entrevista com pedro nunes | ufpb

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Balanço sobre os dois anos de gestão acadêmica frente ao Departamento de Comunicação e Turismo da UFPB no período de 2008-2010. A partir de um balanço específico Pedro Nunes analisa a natureza e os desafios de uma universidade verdadeiramente participativa.

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Page 1: Entrevista com Pedro Nunes | UFPB

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Page 2: Entrevista com Pedro Nunes | UFPB

Pedro NUNES

O Departamento$dePedra :: NunesComunicação e Turismo é constitu ído par umacomplexas estrutura$dajl organizaçãoacadêmicaÊhue envolvegdiretamente dozeespaços laboratoriais para o desenvolvimentode experiências teórico-aplicadas vinculadasaos cursos de Comunicação Social e Turismocom as suas respectivas habilitações. O seuquadro funcional é formadois professoresBsendo vinte doutoreslmHois

dõzen aves fnestresdoütorandós ummestrandói;8e oit(® éervidóres ®téch+coadministrativos. Com esse perfil de formaçãoacadémica Wdocent6 e@:;ihf:ra+estrutü ralaboratorial;lh Rev/sta Imprensa posicionouo: óo$so curso deijórnalismol rlo ano de 2009

nordeste. Essa conquistacoma Q mélhb : nósWiocentes :é( discentesorgulha a l

mas@sinaliza quejgtemos ainda muito porconstruir enquanto parte orgânica do CCHLAegda8&JFPBg Compreendo que®ã;;nossocompromisso académico deveKser cadavez mais lapidado de forma que assegureUH projeto pluralista !#e#universidadebaseado na ecologia dos saberes. Assim onosso retrato departamental@ ó81 dinâmicofragmentado @e@ envolvelê complexidadesinternam é Wext:ermas,W Adómais@®somosdiferenciais na área de humanas visto que osmecanismos8l!#dotados apara gformaçãaacadêmicaêpesquisa ejjextensãa requeremsuporte tecnológico constantementeatualizado. Conjugamos, muitas vezes. emnosso$@ laboratórios: : académicos, :eoriásepistemológicasêl aplicadas $às práticas

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académicas é:de inf â $tfutura !ãboratófiasomos Q maior dos treze departamentos queintegram o CCHLAijEntãoj$o primeiro passaimpresso@por mimgeã pela Profe 'ÉJoanaBélãrNinQ Mói WoW d:©@ êonh cermo&l; mãi$dotalhadamonte a complexa rede interna doDepartamento de Comunicação e Turismo. Opercurso de imersão aditado foi Q de construirUM Plano: de Metas da G@stãaMostrüturadocom base ;#úl. nossas Carta-Programaapresentada e debatida om processo eleitorale,$RambémP espelhado no DiagnósticoDECOMTUR. produzido çom o envolvimento

nos primeiros dias de gestão.Esse diagnóstico evidenciou tacitamente queestávamos depauperados do ponto de vistaacadémico.::. principalmente quanta: 8 nossainfra-estrutura j:laboratorialj: AmpliatTlos8aabrangência desse diagnóstico para as áreasde uso compartilhado com Artes Visuais, ArtesCênicasjii Educação Musical, M ídias Digitais

enações e. atualmenteC

de Pós-Graduação. Com o Plano do Metascomeçamos a rodirecionar fada a dinâmicaad;miniátrativa apartamento. construindodmecanismos$diferenciai$1 de@ participaçãojunto aos espaços acadêmicos8valorizandocapacidades e habilidades dos servidores doquadro administrativo. :.descentralizando 9omonitorandoR asÊl: açõosB administrativaspleiteando recursos junto ao Centro, atuandocom frequência junto à Administração Central

Cóm; essa;Preféitúra Uh:iV rsitáfládedicação transparente Q tratamento;:àcomseriedade da coisa pública.$enfrentamosvelhosjBproblemas com llbçõe<: planejadasargumentação. $porsistência e $idéias@ que

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Page 3: Entrevista com Pedro Nunes | UFPB

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111 Transiçõesdo Fatoquírrao didta1 111

O Professor Pedro Nunes concede entrevistapor ocasião da devolução das sucatas do DECOMTUR.

Grafite no interior do Laboratório de Rádio

acadêmica, aumento dos projetos de monitoria eextensão. além de melhoria no fluxo deinformação. A gestão foi dialógica e horizontal.Tivemos proximidade e o envolvimento doalunado junto às ações acadêmicas extra-salade aula, promovidas pelo DECOMTUR.Impulsionamos um movimento acadêmico.Dialogamos com outros departamentos ecoordenações da UFPB. Focamos em questõesinternas e externas. Corrigimos falhas. Atuamoscom o rigor necessário sem escapar doregimento e do estatuto da UFPB. Para que essatravessia fosse marcada por essas conquistasacadêmicas, foi preciso determinação, pulsoforte e superação dos interessesindividualizados.

habilidades de outros setores, que nem sempreestão antenados quanto às necessidadesemergenciais de cada departamento. Aindatemos as carências de recursos humanos paraatuação nos laboratórios acadêmicos. Temosnecessidades de manutenção de toda infra-estrutura. Temos solicitações sem respostas.Temos serviços autorizados e empenhados enão executados. Temos questões internas dedifícil conciliação acadêmica. Assim,compreendo que devemos aprender com asnossas falhas e avançar com esses erros. O quenão se pode é sermos continuamente errantesTemos a mania de sempre apenas confirmar oproblema dos outros e não reconhecemos asnossas próprias falhas. Nesse sentido, mesmocom dificuldades em estado de permanência, anossa atuação administrativa sempre foipautada em recuperar o respeito acadêmíco doDECOMTUR através do diálogo com o Centrode Ciências Humanas. Letras e Artes eAdministração Central. O nosso papel de gestorfoi desempenhado no sentido de reconfigurar oespaço do DECOMTUR com condições dignaspara o trabalho acadêmico de ensino, pesquisae extensão.

Pri nci pai s dl fi cul dado

Pedro Nunes 111 Todo cargo administrativo exigede seu principal gestor e equipe, competência.habilidade de interlocução, capacidade deescutar de forma transversal e iniciativa pararesolução dos problemas de maneiraparticipativa. SÓ conseguimos administrar comidentidade quando conhecemos a micro históriado espaço onde atuamos. Esses espaços deação administrativa possuem os seus pontosfortes. críticos ou débeis. Administrar. no meuentender, significa decidir com responsabilidade.Também implica em desagradar segmentosespecíficos. Dificilmente o trabalho de gestãoabarca uma totalidade. Administrar tambémrequer tempo para acelerar a tomada dedecisões. Particularmente, gerenciar oDECOMTUR foi um desafio corajoso pelo nossohistórico de conflitos acadêmicos. Como, então.lidar com situações e interesses tãoantagónicos? Como garantir DIREITOS sem ocumprimento dos DEVERES? Como requisitarpermanência do servidor em seu local detrabalho e presença do docente em sala de aulasem resultar em desgaste continuado paraChefia? Como enfrentar a burocracia com umalentidão que interfere e embaralha, em algunscasos, a vida do Departamento? Como enfrentarsituações de extrema DEPENDENCIA?Dependências de autorização de serviços, deempenhos, de compras que não atendem aoperfil do Departamento. Na verdade, osDepartamentos, sem qualquer autonomiafinanceira, vivenciam verdadeiras situações deENFRENTAMENTO e desgaste ao longo de seucotidiano acadêmico de gestão. Desgaste por

Desafi os do DECor.ITUR

Pedra Nunes 111 Temos um potencial acadêmicorespeitável no colegiado DECOMTUR que noscoloca em evidência na vida universitária local enacional. Mas um projeto departamentalorgânico, segundo o regimento atual, implica nadefinição de uma política didático-cientifica naqual os seus docentes estejam vinculados agrupos de pesquisa, com grandes linhas deinvestigação que expressem a nossa políticacientífica. Ainda não dispomos dessas diretrizesacadêmicas. Somos um corpo colegiadoheterogêneo sem conectividades. Inexisteunidade na diversidade. Com raras exceções,caminhamos com propósitos acadêmícosmaduros. porém, na maioria das vezes. sãoiniciativas individualizadas. Outros pontos:somos ainda corporativistas e atuamos compoucas colaborações. Necessitamos de maiorregularidade quanto a nossa produçãoacadêmica em forma de livros, artigos epublicações. Nestes dois anos não levamos acabo a publicação de projetos editoriais dodepartamento em forma de livro. mesmo tendorecursos empenhados pelo CCHLA. Essaresponsabilidade de editoração recai no coletivo

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DECoMTUR.

Ações de extensão frequentes movimentam o DECOMTUR. Entrada da Sala Aruanda com grafitagem temática.média e acessibilidade.

departamental. Enfrentamos situaçõesmenores, como o caso de falsificação deassinatura para empréstimos deequipamentos e ainda vivenciamos fatos desubtração do património público. Agimos comurgência e rigor. Essas decisões da chefiaresultaram em constrangimentos. Emdeterminadas situações, alguns colegaspassaram a mão na cabeça das pessoas quecometeram erros de forma deslavada. SomosImperfeitos, mas não podemos fechar os olhospara fatos dessa natureza. Entendo que essassituações representam a oportunidade desermos éticos e educativos, decidindo deforma não coercitiva . Enfrentamos resistênciaao remanejarmos servidores ou aocolocarmos faltas em professores. Por nossaparte, foi possível enfrentar essas dificuldadescom perplexidade e paciência e não ComRaiva e Paciência, segundo o ensaístaalemão Hans Magnus Enzensberger. Talvezhaja necessidade de que o nossodepartamento seja mais racional do quepropriamente visceral em se tratando dedecisões de temas complexos. As decisõesacadêmicas não devem ser rancorosas e.tampouco, desrespeitosas. E difícil, mas nãoimpossível, trabalhar com campos deconhecimento tão distintos que necessitamoperar com recortes epistemológicosdiferenciados, a exemplo de Comunicação eTurismoOperacionalizar discussões, pareceres eprocessos com linhas de raciocíniodiferenciadas e que impliquem em decisõesprojetivas pode parecer um exercícioquixotesco no qual o acadêmico, por vezes,sai de cena. Todas essas questões seapresentaram como um desafio de gestão enem sempre dlspusemos de respostasimediatistas. Houve momentos em que oDECOMTUR não dispunha de salas para oatendimento integral da oferta acadêmica comseu quadro geral de disciplinas. Tivemos queconstruir alternativas. Parafraseando PauloFreire em Pedagogia da Autonomia diriaque administrar exige criticidade, ética,tolerância, comprometimento, competênciaprofissional, liberdade, autoridadeconhecimento da realidade, reflexão sobreesta realidade. tomada consciente dedecisões e disponibilidade para o diálogo.

Pedro Nunes lll Os diálogos entreDepartamentos, Coordenações, Centros einstâncias da Administração Central devem serfrancos, constantes, argumentativos, éticos,transparentes e pragmáticos no sentidoadministrativo. Através dessa via dialógica demão dupla negociamos inclusive as diferençascom contra-argumentos recíprocos. No âmbitodo serviço público considero imprescindível terem conta essas características do diálogo semabrir mão dos princípios que regem a nossaconduta particular de administradores naacademia. Ceder no exercício de gestão nemsempre é fraquejar. Diria que essa nossa gestão2008-2010 foi marcada pelo exercício constantedo diálogo e pelas tentativas de aberturas dejanelas e portas para o diálogo crítico. Em nossocaso a demanda cotidiana pela necessidade dodiálogo fol com o nosso Centro de CiênciasHumanas. Letras e Artes. O DECOMTUR nessetrajeto administrativo de buscas e interlocuçõesna UFPB encontrou no CCHLA um amparoadministrativo e acadêmico muito forte frente asnossas demandas constantes e até mesmoinsistências quanto a resoluções dos problemasapresentadosReconhecemos firmemente que o CCHLAatravés de sua Direção de Centro foicompetente no sentido de aprofundar essediálogo com o Departamento deComunicação e Turismo nos auxiliandoinstitucionalmente sem retaliações.Essa franqueza no trato das questõesadministrativas acima das pessoalidadesangaria, sem dúvidas, reconhecimentoacadêmico e respeitabilidade de seus parceirose parceiras institucionais. Algumasautorizações do Centro em nome doDECOMTUR ainda estão dependentes deoutros órgãos da Administração Central já aquicitados. No entanto, também já expressamosque a Superintendência de RecursosHumanos embora sem poder atender algumasnecessidades emergênciais postas emdiscussão como a vinda de servidores para oDECOMTUR, sempre atuou de forma sensata,esclarecedora e colaborativa juntamente comac c:i l nc f~nnrrlnnnrãncA Superintendência, que tem em suas mãosgrandes desafios de dimensionamentos dosservidores técnico-admnistrativos, tem se

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destacado pela aproximação e di S

CoordenadorescoriÉj! Departamentosórgãos@ Suplementares @entrB outrosTambém destacamos âo©papef ;: fortegdaProcu radoria J u radica em fornecer suporteejê$o r ie n t a ç ã oÊ:$a& q u e m $b a tedesesperadamente em suas portasE Igualdestaque apara $as#Pró-Reitorias $jjde

Graduação e Assuntos Comunitários quedialogamR e operam com@editais@: paraatehdimerttoW dada demandas 8deW toda

Evidentemente l;iãua : háuâiversidàdeInstâncias; dd$UFP8 ;eM aue$es$e; diá

frente:$anão ãfluiugnessi:Ê peraDECOMTUR® E ®assih novame;nte©nosquestionamos: qual o papel acadêmico decada célula que compõei$$a universidade?Esperamos qua essas ponderaçõegnosauxiliem ajjl pensaif!:em redirecionamentosdas nossas rotas e::atitudes:académicas naesfera da educação pública

devemos persistir em conceituar as crises eredefinir$$o papelj:;social. da universidade

uzindóWuma ;:;cova institucionalidade.: :Ouseja. a minha interpretação ou metacrítica vemno esteio de outras interpretações mais agudasa exemplo de Boaventura. e está direcionadasob a argumentaçãojjque a universidade devemudar.Rlsso,lendo em@conta claramente quecada instituição pública:luniversitáriaBpossui asuaÊespecificidado, a sua;lautonomia e requercadie vezjÍI mais$ investimentogl públicos paraserem aplicados com agilidade e transparênciaCada universidade é um universo que atua einterage em contextos@l regionais:,idistintos.gAuniversidade é um espaço de construção naturaldo conhecirnentólciénti$coi contextualizadó coma$ dihâmicagg da$reaiidadeg dos movia Riossoóiaiéll da Indl3stria e rio mercado: Esselido caminho do©lonhecimento p/urfversffánofundado na participação. na comprometimentona responsabilidade e que implica na excelênciado processo formação académica. Penso numaUFPB muito mais arrojada, menos esquemáticae em plena sintonia comia sua plurali e

vozes acadêmicas. Penso numa instituição queué :$ainda $mais$ com @os W$eu$ S

Centros e que tenham em conta as demandas eprojetos dos Departamentos e Coordenações.Penso em uma Administração e um Centro quecontra-argumentem de forma ágil o mais intensa

s os departamentosil cujas demandascom :lsão gpo6$ vezes desconsideradasÊj; Penso®eadministrativamente lutei por um Departamentode Comunicação e Turismo mais participativo

rativistamai$Ê produtivo,$n mais(cerebral por ocasiã ntamento dê; suasercrises8 Defendogu C ITUR com açõesacadêmicas: mais $)rojetivas, com®lniciativasmais colaborativas e que possibilitem a ecologia

nto prática queúberes concebida enquatrás formas de

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a ÜÉléQW'@É@#$:ê $textó 8#i$rü

a cedro;j:ãürieü 111 Há um capítulo no livroPe/a nodo de A//ce, de ;8oaventurà $aàtosem que o autor destaca a necessidade demateflali2armos uma universidade dé ideiascom pensamant($gcrítico criativo We

háautonomia $permanente.g Apontavaquinze anos atrás, três principais crises da

deghegemonia deu;n i ve rali d:ád elegitimidaddie crises;institucional.gOlijautoreVidenciáva@ nurrW seãt umara

ra resolveruniversidade despreparadariagl cases ;;dê@forma$realmentesuas

emancipada. Em um texto mais recente, doano$de 2005191A Univ'ersfdade .no SéculoXXl: Boaventuraãgargumenta quem odimensionamentogjdas crises da

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