epicuro o propósito da filosofia para epicuro era conseguir a alegria

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O propósito da filosofia para Epicuro era conseguir a alegria, uma vida tranquila caracterizada pela aponia, a ausência de dor e medo, e vivendo cercado de amigos. Ele pensava que a dor e o prazer eram a melhor maneira de medir o que era bom ou ruim, a morte era o fim do corpo e da alma e portanto não deviamos temer os deuses. Das numerosas obras escritas pelo filósofo, só restaram três cartas que versam sobre a natureza , sobre os meteoros e sobre a moral , e uma coleção de pensamentos. Estas cartas, com os fragmentos, foram coligidos por Hermann Usener sob o título de Epicurea, em 1887 . Por suas proposições filosóficas Epicuro é considerado um dos precursores do pensamento anarquista no período clássico. [editar ] A certeza Segundo Epicuro, para atingir a certeza é necessário confiar naquilo que foi recebido passivamente na sensação pura e, por conseqüência, nas idéias gerais que se formam no espírito (como resultado dos dados sensíveis recebidos pela faculdade sensitiva). [editar ] O atomismo Epicuro defendia ardorosamente a liberdade humana e a tranqüilidade do espírito. O atomismo , acreditava o filósofo, poderia garantir ambas as coisas desde que modificado. A representação vulgar do mundo, com seus deuses, o medo dos quais fez com que se cometessem os piores atos, é obstáculo à serenidade. Todas as doutrinas filosóficas, salvo o atomismo, participam dessas superstições. No sistema epicurista, os átomos se encontram fortuitamente e esta é a grande modificação em relação ao atomismo de Demócrito (onde o encontro dos átomos é necessário). É este encontro fortuito que garante a liberdade (se assim não fosse, tudo estaria sob o jugo da Natureza) e garante a explicação dos fenômenos, sua elucidação, fazendo com que possam ser explicados racionalmente. Assim, ao compreender

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Page 1: EPICURO O propósito da filosofia para Epicuro era conseguir a alegria

O propósito da filosofia para Epicuro era conseguir a alegria, uma vida tranquila caracterizada pela aponia, a ausência de dor e medo, e vivendo cercado de amigos. Ele pensava que a dor e o prazer eram a melhor maneira de medir o que era bom ou ruim, a morte era o fim do corpo e da alma e portanto não deviamos temer os deuses. Das numerosas obras escritas pelo filósofo, só restaram três cartas que versam sobre a natureza, sobre os meteoros e sobre a moral, e uma coleção de pensamentos. Estas cartas, com os fragmentos, foram coligidos por Hermann Usener sob o título de Epicurea, em 1887. Por suas proposições filosóficas Epicuro é considerado um dos precursores do pensamento anarquista no período clássico.

[editar] A certeza

Segundo Epicuro, para atingir a certeza é necessário confiar naquilo que foi recebido passivamente na sensação pura e, por conseqüência, nas idéias gerais que se formam no espírito (como resultado dos dados sensíveis recebidos pela faculdade sensitiva).

[editar] O atomismo

Epicuro defendia ardorosamente a liberdade humana e a tranqüilidade do espírito. O atomismo, acreditava o filósofo, poderia garantir ambas as coisas desde que modificado. A representação vulgar do mundo, com seus deuses, o medo dos quais fez com que se cometessem os piores atos, é obstáculo à serenidade. Todas as doutrinas filosóficas, salvo o atomismo, participam dessas superstições.

No sistema epicurista, os átomos se encontram fortuitamente e esta é a grande modificação em relação ao atomismo de Demócrito (onde o encontro dos átomos é necessário). É este encontro fortuito que garante a liberdade (se assim não fosse, tudo estaria sob o jugo da Natureza) e garante a explicação dos fenômenos, sua elucidação, fazendo com que possam ser explicados racionalmente. Assim, ao compreender como opera a Natureza, o homem pode livrar-se do medo e das superstições que afligem o espírito.

[editar] O prazer

A doutrina de Epicuro entende que o sumo bem reside no prazer e, por isso, foi uma doutrina muitas vezes confundida com o hedonismo. O prazer de que fala Epicuro é o prazer do sábio, entendido como quietude da mente e o domínio sobre as emoções e, portanto, sobre si mesmo. É o prazer da justa-medida e não dos excessos. É a própria Natureza que nos informa que o prazer é um bem. Este prazer, no entanto, apenas satisfaz uma necessidade ou aquieta a dor. A Natureza conduz-nos a uma vida simples. O único prazer é o prazer do corpo e o que se chama de prazer do espírito é apenas lembrança dos prazeres do corpo. O mais alto prazer reside no que chamamos de saúde. A função principal da filosofia é libertar o homem.