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IM 250 – Prof Eugênio S. Rosa 1
Equação 1D de advecção e difusão utilizando transformada de
Laplace
Conteúdo
1. Introdução .................................................................................................................................... 2
2. Resumo das propriedades da transformada de Laplace ............................................................... 4
2-1 Convolução no tempo e no espaço de Laplace ...................................................................... 7
2-2 A função delta de Dirac (fonte wikipedia) ............................................................................ 9
2-3 Transformada de Laplace do Delta de Dirac ....................................................................... 10
3. Soluções fundamentais da equação de difusão .......................................................................... 11
3-1 Eq. transiente da difusão em 0 < x < (sólido semi-infinito) com u(0,t)=cte. ................... 11
3-2 Eq transiente da difusão em 0 < x < (sólido semi-infinito) com u(0,t)=f(t) .................... 13
3-3 Eq transiente da difusão em - < x < com u(x,0)=f(x).................................................... 14
3-4 Eq transiente da difusão em - < x < e o delta de Dirac ................................................. 18
4. Referências ................................................................................................................................. 19
versão fev/2018
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1. Introdução
As equações de transporte 1D advectivo e difusivo são expressas de forma genérica através
de:
2
2u
t x x
, (1)
onde pode ser um escalar, energia interna, entalpia etc ou o vetor velocidade e o coeficiente de
difusão. Como o modelo é unidimensional o vetor velocidade reduz para uma representação escalar
assim como é a representação da energia. Além disto, o transporte e a difusão ocorrem somente em
x, a direção do escoamento, e não há gradiente transversal! Este tipo de equação ocorre com
frequência em simulação de escoamentos transiente em dutos, na difusão de quantidade de
movimento, energia ou vorticidade por exemplo.
O método da transformada de Laplace é uma técnica para solução de equações diferenciais
lineares com condições iniciais definidas. Qual o princípio dos métodos de transformação para se
chegar a solução de uma equação diferencial? Uma maneira simples para descrever o método de
transformação é considerar o exemplo a seguir. Suponha que seja desejado calcular o produto de VI
e XIV, em algarismos romanos, e expressar a resposta em algarismo Romano! O primeiro passo é
transformar os algarismos Romanos em algarismos Arábicos. VI é 6 e XIV é 14. O próximo passo é
calcular o produto 6 x 14 = 84 que é denominado por solução transformada. O último passo é
converter 84 em algarismos Romanos, LXXXIV; esta etapa é a transformação inversa.
A Figura 1 ilustra genericamente processo de um método de transformação. Estes métodos,
inclusive Laplace, sempre constituem a etapa de transformação, a solução do problema
transformado e por último a aplicação da transformada inversa para se chegar na solução do
problema original.
Figura 1 – Representação das etapas de processamento de um método de transformação usando o
exemplo dado.
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Por que se empregam os métodos de transformação? Alguns problemas são difíceis de se resolver
diretamente. Com o uso do método de transformação, espera-se que seja mais fácil de se chegar a
solução do problema original. Isto é verdade para o exemplo dado. Porém a aplicação dos métodos
de transformação tem que levar em conta a dificuldade para transformar o problema original e
também para obter a transformação inversa para se chegar a solução do problema original.
No link wiki é fornecido um material sobre transformada de Laplace. Para aqueles que
nunca tiveram contato é necessário a leitura antes de continuar a leitura deste material. O restante
do material é dirigido a solução de equações diferenciais parciais lineares utilizando a transformada
de Laplace aplicada a problemas de difusão e advecção.
O capítulo 2 mostra a transformada de Laplace e sua inversa de algumas funções mais
simples. Em seguida destaca algumas propriedades da Transformada de Laplace. Estas informações
e conceitos são as ferramentas necessárias para se chegar ao problema transformado, resolver o
problema transformado e depois aplicar a inversa para obter a solução original.
O capítulo 3 aplica o método de transformada de laplace para resolver a equação de
transporte. Neste capítulo são executadas as etapas de transformação, manipulação para se chegar a
solução do problema transformado e a aplicação da inversa para se chegar na solução original.
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2. Resumo das propriedades da transformada de Laplace
A transformada de Laplace de f(t), t 0 é definida por:
st
0
F s e f t dt
. (2)
A função F(s) é chamada de transformada de Laplace da função f(t) e é denominada por L(f):
st
0
F s f e f t dt
L . (3)
As funções originais, por exemplo f(t), empregam letras minúsculas e sua transforma letras
maiúsculas, F(s). Se a função original fosse y(t), a representação de sua transformada seria Y(s) e
assim por diante.
Lembre que a função original depende de t, mas, a transformada depende de s. De forma
complementar denomina-se por transformada inversa de Laplace a operação que restaura f(t) a
partir de F(s):
1f t FL . (4)
O procedimento de transformação e sua inversa usualmente são realizados utilizando-se
tabelas ao invés de empregar a definição dada na Eq. (2). Por referência a Tabela 1 traz a
transformação de Laplace para algumas funções. Entretanto há muito mais outras funções com seus
pares de transformação. Uma boa fonte de referência são softwares com capacidade de
processamento simbólico, como o Mathematica (Wolfram).
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Tabela 1- Transformada de Laplace para algumas funções
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Transformações de Laplace envolvendo exponenciais e a função erro. Estas serão úteis na
solução do transporte por difusão.
2
2
2 st
3ee
/L
λλ
πt (5)
2
2 s
s
e e
L
λ
t
π t (6)
2 s1 e
Erfst
L (7)
2 s 2 s1 1 e e
1 Erfs s st
L (8)
Aliado às transformações há também as propriedades desta transformação. Uma lista com as
mais comuns são mostradas nas Tabela 2a-b. Veja demonstração das propriedades em Kreyszig.
Tabela 2a – Propriedades da transformada de Laplace
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Tabela 2b– Propriedades da transformada de Laplace
2-1 Convolução no tempo e no espaço de Laplace
A convolução no tempo de duas funções, f(t) e h(t) é definida pela integral:
t
0
g t h f t h t f d* , (9)
Para cada instante de tempo é feito o produto entre o sinal de f atrasado de com o h(t). A
convolução é a integral destes produtos. Considere por exemplo duas ondas quadradas h(t) e f(t)
centradas na origem num intervalo de tempo -0.5s < t < 0.5s, fora deste intervalo f e h valem zero.
A convolução h*f é mostrada na Figura 2.
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Figura 2 – Exemplo de convolução entre duas ondas quadradas.
O teorema da convolução em particular será frequentemente utilizado na solução da equação
da difusão e é destacado abaixo com sua propriedade comutativa.
t
0
H s F s h f t h f t d*
L L . (10)
O resultado da convolução é comutativo: H(s).F(s) = F(s).H(s) assim como
t t
0 0
h f t d h t f d
Exemplo: Uso do Teorema da Convolução para encontrar a transformação inversa de 26 s s 9
.
Vamos escolher:
2
2 3F s e H s
s s 9
,
portanto,
1 1
2
1 3f t 2 2u t e h t 3t u t
s s 9Sin
L L .
A função u(t) é a função degrau (Heaviside function) definida por: u =1 para t0 e u = 0 para t<0.
A função seno vem multiplicada por u(t) pelo fato que sendo periódica, ela é válida para t< 0 e t> 0
enquanto que a transformada de Laplace aplica-se para t> 0 somente. O uso de u(t) garante que ela
exista somente para valores de t > 0.
Usando o Teorema da Convolução:
t
1
0
F s H s f h t 2u t 3 u d* Sin L
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2-2 A função delta de Dirac (fonte wikipedia)
A função delta de Dirac, , é uma distribuição (função generalizada) que na origem (0)
mas sua integral em toda a curva possui valor unitário. Pode-se pensar no delta de Dirac como um
retângulo infinitamente estreito e infinitamente alto com área igual a unidade.
Para definir matematicamente a função Delta de Dirac, é conveniente utilizar outra função
singular, a chamada função de Heaviside, também conhecida por função salto ou degrau.
Considera-se o Delta como o limite de funções pulso unitário , num curto curto intervalo de
tempo , quando o parâmetro tende a zero:
Para representar um impulso num instante de tempo que não zero, realiza-se um deslocamento na
equação anterior:
Observa-se que as áreas dos retângulos formados pelas funções pulso unitário valem 1
independentemente do valor de . Ou seja:
Assim, considerando que quando , define-se a função Delta de Dirac
como sendo
A função Delta de Dirac pode também ser definida em termos de outras funções com propriedades
análogas. Por exemplo:
Resumidamente, pode se escrever:
Uma propriedade interessante da Delta de Dirac é a propriedade da filtragem:
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Para chegar a este resultado utilizou-se o fato de que a é nula quando t≠a, então os
limites de integração podem ser alterados para a-ε e a+ε. E como é contínua em t=a seu valor
neste intervalo não será muito diferente de , pode-se dizer que aproximadamente,
[3]
2-3 Transformada de Laplace do Delta de Dirac
Partindo-se da definição da Transformada de Laplace e utilizando a Propriedade da Filtragem,
.
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3. Soluções fundamentais da equação de difusão
Nesta seção serão apresentadas soluções fundamentais da equação de difusão transiente para
um domínio semi-infinito, 0 < x < e domínio infinito, - < x < .
3-1 Eq. transiente da difusão em 0 < x < (sólido semi-infinito) com u(0,t)=cte.
Equação da difusão para 0 < x < e 0 < t < . Trata-se de um sólido semi-infinito que está
no estado 0 no tempo inicial e na sua origem para t > 0 ela passa a ser u(0,t) = 1. É um problema de
condução transiente.
2
2
2
u ua
t x
(11)
u 0 t 1 para t > 0C.C.
u t 0 para t > 0
C.I. u x 0 0
( , )
( , )
( , )
(12)
Fisicamente este problema representa um sólido semi-infinito numa temperatura inicial 0 e
subitamente uma de suas faces passa a ter temperatura 1. O calor é difundido no interior do sólido
semi-infinito e este transporte transiente é o objeto da solução analítica que estamos procurando.
As transformadas de Laplace para cada termo da equação são:
st
0
2 2 2
2 2 2
u x t U x s u x t e dt
du x t s u x t u x 0
dt
d d du x t u x t U x s
dx dx dx
, , ,
, , ,
, , ,
L
L L
L L
(13)
Substituindo Eq. (13) na Eq.(11) encontra-se:
2
2
2
0
ds U x s u x 0 a U x s
dx, , , (14)
2
2 2
d sU x s U x s 0
dx a, , (15)
Tomando como solução U(x,s) = C.ecx
, e substituindo na Eq. (15) encontra-se que ou autovalores
são:
2
2
s sc c
a a (16)
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Portanto a solução geral no campo de Laplace é:
x s a x s aU x s A e B e, (17)
Para grandes valores de x, é antecipado que u(x,t) será uma função limitada de t, para tanto é
necessário que a transformada deve aproximar assintoticamente de zero para s . Para que isto
seja sempre satisfeito é necessário que o coeficiente B seja nulo.
A constante A é determinada considerando a condição inicial, u(0,t) = 1. Note que U(0,s) =
1/s consequentemente,
x s a1U x s e
s, (18)
Comparando a transformada de Laplace da Eq.(18) com a Eq.(7) determina-se que 2 = x/a e a
inversa da Eq.(18) é
2
x t
0
2e d onde u x t 1 0 e
22
,
ˆ ˆ ˆ, ;ˆ ˆˆ
x x
a ta t (19)
ou
u x t Erfc onde 02 2
,
x x
a t a t (20)
Figura 3 – Gráficos da função erro, Erf e da função erro complementar, Erfc.
A solução u(x,t) para vários instantes de tempo é mostrada na para L = 4 e a = 1. Observa-
se a variação da frente de u(x,t) para os diferentes instantes de tempo.
Figura 4 – u(x,t) ao longo x para vários instantes de tempo
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3-2 Eq transiente da difusão em 0 < x < (sólido semi-infinito) com u(0,t)=f(t)
Equação da difusão para 0 < x < e 0 < t < . Trata-se de um sólido semi-infinito que está
no estado 0 no tempo inicial e na sua origem é submetido a uma variação dada por f(t). É um
problema de condução transiente. Observe que esta solução generaliza a solução obtida no item (1).
2
2
2
u ua
t x
(21)
u 0 t f t para t > 0C.C.
u t 0 para t > 0
C.I. u x 0 0
( , )
( , )
( , )
(22)
Portanto a solução geral no campo de Laplace é idêntica àquela encontrada na Eq.(17) uma vez que
u(x,0)=0 como no caso (1), então:
x s a x s aU x s A e B e, (23)
Para grandes valores de x, é antecipado que u(x,t) será uma função limitada de t, para tanto é
necessário que a transformada deve aproximar assintoticamente de zero para s . Para que isto
seja sempre satisfeito é necessário que o coeficiente B seja nulo.
A constante A é determinada considerando a condição inicial, u(0,t) = f(t). Note que U(0,s)
= F(s) consequentemente,
x s aU x s F s e, (24)
A partir do teorema da convolução pode-se determinar a transformada inversa da Eq.(24),
onde 2 = x/a e com a Eq.(5) é:
2
2
t
4a
0
3 2e
2au x t f t d
/,
xx
π . (25)
De forma generalizada pode-se dizer que a solução para u(x,t) é a convolução da condição de
contorno u(0,t) = f(t) com a solução homogênea da equação de difusão:
t
0
u x t f t g d, , (26)
onde a função g é definida por:
2
24a
3 2e
2x
ag
/,
xx
π . (27)
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3-3 Eq transiente da difusão em - < x < com u(x,0)=f(x).
Equação da difusão para - < x < e 0 < t < . Trata-se de um sólido infinito onde o estão
inicial é definido por: u(x,0) = f(x) no estado 0 no tempo inicial e na sua origem é submetido a uma
variação dada por f(t). É um problema de condução transiente. Observe que esta solução generaliza
a solução obtida no item (1).
2
2
2
u ua
t x
(28)
u x 0 f x para - x < ( , ) (29)
Figura 5 – Evolução do campo de temperatura num sólido 1D com para - < x <
A equação transformada é similar à Eq.(14), mas com a diferença que a condição inicial não
é nula mas u(x,0) = f(x), veja Eq.(30):
2
2
2
f x
ds U x s u x 0 a U x s
dx, , , . (30)
Rearranjando os termos da Eq.(30) chega-se a:
2
2 2 2
f xd sU x s U x s
dx a a, , (31)
A eq. (31) possui uma solução homogênea e outra não-homogênea. A solução homogênea é
conhecida do caso (1) e mostrada abaixo por conveniência.
x s a x s a
HU x s A e B e, (32)
A solução particular é mostrada na Eq.(33):
x x
s a x s a s a x s a
P
0 0
1 1U x s f e d e f e d e
2a s 2a s,
(33)
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Para verificar sua validade será calculado d2Up(x,s)/dx
2 e substituído na Eq.(31) para verificar se é
verdadeira veja nota rodapé 1
A solução geral é a soma da solução homogênea e particular, Eqs. (32) e (33) portanto:
x x
s a x s a s a x s a
H P
0 0
1 1U x s U x s A f e d e B f e d e
2a s 2a s, ,
(34)
s a s a
0 0
1 1A f e d e B f e d
2a s 2a s
(35)
1 Demonstração que a solução particular satifaz a equação
x
s a x s a x s a x s a
P 2
0
x
s a x s a x s a x s a
2
0
x
s a x s a s a
2 2
0
d 1 1U x s f e d e f x e e
dx 2a 2a s
1 1 f e d e f x e e
2a 2a s
1 1 f e d e f e d
2a 2a
,
x
x s a
0
e
Erro! Apenas o documento principal.(33)
x
s a x s a x s a x s a
P 3 2
0
x
s a x s a x s a x s a
3 2
0
x
s a x s a
3 3
0
d d s 1U x s f e d e f x e e
dx dx 2a 2a
s 1 f e d e f x e e
2a 2a
s s f e d e
2a 2a
,
x
s a x s a
2
0
f xf e d e
a
Erro! Apenas o documento principal.(33)
2
2 2 2
1 2
x x
s a x s a s a x s a
3 3 2
0 0
x x
s a x s a s a x s a
3 3
0 0
f xd sU x s U x s
dx a a
f xs s1 f e d e f e d e
2a 2a a
s 1 s 12 f e d e f e d e
2a 2a2a s 2a s
( ) ( )
, ,
Erro! Apenas o documento principal.(33)
Somando-se os termos (1) e (2) da Eq.(33) constata-se a identidade: f(x)/a2 = f(x)/a
2 , portanto a
solução particular é válida!
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x x
s a s a x s a s a s a x s a
0 0 0 0
1 1U x s f e d f e d e f e d f e d e
2a s 2a s,
(36)
x
s a x s a s a x s a
x
1 1U x s f e d e f e d e
2a s 2a s,
(37)
Observe que o fator 2a s é comum, além disto, o fator x s ae
não depende de e, portanto podem
ir para dentro do integrando, assim U(x,s) reduz para:
s
a
xx s a x s a
x
x
1U x s f e d f e d
2a s
1f e d
2a s
,
(38)
O argumento -(x-) é simétrico a (x-), isto é se x, são iguais a 20 e -70, por exemplo, então -(x-)
=-90 e (x-) = +90. Assim ocorre para quaisquer valores de x ou . Para avaliar a expressão para x
= 20 é necessário resolver as integrais
20
20 s a 20 s a
20
1U x s f e d f e d
2a s,
(39)
Observe que a primeira integral o argumento 20 s a 0 porque <20 enquanto que a segunda
integral o argumento 20 s a 0 porque >20. Portanto conclui-se que o argumento da exponencial
é sempre menor que zero. Neste caso a Eq.(38) pode ser ainda simplificada para:
s
ax1
U x s f e d2a s
,
(40)
A transformada inversa de Laplace da Eq.(40), 1 U x s, L , pode ser alcançada
reconhecendo-se mais uma vez que a integral aplica-se para e não em s ou x, portanto a
transformada de Laplace passa a ser a integral com o argumento transformado, isto é:
s s
a ax x
1 1e eu x t f d f d
2a s 2a s,
L L . (41)
Recorrendo a Eq.(6) encontra-se = 1/2a e = |x-|/2a, portanto o campo em função de x e t passa
a ser:
2
2
x
4a t1
u x t f e d 2a t
,
(42)
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2
2
x
4a t1
u x t f g x t d onde g x t e2a t
, , ,
. (43)
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3-4 Eq transiente da difusão em - < x < e o delta de Dirac
A função g(x,t), Eq. (43) é uma solução fundamental da equação de difusão para um
domínio 1D infinito. g(x,t) é também denominado por Kernel da equação do calor por se tratar de
uma solução fundamental da EDP sob um domínio especificado.
Considere que em uma posição 1 no instante t = 0, é inserido uma função delta, (x-1). A
equação (43) revela que o campo de temperatura vem da convolução do campo inicial u(x,0) = ()
com o Kernel ou função g. Usando a propriedade de filtragem da função, chega-se que u(x,t) é a
própria função g conforme definição na Eq. (44):
2
1
2
x
4a t1 1
1u x t x g x t d u x t g x t e
2a t
, , , , (44)
Uma representação da distribuição de temperatura em x e t cuja carga térmica é concentrada num na
origem, x = 0, para diferentes instantes de tempo.
Figura 6 – representação g(x,t) com fonte na origem em diferentes instantes de tempo
Se houver na barra diversas fontes pontuais localizadas, por exemplo em 1, 2 e 3 no
instante t = 0, então a distribuição de temperatura no tempo e no espaço virá da soma das
contribuições individuais porque a equação diferencial parcial é linear:
2 2 2
1 2 3
2 2 2
x x x
4a t 4a t 4a t1 1 1
u x t = e e e2a t 2a t 2a t
, (45)
Sabendo-se que (x-)dx = 1 , isto significa uma fonte localizada em x = possui
intensidade 1. Se desejarmos atribuir fontes com diferentes intensidades basta adicionar uma
constante a frente da função , C(x-)dx = C, onde C é uma constante. Assim podemos
generalizar a solução para diversas fontes distribuídas em x com diferentes intensidades C como:
2
i
2
xni 4a t
i 1
Cu x t e
2a t
, (46)
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4. Referências
Introdução da transformada de Laplace, wiki,
Como determinar a transformada de Laplace da função erro, youtube
Kreyszig, E., Advanced Engineering Mathematics, 7th
Ed 1993, John Wyley
Carrier, G.F. and Pearson, C.E., “Partial Differential Equations: Theory and Technique”, 1976,
Academic Press