ensinando pela arte

8/7/2019 ensinando pela arte

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APRENDENDO E ENSINANDO ARTES ATRAVS DA SUA HISTRIA E SUA

CONCEITUALIZAO

Jucilene Balbinot1

RESUMO: O presente trabalho desenvolve um estudo sobre a Arte, suaconcepo, histria e sua relao com a educao. Sabendo que a arte umconjunto de regras para dirigir uma atividade humana qualquer, este trabalho temcomo objetivo a ampliao de conhecimentos com relao a arte. Busca, tambm,compreender as significaes e importncia desta para o ser humano. Assimcomo a cincia um modo de organizao da experincia humana, a arte ummodo de transformar a experincia adquirida em objeto de conhecimento, atravsdo sentimento. Para compreender uma obra de arte necessrio considerar anatureza dentro do contexto em que foi produzida e os princpios pelos quais foi

estruturada. Sendo assim, baseio-me em pesquisas bibliogrficas para odesenvolvimento do presente estudo. Atravs da pesquisa realizada, v-se que aarte o movimento na dialtica da relao homem-mundo. E que a educao emarte propicia o desenvolvimento do pensamento artstico, da percepo esttica,da sensibilidade e imaginao do ser humano. O conhecimento artstico nasce daliberdade de escolha e neste campo crescem as produes artsticas e asmetodologias do ensino da arte.

PALAVRAS-CHAVE:Arte-educao, artista, conhecimento.

ABSTRAT: This paper develops a study about art, its concption, history andrelation with education. Knowing that art is a set of rules to drive any humanactivity, we focus this work in arts knowledge amplification. We look for themeaning and value of art to the human being. Such science organize humanexperience, arts transform experience in knowledges object, through feelings. Tounderstand a piece of art reeds consider the nature inside the context wich thispiece was made and the principles to estruture it. A large review based this paper.Art is the movement in dialetic man-worlds relation. Arts education marke possiblethe development of artistic mind, aesthetical perception, sensibility andimagination. Artistic knowledge borns from choics freedom and in this field growsup artistic production and arts teaching metodologies.

KEYWORDS:Arts teaching, artist, knowledge.

1 Acadmica do 6 perodo do curso de Pedagogia, com nfase em Recursos Humanos, daFaculdade Assis Gurgacz. Endereo: Rua Xavantes, 51 Santa Cruz. E-mail:[email protected]


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INTRODUO

O presente trabalho desenvolve um estudo sobre a Arte, sua importncia e

suas contribuies para o desenvolvimento artstico humano.

A arte, sendo um elemento cultural, instrumento de produo de

conhecimento, de desenvolvimento do pensamento artstico e da percepo

esttica, aprimorando, no ser humano, sua sensibilidade, percepo e imaginao

na criao das formas artsticas. Por isso a arte deve ser vista como prtica

pedaggica presente no dia-a-dia das salas de aulas.

atravs deste estudo, que deseja-se buscar maior compreenso e

aprimoramento na rea, a fim de contribuir com a aprendizagem e o

desenvolvimento do talento, muitas vezes, oculto na maioria das crianas.Nessa perspectiva, o estudo respalda-se em Kramer e Leite (1998), Fusari

e Ferraz (1993), Secretaria da Educao Fundamental (2000), entre outros.

1 CONCEPES E BREVE HISTRIA DA ARTE

A palavra arte vem do latim ars e corresponde ao termo grego techne,

tcnica, significando o que ordenado ou toda espcie de atividade humana

submetida a regras.

Arte o movimento na dialtica da relao homem-mundo. Criao

humana com valores estticos (beleza, equilbrio, harmonia, revolta), que

sintetizam as suas emoes, sua histria, seus sentimentos e a sua cultura. A

verdadeira concretizao da obra de arte se faz no contato com as pessoas,

quando o ato criador se completa. Sendo assim, ela age como meio de unio do

indivduo com o todo.

De acordo com Fusari e Ferraz:

(...)a arte uma das mais inquietantes e eloqentes produes dohomem. Ela ignora qualquer outro fazer que no seja aquele implcito noprprio conhecer. A arte um fazer em que o aspecto realizativo


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particularmente intensificado, unido e inventivo (FUSARI e FERRAZ,1993, p.91).

Complementando Fusari e Ferraz, a arte um meio para se compreendero desenvolvimento individual em suas diferentes fases e o desenvolvimento da

conscincia esttica e criadora do indivduo; um modo privilegiado do

conhecimento e aproximao entre indivduos de culturas distintas. a arte que

nos ajuda a conhecer o que no podemos articular e que explora o pensamento

divergente, mobiliza a busca de novas solues, de possibilidades que leva

construo de um processo de investigao da forma de expresso e criao que

caracteriza cada ser humano. A arte ensina que possvel transformar

continuamente a existncia, que preciso mudar referncias a cada momento, ser

flexvel.

Como resultado de anlise e avaliao, a arte pode adquirir dimenses e

formas de expresso por meio de crtica. Esta, alm de contribuir para que se

aprecie melhor as obras, ajuda a sociedade a manter-se atenta aos valores tanto

da arte do passado quanto das manifestaes mais recentes.

A arte , ainda, um modo de transformar a experincia adquirida em

objeto de conhecimento, atravs do sentimento; um entendimento intuitivo domundo, tanto para o artista quanto para o apreciador.

A obra de arte revela para o artista e para o espectador uma possibilidade

de existncia e comunicao, alm da realidade de fatos e relaes conhecidos.

Ela fala por si mesma, independe e vai alm das intenes do artista. Cada obra

um produto cultural de uma poca e uma criao singular da imaginao humana.

De acordo com a Secretaria de Educao Fundamental,

(...)as manifestaes artsticas so exemplos vivos da diversidade culturaldos povos e expressam a riqueza criadora dos artistas de todos ostempos e lugares. Uma constante da arte a representao da figurahumana (SECRETARIA DE EDUCAO FUNDAMENTAL, 2000, p.112).


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Em outras palavras, pode-se dizer que o ser humano e tudo o que est a

sua volta, so obras inspiradoras das representaes e manifestaes artsticas.

Para que se possa compreender a obra de arte de nosso tempo

necessrio considerar a natureza dentro do contexto em que foi produzida e os

princpios pelos quais foi estruturada. A obra de arte pode ser definida como um

objeto que possui a capacidade de expressar uma experincia, dentro de uma

determinada organizao.

Na tentativa de reconstruir a arte da humanidade, os crticos recorrem a

um conjunto de elementos, s fontes histricas que correspondem a todo material

que nos permite conhecer a vida artstica do homem desde seus primrdios.

Dentre estas fontes encontram-se os textos histricos, a tradio oral e pictrica,

entre outros.As primeiras descobertas de arte pr-histrica, segundo Batistoni Filho

(1989), correspondem a um perodo entre 30 000 e 8 000 a. C., e aconteceram em

fins do sculo XIX, na Europa. Esta arte mostra-se atravs de desenhos e pinturas

policrmicas, o que chamamos de arte rupestre. As gravaes e pinturas eram

feitas em rochas, com pigmentos derivados de minerais diludos com gua e

acrescidos de vegetais para sua fixao. O pintor dessa poca era figurativo,

reproduzia a imagem na sua verdade visual: no a deformava nem a estilizava. O

homem pr-histrico no foi apenas pintor. Foi tambm escultor. Fazia incises

nas pedras e esculpia (em marfim, pedras, ossos, argila) figuras femininas de

formas exageradamente volumosas que estariam ligadas a rituais de fecundao.

Seguido de sucessivos avanos da humanidade, a arte chega a um dos

clmax da nossa cultura somente a partir do perodo clssico (VI IV a. C.). Nesse

momento da histria, a arquitetura e a escultura atingem pices concretos

inimaginveis. A literatura se concretiza e o teatro explode numa genialidade

inigualvel.

As manifestaes artsticas dos primeiros sculos da colonizao

brasileira ocorreram com a efetivao do sistema colonial e a vinda das ordens

religiosas jesuticas, beneditinas e franciscanas, que trouxeram ao Brasil vestgios

de sua cultura.


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O modelo mais concreto da escultura e arquitetura, encontra-se na arte

Egpcia, representada basicamente pelas pirmides. De acordo com Batistoni

Filho:

(...)os egpcios foram os maiores estaturios, primando na tcnica, nodomnio do material e no poder expressivo. Eles no usavam aperspectiva cientfica para representar o espao, mas apenas parasugeri-lo (BATISTONI FILHO, 1989, p.29 e 30).

Numa outra perspectiva de arte, no egpcia, encontra-se a arte bizantina.

a arte da cor, onde a forma substituda pela decorao. J a arte rabe era um

produto, por fora, ecltico, com destaque para as Artes Decorativas.

Diante destas representaes e do quadro scio econmico evolutivo,

culmina, na Itlia, o movimento renascentista, que segundo Batistoni e Filho

(1989, p.65), procura reviver os modelos clssicos greco-romanos .

Os artistas e pensadores do Renascimento voltaram seus olhos para a

cultura clssica (cultura greco-romana), no apenas para copi-la mas assimil-la

cultura clssica tanto quanto a medieval.

O poder expressivo e a beleza do corpo humano foram dois ideais que aRenascena encontrou realizados na arte clssica, pois o Renascimento surgiu

quando o homem comeou a estudar o seu passado.

(...)A pintura foi a manifestao artstica que mais progrediu noRenascimento. Os pintores renascentistas ficaram famosos por suasfiguras perfeitas e pelo aperfeioamento da perspectiva. E souberam bemdistribuir a luz e as sombras, dando mais exatido s suas obras. (IESDEBRASIL, 2002, p.25)

A grande figura da pintura renascentista foi o pintor Leonardo da Vinci, e

Michelngelo foi o maior escultor. Os trabalhos artsticos de ambos so admirados

at os dias atuais, na Arte Contempornea, devido sua perfeio, e tambm pela

correta distribuio de luzes e sombras.


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Nos sculos XV e XVI surgiu uma nova viso de mundo, o

antropocentrismo e a cincia moderna. E a valorizao das artes como expresso

do conhecimento encontra, ento, seu apogeu. Este d-se durante o Romantismo,

quando a arte concebida como rgo geral da Filosofia.

Com a fundao da academia de Belas Artes, no Rio de Janeiro, pelos

artistas que compuseram a clebre Misso Artstica Francesa de 1816,

introduziu-se o neoclassismo no Brasil, tendo como principal pintor brasileiro

Pedro Amrico de Figueiredo e Melo.

Por volta de 1908, surge uma nova tendncia artstica, o cubismo, que

considerava a obra de arte um fato plstico independente da imitao direta das

formas naturais e que se propunha a traduzir sua viso com a ajuda de formas

geomtricas. No Brasil, Tereza dAmico (1914-1965) foi a primeira pintora a seguiro cubismo.

A Semana da Arte Moderna, de 1922, veio introduzir na cultura brasileira

uma concepo de vanguarda que rompeu violentamente com a represso

ideolgica dominante em todos os setores de atividade artstica. A primeira

artista a se destacar Anita Malfatti (1889-1964). J a primeira Bienal de So

Paulo (1951) fez com que os artistas se engajassem numa linguagem despojada e

geomtrica da arte concreta: o abstracionismo.

A Arte Moderna, liberando a criatividade, incorporando culturas diferentes

da ocidental e utilizando a temtica como um simples pretexto, permitiu que os

artistas brasileiros voltassem para os aspectos culturais que lhes eram prprios.

O estudo da arte no Brasil a partir do modernismo inclui leituras,

contextualizao e anlises das produes artsticas brasileiras do sculo XX, que

detectaram os rompimentos com as tradies e regras acadmicas.

Outras mudanas se fazem sentir na ocasio quando surge a Arte

Conceitual que d um passo a mais, interessando somente a idia, a criao

mental do artista.

A arte do disgusting art (arte desagradvel ou mrbida) dominou as

ltimas Bienais de Veneza e So Paulo. Esta arte tem como proposta chocar as


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pessoas e proclamar a equivalncia entre a vida e arte. Sendo assim, seus temas

so sexo e morte.

A arte do sculo XX (Arte Contempornea) diferente da arte grega ou

renascentista, porque responde as questes colocadas pelo homem e pela

cultura atual. Uma das mais importantes caractersticas da arte de nossos dias

a procura da espontaneidade, atravs da tcnica, presente, nas fotografias e

cinema, por exemplo.

As novas tecnologias para a arte contempornea atuam com um meio

disposio da liberdade do artista, que se somam s tcnicas e aos suportes

tradicionais, para questionar o prprio visvel, alterar a percepo, propor um

enigma e no mais uma viso pronta do mundo. O trabalho do artista passa a

exigir tambm do espectador uma determinada ateno, um olhar que pensa.Em sntese, cada poca cria uma arte que lhe propcia, e cada grupo

humano o faz a sua maneira, dentro do conhecimento de mundo que esse mesmo

grupo venha a ter. As caractersticas individuais propcias do artista so elementos

fundamentais na avaliao da obra artstica.

2 RELAO ENTRE ARTE E EDUCAO

A educao em arte, que busca a constituio de um ser humano

completo, propicia o desenvolvimento do pensamento artstico e da percepo

esttica, fazendo com que o aluno desenvolva sua sensibilidade, percepo e

imaginao na criao das formas artsticas. A experincia nas artes um

instrumento bsico de educao que promove o pensamento criador. Pela

vertente utpica, a arte se constitui num elemento pedaggico fundamental ao

homem.

A educao atravs da arte foi um movimento educativo e cultural

idealista, que ressaltava o papel da arte na formao global do ser humano. Este


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movimento recuperou a valorizao da arte infantil e a concepo da arte baseada

na expresso e na liberdade criadoras.

De acordo com os Parmetros Curriculares Nacionais PCNs ,

(...)conhecendo a arte de outras culturas, o aluno poder compreender arelatividade dos valores que esto enraizados nos seus modos de agir ede pensar, que pode criar um campo de sentido para a valorizao doque lhe prprio e favorecer abertura riqueza e diversidade daimaginao humana. (SECRETARIA DE EDUCAO FUNDAMENTAL,2000, p.18)

Essa compreenso vinda do aluno, demonstra que a funo da arte de

transformar a relao com a realidade, aciona as manifestaes perifricas da

emoo, da imaginao.

No incio de dcada de 60, arte-educadores lanaram as bases para uma

nova mudana de foco dentro do ensino de Arte, questionando a idia do

desenvolvimento espontneo da expresso artstica da criana e procurando

definir a contribuio da arte para a educao humana. Em 1971, pela Lei de

Diretrizes e Bases de Educao Nacional (LDB), a arte includa no currculo

escolar com o ttulo de Educao Artstica. Considerada atividade educativa e

no disciplina, ela surge com o objetivo de garantir e melhorar o ensino de arte na

educao escolar, sendo tarefa do professor proporcionar a aprendizagem por

meio da instruo.

Conforme a Secretaria de Educao Fundamental,

(...)as obras de arte podem contribuir para ampliar as dimenses dacompreenso dos alunos sobre a sexualidade humana, quandodocumentam aes de homens e mulheres em diferentes momentos dahistria e em culturas diversas (...) Outra dimenso que faz parte dasmanifestaes artsticas a expresso das caractersticas do ambienteem que foram produzidas (Secretaria de Educao Fundamental, 2000,p.112).


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Partindo desse pressuposto, o espao da arte-educao essencial

educao numa dimenso muito mais ampla, em todos os seus nveis e formas de

ensino. A arte-educao apresenta-se como um movimento em busca de novas

metodologias de ensino e aprendizagem de arte nas escolas.

Mesmo o campo da produo cultural tendo sido pouco abraado pelos

educadores no Brasil, ele pode ser interessante no que se refere s possibilidades

de estudo sobre suas relaes com a educao e os processos de socializao,

de construo e de internalizao de modos, costumes e valores.

No existe melhor ocasio para aprender certas habilidades, seno nas

aulas de artes. Quando o aluno produz ou aprecia obras de arte, desenvolve sua

percepo e imaginao, que so recursos indispensveis para compreender

outras reas do conhecimento humano.

3 FORMAO DE PROFISSIONAIS PARA TRABALHAR ARTE NAS

ESCOLAS

Para ser professor na rea de Arte, importante que se busque cursos de

formao inicial e continua nesta rea. necessrio conhecer a histria da arte, e

informar-se sobre a produo artstica atual para participar da sociedade como

cidado cultivado, ampliando o prprio horizonte e o dos alunos. A formao

cultural tanto de professores, quanto de profissionais que atuem nas mais

diferentes agncias de carter social e cultural parte do processo de construo

da cidadania.

A experincia de profissionais da educao nos espaos culturais pode

atuar no sentido de informar seu olhar, sensibilizar e flexibilizar seu conhecimento

e, assim, propiciar situaes que se configurem como importantes momentos de

aprendizagem do ponto de vista cultural, poltico, esttico e tico.


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A insero de outras linguagens artsticas tem como objetivo o trabalhointegrado com as diferentes linguagens e foi orientada no sentido de ter oprofessor como agente facilitador na compreenso e na execuo daspropostas apresentadas. (CAVALCANTE apud KRAMER, LEITE, 1998,p.90)

Porm, logo aps a obrigatoriedade da Educao Artstica no ensino

fundamental, ficaram evidentes as dificuldades enfrentadas pelos professores. A

Educao Artstica vem se desenvolvendo nas escolas de forma incompleta,

esquecendo ou desconhecendo que o processo de aprendizagem e

desenvolvimento do educando envolve mltiplos aspectos. por isso que o

aperfeioamento e formao do magistrio para atuar em artes passa a ser um

problema emergente, que ultrapassa os limites dos cursos e licenciaturas em

Educao Artstica.Esses problemas e necessidades de resolv-los deram origema movimentos de organizao de professores de Arte, como associaes de arte-

educadores.

A partir de 1980, com o movimento Arte-educao, ampliaram-se as

discusses sobre a valorizao e o aprimoramento do professor. Antes disso

acontecer, os professores de Educao Artstica tinham como nica alternativa

seguir documentos oficiais e livros didticos em geral. As prprias faculdades de

Educao Artstica no estavam instrumentalizadas para a formao mais slidado professor, oferecendo cursos tcnicos, sem bases conceituais.

O professor necessita conhecer a Histria da arte para poder escolher o

que ensinar. Ele precisa criar formas de ensinar os alunos a perceberem as

qualidades das formas artsticas. E, principalmente, posicionar-se com clareza

sobre as dimenses estticas e artsticas que devem conectar-se na educao

escolar dos estudantes.

4 CONSIDERAES FINAIS


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A educao atravs da arte um movimento educativo e cultural que

busca constituir um ser humano completo.

A prtica de arte nas escolas uma forma de enriquecimento da vida

interior, como processo de auto-realizao. E a Arte-educao apresenta-se como

uma busca de novas metodologias de ensino e aprendizagem da arte nas escolas.

Para ser professor na rea de artes, alm de cursos de formao inicial e

contnua, necessrio conhecer a histria da arte para poder escolher o que

ensinar. Lembrando que o ensino de arte s ser bem-sucedido se os objetivos do

professor coincidirem com os objetivos de estudo do aluno.

Sob os aspectos supracitados, conclui-se que as contribuies da Arte para

o desenvolvimento do pensamento artstico e da percepo esttica, de suma

importncia para o ser humano, principalmente para crianas em idade escolar.Alm do mais, a arte contribui para transformar a imaginao e realidade concreta.

Se considerarmos a arte tanto uma atividade educativa, quanto uma

disciplina, entenderemos que no h melhor ocasio para desenvolver certas

habilidade artsticas seno nas aulas destinadas a esse assunto.

Sendo assim, no podemos pensar a arte de forma isolada, to pouco

pensar em exclu-la das prticas escolares, muito pelo contrrio, devemos pensar

alternativas para que esta passe a ser trabalhada com maior freqncia nas

escolas.

5 REFERNCIAS

ARANHA, M. L. A.; MARTINS, M. H. P. Arte como forma de pensamento. In:Filosofando: introduo filosofia. 2.ed., So Paulo: Moderna, 1993, p. 345-361

BATISTONI FILHO, D. Pequena histria da arte. 3.ed., Campinas: Papirus, 1989.

CHAU, M. O universo das artes. In: Convite filosofia. 11.ed., So Paulo: tica,1999, p. 314-333.

FUNDAMENTAL, Secretaria de Educao. Parmetros curriculares nacionais:arte. Rio de Janeiro: DP & A, 2000.


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FUSARI, M. F. R.; FERRAZ, M. H. C. T. Arte na educao escolar. So Paulo:Cortez, 1993.

__________________________________. Metodologia do ensino de arte. SoPaulo: Cortez, 1993.

IESDE BRASIL S.A. Curso de aperfeioamento em artes. Curitiba: Iesde, 2002.

KRAMER, S.; LEITE, M. I. (Orgs.). Infncia e produo cultural. Campinas:Papirus, 1998.

REALE, M. Teoria do belo e teoria do ser. In: Introduo filosofia. 3.ed., SoPaulo: Saraiva, 1994, p. 219-230.

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