no campo de refugiados ouainda ao evocar o cuidado delicadodaquele casal para com uma senhoraidosa que vive na solidão.Estão, junto com outros equipistas,comprometidos na política, nas asso-ciações civis ou sindicais, para tentartransmitir, pelos seus actos, os valo-res cristãos que os animam; seriauma longa lista...A dádiva da vida em movimento éformada por todos esses encontrosfraternos com o outro, o nosso pró-ximo. É o nosso compromisso na vidada Igreja, na nossa paróquia, na nos-sa diocese, no lugar onde vivemos;são ainda todos esses testemunhosque todos nós damos, na nossa vidasocial, profissional, humana, eclesial.A nossa riqueza de compromisso nomovimento transforma-o numa se-menteira de homens e mulheres pre-sentes em todas as frentes e dispo-níveis, na discrição, para pôr os seusdons ao serviço dos outros, vendo norosto do próximo o rosto de Cristo,por vezes dilacerado pela dor dacruz.

Damos graças pelo acolhimentodado pelos outros movimentos

cristãos, católicos, protestantes,ortodoxos, anglicanos e por todosos que na Igreja exercem um ser-viço ou uma responsabilidade. Sãoos aguilhões para que nos amemosmais como cristãos.

8. A oração pelas vocações

Sentado geralmente na ponta damesa, fala por sua vez, como todosos demais equipistas; ele está pre-sente em todas as reuniões familiaresda equipe. Também está presente naequipa de sector e em todos os de-mais escalões de serviço das Equipas:o Sacerdote Conselheiro Espiritual.

A sua presença tem origem no pri-meiro encontro do Padre Caffarelcom os jovens casais que vieram in-terrogá-lo. A justa razão de seu papelna equipa decorre da intuição de queos sacramentos de matrimónio e daordem têm algo em comum e algo adar-se mutuamente em profun-didade.

As nossas famílias são um lugar detransmissão do chamamento aosacerdócio e à vida consagrada, damesma forma que ao casamento.Transmitindo aquilo que têm de maiscaro – a sua fé, os pais cristãos eparticularmente os equipistas, têm odever de criar boas condições paraesse apelo do Senhor, de entrega davida a Ele.

Nós te damos graças por todos osConselheiros Espirituais e por to-

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dos aqueles com quem nos cruza-mos durante estes anos. Por tudoo que recebemos.

Neste dia em que festejamos oapóstolo Mateus, bendizemos-tepor aqueles que chamas para, se-guindo a Cristo, se tornarem teusdiscípulos.

9. Conclusão

Nós te damos graças, Senhor, portudo o que és em nossas vidas, nados nossos amigos, tu que nos cha-mas de teus amigos e que fazes denós colaboradores na tua missão,tu que fazes dos nossos casais osco-criadores da humanidade, tuque fazes das nossas equipas cadi-

nhos para a construção da civiliza-ção do amor.

Nós te damos graças por aquelesque hoje chamas a prosseguir natarefa iniciada por outros há maisde 60 anos, e por todos aquelesque, na penumbra, cumprem no dia-a-dia o serviço aos seus irmãos.

Nós te damos graças pelo dinamis-mo que dás a cada um para anun-ciar sem cessar o Evangelho doamor e do casamento.

Virgem Maria, tu que nos acolhesaqui, em Lourdes, intercede junto ateu Filho Jesus e junto ao Pai por to-dos nós, por todos os que hoje assu-mem o serviço das Equipas e por to-dos os equipistas do mundo, paraque as graças do matrimónio e dosacerdócio os encham de felicidade ede paz.

GUIA DE VIAGEM LOURDES 2006

O Guia de Viagem para acompanhar os peregrinos até Lourdes foi elaborado e distribuídoa todos. Foi de uma grande ajuda para quem o leu e utilizou. Existem cópias adicionais paraquem o queira consultar ou levar.

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ENVIOENVIOENVIOENVIO

[…] Olhamos para o que nos está aacontecer e pensamos que não podía-mos imaginar um dom maior: serchamados a servir o amor amando--nos ainda com mais ternura, serchamados a servir o amor compro-metendo-nos a ser testemunhas iti-nerantes do amor ao estilo do nossoMovimento, ser chamados a servir oamor através do amor que podemosdar aos irmãos de todas as equipasdo mundo. Haverá dom maior do queestar ao serviço do amor por aquelesque, como todos nós que aqui esta-mos, alicerçaram a sua vida na apos-ta do amor?

A consequência natural é o sentimen-to de infinita gratidão que sentimospara com o Senhor, que renova a nos-sa vida através do apelo a este ser-viço e que nos olhou com ternura ali-mentando uma vez mais a nossavida com o seu amor. […]

Gostaríamos de nos voltar para vós,um por um, chamar-vos pelos vossosnomes, dizer querido Michel ou que-rida Rosita, ou querido John ou que-rida Mary, ou ainda Carlos ou Joséou Geneviève ou Pat, Regina e Ga-briel, Dick e Françoise… gostaríamossobretudo de fixar o olhar em cadaum dos vossos olhares, porque, para

lá de cada palavra, há olhares quetransmitem toda a intensidade deuma relação.

Durante o tempo em que reflectimos,antes de dizer o nosso «sim» a esteserviço de responsabilidade, procu-rámos auxílio e conforto, não só nodiálogo entre nós e na oração mastambém nas palavras do Padre Caf-farel, que, no fundo, também noschamava, de alguma maneira, aprosseguir o seu caminho. Algumasdas suas palavras tocaram-nos demodo particular: «há uma fecundidadeintelectual que é fruto do amor, é necessárioum olhar que escute».

Nesta realidade tão articulada ecomplexa que é hoje o nosso Movi-mento, constituído por casais quevivem em 70 países diferentes, é di-fícil pensar em conseguir comuni-car pessoalmente com todos pelapalavra, mas talvez também nisso onosso fundador se tenha reveladoum profeta do nosso tempo, pois épossível comunicar com o olhar esobretudo escutar com o olhar, istoé, estar atentos às necessidades dooutro e servir o outro naquilo queé necessário para o seu bem; sim-plesmente olhando-o e lendo no seucoração.

CARLO E MARIA-CARLA VOLPINI

CASAL RESPONSÁVEL INTERNACIONAL

de encerramentoEncontrodo

de encerramentoEncontrodo

Quinta-feira 21 de Setembro de 2006Intervenção de Carlo e Maria Carla Volpini

ENVIOENVIOCelebraçãoCelebração

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Este é, de facto, para nós o primeirocompromisso da responsabilidadeque vamos assumir: servir o Movi-mento nas pessoas de todos os quedele fazem parte, estabelecendo umarede de relações feitas de palavras ede olhares que nos permitam ser fe-cundos no caminho de amor que oSenhor quer para a nossa salvação ede acordo com as orientações que oPadre Caffarel nos deu como balizaspara vivermos a fé e a vocaçãoconjugal.

Acreditamos que a relação é hoje,mais do que em qualquer outro tem-po, a mais significativa das possi-bilidades que nos foram dadas paratornar viva a nossa fé. A relação noseio da Santíssima Trindade é o fun-damento da fé; a relação entre Deus eos homens está na base do caminhode salvação; a relação entre um ho-mem e uma mulher é o princípio e ofim do seu amor. Mas nenhum de nóspode afirmar viver plenamente o sig-nificado profundo da relação, tantode amor como de fé, se se limitar avivê-la numa relação individual, noplano humano, entre si e o seu cônju-ge, e, no plano teologal, entre si eDeus. A relação a que cada um de nósé chamado é, de facto, a da comuni-dade humana e eclesial.

O valor da internacionalidade em que oMovimento nos convidou a reflectirnestes últimos anos é um valor mui-to maior que o do simples alarga-mento dos limites do mundo dasEquipas de Nossa Senhora; é antesmais uma ocasião para exprimir aactualidade da fé a que os sinais dostempos nos chamam: acreditar que a

fé não é uma realidade individualistaque diz respeito à relação entre nós eDeus mas que é uma dimensão emque devem ter lugar as necessidades,os pensamentos, os sentimentos detodos os homens e de todas as mu-lheres desta humanidade em mar-cha, em particular desses irmãos dasEquipas com quem partilhamos aviagem da vida, é uma dimensão emque tem de haver a escuta das per-guntas sobre o sentido profundo davida que ainda não têm resposta ouque ainda não foram expressas, éuma dimensão em que a internacio-nalidade deve ter como significado aprocura, através das relações que vi-vemos, no rosto de qualquer outrohomem, do fragmento do rosto deDeus que somos capazes de des-cobrir.

Tudo isto tem, naturalmente, que servivido com uma consciência e com umsentido de responsabilidade que devemexprimir a nossa capacidade de nostornarmos e de sermos adultos: ho-mens e mulheres adultos, crentesadultos. É a isso que o Padre Caffarelnos convida ao dizer que «as equipasnão são uma creche para adultos!».

Se a fé se manifesta também na capa-cidade de relação que sabemos es-tabelecer entre nós e com os outros,segundo o modelo e o exemplo darelação do Pai com o Filho e com oEspírito, e à imagem viva da relaçãode Deus com a sua Igreja, então tam-bém nós devemos sentir como priori-tário o compromisso de desenvolverem nós a capacidade de levar pordiante, de forma consciente e respon-sável, aquilo que a caminhada do

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Movimento das ENS, no seu progres-so na história quotidiana, nos pro-põe, sem perder as suas raízes e semfechar os olhos ao futuro que avança.

Assim, juntos no espírito de unidadeque nos vem da nossa fé de bapti-zados em Cristo ressuscitado e jun-tos no sentimento de identidade queexperimentamos como equipistaspara tornar viva todos os dias a gra-ça sacramental do matrimónio, de-vemos sentir-nos comprometidos,nos próximos anos, a fazer nossas,vivendo-as no quotidiano, as orien-tações que o Movimento nos oferecepara crescermos na fé e no amor: “serequipas de Nossa Senhora comunidadeviva de casais, reflexo do amor deDeus”.

Estas palavras podem parecer banaise fáceis de pôr em prática, mas unsinstantes de reflexão far-nos-ão com-preender que aquilo que vivemosnestes dias e aquilo que nos compro-metemos a viver nos próximos anosnão é, de modo nenhum, fácil nembanal.

Se procurarmos o significado origi-nário da palavra comunidade, na suaacepção latina, vemos que é com-posta de dois elementos: «com», quesignifica reunir, pôr em relação, e«munis», que significa dom. Por suavez, o termo «munis» tem uma raizsânscrita, «ma», de onde deriva overbo trocar, distribuir. As equipasdevem, pois, poder ser para si pró-prias e como testemunho para a Igre-ja e para o mundo um lugar de pes-soas e de casais capazes de pôr emcomum o que têm e o que são e de fa-

zer disso um dom para si e para osoutros.O que possuímos é toda a experiênciadas nossas vidas e o nosso desejo deprocura infinita de Deus; o que temosde fazer acontecer, como dom paranós e para os outros, é a capacidade:

* de partilhar, como o pão sobre amesa, a nossa vida no pôr emcomum;

* de fazer transformar em fonte devida nova as palavras que troca-mos no dever de se sentar;

* de transformar as palavras quepronunciamos nas nossas oraçõesem palavras de vida;

* de partilhar as fadigas e as limita-ções, mas também as alegrias e asconquistas da nossa conversão con-tínua na partilha;

* finalmente, de transformar a regrade vida num novo estilo de vidaque nos possa tornar pessoasnovas.

Equipas como comunidade: isto nãosignifica a solução mágica para asnossas limitações e para cada pro-blema, mas a comunidade, pelo sig-nificado intrínseco da palavra, con-tém as possibilidades de transformaressas limitações e esses problemasem oportunidades novas, inéditas edesconhecidas, num movimento har-monioso, ainda que muitas vezescom acidentes, entre o ideal e a his-tória concreta da nossa vida.Equipas como comunidades vivas decasais que vivem a sua fé na pequenahistória de cada vida e na grandehistória da marcha da humanidade,

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porque o nosso Deus Se fez homem ea nossa fé é uma fé encarnada quenão pode ser isolada da história.Só assim poderemos esperar ser dealguma maneira reflexo do amor deDeus:

* um amor que sabe fazer-se atentoàs exigências dos outros;

* um amor que dá valor à gratuiti-dade, um amor que não encobre asfraquezas nem os erros mas que oscompreende e os perdoa;

* um amor que incansavelmente pro-cura o indefinido e o infinito;

* um amor que procura a verdade docoração ainda antes da do espírito;

* um amor que se abandona, confian-te, ao desígnio do Pai e que faz nas-cer na história da humanidade ca-minhos novos para o Reino, poispermite a emergência das forçassubterrâneas da vida e a explosãodas invenções do Espírito.

Equipas de Nossa Senhora, comuni-dade viva de casais, reflexo do amorde Deus.É este o compromisso e talvez a uto-pia, o sonho, destes anos que nos es-peram. «A utopia está no horizonte.Damos dois passos em frente e elaafasta-se dois passos. Damos dezpassos e o horizonte desloca-se dezpassos. Por mais que andemos, tal-vez nunca a alcancemos. Para queserve, então, a utopia? Serve paraisso mesmo: para andar» (EduardoGaleno).Também o nosso Deus é sempre oAlém que nos chama continuamente

para a frente e é o ainda não que temde ser continuamente procurado,descoberto, encontrado. Mas o Se-nhor não é uma utopia; é, pelo con-trário, uma realidade de Amor quenos espera.

Deus caritas est. Deus é amor, e o Mo-vimento pede-nos o compromisso decaminhar para Ele sem nunca desa-nimar.

Pessoalmente, não sabemos por queestamos aqui; estamos estupefactosdiante deste chamamento. Não te-mos capacidades especiais; muitopelo contrário, temos muitas fra-quezas e muitas limitações; não com-preendemos por que é que o Senhornos conduziu até aqui, a este serviço,a esta responsabilidade.

É certo que nos amamos e que ama-mos o ser humano, amamos todos oshomens e todas as mulheres do mun-do, amamos muito este Movimentoem que nos formámos como pessoase como casal; confiamos no Senhor,na sua Fidelidade, no seu Amor.

Foi a este amor pelo homem, a esteamor pelas Equipas de Nossa Se-nhora, a este amor por Cristo querespondemos «sim», mas agorapedimos a todos que criem um laçoúnico connosco, dando todos asmãos, e cantemos juntos o «Ecce fiatMagnificat», porque só juntos pode-mos avançar e construir o futuro donosso Movimento, porque só juntospodemos ser Equipas de Nossa Se-nhora comunidade viva de casais, re-flexo do amor de Deus.

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Apontamentosde Lourdes

Apontamentosde Lourdes

Cálice oferecido pelo Papa Paulo VIao Padre Caffarel

Casal de Noivos Minhoto que participaram nocortejo do Ofertório Solene na Eucaristia deencerramento do Encontro levando comosímbolo da Supra-Região de Portugal um painelde azulejo com caravela

Pormenor do painel de azulejo

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Mochilacom banco incorporadodistribuída a todosos participantes

Eucaristia no prado

Eucaristia na Basílica Pio X

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Um grupode portuguesescom D. António Vitalino

Novo logótipopendurado no Pio X

Encerramento com os casais da ERI

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A Tó e o Zéjá na ERI

Equipistas no Pio X

Casais de Angola no ofertório solene

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Imagemdo Padre Caffarel no Pio XEvocação da sua vida

ProcissãoEucarística

A passagem de responsabilidade na ERI

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Procissão Mariana

Via Sacra

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PARTICIPAÇÃO:

OUTROS NÚMEROS

África de língua francesa: 154Oceania: 37Bélgica: 104Brasil: 1714Canadá: 17Alemanha e outros países de língua alemã: 37E.R.I: 30Espanha: 1046França/Luxemburgo/Suíça: 2799Transatlântico: 83América hispânica: 346Ilhas Maurício: 49Índia: 15Irlanda: 49Itália: 707Líbano:18Polônia: 66Portugal: 661Síria: 47EUA: 124

Total : 8103 (dos quais 42 diáconos, 450 padres,3 cardeais e 12 bispos)

- Acomodação em 139 hotéis;- 800 voluntários (600 franceses);- 1 responsável por hotel (colete verde);- 105 voluntários para a liturgia;- 80 pessoas responsáveis pela organização e acolhimento;- 40 médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e pessoas

responsáveis pela acolhida dos doentes;- 35 equipistas trabalhando uma semana para preparar as mochilas

do peregrino;- 57 autocarros (2620 pessoas);- 415 chegaram de avião em Lourdes/Tarbes;- 1554 chegaram de comboio;- 1432 chegaram de carro.

ACOLHIMENTO AOS DOENTES

39 doentes medicados à «accueil Notre Dame»:27 franceses;3 italianos;3 portugueses;2 espanhóis;2 brasileiros;1 sírio;1 americano.

númerosOs

Encontrodonúmeros

Os

Encontrodo

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De 16 a 21 de Setembro de 2006 reu-niram-se no santuário de Lourdesmilhares de casais de todo o mundopertencentes às equipas de Nossa

Padre Henri Caffarel. Foi para mimuma honra participar neste aconteci-mento, a convite do Secretariado Na-cional. Foram momentos festivos,orantes e formativos, desde a cerim-ónia de abertura na basílica de S. PioX, totalmente cheia, até ao encerra-mento no mesmo local com a bênçãofinal dada por mim, pelo facto de opresidente da celebração eucarística,Cardeal Geraldo Majella Agnelo, Ar-cebispo de São Salvador da Bahia ePresidente da CNBB, se ter ausenta-do durante a longa acção de graças,pois tinha de tomar o avião.

O tema deste X Encontro Internacio-nal, “Equipas de Nossa Senhora, co-munidades vivas de casais e reflexodo amor de Cristo”, foi reflectido,rezado, proclamado e testemunhadode maneira profunda e esclarecedo-ra, quer em palestras de fundo, querem celebrações, diálogos, encontrosde grupo e testemunhos.

Era numeroso o grupo de língua por-tuguesa, só do Brasil mais de mil esetecentas pessoas e por isso tiveoportunidade de ficar a conhecer aforça evangelizadora deste movi-mento de casais e sua influência be-néfica na moralização da nossa so-

† ANTÓNIO VITALINO, BISPO DE BEJA

Senhora, para reflectir, rezar, cele-brar e festejar o sexagésimo aniver-sário da sua fundação em França pelo

Equipas de Nossa Senhora

berço natalno seu

Equipas de Nossa Senhora

berço natalno seu

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ciedade. Ficou claro para mim, umavez mais, que a família é a célula dasociedade e também deve ser Igrejadoméstica. Os casais têm no sacra-mento do matrimónio os meios pró-prios da sua santificação, como bemacentuou o casal colombiano Albertoe Constanza Alvarado, na sua con-ferência. Abertos à vida da Igreja eda sociedade, os casais cristãos sãouma riqueza para o mundo e a facetamais comum da santidade no nossotempo.

Deixando a crónica deste evento paraoutros participantes, agradeço o con-vite que me foi feito e faço votos paraque este movimento de espirituali-dade conjugal e familiar cresça e sefortaleça cada vez mais entre nós. As

equipas de Nossa Senhora são umariqueza para a nossa Igreja e para onosso país.

Termino citando o penúltimo pará-grafo da homilia da Eucaristia deabertura de Mons. Mário Russotto,Bispo de Caltanissetta, Itália: Queridoscasais, Deus implantou em vós a vocaçãopara o amor; sois o reflexo da beleza doamor de Cristo no mundo e para o mundo.Sois o Evangelho do amor nupcial queDeus revela na história. Como a VirgemMaria, vós sois o tabernáculo carnal queJesus gosta de habitar, repousar, revelar-se.Se o ser humano, para se tornar realmente“vivo” recebeu o sopro da intimidadeamorosa de Deus, isso quer dizer que vós,queridos casais cristãos, sois o “beijo deDeus” na história!

PENDÕES PARA O ENCONTRO DE LOURDES

Os Pendões de Portugal, Angola e Moçambique com respectivamente as imagens de NossaSenhora de Fátima, da Muxima e da Ascensão, foram produzidas em tempo e levadas paraLourdes onde estiveram à guarda dos respectivos porta estandartes a quem agradecemospelo esforço adicional que tal representou.

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A adesão a um encontro internacio-nal com um ano de antecedênciaobriga a dois raciocínios:- Vamos porque queremos estar lá- Na altura se resolverão os com-promissosÉ que queremos mas, não consegui-mos, programar o dia a dia a tãogrande distância…Tudo combinado com o Padre Rui, aCristina e o Carlos, o Raul e a Lena ea Teresa e o Carlos iria ser uma via-gem da P120 como nunca tínhamosfeito… passeio óptimo e se o progra-ma não agradasse, tínhamos os Piri-néus para dar uns magníficos arejos. Infelizmente, o Padre Rui adoeceucom gravidade em Janeiro e não po-deria fazer uma viagem destas e aTeresa e o Carlos não puderam ali-nhar. Ficámos 6 e como a Graça e oFrancisco da L118 nos perguntaram,se queríamos ir juntos, preparámos2 carros e organizámo-nos.Chegada a altura, os afazeres erammuitos e as responsabilidades dodia a dia pesadas… não deveríamosir… O início das aulas dos filhos eda Isabel e o trabalho do Gonçalovão ficar muito prejudicados… eafinal de contas o que vamos lá vi-ver de tão importante? É nosso tes-

temunho, muito sincero, de que foi ocompromisso com os outros que nosfez partir. E a Isabel ainda pensavater de vir a meio…

AFINAL DE CONTAS TÍNHAMOS DE IR…

Depois de uma bela viagem chegá-mos a Lourdes com chuva o que faziaprever uma semana molhada… oshotéis não eram o que nós esperá-vamos (embora alguns tivessem tidomuita sorte…) e no nosso, S.te Ca-therine (3*), encontrámos a Ivette e oHenri de cabelos em pé, pois era ex-clusivamente albergue de Brasileirose Portugueses que não diziam umapalavra de Francês; os coitados es-tavam há mais de 3 horas a tentarresolver problemas e a dar infor-mações a quem tão ansiosamenteaterra no desconhecido e procuracoordenadas…Apelando ao nosso Francês, não po-deríamos ter tido melhor sorte …

ACABADOS DE CHEGAR,JÁ ESTAVAMOS AO SERVIÇO.

A NOSSA PEREGRINAÇÃOTINHA COMEÇADO…

XENCONTROINTERNACIONAL

ENCONTROINTERNACIONAL

LLLLLourdesourdesourdesourdesourdes, 16 a 21 de Setembro de 2005, 16 a 21 de Setembro de 2005, 16 a 21 de Setembro de 2005, 16 a 21 de Setembro de 2005, 16 a 21 de Setembro de 2005

EQUIPAS DE NOSSA SENHORA

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Porque como disse o Padre MichelBerche em 1988, “… não vamos emperegrinação sozinhos, mas com osoutros. Trocamos, recebemos as in-tenções dos outros, recebemo-lascom amor.” … “Descobrimos, atravésde testemunhos, o que Deus diz hoje”pois “a peregrinação é um retomarde forças… é afirmar a esperançanum além que nos faz viver, para osentirmos e dele darmos teste-munho.”

MAS QUE GRANDE ESPÉTACULO,A APRESENTAÇÃO DO ENCONTRO…

O santuário Pio X é um colosso de ar-quitectura, de engenharia mas o ver-

dadeiro choque é ver mais de 8100pessoas todos no mesmo recinto fe-chado, em ambiente de acolhimento.A orquestra e a Animadora já estãoem grande entusiasmo (respirandoDeus) …Falam-se muitas línguas como noPentecostes…A ver os representantes dos 68 paísesa desfilarem… parecia que estáva-mos nos Jogos Olímpicos… sentimosaquele arrepio pelas costas acima…A dimensão do Movimento é hojedada com o mapa mundi… só assimpode ser visto… O novo logótipo in-ternacional coloca a responsabili-dade da ligação de Cristo à equipa,no casal.

Depois, todos trocamos um “santi-nho” de Nossa Senhora, onde escre-vemos as nossas intenções para oencontro, com o vizinho.E ouvimos os responsáveis pelas di-versas zonas mundiais apresenta-rem as jornadas… símbolos do pro-grama diário do encontro. Sem dú-vida um programa muitíssimo bemorganizado e com o tempo muitopreenchido (todos os dias das 8h30às 22h30 – para as pessoas já mais

seniores houve alguma correria doshotéis para os santuários).AI…, como O PADRE CAFFAREL gos-taria de estar aqui connosco… des-culpem, nós gostaríamos que ele(homem) estivesse ali connosco…Ele… temos a certeza… ESTÁ A RIR--SE A VER A SUA OBRA E A ABEN-ÇOÁ-LA HÁ DEZ ANOS – parabénspor tudo o que construíste, pelo quenos ensinaste e pelo que acreditasteser possível.

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Ele quando preparava o 1.º EncontroInternacional aqui em Lourdes em1954, escrevia-nos que “é uma dasalegrias e motivo de orgulho da nos-sa geração o ter… tomado consciên-cia da grandeza cristã do Matrimó-nio… devemos pois… agradecer aDeus.” … “Digo-vos – é Jesus quefala – se dois de entre vós sobre a ter-ra se juntarem para me pedir o quequer que seja, obtê-lo-ão de meu Paique está no céu” … É que “não é su-ficiente apanhar o comboio paraLourdes, é necessário um compro-metimento individual neste caminhosecreto que é o único que permitechegar a um encontro pessoal comCristo”… “e o que se passar entreVós e Cristo, nesse face a face, é o queé importante, e é por isso que vósireis a Lourdes” …Sem dúvida que tudo o que a nossaSupra Região preparou para a via-gem até Lourdes nos inspirou… erapreciso ir preparado para, como diza Organização do encontro, “fazerIgreja” saindo “do nosso individua-lismo espiritual para melhor comu-nicar com o outro.” … talvez porisso, tenha sido tão impressionantea apresentação… até parecia quetodos nos conhecíamos…

CRISTO MUITO PERTO DE NÓS

O Domingo, 17 acordou solarengo emuito acolhedor. Apetecia pois estarao ar livre e foi assim que decorreu amissa no magnífico espaço do prado.Que simples e acolhedor é estegrande relvado bem enquadrado porfrondosas e centenárias árvores. Era

o dia da Euro África, zona em quePortugal se insere.Lá estava a orquestra a fazer-nosparticipar… e todos participámossentados nas também verdes,práticas e confortáveis mochilas/bancos.Monsenhor Mário Russotto numitaliano muito expressivo, emlinguagem muito próxima, e apropósito de “E Vós? Que dizeis?Para vós, quem sou eu?” pediu-nosque conhecêssemos melhor o nossoparceiro de casamento… tantasvezes desconhecido ao longo detantos anos de vida em comum… queconhecêssemos Cristo na nossacaminhada, nas nossas paragens e naoração… ele que é o coração da fécristã… é a

Pessoa Viva que se nos apresentacomo uma provocação, como umainquietude do coração…” …“procurar o rosto de Cristo, querdizer deixar-se incomodar, sairduma mediocridade fácil e decertezas tranquilas, de equilíbrios

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que não nos comprometem; isso querdizer que se faz uma escolha precisae determinada na nossa vida” … “avia para o conhecimento de Deus nãoé somente a via da razão, ela é tam-bém e principalmente a via da rela-ção e da amizade, a via do amor…conhece-se Deus pelo amor!” … “Asua força” – de Jesus – “está na fra-queza humana e não na violência, éa linguagem eloquente do amor quetudo dá e nada espera.”Seguiu-se um ofertório em váriaslínguas, raças e muitas cores. Todosqueriam oferecer o bom que têm esão e por isso também oferecemos osfilhos, eles que são a nossa grandepreocupação e muitas vezes a nossarazão de existirmos. Eles, emboralonge, lá em casa, estiveram muitopresentes e foram oferecidos paraque Cristo tome bem conta deles e osinspire nas suas difíceis caminhadas.Temos a certeza que Ele os acompa-nha e acolhe como muito seus.No final da missa cheios de alegria eem grande multidão, alguns perde-ram-se dos seus pares com o apertoao atravessar as pontes… foi umbom momento de amizade, sob umbom sol.

CRISTO, O CORAÇÃO DA VIDA CRISTÃ

Monsenhor Jacques Perrier na suaconferência “Jesus Cristo, Centro davida cristã”, transporta-nos parauma relação entre pessoas. JesusCristo é “essa pessoa viva quecomunica e nos permite viver a suavida”… “Estarmos centrados emCristo é estarmos no centro dos nos-

sos irmãos… dos que mais preci-sam.” Ele tanto está na “periferia”como no centro” ou seja, como SãoVicente Paulo responde às Filhas daCaridade quando elas lhe pergun-tam: “que fazer quando, à hora pre-vista para a oração, um doente noschama? Ficai em paz, porque, ao ir-des ter com quem vos chama, ides tercom Cristo.” e “compete à superioravelar para que a Irmã não perca apossibilidade de fazer oração. Se não,ela já não deixará Cristo por Cristo,mas apenas realizará um acto de ge-nerosidade, o que já é alguma coisa,mas não é preciso ser-se cristão parase ser generoso.”… “é que o que nosdistingue realmente dos outros é ca-minharmos com Cristo e com elepartilharmos a nossa vida.” … “ONovo Testamento não consiste emsubstituir o amor a Deus pelo amorao próximo. A novidade do Evan-gelho é unir indissoluvelmente osdois mandamentos.”…

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“Ao tornar-se centro da nossa vida,Cristo não nos instala num pontofixo, mas lança-nos numa peregri-nação que não terminará na terra.”… Ele próprio “sempre se recusoupôr-se no centro.” … Ele é “o Filhoque tudo recebeu do Pai, mas nãoguarda nada para si”… “rejeita qual-quer protagonismo pois esse perten-ce a Deus e ele é só o seu enviado”… éque “acima de tudo Ele é humano”…“O matrimónio é a reunião de 2 comCristo… e ele está sempre connoscopara nos salvar e não nos deixar en-velhecer.”“Em vez de chamar a Cristo“ …“Centro da vida cristã”, eu preferia“Coração da vida cristã”. O centro éalgo de geométrico ou administra-tivo: cada cidade possui o seu “Cen-tro de impostos”. Por isso “gostariade substituir centro por coração,porque esta palavra é profunda-mente bíblica. O coração bíblico nãoé a sensibilidade. É o coração da pes-soa, com a sua liberdade e a sua ca-pacidade de entrega.”

UMA EQUIPA FANTÁSTICA…

A seguir ao almoço… que bem fomosservidos (quer por franceses quer porportugueses) e que bem se comeu noSte Catherine. Apesar do aperto – ohotel alberga mais pessoas do quedeveria – todos se esforçam (mesmoos donos do hotel sempre a rir) poragradar e a tentar perceber a nossalíngua … tivemos a nossa primeirareunião de equipa. Uma equipafantástica… Alguma agitação atédistribuir todas as pessoas por locaisonde se pudesse conversar comalgum ambiente de recolhimento. Osresponsáveis pelo hotel quiseramficar na nossa equipa para que lhespudéssemos servir de tradutores eassim embalámos o nosso espíritopara 5 magnificas reuniões deoração, pôr em comum, partilha eestudo do tema. Os outros, 3 casais e2 viúvas são brasileiros… e por issoperdemos algum tempo com astraduções, mas finalmente o espíritocriado a partir da primeira hora foitão acolhedor que viemos comsaudades sinceras de todos e com odesejo de nos encontrarmos numfuturo próximo.

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Estreantes como somos, distribuímoslogo as “dezenas” de terço que a Su-pra-Região tão sabiamente nos tinhaenviado para oferecermos em nomede todo Portugal e em especial deNossa Senhora de Fátima. Afinal,como estávamos a falar de NossaSenhora de Fátima até foi bom por-que as dezenas abençoaram todas asnossas reuniões - muito obrigado àSupra Região pela lembrança. Fala-mos das nossas preocupações pesso-ais, de casal e das ENS em cada umdos países, tendo os brasileiros fala-do no ano propedêutico como prepa-ração para quem quer entrar para asENS e do Retrouvaille um movimen-to criado no Canadá? e que há poucose implantou no Brasil, com o objec-tivo de apoiar casais em dificulda-de… Em França e em Portugal nãosabemos se existe.

VER LOURDES DE CIMA…

Veio a procissão eucarística, que in-cluiu além das ENS, todos os pere-grinos que a ela se quiseram juntar.O nosso pequeno grupo optou porapro-veitar o bom tempo para subiro funicular que dá acesso a um belocaminho de serra de onde se desfrutauma bela vista da cidade onde NossaSenhora da Conceição apareceu à pe-quena Bernardette a pedir que erigí-ssemos santuários para oração.Conscientes da perda que foi nãoter ido à procissão, aproveitámos omomento para, em conjunto, conhe-cer-mos o enquadramento geográ-fico em que se situa Lourdes. Foibom.

O SIM E A EDUCAÇÃO…

Segunda-feira, dia 18 de Setembro,depois da oração da manhã houve aapresentação dos intercessores queformam, desde 1960, uma cadeia deorações contínua pelos casais unidospelo sacramento do matrimónio. Aseguir veio a conferência do PadreAlain Mattheeuws e do casal Jean-Louis & Priscilla Simonis que se fo-caram no sim e na educação.A importância do sim na entrega aosque mais precisam, na entrega nuaao cônjuge, conservando a persona-lidade e deixando crescer… sendonós próprios. É preciso respeitarpara libertar o outro… e fazê-lo sermaior e melhor. O tempo pode pare-cer que desgasta o amor… mas éaliado do casal e sem ele quantaspalavras e gestos ficariam por desa-brochar… É para a satisfação do côn-juge e dos nossos filhos que vale apena olhar… fazendo renascer osfrutos estimando-se sempre e aman-do-se cada vez mais. A vontade fér-rea de vencer faz renascer todos osdias, o sim.Para educar é preciso dar tempo aotempo… o que queremos transmitir

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leva tempo a ganhar raízes… é pre-ciso ser coerente entre o que dizemose fazemos para educar com equilí-brio. Pais não exasperem os vossosFilhos, porque às vezes os frutosnão aparecem imediatamente… àsvezes só aparecem muitos anos maistarde. Há que saber deixar crescercom o tempo de Deus. Não podemoscom-parar a rentabilidade da edu-cação com a das empresas… As di-ficuldades e problemas têm de sersempre ocasião de apoio – firme eexigente, mas com muito amor.

Veio o ponto alto da EVOCAÇÃODO PADRE HENRI CAFFAREL

Depois de uma bela biografia queserviu para enquadrar os mais igno-rantes – como nós - da sua grandeobra, e do Carisma na Fundaçãodas ENS (vide o discurso de Chan-tilly em 1987) – essa “inspiraçãodo Espírito Santo, que será comoum dinamismo a conduzir a insti-tuição durante todo o seu desenvol-vimento e lhe permitirá cumprir asua missão.”Para que sejamos verdadeiras ENS,exige-nos que sejamos fiéis ao caris-ma fundador…É um discurso, que pela sua actuali-dade nos impele a evocá-lo e a acon-selharmos a todos os casais que oleiam… se calhar até seria bom fazeruma paragem, para o estudar pro-fundamente, pois trata-se de ummagnífico testemunho que nos deixainvejosos de todos os que com eleconviveram e puderam com ele

partilhar a revolução do Matrimó-nio. Obrigado à Supra Região por tertido a visão de no-lo disponibilizar.

AS 15 PARAGENS DE JESUS

A tarde de 2.ª feira continuou comuma reunião de equipa, com a Via--Sacra e com confissões. A Via-Sacraé sem dúvida um momento alto danossa participação no encontro, por-quanto se juntaram a nós outrasequipas do nosso hotel formando-seuma grande equipa que em profundaoração nas 15 estações. Foi um bommomento de reflexão sobre a nossavida. O sol não faltou e por isso fi-zemos uma das Via Sacra dos en-fermos, no prado. Na próxima vezqueremos fazer a Via Sacra dos“Espélugues” da qual todos os quefizeram, dela vieram encantados.

HENRI CAFFAREL A BEATO

A noite começou com a missa emmemória do Padre Henri Caffarel,onde foi anunciada a abertura dacausa de beatificação do Padre HenriCaffarel… “ninguém tem maioramor do que aquele que dá a vida

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pelos seus amigos…” e “Deixai-vosamar por Deus com o coração recep-tivo aos outros”.Na acção de graças com e segundo oPadre Caffarel… “O Padre Caffarelfala-nos da grandeza do amor… OPadre Caffarel fundou as ENS… OPadre Caffarel exaltou o sacramentodo Matrimónio… O Padre Caffarelensina os casais a orar… O PadreCaffarel faz de nós missionários domatrimónio… O Padre Caffarelacompanha e dá suporte aos quepassam pela provação da viuvez…O Padre Caffarel nos mostra que aunião dos esposos está selada naEucaristia…”e a noite foi de adoração na tenda doprado.Que grande e magnífico dia foi este…O Padre Henri Caffarel bem o mere-ceu, por tudo o que fez pela santifi-cação dos casais.

O FUTURO DA NOSSA SOCIEDADE…

A terça-feira, 19, começou com a ora-ção da manhã seguindo-se a confe-rência de Françoise Sand. Esta, deu--nos uma perspectiva de como temevoluído a vida dos casais em Françadesde os anos 60. Com a revolução de68, um filho se eu quiser, quando euquiser… o menos primeiro, porque oego é o mais importante. Hoje estasmentalidades estão baralhadas, por-que o amor, a paixão e a meiguice nãose vivem igual no homem e na mu-lher… porque as mulheres têm tudo– trabalham, procriam e são donasde casa, os homens são só os ajudan-

tes das mulheres e vivem num la-birinto de cactos. Por outro lado, nasociedade pretende-se que haja cadavez menos controle sobre a relaçãoentre adultos e cada vez mais con-trole sobre como educamos os filhose sobre as nossas ideias… pretendemcontrolar valores, pois “o legal não éo moral”… ao serviço de interessessuperiores. A família, é o espaço decada um que é alimentado por liga-ções e valores indestrutíveis… e quevalorizam a pessoa ao contrário dosespaços mono parentais… A propó-sito, a estatística, em França, revelaque 80% das consultas de psiquiatriainfantil são feitas a crianças que vi-vem em ambiente mono parental…e que quando se lhes pergunta pelopai eles respondem – qual deles?...dá que pensar para onde vamos…

OS ANIMAIS DOS PIRINÉUS

Depois a reunião de equipa onde semeditou a Vocação conjugal e ocompromisso, o almoço e à tarde amissa onde não estivemos presentes,pois fomos conhecer um pouco dafauna dos Pirinéus, a uma reserva

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ecológica a cerca de 10 kms de Lour-des. Esta e o aproveitamento das ruí-nas de um castelo antigo onde desen-volveram uma criação de aves derapina foram um bom tónico numabela tarde de sol.

ADIARAM-NOS O DEVER DE SENTAR-SE

Foi também pena que o Dever de Sen-tar-se sobre a Caridade e a Santidadedo nosso casamento, não fosse tãoprofundo quanto queríamos, mas oambiente espiritual e de peregrina-ção levou-nos a entrar em ciclo sobretudo o que nos envolvia sem conse-guirmos sair para partilhar em con-junto o papel do nosso casamento noencontro, nas ENS e no casal.

A FESTA FOI VERDE (o Gonçalo esperasempre que a festa seja verde…)

Chegou a noite e esta era de festa. Eralonge a caminhada e porque haviamuitos casais já nos limites das suasforças, organizaram-se viagens paralevar todos à noite festiva. Foi muito

bom, pois o espectáculo foi empol-gante e de grande categoria. No par-que de estacionamento da “Mairie”,que encheu, todos sentados nas mo-chilas - mas que rica e prática ideiaesta do banco agarrado à mochila! –vimos o espectáculo apresentadopelo GENVERDE dos Focolares…com a história deste movimento, assuas dificuldades iniciais e como aspessoas foram aderindo, mesmo asmenos entusiasmadas.Do site deles tiramos alguma coisasobre este movimento:Foi no tempo de ódio e de violênciado segundo conflito mundial queteve início este movimento de uni-dade e fraternidade universal.Em 1943, Chiara Lubich com as suasprimeiras companheiras, em Trento,redescobriu o Evangelho. Juntas,actuavam no dia-a-dia, começandopelos bairros mais pobres da cidade.A vida delas, pessoal e colectiva, deuum salto de qualidade. Aquele pri-meiro grupo tornou-se logo um Mo-vimento, que se espalhou inicialmen-te na Europa e, depois, no mundo.Hoje,

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é o esforço quotidiano de todos oshabitantes em colocar em prática omandamento novo do amor recípro-co que faz de Loppiano um ponto deencontro entre povos e culturas, um“estaleiro de obras” aberto para ex-perimentar que a unidade entre osseres humanos é possível.”

LOURDES É PEREGRINAÇÃO...

Quarta feira, dia 20, o dia começoucom a missa internacional, maisuma manifestação para todos osperegrinos de Lourdes. Muitoconcorrido o Santuário Pio X viudesfilar mais uma vez os estandar-tes do Movimento pelo mundo foraa par dos de outros movimentosque também participaram na eu-caristia.

“Nos passos de Bernardette” era oprograma previsto para depois damissa. Foi bom visitar um pouco avida de Bernardette e as dificulda-des que ela teve em fazer acreditaras pessoas que Nossa Senhora daConceição queria comunicar comtodos. A sua vida familiar era mui-to simples e com dificuldades acres-cidas. Na verdade, Nossa Senhoraaparece aos pequeninos, para nosfazer acreditar que, só se nos fizer-mos simples como eles, poderemosestar atentos e ouvir as mensagensdo evangelho. Estamos nós prepa-rados no dia a dia para ouvir o queDeus nos quer dizer? Aceitamos osseus desafios com coragem e espíritode serviço?

20 ANOS NO DIA 20… SOMOS UM SÓ…

À tarde, às 14h30, antes da conferên-cia do Alberto & da Constanza Al-varado, deram, como todos os dias,os parabéns aos casais que faziamanos de casados e lá estivemos nósem destaque por celebrarmos hoje, eaqui, os 20 anos do nosso Casamento.Que honra e que presente poderagradecer a Nossa Senhora, os vinteanos cheios de glórias e grandes vi-tórias com a alegria de gente salva.Há vinte anos, estivemos aqui naGruta e entregámos o nosso casa-mento a Nossa Senhora. Hoje, semque para isso tivéssemos contribuído– só nos inscrevemos no encontroque por acaso é em Lourdes e poracaso neste período - agradecemos aNossa Senhora e, pedimos-lhe queabençoe o nosso casamento por mais20 anos e que quando lá chegarmos,cá possamos vir pedir outra bênçãoigual.

A COMUNIDADE QUE NÓS SOMOS…

Na conferência sobre “Equipas deNossa Senhora, comunidades vivasde casais”, os Alvarado recordaramo tempo de há 33 anos, quando aquiem Lourdes pediram a Nossa Senho-ra que lhes desse de novo a fé! Fala-ram sobre a comunidade das ENSque se caracteriza pelos fortes laçosafectivos desenvolvidos entre casais,opostos à concorrência e prontospara a entreajuda, com o objectivode conseguir a espiritualidade con-jugal dos seus membros com a ajuda

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de meios muito concretos. Hoje asENS são mais de 10.000 equipas emtodo o mundo… Tal como Cristo reu-niu os seus apóstolos também o Pa-dre Caffarel agrupou e juntou emreunião os casais na comunidade defé, que tem como critérios o bem co-mum acima do bem individual, acaridade cristã acima de tudo e aprocura permanente da vontade deDeus. O casal cristão é a primeiracomunidade de fé pois segundo oPadre Caffarel, “onde vive um casalcristão, aí começa a viver a Igreja”.A família cristã é comunidade de fé,pois como dizem Álvaro e MercedesGómez-Ferrer, “a família depende docasal, pelo que cuidar do casal re-dunda sempre em benefício da famí-lia.” A missão principal da família éa educação dos filhos para os valorescristãos.”Fazemos aqui um à parte para lem-brar uma frase de Monsenhor Ma-nuel Trindade Salgueiro:“reza a límpida filosofia dos povos queé escola de filhos, a casa dos Pais…”

Continuando com os Alvarado, “nasENS como comunidades vivas de ca-sais, tornam a citar o Padre Caffarel“estamos comprometidos em todasas frentes? Estamos suficientementepreocupados em INVENTAR a nossavida de equipa? É que se as ENS nãoforem um viveiro de homens e mu-lheres prontos a assumir corajosa-mente todas as suas responsabili-dades na Igreja e na cidade, perdema sua razão de ser.”” “a propósito dopapel evangelizador das ENS nomundo de hoje, debatemo-nos hojenum mundo onde predomina uma

cultura sem Deus, que, como disse oPadre Bartolomeo Sorge, SJ, “exala osdesvios morais, a violência, o dinhei-ro e o poder. Este mostrou sobretudoa sua incapacidade de edificar umasociedade humana mais feliz, livre ejusta. E se é verdade que nos permi-tiu “ter” mais, condenou-nos a “ser”menos.” Por isso, hoje temos de rei-vindicar a vida comunitária, pois sócom ela é possível “inculturar” oEvangelho nos diferentes campos davida humana. Até porque, segundoJean Vanier, “uma comunidade só seconstitui como tal quando todos osseus membros têm um sentimento deurgência da sua missão”. Nós mem-bros das ENS, temos consciência daexigência da nossa vocação cristã,face à necessidade de imprimir umsentido histórico ao nosso Movi-mento, discernindo os sinais dostempos e respondendo com diligên-cia e prontidão ao apelo de Jesus asermos sal da terra, luz do mundo efermento da massa… “façamos dasENS grupos de combate” no interiorda Igreja e da sociedade. Por outrolado, o sentido de pertença e a ex-pressão de amor à comunidade nãopodem excluir do nosso “povo” to-dos os casais em dificuldade, os di-vorciados e os divorciados recasa-dos. Por vocação somos chamadosa acompanhá-los a fim de que eles,como dizia João Paulo II “possamencontrar no seu caminho testemu-nhas de ternura e da misericórdia deDeus!””

Parabéns aos Alvarado pelo teste-munho e espírito de serviço que de-monstraram.

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EJNS CONNOSCO…

Seguiu-se a apresentação das EJNSque nos trouxeram a alegria da ju-ventude inconformada e interessadaem ser melhor. Aqui em Lourdes,como João Paulo II quando rezava,em Lourdes, “a Virgem fala aos jo-vens que procuram uma respostacapaz de dar um sentido à sua vida.É uma resposta exigente, mas é aúnica resposta que conta. Nela, resi-de o verdadeiro segredo da alegria eda paz.Nos dias que correm, com a vidacheia de desinformação facilitista, avossa presença forte é pronûncio deque vale a pena trabalharmos paraum amanhã que será Vosso. Para-béns e que a Vossa missão dê frutose vos dê segurança nas Vossas lutasinteriores e nas frentes comunitáriase sociais onde hoje é tão difícil dar acara por Valores de Exigência.

A UNIDADE DE TANTOS AMARELINHOS…

Depois veio a reunião de todos osamarelinhos na escadaria da Basílicade Nossa Senhora do Rosário. É im-pressionante ver, quando começam achegar e a reunir-se, o colorido deuma multidão que veio do outro ladodo mar, expressamente para estaraqui connosco em comunidade. Esta-vam juntos mais de mil e quinhentaspessoas, todas vestidas com póloamarelo especialmente feito pela Su-pra-Região Brasil para o Encontro.Que bonito vê-los cheios de esperan-ça e confiança… Olhando para eles,ficamos com a certeza de que tudo,

tudo o que fizermos vale a pena,porque não vai morrer… e vai darfrutos. Obrigado ao Brasil por nostrazer esta alma tão grande. E nóstimidamente ainda lá colocamosuma bandeirinha portuguesa nomeio para dizer que estamos presen-tes, também na festa deles, porquejogamos no mesmo clube… aqueleque vence sempre.

ESTAMOS INSTALADOS PORQUE NÃOTEMOS CONCORRÊNCIA?

Seguiu-se a última reunião de equipano prado onde nos interrogamos por-que estará a Europa tão pouco inte-ressada em viver os valores cris-tãos… Porque é que as nossas igrejasestão vazias? Os Brasileiros dizemque hoje são muito fustigados por ou-tras religiões mas, que isso tem de ser

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entendido positivamente pelo quetodos e em especial os sacerdotestêm de se preparar para a concor-rência do sucesso fácil e certo que osoutros asseguram. Talvez na Europahaja falta de concorrência que nosobrigue a sermos mais “profissio-nais” e “aguerridos”. Nisso as ENSterão de ir à frente.A propósito, aproxima-se mais umreferendo sobre a liberalização doaborto em Portugal e por isso temosde estar na linha da frente. No Porto,estamos a preparar umas jornadaspara o dia 11 de Novembro, sobreo tema, com a presença do Prof. Dr.João Bernardes, da Dr.ª Rangel e doPadre Vasco Pinto de Magalhães, SJ.Tenhamos a coragem de rezar comofez João Paulo II, aqui em Lourdes,quando disse que a “Virgem Ima-culada fala… às mulheres que têm amissão particular de… ser… teste-munhas dos valores essenciais quenão se podem ver senão com os olhosdo coração. A vós mulheres, compe-te-vos ser as sentinelas do invisí-vel!” e aos outros “irmãos e irmãs…façam tudo o que estiver ao vossoalcance para que a vida, toda a vida,seja respeitada desde a concepçãoaté ao seu fim natural.”

QUE BOM,QUANDO SE LEMBRAM DE NÓS…

Ao jantar, contámos com a melhor emaior festa de aniversário de casa-mento que já tivemos. Foram dis-cursos comovidos, e todos os amigosdo hotel se juntaram para nos felici-tar e presentear. Só por isto, já teria

valido a pena ter vindo a Lourdes depropósito. Bem hajam todos os quenos quiseram alegrar. Pela nossaparte, não merecíamos a manifesta-ção e ficámos muito contentes.

PELA ESTRADA FORA… EU LEVO A LUZ

Nessa noite, ainda participámos naprocissão mariana na companhia detodos os peregrinos que a ela sequiseram juntar. Foi um momentoalto, percorrendo grande parte dasruas de Lourdes com as velas acesas,enquanto rezávamos o terço. Aadoração à Virgem Maria, terminouem oração, em frente à Basílica deNossa Senhora do Rosário.

OBRIGADO AOS ROBERTY…

Na 5ª feira, dia 21, terminou o X En-contro da equipas de Nossa Senhoraem Lourdes.À oração da manhã seguiu-se aacção de graças pelo casal Robertyna hora da sua despedida da ERI.No final, enviaram-nos uma cartacom as Orientações de Vida para quecada um aprofunde a sua vocaçãocristã.

1. A equipa comunidade de Igreja on-de se evidência o amor fraterno dosequipistas, sabendo-se que não háequipa sem fidelidade a um compro-misso.2. Equipas de Nossa Senhora um“serviço dos casais aos casais” onde“é preciso inventar, dia a dia, o Mo-vimento das ENS.

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3. ENS acolhedoras para os casais dehoje. Que as ENS se exprimam numalinguagem que tenha em conta os si-nais dos tempos. É nossa preocupa-ção constante uma atenção particu-lar aos jovens.

PREPAREMO-NOS PARA A LUTA…COM ALEGRIA

Seguiu-se a missa de acção de graçaspresidida pelo Cardeal Dom GeraldoMajella Agnelo que na sua homiliasalientou a importância de cami-nharmos para a unidade e de pagar-mos o preço: humildade, doçura, pa-ciência… cada cristão deve contri-buir para edificar o corpo de Cristo.Os dons de cada um têm o papel detornar os outros capazes, por suavez, de servir para a edificação daIgreja… Somente assim os cristãos

não são mais crianças instáveis, fácilpresa de ideologia, de enganos e es-pertezas, mas, cumprindo a verdadecom factos, isto é vivendo no amor,crescem para o Cristo total… A fa-mília cristã é evangelizadora e mis-sionária”. Os Pais são os primeiros eprincipais educadores… especial-mente nossas crianças, adolescentese jovens necessitam viver a fé comalegria, apreciar a serenidade pro-funda que brota do encontro com oSenhor… Esta certeza e esta alegriade ser amados por Deus deve fazer-se de algum modo palpável e con-creta para cada um de nós, e sobre-tudo para as novas gerações… Quecada Família das ENS esteja sempreatenta para ouvir o pedido de suaMãe e a voz do Mestre. Assim sereisde facto testemunhas para o mundo,sinal dos valores familiares para osnossos jovens.

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VOLPINI, OLHEM PARA A FRENTE…CAFFAREL A BEATO

Veio então o momento alto do envioda nova ERI que é chefiada pelo casalitaliano Carlo e Maria Carla Volpini.Pela nossa parte agradecemos sin-ceramente todo o esforço despendidopela ERI anterior e desejamos a esta,as melhores felicidades. Que os fru-tos sejam muitos e bons… em espe-cial a confirmação da beatificação donosso querido Padre Henri Caffarel.Que os Valores tão insistentementeapregoados por Caffarel sejam abandeira que Vos permita reinven-tar os novos caminhos das ENS. Mui-

to obrigado a todos, pela Vossa dis-ponibilidade para nos servir.Veio o regresso aos hotéis, o almoço ea despedida com a complexidade detodos partirem ao mesmo tempo…O regresso foi extraordinário…Ver São Francisco Xavier e celebrar oseu V centenário.Santo Inácio de Loyola ensinar-nosque os pecadores podem ser SantosO Guggenheim de Bilbao que nosmostra que parece impossível é pos-sível…

Muito obrigado aos nossos companheirosde viagem… porque

A PEREGRINAÇÃO VALEU A PENA…AJUDOU-NOS A APRENDER A VIVER A FÉ COM ALEGRIAVALE SEMPRE A PENA ESTAR PRESENTE.QUEM NÃO PÔDE IR, NA PRÓXIMA NÃO PERCALÁ É MUITO MELHOR DO QUE AQUI FIZEMOS CRER.

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Estamos no depois do encontro… façamos como pediu o Padre HenryCaffarel… “doravante nos seja impossível deixar de ir, como os após-tolos, anunciar, magnalia dei, as maravilhas do senhor, e muito par-ticularmente as maravilhas do sacramento do matrimónio, àquelesque as ignoram”.

É que Lourdes é:

- A Água – “quem beber da água que eu lhe der jamais terá sede”- As Multidões – “de todas as raças línguas e nações”- O Rochedo – “sobre o qual nos podemos apoiar”- A Luz – “dia e noite, tanto no Inverno como no verão, as velas ardemna gruta”…- Milagre - como diz o Prof. Doutor Gonçalves de Azevedo, “a lingua-gem divina através do milagre não se impõe violentamente; … pelocontrário, entendê-la-á, seguramente todo o que, crendo em Deus e nasua omnipotência, surpreende no milagre um elemento de Revelação; oque se sente criatura limitada e pecadora, o que sabe, sem sombra dedúvida, que é seu destino entrar, por meio da graça, em íntima comu-nicação com Deus.”

ISABEL E GONÇALO SOUSA SOARES

P120

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Chegámos de Lourdes, do EncontroInternacional das Equipas de NossaSenhora!

Dos cerca de 100.000 membros a ní-vel Internacional, com a assinalável

representava cerca 46% das línguasfaladas, dada a presença, para alémdos conselheiros espirituais e dos ca-sais portugueses, casais de Moçam-bique e Angola e, em maioria, casaise conselheiros espirituais do Brasil.

Poderíamos ser ainda mais, mas talcomo o sal, que embora estando emminoria, é o que dá o sabor ao ali-mento, todos sabemos que é a prá-tica do evangelho que dá o verda-deiro sabor à vida.

Nunca fomos massa, nem desejamossê-lo, mas sabemos da nossa respon-sabilidade enquanto fermento namassa, impregnado de Cristo.

taxa anual de crescimento contínuode 4,25%, nos últimos 12 anos, está-vamos perto de 10.000 pessoas.

Da Sub-região Portugal éramos cercade 700, contudo a língua portuguesa

Em Lourdes todos tínhamos cons-ciência disto, a consciência de que,ao contrário dos bens materiais, oamor, a felicidade, a alegria, quantomais se dão, mais se têm, porque asua fonte é inesgotável — está emDeus! Resta-nos, na cultura ten-denciosamente individualista eegoísta em que estamos inseridos,com serenidade, irradiar a luz deDeus, para iluminarmos o nossocaminho, o das nossas famílias e odos outros, com o nosso testemu-nho de fé, esperança e amor, no sen-tido duma maior alegria e felicidadeno meio que nos rodeia - ser-mos oreflexo do amor de Cristo!

Olá!Olá!ANA E ANTÓNIO

LISBOA 89-G

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Éramos muitos, cerca de 4000 casais.Irradiávamos alegria, ao mesmotempo que deixávamos atrás de nósuma interrogação. (?)

Quem seriam aqueles, tantos pares,que circulavam pelas ruas de Lour-des, de mochila às costas, todas damesma cor, deixando no ar um tomverde escuro onde se enquadravambonitas silhuetas de um homem euma mulher, juntos, caminhando edescobrindo, ao longo do percursoque os levava ao Santuário da Vir-gem, outros casais, que saudavamcom amor fraternal e com eles se-guiam o percurso até ao local ondeviviam em conjunto uma mesmacelebração espiritual. Que lindo!

Acredito que Maria olhou com a do-çura do seu rosto Virginal para to-dos estes casais e a todos abençoou,acompanhando-os e tornando-se me-dianeira das preocupações, sofri-men-tos e necessidades que afectama família, para, junto com seu Filho,operar maravilhas através de nós,num mundo tão carenciado de valo-res do evangelho.

Tão grande graça só pode provir daoração em conjunto, do espírito deunião e de partilha onde a simplici-dade, a transparência e a humildadede coração fazem com que todos nos

sintamos irmãos, porque unidos pelomesmo vínculo filial do amor do Paique a todos ama sem limites e semdistinções.Foi um encontro rico de vivência dafé, de conhecimento, de descoberta denós mesmos e do nosso casal, de ale-gria pela descoberta de outros casaisque se conheciam e outros que passa-ram a conhecer, de partilha de expe-riências que são vivências práticasda vida e são momentos pedagógicosde enriquecimento de todos sob oolhar protector de Maria. São graçasque recebemos e que perderíamos senão pertencêssemos a este grandeMovimento das ENS. É o único Mo-vimento de espiritualidade conjugal,é uma grande riqueza para a vivên-cia do sacramento do matrimónio. Foram muitas as manifestações doamor de Deus para connosco: a pre-sença de tantos casais, de tantos con-selheiros espirituais, diáconos, tan-tos Bispos, a riqueza da liturgia, abeleza do coro litúrgico, que nos ele-vou e ajudou a dignificar as celebra-ções, a qualidade dos temas desen-volvidos que reflectiam uma riqueza,uma clareza que nos projectava parao amor com que Deus vê o nosso ca-sal e a nossa presença no mundo, eainda, a entrega de tantos que de al-ma e coração se ofereceram para o

DONZÍLIA

E FELISBERTO EIRA

ENSno Santuário

Lourdesde

ENSno Santuário

Lourdesde

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serviço atento, para que tudo se rea-lizasse no tempo e em perfeita harmo-nia com as exigências de cada hora.

Foi um trabalho de dádiva que oSenhor acolheu e que virá a produzirfrutos. Frutos esses, alguns, começa-dos a colher nesse santuário Marianoaos pés da Virgem peregrina, emtantos momentos. De salientar um omomento do dever de se sentar feitona zona do prado e noutras zonasverdes que foram decoradas porpares, sentados um ao lado do outroou de frente, ao mesmo nível, sob océu imenso de luz, numa serenidadecontagiante, reviam a sua vida, osseus sonhos, os seus projectos, assuas dificuldades e sucessos, toma-vam iniciativas para melhorar a suarelação e alimentar o seu amor, coma certeza de que Deus tinha aceitadoo convite de estar com eles e, porisso, com Ele reforçarem as suas pro-messas de amor e fidelidade.

O Encontro terminou com o brilhopróprio de quem por amor trabalha.Foi bonita a apresentação do logó-tipo. E no final era patente a gratidãode todos para com a Equipa Interna-cional que desenvolveu todo este tra-balho que foi o culminar de tantosanos (6) de entrega por amor ao Mo-vimento. Sensibilizados também,demos graças pela nova Equipa quegenerosamente se entregou para nosconduzir mais 6 anos.Rezemos a Deus por esta grande ri-queza, que é a generosidade destescasais a quem muito é pedido paraque iluminados pelo Espírito de Deusque nos habita possam, ajudar esteMovimento a estar presente e atentoaos sinais dos tempos e às necessi-dades dos casais de hoje e assim coma sabedoria que vem do alto poderemcontinuar a obra com o mesmo Espí-rito que soprou aos quatro casais eao nosso tão querido Padre Caffarel.

Por termos sido escolhidos para as ENS.Por termos dito sim ao teu amor.Pelos amigos que preenchem a nossa vida e cada vez são mais.Pelo trabalho que nos dás, que nos torna mais sensíveis e que nos permite consagrar mais tempoum ao outro e a Vós.Por nos aceitares como somos e assim poderes moldar um pouco as nossas muitas imperfeições.Pela forma como nos ensinas a gozar a liberdade, quando somos capazes de nos despojar de nósmesmos para perdoar aos outros, as suas faltas.Pela tomada de consciência dos nossos pecados, faltas de amor, e que nos obrigam a recorrer aoteu perdão, que é manifestação da Tua grandeza.Por este Encontro de Lourdes, pela riqueza, conforto espiritual e humano neste santuário de TuaMãe e nossa padroeira que se fez medianeira presencial entre Deus e os Homens.Fica connosco Senhor, faz-nos simples e humildes para te podermos levar àqueles que cruzam onosso caminho.Ajuda-nos a sermos teus testemunhos, na alegria do nosso sacramento, para que outros se sin-tam motivados a seguir – Te através deste Movimento, escola de amor e de partilha com os outros.

ORAÇÃO

OBRIGADO SENHOR:

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Relatório da participaçãono X Encontro Internacional das ENS

Agradecimentos

A todos os que tornaram possível a partici-pação da delegação moçambicana a esteevento, de um modo particular a senhoraAlice no tratamento do expediente para aviagem, o casal provincial de Lisboa dasENS, Sr. Marquez, pelo esmerado empenhono encaminhamento e solução pontual detodas as questões inerentes ao transito dadelegação por Lisboa e a presença em Lour-des e a Casa das Irmãs de Nossa Senhora deFátima (Buraca) pela fraternal hospitali-dade e acolhimento dispensado.Agradecimento muito especial à Supra-Re-gião das ENS de Portugal, pelo esforço ge-

neroso e fraterno desenvolvido no sentidode tornar realidade a participação de oitocasais e um Conselheiro Espiritual idos deMoçambique a Lourdes ao X Encontro In-ternacional das ENS.O agradecimento é extensivo a todas aspessoas anónimas que directa ou indirecta-mente contribuíram para traduzir em su-cesso a participação no Encontro e torna-ram agradável a passagem por Portugal.

IntroduçãoUma delegação moçambicana com-posta por oito casais e um sacerdote,conselheiro espiritual deslocou-se a

ENSRegiãoMoçambiquede

ENSRegiãoMoçambiquede LOURDES, 16 A 21 SETEMBRO 2006

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Lourdes, França para participar noX Encontro Internacional das Equi-pas de Nossa Senhora, o qual de-correu de 16 a 21 de Setembro de2006. O Encontro reuniu mais de9.000 participantes, entre casais,bispos, sacerdotes, consagrados eoutros leigos de diversos quadrantesdo mundo. O objectivo principaldeste Encontro foi de testemunhar afé cristã dos casais das equipas deNossa Senhora. A constituição dadelegação moçambicana era de cinco(5) casais provenientes do Sector deMaputo e dois (2) do da Zambézia eum (1) da Matola.

Viagem Maputo – LisboaNas vésperas da partida toda a de-legação concentrou-se na cidade deMaputo para os preparativos, isto éharmonizar todos os aspectos. A via-gem Maputo-Lisboa realizou-se nodia 13 de Setembro de 2006, no vooda TAP que partiu as 19.15 e chegouà Lisboa as 04.45 horas do dia 14. Nodecurso do embarque, no AeroportoInternacional do Maputo, a delega-ção recebeu bênção do Bispo DomFrancisco Chimoio, que viajou nomesmo voo com destino a Roma.

Acolhimento em LisboaNo Aeroporto Internacional Lisboa,apesar de ter sido de madrugada, adelegação foi recebida pontualmentepelo responsável do Movimento emLisboa, irmão Marques que a acom-panhou para o local de acomodação(Buraca). Neste local, à delegaçãomoçambicana veio juntar-se a deAngola.

Viagem à Lourdes

A viagem para Lourdes foi efectivadaem 3 autocarros cuja composição eramista: portugueses, angolanos e mo-çambicanos. A partida efectivou-seas 17.00 horas do dia 15 de Setembroe chegada foi as 11.00 horas do diaseguinte.

Actividades e LourdesApesar da chuva que caía, todos par-ticipantes foram hospedados em di-versos hotéis de Lourdes, não tendohavido algo anómalo.Com o objectivo de se potenciar a si-nergia e troca de experiência entre oscasais participantes, a distribuiçãofoi efectuada procurando evitaraglutinar no mesmo hotel casais damesma região. Cada hotel tinha umcasal responsável que tratava de to-dos assuntos pontuais que fosse sur-gindo. Foram constituídas, em cadahotel, diversas equipas mistas in-ternacionais compostas por casais esacerdotes que falassem a mesmalíngua.

O EncontroO Encontro seguiu um programaescrupulosamente religioso e social,onde o centro dos debates era a vi-vência da espiritualidade conjugal.Durante o Encontro diversas activi-dades decorriam numa sequênciarigorosamente programada, incluin-do as refeições.A sessão de abertura iniciou as 20:30horas do dia 16 de Setembro, naBasílica São Pio X, através de umaconferência cujo orador foi o casal

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Responsável da ERI, Gerald Marie eChristine de Roberty, à qual se se-guiu a sessão de desfile de standardsdos diversos países e a apresentaçãodo novo logótipo internacional doMovimento “Equipas de NossaSenhora”.

Durante o evento, nas diversas ses-sões, foram proferidas diversas con-ferências e homilias versando sobretemática diversa da vida conjugal, omovimento das ENS, sua história,estágio actual e caminhada de espi-ritualidade conforme os ideais do seufundador, Padre Henri Caffarel.

Cada uma das Comunicações eraobjecto de debate pelas Equipas Mis-tas Internacionais formadas nos ho-téis. O debate incidia no enquadra-mento dos temas versados na vidaquotidiana de casais cristãos e queimplicações o tema e a abordagemterão na espiritualidade conjugal ena sua caminhada para a santidadeapregoada por Padre Caffarel.

Realizou-se uma via-sacra por cadaequipa mista e uma Procissão Ma-riana congregando todos os partici-pantes no Encontro. A Procissão par-tiu da Igreja Paroquial de Lourdes,onde a Santa Bernardete foi bapti-zada e seu itinerário culminou naBasílica São Pio X.

No dia 20 de Setembro, os partici-pantes visitaram os “passos da Ber-nardete”, Santa de Lourdes, de quemsão referidas 18 aparições da NossaMãe Maria Santíssima para lhe fa-zer, entre outras, as seguintes revela-ções: “Vai dizer aos padres que ve-nham aqui em procissão e construir

uma capela”. Desta resultou que nolocal fosse erguida a Basílica deLourdes.

Grupo de formação

Após o Congresso em Lourdes, doiscasais Moçambicanos permanecerampor mais dois dias em Lourdes, onde,junto de outros irmãos, incluindodois casais angolanos e um sacerdotetiveram uma formação internacionaldo movimento de ENS. Do seu depoi-mento oral, transpareceu que estaformação se revelou uma mais valiapara a caminhada.

Devido a incompatibilidade do tem-po o Conselheiro Espiritual não podeparticipar na formação, tendo re-gressado à Lisboa com o primeirogrupo.

Apoio e conduta espiritual

Verificou-se muita devoção da partede todos os equipistas, a qual foi cor-respondida por uma enorme entregados sacerdotes, conselheiros espiri-tuais, os quais tudo fizeram paraassegurar o amadurecimento espiri-tual dos equipistas.

Regresso à Lisboa

A viagem de regresso, Lourdes- Lis-boa foi efectuada no dia 21 de Setem-bro, através dos mesmos autocarrosusados na ida. Do grupo ido de Mo-çambique, dois casais: Casal Eliseu(da Zambézia) e Tembe (da Catembe)permaneceram para tomarem partena formação, após o que regressaramdois dias mais tarde, de comboio.

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Visita ao Santuário de Fátima

Juntamente com a delegação ango-lana, a parte da delegação moçambi-cana que chegou a Lisboa na madru-gada de 22 de Setembro deslocou-se,no dia 23 a Fátima onde realizouuma visita, participou na celebraçãoeucarística das 11.00 horas, visitou omonumento dos três pastorinhos,contemplou as diversas partes davila e do Santuário, incluindo o tra-jecto da procissão. É de salientar que,à semelhança do dia da chegada àLourdes, os peregrinos foram benzi-dos por uma repentina tempestade.No regresso, os peregrinos tiveram oprivilégio de contemplar as mara-vilhas de Lisboa, numa viagem tu-rística, muito gentil e sucintamentereportada pelo condutor do auto-carro turístico.

Encontro com a Supra-Região

No dia 25 de Setembro, véspera daviagem de regresso, realizou-se umencontro das duas delegações pere-grinas de África com a Supra-Região,esta última representada pelos ilus-tres senhores Rebelo, Secretário eFernando Marques, provincial deLisboa. Este encontro serviu de opor-tunidade para se efectuar um balan-ço da presença das duas delegaçõesafricanas em Lisboa e Lourdes, re-flexão sobre alguns aspectos que ca-racterizam a caminhada do movi-mento, principais constrangimentose algumas recomendações.Salientou-se a necessidade de se re-forçar a pertinência da actualizaçãodas quotizações para assegurar a

consolidação do movimento e o su-porte financeiro que as actividadesrequerem.

A oportunidade serviu para se fazera entrega de diversos documentosorientadores da caminhada espiri-tual, para além dos complementosaos Standards recebidos antes daviagem a Lourdes e que serviram debandeiras das duas delegações nosdiferentes actos em que desfilassemem procissão elucidativa dos paísespresentes no Congresso.

Regresso a Maputo

No dia 26 de Setembro, parte dadelegação de Moçambique, excep-tuando os dois casais que perma-neceram em Lourdes para formação,nomeadamente, Casal Tembe, daCatembe e Casal Elísio, da Zambé-zia, os quais regressaram dois diasdepois.

Conclusões

A participação no X Encontro Inter-nacional das Equipas de Nossa Se-nhora foi um momento ímpar detroca de experiências, entreajuda,meditação, peregrinação, aprendi-zagem e oração.

Este momento permitiu perceber quea caminhada de espiritualidade domovimento em todo o mundo tem amesma linguagem, mesmos concei-tos, semelhante método e, acima detudo, os problemas que os casais,equipas enfrentam são comuns eencontram no movimento um ca-minho para a busca de solução em

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direcção a santidade, como o PadreCaffarel apregoou.De um modo geral, a peregrinaçãoapresenta um saldo positivo, aten-dendo os objectivos que nortearam aideia da participação.A delegação de Moçambique era umadas pequenas, pelo que há que secriarem condições para uma maiorparticipação no Congresso de 2012,o que requer melhor organização fi-

nanceira de cada casal, como formade garantir uma autonomia.A delegação voltou com o desafio dedisseminar os ensinamentos adqui-ridos, isto é, de dar de graça o que degraça recebeu. Remete-se a Região eaos sectores que sejam criadas ascondições para que tal se concretize.

O Casal Coordenador da delegação,Domingos e Anastácia

Partida das caravanas:

Dia 13 – Partiram de Luanda paraLisboa o casal Teresa/Dias e JoanaSuka, não tendo embarcado oEquipista João Suka por obrigaçõesprofissionais, com chegada às 20:30horas de Lisboa, ficando abrigadosna Casa de Retiros do Bom Pastor naBuraca.

Dia 14 – Partiu o 2.º grupo compostopela maioria dos participantes, numtotal de 15 casais: Domingas/Eugénio,Luiza/Adão, Cristina/Benge, Cristi-

na/Kassembe, Guilhermina/Muhon-go, Luciana/Nuno, Marcelina/Chana,Maria/Agostinho, Rosa/Sawaka, An-gelina/Valente, Emília/Loth, Maria/Fortunato, Leonora/Santos, Teresa/Mazalaque, o Responsável RegionalCristina e João e os assistentes espi-rituais Padre Domingos Reinaldo,Padre Raimundo Sapalo Mangens,respectivamente das Dioceses deLuanda e Benguela e a Irmã IreneFlores Sanches da Paróquia de SantaAna no Bengo, com chegada às 1:30horas da madrugada em Lisboa.

CRISTINA E JOÃO MAKENENGO

CASAL RESPONSÁVEL DA REGIÃO DE ANGOLA

ENSRegião

Angolade

ENSRegião

Angolade16 a 21 de Setembro de 2006

Relatório sobre o 10.º Encontro Internacional das ENS em Lourdes

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Outros dois assistentes espirituais,Padre Bernardo Duchene de Salazare Padre Gabriel Marcos de Benguela,tinham já viajado para Lisboa ante-riormente.

Dia 15 – Realizou-se o 1.º encontrode concertação com o casal Provin-cial de África, Lai e Fernando Mar-ques que nos deu as boas-vindas etraçou algumas linhas de orientaçãoe procedimentos sobre a deslocaçãoa França, na cidade de Lourdes. Foi--nos apresentado o casal Judite eAntónio Bico, que durante o tempoem que foram responsáveis do Sectorde Joanesburgo na África do Sul,lançou e pilotou equipas em Moçam-bique. De seguida foi-nos entreguepelos Provinciais o estandarte daRegião de Angola estampada com aPadroeira das ENS a “Mamã Mu-xima”.A partida dos equipistas foi antece-dida pela celebração da Eucaristia,presidida pelo Padre DomingosReinaldo e concelebrada pelos Pa-dres Raimundo Sapalo Mangens ePadre Daniel Sousa de Quelimane,Moçambique. Para a deslocação aLourdes, fomos distribuídos por trêsautocarros tendo a Supra-Regiãotido o cuidado de fazer presente emcada autocarro um Sacerdote comoacompanhante e orientador espiri-tual dos equipistas ao longo da via-gem, tendo a caravana partido às16:30 horas e a chegada a Lourdesàs 11:00 horas do dia 16.Às 20:30 horas realizou-se a cerimó-nia de abertura no Santuário deLourdes, na Basílica de S. Pio X com

uma representação massiva de todasas Equipas ao Encontro Internacionalespalhadas pelo Mundo em que se feza apresentação dos estandartes porPaíses e Zonas, tendo sido o País per-filhado com o seu respectivo estan-darte ostentado pelo casal Maria Inêse Francisco Agostinho.Foi lida a Mensagem endereçada atodas as Equipas, enviada pelo SantoPadre o Papa Bento XVI, enfatizandoo sentido e a necessidade da unidadepara a revitalização do Reino deDeus, onde também só as Famíliastêm a responsabilidade pelo desar-mamento da mentalidade do passa-do para a construção de um mundonovo desinibido de preconceitos. Deigual modo foi também lida a Men-sagem do casal Roberty da ERI –Equipa Responsável Internacional,incidindo fundamentalmente pelaimportância ímpar das ENS na vidada Igreja e na vivência do Sacramen-to do matrimónio, sendo a Família acélula básica da humanidade.

Dia 17 (Domingo), com início às09:30 horas realizou-se a Eucaristiano Prado, em frente à Gruta, onde osnossos irmãos africanos tomaramparte activa no Ofertório com a de-monstração dos rituais de África nocanto litúrgico e na dança. Foramapresentadas ofertas diversas con-forme a origem, sem excluir a pre-sença particular de Angola no seuestilo original.A Eucaristia foi presidida pelo Sr.Bispo Monsenhor Mário Russotto econcelebrada por vários Bispos eSacerdotes de vários países, onde os

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cristãos foram chamados pioneirosdo amor de Cristo e reflexo de co-munidades vivas de casais. Toma-ram parte das leituras da Palavra oscasais Responsáveis da Supra-Regiãode Portugal, Regional de Angola eRegional do Gana.

Após a Eucarístia realizou-se umaconferência com início às 11:00 horase terminando às 12:40 horas profe-rida pelo Monsenhor Jacques Perrier,Bispo de Tarbes e Lourdes sob otema: Jesus Cristo centro da vidacristã.

Nesta vertente foi exaltado aos pre-sentes o Nome de Jesus Cristo Aque-le que é o Filho de Deus, feito um denós, mas Alguém que tem o nome deHomem, chamado Jesus nascido deuma Mulher – Maria, figura distintaentre as mulheres chamadas a viverna humildade, na oração, na difusãodo Evangelho e na simplicidade.

No período da tarde às 14:30 horasrealizaram-se reuniões, conforme oprograma das reuniões das Equipasnos lugares de alojamento sob o te-ma: Reunidos em Nome de Cristo, eposteriormente os equipistas parti-ciparam numa Procissão Eucarísticacom os estandartes dos seus respec-tivos Países. No início da noite rea-lizou-se a 2.ª reunião das Equipasmistas com o tema de reflexão: JesusCristo Centro da Vida Cristã.

Dia 18 (segunda-feira) após a oraçãoda manhã, fez-se a apresentação dosIntercessores cujo objectivo princi-pal centrou-se na criação de corren-tes de oração no período da noite das

00H00 às 06:00 horas da manhã e je-juar uma vez ao mês.

Das 10:00 às 11:00 horas sob o tema:O Sacramento do Matrimónio, con-ferência proferida pelo Padre AlainMatteeuws S. J. e Priscila e Jean-Lo-ius Simonis, foram sublinhados osseguintes aspectos: “o casamentonão é um simples pacto, mas sim umacto sacramental cujos filhos gera-dos são um dom de Deus e não umapropriedade dos pais...“, “... Os es-posos são sinais privilegiados doamor de Deus...”, “... A comunidadede casais surge como reflexo do amorde Cristo. A Família é um dos ele-mentos fundamentais da Igreja nomundo. O casamento diante de Deusé um dom de liberdade, onde nadana vida está condicionado, pois nãoexiste o amor no temor e no cons-trangimento. O SIM que se dá aosentido do matrimónio cristão não éum risco, mas uma aventura quecomeça...”

na conferência sobre o Matrimónio,segundo o Padre Caffarel (fundadorda Equipas de Nossa Senhora) subli-nha que grande parte dos casais jánão estariam unidos na vida conju-gal se o amor for considerado comouma coisa e o sacramento outra.

Os equipistas realizaram nos seusrespectivos grupos mistos das 14:00às 16:00 horas e após os temas do en-contro de meditação nos seus lugaresde alojamento, a sua Via Sacra queocorreu em distintos lugares ao lon-go do Prado em frente à Gruta, se-guindo-se do período útil das con-fissões.

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Das 21:00 às 22:30 horas realizou-sea Eucaristia em memória do PadreHenri Caffarel na Basílica de S. Pio X,tendo os equipistas retornado aodescanso.

Dia 19 (manhã) após a oração, foiproferida uma conferência sob o te-ma: O casal e o compromisso. Osequipistas meditaram nos seus apo-sentos o mesmo tema reservado àvocação e compromisso.

Resumindo os temas em análise, che-gou-se à conclusão de que o esforçodo casal continuará se for sustentadopor uma perspectiva comum, a con-vicção de pertenceram ao único cor-po de Cristo, animados pelo mesmoespírito, partilhando o mesmo fun-damento do Baptismo em Nome doPai e do Filho e do Espírito Santo,esta Santíssima Trindade de Pessoasque nos dá o exemplo da perfeitaunidade na diversidade: “... O casalneste âmbito é comparado como fer-mento da massa.“; “... Ligar a vidahumana à Vida de Deus é uma tarefamagnífica.“; “... O casal se torna umasó carne – isso é certamente um pro-cesso de desenvolvimento. Na uni-dade de um só coração e um só espí-rito assim a partilha pode resultarde acções concretas, tentando umamaneira diferente de fazer as coisas,renovando alguma resolução ou to-mando um compromisso.”

Entre outras tarefas celebrou-se aMissa na Basílica de S. Pio X das14:30 às 16:00 horas seguindo-se odever de se sentar com o texto deOração extraído (Icor. 13, 4-8) “... Acaridade é paciente, é benigna, não se

alegra na injustiça, mas se comprazcom a verdade... a caridade nuncaacabará....”

Das 20:00 às 22:30 horas foi abrilhan-tada uma noite festiva em Lourdesem gesto de confraternização dosmembros do Movimento, correspon-dendo a uma tradição dos encontrosdas ENS.

Dia 20, celebrou-se a Missa Interna-cional na Basílica com a participaçãode todas as Nações presentes ao En-contro de Lourdes.

No período da tarde realizou-se umaconferência em que foram vistos sobo ponto de vista sociológico da co-munidade, o casal cristão na dinâ-mica do crescimento espiritual, da fé,das comunidades vivas de casais naIgreja e o papel Evangelizador dasENS no mundo de hoje.

Em conclusão da jornada, foi feitaentre outras actividades no períododas 16:00 às 16:30 horas a apresen-tação das Equipas de Jovens de Nos-sa Senhora.

Das 21:00 às 22:30 horas realizou-sea Procissão Mariana, partindo daIgreja Paroquial, percorrendo váriasartérias da cidade de Lourdes, tendoterminado defronte à Basílica sita nolugar das Aparições.

Finalmente no dia 21 (quinta-feira),após a Oração da manhã seguiu-se aCelebração da Missa de Acção deGraças, presidida em língua Portu-guesa, por Sua Eminência o Cardealdo Rio de Janeiro, com a apresen-

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tação dos novos Responsáveis daEquipa Responsável (ERI), tendoparticipado no evento um total de8.200 casais, 450 sacerdotes e 20bispos.

O regresso dos membros da Supra--Região de Portugal, para Lisboa emparticular as Equipas da Região deAngola e Moçambique, realizou-se noperíodo da tarde a partir das 16:00horas, no mesmo itinerário, tendochegado a Lisboa no dia 22 pela 6:00horas. Voltou-se ao local de acolhi-mento inicial, Casa de Retiros doBom Pastor.

Dentro da peregrinação aos Santuá-rios, os equipistas de Angola e Mo-çambique, deslocaram-se a Fátima,onde puderam realizar uma cami-nhada pela montanha, em meditaçãosilenciosa nos espaços da Via-Sacrado Santuário. No período da tarde,em conjunto fez-se um passeio pelasprincipais artérias e pontos históri-cos da cidade de Lisboa.

De realçar o modo como fomos aco-lhidos em Lourdes, onde a comitivatanto de Angola como de Moçam-bique foi distribuída e intercaladanos hotéis com outros equipistas, deoutros países, efectivando-se assimum grande intercâmbio de culturas etroca de experiências muito salutar.

O nosso agradecimento fica mani-festado neste relatório aos Respon-sáveis da Supra-Região de Portugalque nos proporcionaram uma recep-ção e acolhida bastante confortávele calorosa, quer em Lisboa como emLourdes.

Ao longo do nosso peregrinar tive-mos como é óbvio, missas diárias,celebradas pelos nossos Conselhei-ros atrás já citados nos lugares deresidência e nos encontros havidosem Lourdes.

Notamos muita atenção e carinho noespírito de irmandade característicados peregrinos reunidos em Nome doSenhor, dedicada a nós por parte daSupra-Região na pessoa do casal Anae Vasco Varela, no casal ProvincialLai e Fernando Marques e no casalsecretário-geral Graciete e José Re-belo, que profundamente agrade-cemos.

Por tudo isto, demos graças e lou-vores ao Senhor Deus por todas estasmaravilhas.

QUE JESUS,MARIA E JOSÉA TODOS ABENÇOE.

Feito em Lisboa,aos 25 de Setembro de 2006.

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Na Sessão de Formação Internacional que já é hábito ter lugar após os Encontros Internacio-nais, estiveram presentes 80 casais e 16 Conselheiros Espirituais.

Da Supra-Região Portugal estiveram presentes 4 casais e 1 sacerdote:. Padre Bernardo Duchene da equipa N’dalatando 1 em Salazar;. Suzana e Cristóvão Mateus da equipa Luanda 3;. Domingas e Domingos Inácio da equipa Luanda 17;. Rosa e Carlos Eliseu da equipa Quelimane 7;. Albertina e Marcelo Tembe da equipa Catembe 1.

O casal Isabel e João Luís Baptista Ferreira estiveram também presentes assegurando a tradu-ção do português.

20062006200620062006Formação Internacional

Sessãode

LourdesFormação Internacional

Sessãode

LourdesLourdes, Cité St. Pierre21 a 24 de Setembro de 2006

CDS COM AS MÚSICAS DO ENCONTRO DE LOURDES 2006

CDs com as músicas do encontro de Lourdes 2006 foram produzidos e entregues aosresponsáveis de Autocarro e Comboio, bem como aos casais que se deslocaram emviatura própria, para se irem ambientando durante o caminho.

DEZENAS DE FÁTIMA PARA OFERTA EM LOURDES

Dezenas com a inscrição Fátima foram produzidas e entregues, em conjuntos de 7 a cadacasal da SR Portugal participante no Encontro, para os casais oferecerem em Lourdes aosmembros das suas equipas mistas.

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SÓ AVALIANDO PODEMOS MELHORAR NO FUTUROLOURDES 2006LOURDES 2006

GRACIETE E JOSÉ REBELO

Avaliação Global

CASAL RESPONSÁVELPELO SECRETARIADO

O formulário de avaliação do Encon-tro de Lourdes 2006 foi enviado a to-dos os participantes do Encontro,com excepção dos casais de Angola eMoçambique por razões logísticas.Recebemos 130 respostas de casaiscorrespondendo a cerca de 40% dototal. A amostra pode considerar-secom valor representativo. Optou-sepela avaliação feita pelo casal pois oelevado número de parâmetros aavaliar e um elevado número de res-postas individuais acarretaria umenorme trabalho de avaliação semprovavelmente conduzir a uma mo-dificação substancial dos resultados.Surpreendente é o facto de 90% dasrespostas virem acompanhadas decomentários extensos, frequente-

mente de mais de uma página, o queilustra o interesse posto na resposta.Frequentemente os comentários ex-pressam uma crítica a vários aspec-tos avaliados que não é totalmentereflectiva na avaliação numérica. Es-tes comentários abordam na suagrande maioria problemas levantadopelo alojamento, a alimentação, e pe-lo transporte de comboio (por estaordem).

Em geral pode dizer-se que se notaum grande entusiasmo pela partici-pação no Encontro, e que a grandemaioria considera extremamente po-sitiva a vivência do Encontro e estãoprontos a recomeçar (mesmo quandofazem críticas a detalhes que sabemminimizar).

Os comentários expressos pelos participantes abordaram principalmenteos seguintes assuntos:

• O alojamento: um assunto recorrente na maioria dos observações (comdados específicos);

• A alimentação;

Apreciação global do EncontroApreciação global do serviço em PortugalApreciação global da Organização Lourdes

Avaliação (5 = Muito bom) 1 2 3 4 5 Médiaponderada

0 0 11 72 461 3 12 48 661 12 29 64 23

Avaliação Global 4,12

4,274,353,74

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CONCLUSÃO GERAL

O encontro de Lourdes 2006 foi um acontecimento marcante na história doMovimento e extremamente útil para os casais que participaram.Se fossemos recomeçar agora a organização do alojamento em Lourdes eos transportes em Portugal teriam de ser cuidadosamente repensados.

Actividades mais apreciados no Encontro:Eucaristia no Prado (4.65)Reuniões de Equipas nos hotéis (4.52)Eucaristia de Acção de Graças (4.49)

Serviços mais apreciados na logística em Portugal:Correspondência sobre os pagamentos (4.69)Processo de inscrição (4.62)Informações gerais iniciais (4.42)

Actividades mais apreciados na Logística Lourdes:Material distribuído com a documentação (4.42)Documentação do Encontro (4.38)Serviço do Casal responsável do hotel (4.04)

Actividades menos apreciados no Encontro:Noite de Festa (3.55)Noite de adoração (3.76)Envio novos responsáveis da ERI (3.78)

Serviços menos apreciados na logística em Portugal:Qualidade dos transportes (3.76)Informações práticas sobre a viagem (4.22)Informações sobre o nome do hotel alojamento (4.14)

Actividades menos apreciados na Logística Lourdes:Qualidade do Alojamento (2.63)Acolhimento e transporte para o hotel (2.99)Qualidade da alimentação (3.15)

• O transporte de comboio (qualidade e desorganização);• A confusão no acolhimento na chegada dos autocarros;• Dificuldade de comunicação nos hotéis;• O programa sobrecarregado não dando espaço para o casal e para des-

cansar;• O difícil funcionamento dos aparelhos de escuta das traduções;• A quase ausência da língua portuguesa;• A acústica e a deficiente iluminação da Basílica Pio X;• Elogios ao coro e agradecimento aos que trabalharam na preparação e or-

ganização do Encontro.

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