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EQUIPAMENTOS E TECNOLOGIA EM FISIOTERAPIA Acessibilidade É uma característica do ambiente ou de um objeto que permite a qualquer pessoa estabelecer um relacionamento com esse ambiente ou objeto e utilizá-los de uma forma amigável, cuidada e segura. No início do seu uso: estava restrito ao ambiente construído e designava a eliminação de barreiras arquitetónicas. Depois da mudança: “barreiras arquitetónicas” foi substituído por acessibilidade; inversão do sinal das lutas e dos olhares (não era contra, era a favor) o Acessibilidade é, então, muito mais que construir rampas Acesso à Educação, ao trabalho, ao lazer, cultura, desporto… o Acessibilidade significa possibilidade de acesso com o máximo de autonomia e de utilização por parte de todas as pessoas a: - meio edificado; - via pública; - transportes; - tecnologias de informação e comunicação. o Alcançar condições de acessibilidade significa equiparar oportunidades em todas as esferas da vida, pois estas condições estão relacionadas com o Ambiente e não com Características Pessoais. o Acessibilidade diminui a desvantagem que determinado ambiente influencia negativamente no funcionamento da pessoa.

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EQUIPAMENTOS E TECNOLOGIA EM FISIOTERAPIA

Acessibilidade É uma característica do ambiente ou de um objeto que permite a qualquer pessoa estabelecer um relacionamento com esse ambiente ou objeto e utilizá-los de uma forma amigável, cuidada e segura.

No início do seu uso: estava restrito ao ambiente construído e designava a eliminação de barreiras arquitetónicas.

Depois da mudança: “barreiras arquitetónicas” foi substituído por acessibilidade; inversão do sinal das lutas e dos olhares (não era contra, era a favor)

o Acessibilidade é, então, muito mais que construir rampas – Acesso à Educação, ao trabalho, ao lazer, cultura, desporto…

o Acessibilidade significa possibilidade de acesso com o máximo de autonomia e de utilização por parte de todas as pessoas a:

- meio edificado;- via pública;- transportes;- tecnologias de informação e comunicação.

o Alcançar condições de acessibilidade significa equiparar oportunidades em todas as esferas da vida, pois estas condições estão relacionadas com o Ambiente e não com Características Pessoais.

o Acessibilidade diminui a desvantagem que determinado ambiente influencia negativamente no funcionamento da pessoa.

o Um ambiente acessível é para todos, pois oferece qualidade de vida, segurança e permite a convivência e a interação entre diferentes pessoas.

o Acessibilidade é um DIREITO HUMANO:- igualdade de oportunidades;

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- inclusão social – para que a inclusão a sociedade deve incorporar os requisitos de acessibilidade, pois o primeiro passo é frequentar o mesmo espaço com dignidade e tranquilidade.

Para ditar e estabelecer os requisitos da acessibilidade temos o DESENHO UNIVERSAL.

Desenho Universal Desenho Universal ou Desenho para Todos visa a conceção de objetos, equipamentos e estruturas do meio físico destinados a ser utilizados pela generalidade das pessoas, sem recurso a projetos adaptados ou especializados.

Objetivo:- simplificar a vida independentemente da idade estatura ou capacidade, pela “produção de produtos”, estruturas, comunicação/informação no meio edificado, que sejam de baixo custo e possam ser utilizados pelo maior número de pessoas, para que todos possam integrar-se totalmente numa sociedade inclusiva.

A tecnolodia como estratégia pró- ativa para a funcionalidade e a saúde: tecnologias de apoio

o Interação conceptual do ICF

Condição de saúde

(alteração/doen

Funções de estruturas do

corpo (Deficiência)

Atividades(limitação)

Participação (Restrição)

Fatores Ambientais

Fatores Pessoais

Fatores Contextuais

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O ICF trocou a “consequência da doença” pela “componente/condição de saúde”.O impacto da deficiência, limitação da atividade ou restrição da participação podem depender dos fatores ambientais.

o Finalidades da Aplicação Tecnológica - motivar, despertar interesse ou recompensar esforço;- proporcionar acesso a outro equipamento;- alcançar objetivos funcionais: - comunicação, autocuidado, divertimento e lazer, desenvolvimento motor, locomoção, função sensorial, aprendizagem cognitiva, atividades ocupacionais.

o Tecnologias de apoio : dispositivos, equipamento, instrumentos, tecnologia e software especialmente produzidos e disponíveis para:

- compensar;- prevenir;- monitorizar;- neutralizar;- aliviar; …a limitação da atividade, a deficiência ou restrição na participação.Para a Autonomia, para uma Vida Independente.

Objetivo: “proporcionar à pessoa portadora de deficiência maior indepência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação da comunicação, mobilidade, controlo do seu ambiente, aprendizagem, competição, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade.”; “Podem variar de um par de óculos ou uma simples bangala a um complexo sistema computorizado.”.

o A quem se destinam as tecnologias de apoio? - pessoas com incapacidade;- idosos;- pessoas que necessitam de as utilizar de forma temporária ou definitiva.

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Tecnologias de apoio estão divididas numa classificação, a Classificação das Tecnologias de Apoio ISO 9999, uma norma internacional.

o Classes das tecnologias de apoio Classe 04: ajudas para tratamento clínico individual;Classe 05: ajudas para treino de capacidades;Classe 06: órteses e próteses;Classe 09: ajudas para cuidados pessoais e de proteção;Classe 12: ajudas para mobilidade pessoal;Classe 15: ajudas para cuidados domésticos;Classe 18: mobiliário e adaptações para habitação e outros locais;Classe 21: ajudas para a comunicação, informação e sinalização;Classe 24: ajudas para manejamento de bens e mercadorias;Classe 27: ajudas e equipamentos para melhorar o ambiente, ferramentas e máquinas;Classe 30: ajudas para recreação.

o Como são financiadas as tecnologias de apoio? - centros distritais da Segurança Social, I.P. – nível 1;- Hospitais, designados pela Direção Geral de Saúde – nível 1,2;- centros de emprego e centro de reabilitação profissional credenciados enquanto entidades financiadoras – nível 1,2,3.

OrtóteseAparelhos ou dispositivos ortopédicos de uso provisório. São destinados a alinhar, prevenir ou corrigir deformidades ou melhorar a função de partes móveis do corpo.

É uma tecnologia de apoio e, por isso, está classificado pela Norma Internacional.

o Abordagens: - Biomecânica: baseia no princípio do movimento e da aplicação de forças no corpo;- Sensoriomotora: presença de lesão no SNC para inibir ou facilitar respostas motoras normais;- Reabilitação: facilitar o retorno à melhor função individual, usando as potencialidades dos pacientes.

o Material utilizado nas ortóteses

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O material mais comum nestas estruturas é termoplástico. Este tipo de material torna-se maleável e adequado para ser trabalhado a temperaturas entre 65ºC e 75ºC, recuperando a sua rigidez após arrefecimento.

o Tipos de Ortóteses - de REPOUSOImobilização feita em posição corrigida – repouso (encurtamento) ou, mais frequentemente, em posição funcional.

- de POSTURA ou de CORREÇÃOEstática: mantém uma posição previamente corrigida – corrige de uma forma progressiva e por etapas de atitude viciosa;Dinâmica: apresenta uma montagem mecânica com aplicação de uma força contínua realizando uma correção progressiva e permanente.Mista: ação dupla porque é estática ao posicionar o segmento numa atitude funcionar, e dinâmica ao permitir aos antagonistas das músculos paralisados retornar à sua função e seguidamente porque coloca o segmento atingido na posição de partida.

- de RESTRIÇÃOO seu objetivo é limitar um movimento em determinado setor.

ORTÓTESES- imobilizam;- previnem deformidade;- suporte articular;- alinhamento articular;- substituem uma função motora perdida;- corrigem uma deformidade existente;- promovem controlo do movimento;- facilitam o alinhamento de fraturas e tecidos em fase de cicatrização.

o Ortóteses do membro superior - Anel em 8: restringe a hiperextensão da articulação interfalângica proximal.- Extensor Dinâmico do dedos: utilizado par auxiliar a extensão gradual da IFP a se estender gradualmente. Algum efeito na extensão

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da metacarpicofalângica. É ajustável e a almofada central distribui a pressão na articulação IFP. - Tala para Punho - Antebraço: síndrome do túnel cárpico, artrites, artroses.- Tala de Tecido para Polegar e Punho: estabilização do polegar e punho em posição funcional. Dedos livres.- Adaptações: projetadas e confecionada para facilitar as atividades da vida diária, como por exemplo, alimentação, escrita, higiene,… As adaptações visam facilitar a independência do paciente nessas atividades. - Ortóteses estáticas (de posicionamento e funcionais): utilizadas em inúmeras patologias, podem imobilizar uma ou mais articulações e/ou facilitar a função manual.- Ortóteses dinâmicas: permitem movimentos ativos da musculatura funcional e, através dos elásticos, movimentos passivos dos músculos paralisados. Pode ser utilizada no pós-operatório de cirurgias da mão.

o Ortóteses do membro inferior - Palmilhas sob molde: calçado para diabéticos e palmilha para compensação - de amputação parcial metatarsofalângica.- Colete de Jewett;- Colete de TLSO;- Colete de Milwakke;- Ortótese longa em fibra de carbono: mais leve que as tradicionais – maior conforto e melhor condição para locomoção.- Ortótese longa com cinto pélvico: para locomoção e ortostatismo (paralisia nos membros inferiores). Cinto pélvico rígido ou semi rígido. Os movimentos da anca, joelhos e tornozelos podem ser livres, limitados ou bloqueados. - Ortótese longa unilateral com cinto pélvico/ortótese curta: indicada em paralisias nos membros inferiores. - Ortótese longa com apoio isquiático associada à goteira em polipropileno: indicada para controlo da anca mas não do joelho.- Ortótese R.G.O. (reciprocating gait orthosis): indicada para paralisias dos membros inferiores.- Ortótese para joelho: lesão ligamentar. Tratamento conservador ou pós cirúrgico. Permite mobilidade ativa com restrição gradual da extensão e restrição completa das rotações. - Dennis-Brown: permite manter os membros inferiores em rotação externa. Indicada para uso noturno.- Suspensório de Pavlik: indicado para o tratamento da luxação congénita da anca do recém nascido até ao 6º mês de idade. O

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correto ajustamento das tiras permite imitar os graus de movimento, mantendo-os em flexão e abdução, permitindo movimentos do bebé. Facilita higiene corporal.

o Ortóteses para cervical, torácica e lombar - Colar de Schanz: usado como imobilização provisória nas emergências e no pós operatório de várias patologias cervicais. - Colar cervical com apoio mentoneano: bloqueia parcialmente a flexão da coluna cervical.- Colar de Forrester-Brown: para o tratamento coadjuvante dos traumatismos, traumas e luxações da coluna cervical, inclusive no pós operatório de cirurgias nessa zona. Promove a imobilização. Cursores graduáveis permitem o coltrolo da flexo-extensão cervical. - Colar tipo minerva: promove a imobilização da coluna cervical. Usado como coadjuvante no tratamento das fraturas, luxações, traumatismos e cervicalgias. Pode ser utilização no pós operatório de cirurgias na coluna vertebral.- Colete Milwaukee (com anel cervical): universalmente utilizado no tratamento de escolioses, hipercifoses posturais e doença de Scheüermann. Confecionado após molde em gesso. A correta colocação das almofadas permite o controlo das curvaturas escolióticas ou da hípercifose.- Colete Milwaukee sem anel cervical: confecionado como o modelo anterior, mas sem o anel cervical. Prescrito para o tratamento de escolioses torácicas baixas e lombares.- Ortótese torácico-lombo-sagrada: prescrita para o tratamento de escolioses lombares leves. - Colete infra-axilar de Wilmington: também utilizado para o tratamento de escolioses. - Colete infra-axilar Bivalvado: prescrito nos tratamentos e escolioses, fraturas toráco-lombares, pós operatório de cirurgias vertebrais e controlo das instabilidades do tronco nas doenças neuro-musculares. - Colete de Knight: imobilização da coluna toráco-lombar. Pode ser associado a uma ortótese longa em pacientes com fraqueza no tronco e membros inferiores. - Colete de Putti: utilizado como imobilização da coluna lombar nas lombalgias, como coadjuvante no tratamento de fraturas lombares e no pós operatório de cirurgias da coluna lombar. - Colete de Jewett: indicado para pacientes com postura cifótica ou portadores de fraturas da coluna torácica. Utiliza o princípio dos 3 pontso de apoio, permite que a coluna lombar permaneça em lordose. Possui almofadas posteriores, esternal e púbica.

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Próteses Componente artificial que tem por finalidade suprir necessidades e funções de indivíduos sujeitos a amputações de membros ou parte de membros. É um substituto de uma parte do corpo.

Devem ser funcionais, confortáveis e cosméticas.

- Próteses não funcionais: próteses estéticas ou passivas.Indicada para indivíduos que dispensam ou não se adaptam às próteses funcionais. Principais características: peso reduzido e manuseio simples.Habitualmente confecionada com componentes modulares, recebendo um acabamento individualizado através do revestimento cosmético (espuma).A forma, cor e estrutura proporcionam um aspeto natural.

- Próteses funcionais: - Próteses Ativas (mecânicas): fonte de energia interna (propulsão muscular)Possui um peso menor do que as que têm uma fonte de energia externa.

- Próteses Mioelétricas: fonte de energia externa (energia extracorpórea)Exige como pré requisito a disponibilidade de potenciais musculares suficientemente fortes para o acionamento dos componentes elétricos. A fixação é feita através de um encaixe de contacto, preso através de uma correia.Os elétrodos possuem uma suspensão elástica e recebem os sinais do bicípite e do tricípite.Estes sinais são transformados em quatro impulsos distintos, através e uma unidade de acionamento e direcionadas à mão e ao cotovelo elétrico. Um encaixe externo cobre os cabos e eletródos e fixa a parte distal da prótese através da articulação do cotovelo.

- Próteses Híbridas: ativa + mioelétrica (fonte interna + externa)Combina a força muscular do indivíduo com uma força externa para o acionamento dos componentes.

- Próteses biónicas: controladas pelo pensamento.

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o Próteses do membro superior

Próteses Categoria ISOPróteses parciais da mão, incluindo próteses dos dedos

ISO 06 18 03

Próteses da desarticulação do punho ISO 06 18 06Próteses transradiais (abaixo do cotovelo) ISO 06 18 09Próteses da desarticulação do cotovelo ISO 06 18 12Próteses transumerais (acima do cotovelo) ISO 06 18 15Próteses de desarticulação do ombro ISO 06 18 18Prótess para amputação da cintura escapular ISO 06 18 21

o Próteses ou componentes de próteses do membro superior

Próteses Categoria ISOMãos artificais ISO 06 18 24Ganchos e ferramentas funcionais ISO 06 18 27Unidades de punho ISO 06 18 30Articulações do cotovelo ISO 06 18 33Articulações do ombro ISO 06 18 36Articulaçõs externas para conjuntos de próteses do membro superior

ISO 06 18 39

Unidades de alinhamento para conjuntos de próteses do membro superior

ISO 06 18 42

o Desarticulação do cotovelo Neste tipo de desarticulações, são utilizadas hastes articuladas ou articulações com trava para substituição da função do cotovelo.As mãos podem ser passivas, mecânicas ou mioelétricas.Os cartuchos fixam a prótese acima dos epicôndilos e mantêm a articulação do ombro livre.

o Amputação do antebraço Neste nível de amputação, as próteses (ativas ou passivas) podem ser suspensas por liners de silicone ou por suspensão supraepicondiliana. Nas amputações de 1/3 proxima e 1/3 médio, é possível utilizar nas próteses mioelétricas, punho com prono-supinação.

o Amputação de braço Nestas amputações transumerais, as próteses funcionais podem ser confecionadas com cotovelos elétricos ou mecânicos.As próteses híbridas, bastante utilizadas neste nível de amputação, são confecionadas com cotovelos mecânicos com auxiliar de flexão e mãos mioelétricas digitais ou proporcionais.

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Os encaixes protéticos envolcem a articulação glenoumeral e apresentam um tirante de fixação que envolve o ombro contralateral.

o Desarticulação do ombro/ amputações trans- escapulotorácica

Neste tipo de acontecimento são utilizadas próteses endoesqueléticas não funcionais com articulação do ombro livre e cotovelo passivo. Os encaixes envolvem o hemitórax e são fixos por correias.

o Próteses do membro inferior

Próteses Categoria ISOPróteses parciais do pé ISO 06 24 03Próteses de desarticulação do tornozelo ISO 06 24 06Próteses transtibiais (abaixo do joelho) ISO 06 24 09Próteses de desarticulação do joelho ISO 06 24 12Próteses transfemurais (acima do joelho) ISO 06 24 15Próteses de desarticulação da anca ISO 06 24 18Próteses de hemipelvectomia ISO 06 24 21

Próteses Categoria ISOPróteses parciais do pé ISO 06 24 03Próteses de desarticulação do tornozelo ISO 06 24 06Próteses transtibiais (abaixo do joelho) ISO 06 24 09Próteses de desarticulação do joelho ISO 06 24 12Próteses transfemurais (acima do joelho) ISO 06 24 15Próteses de desarticulação da anca ISO 06 24 18Próteses de hemipelvectomia ISO 06 24 21Próteses de hemicorporectomia ISO 06 24 24

o Próteses ou componentes de próteses do membro inferior

Próteses Categoria ISOArticulações do tornozelo e do pé(componentes protésicos concebidos para substituir algumas funções normas das articulações do tornozelo e pé, usados como parte dos sistemas)

ISO 06 24 27

Rotadores(componentes protésicos modulares que permitem rotação a nível do plano transversal entre os outros componentes da prótese do membro inferior)

ISO 06 24 30

Articulação do tornozelo(componentes protésicos concebidos par substituir algumas funções normais da articulação

ISO 06 24 33

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do tornozelo, usados como parte dos sistemas protésicos do membro)Articulação da anca(componentes protésicos concebidos para substituir algumas funções normais da articulação da anda, usados como parte dos sistemas protésicos do membro)

ISO 06 24 36

Encaixes transtibiais (pré-formados)(Encaixes artificiais moldados individualmente para servirem de ligação entre o coto e a prótese transtibial – abaixo do joelho)

ISO 06 24 39

Encaixes transfemurais (pré formados)(encaixes artificiais moldados individualmente para servirem de ligação entre o coto e a prótese transfemural - acima do joelho)

ISO 06 24 42

o Próteses exoesqueléticas Fabricadas em madeira ou plástico – próteses convencionais. Apresentam um exterior rígido. Próteses de banho e geriártricas.

Vantagens: resistência, durabilidade e pouca manutenção. Desvantagens: estética menos agradável, menos opções de componentes e impossibilidade de intercâmbio rápido, dificuldade para realinhamento.

o Próteses endoesqueléticas Têm uma estrutura tubular que suporta o peso, revestidas exteriormente por espuma flexível ou borracha.Podem ser utilizadas para todos os níveis de amputação, com exceto das amputações parciais do pé e do tornozelo.

Vantagens: maior conforto, aspeto mais natural, ajuste dos componentes, alterações nos planos sagital, frontal, horizontal e movimentos de translação. Desvantagens: mais caras e menor durabilidade.

Regras e cuidados no levantamento ou deslocamento de pesos

- Não levantar pesos exagerados sozinho. - Baixar e levantar utilizando os membros inferiores.- Colocar os pés ligeiramente afastados, de forma a ter uma boa base de sustentação e uma distribuição equitativa de peso.

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- Não rodar o tronco durante o levantamento de pesos.- Não levantar pesos na posição de sentado.- Estudar antecipadamente o trajeto mais curto e seguro.

Sempre que mais do que uma pessoa efetuem o deslocamento é importante que cada 1 saiba: - a tarefa global a realizar. - o seu contributo específico. - quem lidera a manobra. - os comandos a que tem de obedecer.

Em suma, para se levantarem pesos:1. Aumentar a base de sustentação.2. Dobrar os joelhos.3. Aproximar o peso do corpo.4. Levantar o peso à custa dos músculos das pernas.5. Manter o peso junto ao corpo.6. Aumentar a base de sustentação e dobrar os joelhos.

Auxiliares de Marcha Objetivos: - equilíbrio;- descarga;- propulsão.

Pode ser:TemporáriaMarcha fisiológica – alternância dos membros, marcha normal.

DefinitivaAssociada ou não a uma prótese ou ortótese – indispensável à marcha; progressão até determinação do auxiliar – marcha eficaz e segura; máxima autonomia.

A escolha do auxiliar de marcha deve ser baseada em:- características;- princípios de utilização;- possibilidades do indivíduo;- tipo de marcha previsto.

o BARRAS PARELALAS - reeducação da marcha;

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- assegurar estabilidade (frontal e sagital);

Características técnicasDimensões:- Altura e largura são reguláveis. - Comprimento – boa análise do marcha.- Diâmetro – adaptado às possibilidades de preensão.

Acessibilidade:- acesso livre e permitir nomeadamente, acesso fácil de CR.

Complementos:Base é – anti derrapante, tábua central, traçado no solo.

Outras adaptações:Gosteiras de antebraço, trólei de marcha.

UtilizaçãoTodos os tipos de marcha: 2, 3, 4 pontos; com ou sem aparelhos.

Exercícios preparatórios.o ANDARILHOS

Grande número de modelos. No geral são constituídos por 4 barras de madeira ou liga leve,, ligadas entre si, sobre 3 dos seus lados, por barras horizontais.

Andarilho standard- 2 pegas- ponteiras antiderrapantes- altura regulável

Andarilho articulado- respeita esquema de marcha mais fisiológico- menor estabilidade do aparelho- exige maior equilibro

Andarilho com rodas- diminuição do esforço- estabilidade antero-posterior não assegurada - se colocado longe, risco de perda de equilíbrio

Utilização- estádios precoces

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- tem indicações limitadas (interior)- não utilizável em escadas- É estável- Permite marcha a 3 pontos

- Esquema de marcha aprendido – difícil modificar – idosos, e neste sentido é preferível outro auxiliar.

o MULETA AXILAR - formada por 2 barras fixadas em forma de “V” ligadas por uma pega e fechadas por uma travessas.- A travessa não é um apoio – é concava para apoio lateral no tórax, sendo que a altura total e da pega é regulável.

Utilização- bom equilíbrio- máxima segurança- eficácia na deambulação- indicação temporáriaPerigos- risco de fratura do braço em caso de queda- paralisia do território do nervo radial- difícil de desaprender

o CANADIANAS Constituídas por:- tubo em liga metálica leve- pega- braçadeira – 5 cm abaixo do olecrâneo. - tubo regulável- pega – assegurar uma boa preensão - braçadeira – inclinado 30º sobre a vertical – é articulada, o que permite que o utilizador liberte uma mão quando necessita, o que é perigoso em caso de queda.- referência das pegas – grande trocânter.

Utilização:- estabilizam os membros superiores - suportam o peso do corpo- permitem marcha a 4,3 ou 2 pontos- deambulação pendular – paraplégico

o BENGALAS

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Constituídas por:- haste de madeira ou de metal- pega de forma variável

Bengala convencional- cortada à altura correta- diâmetro – 19mm (Homens); 16mm (Mulheres e Crianças)- superfície curva – deslize.

Bengala em “T” Permite um melhor apoio da mão – pega ortopédica Utilização - pega estável – apoio e equilíbrio.- carga parcial: 1 bengala (lesões unilaterais menos invalidantes) ou 2 bengalas (canadianas)

- alterações da sensibilidade profunda- deficits musculares – reposição do equilíbrio frontal e sagital

o PIRÂMIDES - regulável em altura- pega em “T”- apoiada sobre 1 tripé- permitem o passo

Utilização - temporária – estádio intermédio entre o apoio fixo da barras pararelas e o apoio instável das canadianas.

o Acessórios dos auxiliares de marcha Ponteiras- amortecer o choque - antiderrapantes- borracha, extremidade concava, permite aderência. Deve ser substituída logo que se gasta.

Pegas- preensão confortável- segura

o Medidas para um auxiliar de marchaCondiciona a estática geral e a sua boa utilização

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- Altura da pega: Ligeira flexão do cotovelo (20º a 30º)Bordo superior do grande trocânter- para as muletas axilares Indivíduo em péOmbros relaxados3 dedos entre a travessa e o côncavo axilar

Ajudas para a Mobilidade Pessoal Cadeiras de Rodas

Tipos: ManualElétrica

Critérios- nível e tipo de lesão, deformações associadas, eventuais complicações- possibilidades funcionais- idade e peso- barreiras arquitetónicas- forca do eventual acompanhante- recursos financeiros

MANUAL- mais leve- mais facilmente transportável- mais fácil manutenção- não é possível para todos

ELÉTRICA- mais cara - mais dispendiosa- mais pesada- mais rápida

Cadeira de rodas manualEstruturaAço – forte, barato, pesadoAlumínio – leve e não demasiado caroCarbono – extremamente leve, extremamente caro

Componentes básicos

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1. Apoio de braços2. Travões3. Rodas traseiras4. Rodas da frente5. Assento e econsto6. Apoio de pés (pedais)

RodasRodas grandes à frente- raio de brecagem mais pequeno – CR estritamente de interiores- manejo mais difícil a maior velocidade

Rodas grandes atrás- técnica (“2 rodas”), o que imprime maior independência

Rodas destacáveis: úteis na redução do peso/tamanho da CR para guardar e transportarNo geral, quanto maior as rodas, maior esforço é necessário para o propulsão – 20 a 21 polegadas (standard). Possibilidade de ajuste das rodas grandes:- redistribuição do peso: maior esforço para deslocar

Possibilidade de ajuste das rodas grandesRoda montada atrás da interseção entre o assento e as costas:- maior estabilidade- maior comprimento total da cadeira- menor manobrabilidade- maior dificuldade em chegar ao aro de tração- as rodas traseiras apresentarão maior tendência para derrapar por menor percentagem de peso sobre elas

Roda montada à frente da interseção entre o assento e as costas:- mais fácil propulsão- menos estabilidade- distribuição de peso muito concentrada na roda traseira- menor tendência para derrapar

Inclinação das rodasSe as rodas traseiras possuem inclinação:- o esforço requerido para a propulsão numa linha reta será maior

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- a facilidade com que o utilizador pode rodar a CR será maior- para o uso diário, a curvatura até 5º é aceitável- mais do que 5º, é já uma cadeira de rodas para desportistas

Que tipo de pneus?Pneus pneumáticos:- maior conforto porque absorvem o choque - facilitam subida e descida de passeios- maior esforço para deslocação por menor aderência

Pneus rígidos:- mais fácil manutenção- maior durabilidade

AssentoLargura: - em função do peso e tamanho do utilizador- quando muito largo, pode favorecer atitudes viciosas e constituir um obstáculo para transpor barreiras arquitetónicas- quando demasiado estreito, será incómodo e aumentará o risco e zonas de pressão- para medições: medir o utilizador na parte mais larga das ancas (região intertrocantérica) e adicionar 5 cm.

Comprimento:- se for demasiado curto, as coxas não são suportadas em todo o comprimento – demasiada pressão nas nádegas- se for demasiado longo – demasiada pressão na região poplítea e o usuário não tem um apoio adequado das costas

Fundo:- medir desde a região posterior das nádegas até à região poplítea e subtrair 5 a 7.5 cm de forma a evitar maceração na face posterior dos joelhos.

EncostoReclinável:- limitação da flexão da anca- hipotensão arterial no levantamento- necessidade de repouso ao longo do dia- dificuldades respiratórias

Altura:

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- deve ser suficientemente alto para estabilizar a região dorsal baixa- acima ou abaixo deste nível, a altura do assento é uma matéria das necessidades individuais e/ou da preferência pessoal. - para medição: 2.5 cm abaixo das omoplatas de forma que o encosto não interfira ao mover-se o braço para trás.

Inclinação:- de 100º a 110º, se for ajustável, pode regular-se de acordo com diferentes atividades.

Apoio de braçosServem de apoio e descanso para os braços.

- Podem ser planos ou cortados;- Preferencialmente removíveis;- Podem ser reguláveis em altura (de forma a que os cotovelos estejam com um ângulo de 90º)

Apoio de pernasParte da cadeira que suporta o peso das penas e as protege contra impactos.

Apoio de pés (pedais)- Podem ser fixos à estrutura da cadeira ou amovíveis;- Podem ser reguláveis em altura (de forma a que os joelhos estejam em 90º).

Altura:- 5 cm mínimo, mas recomenda-se de 10 a 12 cm.

Aro exteriorServe para proteger mãos do utilizador.

- Aro duplo de um lado é indicado para os hemiplégicos.

Manutenção da Cadeira de Rodas (CR)- pressão dos pneus- estado de partes fixas e móveis- estado de limpeza

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Regras de Segurança da CR- travar a CR sempre que esta não esteja em movimento- levantar e/ou fastar os pedais aquando de transferências- nunca permitir carga sobre os pedais

Técnicas de transferência, transporte e posicionamento de doentes dependentes

As técnicas de transferência podem ser:- mecânicas;- manuais.

Antes de transferir devemos: Avaliar, Planear e Organizar.

Avaliação:- do espaço: - disposição do mobiliário - piso - condições do material

- do doente: - visão, audição, fala, compreensão - força muscular - coordenação motora - equilíbrio

Dificuldades Comuns:- doente muito pesado, obeso- doente razoavelmente independente- doente com problemas mentais- doente cego ou com dificuldades de visão- transferências com duas ou mais pessoas