entrevista cláudio valor

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2 SEXTA 6, MARÇO, 2015 A Associação Comer- cial de Campina Grande (ACCG) divulgou o calen- dário de palestras para 2015. Prepare-se que vem muita coisa boa por aí. O primeiro evento vai acontecer no dia 17 de abril, com Mario Sergio Cortella. O paranaense, conhecido nacional- mente, é filósofo, doutor em Educação pela PUC-SP e autor de várias obras. v Experiência 2 Em junho, a ACCG traz Ana Carla Fonseca Reis, economista especializada em urbanismo. Já em agosto, você vai poder conhecer um pouco mais do paraibano Maílson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda. O ciclo se encerra em dezembro com o economista e filósofo Eduardo Gianetti da Fonseca. v Expansão A clínica SOS Otorrino está crescendo e vai abrir nos próxi- mos dias uma nova unidade em João Pessoa. Comandada pelos médicos Adriano Sérgio Freire Meira, Álvaro Pontes Jr. e Yuri Maia, será instalada na Onco- vida, no Bairro dos Estados. Caso não saiba, a SOS já tem unida- des em Mangabeira e Tambaú. v Ilusão de ótica A polêmica mundial do vestido azul e preto (ou seria branco e dourado?) aqueceu as vendas do produto. A marca dona do modelito, a inglesa Roman Originals, disse ao site TMZ que a procura subiu 347% depois da discussão na internet. O vestido, que tem comprovadamente as cores azul e preta, é vendido no site da empresa por 50 libras (cerca de R$ 220). Graças à repercus- são, será criada uma versão branca e dourada, que estará em breve nas lojas. v Santo remédio Uma pesquisa desenvolvida na UFPB pretende mexer com o tratamento da hipertensão. A doutoranda Naiane Alves está estudando os efeitos do leite de coco, rico em gorduras boas, sobre a pressão arterial. As análises são feitas no labo- ratório do Centro de Biotecno- logia há três anos. v Santo remédio 2 Os resultados da pesquisa de Naiane Alves já são anima- dores. Os ratos hipertensos colocados em contato com o leite e submetidos a exercí- cios físicos não apresentaram alterações nos níveis de pres- são. O próximo passo é fazer a experiência com humanos. v Santo remédio 3 A pesquisa da UFPB tem causado expectativa na comu- nidade acadêmica. Um artigo sobre o projeto paraibano foi divulgado no mês passado pela revista científica Applied Physiology Nutrition and Meta- bolism, do Canadá. A recepção do trabalho foi tão positiva que os editores da publicação gringa contataram os pesquisadores para parabenizá-los, frisando que os resultados beneficiarão toda a sociedade. Ao todo, há mais de trinta notas sobre esse trabalho da UFPB na imprensa internacional. A VOZ DA EXPERIÊNCIA » A galeria de arte Louro e Canela, em João Pessoa, realiza a exposição "No limiar entre o normal e o transtorno mental". Até amanhã. » A Conferência Nacional do Jovem Advogado acontece nos dias 19 e 20 deste mês na Bahia. O tema do evento é Empreendedorismo Jurídico. » A companhia de dança Deborah Colker chega neste mês à Paraíba. Apresentações em João Pessoa nos dias 25 e 26, e em Campina Grande, no dia 31. Just in time Julio César Vasconcelos Marcus Mendes Deivid Ribeiro Naiane Alves TODOS OS DIREITOS RESERVADOS Como será o lançamento do livro, considerando sua atuação interna- cional? O livro já está em pré-venda e fica disponível a partir do dia 14 de abril, no site da Springer, que é a editora, mas ela também distribui nas lojas nacio- nais da Amazon pelo mundo todo. Além de uma editora respeitada, a Springer tem um sistema de distribuição inter- nacional que é muito interessante pro trabalho. O livro chega na Inglaterra, França, Alemanha, Itália, Europa inteira, Estados Unidos, China, Índia, Austrália, onde houver Amazon nacional, e isso, pra divulgação da pesquisa, realmente faz toda a diferença. A ideia é que o livro auxilie os envolvidos nos esta- dos membros da União Europeia na tarefa de transpor a diretiva em legis- lação nacional, e depois já há diversos convites pra divulgar o livro e debater esses temas em universidades euro- peias. Isso deve me ocupar parte do tempo nos próximos meses. Podemos dizer que a legislação brasi- leira no quesito propriedade intelec- tual no meio digital tem se desenvol- vido tanto quanto a europeia? Não, com essa nova legislação, a Europa está se preparando pra aproveitar melhor o potencial da tecnologia e tentar otimizar a criação do ponto de vista cultural e econômico. E já come- çaram a atualizar de novo. Além disso, essa é uma discussão do dia a dia aqui das pessoas, dos artistas e das empre- sas. Ainda temos isso no Brasil como um interesse social menor. Qual a principal diferença entre a legis- lação europeia e a brasileira nesse assunto? Os problemas são muito parecidos. Reclama-se de falta de transparência e de gestão, além de fiscalização. De que poucos ganham muito e muitos ficam sem nada. Nisso é bem possível adap- tar as soluções e transpor para o Brasil o que a pesquisa conseguiu identificar como interessante pra nossa realidade. Como acadêmico, você acha que as esco- las de Direito do Brasil dão pouca aten- ção a esse assunto? Estão dando muito mais nos últimos anos, mas ainda é pouco. Fora que há um conflito interessante entre direito à informação, ao conhecimento e o direito que um criador tem de explo- rar economicamente sua criação, que é um conflito que está em busca de uma solução criativa, que precisa de partici- pação e reflexão de vários segmentos, e exploramos isso muito pouco. Você também se volta pra outros dois temas: cibersegurança e governança de internet. Qual é a abordagem? Acabei de me integrar a um think tank na Inglaterra que trata de questões de segurança da informação, o Ecips (Euro- pean Centre for Information Policy and Security), e devemos passar a pesqui- sar e produzir textos, cursos, relatórios, propostas legislativas e análises diver- sas sobre criminalidade, segurança e terrorismo em ambientes eletrônicos. Na área de governança, cheguei a ser indicado, mas não assumi, como candi- dato para o Comitê de Coordenação da NETmundial, numa vaga representando a comunidade acadêmica da América Latina. Nesta área tenho participado de reuniões aqui, como a de preparação para o Fórum de Governança da Inter- net das Nações Unidas. Esse é o maior evento anual do mundo sobre gover- nança de internet, é importantíssimo. Acontece neste ano em João Pessoa, e estarei por aí certamente em novem- bro. Pra mim, é um dos temas geo-poli- tico-econômico-jurídico-culturais mais importantes da atualidade e da nova diplomacia mundial. Como surgiu seu interesse pelo Direito Digital? Já trabalho há mais de 10 anos nessa interseção entre direito, sociedade, tecnologia e interesse público. Sou formado em Ciência da Computação e migrei pro Direito na época em que estas questões começavam a se dese- nhar. Sempre foi muito claro pra mim que esta seria uma área importante, me preparei ao longo desses anos, e acho que agora o momento chegou com toda força. Meus primeiros trabalhos acadêmicos de projeção tinham a ver com automação judicial. Era a época dos projetos-piloto e de testes de processo eletrônico, e a gente não só contribuía na construção, como pesqui- sava a respeito, além de “evangelizar”, dar entrevistas, treinar, discutir eventos Brasil afora. Como a Paraíba e o país são pioneiros nessa área, esses trabalhos chamaram também atenção de insti- tuições de fora e foram apresentados nos Estados Unidos, na América Latina, Europa e África. Com essas primeiras interações e os primeiros intercâmbios de experiência, me apaixonei defini- tivamente por essa temática e pelo potencial de integração e impacto que ele pode ter na vida das pessoas e nas organizações. Como tem sido seu trabalho na Europa? Em 2002, trabalhei como consultor para o Centro Europeu do Consumidor, um organismo da União Europeia, num projeto que analisava o cumprimento pelas empresas do mercado digital de normas de privacidade. Depois tive uma experiência como consultor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, num esforço muito interessante para transferir know-how dessas tecnologias para a corte inter- nacional de direitos humanos Ecowas, na África ocidental. Atualmente estou ligado ao Instituto de Estudos Europeus da Universidade Livre de Bruxelas e a esse think tank, o Ecips. No primeiro ano de pesquisa, me concentrei na reforma que eles estão promovendo na área de da Gestão Coletiva de Direitos de Autor no Ambiente Digital, o que eu acho que pode ter impacto no modelo que deve ser adotado nos próximos anos em outras partes do mundo. O paraibano Cláudio Lucena está construindo uma sólida carreira jurídica fora do país. O advogado, que é professor e já foi diretor da faculdade de Direito da UEPB, tirou licença para estudar na Bélgica e vai lançar em breve o livro “Collective Rights and Digital Content”. Trata- -se de uma análise teórica sobre a propriedade intelectual em tempos de informação digital, seguida de uma avaliação da nova legislação europeia sobre a gestão coletiva de direitos de autor em ambientes eletrônicos. "É um domínio em que as opções e as políticas adotadas pela União Europeia interferem e certamente têm grande repercussão em escala global”, comentou Cláudio, que bateu um papo com a VALOR nesta semana e explicou um pouco mais sobre o seu objeto de estudo. com Carol Marques [email protected]

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Entrevista ao Caderno Valor do Jornal da Paraíba, em 6 de março de 2015.

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  • 2 SEXTA 6, MARO, 2015

    A Associao Comer-cial de Campina Grande (ACCG) divulgou o calen-drio de palestras para 2015. Prepare-se que vem muita coisa boa por a. O primeiro evento vai acontecer no dia 17 de abril, com Mario Sergio Cortella. O paranaense, conhecido nacional-mente, filsofo, doutor em Educao pela PUC-SP e autor de vrias obras.

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    Experincia 2Em junho, a ACCG traz Ana

    Carla Fonseca Reis, economista especializada em urbanismo. J em agosto, voc vai poder conhecer um pouco mais do paraibano Malson da Nbrega, ex-ministro da Fazenda. O ciclo se encerra em dezembro com o economista e filsofo Eduardo Gianetti da Fonseca.

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    ExpansoA clnica SOS Otorrino est

    crescendo e vai abrir nos prxi-mos dias uma nova unidade em Joo Pessoa. Comandada pelos mdicos Adriano Srgio Freire Meira, lvaro Pontes Jr. e Yuri Maia, ser instalada na Onco-vida, no Bairro dos Estados. Caso no saiba, a SOS j tem unida-des em Mangabeira e Tamba.

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    Iluso de ticaA polmica mundial do

    vestido azul e preto (ou seria branco e dourado?) aqueceu as vendas do produto. A marca dona do modelito, a inglesa Roman Originals, disse ao site TMZ que a procura subiu 347% depois da discusso na internet. O vestido, que tem comprovadamente as cores azul e preta, vendido no site da empresa por 50 libras (cerca de R$ 220). Graas repercus-so, ser criada uma verso branca e dourada, que estar em breve nas lojas.

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    Santo remdioUma pesquisa desenvolvida

    na UFPB pretende mexer com o tratamento da hipertenso. A doutoranda Naiane Alves est estudando os efeitos do leite de coco, rico em gorduras boas, sobre a presso arterial. As anlises so feitas no labo-ratrio do Centro de Biotecno-logia h trs anos.

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    Santo remdio 2Os resultados da pesquisa

    de Naiane Alves j so anima-dores. Os ratos hipertensos colocados em contato com o leite e submetidos a exerc-cios fsicos no apresentaram alteraes nos nveis de pres-so. O prximo passo fazer a experincia com humanos.

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    Santo remdio 3A pesquisa da UFPB tem

    causado expectativa na comu-nidade acadmica. Um artigo sobre o projeto paraibano foi divulgado no ms passado pela revista cientfica Applied Physiology Nutrition and Meta-bolism, do Canad. A recepo do trabalho foi to positiva que os editores da publicao gringa contataram os pesquisadores para parabeniz-los, frisando que os resultados beneficiaro toda a sociedade. Ao todo, h mais de trinta notas sobre esse trabalho da UFPB na imprensa internacional.

    A VOZ DA EXPERINCIA

    A galeria de arte Louro e Canela, em Joo Pessoa, realiza a exposio "No limiar entre o normal e o transtorno mental". At amanh.

    A Conferncia Nacional do Jovem Advogado acontece nos dias 19 e 20 deste ms na Bahia. O tema do evento Empreendedorismo Jurdico.

    A companhia de dana Deborah Colker chega neste ms Paraba. Apresentaes em Joo Pessoa nos dias 25 e 26, e em Campina Grande, no dia 31.

    Just in time

    Julio Csar Vascon

    celos

    Marcus Mendes

    Deivid Ribeiro

    Naiane Alves

    TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

    Como ser o lanamento do livro, considerando sua atuao interna-cional? O livro j est em pr-venda e fica disponvel a partir do dia 14 de abril, no site da Springer, que a editora, mas ela tambm distribui nas lojas nacio-nais da Amazon pelo mundo todo. Alm de uma editora respeitada, a Springer tem um sistema de distribuio inter-nacional que muito interessante pro trabalho. O livro chega na Inglaterra, Frana, Alemanha, Itlia, Europa inteira, Estados Unidos, China, ndia, Austrlia, onde houver Amazon nacional, e isso, pra divulgao da pesquisa, realmente faz toda a diferena. A ideia que o livro auxilie os envolvidos nos esta-dos membros da Unio Europeia na tarefa de transpor a diretiva em legis-lao nacional, e depois j h diversos convites pra divulgar o livro e debater esses temas em universidades euro-peias. Isso deve me ocupar parte do tempo nos prximos meses.

    Podemos dizer que a legislao brasi-leira no quesito propriedade intelec-tual no meio digital tem se desenvol-vido tanto quanto a europeia?

    No, com essa nova legislao, a Europa est se preparando pra aproveitar melhor o potencial da tecnologia e tentar otimizar a criao do ponto de vista cultural e econmico. E j come-aram a atualizar de novo. Alm disso, essa uma discusso do dia a dia aqui das pessoas, dos artistas e das empre-sas. Ainda temos isso no Brasil como um interesse social menor.

    Qual a principal diferena entre a legis-lao europeia e a brasileira nesse assunto? Os problemas so muito parecidos. Reclama-se de falta de transparncia e de gesto, alm de fiscalizao. De que poucos ganham muito e muitos ficam sem nada. Nisso bem possvel adap-tar as solues e transpor para o Brasil o que a pesquisa conseguiu identificar como interessante pra nossa realidade.

    Como acadmico, voc acha que as esco-las de Direito do Brasil do pouca aten-o a esse assunto? Esto dando muito mais nos ltimos anos, mas ainda pouco. Fora que h um conflito interessante entre direito informao, ao conhecimento e o

    direito que um criador tem de explo-rar economicamente sua criao, que um conflito que est em busca de uma soluo criativa, que precisa de partici-pao e reflexo de vrios segmentos, e exploramos isso muito pouco.

    Voc tambm se volta pra outros dois temas: cibersegurana e governana de internet. Qual a abordagem? Acabei de me integrar a um think tank na Inglaterra que trata de questes de segurana da informao, o Ecips (Euro-pean Centre for Information Policy and Security), e devemos passar a pesqui-sar e produzir textos, cursos, relatrios, propostas legislativas e anlises diver-sas sobre criminalidade, segurana e terrorismo em ambientes eletrnicos. Na rea de governana, cheguei a ser indicado, mas no assumi, como candi-dato para o Comit de Coordenao da NETmundial, numa vaga representando a comunidade acadmica da Amrica Latina. Nesta rea tenho participado de reunies aqui, como a de preparao para o Frum de Governana da Inter-net das Naes Unidas. Esse o maior evento anual do mundo sobre gover-nana de internet, importantssimo. Acontece neste ano em Joo Pessoa, e estarei por a certamente em novem-bro. Pra mim, um dos temas geo-poli-tico-econmico-jurdico-culturais mais importantes da atualidade e da nova diplomacia mundial.

    Como surgiu seu interesse pelo Direito Digital? J trabalho h mais de 10 anos nessa interseo entre direito, sociedade, tecnologia e interesse pblico. Sou formado em Cincia da Computao e migrei pro Direito na poca em que estas questes comeavam a se dese-nhar. Sempre foi muito claro pra mim que esta seria uma rea importante, me

    preparei ao longo desses anos, e acho que agora o momento chegou com toda fora. Meus primeiros trabalhos acadmicos de projeo tinham a ver com automao judicial. Era a poca dos projetos-piloto e de testes de processo eletrnico, e a gente no s contribua na construo, como pesqui-sava a respeito, alm de evangelizar, dar entrevistas, treinar, discutir eventos Brasil afora. Como a Paraba e o pas so pioneiros nessa rea, esses trabalhos chamaram tambm ateno de insti-tuies de fora e foram apresentados nos Estados Unidos, na Amrica Latina, Europa e frica. Com essas primeiras interaes e os primeiros intercmbios de experincia, me apaixonei defini-tivamente por essa temtica e pelo potencial de integrao e impacto que ele pode ter na vida das pessoas e nas organizaes.

    Como tem sido seu trabalho na Europa? Em 2002, trabalhei como consultor para o Centro Europeu do Consumidor, um organismo da Unio Europeia, num projeto que analisava o cumprimento pelas empresas do mercado digital de normas de privacidade. Depois tive uma experincia como consultor do Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento, num esforo muito interessante para transferir know-how dessas tecnologias para a corte inter-nacional de direitos humanos Ecowas, na frica ocidental. Atualmente estou ligado ao Instituto de Estudos Europeus da Universidade Livre de Bruxelas e a esse think tank, o Ecips. No primeiro ano de pesquisa, me concentrei na reforma que eles esto promovendo na rea de da Gesto Coletiva de Direitos de Autor no Ambiente Digital, o que eu acho que pode ter impacto no modelo que deve ser adotado nos prximos anos em outras partes do mundo.

    O paraibano Cludio Lucena est construindo uma slida carreira jurdica fora do pas. O advogado, que professor e j foi diretor da faculdade de Direito da UEPB, tirou licena para estudar na Blgica e vai lanar em breve o livro Collective Rights and Digital Content. Trata--se de uma anlise terica sobre a propriedade intelectual em tempos de informao digital, seguida de uma avaliao da nova legislao europeia sobre a gesto coletiva de direitos de autor em ambientes eletrnicos. " um domnio em que as opes e as polticas adotadas pela Unio Europeia interferem e certamente tm grande repercusso em escala global, comentou Cludio, que bateu um papo com a VALOR nesta semana e explicou um pouco mais sobre o seu objeto de estudo.

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