entremos na quaresma para vivermos a páscoa! · 2020. 3. 9. · senhor, a sua passagem da morte...

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27 fevereiro 2020 Diretor: ANTÓNIO NOVAIS PEREIRA Preço 0,50 c/ IVA PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS BRAGA TAXA PAGA Autorizado pelos C.T.T. a circular em invólucro de plástico fechado. Autorização N.º D.E. DE00192009SNC/GSCCS Ano XCII – N.º 4506 SEMANÁRIO REGIONALISTA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ Página 5 E X P O S I Ç Ã O As comemorações dos 250 anos da restauração da diocese de Beja prosseguem agora com uma vertente cultural. No passado dia 15 realizou-se um concerto pelo Coro do Carmo em que, do elenco nobre de peças, fez parte a Missa a três vozes composta por D. António Xavier de Sousa Monteiro que foi Bispo de Beja entre 1882 e 1906. No próximo dia um de Março, às 16 horas, abre ao público, na Pousada de São Francisco, em Beja, a Exposição composta por um elenco de peças e documentos alusivos aos 250 anos da restauração da diocese. Da abertura da exposição fará parte a atuação dos Cantadores do Desassossego, de Beja, o Grupo Coral Etnográfico da Casa do Povo de Serpa e o Rancho dos cantadores de Aldeia Nova de São Bento. O público poderá, assim, até ao dia nove de maio, fruir de muitas peças e documentos desconhecidos. A exposição estará aberta todos os dias, mesmo ao fim de semana, das 10 até às 19 horas de acordo com o horário nela afixado. No contexto da exposição, três peritos proferirão conferências sobre temáticas relacionadas com a mesma. Acção de Formação: Património e Arte SacraMENSAGEM PARA A QUARESMA – 2020 Diocese de Beja Entremos na Quaresma para vivermos a Páscoa! Caríssimos irmãos e filhos no Senhor: 1 - Neste ano em que celebra- mos os 250 anos da Restauração da Diocese, aproxima-se a Festa das Festas, a Solenidade da Páscoa de Jesus Cristo Nosso Senhor, a Sua passagem da morte para a Vida e deste mundo para o Pai. Celebrar a Páscoa é passarmos pelo mesmo caminho que o Senhor abriu para todos nós. Na Páscoa de Jesus aconteceu o nascimento da Igreja. A água e o sangue que o apóstolo João viu jorrarem do corpo morto do Senhor trespassado pela lança, sempre foram interpretados como símbolos do Batismo e da Eucaristia, os dois Sacramentos pelos quais renascemos e so- mos alimentados como filhos adotivos de Deus, e como filhos da Igreja. Fazendo-nos descer, em cada Páscoa, às águas da morte para celebrarmos e revivermos o Batismo, a Mãe Igreja leva-nos também à nas- cente da Vida onde renascemos como filhos adotivos de Deus, D. João Marcos, Bispo de Beja feitos participantes da natureza divina; leva-nos da solidão do pecado e da morte para a festiva comunhão da Igreja, a Eucaristia. De facto todos nós, ao renovarmos as promessas do Batismo na Solene Vigília Pascal, morremos para o pecado e recebemos o Espírito Santo que nos integra harmo- niosamente, como membros vivos e ativos, no Corpo da Igreja. É em Igreja que celebramos a Páscoa, e é celebrando a Páscoa que crescemos como membros da Igreja. Como certamente sabeis, a Páscoa é a única festa para nós cristãos. Sempre que celebramos a Eucaristia, fazemos o memorial da Páscoa do Senhor. 2 – Como se diz no Programa Pastoral Diocesano para este ano de 2019-2020, para poder- mos celebrar a Eucaristia, é preciso que sejamos Igreja; não basta irmos à igreja, de vez em quando. Precisamos de ser um povo em conversão, saído do Egito e a caminho da Terra Prometida. Mas não esque- çamos que também a Eucaristia faz a Igreja, e que é celebrando- a, alimentando-nos dela, que crescemos como cristãos. Sem ela, nenhuma comunidade pode consolidar-se, florescer e frutificar. Na Eucaristia bem celebrada, o Senhor sacia-nos com a Sua Palavra e com o Pão ázimo da Verdade, do Corpo entregue, e fortalece-nos com o Sangue por Ele derramado na cruz por nosso amor. Na sua mensagem para a Qua- resma deste ano, o Papa Fran- cisco escreve: Contempla, irmão, os braços abertos de Cristo crucificado. E quando te aproximares para confessares os teus pecados, crê firmemente na Sua misericórdia que te liberta de toda a culpa. Contempla o Seu sangue derramado pelo grande amor que tem por ti, e deixa-te purificar por Ele. Assim poderás renascer sempre de novo. Recebamos, irmãos, estas palavras que nos convidam à conversão, ou seja, a recon- ciliarmo-nos com Deus e com a Igreja no Sacramento da Penitência, e a centrarmos a nossa vida na Páscoa do Senhor Jesus Cristo. Página 8

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27 de fevereiro de 2020

27fevereiro

2020

Diretor: ANTÓNIO NOVAIS PEREIRAPreço 0,50 • c/ IVA

PUBLICAÇÕESPERIÓDICAS

BRAGATAXA PAGA

Autorizado pelos C.T.T.a circular em invólucrode plástico fechado.

AutorizaçãoN.º D.E.

DE00192009SNC/GSCCSAno XCII – N.º 4506

SEMANÁRIO REGIONALISTA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ

Página 5

E X P O S I Ç Ã OAs comemorações dos 250 anos da restauração da diocese deBeja prosseguem agora com uma vertente cultural. No passadodia 15 realizou-se um concerto pelo Coro do Carmo em que, doelenco nobre de peças, fez parte a Missa a três vozes compostapor D. António Xavier de Sousa Monteiro que foi Bispo de Bejaentre 1882 e 1906.No próximo dia um de Março, às 16 horas, abre ao público, naPousada de São Francisco, em Beja, a Exposição composta porum elenco de peças e documentos alusivos aos 250 anos darestauração da diocese. Da abertura da exposição fará parte aatuação dos Cantadores do Desassossego, de Beja, o GrupoCoral Etnográfico da Casa do Povo de Serpa e o Rancho doscantadores de Aldeia Nova de São Bento.O público poderá, assim, até ao dia nove de maio, fruir de muitaspeças e documentos desconhecidos. A exposição estará abertatodos os dias, mesmo ao fim de semana, das 10 até às 19 horas deacordo com o horário nela afixado. No contexto da exposição,três peritos proferirão conferências sobre temáticas relacionadascom a mesma.

Acção de Formação:“Património e Arte Sacra”

MENSAGEM PARA A QUARESMA – 2020Diocese de Beja

Entremos na Quaresma paravivermos a Páscoa!

Caríssimos irmãos e filhos noSenhor:

1 - Neste ano em que celebra-mos os 250 anos da Restauraçãoda Diocese, aproxima-se a Festadas Festas, a Solenidade daPáscoa de Jesus Cristo Nosso

Senhor, a Sua passagem damorte para a Vida e destemundo para o Pai. Celebrar aPáscoa é passarmos pelo mesmocaminho que o Senhor abriupara todos nós.Na Páscoa de Jesus aconteceuo nascimento da Igreja. A águae o sangue que o apóstolo Joãoviu jorrarem do corpo morto doSenhor trespassado pela lança,sempre foram interpretadoscomo símbolos do Batismo e daEucaristia, os dois Sacramentospelos quais renascemos e so-mos alimentados como filhosadotivos de Deus, e como filhosda Igreja. Fazendo-nos descer,em cada Páscoa, às águas damorte para celebrarmos erevivermos o Batismo, a MãeIgreja leva-nos também à nas-cente da Vida onde renascemoscomo filhos adotivos de Deus,

D. João Marcos, Bispo de Beja feitos participantes da naturezadivina; leva-nos da solidão dopecado e da morte para afestiva comunhão da Igreja, aEucaristia. De facto todos nós,ao renovarmos as promessasdo Batismo na Solene VigíliaPascal, morremos para opecado e recebemos o EspíritoSanto que nos integra harmo-niosamente, como membros

vivos e ativos, no Corpo daIgreja.É em Igreja que celebramos aPáscoa, e é celebrando aPáscoa que crescemos comomembros da Igreja. Comocertamente sabeis, a Páscoa éa única festa para nós cristãos.Sempre que celebramos aEucaristia, fazemos o memorialda Páscoa do Senhor.

2 – Como se diz no ProgramaPastoral Diocesano para esteano de 2019-2020, para poder-mos celebrar a Eucaristia, épreciso que sejamos Igreja; nãobasta irmos à igreja, de vez emquando. Precisamos de ser umpovo em conversão, saído doEgito e a caminho da TerraPrometida. Mas não esque-çamos que também a Eucaristiafaz a Igreja, e que é celebrando-

a, alimentando-nos dela, quecrescemos como cristãos. Semela, nenhuma comunidade podeconsolidar-se, florescer efrutificar. Na Eucaristia bemcelebrada, o Senhor sacia-noscom a Sua Palavra e com o Pãoázimo da Verdade, do Corpoentregue, e fortalece-nos como Sangue por Ele derramado nacruz por nosso amor.

Na sua mensagem para a Qua-resma deste ano, o Papa Fran-cisco escreve: Contempla,irmão, os braços abertos deCristo crucificado. E quando teaproximares para confessares osteus pecados, crê firmemente naSua misericórdia que te libertade toda a culpa. Contempla oSeu sangue derramado pelogrande amor que tem por ti, edeixa-te purificar por Ele.Assim poderás renascer semprede novo.Recebamos, irmãos, estaspalavras que nos convidam àconversão, ou seja, a recon-ciliarmo-nos com Deus e coma Igreja no Sacramento daPenitência, e a centrarmos anossa vida na Páscoa do SenhorJesus Cristo.

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27 de fevereiro de 2020SOCIEDADE2 – Notícias de Beja

Não fiquetriste, o

Carnaval existe

Vivemos o Carnaval, tam-bém conhecido como En-trudo, e como sempre,numa terça-feira, vésperado início do tempo litúrgicoda Quaresma.Pessoalmente, nunca en-contrei grande sentido paraesta comemoração, pos-sivelmente, devido ao factode, desde a juventude, viverem democracia, na qualsempre temos liberdadepara cair na tentação dequerer representar um papelque é de outro e, livremente,nos expressarmos para falaraté da “vida alheia”, mesmoque seja para sermos se-veros e mordazes na nossacritica. Outrora, ainda quecom modestos meios, certa-mente eram mais desejadasestas festas para, ao menosnum dia, se poder dizer efazer o que estava proibido,entrando “neste baile” queimpõe uma certa desordemsem que “ninguém leve amal, porque é carnaval”:trajes e máscaras que nospossibilitam a perda daindividualidade quotidiana,pistolas de água, bombinhasde carnaval, confetes, con-sumos excessivos, batalhassimuladas, sátira social ezombaria das autoridades,inversão geral das regras enormas, etc. A crítica socialatinge diferentes níveis,desde o mais pobre ouvizinho às figuras mais ele-vadas do futebol, da tele-

Editorial

António Novais Pereira, Diretor

visão e da política.Em Portugal, a terça-feirade Carnaval é um feriadofacultativo, não oficial, cujaaplicação se encontra acargo dos municípios (paratrabalhadores públicos),das empresas e conven-ções colectivas (para tra-balhadores do sector pri-vado). De um mundo geral,apesar de não ser FeriadoNacional, na prática o paísquase pára e, em muitoscasos com a denominada“tolerância de ponto” nasegunda-feira, durante aqual, em certas cidades, oturismo encontra maioresdificuldades para encontrarrestaurantes para almoçar.Na sua origem, recuamosà antiga Grécia (600 a 520AC), festa de agrade-cimento aos deuses pelasboas colheitas do ano. Apartir de finais do séc. VI,começou a ser celebradopelos cristãos, como formade dizer o “adeus à carne”,marcando a véspera de umperíodo de jejum e priva-ções antes de se iniciar aquaresma. Desta forma,surgiram os excessos decomida e bebida durante osmanjares, preparando-separa o período de pri-vações quaresmais, a co-meçar no dia seguinte,Quarta-Feira de Cinzas.Apesar da liberdade quoti-diana para “jogarmos umpouco ao Carnaval”, repre-sentando um papel que nãoé nosso e atualizarmos anossa sátira social, é louvávela defesa e continuidade destatradição portuguesa porque,afinal, sempre existirão al-guns tristonhos ou macam-búzios a quem será precisoajudar.

Filhos, netos, sobrinhos que fintamum triste destino

É livre, gratuito, com direito abaixa (de maternidade), pode serfeito sob qualquer pretexto,estende-se do público ao privado,não implica o conhecimento deajudas e direitos, pode ser feitorepetidamente e pode aindacustar mais do que um ordenadomínimo.É assim o aborto, em Portugal, atéàs 10 semanas de gestação. São,por ano, aos milhares. São um“direito” protegido pelo Estadoportuguês.Com a facilidade com que se faz,dir-se-ia mesmo que é dificílimofintá-lo. É tão demasiadamentefácil de fazer que, por vezes, nãose pode deixar de ficar sur-preendido com quem, tendotodas as razões para fazer umaborto, não o faz.

Chamemos-lhe Constança*. Erauma rapariga jovem e a sua vidaera um mar de asneiras. Osestudos não a cativavam, e traba-lhar também não... Um dia, de umarelação com o companheiro,surgiu um filho. Ainda na com-panhia dele, foi vítima de vio-lência doméstica. E como se adesgraça não fosse suficiente, foicoagida a livrar-se do indesejado:fazer um aborto.Nada nem ninguém ajudaram àesperança daquele filho. Nem

companheiro, nem irmãos, nempai, nem mãe. (Nem a mãe? Ondeestava a sua própria mãe, que, detodos os corações, era o únicoque até guardava alguma espe-rança de receber o seu primeironeto? No silêncio, na submissãoa um pai que tudo impunha.Cooperou, um dia, às escondidas,na mala a levar para o hospital e,como mulher de Fé, desejou,rezou e confiou que tudo, um dia,melhorasse.)E durante meses foi a escuridãototal: O meu filho não é esperado.O meu filho não é desejado. Omeu filho não foi programado.O meu filho não veio na horacerta. O meu filho é filho de umdeus menor. O meu filho não énada… O meu filho é meu filho!No meio desta escuridão, daconfusão e da solidão, levantou-se apenas uma frincha de luz: umaamiga que já tinha sido ajudadapela ADAV-Leiria, instituição queajuda mulheres grávidas emdificuldades. Fala-lhe destaajuda, desta única e derradeiraesperança.E contra todos, contra tudo o queera previsível, a Constança recu-sou determinantemente abortar.O único apoio que teve paraavançar com a vida do filho, e asua, foi o da ADAV-Leiria, até nodia do parto. E, depois, na pro-

cura de uma casa de acolhimento(da Cáritas de Coimbra), noprimeiro contacto com a famíliaapós o nascimento do bebé, nosoutros contactos e em casa (seismeses depois de ter tido o Duar-te*), na inserção do mercado detrabalho, no acompanhamentoque ajudava ao equilíbrio de umavida nova, difícil.O avô do Duarte foi-se ren-dendo às evidências da ternuradas crianças e descobriu umanova forma de amar – desco-briu-se avô. A Constança endi-reitou a vida, ganhou maisjuízo, tem ambições, medeprioridades, trabalha ardua-mente para poder atingir metase objetivos com que nuncaantes sonhou. O perdão surge,agora, como a única cura paraas feridas abertas do passado.O Duarte tem, hoje, cinco anose anima uma família renascida.Treze anos após a liberalizaçãodo aborto em Portugal, ainda háfilhos, netos, sobrinhos quefintam o triste destino do aborto.Acima de tudo, há filhos, netos,sobrinhos que são e dão VIDA.

* Baseado numa história real, mas comnomes fictícios em respeito pelaidentidade dos envolvidos.

Liliana F. Verde

Coronavírus: Vaticano adia eventos públicosem espaços fechados

O porta-voz do Vaticano anun-ciou esta segunda-feira que umasérie de eventos públicos, emespaços fechados, vão ser adia-dos, por causa do coronavírus,que já provocou seis mortes naItália.Matteo Bruni referiu aos jorna-listas que esta decisão segue as“disposições das autoridadesitalianas”, precisando que até aomomento não foi detetada qual-

quer infeção por parte da Direçãode Saúde do Estado da Cidade doVaticano, que se encontra emcontacto com o Governo italianoe autoridades regionais de Roma.O diretor da sala de imprensa daSanta Sé sublinhou que as au-diências públicas semanais dasquartas-feiras, na Praça de SãoPedro, vão continuar a realizar-se.Segundo o responsável, foramdistribuídos dispensadores com

desinfetante para as mãos nosescritórios que dão acesso aoEstado da Cidade do Vaticano ehá uma enfermeira e um médicode serviço, disponíveis paraprestar assistência imediata àsclínicas do Vaticano, caso existampacientes com sintomas seme-lhantes aos do coronavírus.As autoridades italianas anun-ciaram seis mortes devido aonovo coronavírus, que já infetoupelo menos 219 pessoas no país.A Conferência Episcopal localdivulgou esta segunda-feira umcomunicado, manifestando a“plena colaboração” da Igrejacom as autoridades competentesdos Estados e das Regiões dopaís para conter a difusão dadoença.Os bispos católicos rezam portodos os afetados, pelos médicose enfermeiros e “por quem tem aresponsabilidade de adotar medi-das de precaução e restritivas”.

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27 de fevereiro de 2020 RELIGIÃO Notícias de Beja – 3

O nosso DomingoNo deserto, Jesus reescreve o êxodo

do novo Povo de DeusAntónio Aparício

Não entres descuidado na Qua-resma do calendário. Deixa que aQuaresma entre dentro de ti,como tarefa a empreender, comograça a acolher, como conversãoa assumir, como tempo de oraçãoa incrementar, de jejum a guardar,de partilha de bens a praticar. Nãopenses tanto no que vais fazerpor Deus. Pensa, antes, no queDeus fez e faz por ti, no tempofavorável que a Igreja te oferece,na gratuidade e louvor, para quepossas viver na gratidão. Come-cemos pelo fim. O Tríduo Pascaldivide o respetivo ciclo em duaspartes: a quaresma, sinal da vidapresente, tempo de combate eprova, sinal da condição humanafrágil, limitada e pecadora, dapassagem das trevas do pecadopara a luz do bem, do belo, dajustiça e da fraternidade. O tempoPascal é celebração e projeção,sinal da vida nova e da vidafutura, profecia da passagemdeste mundo para o Pai, da fépara a visão, do jejum para acomida, da tristeza para a alegria,da morte para a vida. A Quaresmaé um tempo favorável. É graça.Não a deixes fugir. 1 – Os mitos da primeira leitura,são uma profecia e fonte de luzpara os principais enigmas davida humana. Lembremos o mitoda criação do homem do barroda terra. Temos uma dimensãode grandeza, nobreza e digni-dade, porque é obra de Deus,animado pelo sopro divino. SeDeus sai do circuito humano, ficao barro, o pó, o conflito, comoestá a acontecer. A árvore davida, no centro do jardim, é osímbolo de Deus, dispensador davida e da imortalidade. Estendera mão para este fruto, seria anegação da condição humana, ailusão da criatura ser o criador.Um apelo forte a acolher a mortee a dor, a fraqueza e a debilidadede olhos postos na eternidade.

O mito da árvore da ciência dobem e do mal, significa ser donodas suas decisões e das própriasações, ser autónomo no juízodaquilo que é bem e que é mal. Aserpente, símbolo do demónioescondido no mais recôndito deti mesmo, leva-te ao desamor edesconfiança de Deus ao per-guntar-te: «É certo que Deus teproibiu de comer de qualquerárvore do jardim?» A serpente,ontem, hoje e sempre, mina arelação amorosa com Deus. Insi-nua que não comer de um, ou nãocomer de nenhum, é a mesmacoisa. Não és senhor das tuasdecisões. És criatura e não cria-dor. Mais. Deus não te ama,porque proíbe, tem ciúmes de ti.Não te ama. É este o drama dohomem de sempre, que se põe nolugar de Deus, decidindo o que ébem ou mal. Por isso legisla sobrea eutanásia, o aborto, é a normade si mesmo. O pecado deixou deexistir, porque Deus foi apagadoda tua vida. Por exemplo. Osnoivos que vivem em união defacto. Já ninguém estranha e jáninguém se confessa disso. Éuma espécie de moral demo-crática. Como todos vivem assim,já não é pecado. Há uma falsaimagem de Deus que leva aopecado: Deus não quer o bem dohomem, Deus não o ama, é detes-tável porque só sabe proibir. Omito da nudez, é símbolo do serhumano que olha os problemas,a doença, as fraquezas, o pecadoe a própria morte, como derrotase fracassos e não como limitesnaturais da condição da vidahumana.2 – Pelas tentações do deserto,lugar mais teológico do quegeográfico, Jesus reescreve oêxodo do novo povo de Deus.Onde o povo de Israel foi vencidopala tentação do pão (maná,Ex.16,1-4), dos milagres por faltade água (Ex.17, 2) e dos ídolos(Ex. 32,31), Jesus foi vencedor,denunciando o modo errado de

ENTRADADiz o Senhor nosso Deus - A. Cartageno - CNL,372

SALMO RESPONSORIALPecámos, Senhor - M. Luis, SR, 42

Sugestões de Cânticos

ACLAMAÇÃO DO EVANGELHOLouvor e glória a Vós – A. Cartageno, CNL, 58

COMUNHÃONem só de pão vive o homem - F. Santos, CNL,541, ou:Jesus Cristo amou-nos – M- Luis, CNL,553

te relacionares com as coisas, comDeus e com as pessoas. A ten-tação do pão, denuncia a utili-zação egoísta dos bens, a preo-cupação de acumular, a astúcia deviver do trabalho dos outros, oviver no luxo, no esbanjamento edesperdício, enquanto tantos etantos vivem no lixo, desnutridos,sem casa, sem trabalho e semdignidade. Na tentação do mila-gre da torre do templo, Jesusouve a sedução do demónio: «Éso Filho de Deus? Mas que vidatão apagada, silenciosa e roti-neira. Faz milagres!» E justificacom a Escritura. O demónio temsempre um rosto cativante, sim-pático, amigo, bom conselheiro,sempre com aparência de bem.Deus existe? Então que dê provas.Esta tentação acontece em ti e emmim, quando exigimos provas doamor de Deus. A tentação dosídolos põe em questão o modocerto de ralação com as pessoasatravés do poder, do domínio, dacompetição, do prestígio, doaproveitar para proveito próprio,os lugares de chefia. Há diferençae grande entre poder e autoridade.Esta é carisma, serviço, dom àcomunidade. Onde impera o do-mínio sobre os outros, onde seluta para levar sempre a melhor,onde quer que alguém se tenhade ajoelhar diante de alguém, aíimpera a lógica do diabo. A grandetentação é ter tudo, mas não terDeus. Mas sem Deus, o tudo énada, porque só Deus basta, nodizer de Santa Teresa de Jesus.Todo o mundo, em vez de Deus?Não. Obrigado. A catequese dasegunda leitura sobre o primeiroe o novo Adão, princípio de umanova Criação, é muito importante,mas falta espaço para o seudesenvolvimento.

Siglas - CNL: Cantoral Nacional para a Liturgia; SR – Salmos Responsoriais, M. Luis

I Domingoda Quaresma

Ano A1 de março de 2020

Leitura do Livro do GénesisO Senhor Deus formou o homem do pó da terra, insuflou em suasnarinas um sopro de vida, e o homem tornou-se um ser vivo.Depois, o Senhor Deus plantou um jardim no Éden, a oriente, e nelecolocou o homem que tinha formado. Fez nascer na terra toda aespécie de árvores, de frutos agradáveis à vista e bons para comer,entre as quais a árvore da vida, no meio do jardim, e a árvore daciência do bem e do mal. Ora, a serpente era o mais astucioso detodos os animais dos campos que o Senhor Deus tinha feito.Ela disse à mulher: «É verdade que Deus vos disse: ‘Não podeiscomer o fruto de nenhuma árvore do jardim’?». A mulher respondeu:«Podemos comer o fruto das árvores do jardim; mas, quanto ao frutoda árvore que está no meio do jardim, Deus avisou-nos: ‘Não podeiscomer dele nem tocar-lhe, senão morrereis’». A serpente replicou àmulher: «De maneira nenhuma! Não morrereis. Mas Deus sabe que,no dia em que o comerdes, abrir-se-ão os vossos olhos e sereis comodeuses, ficando a conhecer o bem e o mal». A mulher viu então queo fruto da árvore era bom para comer e agradável à vista, e preciosopara esclarecer a inteligência. Colheu fruto da árvore e comeu; depoisdeu-o ao marido, que comeu juntamente com ela. Abriram-se entãoos seus olhos e compreenderam que estavam despidos. Por isso,entrelaçaram folhas de figueira e cingiram os rins com elas.

I Leitura

A criação e o pecado dos nossos primeiros pais

Gen 2, 7-9; 3, 1-7

«Onde abundou o pecado, superabundou a graça»Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos RomanosIrmãos: Assim como por um só homem entrou o pecado no mundoe pelo pecado a morte, assim também a morte atingiu todos oshomens, porque todos pecaram. Se a morte reinou pelo pecado deum só homem, com muito mais razão, aqueles que recebem comabundância a graça e o dom da justiça reinarão na vida por meio deum só, Jesus Cristo. Porque, assim como, pelo pecado de um só,veio para todos os homens a condenação, assim também, pela obrade justiça de um só, virá para todos a justificação, que dá a vida.De facto, como pela desobediência de um só homem, todos setornaram pecadores, assim também, pela obediência de um só, todosse tornarão justos.

Rom 5, 12.17-19II Leitura

Salmo Responsarial Salmo 50 (51)

Pecámos, Senhor: tende compaixão de nós.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São MateusNaquele tempo, Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, a fimde ser tentado pelo Diabo. Jejuou quarenta dias e quarenta noites e,por fim, teve fome. O tentador aproximou-se e disse-lhe: «Se és Filhode Deus, diz a estas pedras que se transformem em pães».Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: ‘Nem só de pão vive o homem,mas de toda a palavra que sai da boca de Deus’». Então o Diaboconduziu-O à cidade santa, levou-O ao pináculo do templo e disse-Lhe: «Se és Filho de Deus, lança-Te daqui abaixo, pois está escrito:‘Deus mandará aos seus Anjos que te recebam nas suas mãos, paraque não tropeces em alguma pedra’». Respondeu-lhe Jesus:«Também está escrito: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’». De novoo Diabo O levou consigo a um monte muito alto, mostrou-Lhe todosos reinos do mundo e a sua glória e disse-Lhe: «Tudo isto Te darei,se, prostrado, me adorares». Respondeu-lhe Jesus: «Vai-te, Satanás,porque está escrito: ‘Adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele prestarásculto’». Então o Diabo deixou-O, e aproximaram-se os Anjos eserviram-n’O.

Evangelho

Nem só de pão vive o homem,mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.

Mt 4, 4b

Mt 4, 1-11Jesus jejua durante quarenta dias e é tentado

Aleluia

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27 de fevereiro de 2020IGREJA4 – Notícias de Beja

O Secretariado Nacional deLiturgia (SNL), através da Co-missão Episcopal da Liturgia eEspiritualidade (CELE) da Con-ferência Episcopal Portuguesa(CEP), está a organizar a nívelnacional a participação daIgreja presente em Portugal no52º Congresso EucarísticoInternacional.Este congresso tem como orga-nizador o Pontifício Comité paraos Congressos Eucarísticos erealiza-se em Budapeste (Hun-gria), de 13 a 20 de setembro de2020, sob o tema: Todas as mi-nhas fontes estão em Ti. A Euca-ristia: Fonte da nossa vida e danossa missão cristã.A partir do Salmo 87, que cantacom entusiasmo a grandeza deJerusalém, mãe de todos os

povos, o misterioso prodígio dafonte, que é “dançado e cantado”conduz-nos, ao mesmo tempo, aoterritório bíblico largamentedesértico, onde a água faz adiferença entre a vida e a morte.Por isso, as fontes são o sinal dapresença de Deus. A Liturgia,sobretudo a Eucaristia, é apre-sentada no Concílio Vaticano IIcomo «cume e fonte da vidaeclesial» (SC 10). São João XXIIIgostava de aplicar à Liturgia aimagem da fonte: «ela é como quea fonte da aldeia, na qual todas asgerações vêm beber a água sem-pre viva e fresca». É também umponto culminante, porque toda aactividade da Igreja tende para acomunhão de vida com Cristo,sendo na Liturgia que a Igrejamanifesta e comunica aos fiéis a

obra da Salvação, realizada porCristo de uma vez para sempre.O Secretariado Nacional de Litur-gia, em articulação com os dele-gados diocesanos para o Con-gresso Eucarístico Internacional,elaborou um programa que visaa participação no mesmo. Adelegação portuguesa terá seráacompanhada por D. José Cor-deiro, Bispo de Bragança-Miran-da, Presidente da ComissãoEpiscopal da Liturgia e Espi-ritualidade e Delegado da CEPpara os Congressos EucarísticosInternacionais.Neste momento ainda há lugaresdisponíveis. Pode consulte oprograma e ver todas as condi-ções em: http://www.liturgia.pt/congressoeucaristico/

Associação dos Médicos CatólicosPortugueses apela ao veto presidencial

Acaba de ser aprovada em sedeparlamentar a despenalização daeutanásia em Portugal.A Associação dos MédicosCatólicos Portugueses (AMCP)considera que com esta decisãoparlamentar o dia de hoje ficarána história do país como um dianegro para a dignidade dosportugueses, marco histórico deuma jornada de retrocesso civi-lizacional. Neste sentido, aAMCP apela ao Senhor Presi-dente da República que façauso do seu poder de veto.A AMCP reitera que é abso-lutamente contra a eutanásia eexorta a um maior investimentodas entidades competentes

nos cuidados paliativos emPortugal.A AMCP reafirma que a legislaçãoaprovada criará uma desconfiançageneralizada na relação médico-doente, já que o poder de provo-car ou antecipar a morte dealguém, ainda que a pedido dopróprio, vai contra a própriamedicina. A medicina apoia a sua prática nodiagnóstico e no tratamento dasdoenças, no alívio do sofrimentodos doentes, sempre com a finali-dade de defesa da vida humana enão em decisões que, com osubterfúgio de querer eliminar osofrimento do doente, eliminam apessoa. Por este motivo, a euta-

násia nunca poderá ser consi-derada como um ato médico.O Sistema Nacional de Saúde(SNS) apresenta enormes defi-ciências e uma parte significativada população está em listas deespera a aguardar consultas ecirurgias. A AMCP sublinha queos cuidados paliativos não po-dem ter listas de espera. Atual-mente, não existe no SNS umaresposta adequada neste tipo deassistência à população. Deve-mos defender uma morte assis-tida em vez de se cair no faci-litismo de se promover uma vidaabreviada. É urgente humanizaro fim de vida.Todos devemos exigir que oEstado não se demita de ofereceraos doentes com doenças amea-çadoras para a vida e às suasfamílias os cuidados paliativos deque necessitam. Só deste modose constrói uma sociedade soli-dária e compassiva, dignificandoa vida humana independen-temente das suas circunstâncias.

Passeio Convívio pela Rotadas Judiarias Portuguesas

Nos dias 17 e 18 de Fevereiro, um grupo de vinte cinco paroquianos deAljustrel e Santiago do Cacém, saíram das suas terras para um passeioconvívio, promovido pela Paróquia de Aljustrel, como á habito fazeranualmente em meados de fevereiro. Desta vez o programa intitulava-se “Rota das Judiarias Portuguesas”.A viagem começou pela noite fora, com a saída de Aljustrel e Santiagodo Cacém, acompanhados pelo Pároco de Aljustrel, Pe. Luís Macuinja,rumo à bela cidade de Castelo Branco, onde se visitou o seu Castelo,a Igreja de São Miguel (Sé) e o Jardim do Paço Episcopal, seguindoposteriormente o grupo para Idanha-a-Nova, onde foi servido o almoço,rumando depois ao Santuário de Nossa Senhora do Almurtão, Padroeirade Idanha-a-Nova, onde o grupo rezou à Virgem do Almurtão. Terminadaa visita a este templo religioso, o grupo fez-se novamente à estrada emdireção a Idanha-a-Velha, uma das aldeias históricas portuguesas e deseguida a Monsanto, aquela que em 1938 ganhou o título de “aldeia

mais portuguesas de Portugal”, onde se pode contemplar ummaravilhoso por do sol, do alto do seu castelo. A pernoita foi já noFundão, de onde o grupo saiu na manhã do dia seguinte para Belmonte,onde visitou a vila, destacando o Museu Judaico, o Castelo e o Panteãodos Cabrais. Após o almoço servido num restaurante local, o destinofoi Covilhã, no sopé da Serra da Estrela, onde se fez uma panorâmicapela cidade, e a visita pedonal à Igreja da Misericórdia e de NossaSenhora da Conceição e ao belo Museu de Arte Sacra da cidade.Terminada a visita o grupo saiu em direção a casa, havendo tempopara paragem para o jantar em Almeirim, para degustar a bela e famosasopa da pedra que lá se serve.

Tiago Pereira

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27 de fevereiro de 2020 Notícias de Beja – 5IGREJA

Dia dos Santos Pastorinhos,Francisco e Jacinta Marto

assinalado em Aljustrel

O Secretariado Paroquial do Movimento da Mensagem de Fátima daParóquia de Aljustrel assinalou no passado dia 20 de Fevereiro, o diados Santos Pastorinhos, Francisco e Jacinta Marto.As celebrações realizaram-se na Igreja Matriz da vila de Aljustrel, ondese encontram expostas em veneração as imagens dos SantosPastorinhos e foram presididas pelo Assistente Espiritual Paroquial doMMF, Pe. Luís Macuinja, e constaram de Recitação do Terço e Eucaristiano final da tarde e à noite Adoração do Santíssimo, onde os mensageirose demais comunidade paroquial adoraram a “Jesus Escondido”, rezarampela paz no mundo, pela conversão dos pecadores e de modo especialpela vida humana.

Tiago PereiraPresidente do MMF de Aljustrel

Acção de Formação:“Património e Arte Sacra”

Decorreu no passado dia 22,sábado, na Igreja de NossaSenhora ao Pé da Cruz, na Paró-quia do Salvador, Beja, a acçãode formação intitulada “Patri-mónio e Arte Sacra”, uma ini-ciativa da Comissão Diocesanade Arte Sacra (CDAS), e inte-grada nas celebrações dos 250anos da Restauração da Diocesede Beja. Contou com a presençade membros das várias Paróquiasde Beja, Sacerdotes, Diáconos,Religiosas e Leigos, e de algumasinstituições da Cidade, nomea-damente do Instituto Politécnicoe do Seminário, e ainda repre-sentantes de Cuba, Vidigueira,Grândola, S. Teotónio e Serpa,num total de 40 pessoas.A sessão iniciou-se com a pala-vra do Presidente da Comissão,Pe. Manuel António do Rosário,que apresentou a CDAS, resumiualgumas das missões que a mes-

ma tem vindo a desempenhardesde a sua criação, e fez oenquadramento desta iniciativa.Seguiu-se a intervenção do Dr.Artur Goulart, membro da Co-missão de Bens Culturais daArquidiocese de Évora e res-ponsável pelo Inventário dassuas Paróquias, um projectotornado possível graças a umaparceria com a Fundação Eu-génio de Almeida. O Dr. Goulart,um dos maiores especialistas donosso País, falou-nos da impor-tância do Património, do seuInventário, da sua fruição, e dacentralidade das pessoas emtodo este processo. A inter-venção seguinte foi da respon-sabilidade da Drª Deolinda Tava-res, Técnica Superior da DireçãoRegional de Cultura do Alentejo(DRCA), que, em articulação como Dr. Goulart, desenvolveu o temada conservação do Património,

da importância da sua classi-ficação e dos cuidados a ter nasintervenções de restauro.Seguiu-se um frutuoso tempo dediálogo com os presentes, com-plementado pela visita guiada aesta magnífica Igreja, desco-nhecida por muitos, mesmo emBeja, sob a orientação do Dr.António Salgado e da Drª ElisMarçal, Técnicos do AtelierArterestauro, que tem desen-volvido um vasto trabalho portoda a nossa Diocese e tambémnesta mesma Igreja.O balanço desta manhã foi bas-tante positivo, a julgar pelasreacções dos participantes. Daparte da, CDAS manifestou totaldisponibilidade para continuar acolaborar com as Paróquias,incentivou às boas práticas,motivou as Paróquias a estrei-tarem os laços com a DRCA, avalorizarem a ligação e o apoioque pode ser concedido pelasAutarquias, e desafiou o surgi-mento de projectos que en-volvam as Empresas e os parti-culares, mesmo não praticantes,mas com preocupações nestaárea. Com efeito, a Igreja, por sisó, não tem capacidade de res-taurar e garantir a fruição do seuPatrimónio, o qual, apesar domuito que se perdeu ao longodos séculos, continua a ser ummanancial quase inesgotável e éextremamente apreciado pelosturistas que crescentemente nosvisitam, oriundos dos quatrocantos do Mundo.

G.

Liturgia das Horas com canto:Vésperas da Quaresma

Livro com partiturasMúsica: melodias de vários autoresEste livro contém os Hinos, Antífonas, Salmodia, Responsóriobreve e Cântico evangélico para a Hora de Vésperas (I e II) dosDomingos da Quaresma (Domingo I ao Domingo de Ramos).

Liturgia das Horas com canto:Tríduo Pascal

Livro com partiturasMúsica: melodias de vários autores Este livro contém as melodias para o Ofício da Liturgia dasHoras para Sexta-Feira da Paixão do Senhor, Sábado Santo eDomingo de Páscoa.Hinos: Vésperas e LaudesSexta-Feira Santa: Invitatório, Ofício de Leitura e Laudes;Sábado Santo: Invitatório, Ofício de Leitura, Laudes e Vésperas;Domingo de Páscoa: Laudes e Vésperas.O Secretariado Nacional de Liturgia decidiu fazer ediçõeseconómicas para ajudar as comunidades a rezarem estas oraçõespúblicas e comuns do Povo de Deus.

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27 de fevereiro de 2020OPINIÃO6 – Notícias de Beja

“Villa” Romana de S. Cucufate (XII)

«A “Villa” romana de S. Cucufatesegue os mesmos passos e evolu-ção da congénere do Monte daCegonha. Fundada no século Id. C., atinge no século IV umcrescimento e expansão assina-láveis, pela diferenciação daparte urbana, destinada á habi-tação do proprietário e a parterústica, com a casa do feitor, asinstalações dos criados, o lagare todo o equipamento e logísticanecessários para uma atividadeagrícola em grande escala. Aavaliar pelas ruínas que, feliz-mente, ainda estão de pé, aconstrução da parte urbana,atingiu um vistoso primeiro andar,posto de observação donde oproprietário podia vigiar toda aexploração. Acrescente-se quefoi também por esta altura, noséculo IV, que a Villa se cris-tianizou, adaptando uma sala dazona urbana a igreja para serviçoda unidade agrícola, ou e paraculto do mosteiro ali construídono tempo dos Godos, como

vamos referir.«Tem se afirmado que neste Villa,construída, como dissemos noséculo IV, foi fundado um im-portante mosteiro no períodovisigótico. Esta ideia era correntepelo menos no século XVII eassim o encontramos no Agio-lógio Lusitano de Jorge Car-doso. Frei Leão de S. Tomásrefere-se ao mosteiro de S. Cucu-fate no tomo I da obra men-cionada, publicada em 1644.Depois de expor as dúvidasexistentes quanto à identificaçãodeste santo, visto que houvevários do mesmo nome, o autorescreve: «Mas ainda que nãosabemos qual Mártir destes foi oPadroeiro do Mosteiro de quetratamos, sabemos que em tempodos Godos foi mosteiro muicélebre, porque o Prelado seintitulava “Abade dos Abades”[…] (40). Poucos anos depois,nomeadamente em 1657, é impres-so o tomo II do Agiológio Lusi-tano, em que se faz referência atrês santos mártires naturais deBraga, aos irmãos Susana, Tor-quato, e Cucufate, e se diz a

propósito do último: «No termode Beja, para a parte da Vidi-gueira, teve o nosso M. SãoCucufate em tempos dos Godosum celebérrimo convento, de queestão notáveis ruínas e relíquiasde sua grandeza com muitasgalerias, varandas e abóbadasde argamassa, algumas delasestão ainda de pé, outras fezsubterrâneas o tempo»1

«Um autor mais recente, nomea-damente dos fins do séculopassado, Gerardo Augusto Pery,vai ainda mais longe e indicadatas para a fundação e a des-truição do mosteiro, respectiva-mente 586 e 983. A verdade,porém, é que embora escreva queprocedeu a investigações sobrea história do mosteiro, não refereas fontes que lhe permitiramchegar a tais conclusões eencontrar as datas que apresentae que, por conseguinte, nãopodem deixar de se considerarfantasistas. Em todo o caso, tudoisto nos leva a inferir que se terácriado, pelo menos a partir doséculo XVII uma tradição queatribui a fundação do mosteiro

ao período visigótico. A hipóteseé, sem dúvida, aliciante, porquejustifica a ocupação da antigavilla romana e, portanto, a suaconservação no decurso demuitos séculos.Tal hipótese é, no entanto, con-trariada pelos resultados dasinvestigações arqueológicas aque ultimamente se tem proce-dido. Efectivamente, segundoinformação que nos foi fornecidapelo Prof. Jorge Alarcão, entre osachados feitos no decorrer dasescavações não figuram quais-quer moedas dos períodos visi-góticos e árabe, o que pareceindicar que a villa esteve aban-donada durante todo esse tem-po».2O mesmo autor opina queembora não haja confirmaçãoarqueológica da existência domosteiro, não parece plausível oabandono do local durante tantosséculos, devido à fertilidade doscampos e á sua exploraçãoconstante nos séculos ante-riores. Como resta por exploraruma boa área da zona rural,aguardemos que possam surgirdados que confirmem a sua

António Aparício ocupação nos períodos visi-gótico e árabe.No Dicionário da História Reli-giosa de Portugal de CarlosMoreira de Azevedo depois dereferir «a existência em Selmes,no Monte da Cegonha, de umtemplo, de três naves, prova-velmente, edificado num mo-mento da reconstrução da villado século IV e o baptistério doséculo VI; em S. Cucufate, Vilade Frades, de vestígios de umaantiga igreja provavelmente doséculo IV-V»3

Nos finais da década de setentado século passado, nos vastos ericos campos ao largo de Messe-jana, um tratorista sulcava a terraem profundidade, descuidado eentrega à rotina da sua faina. Porvezes encontrava pedregulhosde algum peso e volume, quedeixava de lado, seguindo emfrente, na ânsia de levar a bomtermo a tarefa que lhe haviamconfiado. Mas num instante, osulco do trator traz à superfícieum belo e bem trabalhado ábaco,que teria pertencido a uma basí-lica paleocristã, desconhecendo-se onde teria existido.

Sílvio Couto

As manifestações de algunsadeptos – sócios ou não – numjogo de futebol, no domingo,dia 16 de fevereiro, em Gui-marães, foi a pedra de toquepara que se gastem horas adiscutir uma coisa que, emPortugal, não tem expressãocomo eles desejavam. Podemdizer o que quiserem, os portu-gueses não são nem nuncaforam racistas e tão poucoxenófobos. Somos, pelo con-trário, um povo aberto – talvezem excesso e desmesurada-mente condescendentes – atodas as raças e cores, mesmoem nosso prejuízo. Somos um

se dilui a cor da tez ou a formade se exprimir, percebendosomente que estamos perantepessoas e não em confrontocom alguém que nos incomoda.Foi nitidamente ignóbil, naintenção e nos resultados, essapublicidade – ‘todos diferen-tes, todos iguais’, pois pre-tendeu nivelar o racismo peladiferença acintosa e não com-batê-lo pela dignificação daspessoas. Estas não se distin-guem, mas convivem. Cadacidadão não pode ser reduzidoà mera expressão numérica, masacolhido na diferença daquiloque é e merece ser.De entre todas as formas deconvivência pela dignidade enão pela distinção, o cristia-nismo foi, na maior parte doscasos, aquele que melhor oidealizou, o pensou e o exe-cutou. Falamos do cristianismona sua génese e nos atos defraternidade que sempre cui-dou. Deixamos de fora quantosusaram a expressão de fé cristãpara escravizar, manipular, tor-turar ou até matar. Outras desi-

gnações religiosas têm feitotambém uma razoável evoluçãoe abertura à diferença que nãosó para com os da sua cultura…Só uma acentuada ignorânciahistórica continuará a relevarmais aquilo que foi mau do quetanto do que a civilização foiconduzindo na aproximaçãodos povos, das nações e mes-mo na formação dos países.Talvez seja preciso lavar ospreconceitos de certas ideolo-gias para vermos tanto que foidesenvolvido nos dois últimosséculos…Certa virulência antirracista –sobretudo protagonizada porsetores aderentes ao marxismo-leninismo-trotskismo – comoque denota alguma tentativa dedesviar a atenção dos crimesétnicos, rácicos e xenófobospraticados pelos seus mentoresideológicos, sobretudo, noúltimo século…em várias latitu-des e com milhões de vítimas.

= O pior racismo que se podedifundir ou cultivar é o daindiferença, na medida em que

povo que sempre criou laços defraternidade e de harmoniaentre os povos e as culturas,muitas delas bem menos respei-tosas para com a nossa libera-lidade. Somos, por natureza,bem mais solidários do que nosjulgamos, pois ainda somoscapazes de tirar do nosso es-sencial para partilhar o que faltaa tantos, embora estes nemsempre se mostrem convenien-temente agradecidos senão nosatos ao menos nas atitudes.

= Muitos e variados setorestentam cavalgar sobre peque-nos indícios desse tal ‘racis-mo’, mas bem depressa seesboroam as suas pretensõese, nem mesmo, a intoxicaçãoideológica de uns tantos conse-gue criar algo que tenha con-sistência ou significado. Vi-vendo numa área onde moramtantos cidadãos procedentesde outros continentes e cul-turas será muito fácil desmentirque o racismo tenha algo a vercom isso que pretendem dizerque existe. Com que facilidade

as pessoas deixam de ser consi-deradas como tal para se torna-rem meras coisas ou objetos.Diante de certos episódioscomo que se torna lamentávelo empolamento de ‘casos’ deracismo, pois só mentes dimi-nuídas podem considerar al-gum ascendente de supremaciasobre pessoas que tenham a corda pele distinta da dominanteno meio. Na dimensão humanasomos todos cidadãos de direi-tos e com deveres iguais, em-bora diferentes no modo de osvivermos e de nos fazermos sercomportamento social, políticoe cultural. Através de umaeducação para a diferençapoderemos saber estar comquem não pensa como nós, nãoescolhe como nós e não sentecomo nós.O racismo ainda é uma fasemuito primária da evolução dahistória da humanidade. Oracismo é a negação da cultura,seja qual for a instância, o nívelde instrução ou o estádio deliberdade. Racismo, nunca!

A quem interessa empolar um tal ‘racismo’?

Memória da Primeira Evangelização na celebração dos 250 anos da Restauração da Diocese de Beja

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27 de fevereiro de 2020

Diretor: António Novais PereiraRedação e Administração:Rua Abel Viana, 2 - 7800-440 BejaTelef. 284 322 268E-mail: [email protected]

Assinatura 35 Euros anuais c/IVAIBAN PT50 0010 0000 3641 8210 0013 0

Impressão:Gráfica do Diário do MinhoRua de Santa Margarida, n.º 4-A - 4710-306 Braga

27fevereiro

2020

Depósito Legal

N.º 1961/83

Editado emPortugal

Propriedade da Diocese de BejaContribuinte Nº 501 182 446

RegistoN.º 102 028

Tiragem1.500

REGIONAL Notícias de Beja – 7

Atividade operacional semanalO Comando Territorial de Beja,para além da sua atividade diária,levou a efeito um conjunto deoperações, no distrito de Beja, nasemana de 17 a 23 de fevereiro,que visaram a prevenção e ocombate à criminalidade violenta,fiscalização rodoviária, entreoutras, registando-se os seguin-tes dados operacionais:1. Detenções: Sete detidos emflagrante delito, destacando-se:Quatro por condução sem habi-litação legal e um por violênciadoméstica.2. Apreensões: 61 doses dehaxixe; uma dose de liamba;

um telemóvel; 135 euros emnumerário; dois veículos; umamáquina de tabaco; 37 metros decabo elétrico.3. Trânsito:Fiscalização: 302 infrações dete-tadas, destacando-se:- 152 por excesso de velocidade;26 relacionadas com tacógrafos;11 por falta ou incorreta utili-zação do cinto de segurança e/ou sistema de retenção paracrianças; nove por falta de ins-peção periódica; nove por faltade seguro de responsabilidadecivil obrigatório; oito por usoindevido do telemóvel no exer-

O Comando Distrital de Beja daPSP (CD Beja), no âmbito das suascompetências de prevenção ecombate permanente à prática deilícitos criminais e contraordena-cionais, no período de 14 a 20FEV2020, na sua área de jurisdição,registou e destaca os seguintesresultados operacionais:- Identificação de 2 pessoas, de17 e 18 anos de idade, por sus-peita da prática de crime de furtoem estabelecimento comercial,praticado na cidade de Beja, coma recuperação de 4 telemóveis eacessórios, e com a mesma açãopolicial a conduzir também àidentificação de 1 pessoa, de 29anos de idade, por suspeita derecetação do produto furtado;- Detenção de 2 pessoas, de 56 e58 anos de idade, por condução deveículo automóvel sob o efeito doálcool, tendo acusado uma TAS de1,79 e 1,65 g/l, respectivamente;Operações de Fiscalização:

- 1 Operação de FiscalizaçãoRodoviária, em Beja, com re-curso a Radar, que contabilizou1541 veículos controlados, coma deteção de 10 infrações;- 17 Operações de FiscalizaçãoRodoviária, enquadradas naAtividade Operacional de CDBeja e no Plano Nacional deFiscalização, que contabilizam:251 Veículos fiscalizados; 159Condutores submetidos ao testede alcoolémia; 25 infraçõesdetetadas.Acidentes rodoviários:- Em Beja e Moura, registo de 5acidentes rodoviários, dos quaisresultaram só danos materiais.Ações preventivas /de sensi-bilização e outras:- O Núcleo de Armas e Explosivosdo CD Beja, nas suas instalaçõese também através do seu Balcãode Atendimento Não Permanente,realizado, no período em apreço,no Município de Ferreira do

SUMULA SEMANALAlentejo, procedeu à recolha de11 armas de fogo, perdidas afavor do Estado;- O CD Beja, através do seuPoliciamento de Proximidade e noâmbito do Programa EscolaSegura, promoveu a realizaçãode:- 2 Ações de Sensibilização, noâmbito da Operação da PSPdenominada “Internet maissegura”, direcionada para osalunos do 1º, 2º e 3º ciclosescolares, que contaram com apresença de 60 alunos;- 6 Ações de Sensibilização,denominadas “No namoro não háguerra”, dirigida a alunos do 3ºciclo e assistidas por um total de180 alunos;7 Ações de Sensibilização enqua-dradas na Operação, desenvol-vida a nível nacional “Carnavalem Segurança”, participadas porcerca de 160 alunos do 2º cicloescolar.

cício da condução e duas porcondução com taxa de álcool nosangue superior ao permitido porlei.Sinistralidade:29 acidentes regis-tados, resultando: Um feridograve e sete feridos leves.4. Fiscalização Geral:14 autos decontraordenação no âmbito dalegislação da proteção da natu-reza e do ambiente.5. Ações de sensibilização:- Três de âmbito escolar, tendosido sensibilizados 93 alunos edois professores e três no âmbitode idosos em segurança, tendosido sensibilizados 81 idosos.

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EMAS DE BEJAINTERVEM NA REDE DE

ÁGUA DE SANTA VITÓRIANeste sentido será substituída a conduta de abastecimento e osrespetivos ramais domiciliários, na Rua da Estação bem como ainstalação de válvulas de seccionamento que permitirão umasectorização mais eficiente em caso da necessidade de manutenção darede. A rede agora substituída apresentava um índice de roturas elevado,sendo importante proceder à presente intervenção, no sentido deconseguir um melhor desempenho ao nível da operação e manutenção,melhorando a qualidade do serviço prestado aos consumidores.A intervenção, que faz parte da candidatura aprovada ao POSEUR -Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos2014/2020, sobre o tema de operação: “Controlo e Redução de Perdasnos Sistemas de Distribuição de Água de Beja, representa uminvestimento aproximado de 28 mil euros e um prazo de execuçãoexpetável de 75 dias.

A Câmara Municipal de Vidi-gueira congratula-se com anotícia do avanço da construçãodo novo Centro de Saúde, numterreno cedido pela autarquia,que permitirá melhorar o acessoe a qualidade dos cuidados desaúde prestados à população edotar os seus profissionais demelhores condições de trabalho.

Construção do novo Centro de Saúde avançaem Vidigueira

Há cerca de um ano, a presidentedo Conselho de Administraçãoda Unidade Local de Saúde doBaixo Alentejo (ULSBA), Con-ceição Margalha, esteve emVidigueira no local onde seráconstruído o novo Centro deSaúde de Vidigueira, visita estaenquadrada numa série de con-tactos de proximidade e de traba-

lho permanente de colaboraçãodo Município com a ULSBA.Segundo informação do portal doServiço Nacional de Saúde, estenovo equipamento vai servir umpopulação de cerca de 6 milhabitantes e será instalado emcerca 1000 m2, com 8 gabinetesmédicos, 6 gabinetes de enfer-magem e outros 3 gabinetes. Paraalém dos serviços de saúdepública serão disponibilizadasconsultas de psicologia, nutri-ção, saúde materna, enfermagem,fisioterapia, saúde oral e serviçosocial.

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27 de fevereiro de 2020ÚLTIMA PÁGINA

Visita pastoral às paróquias de Alvito,Vila Nova da Baronia e Albergaria dos Fusos

21-23/02/2020

Nos dias 21 a 23 de fevereirodecorreu nas paróquias deAlvito, Vila Nova da Baroniae Albergaria dos Fusos a visitapastoral do senhor Dom Joãoa estas comunidades. Noprimeiro dia começamos avisita pastoral com a oraçãoda hora de Laudes na IgrejaMatriz. De continuação o Sr.D. João presidiu a uma cele-bração exequial que possi-bilitou o contacto com umaboa parte da população deAlvito e que nos levou aocemitério para também rezarpor todos os defuntos. Deseguida iniciámos a visita avárias instituições: CâmaraMunicipal, Bombeiros Volun-tários, Agrupamento de es-colas e Escola Professional deAlvito. Aqui fizemos umaparagem para almoço esplen-didamente preparado pelosalunos do 1º ano do curso decozinha e, igualmente, muitobem servido, pelo 1º ano docurso de bar/restaurante dedita escola.Depois de reconfortados peloalmoço fomos visitar a uni-dade fabril da UCASUL, umdos maiores empregadores domunicípio. Seguidamente par-timos para Vila Nova daBaronia onde pudemos visitare rezar na ermida de SantaÁgueda. De continuação o Sr.D. João teve um encontrocom os autarcas da Junta deFreguesia de Vila Nova daBaronia. No final do encontrofomos à Igreja de NossaSenhora da Conceição ondecelebrámos a Santa Euca-ristia. No final da eucaristiapusemos rumo para o Semi-

nário Redemptoris Mater,onde, tivemos um encontrocom os crismandos das duasparóquias. Para finalizar o diafomos jantar a casa de unsparoquianos de Vila Nova daBaronia.O sábado, dia 22, foi larga-mente dedicado aos idosos doslares do concelho. Assim,depois de rezar laudes naIgreja matriz de Vila Nova daBaronia estivemos, na parteda manhã no Centro Social eParoquial de Vila Nova daBaronia, onde o Sr. D. Joãopode celebrar a Eucaristia nacapela do Centro e depoispode almoçar com os utentesda instituição. Da parte datarde estivemos na Santa Casada Misericórdia de Alvito ondeo fizemos uma celebração dapalavra onde o Sr. D. Joãoadministrou a Unção dosdoentes aos utentes da mes-ma. De continuação regres-

samos ao Seminário ondetivemos um encontro com asfábricas da Igreja das paró-quias e com outros agentes dapastoral onde pudemos falarsobre a vida e a realidade dascomunidades. Para finalizar odia tivemos um sarau culturalcom um concerto titulado «Avoz do Mar».No Domingo, verdadeira-mente Dia do Senhor, foi Eleque celebramos. Começamoscelebrando a Eucaristia emVila Nova da Baronia ondeforam confirmados quatrojovens paroquianos destacomunidade. Depois, em Al-vito, foram confirmados na fédoze paroquianos. Seguida-mente almoçamos na pousadado Castelo de Alvito. Daquipartimos para a última estaçãoda visita pastoral: a visita aAlbergaria dos Fusos. Aquicelebramos uma bela eucaristia,bastante concorrida e finali-zámos com o lanche oferecidopela Junta de Freguesia.E pronto, esta é a cronicadestes três dias que penso queforam muito importantes paraestas comunidades para quepudessem passar algum tempocom o seu pastor, com o nossoBispo. Para finalizar, gostariade aproveitar para deixar umanota de agradecimento a todosos que colaboraram paratornar possível esta visita.

Pe. Miguel Cavaco

3 - Para vivermos intensamente a Páscoa, a Igreja convida-nos a percorrer o caminho da Quaresma, estes quarentadias repassados daquela vida interior que denuncia os nossospecados e nos dá oportunidade para nos arrependermosdeles, os confessarmos e caminharmos na vida cristã, nesteprocesso de transfiguração que o Senhor realiza na vidadaqueles que O seguem. Para darmos espaço ao Senhorem nossos corações, escutemos mais frequentemente aSua Palavra e encontremos tempo para uma oração maisintensa e mais fiel em cada dia, em cada semana,individualmente ou em comunidade, nas famílias e nasparóquias. Desta atividade espiritual depende, em grandeparte, a autenticidade da vida que levamos.Tal como aconteceu no ano passado, também neste anovos convido a fazer jejum num dia por semana, à sexta-feira, além do jejum de Quarta-feira de Cinzas e de Sexta-feira Santa. Lembro-vos que o jejum é obrigatório paratodos os católicos que tenham entre dezoito e sessentaanos, e gozem de boa saúde. Jejuar é não comer umarefeição. A abstinência de carne também deverá serobservada por quem já completou catorze e ainda nãochegou aos sessenta anos. O dinheiro que assim poupamosé destinado aos pobres, como esmola. Repartir com osnecessitados aquilo que o Senhor nos concedeu, ajuda-nos a administrar justamente os bens materiais.Anuncio-vos que a Renúncia Quaresmal do ano passadorendeu 16.341,51 euros, metade destinados à Cáritas daVenezuela, e a outra metade à diocese de Beja. Neste anoajudaremos com 50% os nossos irmãos do Haiti, e tambémcontribuiremos para as despesas das celebrações dos 250anos da restauração da diocese de Beja. Sede generosos,queridos irmãos!

4 - Neste ano de festa, os seis arciprestados virão emperegrinação à Catedral de Beja durante a Quaresma ou noTempo Pascal, também para visitarem a Exposição sobre aHistória da Diocese. É este o programa: arciprestado deMoura, no domingo dia 8 de março; de Beja, no domingodia 15 de março; de Almodôvar e de Odemira, no sábadodia 21 de março; de Santiago do Cacém, no sábado dia 18de abril; e de Cuba, no domingo dia 19 de abril. Estasperegrinações serão momentos fortes de oração paracrescermos como comunidades vivas e missionárias,conscientes de que somos hoje a Igreja de Cristo, na diocesede Beja.Não esqueçais: celebrar a Páscoa é reviver o Batismo ecelebrar a Eucaristia. Viver a Quaresma é convertermo-nos do pecado e cultivarmos, na oração, a intimidade como Senhor que nos transfigura, e praticarmos o jejum e aesmola para vivermos em verdadeira comunhão com osirmãos e com a natureza. Termino, com estas palavras doSenhor: sabeis estas coisas, felizes de vós se as praticardes!Desejo a todos vós uma santa vivência da Quaresma.Rezemos uns pelos outros. Rezai por mim.

+ J. Marcos, bispo de Beja

MENSAGEM PARA AQUARESMA – 2020

Diocese de Beja

Entremos naQuaresma para

vivermos a Páscoa!